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Fisiologia da Olfação PEDRO ALVES maia Gustavo boncompagno João Marcelo shimidt O OLFATO Nosso olfato trás tanto bons quanto maus sinais. Junto com a gustação, nos ajuda a identificar alimentos e aumentar nossa apreciação de muitos dele. Além disso pode nos alertar sobre o perigo potencial de algumas substâncias. No olfato, os sinais relativos a odores ruins podem se sobrepor aqueles dos agradáveis. Segundo pesquisas podemos sentir o odor de centenas de milhares de substancias, mas somente 20% destas apresentam odor agradável. O olfato humano é pouco desenvolvido se comparado ao de outros mamíferos. O epitélio olfativo humano contém cerca de 20 milhões de células sensoriais, cada qual com seis pêlos sensoriais (um cachorro tem mais de 100 milhões de células sensoriais, cada qual com pelo menos 100 pêlos sensoriais). Nos seres humanos, o órgão responsável pelo olfato é o nariz. O sentido do olfato é produzido pela estimulação do epitélio olfativo que se localiza no teto das cavidades nasais. Nós sentimos o cheiro das coisas devido a uma pequena e fina camada de células no alto da cavidade nasal, denominada epitélio olfatório. O epitélio olfatório tem três tipos celulares principais: as células receptoras olfatórias (são os locais da transdução), células de suporte (entre outras coisas, auxiliam na produção de muco) e células basais (fonte de novos receptores). O bulbo olfatório localiza-se no topo da placa cribiforme, na base do córtex frontal. Nele, encontram-se os neurônios pós-sinapticos, cujas fibras são predominantemente aferentes, formando novos agrupamentos e fazendo conexão para outras partes do encéfalo. Os receptores olfativos crescem continuamente, morrem e regeneram-se em um ciclo que dura cerca de 4-8 semanas. De fato, as células receptoras olfatórias estão entre os poucos tipos de neurônios no sistema nervoso que são regularmente substituídos ao longo da vida. O ato de ''cheirar'' leva o ar através das tortuosas passagens nasais, porém apenas uma pequena porcentagem desse ar passa sobre o epitélio olfatório. O epitélio produz uma fina cobertura de muco, que flui constantemente é substituída. Assim que as substâncias odoríferas entram em contato com os cílios, geram um potencial de receptor lento; o potencial do receptor propaga-se ao longo do dentrito e desencadeia uma série de potenciais de ação no corpo celular da célula receptora olfatória. Por fim, os potenciais de ação propagam-se continuamente ao longo do axônio do nervo olfatório, que leva esse estímulo até o bulbo olfativo, fazendo com que o nosso cérebro interprete-o e nos dê a sensação de cheiro. Quais são os estimulantes olfativos primários ? Os estimulantes olfativos primários são: cânfora, almíscar, flores, menta, éter, azedo e podre. Estes odores primários estão relacionados a 7 tipos de receptores nas células da mucosa olfativa. Limiares olfativos: Existem 3 tipos de limiares olfativos , o limiar de detecçao consiste na quantidade mínima de substância odorífica para a percepção do cheiro, sem o identificar, o limiar de identificação é a concentração de substância odorífera necessária para o reconhecimento especifico do cheiro, sabe se que uma vez identificado o cheiro a percepção de sua intensidade aumenta, existe também o limiar de diferenciação, que consiste na diferença da concentração de uma substância odorífera entre duas amostras necessárias, para que se possa distingui-las. De modo geral, uma pequena quantidade de estimulante basta para estimular as células olfativas. Adaptação do receptor olfativo Os receptores para o olfato são os cílios olfativos, estruturas com o formato de cabelo localizadas na porção superior das passagens nasais. Elas assemelham-se às células do paladar, no sentido de que têm uma vida curta sendo constantemente repostas. Os receptores olfativos possuem axônios, que realizam sinapse diretamente com a célula no bulbo olfativo na base do cérebro. Assim como o paladar, o sentido do olfato também apresenta adaptação sensorial. Quais são as vias de transmissão dos estímulos olfativos para o SNC ? O epitélio olfatorio consiste em uma camada de células receptoras olfatorias, células de suporte e células basais. As substâncias odoríferas dissolvem se na camada de muco e contatam os cílios das células olfatorias. Os axônios das células olfatorias penetram a placa óssea calibriforme em seu caminho ao SNC. Estruturas encefálicas que recebem conexões olfatorias Os axonios quando saem do bulbo possuem alvos no encéfalo, entre as estruturas mais importantes estão a região primitiva do córtex cerebral, denominada córtex olfatorio. Os axonios do tracto olfatorio ramificam se e entram em muitas regiões do prosencéfalo, incluindo córtex olfatorio. O neocórtex é atingido apenas por uma via que faz sinapse no núcleo medial dorsal do tálamo. Feromônio O olfato é também um modo de comunicação. Substâncias químicas liberadas pelo organismo, chamadas de feromônios, são sinais importantes para comportamentos reprodutivos, e elas também podem ser utilizadas para marcar território, identificar indivíduos e indicar agressão ou submissão. Feromônios Sexuais: atraem o sexo oposto. Feromônios de Alarme: alertam o perigo. Feromônios de Trilha: sinalizam o local por onde passaram. Feromônios de Ataque: alertam para o ataque. Feromônios de Agregação: alertam para as fontes de alimentos. Bulbo Olfatório –O bulbo olfatório é a parte olfatoria primária do cérebro. Ao captar um cheiro as células receptores enviam sinais elétricos para os neurônios olfatorias localizados dentro de um glumerolu esférico, após isso neurônios de segunda ordem enviam os axonios para outras regiões do encéfalo através do tracto olfatorio onde é feita a identificação de diversos odores. Ao contrário do que muitos pensam, existem dois bulbos olfatórios no nosso corpo, um em cada hemisfério do nosso cérebro. Os transtornos da sensibilidade do olfato Anosmia e hiposmia: ausência e diminuição da olfação. Podemos agrupar as causas em: Intranasal: que impedem a passagem de partículas odoríferas até a zona olfatória, ou lesam as terminações nervosas olfatórias Agnosia: inabilidade para classificar, identificar ou constatar uma sensação odorífera. E diversas outras como: Extranasal intracraniana, Extranasal extracraniana, Hiperosmia, Cacosmia, Fantosmia.