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Cefaleias HISTÓRIA: − Papiro de Ebers, 1500 a.C.: descrição de cefaleia unilateral, acompanhada de vômitos = “Doença da metade da cabeça”. − Tratamento: pomada para calvície preparada com partes iguais de leão, hipopótamo, crocodilo, carne de ganso, serpente e gordura de cabra selvagem. − Zeus, Hefesto e o nascimento de Atena − Hipócrates (460-370 a.C.) − “... A maior parte de tempo ele via algo brilhante na frente dos olhos, como uma luz. (...); no final de um momento sobrevém dor violenta na têmpora direita.” ANAMNESE: − Anamnese é INSUBSTITUÍVEL. − As cefaleias primárias são as mais comuns e não possuem exame complementar capaz de confirmar ou afastar o diagnóstico. − É o conjunto de sinais e sintomas que farão a hipótese diagnóstica correta. − DIAGNÓSTICO SE DÁ PELA ANAMNESE E EXAME FÍSICO, os exames complementares não fazem diagnóstico → faz somente DD. ANÁLISES: − Sexo − Idade cronológica, idade de início da doença e tempo de doença − Sintomas premonitórios: Febre, anorexia, astenia, mialgia... − Sintomas Iniciais (AURA) − Dor: ▪ Instalação aguda, subaguda ou crônica ▪ Recorrente X Não recorrente ▪ Progressiva X Não progressiva ▪ Localização ▪ Tipo de dor ▪ Intensidade ▪ Fatores de melhora e piora ▪ Fatores desencadeantes − Antecedentes pessoais − Antecedentes familiares CEFALEIA PRIMÁRIA: − Doenças cujo sintoma principal, porém não único, são episódios recorrentes de dor de cabeça − São as mais frequentes na prática clínica. − Tipos: Migrâneas (enxaqueca), Cefaleia tensional, Salvas, Hemicrania Paroxística − Em geral, não necessitam de exames complementares, apenas em algumas situações específicas para diagnóstico diferencial. CEFALEIA SECUNDÁRIA − As cefaleias secundárias são o sintoma de uma doença subjacente, neurológica ou sistêmica (ex.: meningite, dengue, tumor cerebral). − Etiologia infecciosa, inflamatória, parasitária, traumática, vascular, tumoral ou metabólica − Imprescindível fazer exame complementar. Leonardo Kfouri - Medicina XXXVII − Qual exame fazer, depende da suspeita Sinais de alerta para uma cefaleia secundária: SNOOP − A palavra migrânea deriva de “Hemicrania” descrita por Galeno. − Prevalência no Brasil: 15,8% (22% mulheres e 9% homens) − Pico de prevalência entre 30 e 50 anos − Migrânea sem aura: 75% casos; Com aura: 25% casos − 80% pacientes com 1 familiar direto acometido − Até 5 fases (nem sempre presentes todas elas): ▪ Sintomas premonitórios: Precedem por horas ou até dias. Irritabilidade, raciocínio lento, avidez por alguns alimentos. ▪ Aura: Sintomas neurológicos que se desenvolvem gradualmente. ▪ CEFALEIA ▪ Sintomas associados: Náuseas/vômitos/foto e fonofobia ▪ Fase de recuperação: Fase de exaustão. Pacientes precisam de um tempo para recuperar. − Aumento do risco de AVC e eventos cardiovasculares = mecanismo desconhecido. ▪ Não é comum na prática clínica. ▪ Existe relato de aumento do risco de AVE em pacientes com migrânea, principalmente com áurea. FISOPATOLOGIA: − Migrânea é a manifestação de um estado de excitabilidade cerebral alterado que a partir de uma cascata de eventos é capaz de ativar o sistema trigeminovascular em indivíduos geneticamente susceptíveis. ▪ Antigamente existia a hipótese vascular. Hoje caiu essa hipótese. ▪ As diferentes fases da migrânea representam fases distintas das alterações fisiológicas. − FASE PREMONITÓRIA: PET e RNMf mostram que nessa fase há alteração da atividade do hipotálamo (explica: alteração de humor, apetite), córtex occipital (intolerância à luz) e tronco (náuseas) ▪ Alteração principalmente nos circuitos que conectam tálamo ao córtex ▪ Alteração nas redes de conexão entre córtex, Tálamo, Hipotálamo, Tronco, Amigdala e Cerebelo - alteração dos circuitos de processamento sensitivo e de dor e circuitos envolvidos em ansiedade e humor − AURA: acreditava-se que a aura (e o fenômeno da onda de despolarização) fosse o início da crise de migrânea, levando à migrânea e outros sintomas. ▪ É uma fase da migrânea. ▪ Aura pode ocorrer sem a fase de dor (só a aura não é suficiente para causar dor); ▪ Pacientes podem iniciar outros sintomas (fotossensibilidade, dor) junto da aura − DEPRESSÃO ALASTRANTE DE LESÃO: É uma onda lentamente progressiva (2–6 mm/min) de despolarização neuronal e glial seguida por uma prolongada inibição da atividade cortical. ▪ ATP, glutamato, potassio e hidrogênio → Inflamação neurogênica (vasodilatação, extravasamento de proteínas e degranulação de mastócitos) → Ativação nociceptores durais. A informação volta via trigeminal e volta para o SNC. ▪ Atinge diversas áreas, como: área postrema que é a área do vômito, etc. ▪ Teoria ainda é controversa ▪ HIPÓTESE ALTERNATIVA: A onda de despolarização cortical representa apenas 1 componente (não necessariamente o primário) de uma disfunção difusa e variável do SNC que consiste em um estado cerebral de uma crise de migrânea. − Fases da migrânea: Sintomas estão alinhadas, mas uma não são consequência da outra. − NOVA MEDICAÇÃO: alvo dessa medicação é o CGRP. ▪ NEURO PEPTÍDEOS COMO MEDIADORES DA MIGRÂNEA: Papel primário do Peptideo Relacionado ao Gene da Calcitonina (CGRP) como mediador da migrânea (e alvo terapêutico em potencial) ▪ CGRP é liberado na circulação durante a crise e a concentração normaliza com o uso de triptanos, mas não com um analgésico opioide não específico. ▪ CGRP persistentemente alto na circulação de pacientes com migrânea crônica. ▪ Infusão de CGRP desencadeia migrânea em indivíduos susceptíveis. ▪ Expresso nos gânglios trigeminais, fibras C que estão envolvidas em diversos aspectos da percepção da dor. ▪ No gânglio trigeminal, o CGRP é expresso em fibras C e seu receptor é expresso em fibras Aδ; esses tipos de fibras estão envolvidos em diferentes aspectos da percepção da dor. ▪ O gânglio trigeminal e a dura não estão por trás da barreira hematoencefálica, portanto, é provável que sejam os alvos dos anticorpos no tratamento da enxaqueca ▪ Antagonistas do receptor CGRP, anticorpos anti-CGRP e anticorpos anti-receptor CGRP mostraram-se eficazes para o alívio da dor da enxaqueca, apoiando fortemente a hipótese de que o CGRP tem um papel importante na fisiopatologia da enxaqueca. − FREMANEZUMAB → Tratamento preventivo da migrânea = É a medicação nova que foi liberada há 2 semanas no brasil. Melhora >50% nos números de dias com dor. SENSIBILIZAÇÃO CENTRAL: − A: Neurônio sensibilizado ativa o 2º neurônio. − C: Após sensibilização central há uma sensibilização do neurônio e permanece com alodínea, não precisando ter ativação do 1º neurônio para ter sintoma doloroso. MIGRÂNEA SEM AUREA: DIAGNÓSTICO − Critérios diagnósticos: − Pelo menos 5 crises preenchendo critérios de B a D − Duração de 4 a 72h (sem tratamento ou tratamento ineficaz) − Pelo menos 2 características ▪ Unilateral ▪ Pulsátil ▪ Moderada ou forte ▪ Piora com esforço físico ou leva o indivíduo a evitar esforço (andar ou subir escadas) − Durante a dor, pelo menos 1 sintoma associado: ▪ Náuseas e/ou Vômitos ▪ Foto e Fonofobia − Não melhor explicada por outros diagnósticos MIGRÂENA COM AURA: − Critérios diagnósticos: − Pelo menos 2 crises preenchendo critérios de B e C − Um ou mais dos sintomas a seguir reversíveis: ▪ Visual ▪ sensitiva ▪ fala e/ou linguagem ▪ motor ▪ tronco ▪ retiniana − Pelo menos 3 de 6 características seguintes: ▪ Pelo menos um sintoma desenvolve em ≥ 5 min ▪ Diferentes sintomas de aura ocorrem em sucessão em ≥ 5 min. ▪ Cada sintoma dura ≥5 min e ≤60 min ▪ Pelo menos 1 aura é unilateral ▪ Pelo menos um sintoma é positivo (ex: escutamos cintilantes, “picada") ▪ A aura é acompanhada ou seguida de cefaleia em 60 min − Não melhor explicada por outros diagnósticos ▪ Aura: Sintomas neurológicos complexos que geralmente ocorrem antes da cefaleia mas que podem permanecer após a fase de dor iniciar ou podem continuar durante a fase dolorosa. ▪ Auravisual é a mais comum (>90% pacientes com migrânea com aura), seguida por aura sensitiva (picadas); ▪ Duração em torno de 1 hora. ▪ Muitos pacientes que apresentam crises com aura também têm crises sem aura. • Classificar como: Migrânea com aura e Migrânea sem aura. ESTILO DE VIDA RELACIONADOS À MIGRÂNEA: − Pular refeições − Ingesta irregular de cafeína − Estresse − Maus hábitos de sono − Período menstrual − Essas observações reforçam o conceito que as crises de migrânea podem ser precipitadas pelo ambiente ou alterações hormonais. TRATAMENTO DA CRISE: − PASSO 1: Identificar fatores predisponentes ou desencadeantes − PASSO 2: Avaliar condições concomitantes: Cefaleia tensional, asma, HAS, depressão etc. − PASSO 3: indicar medidas que levem ao relaxamento (exercícios físicos) e diminuir ingestão de álcool. O tratamento SOMENTE das crises está indicado quando elas são ESPARSAS (2 crises ao mês). − 2 GRUPOS DE DROGAS podem ser usadas na CRISE: − Drogas não específicas: ▪ Analgésicos não opiáceos (Paracetamol, Clonixinato de Lisina, dipirona) ▪ Antieméticos (metoclopramida, domperidona) ▪ *AINES ▪ Cafeína ▪ Opiáceos: evitamos, pode fazer dor rebote ▪ Neurolépticos (clorpromazina e Haldol) ▪ Esteróides − Drogas específicas: ▪ Derivados do Ergot ▪ Agonistas dos receptores 5HT1b/1d (sumatriptano, naratriptano) → agem no tempo de início e duração TRATAMENTO NA CRISE: TRIPTANOS − Agonistas receptores 5-HT 1b/1d foi o maior avanço isolado no tratamento da enxaqueca. ▪ Mecanismo de ação: Vasoconstrição carotídea(1b) e inibição periférica fibras aferentes trigeminais (1d). ▪ Efeitos colaterais: Sensação transitória de pressão na cabeça, sensação de calor, vertigem, dor no peito. ▪ Contraindicação: Coronariopatias, doenças vasculares periféricas e cerebrais, HAS grave. TRATAMENTO PROFILÁTICO: Tem que tomar remédio todos os dias para evitar a dor. − Indicações: ▪ Pelo menos 1 crise/semana ou 4 dias de dor/mês ▪ Interferência com as atividades ▪ Crises esparsas, mas muito intensas ▪ Intolerância ou ineficácia de abortivos ▪ Circunstâncias de alto impacto: MHF ▪ Orientar a paciente a NÃO engravidar nesse período: Nenhuma medicação profilática para migrânea é segura durante a gravidez. MECANISMO: − Diminuir a ativação do centro gerador de migrânea. − Aumenta a antinocicepção central. − Aumenta o limiar para a depressão alastrante. − Estabiliza tônus simpático e serotoninérgico − bloqueio de receptores CGRP periféricos − Tratamento Congruente ou Incongruente → Não se usa mais o termo “sob medida”. − Vamos ter que avaliar cada caso e descobrir qual a melhor opção para cada paciente, considerando suas comorbidade. − Depressão → Evitar medicamentos que pioram quadro depressivo, por exemplo ▪ Ansiedade ▪ S Pânico ▪ S estresse pós traumático ▪ Tremor essencial ▪ Epilepsia ▪ Alergia/asma ▪ Intestino Irritável ▪ DTM ▪ “trigger points” BOTOX: − Indicação: Migrânea crônica (cefaleia por mais de 15 dias/mês, sendo que 8 desses episódios têm característica de migrânea). − 47% dos pacientes com BOTOX reduziram ≥50% no número de dias com cefaléia em comparação com placebo. − Eficaz para pacientes com migrânea crônica e abuso de analgésicos. − O mecanismo presumido para profilaxia de migrânea é o bloqueio de sinais periféricos para o sistema nervoso central, que inibe a sensibilização central. CONTRA INDICAÇÕES PARA AS MEDICAÇÕES: − Tipo mais comum de cefaleia primária. − Prevalência de 30 a 78% em toda a vida. − Tem o maior impacto socioeconômico. − Predomina em mulher (5:4) − Já foi considerada psicogênica, mas hoje sugere-se uma base neurobiológica. ▪ Envolvimento de mecanismos periféricos de dor? ▪ Mecanismos centrais de geração de dor? − Sensação de dolorimento pericrânio − CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS: ▪ Pelo menos 10 crises ocorrendo <12 dias ao ano (infrequente) ou <15 dia ao mês (frequente) ou >15 dias/mês (crônica). Preenchendo critérios de B a D ▪ Duração 30 min a 7 dias ▪ Pelo menos 2 das seguintes: • Bilateral • Pressão ou aperto (não pulsátil) • Fraca a moderada • Não é agravada por esforço físico rotineiro como andar ou subir escadas → não impede de fazer as atividades diárias ▪ Ambos os seguintes: • Sem náuseas ou vômitos • Foto ou fono (apenas 1 pode ter). ▪ Não melhor explicada por outros diagnósticos FISIOPATOLOGIA: − Mecanismo exato é desconhecido. − Sensibilização dos nociceptores periféricos miofasciais situados nos músculos e envoltórios de neurônios de 2 ordem. − Diminuição dos mecanismos antinociceptivos supra-espinhais. − Sensibilização anormal de neurônios e facilitação à dor (aumento da atividade de On-cells - células faciltadoras). − Interesse em relação ao Oxido nítrico desencadeando dor nesses pacientes TRATAMENTO: − Medidas gerais: ▪ Postural, programa de relaxamento, exercícios físicos, psicoterapia. − Tratamento da crise: ▪ AINES e analgésicos comuns. ▪ Não há evidência de miorrelaxantes. − Tratamento Profilático: ▪ Primeira escolha: tricíclicos (máximo 100mg) ▪ ISRS: Fluoxetina 20 a 40mg/dia (inferior à AMT) − CEFALEIAS TRIGÊMEO AUTONÔMICAS ▪ 6% do total das dores de cabeça. ▪ Idade típica: 20 a 40 anos ▪ Dor terebrante – muito forte ▪ Predominante em homens (3x mais) ▪ Autossômica dominante em 5% dos casos. ▪ Álcool ou sono como desencadeante quando no período de dor. ▪ Dor recorre no mesmo horário. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS: − Pelo menos 5 crises preenchendo B a D − Dor forte ou muito forte unilateral, orbitária, supra orbitária e/ou temporal, durando de 15 a 180 min. − 1 ou todos a seguir: ▪ Pelo menos 1 dos sinais ou sintomas a seguir é ispilateral à dor: ▪ Hiperemia conjuntival e/ou lacrimejamento ipsilaterais ▪ Congestão nasal e/ou rinorréia ipsilateral ▪ Edema palpebral ipsilateral ▪ Sudorese frontal e facial ipsilateral ▪ Miose e/ou ptose ipsilteral ▪ sensação de inquietaão ou agitação − Frequência de 1 por dia até 8 vezes ao dia − Não melhor explicada por outro diagnóstico − Paciente tem sintomas autonômicos ipsilaterais à dor. FISIOPATOLOGIA: − Ainda não totalmente esclarecida − Hipotálamo é, provavelmente, o local de ativação da dor - pela característica da ritmicidade circadiana. − A disfunção hipotalâmica resultaria em alteração do SNA. − Hipótese que durante a salva há inibição central do tônus vasomotor simpático e estimulação parassimpática. ▪ Miose e ptose resultariam da hipofunção simpática ▪ Lacrimejamento, hiperemia conjuntival e obstrução nasal = hiperatividade parassimpática ▪ Vasodilatação e dor = secundária liberação de neuropeptídios ▪ Esses dois últimos levariam a um distúrbio neuro vascular. − Também possivelmente envolvendo mecanismos serotoninérgicos através de projeções da Rafe dorsal. TRATAMENTO PROFILÁTICO: − TRATAMENTO PROFILÁTICO até que o período de dor tenha acabado. − PREVENTIVO: ▪ Verapamil: Escolha nos casos episódicos ▪ Metisergida: Salvas episódicas. Contra indicação a uso prolongado (não mais que 5 meses - reações fibróticas) ▪ Lítio: Em casos de salvas crônico. 300 a 900 mg/dia ▪ Valproato: Salvas episódicas e crônicas ▪ Gabapentina: Episódica e crônica ▪ Melatonina: salvas cronica. Associada a outra medicação TRATAMENTO AGUDO/ABORTIVO: − 3 OPÇÕES: ▪ TARTARATO DE ERGOTAMINA 2mg SL ▪ OXIGÊNIO a 100%, 7 a 8 L/min durante 15 a 20 min. ▪ SUMATRIPTANO 6 mg, SC ou 10 a 20 mg Spray nasal ou Naratriptana (salvas crônica) de 12x12horas por 7 dias. − Corticoide: 60mg/dia oral por 6 a 10 dias (tempo curto para reduzir o tempo de salva) ou Metilprednisolona 250mg EV 3 dias. − Transtorno Unilateral caracterizados por: ▪ Dor de curta duração ▪ Tipo choque ▪ Início e término abrupto ▪ Limita a uma ou mais divisão do N. Trigêmeo ▪ Desencadeada por estímulos triviais ▪ Áreas de gatilho ▪ Remissão por tempo variável. − Neuralgia facial mais comum. − Acomete pacientes em torno dos 50 anos. − Ramo maxilar > Ramo mandibular > Ramo oftálmico > 3 ao mesmo tempo. −CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS: ▪ Pelo menos 3 ataques de dor facial unilateral preenchendo critérios B e C ▪ Ocorre em uma ou mais divisões do trigêmeo sem irradiação além da distribuição trigeminal. ▪ Pelo menos 3 das características: • Ataques recorrentes durando uma fração de segundos a 2 minutos. • Intensa • Característica de choque, dor aguda, pontada • Desencadeada por fatores ou área de gatilho ▪ Sem evidências de déficits neurológicos ▪ Não melhor explicada por outros diagnósticos CONSIDERAR DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL QUANDO: − Hipoestesia mantida na face − Ausência Reflexo córneo-palpebral − Dor bilateral FIISIOPATOLOGIA: − Estudos mostram 80 a 90% dos casos estão associados a compressão pela artéria Cerebelar superior da raiz do Trigêmio causando uma desmielinização focal no nervo (neuralgia trigeminal clássica). TRATAMENTO: − Boa resposta em 80% dos pacientes. − Droga de escolha: CARBAMAZEPINA (eficácia inicial de 90% em 2 dias!) − Outras: Baclofen 40 a 80 mg/dia ▪ Divalproato de sódio 500mg a 2g dia ▪ Gabapentina até 3.600/dia − Tratamentos invasivos → descompressão
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