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Vantagens e desvantagens PEP 21 out (1)-convertido

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Vantagens e Desvantagens do Prontuário 
Eletrônico do Paciente e seus Aspectos Éticos 
e de Segurança. 
 
Antonio Carlos Gonçalves Peixe1 
Leila Blanes2 
1.Bacharel em Enfermagem. Especialista em Saúde Pública com Ênfase em PSF. – Ribeirão 
Preto (SP), Brasil. 
2.Bacharel em Enfermagem. Especialista em Estomaterapia e Estudo sobre Feridas e 
Regeneração Tecidual. Orientadora TCC – São Paulo (SP), Brasil. 
 
 
Resumo 
A palavra prontuário origina-se do latim promptuarium e significa “lugar onde são 
guardadas coisas de que se pode precisar a qualquer momento”. O estudo teve 
como objetivo analisar as Vantagens e Desvantagens do Prontuário Eletrônico do 
Paciente e seus Aspectos Éticos e de Segurança, através de revisão bibliográfica da 
literatura. A pesquisa foi realizada na base de dados Lilacs, Scielo e Google 
Acadêmico nos anos entre 2007 e 2016, no idioma português, sendo encontrados 
111 artigos. Foram utilizados os seguintes descritores: “Prontuário Eletrônico”, 
“Ética”, “Segurança”, “Sistemas Computadorizados de Registro Médicos”, 
“Informática Médica, Sistema de informação”, “Registro Médicos”, “Registro 
Eletrônico de Saúde e Segurança Computacional”. Sendo identificados 7 artigos 
que estão de acordo com os critérios estabelecidos neste estudo. A tecnologia PEP 
apresenta várias vantagens que se sobressaem e superam as desvantagens e 
favorecem sua adoção pelas instituições de saúde, essa evidencia aparece na 
maioria das literaturas que abordam o tema. 
Introdução 
A palavra prontuário origina-se do latim promptuarium e possui o significado: 
“lugar onde são guardadas coisas de que se pode precisar a qualquer momento” ou 
“manual de informações úteis” ou ainda “ficha que contém os dados pertinentes de 
uma pessoa”. Gregos e egípcios reconhecia a importância dos registros 
concernentes às doenças das pessoas (1). 
Registrar a informação é tarefa e dever diário de todos os profissionais da 
área da saúde. Com o intuito de melhorar a qualidade do sistema de saúde, criou-se 
o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), também denominado Prontuário Médico, 
ou mesmo Registro Médico é uma ferramenta informatizada que possibilita o 
gerenciamento, armazenamento das informações, permite a integração e interação, 
localização rápida e fácil a dados relacionados ao paciente de informações 
produzidas em cada setor do hospital, proporcionando uma comunicação efetiva 
entre os membros da equipe interdisciplinar melhorando a assistência prestada ao 
paciente (1). 
O prontuário eletrônico proporciona inúmeras vantagens, há que se 
considerarem também algumas desvantagens, a literatura registra que os benefícios 
são mais evidentes para a instituição de saúde, sendo que promove um atendimento 
seguro, eficiente e rápido para o paciente (2). 
A utilização do prontuário é essencial nos estabelecimentos de saúde, uma vez 
que é um documento legal, onde constam todos os registros do paciente, sua 
história de saúde e doença, é um documento único constituído de um conjunto de 
informações de caráter legal, sigiloso e científico (2). 
O maior conflito ético sobre a utilização de um PEP reflete sobre a privacidade 
da informação em um meio eletrônico, e seus aspectos legais. As mesmas regras 
éticas que regem o acesso ao prontuário em papel se aplicam ao prontuário 
eletrônico e devem ser respeitadas (3). 
Cada requisito desejável para um PEP é considerado importante para a 
Segurança da Informação, com base nos requisitos desejáveis em um PEP observa-
se a necessidade de cuidados com as informações, pois um dos focos da segurança 
da informação é o funcionamento correto do sistema e que atenda aos objetivos dos 
seus usuários, os quais devem observar os preceitos éticos e legais (3). 
Objetivo 
Analisar as Vantagens e Desvantagens do Prontuário Eletrônico do Paciente 
e seus Aspectos Éticos e de Segurança. 
 
 
Método 
O presente estudo trata-se de uma Revisão Bibliográfica da Literatura. Para a 
elaboração da presente revisão as seguintes etapas foram percorridas: 
estabelecimento da hipótese e objetivos da revisão; estabelecimento de critérios de 
inclusão e exclusão de artigos (seleção da amostra); definição das informações a 
serem extraídas dos artigos selecionados; análise dos resultados; discussão e 
apresentação dos resultados e a última etapa consistiu na apresentação da revisão.
 Para o levantamento bibliográfico, foram utilizados os seguintes descritores: 
“Prontuário Eletrônico”, “Ética”, “Segurança”, “Sistemas Computadorizados de 
Registro Médicos”, “Informática Médica, Sistema de informação”, “Registro Médicos”, 
“Registro Eletrônico de Saúde e Segurança Computacional”. 
Foram incluídos artigos sobre Vantagens e Desvantagens do Prontuário 
Eletrônico do Paciente e seus Aspectos Éticos e de Seguranças em periódicos no 
Brasil, nos anos entre 2007 e 2016, no idioma português. Foram excluídos artigos de 
revisão e experimentais. 
A pesquisa foi realizada na base de dados Lilacs (Literatura Latino-Americana 
e do Caribe em Ciências da Saúde), Scielo (Scientific Electronic Library Online) e 
Google Acadêmico (scholar.google.com.br). 
Foram encontrados 111 artigos no idioma Português, 47 em Espanhol e 17 
em Inglês. Após a seleção dos artigos por meio de seus resumos, foi realizada 
leitura crítica e análise dos dados e os resultados descritos em uma tabela. 
Resultados 
Após busca nas bases de dados, foram encontrados 7 artigos que estão de 
acordo com os critérios estabelecidos neste estudo, e está apresentado na Tabela 1. 
Tabela 1 - Artigos identificados no LILACS, SCIELO e Google Acadêmico sobre Vantagens e 
Desvantagens do Prontuário Eletrônico do Paciente e seus Aspectos Éticos e de Segurança. 
Título do 
Artigo/Referência 
Resultados Conclusão 
Brochetto et al. Prontuário 
eletrônico do paciente 
(PEP): análise em hospital 
da serra gaúcha (RS). 2015 
(1). 
Implantar o PEP no hospital em 
questão traria muitos benefícios, uma 
vez que a facilidade de acesso e 
compartilhamento de informações leva 
a uma agilização na prestação da 
assistência, na medida em que 
permite acessar informações sobre o 
Em suma, para se alcançar todas as vantagens 
do Prontuário Eletrônico do Paciente, ainda há 
que se solucionarem muitos dos problemas 
éticos, legais e técnicos. Vale ressaltar que os 
obstáculos dos processos, tais como: 
legislação, a priorização da confiabilidade e 
privacidade, falta de identificação de forma 
paciente de forma rápida possibilita 
troca de informações entre médicos e 
entre médico e paciente. 
unívoca dos pacientes - superam as 
dificuldades tecnológicas do processo em si, 
pois estas têm sido tratadas de forma individual 
por iniciativas privadas. 
Martins et al. Vantagens e 
desvantagens do prontuário 
eletrônico para instituição 
de saúde. 2014 (2). 
Na área da saúde, especificamente a 
informática tem contribuído de forma 
significativa, proporcionando 
resultados favoráveis para 
profissionais da saúde, usuários e 
gestão 
Pode-se concluir que, embora haja 
necessidade de um grande investimento inicial 
na implantação do prontuário eletrônico, no 
decorrer do tempo a implantação do PEP pode 
se traduzir em vantagens para a gestão 
hospitalar. 
Pereira et al. Segurança da 
Informação em Saúde: 
Prontuário Eletrônico do 
Paciente. 2012(3). 
Para que os benefícios sejam 
atingidos, o sistema precisa garantir a 
segurança das informações mantidas 
e fornecidas por ele. A falta dessa 
segurança pode levar a 
consequências graves, como 
processos judiciais e indução a erros 
médicos. 
Para que os benefícios sejam atingidos, o 
sistema precisa garantir a segurança das 
informações mantidas e fornecidas por ele. A 
falta dessa segurança pode levar a 
consequências graves, como processos 
judiciais e indução a erros médicos. 
 Namorato et al. A utilização 
do prontuário eletrônico do 
paciente por médicos do 
Hospital Municipal Dr. Munir 
Rafful: um estudo de caso.2013 (4). 
A maior parte dos entrevistados utiliza 
o Prontuário Eletrônico do Paciente 
(70%), sendo a maioria em hospitais 
ou consultórios particulares. A 
facilidade de leitura foi à principal 
vantagem apontada pelos médicos 
(67%) e as falhas no sistema a 
principal desvantagem (78%). Embora 
os médicos tenham apontado 
desvantagens em relação ao sistema, 
a maioria deles (95%) faria a opção 
pelo PEP. 
O funcionamento do Prontuário Eletrônico do 
Paciente e suas potencialidades, ainda são 
fonte de dúvidas para a maior parte dos 
médicos do hospital em questão. 
Dall’asta et al. Prontuários 
Eletrônicos e Privacidade 
de Informação na Ciência 
Médica. 2015(5) 
Junto a isso se comenta a maneira 
como, muitas vezes, as informações 
reveladas mediante a 
confidencialidade que se estabelece 
numa relação clínica, são usadas de 
forma inapropriada causando 
constrangimento e danos aos usuários 
dos sistemas de saúde e, 
consequentemente, aos profissionais 
que se dedicam a esses pacientes. 
Assim conclui-se que o uso destas tecnologias, 
no âmbito da saúde, auxilia o trabalho destes 
profissionais, no entanto elas ainda requerem 
um melhor sistema de segurança para a 
manutenção do sigilo médico paciente. 
Magnagngno. Mecanismos 
de proteção da privacidade 
das informações de 
prontuário eletrônico de 
pacientes de instituições de 
saúde. 2015(6). 
O resultado final foi à localização dos 
documentos Regulatórios e 
Normativos que são pertinentes à 
Segurança da Informação, a 
identificação dos mecanismos que os 
hospitais pesquisados utilizam para a 
Segurança da Informação e a 
classificação dos 50 mecanismos de 
privacidade da informação 
identificados, que os hospitais possam 
adotar. 
Chegando-se a conclusão que os mecanismos 
mais citados são os processos em relação à 
salvaguarda e os Mecanismos de 
Relacionamento em relação à conscientização 
dos colaboradores, o que se nos comprovou os 
Estudos de Caso, pois os dois hospitais 
possuem todos os mecanismos localizados nos 
Documentos Regulatórios e Normativos, mas 
isso ainda não é o suficiente, uma vez que nos 
dois casos ainda ocorrem incidentes com a 
informação. 
Patricio et al. O prontuário 
eletrônico do paciente no 
sistema de saúde brasileiro: 
uma realidade para os 
médicos. 2011 (7). 
O prontuário eletrônico pode otimizar o 
trabalho médico, pois permite o 
acesso mais veloz às informações do 
paciente e a documentação dos 
atendimentos prestados ao longo da 
vida; também proporciona legibilidade 
dos dados e integração com outros 
sistemas de informação. No entanto, 
também são relatadas dificuldades 
para sua implementação, 
Apesar das dificuldades relatadas, acredita-se 
que é de suma importância a criação de 
sistemas de informação que incluam o 
Prontuário Eletrônico do Paciente no âmbito do 
sistema de saúde brasileiro, a fim de identificar 
os usuários, facilitar a gestão dos serviços, a 
comunicação, o compartilhamento das 
informações e, o mais importante, melhorar a 
qualidade da assistência prestada à população. 
principalmente no que se refere aos 
aspectos éticos, à falta de 
padronização entre os sistemas e ao 
manuseio dos softwares. 
 
Discussão 
 A área da saúde tem incorporado ao seu ambiente novas formas de 
tecnologias da informação sendo uma delas a adoção do PEP, onde todo e qualquer 
procedimento realizado no paciente-cliente deverá ser registrado. Nesse primeiro 
momento analisaremos as vantagens e desvantagens relacionadas ao PEP. 
Para os autores (1,2,3,4,6), a utilização do PEP apresentam inúmeras vantagens e 
possibilidades, tais como: acesso mais veloz ao histórico de saúde e às intervenções 
às quais o paciente foi submetido; disponibilidade remota; uso simultâneo por 
diversos serviços e profissionais de saúde; flexibilidade do layout dos dados; 
legibilidade absoluta das informações; eliminação da redundância de dados e de 
pedidos de exames complementares; fim da redigitação das informações; integração 
com outros sistemas de informação; processamento contínuo dos dados, deixando-
os imediatamente disponíveis para todos os profissionais envolvidos no cuidado ao 
paciente; informações organizadas de forma mais sistemática; facilidade na coleta 
dos dados para emissão de relatórios, seja para pesquisa ou faturamento; acesso ao 
conhecimento atualizado com consequente melhoria do processo de tomada de 
decisão e da efetividade do cuidado. 
A mesma literatura de acordo com os autores citados anteriormente (1,2,3,4,6) 
registram desvantagens em relação ao uso do prontuário eletrônico, como: 
necessidade de grandes investimentos em hardwares, softwares e treinamentos dos 
usuários; resistência dos profissionais de saúde ao uso de sistemas informatizados; 
receio dos profissionais em expor suas condutas clínicas, uma vez que o PEP pode 
ser visualizado por outros colegas; demora em obter reais resultados da implantação 
do PEP; o sistema pode ficar inoperante por horas ou dias, tornando as informações 
indisponíveis; dificuldade para coleta de todos os dados obrigatórios; seu uso e 
acesso indevidos podem colocar a questão da confiabilidade e segurança das 
informações do paciente em risco. 
Todavia, alguns doutrinadores elucidam como desvantagens de o prontuário 
eletrônico ter que manterem-se os prontuários em papel para fins legais, pois a 
ausência de uma definição jurídica para documento eletrônico obriga a ter esta 
precaução (1). 
Com base nos requisitos desejáveis em um PEP, observa-se a necessidade de 
cuidados com a Segurança da Informação, os quais devem observar os preceitos 
éticos e legais, sendo que os requisitos relacionados à privacidade, 
confidencialidade e segurança são as fundamentais em sistema PEP (3). 
Em relação aos aspectos éticos e de segurança do PEP, podemos destacar 
dois pontos importantes a privacidade e a confidencialidade da informação. 
 A confidencialidade e a privacidade estão diretamente relacionadas, pois 
privacidade é sinônimo de segredo, é uma responsabilidade da equipe de saúde, 
onde o paciente determina o que pode e o que não pode ser compartilhado. Já a 
confidencialidade é a garantia de que estas informações não serão reveladas sem a 
autorização prévia da pessoa, ou seja, é o “princípio da confidencialidade das 
informações que gera no profissional o dever ético e legal de resguardá-las. Por 
isso, tanto legal quanto eticamente, privacidade se refere ao limite de acesso de 
terceiros ao corpo ou mente de alguém, seja através de contato físico ou da 
revelação de pensamentos ou sentimentos (5). 
Ao tratar de privacidade da informação na área da saúde, em virtude do acesso 
de muitas pessoas às informações do paciente contidas no prontuário eletrônico, o 
assunto ganha uma maior relevância, uma vez que o vazamento dessas 
informações pode ser muito impactante para o paciente, para seus familiares e 
também para as instituições de saúde. Os danos causados podem ser irreversíveis 
(6). 
A Segurança de Informação é a proteção dos ativos de informação de uma 
organização contra a perda, vazamento indevido ou alterações (6). 
Pereira(3) e Magnagngno(6) destacam que é necessário que cada serviço de 
saúde elabore seu planejamento estratégico de implantação e utilização do sistema 
PEP, incluindo seu plano diretor de Segurança das Informações, de forma a garantir 
a confidencialidade, punindo infratores, na maioria dos casos de quebra da 
confidencialidade dos dados do paciente é realizada pelos próprios profissionais da 
instituição, mas, por outro lado, tornando a informação disponível quando esta for 
necessária, além disso segundo Magnagngno(6) a segurança da informação é 
alcançada a partir da adoção de uma série de controles, que podem ser políticas, 
práticas, procedimentos, estruturas organizacionais ou ainda funções de software. 
A segurança da informação está suportada pelos princípios básicos de: 
· Integridade: processo de assegurar que recursos ou dados nãosejam 
alterados por entidades não autorizadas; 
· Confidencialidade: necessidade de proteger informações sensíveis de forma a 
não serem vistas indiscriminadamente; 
· Disponibilidade: disponibilidade de acesso ao sistema para usuários 
autorizados; 
· Autenticação: processo pelo qual a identidade de uma pessoa possa ser 
verificada; 
· Autorização: associar uma identidade a uma lista de direitos, privilégios, ou 
áreas de acesso; 
· Não repudiação (ou Legalidade): quando alguém não pode negar a 
autenticidade de um documento, a sua assinatura ou o seu envio; 
· Auditoria: processo de assegurar que a atividade de um usuário possa ser 
devidamente registrada e revista para detectar eventos suspeitos (5). 
E também pelos mecanismos que objetivam a segurança dos PEP como: 
· Controle de acesso por login e Senha: a autenticação inclui a validação de 
senha do usuário, proibição de acesso a usuários suspensos, solicitação automática 
de mudança de senha caso esteja expirada, bloqueio de usuários que excederam o 
número (configurado) de tentativas de acesso sem sucesso, utilização de um 
número mínimo de caracteres para a senha, etc. 
· Certificados Digitais: São documentos eletrônicos que utilizam duas chaves, 
uma pública de conhecimento geral, e outra privada, que deve ser mantida em sigilo 
pelo titular do certificado. 
· Biometria: é a ciência que estuda a identificação baseada na medição de 
traços biológicos, através de: reconhecimento de voz e de íris, verificação de 
assinatura manuscrita, reconhecimento da geometria da mão, 
reconhecimento de impressão digital, reconhecimento de face, reconhecimento da 
dinâmica de digitação, etc. 
· Firewall: (parede de fogo): com um firewall pode-se filtrar o que se desejar 
que saia ou entre numa determinada rede; funciona como um sistema que controla e 
permite acesso de fora para dentro e vice-versa, somente a usuários autorizados 
evitando acessos indevidos, mesmo que estes acessos sejam internos da rede. 
· Políticas e Práticas: liberar ou bloquear o acesso ao PEP – ao mesmo tempo 
que a informação deve estar segura, ela também não deve sofrer restrições 
excessivas de acesso que possam comprometer a utilização legítima do sistema. 
· Backups e Log de auditoria: backup dos dados ou arquivos são feitos 
normalmente em fitas, discos rígidos externos ou mesmo disquetes. Os registros de 
Log funcionam como um histórico de acessos a um determinado servidor de 
arquivos ou a um único arquivo. Os Logs de Auditoria são as análises periódicas 
sobre estes arquivos com o intuito de fiscalizar acessos indevidos ou atividades que 
comprometam a integridade dos dados ou do próprio servidor (5). 
A tecnologia é necessária para garantir a Segurança da Informação, mas ela 
depende também do comportamento do indivíduo no aspecto de segurança (6). 
Porém para se alcançar todas as vantagens do Prontuário Eletrônico do 
Paciente, ainda há que se solucionar muitos dos problemas éticos, legais e técnicos 
(5). 
Conclusões 
O Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) é considerado uma tecnologia que 
beneficia a informação utilizada na área da saúde, consentindo que todas as 
informações inerentes aos pacientes sejam armazenadas eletronicamente e 
segundo Martins (2) promove um atendimento seguro, eficiente e rápido para o 
paciente. 
A tecnologia PEP apresenta várias vantagens que se sobressaem e superam 
as desvantagens e favorecem sua adoção pelas instituições de saúde, essa 
evidencia aparece na maioria das literaturas que abordam o tema. 
Uma das desvantagens apresentadas é a resistência dos profissionais da 
saúde é preciso que esses profissionais entendam que essa ferramenta veio para 
somar, facilitar e melhorar o trabalho dos mesmos é necessário que essa resistência 
em relação a tecnologia seja superada ocorrendo para isso uma mudança de 
paradigmas por partes desses profissionais. 
Há necessidade que sejam solucionados problemas como os de questão 
éticas e de segurança da informação, a criação de uma legislação especifica para 
documentos em formato eletrônico para garantir a privacidade e a confidencialidade 
da informação. 
Sendo assim fica claro que cada instituição de saúde deve adotar 
mecanismos que venham garantir a privacidade e a confidencialidade das 
informações, adotando estratégias desde a implantação até a utilização do sistema. 
Referências 
1. Brochetto AD, Dos Reis ZC, Ganzer PP, Nodari CH, Caliari RB. De Mello CBC, Prodanov CC, Olea 
PM, Dorion CH. Prontuário eletrônico do paciente (PEP): análise em hospital da serra gaúcha 
(RS). Revista Eletrônica Gestão & Saúde.2015;6.2053-2074. 
2. Martins C, Lima SM. Vantagens e desvantagens do prontuário eletrônico para instituição de saúde. 
Rev. adm. Saúde.2014;16(63):61-66. 
3. Pereira SR, Paiva PB. Segurança da Informação em Saúde: Prontuário Eletrônico do Paciente. In: 
CONTECSI-International Conference on Information Systems and Technology 
Management.2012;9(1):2403-2429. 
4. Namorato L, Neto AJC, Guarani FV, Braga POl, Lustosa SAS. A utilização do prontuário eletrônico 
do paciente por médicos do Hospital Municipal Dr. Munir Rafful: um estudo de caso. Journal of. 
Health Informatics.2013;5(2):39-43. 
5. Dall’asta HB, Do Mar SM, Magnagnagno OA. Prontuários Eletrônicos e Privacidade de Informação 
na Ciência Médica. Revista Thêma et Scientia–Vol.2015;5(2): 67. 
6. Magnagngno OA. Mecanismos de proteção da privacidade das informações de prontuário eletrônico 
de pacientes de instituições de saúde. Dissertação (mestrado) Pontifícia Universidade Católica do 
Rio Grande do Sul. Porto Alegre.2015. 
7. Patricio CM, Maia MM, Machiavelli JL, Navaes AN. O prontuário eletrônico do paciente no sistema 
de saúde brasileiro: uma realidade para os médicos. Scient. Medica.2011;21(3):121-31. 
8. Rosario MS. A segurança das informações em saúde sob responsabilidade do DATASUS: 
Uma Análise com enfoque na Privacidade e na Confidencialidade. 2010. In: LILACS; ID: lil-440833. 
9. Fabbro LS. A disciplina legal do prontuário médico: [editorial]. Sci. Med.2011:21(3). 
10.Pêgo-Fernandes PM, Werebe E. Prontuário eletrônico do paciente: algumas pegadas em direção 
ao futuro. Diagnóstico e Tratamento.2010;15(4):159-161.

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