Buscar

Fichamento tema competência CPC

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FICHAMENTO LIVRO: Direito Processual Civil Esquematizado / Marcus 
Vinicius Rios Gonçalves; 6. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2016, Capítulo 3. 
Competência, páginas 163 a 211. 
 
O presente fichamento primazia compreender a que se destina a competência 
no âmbito do processo civil e os impactos em decorrência da não observância dos 
critérios processuais, objetivando compreender a dinâmica da fixação da 
competência no âmbito do processo civil brasileiro. 
Os temas abordados, como solicitado serão: Competência e Jurisdição 
brasileira. Jurisdição estrangeira, cooperação internacional. Competência interna. 
Competência, foro e juízo. Competência absoluta e relativa – aspectos. Critérios 
para fixação da competência. 
Neste liame, em busca de expandir nossos conhecimentos sobre 
competência, analisaremos os dizeres de Marcus Vinicius Rios Gonçalves em Direito 
Processual Civil Esquematizado1 sob as orientações de Pedro Lenza; combinados 
com fundamentos previstos no Código de Processo Civil, Constituição Federal, 
anotações e explicações dadas em aulas nas disciplinas de Teoria Geral do 
Processo (3º semestre) e Direito Processual Civil I e II (4º e 5º semestre), 
ministradas pela excelentíssima Renata Maldonado. 
Para introduzir a temática, faz-se necessário entender a conceituação de 
competência. Para tanto, contamos com a ajuda de Misael Montenegro Filho2: 
A competência consiste no fracionamento da jurisdição, resultando na 
atribuição de poder (que também é um dever) a um órgão do Poder 
Judiciário, para que solucione determinado(s) conflito(s) de interesses. 
Todos os órgãos do Poder Judiciário (listados no art. 92 da CF) são 
 
1
 Capitulo Competência, páginas 163 a 211. 
2
 Misael Montenegro Filho: bacharel em Direito, formado pela faculdade de Direito da Universidade 
Federal de Pernambuco, no ano de 1993. Autor de diversos livros jurídicos, destacando-se, os 
relacionados a Direito Processual Civil, publicados pela Editora Método. Membro do IBDP - Instituto 
Brasileiro de Direito Processual. (MONTENEGRO FILHO, 2020). 
 
 
 
 
 
 
DIREITO 
Direito Internacional Privado 1º Bimestre 1º Semestre 
Profa. Ma.Renata Maldonado Silveira Romão Avaliação 1 
Nome (1): LUKAS RAFAEL MARTINS DA SILVA 
Nome (2): RENATA DUARTE DOS SANTOS 
Data: 18/04/2020 Período: 5º Nota: 
investidos de jurisdição, mas apenas um é competente no caso concreto. 
(MONTENEGRO FILHO, 2018, p. 64, negrito do original)
3
. 
Apresentado o conceito, podemos compreender que a competência é uma 
maneira de organização do sistema judiciário, primando garantir a eficácia e 
eficiência da resolução da lide. 
A importância do tema é acentuar a ligação entre a competência e a 
jurisdição. 
Sobre a questão de jurisdição, cada país tem a sua, como prevê o Princípio 
da Soberania.4 Compete às leis estabelecer o limite de sua jurisdição, pois não há 
um organismo universal, que distinga o que cada país pode julgar e o que não pode. 
O Brasil, assim como outros Estados não possuem meios de coerção para impor o 
cumprimento de suas decisões fora do território nacional. 
As sentenças estrangeiras não podem ter força coativa entre nós, nem 
produzir efeitos, senão depois que houver manifestação da autoridade judiciária 
brasileira, permitindo o seu cumprimento. Cumpre ao legislador definir aquilo que, 
vindo do exterior, pode ou não ser reconhecido pela justiça brasileira. 
O mecanismo pelo qual a autoridade brasileira outorga eficácia à sentença 
estrangeira, fazendo com que ela possa ser executada no Brasil, denomina-se 
homologação de sentença estrangeira, que hoje é da competência do Superior 
Tribunal de Justiça. 
Sem a homologação, a sentença estrangeira é absolutamente ineficaz, 
mesmo que tenha transitado em julgado no exterior. Não pode ser executada no 
Brasil, não induz litispendência, nem coisa julgada, ou seja, somente após a 
homologação se tornará eficaz (arts. 960 e ss. do CPC). 
O procedimento da homologação, regulado pela Resolução n. 9/2005 do STJ, 
é relativamente simples: apresentado o pedido, dirigido ao Presidente do STJ, este 
mandará citar os interessados, por carta de ordem, quando domiciliados no Brasil; 
carta rogatória, quando no exterior; ou por edital, quando em local ignorado ou 
inacessível; o pedido poderá ser contestado no prazo de quinze dias. Porém, o STJ 
não tem poder para modificar sentença estrangeira, cabendo à parte apenas 
 
3
 MONTENEGRO FILHO, Misael. Processo civil sintetizado / Misael Montenegro Filho. – 15. ed., 
rev. e atual. – São Paulo: Forense, 2018. p. 64. 
 
4
 A soberania de um país, em linhas gerais, diz respeito à sua autonomia dentro de seu território, 
como poder de decisão dentro de seu respectivo território nacional. 
impugnar a autenticidade do documento, preenchimento dos requisitos para o 
acolhimento do pedido ou a interpretação da decisão estrangeira. 
O CPC diz apenas dos casos de jurisdição nacional, permitindo apurar, por 
exclusão, as que não são. 
A autoridade judiciária brasileira tem jurisdição concorrente quando: Um ou 
mais réu(s), qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver DOMICILIADO no 
Brasil, ou seja, a pessoa jurídica estrangeira que aqui tiver agência, filial ou 
sucursal; tiver obrigação a ser cumprida no Brasil, esta se trata de hipótese relevante 
para o direito contratual; a ação que se originar de fato ocorrido ou de ato praticado 
no Brasil; ações de alimentos, quando o credor tiver domicílio ou residência no Brasil 
ou o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, 
recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos; e a de processar e 
julgar as ações decorrentes de relação de consumo, quando o consumidor tiver 
domicílio ou residência no Brasil e em que as partes, expressamente ou tacitamente, 
se submeterem à jurisdição nacional. 
O art. 23 enumera três hipóteses de jurisdição exclusiva, as quais uma 
sentença estrangeira que verse sobre qualquer deles estará fadada a ser 
permanentemente ineficaz no Brasil, já que nunca poderá ser homologada. 
As hipóteses são: ações relativas a imóveis situados no Brasil; matéria de 
sucessão hereditária, a confirmação de testamento particular e o inventário e partilha 
de bens situados no Brasil (a doutrina não distingue entre bens móveis ou 
imóveis); ações de divórcio, separação judicial ou de dissolução de união estável, 
quando se proceder à partilha de bens situados no Brasil. 
Casos que não serão examinados pela justiça brasileira são apurados por 
exclusão. Os arts. 21 a 23 tem caráter taxativo, as causas de jurisdição da justiça 
brasileira. O que não se incluir em tais dispositivos não poderá ser aqui processado 
e examinado. Proposta ação que verse sobre tais assuntos, o processo haverá de 
ser extinto sem resolução de mérito, por falta de jurisdição da justiça brasileira 
para conhecê-lo. 
Sobre a Cooperação internacional, o CPC não apresenta um regramento 
detalhado e minucioso dos procedimentos pelos quais a cooperação se fará, mas 
introduz as linhas gerais, as regras fundamentais que deverão ser observadas. 
Todos os fundamentos estão previstos nos artigos 26 a 36. 
A cooperação deverá observar determinados requisitos, de caráter geral, 
estabelecidos no CPC. São eles: I — o respeito às garantias do devido processo 
legal no Estado requerente; II — a igualdade de tratamento entre nacionais e 
estrangeiros, residentes ou não no Brasil, em relação ao acesso à justiça e à 
tramitação dos processos, assegurando-se assistência judiciária aos necessitados; 
III — a publicidade processual, exceto nas hipóteses de sigilo previstas na legislação 
brasileira ou do Estado requerente; IV — a existência de autoridade central para 
recepção e transmissão dos pedidos de cooperação; V — a espontaneidade na 
transmissão de informações à autoridade estrangeira (art. 26e incisos). 
A CF/88 trata do Poder Judiciário nos arts. 92 a 126, a qual indica, portanto, 
quais são os órgãos judiciários, lhes definindo a competência. 
Ao Poder Judiciário cabe o exercício da função jurisdicional. A CF, ao 
formular a estrutura do Judiciário, estabelece a distinção entre a justiça comum e as 
especiais: a trabalhista, tratada no art. 111; a eleitoral, nos arts. 118 e ss.; e a 
militar, no art. 122. A competência das justiças especiais é apurada de acordo 
com a matéria discutida (ratione materiae). A das justiças comuns é supletiva: 
abrange todas as causas que não forem de competência das especiais. 
Sobrepairando aos órgãos de primeiro e segundo graus de jurisdição, tanto 
estaduais como federais, há o Superior Tribunal de Justiça, criado pela CF de 
1988 (arts. 104 e ss.), cuja função precípua é resguardar a lei federal 
infraconstitucional. E, sobre todos, o Supremo Tribunal Federal, guardião 
máximo da Constituição Federal, cuja competência é estabelecida no seu art. 102. 
Foro indica a base territorial sobre a qual determinado órgão judiciário 
exerce a sua competência. Tribunais Superiores têm foro sobre todo o território 
nacional; os TJ, sobre os Estados em que estão instalados; e os TRF, sobre toda a 
região que lhes é afeta, o que normalmente abrange mais de um Estado da 
Federação. Foro é designação utilizada como sinônimo de comarca. 
Com foro não se confundem os juízos, unidades judiciárias, integradas pelo 
juiz e seus auxiliares. Na justiça comum estadual, o conceito de juízo coincide 
com o das varas. Uma comarca pode ter numerosas varas, isto é, diversos juízos. 
O CPC e a CF regulamentam as regras de como identificar se determinada 
demanda deve ser proposta perante a justiça comum, estadual ou federal, ou 
perante as especiais. Por meio das regras do CPC, o interessado identificará em 
que foro a sua demanda correrá. Em conclusão, para apurar onde determinada 
demanda deve ocorrer, será indispensável consultar: a CF, certificando-se que se 
trata de competência originária dos Tribunais Superiores, bem como para identificar 
se a competência é de alguma das justiças especiais, da Justiça Federal comum ou 
da Justiça Estadual comum; a lei federal (em regra, o CPC ou eventual legislação 
específica, para determinadas ações), para apurar o foro competente; a lei estadual 
de organização judiciária, quando for necessário, dentro de determinado foro, 
apurar qual o juízo competente. 
As regras gerais de competência, podem ser divididas em duas categorias: as 
absolutas e as relativas. 
Absoluta: jamais pode ser modificada, pois é determinada de acordo com o 
interesse público, assim não é plausível de mudança pelas circunstâncias 
processuais ou vontade das partes (ratione materiae, ratione personae). 
Relativa: diz respeito ao interesse privado, ela é fixada de acordo com 
critérios em razão do valor da causa, em razão da territorialidade. 
Somente a incompetência absoluta pode ser reconhecida pelo juiz de 
ofício. A relativa não pode (Súmula 33, do Superior Tribunal de Justiça), 
ressalvada a hipótese do art. 63, § 3º, do CPC. 
Reconhecida a incompetência absoluta, o juiz deve remeter os autos ao 
juízo competente, sendo nulos os atos decisórios praticados até então. Mesmo 
que a sentença transite em julgado, a incompetência absoluta ensejará o 
ajuizamento de ação rescisória. 
A incompetência relativa também deve ser arguida como preliminar em 
contestação (art. 337, II), mas sob pena de preclusão. Não sendo matéria de ordem 
pública, o juízo não pode reconhecê-la de ofício. Ou o réu alega e o juiz a 
reconhece, determinando a remessa dos autos para o juízo competente, ou não, e a 
matéria preclui. A incompetência relativa jamais gerará nulidade da sentença, 
nem ação rescisória, já que, não invocada no momento oportuno, haverá a 
prorrogação de competência. 
 
A perpetuação de competência ou Perpetuatio jurisdictionis, previstas no 
art. 43 do CPC. O processo é uma sucessão de atos que se desenvolvem no tempo. 
Do início ao fim, podem durar muitos anos, nos quais haverá uma série de 
alterações fáticas. A regra formulada pelo art. 43 não deixa dúvidas: a competência 
é determinada no momento do registro ou distribuição da petição inicial, sendo 
irrelevantes as alterações posteriores do estado de fato ou de direito, salvo se 
suprimirem o órgão jurisdicional ou alterarem a competência absoluta. 
Havendo o desmembramento da comarca originária em duas comarcas, o 
entendimento é que deve prevalecer a perpetuação de competência, 
permanecendo os processos em andamento na comarca originária. 
Extrai-se o (i) critério objetivo ou do valor da causa (competência por valor) ou 
da natureza da causa (competência por matéria); O (ii) critério funcional extrai-se da 
natureza especial e das exigências especiais das funções que se chama o 
magistrado a exercer num processo; O (iii) critério territorial relaciona-se com a 
circunscrição territorial designada à atividade de cada órgão jurisdicional. Art. 62 e 
63, CPC. 
Sobre o critério objetivo, ele é adotado quando a competência for 
determinada pelo valor atribuído à causa, ou pela matéria que será discutida no 
processo. A matéria e o valor da causa não se prestam para apurar em que foro 
(comarca) uma demanda deve ser proposta; mas para apontar que juízo, dentro de 
uma comarca, será o competente. 
O critério funcional, abrange a competência hierárquica, que identifica a 
competência dos tribunais, seja para o julgamento dos recursos, seja para o 
julgamento de causas de sua competência originária; e os casos em que a demanda 
deve ser distribuída a determinado juízo, em razão de manter ligação com outro 
processo, anteriormente distribuído a esse mesmo juízo. 
A Competência territorial, é utilizada pelo CPC, para a indicação do foro; e 
pelas Leis de Organização Judiciária, para a indicação do juízo competente. 
Leva em conta a localização territorial, seja do domicílio dos litigantes, seja 
da situação do imóvel que é disputado por eles. No CPC, dois exemplos de 
utilização do critério territorial são os arts. 46 e 47: o primeiro determina que a 
competência para o julgamento das ações pessoais e reais sobre bens móveis é a 
do foro de domicílio do réu; e o segundo, que o competente para o julgamento das 
ações reais sobre bens imóveis é foro de situação da coisa. 
Esta divisão sugerida por Chiovenda (e adotada, em parte, no CPC) de 
tripartição dos critérios de competência em objetivo, funcional e territorial não 
esgota todos os fatores que devem ser levados em conta para a apuração do juízo 
em que determinada demanda deve ser proposta. Como a qualidade das pessoas 
que participam do processo e os fundamentos em que se embasa o pedido. 
É fundamental identificar se uma norma de competência é cogente (absoluta) 
ou dispositiva (relativa), porque disso advirão consequências. Para saber em que 
juízo uma demanda deve ser proposta, verificamos que é indispensável consultar a 
seguinte legislação: a Constituição Federal, as leis federais, as leis de organização 
judiciária e eventualmente a Constituição dos Estados.

Outros materiais