Buscar

Filosofia do Direito: Jusnaturalismo e Positivismo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Profa. Roberta Toledo
UNIDADE II
ESTUDOS DISCIPLINARES 
Filosofia do Direito: 
Direito e Moral
1. Jusnaturalismo
 Idade Média
 conteúdo teleológico;
 fundamentos do Direito Natural: inteligência e a vontade divina;
 sociedade e cultura – credo religioso e fé.
Direito e Moral
Concepção do Direito Natural Objetivo e Material
 Conjunto de normas – primeiros princípios morais – imutáveis, consagradas 
ou não na legislação. 
 Resultam da natureza das coisas e do homem – apreendidos imediatamente 
pela inteligência humana como verdadeiros.
Direito e Moral
Concepção do Direito Natural Subjetivo e Formal
 Jus voluntatium – vontade divina ou humana.
 Jus naturale – oriunda da natureza humana devido à sua tendência inata 
de viver em sociedade. 
 Direito Natural – ditame da razão – indica a repugnância 
ou a necessidade moral. 
Direito e Moral
 Século XVII – Deus – deixa lugar – a natureza.
 A reta razão é o guia das ações humanas, princípio único.
 Paradigmas axiológicos – determinadas normas – são consideradas ideias 
diretoras universais da conduta – ética, costumeira e jurídica.
Direito e Moral
 O Direito está sujeito às transformações históricas e suscetível aos diversos 
costumes e tradições.
 O conhecimento é dado ao homem por ele mesmo, por meio do uso da razão, 
que apreende esse conhecimento e o coloca em prática na sociedade. 
 Passagem do pensamento teocêntrico ao antropocêntrico.
Direito e Moral
2. Jusnaturalismo – teoria do direito racional e Immanuel Kant
 Direito e moral são separados pelo prisma formal – dependem do motivo pelo 
qual são cumpridas as suas normas.
 Ato moral – motivo – ideia do dever.
 Ato jurídico – motivo – aversão à sanção.
 Direito – poder de constranger.
Direito e Moral 
 Homem – ser racional e livre – impõe a si mesmo regras de conduta – normas 
éticas válidas para todos. 
 Norma básica de conduta moral – tratar a si mesmo e seus semelhante como um 
fim e não um meio – transmuta-se em norma de Direito Natural. 
 Normas jurídicas – dependem de lei externa. 
Direito e Moral
 Lei externa – necessidade de uma lei natural, de ordem ética, que justifique 
a autoridade do legislador. 
 A Moral e o Direito têm como princípio último a liberdade ou autonomia 
da vontade, orientada unicamente pela pura razão. 
 Moralidade – vontade de usar moralmente as virtudes – boa vontade. 
Direito e Moral
 A mera conformidade com a observância do dever é insuficiente para aferir 
a moralidade do ato – boa vontade.
 Quando uma máxima (lei particular) se reveste do atributo de lei prática 
(lei universal) – imperativo categórico:
 Imperativo – dever possível. 
 Categórico –adesão da minha razão e da minha vontade.
 A moral é autônoma e o direito heterônomo.
Direito e Moral
Kant levou às últimas consequências a concepção jusnaturalista, fazendo surgir a 
teoria racional. Em relação à doutrina Kantiana, não podemos afirmar que: 
a) Processa-se a separação do Direito da Moral sobre o prisma formal. 
b) A norma básica de conduta prescreve ao homem tratar seu semelhante como 
um meio. 
c) O Direito Natural depende da ideia de liberdade.
d) A condição de moralidade é a boa vontade.
e) O homem é capaz de impor a si mesmo normas de conduta designadas éticas.
Interatividade
3. Pensamento de Goffredo Telles Junior
 Dois mundos se apresentam com nitidez – o mundo físico e o mundo ético.
 Mundo ético – mundo do comportamento humano – deliberação e vontade 
dos seres humanos. 
 Mundo físico – não pode deixar de ser o que é – não depende da atuação 
humana. 
 Normas que regem esses dois mundo são diferentes:
 Mundo ético – normas do dever ser – mandamentais.
 Mundo físico – normas do ser.
Direito e Moral 
Mandamentos normativos – normas:
 imperativos de ordenação condizentes com as convicções generalizadas 
da coletividade;
 imperativos do usual e comum harmonizados com o sistema ético vigente. 
 Mandamentos não normativos – avulsos: 
 incongruentes com as convicções 
de uma sociedade;
 não harmonizados com o sistema ético vigente. 
Direito e Moral
 Ordem – uma disposição conveniente de seres para a consecução 
de um fim comum. 
 Desordem – é a ordem que não queremos.
 Norma Jurídica – imperativo autorizante, harmonizado com a ordenação 
ética vigente. 
Direito e Moral
 Imperativo – mandamento normativo do mundo ético – uma imposição 
da ordem do dever ser.
 Autorizante – autoriza uma reação competente contra o ato que viola.
 Harmonizada com a ordenação ética vigente – de acordo com a ordem ética 
aceita – ordem que queremos. 
Direito e Moral 
 Normas jurídicas são juízos hipotéticos condicionais – somente serão aplicadas 
na hipótese de ocorrência de um tipo de fato para o qual elas foram elaboradas.
4. Pensamento de Norberto Bobbio – Positivismo Analítico
 Juridicidade de uma norma – autorizada pelo ordenamento jurídico.
Direito e Moral
 Proposições prescritivas – formuladas 
 imperativos autônomos – mesma pessoa que formula a norma é aquela 
que executa – a Moral;
 imperativos heterônomos – quem formula a norma é pessoa diferente 
de quem a executa – o Direito. 
 A lei moral comanda categoricamente aquilo que se deve fazer.
 A lei jurídica permite aquilo que se pode fazer. 
Direito e Moral
5. Direito e Justiça 
 Justiça – aspiração emocional – inclina os homens em diversas direções.
 Justiça – ciência – pseudoproblema.
 Justiça – moral – exigência de ordem prática, de natureza afetiva ou ideológica.
Direito e Justiça
 Axiologia – Teoria dos Valores – situa-se a Teoria da Justiça.
 A Justiça não se identifica com os valores – ela é antes a condição primeira 
de todos eles, a condição transcendental de sua possibilidade como 
atualização histórica. 
 “A Justiça vale para que todos os valores valham”. (Miguel Reale)
Direito e Justiça
 A Justiça deve ser, complementarmente, subjetiva e objetiva – dialeticidade 
do homem com a ordem justa – projeção constante da pessoa humana.
 A Justiça é a “constante coordenação racional das relações intersubjetivas 
para que cada homem possa realizar livremente seus valores potenciais visando 
a atingir a plenitude de seu ser pessoal, em sintonia com os da coletividade.” 
(Miguel Reale)
Direito e Justiça
Qual dos pensadores a seguir relacionados afirma que a lei moral comanda 
categoricamente aquilo que se deve fazer, e a lei jurídica permite aquilo 
que se pode fazer? 
a) Immanuel Kant.
b) Miguel Reale. 
c) Hans Kelsen .
d) Norberto Bobbio.
e) Rudolf Von Ihering.
Interatividade
6. Pensamento de Miguel Reale – Estrutura Tridimensional do Direito 
 Todas as regras sociais ordenam a conduta, tanto as morais quanto as jurídicas.
 O que as difere? A bilateralidade atributiva.
Tridimensionalismo Jurídico 
 O Direito ordena a conduta de maneira bilateral e atributiva para realizar o bem 
comum – convivência ordenada. 
 Bem comum:
 ordenação daquilo que cada homem pode realizar, sem prejuízo 
do bem alheio;
 composição harmônica do que é de cada um com o bem de todos; 
 estrutura social na qual sejam possíveis formas de 
participação e de comunicação de todos os indivíduos 
e grupos. 
Tridimensionalismo Jurídico 
 A conceituação do Direito deve ser ética.
 “Direito é uma proporção real e pessoal, do homem para o homem, que se 
conservada, conserva a sociedade, se corrompida, corrompe-a”. (Dante Alighieri)
 Os aspectos básicos do Direito são:
 normativo;
 fático;
 axiológico.
Tridimensionalismo Jurídico 
 Normativo – Direito como ordenamento – ciência.
 Fático – Direito como fato – efetividade social e histórica.
 Axiológico – Direito como valor – justiça. 
Tridimensionalismo Jurídico 
 Onde quer que haja um fenômeno jurídico, há sempre:
 um fato subjacente;
 um valor que defere determinada significância a esse fato;
 uma regra ou norma.
Tridimensionalismo Jurídico Um fato subjacente – fato geográfico, demográfico, político, econômico e social.
 Um valor que confere determinada significação a esse fato – o que deve ser 
preservado ou não para o atingimento de certa finalidade ou objetivo.
 Uma regra que representa a relação ou a medida que integra o fato ao valor –
a norma – síntese integrante de fatos ordenados segundo distintos valores.
Tridimensionalismo Jurídico 
 Fatos, valores e normas se implicam e se exigem reciprocamente, dialetizam –
coexistem numa unidade concreta, são elos de um processo.
 O fato realiza o valor através da norma. 
 A vida do Direito resulta da interação dinâmica e dialética dos três elementos 
que o integram. 
Tridimensionalismo Jurídico
 Dialética da polaridade – fato, valor e norma se correlacionam de modo que cada 
um deles se mantém irredutível ao outro, mas se exigindo mutuamente. 
 Origem da estrutura normativa dos fatos segundo valores. 
Tridimensionalismo Jurídico 
Onde quer que haja uma relação jurídica há sempre, necessária e conjuntamente, a 
presença de três elementos que atuam como elos de um processo, já que o Direito 
é uma realidade histórico-cultural. Quais são esse fatores ou elementos? 
a) Fato, sanção e norma.
b) Fato, valor e norma.
c) Coerção, bem comum e valores.
d) Fato, bem comum e norma.
e) Culturalismo, bem comum e fato. 
Interatividade
Culturalismo – o Direito em seu conteúdo dinâmico:
 objeto criado pelo homem;
 conteúdo valorativo;
 conteúdo ideológico;
 problemática social .
Tridimensionalismo Jurídico 
 O Direito deve ser concebido à luz das normas, dos fatos e dos valores.
 O aplicador do Direito deve ser filósofo, sociólogo e jurista de forma integrativa. 
Tridimensionalismo Jurídico 
 Deve-se analisar os três elementos em correspondência com os problemas 
complementares da:
 validade social;
 validade ética;
 validade técnico jurídica.
Tridimensionalismo Jurídico 
Elementos constitutivos Nome dominante Concepções unilaterais 
fato eficácia sociologismo jurídico
valor fundamento moralismo jurídico
norma vigência normativismo abstrato 
Tridimensionalismo Jurídico 
 Tridimensionalidade genérica – estudos levados a cabo separadamente –
pontos de vista específicos. 
 Tridimensionalidade específica – correlação essencial dos elementos constitutivos 
do Direito – conexão necessária.
Tridimensionalismo Jurídico 
 “Direito é a ordenação heterônoma, coercível e bilateral atributiva das relações 
de convivência segundo uma integração normativa de fatos, segundo valores”. 
(Miguel Reale)
 Direito é a realização ordenada e garantida do bem comum numa estrutura 
tridimensional. 
Tridimensionalismo Jurídico 
 “Direito é a concretização da ideia de justiça na pluridiversidade de seu dever ser 
histórico, tendo a pessoa como fonte de todos os valores”. (Miguel Reale) 
Tridimensionalismo Jurídico Direito e Moral
 A Filosofia do Direito se situa, paradoxalmente, na base e na cúpula 
do edifício jurídico. 
 Epistemologia Jurídica.
 Culturologia Jurídica ou Filosofia da História do Direito.
 Deontologia Jurídica. 
A Filosofia do Direito – Ontognoseologia 
 Epistemologia Jurídica: indagação dos pressupostos lógicos e dos métodos 
de pesquisa do Direito.
 Culturologia Jurídica ou Filosofia da História do Direito – determina o sentido 
objetivo da história do Direito através das vicissitudes sociais, nos diversos 
ciclos de evoluções e involuções.
 Deontologia Jurídica: valores e fins que devem nortear o homem na experiência 
jurídica.
A Filosofia do Direito – Ontognoseologia 
Epistemologia Jurídica 
+
Culturologia Jurídica 
ou 
Filosofia da História do Direito Ontognoseologia 
+ Jurídica 
Deontologia Jurídica 
A Filosofia do Direito – Ontognoseologia 
Quando não se realiza uma simples harmonização de resultados de ciências 
distintas, mas se analisa a correlação essencial dos elementos constitutivos do 
Direito, mostrando que se implicam numa conexão necessária, estamos diante da:
a) Culturologia jurídica. 
b) Epistemologia jurídica.
c) Tridimensionalidade genérica.
d) Deontologia jurídica.
e) Tridimensionalidade específica.
Interatividade
ATÉ A PRÓXIMA!

Continue navegando