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TEORIAS DE ENFERMAGEM Profª Ms. Natália de Castro Nascimento A palavra original vem do grego theoria que significa “visão”. Com base nessa natureza sensorial, o desenvolvimento de teorias deve ser encarado como racional e intelectual, conduzindo à descoberta da verdade. Retrata a Visão de mundo da teorista Teoria TEORIA X PRÁTICA A Prática vem antes da Teoria; Para que o conhecimento prático seja considerado científico, necessita ser teorizado e testado pelo método científico; Então, passa a ser chamado de PRÁXIS, ou seja, prática profissional teorizada, testada e validada; Portanto, a Teoria é a ciência a serviço da prática. PRÁTICA TEORIA O que é uma teoria de enfermagem ? 📚 Conceituação articulada e comunicada da realidade inventada ou descoberta na enfermagem com a finalidade de descrever, explicar, prever ou prescrever o cuidado de enfermagem (Meleis, 1991). 📚 Teoria sugere uma direção de como ver os fatos e os eventos. Uma estruturação criativa e rigorosa de idéias que projetam uma tentativa, uma resolução e uma visão sistemática dos fenômenos. "A Teoria é a geração do conhecimento específico de enfermagem para uso na sua prática." Construção de uma Teoria TEORIA CONCEITOS DEFINIÇÕES RELAÇÕES PROPOSIÇÕES FENÔMENO Aspectos da realidade que podem ser percebidos/vivenciados CONCEITOS PRINCIPAIS NA ENFERMAGEM Enfermagem Pessoa Ambiente Saúde CONCEITOS CONCEITOS Pessoa pode representar um indivíduo, uma família, uma comunidade ou toda a humanidade. É aquele que recebe o cuidado de enfermagem. # Receptor do cuidado Saúde representa o estado de bem estar decidido, mutuamente pelo cliente e a enfermeira. # Objetivo do cuidado de enfermagem Ambiente pode representar os arredores imediatos, a comunidade ou o universo com tudo que contém. # condições que afetam o cliente; ambiente em que ocorrem as necessidades de cuidado. Enfermagem é a ciência e a arte da disciplina. TEORIA DE ENFERMAGEM COMPLETA POSSUI: CONTEXTO, CONTEÚDO E PROCESSO (Barnum, 1994) Contexto é o ambiente no qual o ato de enfermagem ocorre Conteúdo é o assunto da teoria Processo é o método pelo qual a enfermeira age ao usar a teoria Relação Teoria – Processo de Enfermagem TEORIA GERAÇÃO DO CONHECIMENTO DE ENFERMAGEM PARA USO NA SUA PRÁTICA PROCESSO DE ENFERMAGEM MÉTODO PARA IMPLEMENTAÇÃO DA TEORIA NA PRÁTICA “Uma profissão que não conhece suas próprias correntes de pensamento se empobrece e dá a impressão que somente sabe fazer o seu trabalho pelo treinamento de fórmulas, rotinas e procedimentos padronizados... (LEOPARDI, 1999) Bibliografia HICKMAN, J. S. Introdução à teoria da enfermagem. In: George, J. B. (Org.). Teorias de enfermagem: os fundamentos à prática profissional. 4ed. Porto Alegre:Artmed, 2000. TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE Contexto Histórico: guerra, sujeira, peste, mortes Condição social da mulher Conceito Básico: AMBIENTE estimulador do desenvolvimento da saúde Ventilação Água Limpeza Calor/Luz Criar Condições para a Natureza Agir! Prática NÃO CURATIVA, em que o paciente é colocado na melhor condição para a ação da natureza. TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE Nightingale acreditava que fornecer um ambiente adequado era o diferencial na recuperação dos doentes. Nightingale aborda o provimento de fatores para a manutenção de um ambiente favorável no sentido de facilitar o processo de cura e o viver saudável, tais como: ventilação, limpeza, iluminação, calor, ruídos, odores e a alimentação. O que reflete, nos dias de hoje, em uma assistência humanizada, fundamentada no controle do ambiente ao redor do paciente. O foco do cuidado é a higiene ambiental 14 TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE ALICERCE Incidência e prevalência das doenças Observação Administração O foco principal era o controle Do ambiente Dos indivíduos Das famílias Tanto dos sadios quanto os doentes 15 TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE Manter o ar do quarto puro como o ar externo sem resfriar VENTILAÇÃO E AQUECIMENTO Vapor de gás Temperatura equilibrada Evitar o ar contaminado por: Mofo Esterco Se o indivíduo respirar repetidamente seu próprio ar ficará ou permanecerá doente 16 LUZ Os doentes procuravam lugares iluminados com luz solar Efeitos reparadores Quarto iluminado durante o dia Diminuir luz durante a noite Os doentes deitavam ao lado da janela TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE 17 Movimento das pessoas O paciente nunca deveria ser acordado intencional ou acidentalmente durante a primeira parte do sono RUÍDO Conversas Equipamentos e Materiais para assistência Objetos em geral TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE VARIAÇÃO DO AMBIENTE Acreditava e defendia a importância na mudança da cor e forma do ambiente Diminuição do aborrecimento e depressão vasos Quadros Atividades ocupacionais e de recreação/lazer Plantas e flores com cores fortes limpeza escrita bordado leitura TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE 1 8 TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE C A M A E R O U P A D E C A M A I M P O R T A N T E no A M B I E N T E Não sentar na cama do doente Manter a cama com roupa limpa, seca e esticada Deve ser colocada na parte mais iluminada do quarto O corpo exala odores que permanecem nos lençóis Não sacudir as roupas de cama 1 9 20 HIGIENE PESSOAL Considerava a função da pele muito importante Remoção da excreção da pele Pele sem lavar envenenava o paciente Lavar e secar a pele proporciona bem-estar LAVAR AS MÃOS TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE 21 TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE NUTRIÇÃO E INGESTA DE ALIMENTOS Variedade na alimentação Pequenas porções Não interromper Atenção ao paciente melhora a aceitação 22 ESPERANÇA E CONSELHOS Não animar falsamente Ouvir boas notícias Não é benéfico, deprime o doente TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE 23 TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE MODELO AMBIENTAL E METAPARADIGMA Composto por quatro conceitos básicos A enfermagem A pessoa ambiente saúde Como arte Sua relação com o ambiente e o impacto do ambiente sobre ele Sua visão reflete um Modelo de Saúde comunitária Do cliente é a meta de toda Assistência de enfermagem Sadio ou doente 24 TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE NIGHTINGALE E O PROCESSO DE ENFERMAGEM Defendia dois comportamentos essenciais da enfermeira Perguntar ao cliente o que é necessário ou desejado Observação Usava observações precisas sobre os aspectos de saúde física do cliente e do ambiente A enfermeira deve aprender a observar e como observar Sintomas que indicam melhora ou piora Que sintomas são importantes ou não Que sintomas indicam negligência Wanda de Aguiar Horta Teoria das Necessidades Humanas Básicas Objetivo: atender o ser humano em suas necessidades Foco: homem como ser dinâmico, dando e recebendo energia Fundamentos: Teoria da Motivação Humana- Maslow Hierarquia das Necessidades – João Mohana Wanda de Aguiar Horta Teoria da Motivação Humana de Maslow Teoria das Necessidades Humanas Básicas-Wanda de A. Horta “Assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades básicas, torná-lo independente dessa assistência, quando possível, pelo ensino do autocuidado, recuperar, manter e promover a saúde em colaboração com outros profissionais” Teoria das Necessidades Humanas Básicas Wanda de A. Horta É fundamental que o enfermeiro entenda o ser humano como um todo: corpo, mente e espírito. Quando o corpo ou a mente sofre, a pessoa é afetada em sua totalidade. A enfermagem como parte integrante da equipe de saúde: Implementa estados de equilíbrio,previne estados de desequilíbrio. Reverte desequilíbrios em equilíbrio pela assistência ao ser humano no atendimento de suas necessidades básicas. Procura sempre reconduzi-lo à situação de equilíbrio dinâmico no tempo e espaço. Processo de Enfermagem - Wanda de A. Horta Processo de Enfermagem - Wanda de A. Horta Forma de organização e direcionamento da assistência de enfermagem. • “Dinâmica das ações sistematizadas e inter-relacionadas, visando à assistência ao ser humano”. • Caracteriza-se pelo inter-relacionamento e dinamismo de suas fases ou passos. • A inter-relação e a igual importância destas fases no processo podem ser representadas graficamente por um hexágono. No centro deste hexágono situar-se-ia o indivíduo, a família e a comunidade. FASES DO PROCESSO DE ENFERMAGEM Histórico, Diagnóstico, Plano Assistencial, Plano de Cuidados ou Prescrição, Evolução Prognóstico de Enfermagem Processo de Enfermagem - Wanda Horta 1º Histórico de Enfermagem Roteiro sistematizado para o levantamento de dados (significativos para o enfermeiro) do ser humano que tornam possível a identificação de seus problemas. Características: o histórico deve ser conciso, sem repetições, claro e preciso. Deve conter informações que permitam dar um cuidado imediato. Individualização - o histórico é individual e deve permitir tal objetivo. Os dados, convenientemente analisados e avaliados, levam ao segundo passo. Só o enfermeiro poderá fazer o histórico de enfermagem; esta atividade não pode ser delegada. Estabelecemos ao final dessa fase os problemas de enfermagem que são situações ou condições decorrentes dos desequilíbrios das necessidades básicas do indivíduo, família e comunidade, e que exigem do enfermeiro sua assistência profissional. Processo de Enfermagem - Wanda Horta 2º Diagnóstico de Enfermagem Identificação das necessidades do ser humano que precisa de atendimento determinação pelo enfermeiro do grau de dependência deste atendimento em natureza e em extensão. O diagnóstico comporta duas dimensões: identificar as necessidades humanas afetadas e determinar o grau de dependência. O grau de dependência pode ser total ou parcial. Na dependência total está implícita a extensão, e a natureza compreende tudo aquilo que a enfermagem faz pelo ser humano quando este não tem condições de fazer por si, seja qual for a causa. Havendo dependência parcial, a assistência de enfermagem pode situar-se em termos de ajuda, orientação, supervisão e encaminhamento quando couber. Processo de Enfermagem - Wanda Horta 3º Plano Assistencial Determinação global da assistência de enfermagem O que o ser humano deve receber diante do diagnóstico estabelecido. Este plano assistencial é sistematizado em termos do conceito de assistir em enfermagem Isto é, o enfermeiro deve definir qual o seu objetivo e quais serão os cuidados, o que deve fazer, ajudar, orientar, supervisionar e encaminhar para outro profissional.(observação e controle ). Processo de Enfermagem - Wanda Horta 4º Plano de Cuidados ou Prescrição de Enfermagem Implementação do plano assistencial pelo roteiro diário que coordena a ação da equipe de enfermagem na execução dos cuidados adequados ao atendimento das necessidades básicas e específicas do ser humano. O plano de cuidados é avaliado sempre, fornecendo os dados necessários para o quinto passo ou fase. Processo de Enfermagem - Wanda Horta 5º Evolução de Enfermagem Pela evolução é possível avaliar a resposta do ser humano e a assistência de enfermagem implementada. A evolução é, em síntese, uma avaliação global do plano de cuidados (prescrição de enfermagem implementada). Anotar inicialmente a avaliação global do plano de cuidados (prescrição de enfermagem), os dados subjetivos seguidos pelos dados objetivos. Se for identificado um novo problema de enfermagem, avaliar se é sintoma das necessidades já identificadas ou surgimento de uma nova necessidade a ser diagnosticada. Da evolução poderão advir mudanças no diagnóstico de enfermagem,no plano assistencial e no plano de cuidados (prescrição de enfermagem). A evolução exerce um verdadeiro controle sobre a qualidade e a quantidade do atendimento, fornecendo dados para a supervisão do pessoal auxiliar. Processo de Enfermagem - Wanda Horta 6º Prognóstico de Enfermagem Estimativa da capacidade do ser humano em atender suas necessidades básicas alteradas após a implementação do plano assistencial e a luz dos dados fornecidos pela evolução de enfermagem. O prognóstico indicará as condições que o cliente atingirá na alta médica. Ele chegou a total independência? Está dependente no que e quanto? Um bom prognóstico é aquele que leva ao autocuidado, portanto, à independência de enfermagem; Um prognóstico sombrio é aquele que se dirige para a dependência total. O prognóstico é também um meio de avaliação do processo em si, mede todas as fases e chega a uma conclusão. TEORIA DE WANDA HORTA CONTRIBUIU PARA A CONSTRUÇÃO DA SAE (SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM) Teoria de Jean Watson Teoria do Cuidado Transpessoal Traz o olhar para além do corpo físico, é a abertura e atenção aos mistérios espirituais e dimensões existenciais da vida e da morte; cuidado da sua própria alma e do ser que está sendo cuidado (interação entre o enfermeiro e o cliente). Teoria do Cuidado Transpessoal Fatores 1. Formação de um sistema de valores humanísticos-altruísta; 2. Estimulação da fé-esperança; 3. Cultivo da sensibilidade para si mesmo e para os outros; 4. Desenvolvimento do relacionamento de ajuda-confiança; 5. Promoção e a aceitação da expressão de sentimentos positivos e negativos; Teoria do Cuidado Transpessoal Fatores 6. Uso sistemático do método científico de solução de problemas para tomar decisões; 7. Promoção do ensino-aprendizagem interpessoal; 8. Provisão de um ambiente mental, físico, sociocultural e espiritual sustentador, protetor e corretivo; 9. Auxílio com a gratificação das necessidades humanas; 10. Aceitação das forças existencial-fenomenológicas. TEORIA TRANSCULTURAL DO CUIDADO DE ENFERMAGEM (1980) MADELEINE LEININGER Cuidado Transcultural - Madelaine Leininger Os conceitos centrais do Modelo Teórico conceitual de Leininger são: O Cuidado como componente da enfermagem. A Cultura como componente da antropologia O Modelo teórico-conceitual de Leininger se assemelha ao processo de enfermagem e seu foco é o cuidar. Enquanto trabalhava como enfermeira clínica especialista com crianças e seus pais, ela observou diferenças de comportamento recorrentes entre as crianças e concluiu que essas diferenças tinham uma base cultural. Identificou a falta de conhecimento sobre a cultura das crianças como o elo que faltava, na enfermagem, para o entendimento das variações de cuidados para os clientes. Propiciou o desenvolvimento do novo campo da enfermagem: A ENFERMAGEM TRANSCULTURAL. Que é um subcampo ou ramo da enfermagem que enfoca o estudo comparativo e a análise de culturas com respeito à enfermagem e às práticas de cuidados, às crenças e aos valores , com a meta de proporcionar um serviço de atendimento de enfermagem significativo e eficaz para as pessoas de acordo com seus valores culturais e seu contexto de saúde-doença. Culturas diferentes percebem, conhecem e praticam o cuidado de maneiras diferentes, apesar de haver pontos comuns no cuidado de todas as culturas do mundo. Ela refere aos pontos comuns como UNIVERSALIDADE e às diferenças como DIVERSIDADE. A Teoria da Diversidade e Universalidade Cultural do Cuidado Considera que: O Cuidado ao Ser Humano é Universal, sendo vivenciado nas diversas culturas. O Ser Humano, para nascer, crescer, manter sua vida e morrer, precisa ser cuidado. PORÉM... Cada cultura, de acordo com seu ambiente e estrutura social, terá sua própria visão de saúde, doençae cuidado. O cuidado é necessário para o desenvolvimento da prática assistencial de enfermagem. Sendo assim o cuidado de enfermagem, é um fenômeno culturalmente construído. O cuidado de enfermagem será adaptado à cultura do cliente não havendo incongruências entre o cliente e o cuidador. O cuidado pode ser demonstrado através de expressões, ações, padrões, estilo de vida e significados. Leininger propõe três (03) modos de ação – princípios de cuidados de enfermagem: Preservação/ Manutenção do cuidado (ações e decisões profissionais que ajudam as pessoas de uma determinada cultura a reter e/ou preservar valores relevantes do cuidado) Acomodação/ Ajustamento (ações e decisões profissionais que ajudam as pessoas a adaptar-se ou a negociar um resultado de saúde benéfico ou satisfatório com o prestadores de cuidados profissionais) Repadronização/ Reestruturação (ações e decisões profissionais que ajudam a pessoa a reorganizar, trocar ou modificar grandemente sua forma de vida para um padrão de atendimento a saúde novo, diferente e benéfico. Preservação/ Manutenção do cuidado cultural Se constitui naqueles cuidados já praticados por um indivíduo, família ou grupo, benéficos ou mesmo inócuos para a saúde. As ações do enfermeiro precisam apoiar, facilitar ou capacitar o cliente para o restabelecimento da saúde ou enfrentamento da morte. Preservação/ Manutenção do cuidado cultural Enfocam: o apoio a assistência e a a facilitação ou capacitação dos clientes na: Preservação ou retenção da saúde favorável; Recuperação da doença Enfrentamento das deficiências ou da morte. Acomodação/ Ajustamento do cuidado cultural São ações e decisões para assistir, dar suporte, facilitar as pessoas de uma determinada cultura a adaptar-se ou negociar com provedores da saúde profissionais. A assistência profissional visa à adaptação, ajustamento ou negociação do cliente, visando alcançar um resultado de saúde benéfico ou satisfatório. Acomodação/ Ajustamento do cuidado cultural Cria esforços profissionais para: facilitar, capacitar, assistir ou apoiar as ações que representem as formas de: negociação adaptação ou ajustamento aos padrões de saúde e de atendimento do cliente visando: um resultado de saúde benéfico ou satisfatório. Repadronização/Reestruturação do cuidado cultural São ações e decisões para facilitar, dar suporte, que ajudam os indivíduos, grupos a reordenar, trocar ou em grande parte modificar seus modos de vida para o novo, o diferente, beneficiando os padrões de cuidado à saúde. São ações profissionais que: procuram ajudar o cliente a modificar padrões de saúde para padrões mais saudáveis para eles mesmos; procuram ajudar o cliente a modificar os padrões de vida significativos respeitando os valores culturais desse cliente. O MODELO SUNRISE Leininger criou o modelo SUNRISE (sol nascente), o qual é apresentado em quatro níveis de focalização: NÍVEL I – abrange a estrutura cultural e social – visão de mundo; NÍVEL II - compreende o indivíduo, família, grupos e instituições; NÍVEL III – se refere aos diversos sistemas de saúde, permite identificar, caracterizar os valores, crenças, comportamentos populares, profissionais e a enfermagem; NÍVEL IV – determina as decisões e ações de cuidados em enfermagem que são: preservação/manutenção cultural de cuidado; acomodação/negociação cultural do cuidado e repadronização/reestruturação de cuidados. Dorothea Orem (1971) Teoria: Autocuidado Quando a pessoa é incapaz de proporcionar o autocuidado, então a enfermeira providencia a assistência necessária. Objetivo: Desenvolvimento do autocuidado no ”continuum saúde-enfermidade” Foco: Homem como ser responsável por si mesmo, pelos seus dependentes e participante ativo da assistência à saúde TEORIA DO AUTOCUIDADO A condição que valida a existência de uma exigência de enfermagem em um adulto é a ausência da capacidade de manter continuamente a quantidade e qualidade do autocuidado que são terapêuticas na sustentação da vida e da saúde, na recuperação da doença ou da lesão ou no enfrentamento dos seus efeitos. Nas crianças, a condição é a incapacidade dos pais ou responsáveis em manter continuamente, para a criança, a quantidade e a qualidade do cuidado terapêutico. TEORIA DO AUTOCUIDADO Três teorias inter-relacionadas: 1) a teoria do autocuidado 2) a teoria do déficit de autocuidado 3) a teoria dos sistemas de enfermagem 1) a teoria do autocuidado As ações do autocuidado tem por finalidade a satisfação das necessidades humanas, através da realização de atividades básicas e instrumentais de vida diária. Necessidades: *Requisitos universais (processos da vida e manutenção da integridade da estrutura e do funcionamento humano). Por exemplo: manutenção da ingesta suficiente de ar, água e alimentos. *Requisitos de desenvolvimento (processo de desenvolvimento quanto a novos requisitos, derivados de uma condição). Por exemplo: adaptação as modificações do corpo, ao novo trabalho. *Requisitos de desvios de saúde (condições de doença ou de lesão). Por exemplo, aprender a caminhar com muletas após engessar uma perna fraturada). 2) a teoria do déficit de autocuidado Determina o quando a enfermagem é necessária. Orem identifica cinco métodos de assistência que o enfermeiro deve adotar para ajudar o indivíduo no seu AC: Agir ou fazer para outra pessoa; Guiar e orientar; Proporcionar apoio físico e psicológico; Proporcionar e manter um ambiente de apoio e desenvolvimento pessoal; Ensinar. 3) a teoria dos sistemas de enfermagem Orem identifica três classificações de sistemas de enfermagem para preencher os requisitos de autocuidado do paciente. *Sistema totalmente compensatório (individuo é incapaz de “engajar-se nas ações de autocuidado”, são totalmente dependentes de outros para continuar a sua existência e bem estar) *Sistema parcialmente compensatório (tanto a enfermeira quanto o paciente desempenham as medidas de cuidado) *Sistema de apoio-educação (a pessoa é capaz de desempenhar, ou pode e deve aprender a desempenhar, as medidas exigidas pelo autocuidado terapêutico) Orem diferencia três (03) tipos de sistemas de enfermagem com a finalidade de trazer ao paciente a situação de (re) assumir o seu próprio AC; Sistema Totalmente Compensatório: quando o indivíduo é incapaz de realizar o autocuidado seja ele por limitações físicas ou impostas para que ele se restabeleça. Sistema Parcialmente Compensatório: quando o indivíduo consegue se cuidar, mas não o suficiente para estar realizando todas as tarefas Sistema de Apoio e Educação ENFERMEIRO: Tem como objetivo ajudar a pessoa a superar as limitações existentes no exercício do AC. CUIDADOS DE ENFERMAGEM: Representam um serviço especializado que está centrado sobre as pessoas que têm incapacidade para exercer o AC. Tem como objetivo ajudar a pessoa a superar as limitações existentes no exercício do AC. Orem trabalha três (03) teorias inter-relacionadas sobre autocuidado: A teoria do autocuidado: realizada pelo próprio indivíduo. A teoria do déficit de autocuidado: necessidade de intervenção. A teoria dos sistemas de enfermagem: necessidades e capacidades para realizar o autocuidado – terá intervenção ou não. http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://nursing.jbpub.com/sitzman/art/Dorthea%2520Orem's%2520Self-Care%2520Model.jpg&imgrefurl=http://nursing.jbpub.com/sitzman/artGallery.cfm&h=1563&w=1263&sz=337&tbnid=JBnaxa3t44wJ:&tbnh=150&tbnw=121&hl=pt-BR&start= http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://nursing.jbpub.com/sitzman/art/Dorthea%2520Orem's%2520Self-Care%2520Model.jpg&imgrefurl=http://nursing.jbpub.com/sitzman/artGallery.cfm&h=1563&w=1263&sz=337&tbnid=JBnaxa3t44wJ:&tbnh=150&tbnw=121&hl=pt-BR&start= Referências Bibliográficas ALFARO-LeFEVRE, R. Aplicação do processo de enfermagem:um guia passo a passo. Porto Alegre, Artmed, 2000. BOFF, L. Saber cuidar – Ética do cuidado humano – compaixão pela Terra. Rio de Janeiro, Vozes, 1999. BRAGA,C.G.; SILVA, J. V. Teorias de Enfermagem. São Paulo: Iátria, 2011. GEORGE, J.B. e col. Teorias de Enfermagem – dos fundamentos à prática profissional. 4ºed. Porto Alegre: Artmed, 2000. TOMEY, A. M. & ALLIGOOD, M. R. Nursing Theorists and their Work. 4ª edition. St. Louis: Mosby, 1998. Obrigada!
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