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28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza Profa. Ma. Camila da Silva Souza Doutoranda em Imunologia - UFBA Mestra em Imunologia – UFBA Farmacêutica Generalista - UFBA 2020.1 RENOVAÇÃO, REGENERAÇÃO E REPARO DOS TECIDOS Homeostasia tecidual Estímulo ou estress Lesão leve e superficial Reconstituição completa Lesão severa Formação de “remenda” (cicatriz) REGENERAÇÃO REPARO Lesão é um estímulo inicial para uma série de eventos que contém a lesão e inicia o processo de cura Regeneração e reparo são eventos essenciais para a sobrevivência do organismo 1 2 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza CONTROLE DA PROLIFERAÇÃO CELULAR NORMAL E DO CRESCIMENTO TECIDUAL Mecanismos que regulam o tamanho das populações celulares no tecido adulto: - Taxa de surgimento de células-tronco - Morte celular por apoptose - Taxa de proliferação - Taxa de diferenciação São influenciados por sinais inibitórios ou estimulantes do microambiente!!! 3 4 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza ATIVIDADE PROLIFERATIVA DO TECIDO Cl as sif ica çã o Tecidos lábeis Tecidos estáveis Tecidos permanentes Divisão dos tecidos com base na atividade proliferativa das células TECIDOS LÁBEIS - Células apresentam divisão contínua - Proliferam por toda a vida - Há substituição das células destruídas Células teciduais maduras são derivadas de células-tronco adultas que possuem enorme capacidade de proliferação e diferenciação 5 6 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza TECIDOS LÁBEIS EXEMPLOS: • Epitélios superficiais externos • Mucosa de revestimento de ductos • Tecidos hematopoiéticos TECIDOS ESTÁVEIS - Constituído por células quiescentes (em repouso) - Baixo nível de replicação - Sofrem rápida divisão em resposta a estímulos - Capazes de reconstituir o tecido de origem Exemplos: - Células parenquimatosas do fígado, rins e pâncreas - Célula muscular lisa - Células endoteliais - Condrócitos e condroblastos - Linfócitos e outros leucócitos - Fibroblastos 7 8 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza TECIDOS PERMANENTES - Formados por células que não se dividem - Células que deixaram o ciclo celular - Não podem sofrer divisão mitótica na vida pós-natal Tecido normal Tecido após morte celular Exemplos: - Neurônios - Células musculares esqueléticas e cardíacas Miócitos apresentam uma capacidade replicativa muito limitada 9 10 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza CERNE DA MEDICINA REGENERATIVA: CÉLULAS-TRONCO PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS-TRONCO - Propriedades de autorrenovação - Capacidade de gerar linhagens celulares diferenciadas Transdiferenciação Alteração no comprometimento da linhagem de uma célula-tronco 11 12 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza Células-tronco adultas ou somáticas - Capacidade mais restrita de gerar diferentes tipos celulares - Identificadas em muitos tecidos - Residem em microambientes especiais denominados nichos Nicho das células-tronco Composto por células mesenquimais, endoteliais, outros tipos celulares e mediadores químicos Nichos celulares geram ou transmitem estímulos que regulam a autorrenovação da célula-tronco e a geração de células progenitoras Células-troncoCélulas-tronco Células-tronco embrionárias (pluripotentes) Células-tronco embrionárias (pluripotentes) Células-tronco Adultas (Somáticas) Células-tronco Adultas (Somáticas) Células-tronco Pluripotenciais Induzidas Células-tronco Pluripotenciais Induzidas 13 14 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza Células-tronco Embrionárias Início do desenvolvimento embrionário Massa interna de células do blastocisto contém células-tronco pluripotenciais (células-tronco embrionárias ou ES) Células ES podem ser mantidas em cultura como linhagens de células indiferenciadas ou ser induzidas a se diferenciar em linhagens específica No futuro, células ES poderão ser usadas para repopular órgãos lesados Presentes em tecidos lábeis - Ex: medula óssea, pele e revestimento do trato gastrointestinal Tecidos estáveis também podem apresentar: - Ex: fígado, pâncreas e tecido adiposo Geralmente se dividem muito lentamente Geram células que se dividem rapidamente (células amplificadoras transitórias) - Perdem a capacidade de autoperpetuação Células-tronco Adultas ou Somáticas 15 16 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza Etapas envolvidas na terapia com célula-tronco, usando células-tronco embrionárias (ES) ou células-tronco pluripotentes induzidas (iPS) Células-tronco Pluripotenciais Induzidas Células diferenciadas de tecidos adultos podem ser reprogramadas para tornarem-se pluripotentes transferindo-se seus núcleos para um ovócito cujo núcleo foi retirado Clonagem da ovelha dolly Ovócitos implantados em uma mãe de aluguel podem gerar embriões clonados que se desenvolvem em animais completos Clonagem reprodutiva 17 18 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza Técnica de transferência nuclear para ovócitos aplicada ao tratamento de doenças humanas Células-tronco Pluripotenciais Induzidas Clonagem terapêutica Células-tronco Pluripotenciais Induzidas Clonagem terapêutica Reprogramação de fibroblastos humanos para diferenciação em células pluripotentes induzidas através da transdução de genes que codificam fatores de transcrição e sem o envolvimento de ovócitos 19 20 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza CICLO CELULAR E A REGULAÇÃO DA REPLICAÇÃO CELULAR A proliferação celular é um processo estreitamente regulado que envolve um grande número de moléculas e vias inter-relacionadas 21 22 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza Principais características do ciclo celular normal e sua regulação Ciclo celular • Sequência de eventos estreitamente controlados • Permite a replicação e divisão do DNA Fatores de crescimento ou sinalização dos componentes da matriz extracelular: • Estimulam a replicação das células Fases do ciclo celular: Fase G1 (pré-síntese) Fase S (síntese de DNA) Fase G2 (pré-mitótica) Fase M (mitótica) Fase G0 Cada fase do ciclo celular é dependente de ativação apropriada e finalização da fase anterior, e o ciclo se interrompe no local onde a função de um gene essencial é deficiente 23 24 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza FATORES DE CRESCIMENTO • Podem ter múltiplos ou restritos alvos celulares • Agem como ligantes que se ligam a receptores específicos • Liberam sinais para as células-alvo • Sinais estimulam a transcrição de genes que podem estar silenciosos nas células em repouso • Podem promover a sobrevivência celular, crescimento, locomoção, contratilidade, diferenciação e angiogênese São polipeptídeos que comumente atuam na proliferação de muitos tipos celulares Tabela relaciona alguns dos mais importantes fatores de crescimento envolvidos na regeneração e reparo do tecido 25 26 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza MECANISMOS DE SINALIZAÇÃO NO CRESCIMENTO CELULAR Transdução de sinal mediada por receptor Ativado pelaligação de ligantes aos receptores específicos Ativação do receptor leva à expressão de genes específicos - Diferentes classes de moléculas receptoras - Diferentes vias iniciam uma cascata de eventos Três modos gerais de sinalização: Autócrina Parácrina Endócrina Sinalização autócrina Alça autócrina: Células respondem às moléculas de sinalização que elas próprias secretam Exemplos: Regeneração hepática Proliferação de linfócitos estimulados por antígenos Proliferação de células tumorais 27 28 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza Sinalização parácrina Um tipo celular produz o ligante que age em células-alvo adjacentes Geralmente são de tipos celulares diferentes Exemplos: • Reparo de feridas cutâneas: Macrófago produz fatores de crescimento que atuam em fibroblastos • Replicação do hepatócito durante a regeneração hepática Sinalização endócrina Hormônios sintetizados por células de órgãos endócrinos atuam sobre células-alvo distantes de seu local de síntese. Fatores de crescimento e citocinas podem circular e atuar em locais distantes. Geralmente transportados pelo sangue. Exemplos: HGF, hormônios e citocinas inflamatórias em geral, etc 29 30 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza Receptores e Vias de Transdução de Sinal A adesão de um ligante ao seu receptor desencadeia uma série de eventos pelos quais os sinais extracelulares são transduzidos na célula, resultando em alterações na expressão do gene MECANISMOS DE REGENERAÇÃO E REPARO TECIDUAL 31 32 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza Homeostasia tecidual Estímulo ou estress Lesão leve e superficial Reconstituição completa Lesão severa Formação de “remenda” (cicatriz) REGENERAÇÃO REPARO Lesão é um estímulo inicial para uma série de eventos que contém a lesão e inicia o processo de cura Regeneração e reparo são eventos essenciais para a sobrevivência do organismo Muitos anfíbios como as salamandras, podem regenerar suas caudas, membros, cristalino, retina, mandíbula e até mesmo uma grande parte do coração, porém a capacidade de regeneração de tecidos e órgãos inteiros foi perdida nos mamíferos REGENERAÇÃO Capacidade dos tecidos, órgãos ou mesmo organismos se renovarem ou ainda de se reconstituírem após danos consideráveis, influenciada pela capacidade das células não afetadas de se multiplicarem e da integridade da matriz extracelular. 33 34 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza Mitologia Grega “Mito de Prometeu” Prometeu foi acorrentado a uma rocha como castigo eterno, onde seu fígado era devorado cotidianamente por uma águia, apenas para vê-lo regenerar-se durante a noite, segundo a lenda, devido à sua imortalidade Regeneração Capacidade de restaurar os componentes danificados de um tecido lesado e retornar ao seu estado normal Muro Muro após ser danificado Muro sendo “regenerado” 35 36 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza Regeneração Lesão leve a superficial Tecido normal Proliferação de células que sobrevivem à lesão Exemplos : Pe le , in tes t inos e f í gado Regeneração Capacidade de restaurar os componentes danificados de um tecido lesado e retornar ao seu estado normal Exemplos: - Sistema hematopoiético - Epiderme - Epitélios do trato gastrointestinal Tecidos com alta capacidade proliferativa e que se autorrenovam continuamente (TECIDOS LÁBEIS) Células-tronco desses tecidos regeneram o tecido após lesão 37 38 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza REGENERAÇÃO HEPÁTICA Fígado humano Parênquima hepático é formado por células quiescentes Células epiteliais do fígado HEPATÓCITOS Notável capacidade de regeneração após hepatectomia parcial Ressecção de até 60% do fígado de doadores vivos Regeneração em torno de 1 mês Ressecção do tecido não provoca a restituição da massa original, mas sim a reconstituição da massa funcional Processo não é uma “verdadeira” regeneração REGENERAÇÃO HEPÁTICA Regeneração hepática ou crescimento compensatório ou hiperplasia compensatória Desencadeada pela ressecção do fígado Ocorre nas partes restantes do órgão (remanescentes) Não há um novo crescimento dos lobos retirados Regeneração hepática após hepatectomia parcial Fígado do doador vivo antes da operação Fígado 1 semana após a hepatectomia parcial 39 40 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza Fígado normal - Mitoses - Células bi- ou trinucleadas - Núcleos volumosos e nucléolos evidentes Tecido hepático normal Hepatócitos em regeneração após hepatite viral 41 42 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza Pode causar disfunção tecidual Reparo Combinação de regeneração e formação de cicatriz pela deposição de tecido conjuntivo fibroso Influenciado pela habilidade do tecido em regenerar e da extensão da lesão Pode causar disfunção tecidual Reparo Combinação de regeneração e formação de cicatriz pela deposição de tecido conjuntivo fibroso Influenciado pela habilidade do tecido em regenerar e da extensão da lesão Formação de cicatriz Lesão grave ou crônica Tecido normal Proliferação de fibroblastos Exemplos : Pe le , pu lmões , f í gado, r ins 43 44 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza Fígado normalFígado normalFígado normal Fibrose hepática (extensa deposição de colágeno no tecido hepático) 45 46 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza PAPEL DA MATRIZ EXTRACELULAR NA REGENERAÇÃO E REPARO: A cura do fígado com restauração por regeneração do tecido normal, após lesão, requer uma matriz celular intacta. Se a matriz for lesada, a lesão é reparada por deposição de tecido fibroso e formação de cicatriz INTERAÇÕES CÉLULA-MATRIZ EXTRACELULAR A cura dos tecidos por regeneração ou reparo dependem das interações entre as células e os componentes da matriz extracelular (MEC) Três grupos de macromoléculas: Proteínas estruturais fibrosas Promovem resistência à tensão e retração Ex: colágenos e elastinas Glicoproteínas adesivas Conectam os elementos da matriz uns aos outros e às células Proteoglicanos e hialuronan Fornecem elasticidade e lubrificação 47 48 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza INTERAÇÕES CÉLULA-MATRIZ EXTRACELULAR Crescimento Proliferação Movimento Diferenciação Turgor aos tecidos moles Fonte de minerais Preenchimento Suporte mecânico Arcabouço para renovação tecidual Manutenção da polaridade A cura dos tecidos por regeneração ou reparo dependem das interações entre as células e os componentes da matriz extracelular (MEC) 49 50 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza ANGIOGÊNESE OU NEOVASCULARIZAÇÃO Processo fundamental que afeta reações fisiológicas e patológicas Reações fisiológicas: Cura de feridas Regeneração Vascularização de tecidos isquêmicos Reações patológicas: Desenvolvimento de tumores Metástase Retinopatia diabética Inflamação crônica MECANISMOS DA ANGIOGÊNESE Formação de vasos sanguíneos envolve a ramificação e extensão de vasos preexistentes, mas pode ocorrer também por recrutamento de células progenitoras endoteliais da medula óssea 51 52 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermageme Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza Grandes esforços têm sido feitos para se compreender os mecanismos da angiogênese e para desenvolver agentes que possuam atividades pró- ou anti-angiogênicas COMBINAÇÃO ENTRE REGENERAÇÃO E REPARO DURANTE O PROCESSO DE CURA 53 54 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza COMBINAÇÃO DE REGENERAÇÃO E REPARO NA MAIORIA DOS PROCESSOS DE CURA Regeneração Envolve a restituição dos componentes teciduais Reparo Resposta “fibroproliferativa” Ocorre a “remenda” no lugar da restauração do tecido Fatores que influenciam no processo de cura: Capacidade proliferativa das células do tecido (Lábeis, estáveis ou permanentes) Integridade da matriz extracelular Resolução ou cronicidade da lesão e da inflamação COMBINAÇÃO DE REGENERAÇÃO E REPARO NA MAIORIA DOS PROCESSOS DE CURA Proliferação celular Células remanescentes Células endoteliais Fibroblastos 55 56 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza Quando a lesão ao tecido é grave ou crônica e resulta em lesão das células parenquimatosas e do arcabouço de estroma, a cura não pode ser efetuada por regeneração Processo de cura ocorre por deposição de colágeno e outros elementos da MEC (formação de uma cicatriz) Características básicas da deposição de tecido conjuntivo durante o reparo: Inflamação Angiogênese Migração e proliferação de fibroblastos Formação de cicatriz Remodelamento do tecido conjuntivo FORMAÇÃO DE CICATRIZ Termo Cicatriz Associado à cura de feridas principalmente por reparo Substituição de células parenquimatosas de qualquer órgão por colágeno 57 58 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza PROLIFERATIVA OU DE GRANULAÇÃOINFLAMATÓRIA MATURAÇÃO OU REMODELAMENTOLESÃO SEVERA ETAPAS DO REPARO PELA FORMAÇÃO DE CICATRIZ CICATRIZAÇÃO FASE INFLAMATÓRIA Reação in f l amatór ia - Recrutamento de neutró f i los ( > c o n c e n t r a ç ã o 2 4 h a p ó s a l e s ã o ) - Migração gradat iva de macrófagos ( 4 8 h - 9 6 h a p ó s a l e s ã o ) - A l terações vascu lares Limpeza de coágulos e restos celulares pelas células imunes 59 60 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza CICATRIZAÇÃO Ajuda a conter a lesão Remove o tecido lesado Promove a deposição de componentes da MEC Estimula a angiogênese FASE INFLAMATÓRIA Inflamação persistente Inflamação crônica Estimula a fibrose MIOCÁRDIO NORMAL MIOCÁRDIO COM INFARTO RESPOSTA INFLAMATÓRIO AGUDA PRESENÇA DE NEUTRÓFILOS 61 62 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza CICATRIZAÇÃO FASE PROLIFERATIVA TECIDO DE GRANULAÇÃO - Fibroblastos - Tecido conjuntivo frouxo - Vasos - Leucócitos Migração e pro l i feração de f ibroblas tos e neovascu lar ização Tricrômico de Mallory Tricrômico de Mallory 63 64 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza CICATRIZAÇÃO FASE DE MATURAÇÃO OU REMODELAMENTO Produção da c i cat r iz f ibrosa es táve l EQUILÍBRIO ENTRE A SÍNTESE E A DEGRADAÇÃO DA MEC INFLUENCIA NA QUALIDADE DA CICATRIZ F a t o r e s f i b r i n o g ê n i c o s , m e t a l o p r o t e i n a s e s e s e u s i n i b i d o r e s 65 66 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza FATORES QUE INFLUENCIAM A CICATRIZAÇÃO Fatores extr ínsecos I n fecções Gl icocor t i có ides Fatores intr ínsecos Es tado nu t r i c iona l Fatores Locais Agressões mecânicas Fatores Sistêmicos Diabetes CURA DE FERIDAS CUTÂNEAS ENVOLVE DOIS PROCESSOS: •Regeneração epi te l ia l •Formação de cicatr iz P R I N C Í P I O S G E R A I S PA R A O R E PA R O D E T O D O S O S T E C I D O S 67 68 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza CURA DE FERIDAS CUTÂNEAS Fases da cura de feridas cutâneas: • Inflamação • Proliferação • Maturação CURA DE FERIDAS CUTÂNEAS Cicatrização por primeira intenção (Ou cura por união primária) • Incisão cirúrgica limpa e não infectada • Morte de um número limitado de células epiteliais • Morte de um número limitado de células do tecido conjuntivo • Ruptura da continuidade da lâmina basal é limitada • Bordas da ferida são aproximadas por suturas cirúrgicas • Reepitelização com a formação de uma cicatriz relativamente fina 69 70 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza CURA DE FERIDAS CUTÂNEAS Cicatrização por segunda intenção (ou cura por união secundária) • Feridas de excisão que criam grandes defeitos na superfície da pele • Perda excessiva de células e tecidos • Cura da ferida é mais complicada • Reação inflamatória mais intensa • Formação de abundante tecido de granulação • Extensa deposição de colágeno ANORMALIDADES ASSOCIADAS AO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO 71 72 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza Formação deficiente de cicatriz Formação excessiva dos componentes Formação de contraturas ANORMALIDADES ASSOCIADAS AO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO Complicações podem surgir de anormalidades em qualquer componente básico do processo. Anormalidades podem ser agrupadas em três categorias gerais: ANORMALIDADES ASSOCIADAS AO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO Formação deficiente de cicatriz Formação inadequada do tecido de granulação ou a organização da cicatriz Deiscência da ferida Ulceração 73 74 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza Formação excessiva dos componentes ANORMALIDADES ASSOCIADAS AO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO Ocorrem a partir de hiperproliferação de fibroblastos, com consequente acúmulo de matriz extracelular, especialmente pela excessiva formação de colágeno. 75 76 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza Formação excessiva dos componentes ANORMALIDADES ASSOCIADAS AO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO • Maior ocorrência em africanos, asiáticos e indivíduos de pele escura em geral. • Não há predominância entre os sexos. • Ocorrência maior entre 10-30 anos de idade. Formação excessiva dos componentes •NORMAL FIBRAS COLÁGENAS PRODUÇÃO DEGRADAÇÃO ANORMALIDADES ASSOCIADAS AO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO 77 78 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza •CICATRIZ HIPERTRÓFICA E QUELOIDEANA FIBRAS COLÁGENAS Formação excessiva dos componentes ANORMALIDADES ASSOCIADAS AO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO Pele com quelóide Pele normal 79 80 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza Cicatriz hipertrófica Quelóide ANORMALIDADES ASSOCIADAS AO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO Formação de contraturas Exagero no processo de contração origina a contratura e resulta em deformidades da ferida e dos tecidos circundantes Contração no tamanho de uma ferida Constitui uma parte importante do processo normal de cicatrização 81 82 28/03/2020UNINASSAU Disciplina: Patologia Geral Curso: Enfermagem e Farmácia Profa. Ma. Camila da Silva Souza PROFª CAMILA DA SILVA SOUZA FARMACÊUTICA GENERALISTA COM ÊNFASE EM ANÁLISES CLÍNICAS – UFBA MESTRA EM IMUNOLOGIA – UFBA DOUTORANDA EM IMUNOLOGIA - UFBA E-MAIL: CAMILASOUZAFARMACEUTICA@GMAIL.COM 83
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