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29/01/2020 1 TIPOS E RISCOS ANESTÉSICOS Enfermagem em Centro Cirúrgico e Central de Material e Esterilização INTRODUÇÃO • Primeira intervenção cirúrgica com anestesia geral → 1846; • Antes dessa data → uso de outras substâncias como éter; • No período de 40 a 90 d.C. → extrato de ópio, extrato da mandrágora e do meimendro. Quadro do pintor Roberto Hinckley, de 1882, reproduzindo a cena da operação realizada com anestesia geral pelo éter em 16/10/1846. INTRODUÇÃO • Século XVII → descobriu-se um dos componentes do ar → “ar de fogo” → O2 → responsável por alimentar não somente a combustão, mas também a vida. • Desenvolvimento da química moderna e do conhecimento da fisiologia respiratória → início à administração de drogas por via inalatória. 1 2 3 29/01/2020 2 INTRODUÇÃO • Final do século XIX → surgiu a anestesia regional. • Desenvolvimento dos mecanismos para a aplicação das drogas e o surgimento de novos fármacos → anestesia → mais segura. INTRODUÇÃO • A ciência da guerra → não havia rival na ciência alemã; • O país inventou a aspirina e a novocaína (anestesia usada pelos dentistas); • Setor que mais se envolveu com o nazismo; • O maios conglomerado farmacêutico do mundo na época, que depois da guerra se dividiria nas empresas Bayer, Hoechst e Basf. • Fábrica instalada dentro dos campos de concentração. Papel da (o) enfermeira (o) Sempre teve uma ligação com a anestesia; Desenvolve atividades que subsidiam o anestesiologista: • Visita pré-operatória → planejamento da assistência perioperatória; • Assistência na indução anestésica, monitoração, intubação, extubação e situações de emergência; • Assistência de enfermagem prestada ao paciente anestesiado no período intraoperatório → previsão, provisão, controle e avaliação dos materiais e equipamentos utilizados nas anestesias; 4 5 6 29/01/2020 3 Papel da (o) enfermeira (o) • Após o início da anestesia → posicionamento adequado do paciente na mesa cirúrgica, monitorização dos parâmetros clínicos, acompanhamento da indução anestésica, aquecimento do paciente, sondagem vesica. • Ao término da cirurgia → principal foco na assistência à extubação do paciente, controle dos sinais vitais, aspiração endotraqueal, cuidados com a segurança e transferência à unidade de internação ou à UTI. Papel da (o) enfermeira (o) • Conhecer os fármacos e seus efeitos; • Conhecer os tipos de anestesia. A escolha do tipo de anestesia É influenciada por uma variedade de fatores: • Condições fisiológicas do paciente; • Doenças pré-existentes; • Condições mentais e psicológicas; • Recuperação pós-operatória; • Necessidade de manuseio da dor pós- operatória; • Tipo e duração do procedimento cirúrgico; • Posição do paciente durante a cirurgia. 7 8 9 29/01/2020 4 Risco anestésico • Relacionado com algumas características individuais; • Necessário avaliação pré- operatória. Enfermeiro na avaliação pré-operatória 1. Estado de saúde do paciente; 2. História da doença atual: sinais e sintomas, exames realizados, hipóteses diagnósticas, tratamento e evolução da doença; 3. História de doenças pré-existentes, que possam interferir no sucesso da anestesia, como asma, que pode acarretar em broncoaspiração aguda grave no início da anestesia ou durante a intubação; 4. Infecção de vias aéreas superiores (VAS), que predispõe o paciente, principalmente crianças, a complicações pulmonares, como broncoespasmo e obstrução de VAS por rolhas de muco; Enfermeiro na avaliação pré-operatória 5. Hipertensão, que pode aumentar a incidência de complicação pós- operatórias, como infarto agudo do miocárdio ou acidente vascular encefálico; 6. Hérnia hiatal, com sintomas de refluxo gastroesofágico, que aumenta o risco de aspiração pulmonar; 7. Uso de medicamentos, em especial anti- hipertensivos, antianginosos, antiarrítmicos, anticonvulsionantes e anticoagulantes; 10 11 12 29/01/2020 5 Enfermeiro na avaliação pré-operatória 8. Reações adversas a drogas e alergias; 9. Antecedentes familiares de complicações anestésicas; 10. Tabagismo, que aumenta os riscos de complicações pulmonares; 11. Uso de álcool e drogas, que aumenta os riscos de complicações anestésicas. Procedimentos cirúrgicos Requer: Inconsciência (hipnose); Analgesia (ausência de dor); Amnésia (perda temporária da memória); Relaxamento neuromuscular; Boa exposição visceral com total controle respiratório e dos reflexos autonômicos; Bloqueio da condução dos impulsos em tecidos nervosos. Cirurgia Segura Não existe um único fármaco capaz de produzir todos os efeitos desejáveis; Necessário combinação de drogas com ações farmacológicas diversas e administrados simultaneamente; Pode iniciar no período pré- operatório → medicação pré- anestésica. 13 14 15 29/01/2020 6 Medicamentos pré-anestésicos • Redução da ansiedade; • Sedação; • Amnésia anterógrada; • Analgesia; • Redução de secreções de vias aéreas; • Prevenção de respostas aos reflexos autonômicos; • Redução do volume do conteúdo gástrico e aumento do pH; • Efeito antiemético; • Redução da necessidade de anestésicos; • Facilidade de indução suave da anestesia e • Profilaxia das reações alérgicas. Medicamentos pré- anestésicos • Benzodiazepínicos: a. Diazepan b. Lorazepan c. Midazolam d. Barbitúricos Drogas utilizadas como coadjuvantes • Difenidramina → utilizada na profilaxia e no tratamento de reações alérgicas, assim como os fenotiazínicos; • Opiáceos → utilizados na analgesia preenptiva (analgesia iniciada antes de o estímulo doloroso ser gerado) e para suprimir tremores observados na emergência (fase do despertar) da anestesia geral ou peridural, pela sua atuação no centro termorregulador; 16 17 18 29/01/2020 7 Drogas utilizadas como coadjuvantes • Cetamina → possui efeito positivo a estabilidade cardiovascular e a broncodilatação e, como efeito negativo, as alucinações; • Agonista alfa-2 adrenérgico (clonidina) → ação ansiolítica e sedativa, produz analgesia e diminuição das pressões ocular e arterial; • Anticolinérgicos → utilizados para suprimir o reflexo vagal; Drogas utilizadas como coadjuvantes • Drogas como o omeprazol, antiácidos e antagonistas dos receptores de H2 → utilizadas para diminuírem o risco de aspiração do conteúdo gástrico; • Bloqueadores neuromusculares→ utilizadas com a finalidade de provocar o relaxamento muscular necessário para se atingir o sítio cirúrgico, sem a interferência involuntária ou voluntária do paciente. São classificados em: A. Adespoloarizantes (galamina, atracúrio, pancurônio, vecurônio e rocurônio) → agem competindo com a acetilcolina nos receptores colinérgicos; B. Despolarizantes (succinilcolina) → quando simulam o efeito da acetilcolina Tipos de Anestesias • American Society of anesthesiologist (ASA) classifica a anestesia de acordo com o efeito exercido sobre a percepção sensorial e dolorosa do paciente. 19 20 21 29/01/2020 8 Classificação dos tipos de Anestesia • Anestesia geral: inalatória, intravenosa e balanceada; • Anestesia regional: peridural, espinhal ou epidural e bloqueio de plexos nervosos; • Anestesia combinada: geral e regional; • Anestesia local. Condições físicas do paciente – classificação da ASA: • Classe 1 (ASA 1) = paciente saudável; • Classe 2 (ASA 2) = paciente com doença sistêmica discreta; • Classe 3 (ASA 3) = paciente com doença sistêmica grave; • Classe 4 (ASA 4) = paciente com doença sistêmica impactante, com risco para a vida; • Classe 5 (ASA 5) = paciente moribundo, com pouca probabilidade de sobrevida; • Classe 6 (ASA 6) = paciente com morte cerebral; • Classe E (ASA E) = paciente que requer cirurgia de emergência. Anestesia Geral • É um estado de inconsciência reversível, caracterizado por amnésia, analgesia, depressão dos reflexos, relaxamento muscular e depressão neurovegetativa, resultante da ação de uma ou mais drogas no sistema nervoso. • Objetivo: depressão irregular e reversível do sistema nervosos central, produzidapor fármacos, que determinarão graus variados de bloqueio sensorial, motor, de reflexos e cognição. 22 23 24 29/01/2020 9 Anestesia Geral: tipos 1. Anestesia geral inalatória; 2. Anestesia geral intravenosa; 3. Anestesia geral balanceada. Fases da Anestesia Geral • Fase de indução: corresponde ao período compreendido entre a administração de agentes anestésicos até o início do procedimento cirúrgico; • Fase da manutenção: corresponde ao período compreendido entre o início do procedimento cirúrgico até o seu término; • Fase da emergência ou do despertar: corresponde à reversão da anestesia ou ao período em que o paciente começa a “acordar” da anestesia e, em geral, termina quando ele se encontra pronto para deixar a sala operatória. Componentes de uma boa Anestesia Inconsciência; Analgesia; Relaxamento muscular; Controle de reflexos autonômicos; Amnésia. 25 26 27 29/01/2020 10 Anestesia Geral Inalatória • Os agentes anestésicos voláteis são utilizados sob pressão e o estado de anestesia é alcançado quando o agente inalado atinge concentração adequada no cérebro, levando à depressão. • Dividida em 4 estágios: 1. Analgesia; 2. Excitação; 3. Anestesia cirúrgica; 4. Sobredose. Agentes inalatórios Óxido nitroso (N2O) Não é inflamável, porém, mantém combustão; Cuidado na utilização do bisturi elétrico ou qualquer outro equipamento gerador de faísca; Produz efeitos no sistema nervoso central; Produz inconsciência; Analgesia fraca; Potencializa o efeito de hipnoanalgésicos e dos barbitúricos. Agentes inalatórios Óxido nitroso (N2O) No sistema cardiovascular produz vasodilatação periférica; No sistema respiratório produz hipóxia por difusão, por isso, deve sempre ser administrado em conjunto com o oxigênio. 28 29 30 29/01/2020 11 Agentes inalatórios Halogenados Apresentam efeito dose dependentes; No sistema respiratório diminuem o volume/minuto; Deprimem os reflexos laríngeos e faríngeos; Diminuem as secreções; Relaxam a musculatura brônquica; Agentes inalatórios Halogenados São depressores do sistema cardiovascular (com exceção do enflurano e do isoflurano); Potencializam as ações do bloqueadores neuromusculares; Relaxamento da musculatura uterina com riscos de graves sangramentos → pacientes e profissionais que atuam na sala operatória. Observações • Halotano e a Hipertermia maligna → potencializado com a associação com a succinilcolina • Hipertermia maligna → doença muscular hereditária, latente, potencialmente grave, de herança autossômica dominante, caracterizada por resposta hipermetabólica após exposição a anestésico inalatório. • Tratamento: uso de dantroleno associado ao resfriamento do corpo e das cavidades, ventilação com O2 a 100%, hidratação, tratamento da acidose e da hipercalemia – liberação de cálcio citoplasmático. • O enflurano e o Halotano associados ao N2O podem desencadear convulsões e reduzir o consumo de O2 pelo cérebro. 31 32 33 29/01/2020 12 Anestesia Geral Intravenosa • Anestésicos venosos não opioides (Barbitúricos, Cetamina, Droperidol, Etomidato, Propofol e Benzodiazepínicos); • Anestésicos venosos opioides (Fentanil, Alfentanil, Sufentanil e Remifentanil); • Bloqueadores neuromusculares. Anestesia Geral Intravenosa • Tiopental → é o mais utilizado para induzir ou manter a anestesia, principalmente de curta duração em que se associa ao N2O, resultando em analgesia mínima. Produz sono superficial e controla convulsões. Sua atuação no SNC – proporcional à dose. • Cetamina → age rapidamente no SNC. Produz intensa analgesia, amnésia, sedação superficial. • Droperidol → classificado como neuroléptico maior e provoca um estado de indiferença e imobilidade, com profunda analgesia e supressão dos reflexos autonômicos, com manutenção da estabilidade cardiovascular. Anestesia Geral Intravenosa • Etomidato → possui efeito semelhante aos barbitúricos, mantém a estabilidade cardiovascular, interfere pouco na frequência respiratória. Prova alta incidência de náuseas e vômitos e um despertar agitado. • Propofol → possui aspecto leitoso, deve ser armazenado em temperatura inferior a 24oC. Provoca baixa incidência de náuseas e vômitos. • Benzodiazepínicos → utilizados no pré-anestésicos, propriedades hipnóticas, sedativas, ansiolíticas, amnésicas, anticolvulsivantes e miorrelaxantes de origem central. 34 35 36 29/01/2020 13 Anestesia Geral Intravenosa • Opióides → morfina, fentanil, alfentanil, sufentanil e ultiva. Produz analgesia, sonolência, hipotermia, queda do débito urinário, diminuição da resposta afetiva aos estímulos nociceptivos, miose, depressão dos centros respiratórios, náuseas e vômitos. Efeitos revertidos – administração da naloxona. Estágios ou Profundidade: planos de Guedel • PLANO I (Fase de Analgesia e perda da consciência): administração de analgésico até a perda da consciência. • PLANO II (Fase de Excitação ou delírio ): perda de consciência ao início padrão respiratório rítmico. • PLANO III (Anestesia Cirúrgica). • PLANO IV (Fase de Parada Respiratória: choque bulbar e morte) Monitorização permanente do paciente • Frequência Cardíaca – FC; • Ritmo Cardíaco; • Pressão Arterial; • Frequência Respiratória; • Saturação Arterial de Oxigênio (SO2). 37 38 39 29/01/2020 14 Anestesia Geral Balanceada • Realizada pela combinação de agentes anestésicos inalatórios e intravenosos. • Muito difundida e largamente utilizada. • Não existe um único fármaco ideal que proporcione anestesia adequada. Anestesia Local X Regional Anestesia LOCAL (AL): Interrompe a geração de impulsos nervosos, alterando o fluxo de sódio para dentro das células nervosas através das membranas celulares. Resultado bloqueio do SNA. São de uso tópico, oftálmico, nebulizador ou injetável. Não requer sedação, nem perda da consciência. Anestesia REGIONAL (AR) Bloqueio: Sempre injetada e envolve um nervo central (espinhal) ou um grupo de nervos (plexos) que inerva um sítio distante do local da injeção. Anestesia Local • No sec. XIX descobriu-se por acaso o primeiro anestésico local, a Cocaína. • Eram utilizadas por nativos dos Andes; • Foi isolada em 1860, por Albert Niemann; • Sigmund Freud, estudou suas ações fisiológicas; • Foi introduzida em 1884 por Carl Koller. 40 41 42 29/01/2020 15 Anestésicos Locais ESTERES Os anestésicos com ligação ester são hidrolizados mais rapidamente. Cocaína Procaína Cloroprocaína Tetracaína Anestésicos Locais AMIDAS Lidocaína Bupivacaína Etidocaína Mepivacaína Prilocaína Ropivacaína Tetracaína Mecanismo de Ação • Os Anestésicos locais impedem a geração e a condução do impulso nervoso, por inibição da atividade elétrica; • Bloqueiam o aumento transitório na permeabilidade da membrana ao Na+; • Podem também atuar nos canais de K+, e Ca ++. • Devem 1º cruzar a membrana plasmática para produzir seus efeitos anestésicos, mantendo sua forma molecular. • Os AL são bem absorvidas pela pele e mucosas. 43 44 45 29/01/2020 16 Administração de Anestésicos Locais • Anestesia Superficial: O AL é administrado na superfície: dérmica, oral, nasal, árvore brônquica, oftálmica e uretral. Os AL mais utilizados são: Lidocaína, Tetracaína, Dibucaína e Benzocaína. • Anestesia Infiltrativa: O AL é infiltrado sob a pele. Os AL mais utilizados são: Procaína e Lidocaína AL Superficial 46 47 48 29/01/2020 17 AL Infiltrativa Anestesia Infiltrativa: o AL é infiltrado sob a pele (ID ou SC). Os AL mais utilizados são: Procaína e Lidocaína Anestesia Regional (AR) • Também conhecida como bloqueio. • É sempre injetada e envolve um nervo central (espinhal) ou um grupo de nervos (plexo) que inerva um sítio distante do local da injeção. • Pode envolver o uso concomitante de sedação moderada. • Os cateteres internos, que distribuem anestésicos ao sítio cirúrgico com o auxílio de uma BOMBA, podem ser implantados antes do despertar do paciente para a promoção contínua doalívio da dor por até 72hs no pós- operatório. BOMBA PCA 49 50 51 29/01/2020 18 Anestesia Regional VANTAGENS • Recuperação rápida. • *Rápida liberação do paciente. • *Continuidade na analgesia no pós. • *Pacientes que não podem ser submetidos a anestesia geral. DESVANTAGENS • Desconforto no sítio da injeção. • Hipotensão refratária. • Arritmias e convulsões. AR Intravenosa Também denominado Bloqueio de Bier É a injeção intravenosa distal a um manguito de pressão para parar o fluxo sanguíneo após o esvaziamento vascular; Usada em cirurgias ortopédicas dos membro superiores, abaixo do cotovelo e membros inferiores, abaixo do joelho Cirurgia de duração máxima de 50 a 60 minutos e nunca acima de 90 minutos devido a isquemia tecidual Os AL utilizados são: Lidocaína e Prilocaína Complicações: risco de toxidade sistêmica ao liberar o manquito, neuropráxia ao nível do manquito e dor pela compressão do manquito. Bloqueio de Bier 52 53 54 29/01/2020 19 AR Troncular O anestésico é injetado próximo aos troncos nervosos, para produzir perda de sensação periférica; É indicada em cirurgias ortopédicas em nível dos dedos das mãos e dos pés e nos procedimentos odontológicos É usado qualquer AL É necessário uma quantidade menor de AL do que na anestesia infiltrativa. O início da anestesia pode ser lento. AR Troncular AR Troncular 55 56 57 29/01/2020 20 AR Plexos • Também denominada Bloqueio de Plexo. • É a injeção de AL ao nível de um plexo nervoso , determinando o bloqueio da transmissão do impulso nervoso em um conjunto de nervo periféricos e consequentemente resultando na anestesia de uma determinada área ou um membro • A mais utilizada é o Bloqueio do Plexo Braquial para as cirurgias dos membros superiores • É usado qualquer AL. AR Plexos Anestesia Espinhal A injeção de AL na medula espinhal com o objetivo de bloquear a passagem do impulso nervoso pela medula espinhal De acordo com o espaço medular onde é injetado o AL pode-se realizar DUAS Técnicas Diferentes: Raquianestesia (espaço subaracnóideo) Peridural (espaço epidural) 58 59 60 29/01/2020 21 Raquianestesia • Anestésico local é injetado no espaço subaracnóideo e se mistura ao líquido cefalorraquidiano (LCR ou líquor). • Ocorre o bloqueio nervoso reversível das raízes nervosas, levando o indivíduo à perda das atividades autonômica, sensitiva e motora. 61 62 63 29/01/2020 22 Raquianestesia • Como a medula termina, no adulto, em L1, a punção raquidiana é feita abaixo desse nível, entre L2-L3,L3-L4, ou L4-L5. Identificação do espaço da anestesia raquidiana: gotejamento do líquor Raquianestesia Fármacos mais utilizados: • Bupivacaína; • Lidocaína; • Procaína; • Mepivacaína; Associações que aumentam a duração do bloqueio: • Epinefrina; • Fenilefrina; • Opióides. 64 65 66 29/01/2020 23 Cefaleia pós-raqui • Extravasamento de líquor através da punção espinhal; • Posição ortostática; • Tensão intracraniana nos vasos e nervos meníngeos na dura máter; • Pode durar até duas semanas; • Além da cefaleia a perfuração da dura-máter pode causar hipotensão arterial, bradicardia, náuseas, vômitos, lombalgia, depressão respiratória e falhas no bloqueio. • Tratamento: repouso+hidratação e/ou bloodpatch. Anestesia Peridural • AL é injetado no espaço peridural, um espaço virtual situado entre o ligamento amarelo e a dura máter. Espaço subaracnóideo (1) líquor Espaço peridural (2) vasos, gorduras e nervos 67 68 69 29/01/2020 24 Peridural • A escolha do nível da punção e do volume a ser injetado dependerá do procedimento cirúrgico a ser realizado. • Diferentemente da raquianestesia, a peridural pode ser feita em qualquer nível da coluna, promovendo um bloqueio segmentar cranial e caudal ao local de injeção do anestésico. Peridural Vantagens • Menor incidência de cefaleia; • Bloqueis mais restritos; • Utilização de cateter; • Uso do cateter – anestesia peridural contínua – analgesia pós-operatória prolongada – alívio da dor – restabelecimento do paciente. Peridural Desvantagens • Maior tempo de latência • Menor intensidade de bloqueio • Maior toxicidade pelo anestésico local (são utilizados em volumes maiores) • É mais complexa que a raquianestesia – maior habilidade do anestesista. 70 71 72 29/01/2020 25 Raqui X Peridural Sedação • A sedação pode ser definida entre um simples estado de cooperação, com orientação espaço temporal e tranquilidade ou apenas resposta ao comando, podendo incluir ou não a hipnose. • É a anestesia sem perda total dos reflexos. Sedação 73 74 75 29/01/2020 26 Recomendações para o Jejum Pré-operatório NGESTÃO DE ALIMENTOS E LÍQUIDOS PERÍODO MÍNIMO DE JEJUM (Hs) Líquidos puros (ex. água, chás, café, sucos de frutas sem polpa 2 Leite Materno 4 Leite não humano, incluindo as fórmulas para bebês 6 Refeição leve (ex. torradas) 6 Refeição regular (ex. carne, alimentos fritos ou gordurosos 8 ou mais 76 77 78
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