Buscar

GE - Organização e Legislação da Educação_02

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Organização e Legislação 
da Educação
UNIDADE 2
1
Para início de conversa
Olá, caro(a) aluno(a)! 
Espero que esteja preparado(a) para darmos continuidade a nossa jornada de estudos. Seja bem-vindo(a) 
à nossa II unidade. Conto com sua determinação, pois ela será a chave principal para seu sucesso!
orientações da disciPlina
Vamos dar continuidade à disciplina de Organização e Legislação da Educação, discutiremos agora nesta 
II Unidade, o Direito à Educação e o Dever de Educar; os Desafios da Prática Docente; a LDB nº 9394/96 e 
a Organização do Ensino e o Sistema Educacional Brasileiro, elementos fundamentais para compreensão 
das questões educacionais na atualidade. 
Espero que você tenha aprendido bastante sobre tudo o que foi discutido na Unidade I, pois alguns tópicos 
do que já vimos, serão aqui retomados. Indicamos que reorganizar seu tempo é essencial para a reali-
zação das atividades, pois trará a oportunidade de dar conta das atividades de maneira dinâmica, ativa, 
trocando experiências com seus outros colegas.
Nesta unidade, centraremos nossa reflexão em torno de aspectos ligados ao Direito à Educação e o Dever 
de Educar. Teremos como objetivos: 
•	 Refletir sobre a formação e o exercício da docência.
•	 Conhecer os prós e os contras da Lei n. 9.394/96.
•	 Entender o impacto da Lei n. 9.394/96 sobre a organização do ensino.
•	 Ser apresentado ao sistema educacional brasileiro.
No intento de alcançar estes objetivos e a partir da discussão de Educação enquanto Direito, que realiza-
mos na Unidade I, abordaremos agora um pouco sobre os mecanismos que precisam ser adotados para 
assegurar e fortalecer este direito, tais como a formação docente inicial e continuada, a organização 
do ensino brasileiro vigente a partir da LDB nº 9394/96, seus princípios, níveis, modalidades e normas, 
além da compreensão sobre a estrutura administrativa e as responsabilidades dos entes da federação, 
assim como as fontes de financiamento educacional. Espero que este momento seja significativo ao seu 
aprendizado! 
Esta unidade está organizada para dialogarmos tudo isso. Mais uma vez, é importante que você assista 
aos vídeos propostos, bem como realize a leitura do livro-texto e dos textos indicados. Serão as referên-
cias para a reflexão e debates. Desejo que você tenha ainda mais êxito e que essas discussões tragam 
significativas contribuições para o exercício da sua vida pessoal e profissional. Sucesso! Em caso de 
quaisquer dúvidas, pergunte ao seu tutor!
Vamos dar a largada!
2
o direito À edUcaçÃo e o dever de edUcar
Palavras do Professor
Prezado(a) estudante, destacaremos aqui os direitos sociais enunciados na Constituição de 1988: saúde, 
educação, trabalho, lazer, previdência social, segurança, proteção à maternidade, a infância e assistência 
aos desamparados, porém trataremos com ênfase o direito à educação.
Este direito, inicialmente aqui tratado como direito público subjetivo desde a Constituição de 1988, foi 
elevado à categoria de contribuição social na Constituição de 1934. Segundo a legislação, é dever da 
família e do Estado, garantindo o processo educacional à criança a partir do momento que nasce e sendo 
obrigatório na faixa etária dos quatro aos dezessete anos. Outro aspecto importante a ser destacado é 
o estabelecimento da gratuidade do ensino público, o que garantiu ainda, sua inserção em legislações 
subsequentes, como o Estatuto da Criança e do Adolescente.
O Estado é o responsável pela organização dos serviços educacionais, devendo oferta-lo de acordo com 
os princípios e normas estabelecidos pela Constituição Federal e pela LDB nº 9394/96, centrando suas 
responsabilidades na educação escolar. 
GUarde essa ideia!
Considerar o direito nos faz refletir ainda sobre as formas de assegurá-lo e por isso, se faz necessário 
que discutamos o papel do professor nesse processo, pois são estes os sujeitos que identificam as expec-
tativas e necessidades dos estudantes e propõem e articulam oportunidades educativas que possibilite 
atendê-las.
leitUra comPlementar
Recomendo como forma de complementar o estudo sobre O Direito à Educação, 
que você leia o texto clicando aqui. Boa Leitura!
os desafios da PrÁtica docente
Há várias concepções quanto ao papel docente, porém a principal referência de ensino não é apenas a de 
que ensinar e transmitir conhecimentos, pois assim bastaria o domínio do conteúdo pelo professor, mas 
para que a aprendizagem ocorra, ensinar significa nos tempos modernos um processo de relacionamento 
entre pessoas, no qual há a construção do saber. No momento atual, vivenciamos uma compreensão de 
ensino não de forma isolada, mas como uma prática social efetivada entre o professor e o estudante na 
http://www.unifacs.br/revistajuridica/arquivo/edicao_agosto2004/docente/doc02.doc
3
sala de aula, considerando todo o contexto externo ao espaço escolar. Sendo assim, ensino e aprendiza-
gem se traduzem em processos indissociáveis em uma unidade dialética caracterizada pelo papel condu-
tor do professor para o compartilhamento de conhecimentos.
Um dos aspectos fundantes quando discutimos a formação de professores, pois dentro do campo das 
mudanças sociais, foram também afetadas a função e identidade docente. Pesquisas comprovam que 
a melhoria da qualidade do ensino está diretamente ligada ao trabalho desenvolvido pelos professores.
Existe atualmente um volume considerável de pesquisa que indica que a qualidade dos pro-
fessores e de seu ensino é o fator mais importante para explicar os resultados dos alunos. 
Existem também consideráveis evidências de que os professores variam em sua eficácia. As 
diferenças entre os resultados dos alunos às vezes são maiores dentro da própria escola do 
que entre escolas. O ensino é um trabalho exigente, e não é possível para qualquer um ser 
um professor eficaz e manter essa eficácia ao longo do tempo. (OCDE, 2005)
Na atualidade, o contexto da atuação docente se tornou complexo e diversificado, o que exige uma for-
mação que os instrumentalize à criação, em seus espaços acadêmicos, de possibilidades de proporcionar 
participação, reflexão e formação constantes. Dessa maneira, o professor se forma e se transforma não 
apenas em seus cursos de formação inicial, mas também nos contextos de suas rotinas escolares, uma 
vez que as mudanças ocorridas no mundo do trabalho e na educação na sociedade do conhecimento 
desencadearam mudanças também na formação inicial e continuada dos docentes, exigências que sub-
sidiam a melhoria da qualidade do ensino, um dos princípios da legislação. Ao longo da história educa-
cional, o sistema escolar brasileiro passou por várias reformas, mas estas sempre estiveram vinculadas à 
formação dos professores que foi implantado no Brasil a partir da chegada dos jesuítas.
a formação docente inicial
Define-se formação inicial como os primeiros passos da formação continuada de um docente, afinal, ela 
se prolonga por todo o período de sua atuação profissional. Essas experiências contribuem para a consti-
tuição da identidade profissional. Compreende-se formação como o conjunto de conhecimento e o acervo 
que cada indivíduo acumulou em suas interações sociais. Este é um processo intencional que contribui 
para o desenvolvimento dos sujeitos social e histórico. É um dos elementos que contribuem para o alcan-
ce das metas e objetivos da educação, adequando-se aos contextos e realidades.
Nas décadas de 80 e 90, é perceptível o esforço para melhoria da formação dos professores, ocorrendo 
inclusive uma reformulação dos cursos de licenciatura existentes, havendo uma elevada preocupação na 
ampliação do quantitativo de professores com formação de nível superior concluída.
Foram implantadas políticas de formação que mobilizaram e incentivaram a elevação da carreira e da 
remuneração docente, porém na prática aconteceu de forma inversa, causando consequências danosas e 
desvalorização da profissão docente.
4
imPortante
A desvalorização da profissão do docente ainda é um dos maioresdesafios relacionado 
à formação de professores, o que exigiu a publicação de regulamentações específicas 
que implantaram novas dinâmicas, concepções, organização, estrutura e característi-
cas aos cursos de formação de professores. Na atualidade embasam seus pressupos-
tos não apenas no conhecimento técnico, mas na compreensão das questões relativas 
ao trabalho docente, sua identidade, busca de soluções e avaliação crítica de sua pró-
pria atuação.
a formação docente continuada
Em virtude das rápidas e constantes transformações pelas quais o mundo passa a conclusão de um curso 
de nível superior, não deve ser considerada a última etapa de formação de um professor, esta é na ver-
dade uma experiência que se renova e se modifica sempre e que permite a reflexão da prática docente. 
Mas há uma complexidade de fatores que permeiam a formação continuada, colocando em evidência os 
professores e seus saberes, pois se tornar professor, é um processo de longa duração, de novas aprendi-
zagens e sem um fim determinado (NÓVOA, 1999).
Nesse sentido, a formação continuada é peça chave do desenvolvimento profissional, acontece ao longo 
da atuação docente e possibilita dar novos sentidos e contextualizar a prática, ressignificando a ação 
docente e contribuindo de forma significativa para adoção de novas posturas e atitudes.
o PlaneJamento da açÃo docente
No campo da educação, novos conceitos de planejamento e gestão foram incorporados à discussão como 
forma de racionalizar as dimensões do agir humano. Todo processo social e humano exige planejamento. 
O ato de planejar faz parte da história da humanidade desde as épocas mais antigas nas diversas áreas. 
Desde a era primitiva, o homem refletia sobre as estratégias a serem utilizadas para atividades como ca-
çar e pescar. Todos os indivíduos e grupos sociais por mais simples que sejam suas tarefas, planejam suas 
decisões quando fazem escolhas, priorizam elementos ou tomam decisões. É o momento de preparação, 
um momento de reflexão para realização de qualquer empreendimento, devendo ter objetivos, metas, 
prazos e etapas claramente definidos.
Planejamento significa o ato ou efeito de planejar, criar um plano para otimizar o alcance de um determi-
nado objetivo e poder abranger muitas áreas diferentes. Está relacionado com a preparação, organização 
e estruturação de um determinado objetivo, se fazendo essencial no processo de tomada de decisões e 
execução de tarefas. De acordo com Baffi (2002), planejamento é: o processo de busca de equilíbrio entre 
os meios e fins, entre recursos e objetivos, visando ao melhor funcionamento de empresas, instituições, 
setores de trabalho, organizações grupais e outras atividades humanas.
5
É um ato intencional, político e técnico. Se constitui intencional por não poder ser realizado aleatoria-
mente, exige conhecimento da realidade e definição de meios para atingir o que se pretende; é político 
por estar relacionado a finalidades sociais e políticas da sociedade; por fim, é técnico por requerer meios 
eficientes para o alcance de resultados. Em sua essência ocorre em três dimensões: planejamento do 
sistema educacional, planejamento escolar e planejamento de ensino.
No campo educacional, a organização do trabalho pedagógico passou a ser questionada desde a déca-
da de 70, quando foram colocadas em pauta críticas concernentes à função social da escola enquanto 
aparelho ideológico do Estado. Com o processo de redemocratização do país, instalou-se uma cultura em 
defesa dos direitos fundamentais do cidadão e com isso, uma reflexão sobre o papel e utilidade do pla-
nejamento educacional foi inevitável, sendo compreendido como necessário e essencial para a promoção 
integral dos indivíduos enquanto agentes de transformação.
As práticas educativas devem estar pautadas em um planejamento educacional que tenha por objetivo 
atender as necessidades do ensino aprendizagem e, o cumprimento das leis que regem os conteúdos 
mínimos exigidos para o bom desenvolvimento de um curso.
O planejamento é composto de três etapas:
•	 A preparação 
•	 O acompanhamento
•	 O aprimoramento
Na etapa inicial do planejamento o docente buscará as informações pertinentes aos conteúdos que de-
verão ser abordados em sala de aula, os recursos que a instituição possui e os discentes com que se vai 
trabalhar. A segunda parte consiste na elaboração efetiva do planejamento, onde se traça os conteúdos a 
serem tratados, os objetivos e as formas de avaliação definindo como e quando serão feitas. A etapa final 
é a avaliação dos resultados esperados comparando-os com os resultados obtidos, através da apropriação 
de conhecimento que os estudantes tiveram em sala de aula. 
dica
Vale ressaltar que o planejamento não deve ser estático, o professor deve constante-
mente avaliá-lo e se necessário, fazer adequações para a efetivação da relação ensino
-aprendizagem. O professor deve estar atento às questões que devem nortear seus 
conteúdos buscando sempre o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades de ati-
tudes dos alunos, resultados estes esperados e necessários à formação de cidadãos e 
também a inserção destes no mercado de trabalho.
O planejamento das atividades de ensino é uma ação para se canalizar os nossos conhecimentos para se 
alcançar os objetivos previamente estabelecidos, com segurança, sendo relevante por motivos diversos, 
como:
6
•	 Evita a rotina e improvisação;
•	 Auxilia na concretização dos objetivos:
•	 Promove a eficiência do ensino, porque estabelece os marcos para tornar o processo de aprendi-
zagem eficaz;
•	 Adequa o binômio tempo/energia, pois há clareza e coerência entre a proposta pedagógica plane-
jada com a realidade da classe, tornando uma aprendizagem satisfatória a todos;
•	 Sistematiza a direção do ensino, aumentando a confiança do docente e educando, visto que o 
planejamento é elaborado de forma ordenada, disciplinado e racional, definindo as principais tarefas 
que se deve desenvolver, para guiar-se, com eficácia ao nível de aprendizagem dos educandos.
leitUra comPlementar
Recomendo como forma de complementar o estudo sobre A Formação Continuada Face 
as suas Contribuições para a Docência. Clique aqui para acessar. Boa Leitura!
o eXercício da docÊncia
Hoje, no entanto, os conteúdos são vistos em uma perspectiva mais ampla e dinâmica, precisam referir-se 
também aos domínios afetivo e psicomotor, não se envolvem apenas tópicos referentes à categoria aqui-
sição de conhecimentos, mas também ao aprimoramento de suas capacidades intelectivas. Esta mudança 
na maneira de encarar os conteúdos exige muito mais do professor. Mas, para que sua autonomia possa 
constituir um benefício, é necessário que a utilize com competência e responsabilidade. O planejamento 
dos conteúdos deverá conferir maior ênfase à aprendizagem que ao ensino, a fixação dos conteúdos 
passará a envolver tanto o tratamento da informação que é transmitida ao estudante quanto as suas 
capacidades intelectuais, necessidades e interesses. Também é preciso considerar que os conteúdos 
não podem ser sempre os mesmos. Não apenas porque as coisas mudam constantemente, mas também 
porque o espaço educativo ao longo do tempo passa a assumir funções sociais diferentes. 
a ldB nº 9394/96 e a orGaniZaçÃo do ensino
A atual LDB nº 9394/96 foi sancionada em 1996, após e com base nos preceitos constantes na Constitui-
ção Federal promulgada em 1988. Sancionada pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo Minis-
tro da Educação Paulo Renato em 20 de dezembro de 1996, é fruto de um debate que se arrastou no país 
desde 1988. Tendo inicialmente duas propostas, uma construída em amplas discussões com a sociedade 
e outra elaborada por senadores e o Poder Executivo, sendo esta última aprovada, exatamente a que 
colocou abaixo todo o trabalho defendido pelos coletivos de educação. Seu texto final foi alterado e nisso 
questões importantes foram desconsideradas, prevalecendo a versão apresentada pelo senador Darcy 
Ribeiro. Mesmo assim, estalei trouxe avanços à educação, o que a torna ao mesmo tempo tão atípica e 
original, propôs a necessidade de uma reforma em todos os níveis educacionais e significou para o país o 
avanço da política neoliberal, na qual o mercado se sobrepôs aos interesses da maioria da população, o 
que significou, mais uma vez, a vitória do setor privado ao manter o financiamento público para esse setor.
http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/2107/513
7
Apresenta como principais fragilidades, o estabelecimento de:
•	 Redução do papel do Estado;
•	 Diminuição das responsabilidades da União com a educação pública, com favorecimento de sua 
ação reguladora;
•	 Justaposição dos poderes;
•	 Fragmentação da concepção de Sistema Nacional de Educação;
•	 Não garantia de recursos públicos destinados à educação pública.
Porém, trouxe também alguns avanços:
•	 Delimitação do que pode e o que não pode ser considerado como despesa de manutenção e de-
senvolvimento do ensino;
•	 Impulsionadora da educação brasileira, foi tida como um dos marcos legais que garantiu maior 
equidade nas oportunidades e resultados no rendimento escolar;
•	 Descentralizadora ao extremo;
•	 Possibilidade de ampliação das oportunidades de acesso;
•	 Melhoria da qualidade do ensino;
•	 Integração da educação básica;
•	 Maior tempo de permanência o estudante na escola;
•	 Divisão das competências entre os entes governamentais, dentre outros.
visite as PÁGinas
Para ilustrar essa discussão, conheça um pouco mais sobre o processo de aprovação da 
LDB n 9394/96, lendo o conteúdo clicando aqui.
Muito interessante, você vai gostar!
Consulte na íntegra o texto da LDB n 9394/96, contendo todas as suas alterações desde 
a sua sanção, lendo o material clicando aqui. Boa leitura!
Princípios educacionais
Responsável por definir e regulamentar a educação brasileira com base em princípios, diretrizes e normas 
definidas pela Constituição Federal de 1988, a LDB destaca no Art. 3º que:
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Diretrizes_e_Bases_da_Educa%C3%A7%C3%A3o_Nacional
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm
8
III - Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV - Respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - Valorização do profissional da educação escolar;
VIII - Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
IX - Garantia de padrão de qualidade;
X - Valorização da experiência extraescolar;
XI - Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais;
XII - Consideração com a diversidade étnico-racial.  (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
Para refletir
Apesar de instituídos estes princípios, ainda há inúmeras desigualdades na área educacional. Estão só 
serão vencidas se no seio das unidades escolares, propiciarmos uma reflexão crítica que ajude a promover 
e discutir a igualdade e a justiça social, fatores imprescindíveis à formação cidadã. Para que isso aconte-
ça não há caminho melhor que a educação, e através da educação o indivíduo poderá viver em harmonia 
com seu meio social, e estará se qualificando para o competitivo mercado de trabalho.
leitUra comPlementar
É muito interessante que você complemente essa discussão, com a leitura do texto 
sobre Sistema Educacional Brasileiro e Descentralização, lendo o conteúdo clicando 
aqui.
os níveis e as modalidades de edUcaçÃo
A estrutura do ensino, desde a LDB nº 9394/96 é organizada em níveis e modalidades. Sendo a Educação 
Básica e a Educação Superior, os níveis; e como modalidades temos: a Educação de Jovens e Adultos, a 
Educação à Distância, a Educação Indígena, a Educação Profissional e Tecnológica e a Educação Especial.
Os níveis compreendem toda a escolarização dos indivíduos, enquanto as modalidades se constituem 
como formatos especiais para dar conta da escolaridade prevista nos níveis, de maneira a atender as 
especificidades. O nível da Educação Básica se divide em etapas, são elas: Educação Infantil, Ensino 
Fundamental e Ensino Médio, que englobam se o estudante estiver na faixa etária prevista, dos 04 aos 17 
anos, período este no qual a matrícula e frequência à escola são obrigatórios, de acordo com a legislação. 
O nível da Educação Superior se divide em Graduação e Pós-Graduação, cada um com suas subdivisões. 
Como forma de ilustrar, apresentamos as figuras a seguir na qual constam os níveis e modalidades:
http://revistas.ufpr.br/jpe/article/view/21862/14298
http://revistas.ufpr.br/jpe/article/view/21862/14298
9
Fonte: Autora, 2016.
Fonte: Autora,2016
a orGaniZaçÂo cUrricUlar
A organização curricular atualmente vigente na educação brasileira é definida pela legislação, sendo 
estruturada de maneira a garantir maior flexibilidade aos sistemas de ensino, escolas e docentes e é 
pensada considerando não apenas conteúdos de ensino, mas discutindo ainda métodos e recursos efica-
zes ao ensino. A estrutura curricular conta ainda com propostas curriculares específicas para as etapas e 
modalidades, o que facilita a atividade docente e considera as especificidades de cada público. Com base 
nisso, dá a escola a autonomia de definir para organizar o currículo em seus contextos que é abrangente, 
englobando as demandas da atualidade, com componentes curriculares, debates e temas transversais 
obrigatórios e necessários à formação cidadã dos indivíduos.
10
visite a PÁGina
Que tal voltarmos à LDB? Leia os artigos de 22 a 28, você vai conhecer elementos 
importantes à essa discussão curricular. Clique aqui para acessar.
as formas de PromoçÃo e a Jornada escolar
De acordo com a LDB, as formas de promoção se dão de acordo com o que preceitua o Art. 24:
Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes 
regras comuns:
I - A carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de 
efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver;
II - A classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do ensino fundamental, pode ser feita:
a) Por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase anterior, na própria 
escola.
b) Por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas.
c) Independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola, que defina 
o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na série ou etapa ade-
quada, conforme regulamentação do respectivo sistema de ensino.
III - Nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por série, o regimento escolar pode admitir 
formas de progressão parcial, desde que preservada a sequência do currículo, observadas as normas do 
respectivo sistema de ensino;
IV - Poderão organizar-se classes ou turmas, com alunos de séries distintas, com níveis equivalentes de 
adiantamento na matéria, para o ensino de línguas estrangeiras, artes, ou outros componentes curricu-
lares.
Faculta-se aos sistemas de ensino e às escolas a definição de suas formas de promoção e define-se um 
número mínimo de horas e dias letivos (200 dias/800 horas, no mínimo) para a Educação Básica, distri-
buídos e organizados em um calendário escolar que define as especificidades de cada sistema de ensino. 
Para a Educação Superior também estão definidas algumas exigências que atendem todas as necessida-
des deste nível.
o sistema edUcacional Brasileiro
Prezado(a) aluno(a), como já vimos, o sistema educacional brasileiro possui regras que o estruturam e 
organizam. Estas regras atendem as necessidades dos níveis e modalidadese são previstas na LDB nº 
9394/96, sendo reestruturada e adequada aos tempos históricos que trazem à sociedade novas exigên-
cias e demandas.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm
11
a estrUtUra dos sistemas de ensino
sA LDB aponta para o ensino uma organização que funciona de maneira articulada, dentro de um regime 
de colaboração. À União cabe a coordenação da política nacional de educação e aos Estados e Municí-
pios são dadas as responsabilidades de acordo com os níveis e modalidades sob sua responsabilidade. 
De acordo com a estrutura administrativa dos entes da federação, a Educação Básica é responsabilidade 
dos Estados e Municípios e a Educação Superior da União e dos Estados. Tudo isso é acompanhado e 
monitorado, segundo a legislação, não apenas pela sociedade civil, mas também pelos diversos órgãos 
e instâncias colegiadas existentes para este fim. A cada ente, cabe a organização dos níveis, etapas e 
modalidades sob sua responsabilidade e as atribuições previstas nos artigos 8º, 9º, 10 e 11 da LDB.
o financiamento da educação
 A Constituição Federal de 1988 garantiu a vinculação de recursos à educação. Esta vinculação garante 
a obrigatoriedade da aplicação de no mínimo 18% para a União e 25% para os Estados e Municípios de 
seus recursos em educação.
Além da vinculação, a área de educação, conta com outras fontes de financiamento que tentam garantir 
maior qualidade ao ensino no país. Essas diversas fontes de financiamento repassadas aos entes da fede-
ração ou às escolas, ajudam a fortalecer os princípios definidos para o ensino e possibilitam a valorização 
docente e a garantia plena do direito à educação.
Palavras do Professor
Prezado(a) aluno(a), para concluir este segundo guia da disciplina de Organização e Legislação da Educa-
ção, retomo algumas questões importantes: 
•	 Leia seu livro-texto, este guia de estudo, os textos sugeridos e assista aos vídeos indicados antes 
de participar dos fóruns. Todo este material é muito importante para que você consiga realizar satisfa-
toriamente e com segurança suas atividades;
•	 Organize um roteiro síntese com as principais ideias apresentadas e destaque tudo o que lhe 
chamar atenção, aprofundando as leituras;
•	 Não acumule leituras ou atividades, fazê-las de última hora deixa seu desempenho comprometi-
do. Sucesso!
Na próxima unidade, iremos dialogar sobre A Educação Básica: objetivos, currículo, direitos e desafios. 
Mais uma vez destaco a necessidade de que você assista aos vídeos propostos e realize as leituras in-
dicadas para que possas entender e ampliar seus conhecimentos sobre a Organização e Legislação da 
Educação. Mais uma vez, sucesso! Agora é só começar!
12
referÊncias BiBlioGrÁficas
BAFFI, Maria Adelia Teixeira. O planejamento em educação: revisando conceitos para mudar concepções 
e práticas. In.: BELLO, José Luiz de Paiva. Pedagogia em Foco, Petropólis, 2002. Disponível em: http://
www.miniweb.com.br/Educadores/Artigos/PDF/fundamentos_educacao.pdf
BRASIL. Constituição (1988) Constituição: República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 
1988. BRASIL. 
BRASIL/MEC. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 
Brasília, DF: 20 de dezembro de 1996. 
NÓVOA, A. (Org). Os professores e a sua formação. Portugal: Porto, 1992.
OCDE. (2005). Teachers matter: attracting, developing and retaining effective teachers. Paris: OCDE.
http://www.miniweb.com.br/Educadores/Artigos/PDF/fundamentos_educacao.pdf
http://www.miniweb.com.br/Educadores/Artigos/PDF/fundamentos_educacao.pdf

Outros materiais