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VACUOTERAPIA O termo vacuoterapia é muito simples para definir as novas possibilidades do uso do vácuo, aparecendo com isso um novo conceito: Terapia Subdérmica Não Invasiva, onde o uso de “cabeçotes” especialmente desenhados permite uma aplicação dinâmica na terapia de aspiração, podendo abranger grandes áreas e permitir a realização de variado número de manipulações distintas com objetivos e efeitos fisiológicos diferentes (Soriano et.al., 2000). A endermoterapia surgiu na França, nos anos 70, indicada para suavizar cicatrizes e padronizar a fisioterapia; porém, os pacientes tratados com a endermoterapia também mostraram uma melhoria no contorno do corpo e textura de pele. Desde então, várias máquinas estiveram em uso na França como um método alternativo por alterar distribuição de gordura no plano subcutâneo. Definição Terapia mecânica de origem reflexa, que utiliza aparelhos compressores geradores de vácuo com aspiração continua ou pulsada não invasiva, para aplicação da depressomassagem e depressodrenagem linfática, ou seja, é o uso do vácuo provocando uma pressão negativa (-). Sabemos que a massagem é um método de tratamento milenar, que não se sabe ao certo quando o homem começou a fazer uso. Existem indícios da pré-história (China e Índia – 3000 a.C.), ainda com uma visão empírica, foram feitas por Homero, Sócrates, Hipócrates, Galeno, dentre outros. Somente a partir do século XIX é que se estabelece uma visão mais científica, através de nomes como: Per Henrik Ling, Mezger, Kirchberg, Mennel, Head Machenzie, Michell, Championniere, Kellogg, Murrel, Hoffa, Kolhrausch, Dicke, Bagot e outros. Baseados em estudos científicos, a massagem mais a ventosagem(utilizada pelos chineses há 3000 anos A.C.) nos dias de hoje, utiliza-se de aparelhos de vácuo para aplicação da Depressomassagem e Depressodrenagem Linfática, ou seja, é o uso do vácuo provocando uma pressão negativa (-760mmHg a 0mmHg). Ação Segundo WOOD & BECKER (1990), a massagem produz estimulação mecânica dos tecidos, por aplicação rítmica de pressão e estiramento, comprimindo e tracionando os tecidos moles, estimulando as redes de receptores nervosos fazendo com que haja várias respostas (mecânicas, reflexas, químicas), dentre elas, aumento da perfusão e metabolismo dos tecidos, mobilização dos líquidos teciduais, auxílio da reabsorção de restos metabólicos, vasodilatação, tonificação de órgãos internos, analgesia, etc., além de respostas psíquicas benéficas. Depressomassagem Ventosagem, aplicada sobre o tecido e é praticada de duas maneiras: - Depressomassagem pulsada: Sobre as regiões tensionadas, realiza um relaxamento, regulariza as funções dos órgãos, descontratura a musculatura, diminuindo e eliminando tensões presentes no trajeto veno-linfático. - Depressomassagem continua: As manobras são realizadas inicialmente com uma suave pressão, aumentando-se gradativamente, no sentido de distal para proximal respeitando-se o sentido das fibras musculares, até causar uma hiperemia. O efeito é descongestionante sobre as zonas lipodistróficas, melhorando a fluidez da substância fundamental. Quando utilizamos, com efeito estimulante, melhora a estrutura das fibras colágenas e elásticas. Depressodrenagem Com uma pressão de no máximo 40 (quarenta) milibars, com movimentos lentos no sentido dos gânglios linfáticos, provocamos uma estase veno-linfática. Importante na eliminação de detritos. estimula os traços vasculares, drenando os exsudatos metabólicos (melhorando a cor da pele) e realizando um “alisamento” cutâneo (CAMPOS, 2000). E divide-se em: - Depressodrenagem pulsada: - Depressodrenagem continua: Os objetivos da ventosagem: Mobilização do sangue dentro dos capilares cutâneos, melhorando a troficidade e favorecendo a nutrição celular; Melhora da troficidade atuando na reestruturação do tecido conjuntivo, graças ao aporte de enzimas e nutrientes e à eliminação de detritos; Melhora da troficidade unida à flexibilização tissular provoca um melhor deslizamento no meio intersticial, permitindo que os líquidos intersticiais, sangue e linfa, veiculem melhores os aportes nutritivos, e eliminem as toxinas; Melhora da tonificação tissular, a maneira correta da aplicação de massagem nos permite estimular as fibras colágenas e elásticas. Este estímulo associado ao descongestionamento dos tecidos devolverá à pele sua tonicidade normal; Diante do exposto, no que se refere a aplicações clínicas, várias são as indicações da vacuoterapia: entende-se desde tratamentos preventivos à recuperação físico-funcional dos distúrbios endócrino- metabólicos, dermatológicos e músculo-esqueléticos. EFEITOS FISIOLÓGICOS: - Drenagem linfática; - Melhora da qualidade cutânea; - Desobstrução dos poros e dos folículos sebáceos; - Melhora do fluxo sanguíneo; - Regulação térmica da pele; - Exercício vascular; - Prevenção de fibrose; - Redistribuição das células de gordura. Indicações: Estética Facial e Corporal; Pré e Pós Cirurgia Plástica; Cicatrizes Hipertróficas; Queimaduras; Stress; Traumatologia; Reumatologia; Flebologia; Linfologia; Dermatologia. Contraindicações: Tumores Cutâneos; Grandes Dermatoses; Fragibilidade Capilar; Doenças Infecciosas Evolutivas; Reumatismo Inflamatório. ASPIRAÇÃO: Em alguns aparelhos a sucção pode realizar de dois modos distintos: contínuo e pulsado. No modo contínuo, realiza uma sucção constante. No modo pulsado, atua de modo intermitente, os tempos de sucção e repouso podem ser regulados. Pressão é dada em mmHg (milímetros de mercúrio). TÉCNICAS DE APLICAÇÃO: Manipulação: Deslocamento linear: o cabeçote desloca seguindo uma linha reta sobre a área a ser tratada. “Oito” grande: se realizam manipulações em forma de oito trabalhando em modo contínuo. Tem finalidade hiperemiante e de remodelação. Realiza uma mobilização e remoção dos tecidos. “Oito” pequeno: manobra idêntica ao oito grande, porém de menor tamanho e mais rápido. Zig-Zag: trabalhando na emissão pulsada se realiza um movimento de zig-zag mudando a direção do cabeçote nos momentos de repouso da sucção. Precussão-sucção: trabalhando no modo contínuo e com pressões sobre a pele alternando momentos de sucção (quando o cabeçote se apoia sobre a pele) com momentos de repouso com o desprendimento do cabeçote da superfície cutânea. Deslocamento circular: enquanto realizam círculos durante o deslizamento, mantém-se a sucção contínua deslocamento linear do cabeçote. Deslocamento-vibração: apoia-se o cabeçote e se desloca linearmente enquanto que se realiza uma ligeira vibração no sentido perpendicular, mantendo em todo o momento a sucção do tecido. ASPIRAÇÃO: Em alguns aparelhos a sucção pode realizar de dois modos distintos: contínuo e pulsado. No modo contínuo, realiza uma sucção constante. No modo pulsado, atua de modo intermitente, os tempos de sucção e repouso podem ser regulados. Pressão é dada em mmHg (milímetros de mercúrio). Indicações: - Celulite; - Pré e Pós Operatório; - Obesidade generalizada; Contraindicações: - Fragilidade vascular; - Tumores; - Não aplicar sobre olhos e ouvidos; - Hipertensão arterial não controlada; - Gestação; - Afecções da pele; - Diabéticos; ENDERMOTERAPIA CONCEITO : O sistema promove uma sucção, formando uma prega cutânea, pressão negativa (-) entre dois rolos motorizados. Estes, por sua vez, realizam uma massagem, pressão positiva (+). Suas principais indicações são: • Pós-Operatório de Lipoaspiração e Cirurgia Plástica; • Celulite Fibrosa; • Gordura Localizada; • Redução de Medidas; • Drenagem Linfática; • Tonificação da Pele; • Má Circulação. A Endermoterapia (endermologia)é um método indolor e não agressivo, que executa uma massagem suave, relaxante e profunda, pois compreende, ao mesmo tempo, massagem, rolamento motorizado e sucção, atingindo todas as camadas do tecido conjuntivo, atuando com inteira eficácia no tecido adiposo (células de gordura). Quanto à circulação, teremos uma hipervascularização na área tratada, um aumento de oxigenação e o descongestionamento dos vasos sanguíneos. Contra-indicações: Pacientes com: - Cálculo Renal (paciente em crise); - Problemas Vasculares (trombose venosa profunda); - Neoplasias (Câncer). Na Endermoterapia devemos lembrar que o paciente fará uso de uma malha de poliamida para higiene e proteção. TERMOTERAPIA Descrição: A termoterapia significa terapia com calor ou frio. É a aplicação terapêutica de qualquer sustância ou objeto ao corpo que resulta em aumento ou diminuição da temperatura dos tecidos. Classificação: *HIPERTERMOTERAPIA Significa terapia com calor. É a aplicação de qualquer substância que provoque o aumento da temperatura dos tecidos estimulando a termorregulação corporal.O sistema termostático utiliza três mecanismos importantes para reduzir o calor corporal quando há o aumento excessivo da temperatura: 1. Vasodilatação plena que consegue aumentar a transferência de calor para a pele em até 8 vezes; 2. Transpiração e evaporação de água; 3. Aumento da trocas metabólicas favorecendo a absorção de cosméticos. O calor local produz vasodilatação das arteríolas e capilares, provoca estímulo geral do metabolismo celular com aumento da síntese protéica e da atividade enzimática com modificações da permeabilidade da membrana celular. Efeitos fisiológicos da Hipertermoterapia - A nível tissular, ocorre um importante estímulo trófico devido ao estímulo do metabolismo celular e a hiperemia. O calor produz um efeito analgésico e antiespasmódico, agindo também nas contraturas musculares; - A elevação da temperatura em 4°C aumenta a taxa metabólica em cerca de 60%; - O colágeno degenera com temperaturas acima de 50°C. Com temperaturas na faixa de 40°C a 45°C a extensibilidade do colágeno aumenta, isto ocorre se o tecido for simultaneamente alongado; - Há um acréscimo de leucócitos através da parede dos vasos na área aquecida; - A transpiração e a analgesia também são evidenciadas. Indicações - Relaxamento muscular; - Edema crônico; - Favorece a absorção cutânea de produtos tópicos; - Celulite; - Modelagem corporal; - Redução de medidas. Contraindicações - Sensibilidade ao calor; - Varizes, flebites, tromboflebites; - Cardiopatias e portadores de marca passo; - Insuficiência renal; - Infecção em geral; - Artrite reumatóide ou osteoartrose; - Região com próteses metálicas - Neoplasias; - Lesões teciduais; - Estados febris; - Gestantes. Agentes da Hipertermoterapia Superficial -bolsa térmica quente ou fria -manta térmica com controle de temperatura -parafinagem -imersão MANTA TÉRMICA É um equipamento que produz calor e excelentes resultados e está diretamente ligado a preparação de regiões corpóreas para procedimentos estéticos e para efetuá-los também. O princípio básico desta técnica é o aumento da circulação sanguínea e consequente melhoramento do aporte sanguíneo na região tratada seguido de melhor oxigenação dos tecidos. Ela foi construída com a função de substituir o Forno de Beer e a Sauna Seca. É utilizada em bandagens, toalhas úmidas ou roupão úmido. Efeitos: - Vasodilatação; - Aumento do metabolismo; - Relaxante; - Alivia dores musculares; - Hiperemia. Indicações: - Gordura localizada; - FEG; - Dores musculares; - Relaxamento muscular. Contraindicações: - Inflamações agudas; - Infecções; - Câncer; - Hemorragias; - Útero gravídico. Aplicação: Temperatura: 40 ou 45°C Tempo de aplicação: 10 a 40 minutos HIPOTERMOTERAPIA OU CRIOTERAPIA O método foi criado na França e consiste, basicamente, na aplicação de um produto crioterápico (líquido ou gel) no local em que se quer a redução de gordura. Consiste em resfriar o local, para que haja vasoconstrição e redução de temperatura. Produz, localmente, uma reação termodinâmica provocada pela combustão dos lipídios (sejam os que circulam ou os que estão depositados nos tecidos). Ao aplicar diretamente o frio à pele, os vasos cutâneos se contraem cada vez mais, até chegarem à máxima vasoconstrição (determinada pela evaporação do produto), provocando a redução da temperatura do corpo (de 36,5°C para 30°C). Esta diminuição acarreta uma reação defensiva local (termogênica), dada pela vasodilatação profunda (compensadora da vasoconstrição periférica), provocando, assim, a aceleração do metabolismo local. A crioterapia atua na prevenção do extravasamento sanguíneo levando a uma menor quantidade de fibrinas e uma maior síntese de colágeno, minimizando assim a aderência e diminuindo também o tempo de imobilização. - Vasoconstrição periférica: efeito direto sobre os termoreceptores cutâneos que, assimilando a queda da temperatura, levarão aos vasos uma informação para evitar a perda de calor, o que representa prejuízo para atividade celular. - Vasodilatação profunda: consequência do que ocorre superficialmente, pois tende, através da dilatação dos vasos mais calibrosos, a compensar a baixa temperatura dos tecidos, para manter a homeostase (equilíbrio) corporal. A energia utilizada pelo nosso organismo, em grande parte, é oriunda de degradação da glicose. Nessa tentativa de compensar o diferencial calórico, é utilizado o nível da glicose plasmática (obviamente, não em sua totalidade) e, quando os níveis estiverem em queda, os mecanismos de regulação endócrina da glicemia se encarregarão de mobilizar as reservas calóricas (gordura). A crioterapia só pode ser utilizada em dias alternados. Desta forma, deve-se fazê-la apenas de 2 a 3 vezes por semana. São necessárias, no mínimo, 10 sessões para que se observem os resultados iniciais. Efeitos adversos felizmente são raros. A maior parte deve-se á hipersensibilidade ao frio ou a produtos químicos constituintes dos líquidos ou géis crioterápicos. Indicações: - Gordura localizada; - Redução de medidas; - Flacidez Contraindicações: - Aplicação abdominal em indivíduos portadores de transtornos gástricos ou intestinais; - Na presença de afecções cutâneas na área a ser tratada; - Após refeições, principalmente no caso de bandagens abdominais; - Sobre a área cardíaca; - Na presença de tumores ou transtornos circulatórios; - Na intolerância ao frio ou alergia aos produtos utilizados; - Gestantes e mulheres que estão amamentando; - Período menstrual, no caso de bandagens abdominais, principalmente na presença de cólicas. - Hipertensos, diabéticos, problemas pulmonares. Cuidados especiais -Não se deve tomar banho até 3 horas após a aplicação da bandagem. Isso devido a sensação desagradável do choque térmico. –Não tomar sol após a aplicação, pois alguns produtos envolvidos são fotossensibilizantes. –Não cobrir a região tratada, pois este procedimento dificultará a evaporação com perda na qualidade do resfriamento. - Não realizar conjuntamente bandagem fria e a estimulação elétrica no mesmo segmento corpóreo, pois um recurso interfere na qualidade de resposta do outro. A estimulação elétrica necessita do aumento do aporte sanguíneo enquanto a bandagem fria produz efeito inverso. –A atividadefísica, com intuito de fortalecimento, não deve ser prescrita concomitantemente ou imediatamente após o resfriamento muscular, uma vez que o controle motor e a força muscular estão alterados. - Não se deve aplicar o gel crioterápico em regiões de rins e coluna; - A bandagem não deve ser aplicada com grande pressão a fim de se evitar lesões decorrentes da diminuição da circulação de retorno. OBS.: Não utilizar corrente galvânica junto com Gel Crioterápico (aplica-se a corrente sempre antes, para fazer a ionização de ativos específicos às alterações estéticas presentes). Não aplicar crioterapia em todo o corpo, pois causará hipotermia no cliente. ULTRASSOM Histórico Foi descoberto por Langevin em 1917. 1939 Pohlmann constrói um aplicador terapêutico, que realizou sua primeira aplicação eficaz a moderna no Hospital Luther de Berlin. Definição São ondas sonoras (vibrações mecânicas) não percebidas pelo ouvido humano, cujas faixas terapêuticas encontram-se normalmente na faixa entre 1 MHz e 3 MHz. Estas ondas são produzidas a partir da transformação da corrente comercial em corrente de alta frequência, que ao incidir sobre um cristal (cerâmico, ou material similar), faz com que o mesmo se dilate alternadamente, emitindo ondas ultrassônicas na mesma frequência da corrente recebida. Estas ondas ultra sônicas são geradas por transdutores, que são capazes de converter a energia elétrica em mecânica e vice-versa, feitos por matérias piezoelétricos. Essas vibrações mecânicas de alta frequência são inaudíveis pelo ouvido humano. Propagação As ondas sonoras necessitam de um meio para se propagar, não se propagam no vácuo. A propagação da energia ultrassônica nos tecido depende principalmente de dois fatores; características de absorção do meio biológico e reflexão da energia ultrassônica nas interfaces teciduais (Kottke e Lehmann 1994). A velocidade da onda ultrassônica é inversamente proporcional à compressibilidade do seu meio de propagação, ou seja, em um meio mais compressível (ar) a propagação é mais lenta, porque há mais espaço entre as moléculas. Reflexão Ocorre quando a onda sonora não consegue atravessar uma próxima densidade. A onda bate em um objeto e inverte a sua direção de propagação, voltando. Ela pode ser completa, quando toda a energia é impedida de entrar na próxima camada, ou pode ser parcial. Nos tecidos biológicos, quanto maior a diferença de densidade entre os meios de propagação, maior a reflexão e, com isso menor a propagação da onda no meio seguinte. Refração É a mudança na direção da propagação de uma onda, resultante da alteração de velocidade dessa onda que entra em um meio com densidade diferente. Quando a energia sonora deixa uma camada densa e entra em uma camada menos densa, sua velocidade aumenta. Quando vai de uma camada de baixa intensidade para outra de alta densidade, a energia diminui, mudando de direção em ambos os casos. Absorção Ocorre por um meio que recebe a onda sonora e a transforma em energia cinética (vibração). Os tecidos podem absorver parte ou toda a energia neles introduzidas. Qualquer energia não refletida ou absorvida por uma camada de tecido continua a atravessar o tecido, até atingir uma camada com outra densidade. Nesse ponto ela pode ser refletida, refratada, absorvida ou passar para o próximo tecido. Atenuação Quando se tem a penetração da onda ultrassônica no tecido orgânico, teremos perdas na capacidade terapêutica do ultrassom que irão acontecer, até chegar a um ponto chamado de atenuação, ou seja, a amplitude e intensidade diminuem à medida que as ondas de ultrassom sob sua forma de feixe passam através de qualquer meio. Esta diminuição de intensidade é causada pela difusão de som em um meio heterogêneo, pela reflexão e refração nas interfaces e pele absorção do meio. O feixe tem sua intensidade reduzida pela metade a determinada distância, em determinados tecidos com espessuras específicas (Guirro e Guirro 1986 e Hoogland 1986). Profundidade e Penetração A profundidade de penetração é a distancia a qual a intensidade sônica cai a 10% de seu valor original e serve para verificar se é possível esperar algum efeito terapêutico a esse nível (Hoogland 1986). Ondas Estacionárias O encontro de uma onda refletida com uma onda incidente no tecido resulta em uma onda estacionária, local de alta intensidade de energia em um espaço limitado onde há risco de lesão tissular. As ondas estacionárias podem ser evitadas mantendo-se a fonte emissora de ultrassom – o transdutor – em constante movimento. Efeitos biofísicos do ultrassom Efeitos térmicos – o aumento de temperatura secundário à energia ultrassônica depende do modo de aplicação (continuo ou pulsado), da intensidade e da frequência da onda ultrassônica. As alterações fisiológicas proporcionadas pelo aquecimento dos tecidos são maiores quando o ultrassom é aplicado no modo continuo e quanto maior é a intensidade da energia ultrassônica. Efeitos mecânicos – a energia ultrassônica faz com que as células e as moléculas situadas no caminho do feixe oscilem de maneira cíclica e diretamente proporcional à intensidade da energia emitida. Essas oscilações estimulam a formação de microbolhas cheias de ar caracterizando efeito cavitacional. a) Cavitação Estável - oscilações das microbolhas produzidas pela energia ultrassônica, exercendo pressão sobre as membranas plasmáticas celulares e interfaces teciduais. Esse efeito favorece inúmeras trocas metabólicas e atividades celulares. Um exemplo clássico é o aumento da atividade dos fibroblastos, acarretando aumento na síntese de colágeno, essencial para o processo de cicatrização dos tecidos, em especial da pele. b) Cavitação Instável – chama-se cavitação instável o colapso total das microbolhas em função de elevada energia ultrassônica. Ela é um efeito lesivo do ultrassom quando aplicado a uma intensidade tão elevada que pode danificar células ou tecidos. No entanto, esse efeito biofísico do ultrassom pode ser considerado terapêutico quando a lesão tecidual envolve a remoção de tecido depositado em excesso em virtude do processo de reparo tecidual, como, por exemplo, no controle de processo de fibrose, caracterizado o efeito fibrinolítico do ultrassom. Ondas Estacionárias Poderão ocorrer se parte das ondas ultrassônicas viajando através do tecido, forem refletidas por uma interface entre meios com impedância acústica diferentes. E se as ondas que incidem na interface são refletidas se tornam superpostas a tal ponto que sés picos de intensidade se somam. Transdutor de ultrassom Termo que designa todo dispositivo que converte a energia eletromagnética em energia mecânica. Para que um transdutor possa gerar e emitir a onda de ultrassom deverá ser dotado de material pizoelétrico o qual poderá ser de diferentes composições, sendo que há poucos anos eram basicamente constituídos de cristais de quartzo. Regime de Emissão de Ondas Sonoras Contínuo: Esse modo gera efeito mecânico (microvibrações) um razoável efeito térmico, podendo elevar a temperatura tecidual em aproximadamente 5ºC produzindo efeito tixotropico indicado para tratar fibroses. Indicações: lesões crônicas, grande efeito térmico, tixotropico, presença de fibrose. Pulsado: O modo pulsado se deve pela possibilidade de impedir ou pelo menos minimizar o efeito térmico, indicado nos processos agudos e subagudos ou no pós-operatório imediato ou recente, respectivamente. Ao selecionarmos o modo Pulsado, o equipamento deverá oferecer algumas frequências: 16Hz – indicado para pós-operatório imediato ou fase aguda, presença de edema. 100Hz – indicado para pós-operatório recente, fase sub aguda, presença de edema e hematoma. Efeitos Fisiológicos: - Permeabilidade da membrana; - Vasodilatação;- Aumento do fluxo sanguíneo; - Aumento do metabolismo; - Ação Tixotrópica; - Ação reflexa: ação a distancia. - Efeito sobre os nervos periféricos; - Elevação dos níveis intracelulares de cálcio; - Aumento da atividade fibroblástica; - Aumento da síntese de colágeno; - Aumento da síntese de proteínas; - Estimulação da angiogenese; - Aumenta a atividade enzimática das células. Dosimetria A dosimetria é o produto da intensidade do estímulo pela duração do tratamento. A dosimetria tem relação direta tanto com os efeitos produzidos como a própria penetração da onda, isto é, o feixe ultrassônico que deve chegar em tecidos de distinta profundidade e estágio inflamatório ou processo cicatricial. Dose baixa: 0,1 a 0,3 W/cm² Dose média: 0,4 a 0,6 W/cm² Dose alta: 0,7 a 1,2 W/cm² Intensidade Para a determinação da intensidade correta, em cada caso devemos ter em mente a dose ideal que deverá chegar no lugar dos tecidos afetados, levando-se em consideração a atenuação das ondas ultrassônicas nos tecidos superficiais a área da lesão. A sensação não deve ser desagradável ou dolorosa. Tempo de Aplicação Depende do tamanho da área corporal. Estudo recente (Levine e cols.-2001) evidenciaram o efeito máximo em 10 minutos de ultrassom emitidos sobre uma região correspondente a quatro ERA´s . Quanto maior a ERA do transdutor, menor será o tempo da sessão de tratamento com ultrassom. É importante conhecer qual o tamanho da ERA (Hoogland 1986) área de emissão absoluta da onda ultrassônica. Indicações - Fraturas - Processos fibróticos - Transtornos circulatórios - Tecidos de cicatrização - Celulite Contra Indicações - Insuficiência vascular - Útero gravídico - Área cardíaca - Tumores - Testículos gônadas - Tromboflebites - Implante metálico - Gânglios - Olhos - Ouvidos FONOFORESE Método direto: “introdução” de substâncias medicamentosas e ou cosméticas no corpo humano mediante a energia ultrassônica. Emissão contínua é a mais indicada. Estudos em animais foram registrados penetrações de medicamentos com fonoforese destacada nos tecidos a profundidade de 5 a 6 cm (Andrews e col. 2000) Guirro e Guirro 2002, na área dermatológica a fonoforese é utilizada principalmente com enzimas de difusão. Porém as enzimas se desnaturam em temperaturas acima do limite suportável. Stefanovic et al: enzimas são inativadas por ultra sons na frequência de 3MHz, com intensidade entre 1 e 3 W/cm2 . CABEÇOTE CRISTAL ERA Ultracavitação Entende-se que a ultracavitação seja apenas uma onda de ultrassom com uma frequência diferenciada seletiva e com algum modelo de emissão das ondas (colimado ou focalizado), a fim de gerar o fenômeno cavitacional apenas no tecido adiposo subcutâneo e não sobrecarregado os tecidos adjacentes. As membranas dos adipócitos vibram com frequências próximas de 28KHz até 80 KHz, sendo essas, as que provavelmente deram origem aos equipamentos de ultracavitação sendo as mais empregadas. Dessa maneira as microbolhas acabam se rompendo e como estão praticamente juntas dos adipócitos, também acabam fragmentando suas membranas e promovendo o derramamento de gordura. A lógica esta na preservação das outras estruturas teciduais, especialmente o sistema linfático, essencial para coletar triglicerídeos e diglicerideos para serem eliminados. Feixes colimado: é um feixe multifocal, com vários pontos de ação. Feixes focado: apresenta um feixe muito pontual, com grande concentração de energia em uma área localizada. Normalmente é feita uma prega da gordura durante a aplicação. Efeitos Efeito de cavitação exacerbado que aumenta o estímulo aos tecidos produzindo efeitos cavitacionais mais significativos, ou seja, produz um efeito superior aquele produzido por ultrassom convencional. Em alguns casos pode induzir a destruição tecidual. Formas de Cavitação Temos dois tipos de cavitação que dependem da amplitude ou intensidade da pressão da energia, cujas microbolhas resultantes nos tecidos podem ser indicadas terapeuticamente (cavitação estável) ou também serem perigosas (cavitação temporaria ou transitória). Amplitudes de baixa pressão resultam na formação de microbolhas que vibram num certo grau, sendo então produzidas alterações reversíveis na permeabilidade das membranas celulares nas proximidades onde ocorre o evento cavitacional. a) Cavitação estável As pressões negativas no tecido durante a rarefação podem causar gases dissolvidos e formar microbolhas. Neste caso, quando há produção de pequenas bolhas de gás ao atravessar um liquido orgânico, é chamado de Cavitação Estável. b) Cavitação Temporária ou Transitória Ocorre quando a formação de bolhas pode ainda quebrar ligações moleculares entre o gás e o tecido. Radicais livres produzidos durante a quebra de ligações pode levar a reações de oxidação. Esse tipo de cavitação é um efeito destrutivo ou danoso, consistindo na lesão celular provocada por força excessiva de tração e compressão das ondas de ultrassom. Essas ondas podem ser provocadas pela formação de ondas estacionárias que se formam quando as ondas do ultrassom colidem com a interface entre dois tecidos de diferentes impedâncias acústicas, produzida pelo efeito reflexivo de parte destas ondas que interagem com outras incidentes. Mecanismo de ação: As ondas de ultrassom emitidas pelo transdutor tem objetivo de atingir uma profundidade maior do que aquela conseguida com o ultrassom convencional. Seu cristal vibra em duas frequências: 950 KHz e 2950 KHz sendo possível tratar tecidos de maior e menor espessura em superfície e em profundidade. Por meio das ondas mecânicas de alta potencia e alta frequência atingem a pele e agem especificamente nas células da camada adiposa produzindo um efeito de cavitação intenso porém estável, que tem como consequência a diminuição da espessura e quantidade de gordura presente. Seu feixe ultrassônico colimado penetra os tecidos e realiza um efeito cavitacional: as ondas sônicas se propagam por compressão e descompressão provocando vibração nas interfaces dos tecidos que atravessa. Nos líquidos corporais presentes há formação de microbolhas. As ondas de ultracavitação estimulam a lipólise no tecido adiposo por meio do aumento na secreção local de noradrenalina. Essa seria uma justificativa para a hipótese de que o ultrassom teria efeito seletivo na camada de gordura. A vibração das ondas sônicas promove a mobilização de gordura, em outras palavras, o conteúdo adiposo é removido de dentro para fora das células caracterizando a diminuição do panículo. O efeito sonoporação aumenta o metabolismo intercelular. Sem contar o aumento da vascularização local que resulta em melhora da circulação e troca de nutrientes entre as camadas da pele. Tempo: Corresponde ao tamanho da área corporal, em média de 1 a 2 minutos por ERA. Frequência de uso: No máximo 2 vezes na semana Indicações Gerais: Pelos seus princípios de ação está limitada a redução das camadas de gordura do tecido subcutâneo. Contra indicações absolutas Gestantes Pacientes em tratamento de fertilização Hipercolesterolemia Áreas com menos de 4,0 cm de camada adiposa (exclusiva para 950 KHz) Doenças autoimunes Doença renal, cardíaca e hepática Câncer Pós-operatório (exclusiva para 950 KHz) Pele não íntegra Áreas próximas a coluna vertebral Contra indicações relativas Hipertensos e diabeticos DIU Placa metálicas Osteossíntese Período menstrual Prótese silicone Lipoenxertia O que o paciente pode sentir durante a aplicação: Formigamento intenso no local Calor intenso (modo contínuo) Sensação de vibração no local Associações terapêuticas Drenagem linfática Radiofrequência (Hertix) Corrente russa (Phydias) Massagem modeladora Cosméticos lipolíticos Endermologia Exercícios físicos OBS. IMPORTANTE: O uso desse aparelho deve ser realizado com cautela, evitar o uso em pacientes com alterações nos níveis de colesterol total e suas frações, triglicérides, insuficiência renal e hepática. Solicitar esses exames antes de iniciar o tratamento. TERAPIA COMBINADA É a aplicação de duas modalidades terapêuticas ao mesmo tempo e no mesmo lugar. As combinações utilizadas são ultrassom e algum tipo de corrente excitomotora ou polarizada. MANTHUS: é um equipamento computadorizado, extremamente preciso e versátil, constituído por geradores de ultrassom e correntes elétricas tripolares de média frequência, bem como correntes polarizadas, com grande penetração. O exclusivo cabeçote Tripolar gera ultrassom e correntes estéreo-dinâmicas ao mesmo tempo, permitindo que o combate a celulite e gorduras localizadas seja mais rápido e efetivo. HECCUS: aparelho computadorizado, constituído por geradores de ultrassom, corrente aussie (Australiana) e polarizada. A corrente aussie trata-se de uma corrente terapêutica alternada com frequência portadora na faixa do KHz e modulação em baixa frequência. Ações da Terapia Combinada - Através da Terapia Combinada aliam-se efeitos do ultrassom para ativar o sistema linfático; - Promover tratamentos de Fono-Ionto; - Anteceder cirurgias plásticas, lipoaspiração e lipoescultura; - Abrandar aderências; - Incrementar tratamentos para celulite e gordura localizada utilizando a fonoforese e iontoforese . MANTHUS: possui três programas disponíveis no modelo de 47W: 1) Sonophasys (ultrassom+correntes estereodinâmicas despolarizadas) Esse programa combina ultrassom de 45 watts com correntes estereodinâmicas despolarizadas. É composto por duas fases: a) Primeira: ultrassom+correntes estereodinâmicas b) Segunda: somente corrente estereodinâmicas (drenagem) Os objetivos do uso do ultrassom serão realizar tratamentos de celulite, gordura localizada ou complicações pós-cirúrgicas enquanto as correntes estereodinâmicas tem a função de estimular o sistema linfático. Portanto, quando o objetivo for tratamento de celulite, gordura localizada, fibroses ou prevenir complicações pós cirúrgicas , aplica-se a primeira fase: ultrassom + corrente estereodinâmicas (ativa capilares linfáticos). Se o objetivo for realizar somente a drenagem linfática, significa que a primeira fase já foi realizada, então entrará em funcionamento apenas a segunda fase: corrente estereodinâmicas (ativa coletores linfáticos). O tempo disponível para a aplicação do ultrassom é de, no máximo, 20 minutos. No caso da drenagem, o tempo é livre. PROGRAMANDO: Estímulos: Senoidal: primeira sessão e pós-operatório recente Quadrado: gordura localizada, celulite, pós-operatório tardio. Frequência: 3,5 e 10Hz para ativar o linfangion (uso intercalado a cada sessão) 20 e 30Hz para ativar drenagem linfática (uso intercalado a cada sessão) Dosimetria Celulite grau I Celulite grau II Celulite grau III Gordura Localizada Pós cirúrgico recente I: 50 horas até 15 dias Pós cirúrgico recente II: 15 a 30 dias Pós cirúrgico tardio: após 30 dias Drenagem de hematomas Drenagem Linfática Hidrolipoclasia Dose / camada adiposa: verifique a espessura do tecido da área a tratar e ajuste no equipamento (de 1 a 4 cm). Automaticamente o equipamento fornecerá a dose de ultrassom. Tempo: varia de acordo com o tratamento T = area ERA Após a programação tecle enter no cabeçote e movimentando-o selecione a dose da corrente de acordo com a sensação do paciente: máximo de suportável sem sentir dor. O paciente deve sentir um formigamento intenso que inicia em 7%. ATENÇÃO: No pós cirúrgico, a dose de corrente NÃO deve ultrapassar os 7% Associações terapêuticas após o programa Sonophasys - Phydias (corrente russa) - Hertix (radiofrequência) - Massagem Modeladora - Plataforma Vibratória - Intradermoterapia - Esterira/bicicleta/musculação - Outros Contraindicações: - Pacientes gestantes; - Lipoenxertia glúteos; - Obesidade; - Câncer (antes de 5 anos) - Doenças descompensadas (hipertenso, diabético, cardiopata) - Doenças autoemunine - Afecções cutâneas - Edemas não identificados -pacientes menores de 18 anos 2) Phono-ionto-poração (ultrassom+correntes estereodinâmicas polarizadas) O programa Phono-ionto-poração combina ultrassom de 45 watts com correntes estereodinâmicas polarizadas. È composto por uma única fase: introdução de princípios ativos. Os objetivos do uso do ultrassom e das correntes estereodinâmicas serão introduzir princípios ativos específicos ao combate a gordura localizada, celulite e flacidez de pele, podendo ser objetivo do terapeuta, introduzir princípios ativos no pós cirúrgico tardio. Para esse programa utiliza-se o cabeçote e os eletrodos dispersivos (cabo cinza) com os envelopes amarelos devidamente molhados em água. Para que o Manthus funcione adequadamente nessa modalidade é necessário saber que a corrente elétrica polarizada demanda um principio ativo polarizado. Particularidades da Iontoforese - Corrente polarizada desloca íons; - Principio ativo a base de íons (polaridade definida); - Acumula efeitos polares (hiperemia); - Cuidado com queimadura. Especificações técnicas do principio ativo: - Deve ser a base de gel iônico; - Sem corantes ou perfume; - Sem substâncias que alterem sensibilidade cutânea (hiperemiantes (nicotinato de metila), crioterapicos, canfora, mentol) - Polaridade + ou – O tempo disponível para aplicação do Phono-Ionto é de, no máximo, 15 minutos, dependendo da área de tratamento. PROGRAMANDO: Polaridade do cabeçote: Principio ativo positivo = cabeçote positivo (cabo cinza negativo) Principio ativo negativo = cabeçote negativo (cabo cinza positivo) Estimulo: Senoidal: primeira sessão e pós operatório recente. Quadrado: gordura localizada, celulite, pós operatório tardio. Frequência: 10, 15 ou 20Hz Dosimetria: Celulite I Celulite II Celulite III Gordura Localizada Pós-cirúrgico recente Iontoporação (uso das correntes polarizadas sem ultrassom) Dose/camada adiposa: verifique a espessura do tecido da área a tratar e ajuste no equipamento (de 1 a 4 cm). Automaticamente o equipamento fornecerá a dose do ultrassom. Tempo varia de acordo com o tratamento. T = área ERA Após a programação tecle enter no cabeçote e movimentando-o selecione a dose de corrente. O paciente deve sentir um formigamento difuso, sensação de coceira e calor. Contraindicações: - realizar quaisquer procedimentos após o Phono-ionto; - pacientes gestantes e amamentando; - obesidade; - câncer (antes de 5 anos) - doenças descompensadas; - doenças autoimunes; - foliculite ou outras afecções dérmicas - após depilação; - após escleroterapia; - menores de 18 anos. 3) Endophasys: uso das correntes e eletrodos para os procedimentos a seguir: Eletromassagem – realiza alívio de algias musculares e relaxamento muscular. PROGRAMANDO: Estimulo: senoidal Frequência: 50 a 80Hz Tempo: 30 minutos Analgesia: diminuição da sensibilidade cutânea pré procedimento invasivo. PROGRAMANDO: Estimulo: quadrado Frequência: 5Hz Tempo: 10 minutos Após a colocação dos eletrodos, tecle enter no cabeçote e ajuste a dose de cada canal de acordo com a sensação do paciente: Maximo de suportável semsentir dor. O paciente deve sentir um formigamento intenso que inicia em 7%. RECOMENDAÇÕES AO PACIENTE DURANTE O TRATAMENTO COM MANTHUS SONOPHASYS As sessões são mais longas e a sensação de formigamento é clara e intensa, sem provocar dor. - diminuir o consumo de carboidratos, pelo menos no dia da aplicação; - tomar banho com sabonete neutro antes da sessão; - ingerir bastante água. PHONO-IONTO-PORAÇÃO Nesta fase as sessões são mais curtas e a sensação de formigamento é confusa e quase não pode ser percebida. Sensações como coceira e calor podem ser sentidas, porém sem dor ou desconforto. - realizar depilação com 48 horas de antecedência a sua sessão; - tomar banho com sabonete neutro antes da aplicação; - não utilizar cremes ou outras substâncias que alterem a temperatura da pele; - ingerir bastante água. CUIDADOS COM O EQUIPAMENTO: - Limpar e higienizar o cabeçote, eletrodos, cabos, faixas elásticas e demais acessórios a cada atendimento com clorexidina a base de água a 1%. - Atenção: as agulhas utilizadas para o procedimento de eletrolipólise são descartáveis! E em hipótese alguma podem ser reaproveitadas, devendo ser desprezadas após o uso em descarte especializado. - A instalação elétrica deve ser adequada (terra efetivo). - O equipamento é bivolt automático (maiores informações no manual de operações). - O ultrassom deve ser calibrado uma vez por ano (maiores informações em seu termo de garantia). ULTRASSOM FOCALIZADO – ULTRAFOCCUS O ULTRAFOCUS® é indicado para o tratamento corporal com redução de medidas, gordura localizada e celulite, garantindo o remodelamento corporal, e para o tratamento facial reduzindo linhas de expressão rugas e flacidez de pele, gerando o efeito de rejuvenescimento. Ele age produzindo o efeito mecânico ou cavitacional com formação de micro bolhas ar/gás no interior dos tecidos no ponto focal, devido às oscilações do ultrassom. Por conseguinte, ocorre o violento colapso e consequente implosão das micro bolhas, rompendo a membrana plasmática do adipócito. A alta potência de até 36W no ponto focal eleva a temperatura acima de 60ºC, resultando em necrose, coagulação e morte celular quase imediata do adipócito dentro da zona alvo, mas sem danos para os tecidos circunvizinhos (pele, vasos linfáticos e sanguíneos, músculos e nervos). Gerando resultado de redução de medidas. Após o tratamento com o HIFU, as células mortas induzem a uma resposta de reparação e atraem os macrófagos (junto com outras células), onde fagocitam e transportam lipídios e restos celulares para longe da área de tratamento. A maior parte dos adipócitos destruídos são reabsorvidos dentro de 12 semanas após o tratamento e 95% são reabsorvidos após 18 semanas. Isto resulta numa redução global do volume de adiposidade localizada. Os resultados do processo da cascata de reparação resultam na atração de células inflamatórias, seguido de indução de fibroblastos. Assim, o colágeno é desnaturado pelo calor, resultando na formação de um novo colágeno seguido por tensão dos septos da pele. Reduzindo a flacidez de pele, garantindo o resultado de rejuvenescimento. Os resultados podem ser observados a partir da primeira sessão. Para melhores resultados sugerimos o mínimo de 8 sessões com intervalos de 7 dias para tratamentos corporais e 3 sessões com intervalo de 30 dias para os tratamentos faciais. O aplicador corporal é indicado para pessoas com pregas adiposas acima de 1cm, proporcionando o tratamento de grandes áreas em poucos disparos e otimizando seu tempo. O aplicador facial com potência de 20W produz microlesões térmicas em profundidades precisas na derme reticular, como também da camada fibromuscular, denominada SMAS – Sistema Músculo Aponeurótico Superficial. O SMAS está em contato com a gordura subcutânea e envolve os músculos da expressão facial, estendendo-se superficialmente para se conectar a derme. Composto de colágeno e fibras elásticas, semelhantes aos da camada dérmica, possui a propriedade de fornecer o suporte e a manutenção da suspensão da pele, após ser induzido termicamente ocorre a tensão de seus septos, gerando o efeito up lifting pela consequente neocolagênese, resultado que se mantém a longo prazo. O mecanismo de ação no tratamento facial é essencialmente o aquecimento da derme e áreas subdérmicas, sem lesão da epiderme. As três ponteiras atingem diferentes profundidades de acordo com a indicação e objetivo de tratamento. A ponteira de 1,5 mm é indicada para tratamento de cicatrizes de acne, rugas superficiais e rejuvenescimento tissular. A ponteira de 3,0 mm é indicada para tratamento de rugas profundas e rejuvenescimento tissular. A ponteira de 4,5mm é indicada para lifting tissular, promovendo rejuvenescimento tissular profundo. O processo da cascata de reparação, desencadeado pelo uso do ULTRAFOCUS com o aplicador facial, resulta na atração de células inflamatórias, seguido de indução de fibroblastos. Assim, o colágeno é desnaturado pelo calor, resultando na formação de um novo colágeno, seguido por tensão dos septos da pele, reduzindo a flacidez de pele e garantindo o resultado de rejuvenescimento imediato. Em média a sessão tem duração de 30 minutos, podendo variar de acordo com a região a ser tratada. Aplicador leve e ergonômico Aplicador corporal 36W de potência. Atinge diferentes profundidades: 1 / 1,5 e 2,0 cm de tecido adiposo Aplicador facial 20W de potência. Atinge diferentes profundidades: 1,5 / 3,0 e 4,5 mm TÉCNICAS DE APLICAÇÃO Tratamentos corporais 1) Realizar a mensuração da prega cutânea com o adipômetro. 2) Utilize o molde para marcar os pontos da área de tratamento. 3) Área de tratamento com os pontos de aplicação demarcados. 4) Calcule a área (cm²) da região de tratamento. Exemplo: 5cm / 20cm - cálculo: 5x20 = 100cm² 5) Rosqueie a ponteira no aplicador de acordo com o valor da prega cutânea. 6) A ponteira deve estar totalmente rosqueada. 7) Coloque o gel de condução no transdutor do ultrassom. 8) Coloque filme de PVC no transdutor. 9) Ajuste as variáveis no equipamento conforme indicação terapêutica. 10) Aplique o gel condutor na região de tratamento. 11) Posicione o transdutor na pele para iniciar a aplicação, respeitando a distância de 1cm para cada disparo. Tratamentos Faciais 1) Selecione a área de tratamento. 2) Utilize os moldes para marcar os pontos da área de tratamento. 3) Calcule a área (cm²) da região de tratamento. Exemplo: 5cm / 8cm Cálculo: 5x8 = 40cm² 4) Rosqueie a ponteira no aplicador de acordo com a indicação e região do tratamento. A ponteira deve estar totalmente rosqueada. 5) Coloque o gel de condução no transdutor do ultrassom. 6) Coloque filme de PVC no transdutor. 7) Ajuste as variáveis no equipamento conforme indicação terapêutica. 8) Aplique o gel condutor na pele. 9) Posicione o transdutor na pele para iniciar a aplicação, respeitando a distância de 5mm para cada disparo. RADIOFREQUÊNCIA História: A história da Radiofrequência (RF) começa quando o fisiologista francês Jacques A. D’Arsonval, observou em 1891, que o corpo humano poderia suportar correntes com frequências superiores a 10.000 Hz (10KHZ) sem grandes efeitos secundários. Em 1893, ao experimentar uma corrente de radiofrequência (500KHz), com 3A de intensidade, a qual transitava por um circuito constituído por dois voluntários humanos e uma lâmpada elétrica (que havia sido inventada há menos de cinco anos) de 100Watts de potência, que brilhou intensamente. Os voluntários afirmaram ter sentido somente uma sensação de aquecimento em seus corpos. Definição: A terapia por radiofrequência utiliza corrente elétrica de média intensidade, cuja potência liberada tem afinalidade de elevar a temperatura tecidual a níveis que possam favorecer respostas fisiológicas perfeitamente controláveis. A radiofrequência é uma onda eletromagnética que gera calor por convecção, compreendida entre 30 KHz e 300 MHz, sendo a frequência mais utilizada entre 0,5 e 1,5 MHz. A radiofrequência é utilizada na dermatologia para geração de calor por convecção. Esse tipo de calor alcança os tecidos mais profundos gerando energia e forte calor sobre as camadas mais profundas da pele, mantendo a superfície resfriada e protegida, ocasionando a contração das fibras colágenas existentes e estimulando a formação de novas fibras, tornando-as mais eficientes na sustentação da pele. A convecção de energia está relacionada com as propriedades biológicas dos tecidos submetidos à radiofrequência e a temperatura se evidenciará de forma diferenciada, sendo mais intensa nas camadas internas da pele especialmente pela maior presença de líquidos. Assim, por exemplo, quando verificamos com o termômetro a temperatura da pele sob a influencia da radiofrequência, essa poderá estar variando entre as suas diferentes camadas entre 5 a 20ºC, ou seja, a derme ou até mesmo o tecido subcutâneo terá a temperatura mais elevada quando comparada à epiderme ou a capa córnea. Nos últimos anos, tem sido utilizada no mundo inteiro, sendo incorporada pela Medicina na modalidade ablativa (quando concentrada e aplicada a áreas restritas), produz ablação tecidual termogênica, normalmente para o tratamento de tumores cancerígenos e dor crônica. Mecanismo de ação A onda eletromagnética atravessa os tecidos adjacentes aos eletrodos e produz aumento da temperatura de acordo com a Lei de Joule. De acordo com esta lei, quanto maior a resistência do local maior a produção térmica. A energia penetra em nível celular em epiderme, derme e hipoderme e alcança inclusive as células musculares. Quando passa pelos tecidos, a corrente gera uma ligeira fricção ou resistência dos tecidos com passagem da radiofrequência, produzindo uma elevação térmica da temperatura tissular. O efeito térmico pode mudar a forma das fibras de colágeno, enquanto altera sua periodicidade e mais importante, seu comprimento e diâmetro, fundamental para a reorganização do colágeno. Fibroblastos aquecidos são envolvidos na formação do novo colágeno e subsequente remodelamento o qual é cosmeticamente benéfico. Tipos de tecnologia de manopla para emitir as ondas eletromagnéticas Manopla monopolar – caracteriza-se por necessariamente vir acompanhada pelo eletrodo passivo ou de retorno, pois os polos elétricos se encontram separados. Manoplas monopolares possuem maior profundidade de ação que as manoplas bipolares. Manopla bipolar – a manopla possui dois polos nela mesma. Pode apresentar mais de dois eletrodos ativos também, ou seja, manoplas com três polos ativos ou com quatro ou seis eletrodos ativos. Manopla bipolar com três polos ativos (tripolar) – possui três polos ativos nela mesma. A energia transmitida não apresenta distribuição homogênea ,pois em um dos polos concentra maior energia. Manopla bipolar com seis polos ativos (hexapolar) – possui seis polos ativos e apresenta homogeneidade na passagem de energia devido ao numero de eletrodos ativos Efeitos Fisiológicos: - Aumento de circulação sanguínea; - Neocolagenese; - Viscosidade. Indicações: - Flacidez; - Aderências e fibroses; - Cicatrizes hipertróficas e quelóides; - Paniculopatia Edemato Fibro Esclerótica – PEFE (celulite) Contraindicações: É contra indicado o uso da radiofrequência em indivíduos: - com alteração de sensibilidade local; - portadores de marca-passo cardíaco; - neoplasias; - gestantes (o aparelho não pode ser manuseado em gestantes e nem pela terapeuta que está gestante); - lesões tuberculosas ativas; - trombose venosa profunda; - diabéticos; - sobre globo ocular ( recomenda-se cautela em aplicação periocular – respeitar limite ósseo); - sobre glândula tireoide - alterações de sensibilidade; - sobre regiões que possuam prótese metálica. Cuidados: - cautela em locais onde existam implantes ou substâncias de preenchimento cutâneo, biológico ou sintético; - sobre áreas de aplicação em toxina botulínica; - sobre áreas em que há próteses de silicone; - recomenda-se utilização de protetor bucal de silicone quando existe a necessidade de aplicação perilabial em pessoas que possuam aparelho dentário ou implante metálico nesta região. - regiões com proeminência óssea; ELETRODERMOPORAÇÃO Histórico As primeiras referências à permeabilização celular em resposta a corrente elétrica, pelo menos com referência à eletroporação começa com os trabalhos de Neumann (1982) e Zimmermann, U. (1982). Definição: Consagrada pelo premio Nobel de Quimica de 2003, a eletroporação consiste em um método revolucionário, capaz de aumentar o poder de captação celular, pela formação de poros reversíveis na membrana plasmática, por meio de aplicação de pulsos elétricos de curta de duração e alta voltagem. A transdermoterapia por meio da eletroporação tem facilitado o aumento da permeabilidade das membranas induz poros temporais mediante a aplicação de impulsos elétricos capazes de modificar o potencial elétrico transmembrana, permitindo que esta aumente até 400 vezes sua permeabilidade à passagem de substâncias exógenas. O fenômeno de eletroporação se dá no momento em que ocorre o impulso da onda eletromagnética. Após a interrupção do pulso da onda, ocorre a reorientação da camada, com redução ou fechamento dos poros. Desta forma a célula retorna novamente ao seu estado de normalidade. No âmbito de reabilitação estética a eletroporação é um método físico desenvolvido para introduzir princípios ativos de forma transcutâneos e, para que isso ocorra é necessário que essa corrente apresente algumas particularidades, em especial na sua conformação física como emitir pulsos curtos de alta voltagem. A passagem dessas substâncias está relacionada com a abertura dos poros após a aplicação dos pulsos elétricos na capa lipídica da membrana celular. O mecanismo da passagem de substâncias através da pele é comumente explicado por duas rotas: transcelular e intercelular. Diante dessas considerações podemos definir a eletroporação como sendo a geração de ondas eletromagnéticas por correntes elétricas de alta voltagem e pulsos curtos a qual produz eletropermeabilidade da membrana celular (poros reversíveis e transitórios) facilitando a passagem de substâncias com diferentes funções Altera transitoriamente a permeabilidade da membrana celular. A técnica permite a abertura dos Portais Intracelulares (canais protéicos) por via transdérmica e a introdução de substâncias ativas. Os princípios ativos devem ser específicos para cada caso e as substâncias podem ser lipossomadas a fim de potencializar o transporte para o interior da célula. Contra indicações da Eletrodermoporação Gestantes e lactantes; Portadores de marca-passo; Cardiopatias; Dermatites; Epilepsia; Sobre o globo ocular; Sobre glândulas superficiais. Indicações Pré-operatório de cirurgia plástica e outros procedimentos estéticos; Lipodistrofias; Fibro edema gelóide (celulite); Estrias; Flacidez tissular. Cuidados Especiais - Patologias cardíacas; - Hipertensão arterial descompensada; - Sobre lesões em processos de cicatrização recente; - Próximo implantes metálicos e dispositivos eletrônicos implantados; - Sobre tireóide; - Sobre crânio; - Sobre eixo cardíaco; Efeitos do Tratamento Os efeitos dos tratamentos estão diretamente relacionados à escolha dos produtos eletrodermoporados que devem ser específicos para cada tipo de terapia ou disfunção estética. Podem-seutilizar os princípios ativos com produtos lipossomados para potencializar o transporte para o interior da célula. As fórmulas dos ativos são prescritas de maneira personalizada e segundo as necessidades e objetivos indicados. Após avaliação pode ser estabelecido o número de sessões segundo o protocolo personalizado que varia em torno de 5 a 30 aplicações 2 ou 3 vezes por semana. A manutenção deve ser realizada semanalmente ou quinzenalmente. A ação conjunta do pré e do pós em protocolos eletroterápicos e cosmética complementará e potencializará os resultados. Observações Importantes Conhecer as membranas celulares e suas estruturas, bem como a propriedade de transporte se faz necessário para compreender e utilizar corretamente a técnica da eletrodermoporação. Para isto podem ser utilizados facilitadores moleculares e físicos. As nanosferas ou lipossomas ou fosfolipídeos que são facilitadores moleculares constituintes naturais da membrana celular, apresentam biocompatibilidade com os tecidos de baixa toxicidade. Os ativos lipossomados são utilizados como veículos fundindo-se através da membrana lipídica potencializando a penetração e proteção dos produtos. Os facilitadores físicos, tais como Iontoforese, Fonoforese, Vibroterapia, Termoterapia, Oxigenoterapia e outros auxiliam no processo da eletrodermoporação. A absorção do ativo também se deve à hidratação cutânea e à espessura da pele. Pele espessa Pele desidratada Pele hidratada Limpeza e Assepsia da Epiderme Pré-Eletrodermoporação Deve ser realizada com anti-séptico tópico. O ambiente e o campo devem ser higienizados de maneira que fique livre de substâncias que possam alterar a eficácia do tratamento. Técnicas de Aplicação da Eletrodermoporação Para o procedimento da eletrodermoporação é necessário acoplar a placa de retorno em região próxima ao local de tratamento, evitando a passagem da onda eletromagnética pelo eixo cardíaco. O acoplamento é realizado diretamente sobre a pele com a placa higienizada e, sem a necessidade de produto condutor. A eletrodermoporação é realizada através do gotejamento das substâncias a serem eletrodermoporadas e, em seguida, deslizar muito lentamente a manopla sobre a epiderme. A região deve ser dividida e mapeada em pequenas áreas, pois a velocidade da absorção dos produtos eletrodermoporados pode ocorrer em torno de 1ml por minuto. O procedimento é indolor e não ocorrem sensações térmicas ou contraturas musculares. O tempo de utilização da técnica limita-se a indicação posológica do ativo, e não a aplicação da manopla sobre a pele. Mecanismo de Introdução do Produto Os lipossomas são constituintes da membrana plasmática que possuem a capacidade de veicular através dos canais de água (aquaporinas), moléculas lipossolúveis e hidrossolúveis, favorecendo a interação das substâncias transportadas e incrementando a absorção a nível citoplasmático. *Aquaporinas: canais de água Para realizar Eletrodermoporação deve-se observar - Assepsia da área, do campo a ser eletrodermoporado e da placa de retorno; - O controle microbiológico do produto utilizado; - A técnica de preparo do princípio ativo; - A estabilidade e dosagem do produto ativo; - A concentração dos ativos; - A indicação e local de aplicação; - A frequência e o número de aplicações; - A intensidade da onda eletromagnética; - O tempo de exposição do produto sobre a pele. - O procedimento da eletrodermoporação é totalmente indolor; - Sensações térmicas e contraturas musculares não são observadas; - Os produtos devem ser manuseados de forma que não entrem em contato com as mãos do profissional. Limpeza dos acessórios em contato com cliente/paciente Os acessórios deverão ser limpos com produtos antissépticos específicos após cada utilização. CORRENTE RUSSA Composição e função muscular De acordo com vários autores, os principais tópicos que envolvem a composição da musculatura observa-se que o revestimento externo de um músculo, conhecido como epimisio, além de envolver externamente o músculo é também responsável pela transferência de tensão muscular para o osso. Cada músculo pode conter milhares de fibras musculares, organizadas em compartimentos dentro do próprio músculo. Os feixes de fibras são chamados de fascículos e cada um pode conter até 200 fibras musculares. O fascículo é recoberto pelo perimísio , que funciona como uma bainha conectiva que protege as fibras, formando caminhos para nervos e vasos sanguíneos. Cada fibra muscular é envolta e separada das fibras vizinhas por uma camada de tecido conjuntivo chamado endomísio. Debaixo do endomísio e circundado cada fibra muscular existe o sarcolema, cuja principal função é conduzir a onda eletroquímica de despolarização sobre a superfície da fibra muscular. Dentro do sarcolema fica embutida uma extensa rede longitudinal interligada de canais tubulares e vesículas, conhecida como reticulo sarcoplasmático e túbulos transversos, que permite a propagação rápida da onda de despolarização, liberando o cálcio armazenado nas vesículas, a fim de iniciar a contração muscular por meio do encurtamento do sarcômero (unidade contrátil individual de cada músculo). O sarcômero é formado basicamente por miofibrilas e estas, por sua vez, contêm as proteínas contráteis conhecidas como actina e miosina. Também foram encontradas mais duas proteínas contrateis além das citadas anteriormente que possuem importante papel no processo contrátil a troponina e a tropomiosina. Junção neuromuscular e processo de contração Cada célula muscular está conectada a uma fibra nervosa chamada motoneurônio, que se estende para fora do músculo a partir da medula espinhal. A conexão entre as células musculares e os motoneurônios é conhecida como unidade motora e o local onde eles se encontram é denominado junção neuromuscular. Nessa junção, o sarcolema forma uma bolsa chamada de placa motora. A extremidade do motoneurônio não entra em contato direto com a fibra muscular: ambos são separados por um pequeno espaço denominado fenda neuromuscular. Quando o impulso nervoso atinge a extremidade do nervo motor é liberado um neurotransmissor chamado acetilcolina, o qual se difunde através da fenda sináptica para se ligar aos sítios receptores da placa motora, provocando o aumento da permeabilidade do sarcolema ao sódio, resultando numa despolarização denominada potencial da placa motora, que é conduzida pelos túbulos transversos até a profundidade da fibra muscular. Quando o potencial de ação atinge o reticulo sarcoplasmático, o cálcio é liberado e se difunde no músculo para se unir à troponina. O cálcio ligado a troponina provoca uma mudança de posição da tropomiosina, afastando-a dos sítios ativos da molécula de actina, permitindo um estado de ligação forte entre as pontes cruzadas de miosina, gerando assim o encurtamento muscular (processo de contração). Enquanto há presença de cálcio livre e energia para a manutenção desse processo, o músculo permanece contraído. Propriedades histológicas, histoquímicas e fisiológicas da musculatura As fibras musculares foram classificadas de acordo com sua constituição, e que os grupos musculares em sua maioria eram mistos, ou seja, compostos de mais de um tipo de fibra muscular. Em pesquisas realizadas sobre o comportamento clinico da nossa musculatura foram observados basicamente dois tipos de fibras musculares: fásicas e tônicas, ou brancas e vermelhas, sendo as brancas de velocidade e as vermelhas de sustentação. Pesquisadores demonstraram que, com exceção depoucos músculos, o corpo humano só contêm músculos com composição de fibras musculares mistas, e que esta composição das fibras musculares varia muito de uma pessoa para outra. Guyton (1996) afirma que algumas pessoas podem possuir número bastante maior de fibras rápidas que de fibras lentas, e isso obviamente poderia determinar, até certo ponto, as capacidades atléticas dos diversos indivíduos. Tipos de Fibras e suas características: TÔNICAS FÁSICAS Vermelhas Brancas Rica em Capilares Pobre em Capilares Resistente a fadiga Fadiga rapidamente Ativada em movimentos normais Ativada em movimentos rápidos Lentas Rápidas Exercício aeróbico Exercício anaeróbico Frequência tetânica 20/30 Hz Frequência Tetânica 50/150 Hz Comportamento clinico da musculatura A) Musculatura branca - fásicas (A) É a principal responsável por flacidez e perda de tônus. Cansa-se com facilidade e não tolera contrações prolongadas. Só é trabalhada com exercícios extenuantes e realizada numa frequência muito rápida. Assim, costuma ser a primeira a se atrofiar. Em geral, as fibras de contração rápida são ativadas nas atividades explosivas e rápidas, assim como em outras contrações musculares vigorosas, que dependem quase que inteiramente do metabolismo anaeróbico para a produção de energia. As capacidades metabólicas e contráteis dessas fibras são igualmente importantes nos desportos com paradas e arranques e mudanças de ritmo tipo basquete ou hóquei de campo, que às vezes necessitam de energia rápida que somente as vias metabólicas anaeróbicas podem fornecer. Possui rápida velocidade de contração, entre 60 e 110 microssegundos, mas com fadigabilidade precoce. B) Musculatura Vermelha - tônicas (c) Praticamente não necessita ser trabalhada. Basta ficar de pé para exercitá-la (musculatura estática). Resistente e dinâmica suporta intensa atividade e tem grande capacidade de contração, o que permite, aliás, a movimentação de todo o corpo. As fibras de contração lenta contêm mitocôndrias relativamente volumosas e numerosas e é essa concentração de mitocôndrias, combinada com os altos níveis de mioglobina, que empresta às fibras de concentração lenta sua pigmentação vermelha característica. Existe uma alta concentração de enzimas mitocondriais necessárias para sustentar o metabolismo aeróbico (oxidativo). Assim sendo, essas fibras são resistentes à fadiga e bem apropriadas para o exercício aeróbico prolongado. Possui lenta velocidade de contração, entre 50 e 80 microssegundos, mas com fadigabilidade tardia. CORRENTE RUSSA - aparelho Histórico: Nos fins dos anos 70, depois de uma rápida proliferação de unidades de TENS para controle da dor, o interesse na eletroterapia foi aumentado pelos registros de pesquisa na União Soviética que afirmaram que a ativação elétrica regular do músculo era mais efetiva que o exercício no fortalecimento do músculo esquelético em atletas de elite. Isso ocorreu por volta de 1977 durante um simpósio sobre eletroestimulação neuromuscular, onde o pesquisador russo Yakov Kots, professor de medicina desportiva na Academia do Estado em Moscou, apresentou um desenvolvimento de uma técnica de eletroestimulação que poderia aumentar a força muscular em 30 a 40% em atletas de elite, e também nos cosmonautas russos. Esses ganhos de força eram maiores que aqueles obtidos apenas através de exercícios. Outros benefícios registrados com a técnica Kots foram o aumento da resistência muscular e a alteração da velocidade das contrações musculares. No decorrer da década de 80, os astronautas soviéticos que passavam meses na Estação Espacial, convivendo com a falta de gravidade e, portanto, sem poderem se exercitar, tinham a musculatura tão debilitada que, ao retornarem à Terra mal conseguiam manter-se em pé. Uma das soluções encontradas para resolver este problema e manter a força muscular foi o uso de eletroestimulação, neste caso a corrente russa de Kots. Hoje, na prática estética é comum o uso da corrente russa, haja vista seu reconhecido potencial no trato à musculatura hipotônica e flácida. Conceito e características da corrente: A corrente russa pode ser definida como uma corrente alternada de média frequência (2500 Hz), que pode ser modulada por “rajadas” (50Hz) e é utilizada para fins excitomotores. Esse tipo de corrente permite aplicação de alta amperagem, em torno de 100mA. As frequências de estimulação necessárias para a geração de uma força resultante ou somação tetânica uniforme são diferentes; fibras musculares lentas (possuidoras de tempos de contração e relaxamento mais lentos) fazem somação em frequências de estimulação mais baixas, enquanto que as fibras musculares de contração mais rápida geram forças maiores e uma contração tetânica uniforme em frequências mais altas. Especificações técnicas da corrente: Frequência portadora: 2500 Hz a 4000 Hz – é a corrente de média frequência que vai gerar a corrente baixa frequência para estimulação muscular. Frequência de modulação: é a frequência de ciclos por segundo, ou seja é a corrente de baixa frequência que será utilizada para a estimulação muscular. Normalmente vai de 0 a 150 Hz, mas alguns aparelhos trazem parâmetros fixo de 50Hz. Intensidade: normalmente vai de 0 a 150mA, podendo variar até 200mA (de acordo com o fabricante). Tempo de contração – TOn: é a sustentação da estimulação. Normalmente vai de 0 a 30 segundos. Tempo de repouso – TOff: quando não há contração. Normalmente vai de 0 a 30 segundos. Rise – tempo de subida do pulso, variável de 1 a 20 segundos. Regula a velocidade da contração, ou seja, o tempo desde o começo até a máxima contração muscular. Tempos altos produzem uma lenta, mas gradual contração. Tempos pequenos produzem uma contração mais repentina (súbita). Decay – tempo de descida do pulso, variável de 1 a 20 segundos. Regula a velocidade com que a contração diminui, ou seja, o tempo desde a máxima contração até o relaxamento muscular. Tempos alto produzem um relaxamento lento. Tempos baixos produzem um relaxamento repentino (súbito). Regime de emissão de corrente pelos canais: Modo Sincronizado: a corrente emitida em todos os canais ao mesmo tempo durante TOn, e cessa sua emissão durante o TOff. Modo recíproco: a corrente emitida num grupo de canais enquanto os canais restantes ficam inoperantes. A seguir os canais inoperantes iniciam a emissão de corrente, enquanto os canais anteriormente operantes cessam a emissão. Modo sequencial: a corrente é emitida através dos canais de forma sequencial. Modo contínuo: a corrente é emitida em todos os canais ao mesmo tempo de forma ininterrupta. Efeitos fisiológicos - Aumento da força e resistência muscular; - Hipertrofia muscular; Indicações: - Estimulação e/ou fortalecimento em condições patológicas tais como: Pós-operatório; onde a contração voluntária é inibida por alguma lesão; em situações onde deseja aumentar ou manter a força muscular. - Fortalecimento no esporte; - Estética: flacidez, tonificar a fortalecer músculos no pós-parto, pós-emagrecimento. Contraindicações: - Lesões musculares, tendinosas e ligamentares; - Inflamações articulares em fase aguda; - Fraturas não consolidada; - Alterações vasculares; - Marca passo cardíaco; - Neoplasias.
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