Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
QUÍMICA ORGÂNICA II ÁCIDOS CARBOXÍLICOS & DERIVADOS: Parte 2 2 Substituição Nucleofílica Acila - Introdução • Reação característica dos derivados de ácido carboxílico: Substituição Nucleofílica Acila. • A reação ocorre com nucleófilos neutros e carregados negativamente. Ácidos Carboxílicos e Derivados nucleófilo Nu desloca Z ou ou grupo de saída • Derivados de ácido carboxílico (RCOZ) reagem com nucleófilos porque possuem “C” eletrofílico e desimpedido. • Substituição ocorre em vez de adição porque RCOZ possuem um grupo abandonador no “C” da carbonila. 3 Substituição Nucleofílica Acila - Mecanismo Ácidos Carboxílicos e Derivados Para desenhar qualquer produto da reação SN acila: [1] Encontre o “C” hibridizado sp2 com o grupo de saída. [2] Identifique o nucleófilo. [3] Substitua o grupo de saída pelo nucleófilo. Com nucleófilos neutros, o próton deve ser perdido para se obter o produto de substituição neutro. 4 Substituição Nucleofílica Acila - Introdução Ácidos Carboxílicos e Derivados amida 1ária • Nucleófilos que participam desta reação incluem: Oxigênio Nucleófilo Nitrogênio Nucleófilo Exemplos: 5 Substituição Nucleofílica Acila - Introdução Ácidos Carboxílicos e Derivados Reatividade diminui quando o grupo de saída torna-se mais básico. Reatividade Derivado Grupo de saída Basicidade mais reativo menos reativo cloreto de ácido anidrido éster amida carboxilato mais básico menos básico A u m en to d e ac id ez d eH Z 6 Ácidos Carboxílicos e Derivados Aumento de basicidade Base mais forteBase mais fraca A u m en to d e b as ic id ad e d e Z estrutura grupo de saída (Z-) ácido conjugado (HX) pKa dois possíveis grupos de saída 7 Baseado nesta ordem de reatividade, compostos mais reativos podem ser convertidos em outros menos reativos. O inverso geralmente não é verdadeiro. Substituição Nucleofílica Acila - Introdução Ácidos Carboxílicos e Derivados ataque nucleofílico A reação ocorre se Z for melhor grupo de saída que Nu. mais reativo menos reativo 8 Substituição Nucleofílica Acila - Introdução Ácidos Carboxílicos e Derivados rápido lento catalisador, ∆ extremamente lento catalisador, ∆ prolongado muito lento 9 Substituição Nucleofílica Acila - Introdução Ácidos Carboxílicos e Derivados Derivados mais reativos podem ser convertidos em derivados menos reativos. Interconversão de Derivados cloreto de ácido anidrido éster amida carboxilato 10 • Cloretos de ácido reagem facilmente com nucleófilos para formar produtos de substituição nucleofílica. • HCl é usualmente formado como co-produto. • Com nucleófilos neutros, uma base fraca como piridina é adicionada a mistura reacional para remover o ácido forte (HCl), formando um sal de piridínio. Ácidos Carboxílicos e Derivados Nu substitui Cl Substituição Nucleofílica Acila: reação dos cloretos de ácido 11 Cloretos de ácido reagem com “O” nucleofílico para formar anidridos, ácidos carboxílicos e ésteres. Ácidos Carboxílicos e Derivados piridina piridina Substituição Nucleofílica Acila: reação dos cloretos de ácido Mecanismo: formação de anidridos Ácidos Carboxílicos e Derivados 12 Substituição Nucleofílica Acila: reação dos cloretos de ácido Mecanismo*: formação de ácidos carboxílicos (hidrólise) *usando álcoois produz ésteres 13 • Cloretos de ácido também reagem com amônia, aminas 1árias e 2árias para formar amidas 1árias, 2árias e 3árias, respectivamente. • 2 equivalentes de NH3 ou amina são usados: 1 equivalente atua como nucleófilo para substituir Cl, enquanto o outro reage como uma base com HCl para formar um sal de amônio. Substituição Nucleofílica Acila: reação dos cloretos de ácido Ácidos Carboxílicos e Derivados 14 • Embora menos reativos que cloretos de ácido, anidridos reagem rapidamente com muitos nucleófilos para formar produtos de substituição nucleofílica. • Ataque nucleofílico ocorre numa C=O, enquanto a outra C=O faz parte do grupo de saída. Ácidos Carboxílicos e Derivados Nu substitui RCOO Substituição Nucleofílica Acila: reação dos anidridos 15 • Ataque nucleofílico ocorre no grupo carbonila, enquanto a segunda carbonila torna-se parte do grupo de saída. Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: reação dos anidridos • Aminas 1árias ou 2árias formam amidas 2árias ou 3árias, respectivamente. 16 • Além das etapas usuais para adição nucleofílica e eliminação do grupo de saída, o mecanismo involve uma transferência de próton adicional. Mecanismo: Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: reação dos anidridos amida 1ária 17 • Nucleófilos que também são bases fortes reagem com ácidos carboxílicos pela remoção inicial de um próton, antes de qualquer reação de substituição nucleofílica possa ocorrer. Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: reação dos ácidos carboxílicos reação rápida com muitos Nu 18 Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: reação dos ácidos carboxílicos anidrido cíclico cloreto de ácido éster amida amida 19 • Tratamento de um ácido carboxílico com cloreto de tionila (SOCl2) fornece um cloreto de ácido. • Isto é possível devido cloreto de tionila converter o grupo OH do ácido em um melhor grupo de saída, e devido ele fornecer o nucleófilo (Cl¯ ) para deslocar o grupo de saída. Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: reação dos ácidos carboxílicos Exemplo: ácido benzóico cloreto de benzoíla 20 Mecanismo: Ácidos Carboxílicos e Derivados Etapas 1-2: conversão do grupo OH em um bom grupo de saída Etapas 3-4: substituição do grupo de saída por Cl- Substituição Nucleofílica Acila: reação dos ácidos carboxílicos Intermediário tetraédrico 21 • Embora ácidos carboxílicos não possam ser facilmente convertidos em anidridos, ácidos dicarboxílicos podem ser convertidos em anidridos cíclicos por aquecimento a altas temperaturas. • Esta é uma reação de desidratação devido uma molécula de água ser perdida a partir do diácido. Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: reação dos ácidos carboxílicos (anidrido ftálico) (anidrido succínico) 22 • Tratamento de um ácido carboxílico com um álcool na presença de um catalisador ácido forma um éster. • Esta reação é chamada de Esterificação de Fischer. • A reação é um equilíbrio, de forma que ele é direcionado para direita pelo uso de excesso de um dos reagentes ou por remoção de água quando ela é formada. Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: reação dos ácidos carboxílicos 23 Ácidos Carboxílicos e Derivados Etapa 1: Adição do nucleófilo R’OH [2] Etapa 2: eliminação do grupo de saída H2O [5] Substituição Nucleofílica Acila: reação dos ácidos carboxílicos Mecanismo: éster 24 • Esterificação intramolecular de ácidos γ- e δ-hidroxi carboxílicos forma lactonas de 5- e 6-membros. Ácidos Carboxílicos e Derivados Exercício 1: Desenhe os produtos de cada reação abaixo. Substituição Nucleofílica Acila: reação dos ácidos carboxílicos γ γ-lactona δ δ-lactona 25 Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: reação dos ácidos carboxílicos • Exercício 2: Apresente o(s) reagente(s) necessário(s) para obtenção dos seguintes compostos usados como aroma de frutas na indústria de alimentos através da esterificação de Fischer. a) acetato de benzila (aroma de pêssego) b) formato de isobutila (aroma de framboesa) 26 etilenoglicol catalisador ácido Ácido tereftálico • Aplicações: obtenção de polímeros úteis – síntese PET Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: reação dos ácidos carboxílicos polietileno tereftalato (PET) 27 • Esterificação de um ácido carboxílico ocorre na presença de um ácido, mas não na presença de base. • Base remove um próton do ácido carboxílico, formando o ânion carboxilato, o qual não reage com um nucleófilo rico em elétrons. Ácidos Carboxílicos e Derivadosatua como base e Nu ambas espécies são ricas em elétrons Substituição Nucleofílica Acila: reação dos ácidos carboxílicos 28 • Ácidos carboxílicos não podem ser convertidos em amidas pela reação com NH3 ou uma amina devido aminas serem bases, e sofrerem uma reação ácido-base para formar um sal de amônio antes da substituição nucleofílica ocorrer. Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: reação dos ácidos carboxílicos Reação ácido-base sal de amônio • Contudo, aquecimento do sal de amônio a altas temp. (>100°C) desidrata o sal de amônio resultante do ânion carboxilato para formar uma amida, embora o rendimento possa ser baixo. 29 • A conversão total de RCOOH em RCONH2 requer duas etapas: [1] Reação ácido-base do RCOOH com NH3 para formar um sal de amônio. [2] Desidratação a altas temperaturas (>100°C). Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: reação dos ácidos carboxílicos 30 • Um ácido carboxílico e uma amina facilmente reagem para formar uma amida na presença de um reagente adicional, diciclo-hexilcarbodiimida (DCC), o qual é convertido ao co-produto diciclo-hexiluréia no curso da reação. Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: reação dos ácidos carboxílicos diciclo-hexiluréiadiciclo-hexilcarbodiimida (DCC) 31 • DCC é um agente desidratante. • O co-produto, diciclo-hexiluréia, é formado pela adição de H2O ao DCC. • DCC promove a formação da amida pela conversão do grupo OH da carboxila num melhor grupo abandonador. Ácidos Carboxílicos e Derivados Exemplo: Substituição Nucleofílica Acila: reação dos ácidos carboxílicos 32 Mecanismo com DCC: Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: reação dos ácidos carboxílicos diciclo-hexiluréia transf. “H” 33 • Ésteres são hidrolisados com H2O na presença de ácido ou base para formar ácidos carboxílicos ou ânions carboxilatos, respectivamente. • Ésteres reagem com NH3 e aminas para formar amidas 1árias, 2árias ou 3árias. Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: reação dos ésteres ou ou (meio ácido) (meio básico) amidas 1árias amidas 2árias amidas 3árias éster 34 Hidrólise em meio ácido Ácidos Carboxílicos e Derivados Mecanismo de hidrólise ácida: Etapa 1: adição do nucleófilo (água) Substituição Nucleofílica Acila: reação dos ésteres 35 • Hidrólise básica de um éster: saponificação. mecanismo de hidrólise Ácidos Carboxílicos e Derivados Etapa 2: eliminação do grupo de saída Substituição Nucleofílica Acila: reação dos ésteres 36 • Mecanismo da hidrólise básica (saponificação): Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: reação dos ésteres ânion carboxilato intermediário tetraédrico ácido 37 • O ânion carboxilato é estabilizado por ressonância, e isto direciona o equilíbrio em seu favor. • Uma vez a reação esteja completa e o ânion formado, ele pode ser protonado com ácido forte para formar o ácido carboxílico neutro. hidrólise Ácidos Carboxílicos e Derivados • A hidrólise é promovida por base e não catalisada por base, devido a base (OH–) ser o nucleófilo que se adiciona ao éster e forma parte do produto. Ela participa da reação e não é regenerada depois. Substituição Nucleofílica Acila: reação dos ésteres esta ligação será clivada meio 38 • Sabões são preparados por hidrólise básica ou saponificação de acilgliceróis (óleos e gorduras). • Aquecendo gordura animal ou óleo vegetal com base aquosa hidrolisa os 3 ésteres formando glicerol e o sal de sódio dos 3 ácidos graxos (sabão). Aplicações – hidrólise de lipídeos Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: reação dos ésteres triacilglicerol glicerol 39 • Nas células, esta reação é catalisada por enzimas (lipases). • A 1a etapa no metabolismo de um acilglicerol é simplesmente a hidrólise de éster para formar glicerol e 3 ácidos graxos. Nota: as três ligações do triacilglicerol marcadas em vermelho são clivadas na hidrólise. Aplicações – hidrólise de lipídeos Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: reação dos ésteres triacilglicerol glicerol 40 Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: reação dos ésteres Exercício 3: Protetores solares que contém ésteres podem degradar lentamente com o passar do tempo devido ésteres serem hidrolisáveis. Desenhe os produtos formados quando os protetores solares comerciais abaixo sofrem hidrólise com [1] H3O+ ou [2] H2O, -OH. Use o formalismo das setas para ilustrar o mecanismo da reação. [1] H3O+ [2] H2O, -OH ou ? [1] H3O+ [2] H2O, -OH ou ? octinoxato (parsol, octilmetoxicinamato - OMC) salicilato de octila 41 Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: reação dos ésteres transesterificação – Reação Geral transesterificação – mecanismo catalisado por base 42 transesterificação – mecanismo catalisado por ácido Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: reação dos ésteres Aplicações – transesterificação para obtenção de polímeros 43 Aplicações – transesterificação para obtenção de biodiesel Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: reação dos ésteres 44 • Amidas são os derivados de ácidos carboxílicos menos reativos. • Amidas são hidrolisadas em ácido ou base. Hidrólise de amidas Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: reação das amidas íon amônio amina neutra Exemplos: amida 3ária amida 1ária amida 2ária 45 • O mecanismo de hidrólise de amida em ácido é exatamente o mesmo que o mecanismo de hidrólise de éster em ácido. • O mecanismo de hidrólise de amida em base tem 2 etapas usuais no mecanismo geral para substituição nucleofílica acila, mais uma transferência de próton adicional. Hidrólise Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: reação das amidas 46 Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila - Sumário Legenda: Reação ocorre reação não ocorre Material de partida produto 47 • Nitrilas possuem a fórmula estrutural geral RC≡N. Exemplo: letrozol e anastrozol são duas nitrilas úteis biologicamente . • Nitrilas podem ser preparadas também via reações SN2 de haletos metílicos e primários (desimpedidos) com ¯ CN. Ácidos Carboxílicos e Derivados Tratamento câncer de mama (pós-menopausa) Nitrilas: Métodos de obtenção Letrozol (Femara®) anastrozol (Arimidex®) 48 Hidrólise • Nitrilas são hidrolisadas com água na presença de ácido ou base para produzir ácidos carboxílicos ou ânions carboxilatos. • Nesta reação, as 3 ligações CN são substituídas por 3 ligações C—O. Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: reação das nitrilas ou ou (meio ácido) (meio básico) “C” eletrofílico Exemplos: 49 Hidrólise básica Ácidos Carboxílicos e Derivados Etapa 1: adição do nucleófilo HO- para formar um ácido imídico Etapa 2: tautomerização do ácido imídico para uma amida Substituição Nucleofílica Acila: reação das nitrilas ácido imídico amida 50 • O mecanismo desta reação envolve formação de um tautômero da amida. Dois tautômeros podem ser desenhados para qualquer composto carbonílico e aqueles de uma amida 1ária são os seguintes: Hidrólise Ácidos Carboxílicos e Derivados - A forma amida é o tautômero mais estável, possuindo uma ligação C=O e uma N-H. - O tautômero ácido imídico é a forma menos estável, possuindo uma ligação C=N e uma O-H. Substituição Nucleofílica Acila: reação das nitrilas ou ligação ligação ácido imídico amida forma mais estável 51 Hidrólise básica Ácidos Carboxílicos e Derivados Etapa 3: hidrólise da amida 1ária para formar um ânion carboxilato Substituição Nucleofílica Acila: reação das nitrilas várias etapas amida ânion carboxilato Exercício 4: Complete as reações abaixo desenhando as estruturas dos compostos orgânicos A, B., C e D. A B C D 52 Hidrólise enzimática Ácidos Carboxílicos e Derivados SubstituiçãoNucleofílica Acila: reação das nitrilas nitrila hidratase amidase nitrilase Aplicação: Desintoxicação de herbicidas benzonitrila (biotransformação) R=Cl, cloroxinil; R=Br, bromoxinil R=I, ioxinil menos tóxico e biodegradável • Hidreto de lítio e alumínio (LiAlH4) é um agente redutor forte que reage com todos os derivados de ácido carboxílico. • Hidreto de diisobutilalumínio [(CH3)2CHCH2]2AlH (DIBAL-H), têm 2 grupos isobutila volumosos, o que torna esse reagente menos reativo que LiAlH4. • Hidreto de lítio e tri-terc-butoxialumínio, LiAlH[OC(CH3)3]3, têm 3 “O” eletronegativos ligados ao alumínio, o qual torna este reagente menos nucleofílico que LiAlH4. Agentes redutores Ácidos Carboxílicos e Derivados 53 Substituição Nucleofílica Acila: Redução com hidretos metálicos DIBAL-H Hidreto de lítio e tri-terc-butoxialumínio [(CH3)2CHCH2]2AlH LiAlH[OC(CH3)3]3 • Cloretos de ácido e ésteres podem ser reduzidos tanto a aldeídos ou álcoois 1ários dependendo do reagente. Ácidos Carboxílicos e Derivados 54 Exemplos: Substituição Nucleofílica Acila: Redução com hidretos metálicos aldeído álcool 1ário ou ou éster Cloreto de ácido cloreto de propila propanal 1-propanol • Na redução de um cloreto de ácido, Cl¯ sai como grupo abandonador. • Na redução de éster, CH3O¯ sai como grupo de saída, o qual é então protonado pela H2O para formar CH3OH. 55 Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: Redução de ésteres 1-butanol butanoato de metila butanal metanol metanol dodecanoato de etila etanoldodecanal • O mecanismo ilustra por que 2 diferentes produtos são possíveis. 56 Mecanismo Ácidos Carboxílicos e Derivados Etapa 1: substituição nucleofílica forma um aldeído Etapa 2: adição nucleofílica forma um álcool primário Substituição Nucleofílica Acila: Reação de redução álcool 1ário aldeído 57 Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: Redução dos ésteres Redução com reagente de Grignard • Ésteres podem ser convertidos em álcoois usando 2 equivalentes de reagente de Grignard. • Formatos produzem álcoois 2ários 4-etilheptan-4-ol nonan-5-ol dois grupos idênticos • Demais ésteres fornecem álcoois 3ários 58 Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: Redução dos ésteres Mecanismo: Redução com reagente de Grignard rápido rápido Álcool 3ário (produto final) alcóxido cetona Éster, R≠H intermediário tetraédrico 59 Sumário Ácidos Carboxílicos e Derivados R C O OR' R C O OH + R'OH R C O OR'' R C O NHR'' + R'OH + R'OH R CH2OH R C OH R'' R'' H2O(2) (1) 2 R''MgX (1) (2) H2O LiAlH4 H2O R''OH, R''NH2 H + or - OR'' ácido éster amida álcool 1ário álcool 3ário Substituição Nucleofílica Acila: Reação dos ésteres éster • Ácidos carboxílicos são reduzidos a álcoois 1ários com LiAlH4. • LiAlH4 é forte demais como agente redutor para parar a reação no aldeído, mas reagentes mais brandos não são fortes suficientes para sequer iniciar a reação. 60 Ácidos carboxílicos Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: Reação de redução álcool 1ário duas ligações C-O são trocadas por duas ligações C-H • Outros derivados de ácido carboxílico produzem álcoois 1ários na redução com LiAlH4. Mas, redução de amidas com LiAlH4 forma aminas. • Uma vez que ¯ NH2 é um péssimo grupo de saída, ele não será liberado durante a redução e, portanto, uma amina é formada. 61 Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: Redução das amidas amina ambas ligações C-O são trocadas por duas ligações C-H amina 2ária amina 1ária amida 2ária amida 1ária amida 62 Redução de amidas – mecanismo Ácidos Carboxílicos e Derivados Etapa 1: Redução de uma amida forma uma imina Substituição Nucleofílica Acila: Reação de redução Íon imínio amida amina 63 • Tratamento de uma nitrila com LiAlH4 seguido por H2O adiciona 2 equivalentes de H2 através da ligação tripla, formando uma amina 1ária. • Tratamento de uma nitrila com um agente redutor mais brando, tais como DIBAL-H seguido por água forma uma aldeído. Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: Redução das nitrilas adição de 2 eq. H2 amina 1ária adição de 1 eq. H2 64 • Com LiAlH4, 2 equivalentes de hidreto são sequencialmente adicionados produzindo um diânion, o qual é então protonado com H2O para formar uma amina. Redução – mecanismo Ácidos Carboxílicos e Derivados Etapa 2: adição de um 2º equivalente de hidreto Etapa 1: adição do 1º equivalente de hidreto Substituição Nucleofílica Acila: Redução das nitrilas 65 • Com DIBAL-H, adição nucleofílica de um equivalente de hidreto forma um ânion, o qual é protonado com água para gerar uma imina. A imina é então hidrolisada em água para formar um aldeído. Mecanismo Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: Redução das nitrilas imina várias etapas 66 • Ambos reagentes de Grignard e organolítio reagem com nitrilas para formar cetonas com uma nova ligação C—C Reação com organometálicos Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: Redução das nitrilas nova ligação C-C Exemplo: cetona 67 • A reação ocorre pela adição nucleofílica do reagente organometálico a tripla ligação CN polarizada para formar um ânion, o qual é protonado com água para formar uma imina. Água pode então hidrolisar a imina, substituindo a C=N com C=O. O produto final é uma cetona com uma nova ligação C—C. Adição de organometálicos – mecanismo Ácidos Carboxílicos e Derivados Substituição Nucleofílica Acila: reação das nitrilas várias etapas imina 68 Ácidos Carboxílicos e Derivados A Reação de Halogenação (Hell-Volhard-Zelinsky) Reatividade do Carbono α + X2 + HXR2CCOH O H R2CCOH O X • Reação de α-halogenação análoga de aldeídos e cetonas. •A reação funciona bem se uma pequena quantidade de “P” ou PX3 (trihaleto de fósforo) for adicionada a mistura reacional. • Esta combinação é chamada de reação Hell-Volhard-Zelinsky P ou PX3 69 Ácidos Carboxílicos e Derivados Reação de Halogenação (Hell-Volhard-Zelinsky) Reatividade do Carbono α seguido seguido α-bromoácido evita uso de Cl2 ou Br2! 70 Ácidos Carboxílicos e Derivados Métodos de obtenção de haletos de ácido carboxílico Exemplos cloreto de acetila cloreto de butila brometo de benzoíla ácido butanóico ácido acético ácido benzóico 71 Ácidos Carboxílicos e Derivados Reação de Halogenação (Hell-Volhard-Zelinsky) Reatividade do Carbono α • A reação de Hell-Volhard-Zelinsky troca um “H” por “Br” no carbono α de um ácido carboxílico (α-bromoácido). • O ácido é tratado com bromo e tribrometo de fósforo, seguido por hidrólise. α-bromoácido ácido carboxílico brometo de acila 72 Ácidos Carboxílicos e Derivados Reação de Halogenação (Hell-Volhard-Zelinsky) Reatividade do Carbono α Exemplo: traços “P” Aplicação: síntese de α-aminoácidos ácido hexanóico ácido 2-bromohexanóico (norleucina)ácido 2-aminohexanóicoácido 2-bromohexanóico 73 Ácidos Carboxílicos e Derivados Reação de Claisen (1887) • Duas moléculas de um éster reage entre si na presença de um alcóxido para formar um β-cetoéster. • Diferente da reação aldol, a qual é base-catalisada, um equivalente de base é consumido (necessário para desprotonar o β-cetoéster formado) na etapa [3] da reação de Claisen. Reatividade do Carbono α acetato de etila acetoacetato de etila β-cetoéster • Nota: devido ésteres possuírem um grupo de saída ligado a “C=O”, não ocorre adição e sim a perda do grupo de saída para formar o produto de substituição. 74 Ácidos Carboxílicos e Derivados Reação de Claisen — Mecanismo Etapa 1: formação do enolato (nucleófilo) Etapa 2: adição do nucleófilo e perda do grupo de saída Etapa 3: desprotonação e protonação 75 Ácidos Carboxílicos e Derivados Reação de Claisen • Lembre-se que a reação característica dos ésteres é a substituição nucleofílica. Uma reação de Claisen é uma substituiçãonucleofílica na qual um enolato é o nucleófilo. Reatividade do Carbono α O enolato é o Nu ! 76 Ácidos Carboxílicos e Derivados Reação de Claisen cruzada e reações relacionadas • Como as reações aldol, é possível, fazer uma reação de Claisen com 2 diferentes componentes carbonílicos como material de partida. • Uma Claisen cruzada é sinteticamente útil em 2 diferentes situações: [1] Entre dois ésteres diferentes quando apenas um deles tem “H”α — Em tais casos, apenas um produto é usualmente formado. Reatividade do Carbono α benzoato de etila acetato de etila β-cetoéster Exemplo: 77 Ácidos Carboxílicos e Derivados Reação de Claisen cruzada e reações relacionadas [2] Entre uma cetona e um éster — o enolato é sempre formado a partir da cetona, e a reação funciona melhor quando o éster não possui “H” α. O produto desta reação de Claisen cruzada é um composto β-dicarbonílico, não um β-ceto éster. Reatividade do Carbono α forma enolato no “C”α nova C—C composto β-dicarbonílico Exemplo: ciclo-hexanona formato de etila 78 Ácidos Carboxílicos e Derivados Reação de Claisen cruzada e reações relacionadas Compostos β-dicarbonílicos são também preparados pela reação de um enolato com cloroformato de etila ou carbonato de dietila. Reatividade do Carbono α carbonato de dietila cloroformato de etila malonato de dietila β-cetoésterciclo-hexanona acetato de etila Exemplo 1: Exemplo 2: 79 Ácidos Carboxílicos e Derivados Reação de Claisen cruzada e reações relacionadas A Reação [2] é notável porque fornece fácil acesso a β-cetoésteres, os quais são materiais de partida úteis na síntese de ésteres acetoacéticos. Nesta reação, Cl¯ é eliminado em vez ¯ OEt na etapa [3] devido Cl¯ ser um melhor grupo de saída, como mostrado nas seguintes etapas. Reatividade do Carbono α β-cetoéster 80 Ácidos Carboxílicos e Derivados Reação de Claisen cruzada e reações relacionadas Reatividade do Carbono α Exercício 5: Avobenzona é um composto conjugado que absorve luz UV na região 310-400 nm, sendo um componente comum de protetores solares comerciais. Apresente duas diferentes reações de Claisen cruzada que forme a avobenzona. avobenzona 81 Ácidos Carboxílicos e Derivados Reação de Claisen intramolecular — Reação de Dieckmann (1894) Dois tipos de diésteres dão bons rendimentos de produtos cíclicos. Reatividade do Carbono α 1) 1,6-diéster: produz ciclos de 5-membros 2) 1,7-diéster: produz ciclos de 6-membros nova C-C redesenhar redesenhar hexanodioato de dietila (adipato de dietila) heptanodioato de dietila (pimelato de dietila) 82 Ácidos Carboxílicos e Derivados Reação de Dieckmann — Mecanismo Reatividade do Carbono α β-cetoéster 83 Ácidos Carboxílicos e Derivados Reação de Dieckmann — Exercício 6 Reatividade do Carbono α 2-etilheptanodioato de dietila Apresente a(s) estrutura(s) do(s) produto(s) orgânico(s) formado(s) e o mecanismo da reação abaixo. ? • Aquecimento do malonato de dietila em meio ácido aquoso hidrolisa ambos os ésteres a grupos carboxila, formando um β-diácido (1,3-diácido). • β-Diácidos são instáveis ao calor e descarboxilam resultando na clivagem de uma ligação C—C e formação de um ácido carboxílico. 84 Aplicações — Síntese do éster malônico Ácidos Carboxílicos e Derivados Reatividade do Carbono α malonato de dietila ácido malônico (β-diácido) ácido malônico (β-diácido) • O resultado líquido da descarboxilação é a clivagem de uma ligação C—C no carbono α, com perda de CO2. 85 Aplicações — Síntese do éster malônico Ácidos Carboxílicos e Derivados Reatividade do Carbono α � β-cetoácidos também descarboxilam gerando uma cetona. (β-cetoácido) (cetona) Exemplo: Aplicações — Síntese do éster malônico • A síntese do éster malônico resulta na preparação de um ácido carboxílico α-substituído possuindo 2 estruturas gerais: • A síntese do éster malônico é um método em etapas para converter malonato de dietila em ácido carboxílicos mono ou dissubstiuídos no carbono α. 86 Ácidos Carboxílicos e Derivados Reatividade do Carbono α ou malonato de dietila • Assim, a síntese do éster malônico converte malonato de dietila em ácido carboxílico α-substituído em 3 etapas. 87 Aplicações — Síntese do éster malônico Ácidos Carboxílicos e Derivados Reatividade do Carbono α • Exemplo 1: síntese do ácido butanóico (CH3CH2CH2COOH) a partir do malonato de dietila ilustra o processo básico: 88 Aplicações — Síntese do éster malônico Ácidos Carboxílicos e Derivados Reatividade do Carbono α • Exemplo 2: síntese do ácido 2-benzilbutanóico ([CH3CH2CH(CH2C6H5)COOH]) a partir do malonato de dietila • Uma síntese do éster malônico intramolecular pode ser usada para formar anéis de 3- a 6-membros, desde que um dihaleto apropriado seja usado como material de partida. • Exemplo: ácido ciclo-pentanocarboxílico pode ser preparado a partir do malonato de dietila e 1,4-dibromobutano (BrCH2CH2CH2CH2Br) através da seguinte sequencia de reações: 89 Aplicações — Síntese do éster malônico Ácidos Carboxílicos e Derivados Reatividade do Carbono α • Para usar a síntese do éster malônico, deve-se determinar quais materiais de partida são necessários para preparar um dado composto, isto é, fazer a retrossíntese. Isto envolve um processo em 2 etapas: 90 Aplicações — Síntese do éster malônico Ácidos Carboxílicos e Derivados Reatividade do Carbono α [1]-Localize o C-α do grupo COOH e identifique todos os grupos alquilas ligados no C-α. [2]- Quebre a moléculas em 2 (ou 3) componentes: cada grupo alquila ligado ao C-α é originado de um haleto de alquila. O remanescente da molécula é oriunda do CH2(COOEt)2. produto da síntese do éster malônico dois componentes necessários • A síntese do éster acetoacético resulta na preparação de cetonas α- substituídas possuindo duas estruturas gerais: • A síntese do éster acetoacético é um método em etapas para converter acetoacetato de etila numa metilcetona possuindo um ou dois grupos alquila no carbono α. 91 Aplicações — Síntese do éster acetoacético Ácidos Carboxílicos e Derivados Reatividade do Carbono α acetoacetato de etila de RX ou de RX e R’X • As etapas na síntese do éster acetoacético são exatamente as mesmas daquelas na síntese do éster malônico. • Devido o material de partida ser um β-cetoéster, o produto final é uma cetona, e não um ácido carboxílico. 92 Aplicações — Síntese do éster acetoacético Ácidos Carboxílicos e Derivados Reatividade do Carbono α β-cetoéster Exemplo geral: • Se as primeiras duas etapas da sequencia de reação são repetidas antes da hidrólise e descarboxilação, então uma cetona tendo 2 novos grupos alquilas no carbono α pode ser sintetizada. 93 Aplicações — Síntese do éster acetoacético Ácidos Carboxílicos e Derivados Reatividade do Carbono α descarboxilação 1ª C-C 2ª C-C • Para determinar quais materiais de partida são necessários para preparar uma dada metilcetona usando a síntese do éster acetoacético, deve-se novamente fazer a retrossíntese. Isto envolve um processo em 2 etapas: 94 Aplicações — Síntese do éster acetoacético Ácidos Carboxílicos e Derivados Reatividade do Carbono α [1]- Identifique os grupos alquilas ligados ao C-α ao grupo C=O. [2]- Quebre a moléculas em 2 (ou 3) componentes: cada grupo alquila ligado ao C-α é originado de um haleto de alquila. O remanescente da molécula é oriunda do CH3COCH2COOEt. para uma cetona com dois grupos R no α-”C”, três componentes são necessários • Métodos diferentes podem preparar cetonas α-substituídas similares. Exemplo: Síntese do éster acetoacético e alquilação direta de enolato. • Alquilação direta de enolatos usualmente requer bases muito fortes como LDA para ter sucesso, enquanto a síntese do éster acetoacético utiliza NaOEt, a qual é preparada a partir de materiais de partida baratos. • Isto faz da síntese do éster acetoacético um método atraente, embora envolva mais etapas. Cada método tem suas vantagens e desvantagens! 95 Aplicações — Síntese do éster acetoacéticoÁcidos Carboxílicos e Derivados Reatividade do Carbono α O mesmo produto via dois métodos distintos butanona butanona
Compartilhar