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Teoria Geral dos Sistemas (Abordagem Sistêmica da Administração) Trata-se de uma teoria interdisciplinar que permitiu a compreensão dos fenômenos naturais de forma integrada. Segundo Chiavenato, a TGS mostrou que as ciências não são estanques, mas sim, parte de uma mesma estrutura. O QUE É A ABORDAGEM SISTÊMICA 1901-1972 FUNDAMENTOS DA TEORIA DOS SISTEMAS Tem origem no estudo do biólogo alemão Ludwig von Bertalanffy (1950); FUNDAMENTOS DA TEORIA DOS SISTEMAS Sistemas são conjuntos de partes interdependentes e interagentes que combinadas formam um todo unitário e, muitas vezes, indivisível; Sistemas existem dentro de sistemas, isto é, existem em ambientes de outros sistemas e se relacionam com seus elementos; Daí decorre o conceito de sistema aberto. ALGUNS EXEMPLOS DE SISTEMAS organização Quase tudo a nossa volta é um sistema CONCEITO DE SISTEMA E SUBSISTEMA Se a Terra é o sistema estudado CONCEITO DE SISTEMA E SUBSISTEMA O Brasil é o subsistema do sistema Terra CONCEITO DE SISTEMA E SUBSISTEMA Se a empresa é o sistema analisado CONCEITO DE SISTEMA E SUBSISTEMA Os departamentos são os subsistemas do sistema empresa CONCEITO DE SISTEMA E SUBSISTEMA Se o mercado é o sistema estudado CONCEITO DE SISTEMA E SUBSISTEMA A empresa é o subsistema do sistema mercado CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS Propósito: todo sistema tem um objetivo, uma finalidade que lhe dá sentido. Globalismo ou totalidade: sistemas possuem natureza orgânica ( tudo que ocorre numa parte do sistema será de alguma forma percebido pelas outras partes) i.e, é um conjunto complexo e interdependente. Uma ação que produza mudança em qualquer de suas partes poderá produzir mudanças e/ou perturbações no próprio sistema. CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS Entropia (gap): perda de energia; exaustão, falha no sistema que pode ou não causar prejuízos ou parada do processo. Entropia negativa (ou negentropia): processo ou ação reativa que devolve a energia, a normalidade ao sistema. CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS Homeostase (estado firme/equilíbrio dinâmico): manutenção da situação; equilíbrio de atividades; preservação das características do sistema. Equifinalidade: possibilidade de se atingir o mesmo resultado por vários meios, ou caminhos, partindo de diferentes condições iniciais e utilizando diferentes métodos. Morfogênese: capacidade de um objeto se modificar, alterar sua forma – muitas vezes por conta do ambiente. Entropia - todo sistema sofre deteriorização; Sintropia - negentropia ou entropia negativa - para que o sistema continue existindo, tem que desenvolver forças contrárias à Entropia; forças contrárias a desorganização Homeostase - capacidade do sistema manter o equilibrio; e Heterostase -toda vez que há uma ação imprópria (desgaste) do sistema, ele tende a se equilibrar. O QUE É A ABORDAGEM SISTÊMICA Sistemas não podem ser compreendidos em separado; Se baseia na compreensão da dependência recíproca de suas disciplinas e da necessidade de integração; Os vários ramos da ciência passaram a ser estudados de forma integrada, i.e, de forma sistêmica; Este conceito passou a ser utilizado para o entendimento das organizações. O QUE É A ABORDAGEM SISTÊMICA As teorias administrativas procuraram explicar ou modelar as organizações. Contudo, todas acabaram por “simplificar” alguns dos seus aspectos sem considerar outros tantos. Caracterizaram-se pelo reducionismo, pelo pensa-mento analítico e pelo mecanicismo. PENSAMENTO DA ABORDAGEM CLÁSSICA Reducionismo: crença de que todas as coisas podem ser reduzidas até os elementos fundamentais que as constituem. Leva as pessoas a raciocinarem de forma fechada, específica, encaixotada, enformada. Pensamento analítico: consiste em decompor o todo em partes mais simples de modo a compreende-las. Em seguida, agregar essas soluções parciais ou totais tentando explicar o todo. Tem origem no método cartesiano de René Descartes (Discurso do Método). PENSAMENTO DA ABORDAGEM CLÁSSICA PENSAMENTO DA ABORDAGEM CLÁSSICA Mecanicismo: procurou compreender um fenômeno em função de uma relação de causa-e-efeito, i.e, se um fenômeno parece ser a causa do outro quando ele é suficiente e necessário para provocá-lo, então esta explicação bastará, não importando mais outras implicações, como por exemplo, as influências do ambiente (abordagem de sistema fechado). ABORDAGEM SISTÊMICA TEM NOVO ENFOQUE Expansionismo: todo fenômeno é parte de outro fenômeno maior. O desempenho de um sistema depende de como suas partes se relacionam. Não nega que cada fenômeno seja composto de partes, mas procura analisar o todo do qual o fenômeno faz parte. ABORDAGEM SISTÊMICA TEM NOVO ENFOQUE Pensamento sintético: analisa os fenômenos como partes de sistemas maiores e é explicado pelo papel que desempenha nesse sistema. A abordagem sistêmica pretende juntar as coisas, e não separá-las como fizeram as teorias anteriores da Administração. Homem Vitruviano (+/- 1490) de Leonardo da Vinci ABORDAGEM SISTÊMICA TEM NOVO ENFOQUE Teleologia: explica o comportamento pelo que ele produz, i.e, pelos resultados. Sistemas são entendidos como sendo globais e funcionais na busca de objetivos. A causa é uma condição necessária, mas nem sempre explica o fenômeno. FATORES PROVOCADORES OU FACILITADORES DAS MUDANÇAS Inovações Comportamento Tecnologia Legislação Economia ABORDAGEM SISTÊMICA ORIGEM DA CIBERNÉTICA Começou como uma ciência interdisciplinar procurando explicar as “áreas brancas” entre as ciências, i.e, a conexão entre elas. Não há como entender o mundo de forma separada, estanque como física, química, psicologia, etc. arbitrariamente como se tivessem fronteiras bem definidas entre elas. Norbert Wiener Matemático norte-americano (1894-1964) ABORDAGEM SISTÊMICA ORIGEM DA CIBERNÉTICA É a ciência da comunicação e do controle, seja em sistemas biológicos, seja em sistemas mecânicos. É através da comunicação que os sistemas se integram. O controle regula o comportamento dos sistemas. “Ciência interdisciplinar que oferece sistemas de organização processamento de informações e controles que auxiliam as demais ciências”. Basicamente uma ciência da comunicação. [Chiavenato, 2003, p.416] Presidência Produção Compras Comercial Marketing RH Organizações são sistemas compostos por partes interligadas e interdependentes ORGANIZAÇÕES COMO SISTEMAS Organizações não existem no vácuo; Elas estão inseridas em ambientes; Ambiente é o universo que envolve a organização; Por não estarem isoladas e não serem auto-suficientes elas precisam trocar com os elementos do ambiente em que estão inseridas (sistemas abertos). AMBIENTE DAS ORGANIZAÇÕES Como as organizações não podem compreender, tampouco dominar todos os elementos dos ambientes, elas selecionam os ambientes em que desejam operar; Esse reducionismo permite compreender uma amostra do ambiente, capaz de ser interpretada pela organização; As organizações delimitam o seu nicho de atuação. AMBIENTE DAS ORGANIZAÇÕES Ambiente Direto, ou Específico, ou Imediato, ou Tarefa: o mais próximo no qual a organização realiza suas operações diárias; Ambiente Geral, ou Indireto, ou Maior, ou Macroambiente: mais distante. Exerce influência sobre as organizações, mas é pouco influenciado por elas. AMBIENTE EXTERNO DAS ORGANIZAÇÕES organização Ambiente Imediato ou Tarefa Macroambiente AMBIENTE EXTERNO DAS ORGANIZAÇÕES TECNOLOGIA: interna ou externa; POLÍTICAS: empresariais, desenvolvimento, etc.; ECONÔMICAS: incentivo a setores econômicos, financiamentos, recessão e escassez; FATORES AMBIENTAIS MACROAMBIENTE LEGAIS: tributárias, restritivas, liberalizantes, etc. SOCIAIS: estrutura sócio-econômica; condições de vida da população; estrutura de consumo; estilo de vida, etc. FATORES AMBIENTAIS MACROAMBIENTE DEMOGRÁFICAS: densidade populacional,mobilidade social, natalidade e mortalidade, etc. ECOLÓGICA: legislação, pressão da sociedade, escassez de recursos naturais, etc. FATORES AMBIENTAIS MACROAMBIENTE CLIENTES: volúveis, esporádicos, fiéis, sazonais; CONCORRENTES: diretos, alternativos ou substitutos; FORNECEDORES: exclusivos, diversificados, de serviços, etc. Stakeholders: internos e externos; Grupos regulamentadores: sindicatos, conselhos profissionais, associações profissionais ou patronais, etc. FATORES AMBIENTAIS IMEDIATO/DIRETO/TAREFA Tecnologia Novos entrantes Câmbio Moda Novos mercados Taxas de juros Comportamento Social Políticas desenvolvimentistas FATORES AMBIENTAIS OPORTUNIDADES E AMEAÇAS (Depende da percepção e preparo – enfrentar a situação) O mundo sempre esteve em mudança; A mudança é a única coisa constante no mundo; A mudança faz parte da vida das organizações; Resistir às mudanças é uma atitude freqüente; Cooperar com as mudanças ou ser agente de mudanças é o mais sensato a se fazer. O AMBIENTE EM CONSTANTE MUDANÇA ENTRADA PROCESSO SAÍDA FEEDBACK OU RETROALIMENTAÇÃO ABORDAGEM SISTÊMICA Esquema Simplificado de Sistema ABORDAGEM SISTÊMICA Parâmetros dos Sistemas ENTRADA (input) É tudo que um sistema recebe (importa) ou insumos para poder operar. Informação: reduz a incerteza. Proporciona orientação e conhecimento sobre algo. Permite o planejamento e antecipa as decisões. Energia: o que faz o sistema funcionar. Ex.: sistemas organizacionais, dinheiro, objetivos, motivação, etc. ABORDAGEM SISTÊMICA Parâmetros dos Sistemas ENTRADA (input) Materiais: recursos a serem utilizados como meios de produzir as saídas (produtos/serviços). Ex.: máquinas, equipa mentos, matérias-primas, etc. ABORDAGEM SISTÊMICA Parâmetros dos Sistemas PROCESSO Transformação (throughput): mecanismo de conversão de entradas em saídas. Produz um resultado a partir do desenvolvimento de atividades sequenciais. ABORDAGEM SISTÊMICA Parâmetros dos Sistemas Caixa Preta ou Black Box Sistema cujo interior não pode ser observado, às vezes, nem mesmo entendido. Seus elementos internos não são conhecidos, ou o seu funcionamento não é compreendido. Impenetrável ou inacessível Complexos ou de difícil explicação ou detalhamento ABORDAGEM SISTÊMICA Parâmetros dos Sistemas SAÍDA É o resultado da operação. Pode produzir uma ou várias saídas. ABORDAGEM SISTÊMICA Parâmetros dos Sistemas Retroação/Feedback Subsistema de comunicação que devolve informação ao sistema. Serve de mecanismo de informação sobre defeitos, resultados, benefícios, etc. ABORDAGEM SISTÊMICA Teoria da Informação Para a Teoria dos Sistemas, a informação é essencial. É ela que permite a comunicação entre os sistemas, sendo ela própria um sistema complexo. Dado é o fragmento, registro ou anotação a respeito de algo. Informação é a reunião de dados de forma lógica e que faça sentido para alguém. Reduz a incerteza ou aumenta o conhecimento sobre algo. Comunicação ocorre quando a informação é transmitida e compartilhada. COMUNICAÇÃO Fonte Transmissor Canal Destino Receptor Ruído Carl Orff Munique (1895-1982) CARMINA BURANA Regência André Rieu http://www.youtube.com/watch?v=FQXsQfph4Do&feature=related Teoria Contingencial Teoria Contigencial Não há nada de absoluto nas organizações ou na teoria administrativa; Tudo é relativo; Tudo depende! Contingência: possibilidade de que algo aconteça; imprevisível, fortuito, eventual. Sua ocorrência de-pende das circunstâncias. Para esta abordagem, não existe uma única forma de se atingir um obje-tivo, i.e, não existe um modo melhor ou absoluto de se conseguir obter os resultados desejados. O que faremos agora, Cérebro? Relação Funcional é do tipo SE/ENTÃO, i.e, uma relação de causa e efeito. CARACTERÍSTICAS DA ABORDAGEM CONTINGENCIAL Se a demanda está aquecida Então haverá elevação dos níveis de produção A Teoria da Contingência dá um passo além da Teoria Sistêmica da Administração procurando as interações entre os sistemas e subsistemas orga-nizacionais e a relação destes com as variáveis do ambiente. CARACTERÍSTICAS DA ABORDAGEM CONTINGENCIAL A estrutura da organização e o seu funciona-mento são dependentes da interface com o ambiente externo. CARACTERÍSTICAS DA ABORDAGEM CONTINGENCIAL É a queda nas vendas. Nada pessoal, entende? Nível de Vendas Estratégia e Estrutura de Chandler procurou mostrar de que maneira a estrutura dessas empresas foi sendo con tinuamente adaptada e ajustada à sua estratégia. A estrutura organizacional corresponde ao desenho da organiza ção, i.e, a forma organizacional que as- sumiu para melhor integrar seus recursos. ABORDAGEM CONTINGENCIAL Alfred D. Chandler Jr Economista norte-americano morreu em 2007 aos 88 anos Enquanto a estrutura se ocupa da integração dos recursos a estratégia corresponde ao plano global de alocação dos recursos para atender às demandas do ambiente. ABORDAGEM CONTINGENCIAL Pesquisa de Chandler RECURSOS Estrutura integra os recursos RECURSOS RECURSOS RECURSOS DEMANDA Estratégia aloca os recursos Segundo Chandler, as grandes organizações pas-saram por um processo histórico que compreendeu 4 fases: Acumulação de recursos: após a Guerra de Se-cessão americana (1865), com a expansão da rede ferroviária provocou fortalecimento da indústria de ferro e aço. Migração rural e início da imigração estrangeira geram rápido crescimento urbano. As empresas ampliam suas instalações e compram empresas fornecedoras de matéria-prima. ABORDAGEM CONTINGENCIAL Pesquisa de Chandler Racionalização do uso dos recursos: as empresas tornam-se grandes e precisam ser organizadas. Aca-bam por acumular mais recursos do que o necessário. Os custos precisavam ser contidos por meio de uma estrutura funcional com clara definição de autoridade e de comunicação. Os lucros agora dependem da racio-nalização dos recursos e atividades da empresa. ABORDAGEM CONTINGENCIAL Pesquisa de Chandler Continuação do crescimento: mercados saturados em razão da concorrência obriga as empresas a pro-curarem outros produtos e mercados para continuar seu crescimento. Surgem os departamentos de P&D. Racionalização do uso dos recursos em expansão: a ênfase se concentra na estratégia mercadológica. Os canais de autoridade da estrutura funcional se mos-tram ineficazes para atender à crescente demanda. Inicia-se uma estrutura divisional departamentalizada que opera independentemente. Contudo, os controles administrativos permaneceram centralizados. ABORDAGEM CONTINGENCIAL Pesquisa de Chandler Premissas da Teoria da Contingência Não há um único e melhor jeito de organizar O jeito de organizar depende de condições ditadas pelo ambiente externo da empresa. As contingências externas podem ser consideradas oportunidades ou ameaças que influenciam a estrutura e os processos internos da organização. Rosana Thomé Origens da Teoria da Contingência A estrutura organizacional das grandes empresas americanas foi sendo gradativamente determinada pela sua estratégia mercadológica 61 Segundo Chandler, as grandes organizações passaram por um processo histórico que compreendeu 4 fases: Acumulação de recursos: após a Guerra de Secessão americana (1865), com a expansão da rede ferroviária provocou fortalecimento da indústria de ferro e aço. Migração rural e início da imigração estrangeira geram rápido crescimento urbano. As empresas ampliam suas instalações e compram empresas fornecedoras de matéria-prima. ABORDAGEM CONTINGENCIAL Pesquisa de Chandler Racionalização do uso dos recursos: as empresas tornam-se grandes e precisam ser organizadas. Acabam por acumular mais recursos do que o necessário. Os custos precisavam ser contidos por meio de uma estrutura funcional com clara definição de autoridade ede comunicação. Os lucros agora dependem da racio-nalização dos recursos e atividades da empresa. ABORDAGEM CONTINGENCIAL Pesquisa de Chandler Continuação do crescimento: mercados saturados em razão da concorrência obriga as empresas a procurarem outros produtos e mercados para continuar seu crescimento. Surgem os departamentos de P&D. Racionalização do uso dos recursos em expansão: a ênfase se concentra na estratégia mercadológica. Os canais de autoridade da estrutura funcional se mostram ineficazes para atender à crescente demanda. Inicia-se uma estrutura divisional departamentalizada que opera independentemente. Contudo, os controles administrativos permaneceram centralizados. ABORDAGEM CONTINGENCIAL Pesquisa de Chandler 1ª Fase, Segundo Chandler Acumulação de Recursos: Crescimento urbano facilitado pela estrada de ferro; As empresas preferiram ampliar suas instalações de produção a organizar uma rede de distribuição; Controle por integração vertical – permitiu economia de escala. 2ª Fase, Segundo Chandler Racionalização dos uso dos recursos As novas empresas verticalmente integradas tornaram-se grandes e precisaram ser organizadas pois acumulam mais recursos do que era necessário; Para reduzir riscos de flutuação do mercado, as empresas se voltaram para o PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO. 3ª Fase, Segundo Chandler CONTINUAÇÃO DO CRESCIMENTO A reorganização da 2ª fase permitiu o aumento de eficiência nas vendas, compras, produção e distribuição em todas as empresas do setor; Isso fez com que os lucros baixassem, o mercado ficasse saturado e as oportunidades diminuíssem; As empresas optam então pela diversificação e a busca de novos produtos e novos mercados 4ª Fase, Segundo Chandler Racionalização do uso de recursos em expansão A ênfase se concentra na estratégia mercadológica para abranger novas linhas de produtos e novos mercados; Necessidade de racionalizar a aplicação dos recursos em expansão, a preocupação com o planejamento de longo prazo, a administração voltada a objetivos e a avaliação do desempenho de cada divisão; De um lado, a DESCENTRALIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES, e de outro, a CENTRALIZAÇÃO DE CONTROLES ADMINISTRATIVOS. Teoria da Contingência Na Teoria da Contingência tudo é relativo, tudo depende, isto é, não há nada de absoluto nas organizações ou na teoria administrativa. Há uma relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas ao alcance eficaz dos objetivos da organização. Dentro de uma relação funcional, as variáveis ambientais são variáveis independentes, enquanto as técnicas administrativas são variáveis dependentes. Objetivo da Teoria da Contingência O objetivo da teoria da contingência é compreender como a organização se relaciona com o ambiente, mostrando a existência de uma relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas ao alcance eficaz dos objetivos da organização. A referida abordagem utilizou as premissas básicas da teoria de sistemas no que se refere aos processos de interdependência e natureza orgânica das organizações, bem como a consideração das organizações como sistemas abertos e adaptativos que interagem dinamicamente com o ambiente, sejam clientes, fornecedores, concorrentes e órgãos reguladores, entre outros. A teoria da contingência surgiu por meio do desenvolvimento de várias pesquisas com o intuito de verificar que tipos de estruturas organizacionais eram mais compatíveis com a realidade das indústrias. Surgimento e objetivo da teoria da contingência Abordagem Contingencial A palavra contingência significa algo incerto ou eventual, que pode suceder ou não, dependendo das circunstâncias. Refere-se a uma proposição cuja verdade ou falsidade somente pode ser conhecida pela experiência e pela evidência, e não pela razão. A abordagem contingencial salienta que não se alcança a eficácia organizacional seguindo um único e exclusivo modelo organizacional, ou seja, não existe uma forma única e melhor para organizar no sentido de se alcançar os objetivos variados das organizações dentro de um ambiente também variado Origens da Teoria da Contingência Pesquisa de Burns & Stalker: Organizações mecanísticas: Estrutura burocrática baseada na divisão do trabalho. 2. Cargos ocupados por especialistas. 3. Decisões centralizadas na cúpula. 4. Hierarquia rígida e comando único. 5. Sistema rígido de controle. 6. Predomínio da interação vertical. 7. Amplitude de controle mais estreita. 8. Ênfase nas regras e procedimentos formais. Ênfase nos princípios universais da Teoria Clássica. Pesquisa de Burns & Stalker: b) Organizações orgânicas: Estrutura organizacional flexível com pouca divisão do trabalho. Cargos modificados e redefinidos. Decisões descentralizadas e delegadas. Hierarquia flexível. Tarefas executadas pelo conhecimento. Predomínio da interação lateral. Amplitude de controle mais ampla. Confiabilidade nas comunicações informais. Ênfase nos princípios da Teoria das Relações Humanas. 73 Rosana Thomé Propriedades da estrutura mecanística e orgânica. O ambiente é que determina a estrutura e o funcionamento das organizações Desenho Mecanístico Desenho Orgânico Coordenação centralizada. Padrões rígidos de interação em cargos bem definidos Limitada capacidade de processamento da informação. Adequado para tarefas simples e repetitivas. Adequado para eficiência da produção. Elevada interdependência. Intensa interação em cargos auto-definidos, flexíveis e mutáveis. Capacidade expandida de processamento da informação. Adequado para tarefas únicas e complexas. Adequado para criatividade e inovação. 74 A Conclusão de Burns e Stalker é que a forma mecanística de organização é apropriada para condições ambientais estáveis, enquanto que a forma orgânica é apropriada para condições ambientais de mudanças e inovação. Em resumo, há um imperativo ambiental, isto é, é o ambiente que determina a estrutura e o funcionamento das organizações. (Fonte: portal do administrador) Origens da Teoria da Contingência Preocupados com as características que as empresas devem ter para enfrentar com eficiência as diferentes condições externas, tecnológicas e de mercado, fizeram uma pesquisa sobre 10 empresas e concluíram que os problemas organizacionais básicos são a DIFERENCIAÇÃO E A INTEGRAÇÃO 76 Origens da Teoria da Contingência Pesquisa de Lawrence & Lorsch: Conceito de diferenciação e de integração. À medida que os sistemas crescem de tamanho, diferenciam-se em partes e o funcionamento dessas Partes separadas tem de ser integrado para que o Sistema inteiro seja viável. 77 Conceito de Diferenciação É a divisão da organização em subsistemas ou departamentos, cada qual desempenhando uma tarefa especializada para um contexto ambiental também especializado. Se houver diferenciação nos ambientes específicos aparecerão diferenciações na estrutura e abordagem dos departamento. Conceito de Integração Refere-se ao processo oposto, gerado por pressões vindas do ambiente da organização no sentido de obter unidade de esforços e coordenação entre vários departamentos ( ou subsistemas.) Teoria da Contingência A organização é de natureza sistêmica, isto é, ela é um sistema aberto; As características organizacionais apresentam uma integração entre si e o ambiente; As características ambientais funcionam como variáveis independentes, enquanto as características organizacionais são variáveis dependentes daquelas. 80 Origens da Teoria da Contingência Então, Não há nada de absoluto nos princípios gerais da administração; Os aspectos universais e normativos devem ser substituídos pelo critério de ajuste constante entre cada organização e o seu AMBIENTE E TECNOLOGIA 81 Rosana Thomé Origens da Teoria da Contingência Pesquisa de Joan Woodward sobre a tecnologia verificou se os princípios da administraçãopropostos pelas teorias administrativas se relacionavam com o êxito do negócio quando colocada em prática. Para isto pesquisou com 100 empresas do sul da Inglaterra variando de 100 a 8.000 empregados. Produção unitária ou oficina. Produção em massa ou mecanizada. Produção em processo ou automatizada. Joan Woodward Socióloga inglesa (1916-1971) ABORDAGEM CONTINGENCIAL Pesquisa de Joan Woodward As características das organizações não dependem delas próprias, mas das circunstâncias ambientais e da tecnologia que utilizam. Para a pesquisadora, as empresas que mais se aproximam da estrutu ra adequada para suas tecnologias deverão ser aquelas mais bem suce didas. ABORDAGEM CONTINGENCIAL Pesquisa de Joan Woodward O sucesso, segundo a pesquisadora, é resultado de adequado ajustamento entre tecnologia e estrutura que pode ser planejada ou ocorrer de modo espontâneo, resultado de constantes adaptações e uso intensivo de tecnologia ao longo da vida da organização. http://www.youtube.com/watch?v=0YRprjIEpsU Kin, o smartphone da Microsoft. Destinado ao público adolescente, ficou apenas 6 meses no mercado constituindo um dos maiores fracassos da empresa de Bill Gates. Mercedes Classe A Considerado um carro “popular”, fora do pa- drão da marca, foi um fracasso de vendas. Não se adaptou à nova modelagem dos serviços aéreos. Ao manter-se como uma empresa VIP, perdeu clientes para empresas como a Gol. Rosana Thomé Os três tipos de tecnologia de produção Habilidade manual ou operação de ferramentas. Artesanato. Pouca padronização e pouca automatização. Mão-de-obra intensiva e não especializada. Máquinas agrupadas em baterias do mesmo tipo (seções ou departamentos) Mão-de-obra intensiva. Mão-de-obra barata e utilizada com regularidade. Processamento contínuo por meio de máquinas Padronização e automação. Tecnologia intensiva. Pessoal especializado. Produção em unidades. Pouca previsibilidade dos resultados. Incerteza quanto à seqüência das operações. Produção em lotes e em quantidade regular. Razoável previsibilidade dos resultados. Certeza quanto à seqüência das operações. Produção contínua e em grande quantidade. Previsibilidade dos resultados. Certeza absoluta quanto à seqüência das operações. Produção Unitária ou Oficina Produção em Massa Produção Contínua Tecnologia Tecnologia Utilizada Resultado da Produção 89 Rosana Thomé Tecnologia e suas conseqüências Baixa Média Elevada Engenharia (Pesquisa e Desenvolvimento – P&D) Produção e Operações Marketing e Vendas Produção Unitária ou Oficina Produção em Massa Produção Contínua Tecnologia Previsibilidade Níveis Padronização Áreas dos Resultados Hierárquicos e Automação Predominantes Poucos Médio Muitos Pouca Média Muita 90 Ambiente Ambiente é o contexto que envolve a organização Tudo o que ocorre externamente no ambiente passa a influenciar internamente o que ocorre na organização. Ambiente Geral É o macroambiente, o ambiente genérico e comum a todas as organizações. O ambiente geral é constituído de um conjunto de condições comuns para todas as organizações. Ambiente da Tarefa É o ambiente mais próximo e imediato de cada organização É o segmento do ambiente geral do qual uma determinada organização extraí as suas ENTRADAS e deposita as suas SAÍDAS. Rosana Thomé Ambiente Mapeamento ambiental. Percepção ambiental. Consonância e Dissonância. Desdobramento do ambiente. Ambiente Geral: Condições tecnológicas. Condições legais. Condições políticas. Condições econômicas. Condições demográficas. Condições ecológicas. Condições culturais. Ambiente de Tarefa: Fornecedores de entradas. Clientes ou usuários. Concorrentes. Entidades reguladoras. 93 http://www.slideshare.net/miltonh/teoria-da-contingncia-201201 Rosana Thomé Ambiente geral e ambiente de tarefa Fornecedores Empresa Clientes Ambiente de Tarefa Concorrentes Entidades Reguladoras Ambiente Geral Condições Tecnológicas Condições Legais Condições Políticas Condições Culturais Condições Ecológicas Condições Econômicas Condições Demográficas 94 FATORES AMBIENTAIS MACROAMBIENTE TECNOLOGIA: interna ou externa; POLÍTICAS: empresariais, desenvolvimento, etc.; ECONÔMICAS: incentivo a setores econômicos, financiamentos, recessão e escassez; FATORES AMBIENTAIS MACROAMBIENTE LEGAIS: tributárias, restritivas, liberalizantes, etc. SOCIAIS: estrutura sócio-econômica; condições de vida da população; estrutura de consumo; estilo de vida, etc. DEMOGRÁFICAS: densidade populacional, mobilidade social, natalidade e mortalidade, etc. ECOLÓGICA: legislação, pressão da sociedade, escassez de recursos naturais, etc. FATORES AMBIENTAIS IMEDIATO OU TAREFA CLIENTES: volúveis, esporádicos, fiéis, sazonais; CONCORRENTES: diretos, alternativos ou substitutos; FORNECEDORES: exclusivos, diversificados, de serviços, etc. Stakeholders: internos e externos; Grupos regulamentadores: sindicatos, conselhos profissionais, associações profissionais ou patronais, etc. FATORES AMBIENTAIS OPORTUNIDADES E AMEAÇAS Tecnologia Novos entrantes Câmbio Moda Novos mercados Taxas de juros Comportamento Social Políticas desenvolvimen- tistas O AMBIENTE EM CONSTANTE MUDANÇA O mundo sempre esteve em mudança; A mudança é a única coisa constante no mundo; A mudança faz parte da vida das organizações; Resistir às mudanças é uma atitude frequente; Cooperar com as mudanças ou ser agente de mu- danças é o mais sensato a se fazer. ABORDAGEM CONTINGENCIAL Mapeamento Ambiental Não é possível às organizações conhecer, tampouco compreender a totalidade do ambiente externo devido ao seu tamanho e complexidade. ABORDAGEM CONTINGENCIAL Mapeamento Ambiental As organizações precisam definir o ambiente no qual irão atuar, i.e, mapear o ambiente selecionado. Elencar um conjunto de elementos que deverão passar a ser monitorados. Serão esses elementos (dados) que irão compor as informações que devem permitir melhorar a qualidade das decisões. Deixe ver! Flutuação do dólar, demanda, concorrentes... ABORDAGEM CONTINGENCIAL Percepção Ambiental Cada organização interpreta de forma própria e pe-culiar os elementos do ambiente externo. Assim, o mesmo ambiente pode ser interpretado de diversas maneiras por diferentes organizações. A percepção ambiental depende daquilo que cada organização entende por ser ou não relevante em seu ambiente. ABORDAGEM CONTINGENCIAL Consonância e Dissonância Consonância: confirmação na prática dos pressupostos que a organização faz sobre os elementos que compõem o seu ambiente específico e o comportamento deles resultante. Dissonância: é quando seus pressupostos não se confirmam exigindo que a organização os refaça, ou os reavalie de modo a se adaptar à realidade. ABORDAGEM CONTINGENCIAL Certeza e Incerteza Certeza ou incerteza é uma questão de entendimento dos fatores ambientais. Portanto, o conceito de certe-za e de incerteza dependerão da maneira como a or-ganização interpreta os fatores ambientais e da quali- dade das informações de que dispõe. PLANEJAMENTO PROCESSO DECISÓRIO Diz respeito a uma RACIONALIDADE limitada. Significa que é basicamente SATISFACIENTE e não OTIMIZANTE. As decisões podem ser: 1- Programadas: utilizam métodos, modelos, dados, informações, relatórios, planilhas, etc.; 2- Não-programadas: são subjetivas, empíricas. PLANEJAMENTO PROCESSO DECISÓRIO Quanto a natureza, as decisões apresentam três formas: 1- Incerteza; 2- Risco; e, 3- Certeza. http://www.youtube.com/watch?v=aFC9MQlpc2A&feature=PlayList&p=3886683A2443D264&index=12 OPORTUNIDADE E AMEAÇAO que é uma oportunidade ou ameaça depende dos dois Ps: Percepção e Preparo. A maneira como perce-bemos os fatos do ambiente e o quanto estamos prepa-rados para eles é o que determina se estes fatos, estes acontecimentos serão oportunidades ou ameaças. “Crise é o momento para o qual nós não nos preparamos” “Crise é situação em alguns choram enquanto outros vendem lenços”. E agora!! Buááá...!! Aproveite a promoção! Oh, oh!! ABORDAGEM CONTINGENCIAL Homem Complexo As concepções das teorias administrativas anteriores fragmentaram a natureza humana. Os estudiosos da abordagem contingencial entendem o homem como um sistema complexo de valores, percepções, características pessoais e necessidades. INCERTEZA AMBIENTAL O simples fato e reconhecer os elementos ambientais relevantes já diminui a incerteza da organização. A incerteza que se produz na organização acerca do ambiente é a incerteza de saber quais são as oportunidades e ameaças existentes no ambiente e como utilizá-las ou evitá-las respectivamente. Rosana Thomé Homogeneidade e heterogeneidade ambiental Concorrentes Homogêneos Fornecedores Homogêneos Clientes Homogêneos Concorrentes Heterogêneos Fornecedores Heterogêneos Clientes Heterogêneos Organização Organização 111 Rosana Thomé Continuum homogeneidade- heterogeneidade ambiental Ambiente Homogêneo: Pouca segmentação de mercado. Fornecedores, clientes e concorrentes homogêneos. Simplicidade ambiental. Problemas ambientais homogêneos. Reações uniformes da organização. Estrutura organizacional simples. Ambiente Heterogêneo: Muita segmentação de mercado. Fornecedores, clientes e concorrentes heterogêneos. Complexidade ambiental. Problemas ambientais heterooêneos. Reações diferenciadas da organização. Estrutura organizacional diferenciada. x 112 Rosana Thomé Continuum estabilidade-instabilidade ambiental Ambiente Estável: Estabilidade e permanência. Pouca mudança. Problemas ambientais rotineiros. Previsibilidade e certeza. Rotina e conservação. Manutenção do status quo. Reações padronizadas e rotineiras. Tendência à burocracia. Lógica do sistema fechado. Preocupação interna com a organização. Intra-orientação para a produção. Ênfase na eficiência. Ambiente Instável: Instabilidade e variação. Muita mudança e turbulência. Problemas ambientais novos. Imprevisibilidade e incerteza. Ruptura e transformação. Inovação e criatividade. Reações variadas e inovadoras. Tendência à adhocracia. Lógica do sistema aberto. Preocupação externa com o ambiente. Extra-orientação para o mercado. Ênfase na eficácia. x 113 Rosana Thomé Influência do ambiente Ambiente Estável Ambiente Mutável Reações empresariais Reações empresariais padronizadas e uniformes diferenciadas e variadas no tempo no tempo Ambiente Estrutura Homogêneo organizacional simples e centralizada no espaço Ambiente Estrutura Heterogêneo organizacional complexa, diferenciada e descentralizada no espaço Coações uniformes Contingências uniformes do ambiente do ambiente Coações diferenciadas Contingências diferenciadas do ambiente do ambiente 2 3 4 114 TECNOLOGIA Algo que se desenvolve nas organizações através de conhecimentos acumulados e desenvolvidos sobre o significado e execução de tarefas (know how) e pelas suas manifestações físicas ( máquinas, equipamentos e instalações) constituindo um complexo de técnicas usadas na transformação de insumos recebidos pela empresa em resultados, isto é, em produtos e serviços. Como variável ambiental (externa) é um componente do meia ambiente, à medida que as empresas adquirem, incorporam e absorvem as tecnologias criadas e desenvolvidas pelas outras empresas do seu ambiente de tarefa em seus sistemas. Como variável organizacional (interna) é um componente organizacional, à medida que faz parte do sistema interno da organização, já incorporada a ele, passando assim a influenciá-lo e influenciando o seu ambiente de tarefa. Rosana Thomé Tecnologia Tecnologia como variável ambiental. Tecnologia como variável organizacional. Tipologia de Thompson Tecnologia de elos em seqüência:linha de montagem da produção em massa Tecnologia mediadora: banco comercial que liga os depositantes com aqueles que desejam tomar emprestado. Tecnologia intensiva: hospital geral que pode exigir uma combinação e serviços como dietéticos, radiológicos, laboratório, etc. Tipologia de Thompson e Bates Tecnologia flexível. Tecnologia fixa. Produto concreto. Produto abstrato. Tecnologia fixa e produto concreto. Tecnologia fixa e produto abstrato. Tecnologia flexível e produto concreto. Tecnologia flexível e produto abstrato. 116 Rosana Thomé Matriz de tecnologia/produto Produto Concreto Produto Abstrato Tecnologia Fixa Tecnologia Flexível Poucas possibilidades de mudança. Falta de flexibilidade da tecnologia. Estratégia focada na colocação do produto no mercado. Ênfase na área mercadológica. Receio de ter o produto rejeitado pelo mercado. Mudanças nos produtos pela adaptação ou mudança tecnológica Estratégia focada na inovação e na criação de novos produtos ou serviços Ênfase na área de pesquisa e desenvolvimento (P&D). Flexibilidade da tecnologia para mudanças nos limites da tecnologia Estratégia para busca de aceitação de novos produtos pelo mercado. Ênfase na área mercadológica (promoção e propaganda). Receio de não obter o apoio ambiental necessário. Adaptabilidade ao meio ambiente e flexibilidade tecnológica. Estratégia para obtenção de consenso externo (quanto aos novos produtos e consenso interno (quanto aos novos processos de produção). Ênfase nas áreas de P&D (novos produtos e processos), mercadológica (consenso dos clientes) e recursos humanos (consenso dos empregados). 117 Impacto da tecnologia A tecnologia determina a natureza da estrutura organizacional e do comportamento organizacional das empresas. A tecnologia, isto é, a racionalidade técnica, tornou-se um sinônimo de eficiência. A tecnologia leva os administradores a melhorar cada vez mais a eficácia, mas sempre dentro dos limites da eficiência. Rosana Thomé As Organizações e seus Níveis Penetração de forças ambientais Fronteiras dos níveis do sistema Nível Institucional Nível Intermediário Nível Operacional Ambiente do Sistema Entradas do ambiente Saídas para o ambiente 119 Rosana Thomé Níveis Organizacionais Ambiente Externo Nível Institucional É o componente estratégico. Formulação de políticas gerais. Nível Intermediário É o componente tático. Elaboração de planos e programas específicos. Nível Operacional É o componente técnico. Execução de rotinas e procedimentos. Núcleo Técnico Lógica de Sistema Aberto Lógica de Sistema Fechado Incerteza Certeza Mediação (limitação da incerteza) 120 Rosana Thomé Novas Abordagens ao Desenho Organizacional Adhocracia É uma nova forma de organização, contrária á burocracia É um sistema temporário, variável, fluido e adaptativo Caracteriza-se por: Equipes temporárias autônomas e auto-suficientes Autoridade totalmente descentralizada Atribuições e responsabilidades fluidas e mutáveis Muita liberdade de trabalho Ter como caracteristica um planejamento detalhado e abangente 121 O homem complexo: abordagem contingencial ♦ Entende o homem como um sistema complexode valores, percepções, características pessoais e necessidades (fatores que influenciam a sua motivação para alcançar os objetivos organizacionais); capaz de manter o seu equilíbrio interno diante dos desafios feitos pelas forças externas do seu ambiente; um sujeito ativo. EM SUMA: Passou-se a realçar as diferenças individuais e a respeitar a personalidade das pessoas, aproveitando e canalizando as suas diferentes habilidades e capacidades, ao invés de padronizar o seu comportamento. Rosana Thomé O homem complexo O homem é um ser transacional, que não só recebe insumos do ambiente, como reage aos mesmos e adota uma posição proativa, antecipando-se e provocando mudanças no seu ambiente. Administração científica homem econômico Relações Humanas homem social Teoria Estruturalista homem organizacional Teoria Comportamental homem administrativo Teoria dos Sistemas homem funcional O homem tem um comportamento dirigido para objetivos: Cada sistema individual desenvolve seus próprios padrões de percepções, valores e motivos. 3. Os sistemas individuais não são estáticos, estão em contínuo desenvolvimento, embora mantendo sua identidade e individualidade ao longo do tempo. HOMEM COMPLEXO 123 Contingência: possibilidade de que algo aconteça; imprevisível, fortuito, eventual. Sua ocorrência de-pende das circunstâncias. Para esta abordagem, não existe uma única forma de se atingir um obje-tivo, i.e, não existe um modo melhor ou absoluto de se conseguir obter os resultados desejados. Resumindo O que faremos agora, Cérebro? ABORDAGEM CONTINGENCIAL Homem Complexo As concepções das teorias administrativas anteri-ores fragmentaram a natureza humana. Os estu-diosos da abordagem contingencial entendem o homem como um sistema complexo de valores, percepções, características pessoais e neces-sidades. NOVAS ABORDAGENS DA ADMINISTRAÇÃO PROCESSO DE ADAPTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DAS ORGANIZAÇÕES As teorias tradicionais da Administração se mostraram limitadas em suas visões e aplicações. Especialmente quanto aos aspectos relativos ao ambiente externo e suas muitas variáveis e como estas influenciam as organizações. Que ambientes podem afetar as organizações – qual força externa? Como se defender da concorrência? PROCESSO DE ADAPTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DAS ORGANIZAÇÕES Apelo – produto em si Associação – pessoa famosa Estilo de vida Mudou pois destaca o modo de vida Mudou pois faz-se necessária, tem que mudar para o próprio crescimento, complexidade. Por obrigação PROCESSO DE ADAPTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DAS ORGANIZAÇÕES Com o tempo as organizações sofrem processos de mudanças espontâneos ou planejados em razão das forças ambientais que as pressionam de diferentes maneiras. PROCESSO DE ADAPTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DAS ORGANIZAÇÕES As 4 Famílias de Teorias Ciclo de Vida: Mudança faz parte do processo de vida. Por isso mesmo é inevitável e iminente. A mudança é programada de modo que se torne o próprio objetivo da organização. As forças ambientais além de pressionarem para as mudanças também funcionam como fatores de “equilíbrio natural” (forças externas) limitando ou ajustando-as para serem possíveis ou aceitas. (as próprias ações do ambiente podem bloquear o novo produto – publico não aceita – barreira legal – fatores que concorrem que um produto novo ou inovação obtenha sucesso) PROCESSO DE ADAPTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DAS ORGANIZAÇÕES As 4 Famílias de Teorias Teleologia: Fundamenta-se na ideia de que mudar é um objetivo da organização. Portanto, ela não ocorre por acaso, mas propositalmente.(ter um objetivo – ocorrem por forças ambientais ou por força da organização) Não pressupõe uma sequência de eventos para que as mudanças aconteçam. Então, estas podem ocorrer de forma isolada e independente de outros fatores internos ou externos, bastando a vontade e a ação de indivíduos ou grupos. (TS pressupõe evolução em processos – aqui não diz desta forma – não é parte de um processo – planejada, posso criar uma solução através de um problema – pode surgir de uma ideia. PROCESSO DE ADAPTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DAS ORGANIZAÇÕES As 4 Famílias de Teorias Dialética: Considera que as organizações sofrem pressões contrárias e é a maior ou menor pressão de cada uma delas que geram as mudanças. Não se trata da pressão de cada uma destas variáveis, mas o conflito, a colisão entre elas que geram as mudanças. Choque de conflitos pode gerar uma inovação (bom conflito) PROCESSO DE ADAPTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DAS ORGANIZAÇÕES As 4 Famílias de Teorias Evolução Biológica: Ocorre segundo um processo contínuo de: Variação que é a nova forma organizacional resultado da mudança.(forma nova de oferecer um produto) Seleção quando há competição acirrada. As organizações optam por uma forma mais adequada para enfrentar as ameaças. (ocorre também dentro do ambiente) PROCESSO DE ADAPTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DAS ORGANIZAÇÕES As 4 Famílias de Teorias Evolução Biológica Seleção: é comum que as organizações se agrupem para eliminar ou enfrentar a concorrência. X PROCESSO DE ADAPTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DAS ORGANIZAÇÕES As 4 Famílias de Teorias Evolução Biológica: Retenção: forças que tendem a perpetuar e manter determinadas formas organizacionais. De modo geral, ambientes inalterados ou com poucos concorrentes, ou com pouca diferenciação de produtos/serviços. Ex.: materiais de construção. ABORDAGEM DA ECOLOGIA POPULACIONAL “As pressões do ambiente tornam a competição por recursos a força central nas atividades organizacionais.” Andrade e Amboni (2007) A teoria de Darwin diz que o ambiente vai definir que animais ou plantas vão sobreviver ao longo do tempo. A ideia é a mesma para as empresas. Competição sempre. De acordo com o modelo de ecologia populacional, a seleção de estruturas organizacionais novas ou modificadas ocorre como resultado das restrições ambientais. Os critérios do ambiente organizacional podem ser selecionados para assegurar a sobrevivência, enquanto outros desaparecem ou mudam para poderem disputar as necessidades do ambiente. ABORDAGEM DA ECOLOGIA POPULACIONAL Modelo de Três Estágios da Mudança Variação: primeiro passo para a mudança organizacional. Podem ser espontâneas e ocorrer pela necessidade isolada de pessoas ou grupos na tentativa de resolver problemas pontuais, facilitar o processo de trabalho, reduzir desperdício ou tempo, etc. O crescimento, ou desenvolvimento da organização é entendido como uma mudança natural dentro deste processo. ABORDAGEM DA ECOLOGIA POPULACIONAL Modelo de Três Estágios da Mudança Retenção: permite reter a informação e o conhecimento(principal meio de produção) em meios magnéticos, além de permitir a sua disseminação através destes mesmos meios aos participantes da organização por meio de treinamento e capacitação. Atualmente as grandes empresas são as de tecnologia são as maiores e mais importantes, pois detem o conhecimento – vivem da “inteligência”. ABORDAGEM DA ECOLOGIA POPULACIONAL Modelo de Três Estágios da Mudança Seleção: Ocorre principalmente quando existe competição. Neste caso, o ambiente seleciona as melhores formas para serem bem sucedidas num nicho ambiental. ABORDAGEM DA ECOLOGIA POPULACIONAL Modelo de Três Estágios da Mudança “Variação, seleção e retenção constituem os três estágios do processo de mudança organizacional na perspectiva populacional. A variação cria o material base a partir do qual a seleção deve ser feita e mecanismos de retenção preservam a forma selecionada.” Andrade e Amboni A organização se torna, então, aquilo que conhecemos, que podemos ver e compreender em um dado momento. ABORDAGEM DA ESCOLHA ESTRATÉGICA E DETERMINISMO AMBIENTAL São variáveis independentes e sua interação traz como resultado quatro tipos de tipologias de adaptação organizacional: Seleção natural com mínima escolha e adaptação: as coisas simplesmente acontecem e as organizações vão se adaptando, se acostumando, sobrevivendo. ABORDAGEMDA ESCOLHA ESTRATÉGICA E DETERMINISMO AMBIENTAL Diferenciação com alta escolha e alto determinismo do meio e adaptação com restrições: as organizações mapeiam e definem em que âmbito querem operar. Contudo, nem sempre aceitam se adaptar à todas as condições do ambiente especificando aquelas que lhes interessa ou as que são capazes de enfrentar. ABORDAGEM DA ESCOLHA ESTRATÉGICA E DETERMINISMO AMBIENTAL Escolha estratégica com máxima escolha e adaptação por design: organizações pragmáticas, altamente planejadas que analisam e reanalisam o ambiente e suas variáveis e desenham e definem como irão se adaptar. Típico de empresas orientais como as chinesas, japonesas e coreanas. São cautelosas e tendem ao conservadorismo. Ao mesmo tempo que podem ser agressivas na busca de novos mercados, mas sem abandonar seu estilo de gestão. ABORDAGEM DA ESCOLHA ESTRATÉGICA E DETERMINISMO AMBIENTAL Escolha sem diferenciação com escolha incremental e adaptação por chance: aproveitam as oportunidades ou ajustam comportamentos, produtos e serviços às condições do ambiente. Podem utilizar modelos já existentes (benchmarking) e/ou copiar produtos de sucesso embora ofertados para outros grupos de consumidores. ABORDAGEM BIBLIOGRÁFICA Considera a história da organização para compreender o que ela é, o que pensa e como pode ser o seu futuro. A idade cronológica não é o mais importante, mas sim as suas experiências, os impactos que causou, as influências que recebeu, a história de como e porque foi fundada, a história de seus fundadores, etc. 1996 2004 2010 +/- R$ 50 mi +/- US$ 3,5 bi +/- US$ 20 bi Para efeito de comparação 1948 +/- US$ 17 bi 1886 +/- US$ 30 bi ABORDAGEM CONTEXTUALISTA Considera que em tempos turbulentos, ou de incerteza, o papel do líder é fundamental na gestão da mudança organizacional. Não se trata apenas de avaliar o líder pela sua capacidade de liderar pessoas, de ser justo, assertivo, participativo, etc., mas se ele é efetivamente capaz de gerar resultados, de implementar as necessárias mudanças e de consolidá-las ao longo do tempo. APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL LEARNING ORGANIZATION de Peter Senge APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL AS CINCO DISCIPLINAS Domínio Pessoal. Significa aprender a expandir as capacidades pessoais para obter os resultados desejados e criar um ambiente empresarial que estimule todos os participantes a alcançar as metas escolhidas. APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL AS CINCO DISCIPLINAS Modelos Mentais, consiste em refletir, esclarecer continuamente e melhorar a imagem que cada um tem do mundo, a fim de verificar como moldar atos e decisões. APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL AS CINCO DISCIPLINAS Visão Compartilhada, é estimular o engajamento do grupo em relação ao futuro que se procura criar e elaborar os princípios e as diretrizes que permitirão que esse futuro seja alcançado. FUTURO APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL AS CINCO DISCIPLINAS Aprendizado em Equipe, está em transformar as aptidões coletivas ligadas a pensamento e comunicação, de maneira que grupos de pessoas possam desenvolver inteligência e capacidades maiores do que a soma dos talentos individuais. APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL AS CINCO DISCIPLINAS Pensamento Sistêmico, é criar uma forma de analisar e uma linguagem para descrever e compreender as forças e inter-relações que modelam o comportamento dos sistemas. É essa quinta disciplina que permite mudar os sistemas com maior eficácia e agir mais de acordo com os processos do mundo natural e econômico. FIM do SEMESTRE END of Semester Ende des Semesters FINAL del Semestre FIN du semestre koniec semestru 学期末 Fine del semestre
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