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07 - RECURSOS AO STF E AO STJ

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Processo Civil
Recursos ao STF e ao STJ
· Recurso Ordinário Constitucional:
· Introdução:
Previsto como recurso pelo Art. 994, V, do CPC, possui suas hipóteses previstas pelos arts. 102, II, e 105, II, da CRFB/88 e pelo art. 1.027 do CPC. 
Neste recurso, os Tribunais Superiores atuam como órgão de 2º grau de jurisdição, em atenção ao princípio do duplo grau de jurisdição. 
Embora a competência recursal do STF e do STJ seja associada aos Recursos Extraordinários e Especial, o recurso ordinário constitucional não se confunde com eles, possuindo as seguintes distinções:
· Não há fundamentação vinculada no recurso ordinário;
· Não há exigência de prequestionamento no recurso ordinário;
· A devolução do recurso ordinário é ampla, abrange tanto a matéria de direito (constitucional, federal e local), quanto matéria de fato. 
A doutrina entende que o recurso é parecido com a Apelação. Todavia, é necessário ressaltar algumas diferenças:
· Não cabe recurso adesivo ao recurso ordinário constitucional;
· Não cabe a técnica de julgamento que substitui o recurso de embargos infringentes prevista no art. 942 do CPC;
· O procedimento perante o órgão julgador do recurso é diferente, seguindo a Apelação o CPC e o recurso ordinário constitucional o Regimento Interno do Tribunal Superior. 
· Cabimento:
Art. 1.027. Serão julgados em recurso ordinário:
I - pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de injunção decididos em única instância pelos tribunais superiores, quando denegatória a decisão;
II - pelo Superior Tribunal de Justiça:
a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
b) os processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.
§ 1º Nos processos referidos no inciso II, alínea “b”, contra as decisões interlocutórias caberá agravo de instrumento dirigido ao Superior Tribunal de Justiça, nas hipóteses do art. 1.015 .
§ 2º Aplica-se ao recurso ordinário o disposto nos arts. 1.013, § 3º , e 1.029, § 5º .
Art. 1.028. Ao recurso mencionado no art. 1.027, inciso II, alínea “b”, aplicam-se, quanto aos requisitos de admissibilidade e ao procedimento, as disposições relativas à apelação e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça.
§ 1º Na hipótese do art. 1.027, § 1º , aplicam-se as disposições relativas ao agravo de instrumento e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça.
§ 2º O recurso previsto no art. 1.027, incisos I e II, alínea “a”, deve ser interposto perante o tribunal de origem, cabendo ao seu presidente ou vice-presidente determinar a intimação do recorrido para, em 15 (quinze) dias, apresentar as contrarrazões.
§ 3º Findo o prazo referido no § 2º, os autos serão remetidos ao respectivo tribunal superior, independentemente de juízo de admissibilidade.
a) Processos internacionais: Conforme art. 1.027, II, B, caberá recurso ordinário constitucional contra sentença proferida em processo em que forem partes, de um lado, organismo internacional/Estado estrangeiro e de outro Município brasileiro ou pessoa residente/domiciliada no Brasil. 
Neste caso, a demanda segue o 1º grau de jurisdição na justiça federal[footnoteRef:1] e, após, a sentença (independente de qual natureza tenha) será cabível recurso ordinário ao STJ. [1: Se for União/Estado x Estado estrangeiro e entidade internacional, a competência originária é do STF, na forma do art. 102, I, “e” da CRFB/88.] 
Segundo o §1º, o STJ também possui competência para julgar eventual agravo de instrumento nessas demandas. Assim, o TRF não detém qualquer competência recursal neste caso. 
b) Recurso ordinário em mandado de segurança: 
1. STF: Art. 1.027, I, CPC.
2. STJ: Art. 1.027, II, “a”, CPC. 
O mandado de Segurança deve ser de competência originária do tribunal que proferiu a decisão, sendo essa decisão necessariamente colegiada. 
Eventual decisão que julga mandado de segurança em sede recursal não é recorrível por recurso ordinário, mas por recurso especial/extraordinário.
Também se admite recurso ordinário contra acórdão que decide agravo interno interposto contra decisão monocrática que denegou o mandado de segurança de competência originária do tribunal. 
No caso de denegação monocrática, deve-se interpor agravo interno para só então, mantida a denegação, interpor recurso ordinário constitucional ao STJ. 
c) Recurso ordinário em habeas data e mandado de injunção:
São aplicáveis as mesmas anotações feitas ao MS. 
A única anotação é a competência exclusiva do STF.
1. STF: Habeas data e os mandados de injunção decididos em única instância pelos tribunais superiores, quando denegatória a decisão. Assim, HD e MI somente serão recorríveis por RO se a decisão for proferida em única instância por Tribunal Superior. 
2. STJ: não tem competência alguma. 
· Recurso Especial:
· Introdução:
O recurso especial deve preencher todos os pressupostos gerais de admissibilidade dos demais recursos. Todavia, devido a sua especialidade, o texto constitucional trouxe pressupostos de admissibilidade específicos, sendo cumulativos (art. 105, III, caput, CF/88) e alternativos (art. 105, III, “a, “b” e “c”, da CRFB/88).
· Pressupostos cumulativos: 
a) Decisão em única instância: Sendo cabível qualquer recurso ordinário, não poderá ser utilizado o REsp. Trata-se do esgotamento das vias ordinárias. 
b) Decisão Proferida por Tribunal: TRF ou TJ. 
c) Prequestionamento: Majoritariamente, entende-se que o prequestionamento constitui a exigência de que o objeto do recurso especial já tenha sido objeto de decisão prévia por tribunais inferiores. 
Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.
· Pressupostos alternativos:
a) Decisão que contrariar ou negar vigência a tratado ou a lei federal: Exclui-se as portarias ministeriais, resoluções normativas, regimento interno dos tribunais, súmulas, normas municipais/estaduais (neste caso a decisão de segundo grau será “definitiva”). 
O STJ entende como indispensável a indicação do dispositivo legal que houver sido violado, afirmando que a ausência de indicação cria vício que impossibilidade a admissão do recurso.
b) Decisão que julgar válido ato de governo local contestado em face a lei federal: 
c) Decisão que der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal: A divergência pode ser entre: TJ x TJ; TRF x TRF; TRF x TJ; TRF e TJ x STJ. 
OBS: O STJ NÃO ADMITE COMO PARADIGMA JULGADOS DA JUSTIÇA ESPECIAL. 
Exige-se do recorrente uma comparação dos julgados, sendo comum a elaboração e tabela. 
O recorrente deve provar a existência do acórdão paradigma, na forma do art. 1.029, §1º, do CPC. 
1. Divergência já superada pelo STJ: Não será admitido o recurso neste caso.
· Recurso Extraordinário: 
· Introdução: 
O recurso extraordinário possui previsão constitucional de pressupostos genéricos e cumulativos e pressupostos específicos alternativos de admissibilidade. 
· Pressupostos cumulativos:
a) Decisão proferida em única ou última: A principal diferença com o recurso especial, posto que a decisão atacada não precisa ser necessariamente de um tribunal. Assim, embora não caiba recurso especial de decisão proferida pelo Colégio Recursal dos Juizados Especiais, caberá recurso Extraordinário. 
b) Prequestionamento: O objetivo é não permitir que o STF, no julgamento de RE, conheça de forma originária no processo a matéria alegada pelo recorrente, exigindo-se que a matéria já tenha sido objeto de apreciação e solução pelo órgão hierarquicamente inferior que proferiu a decisão recorrida. 
Aplica-se o disposto no art. 1.025 doCPC, quanto ao prequestionamento em embargos de declaração. 
Aplica-se, ainda, o art. 941, §3º, do CPC, de modo que, se apenas um desembargador enfrentar a matéria e for vencido, considerará prequestionada a matéria. 
c) Repercussão geral: A competência para a sua análise é exclusiva do STF, na forma do art. 1.035, §2º, do CPC. 
Será sempre o último requisito de admissibilidade a ser analisado, de forma que só se passa à análise da repercussão geral tendo o recurso extraordinário preenchido todos os demais requisitos genéricos e específicos de admissibilidade. 
A repercussão é tratada pelo art. 1.035 do CPC. 
Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos deste artigo.
§ 1º Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo.
§ 2º O recorrente deverá demonstrar a existência de repercussão geral para apreciação exclusiva pelo Supremo Tribunal Federal.
§ 3º Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que:
I - contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal;
II - tenha sido proferido em julgamento de casos repetitivos;
II – ( Revogado );             (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
III - tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, nos termos do art. 97 da Constituição Federal .
§ 4º O relator poderá admitir, na análise da repercussão geral, a manifestação de terceiros, subscrita por procurador habilitado, nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.
§ 5º Reconhecida a repercussão geral, o relator no Supremo Tribunal Federal determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional.
§ 6º O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal de origem, que exclua da decisão de sobrestamento e inadmita o recurso extraordinário que tenha sido interposto intempestivamente, tendo o recorrente o prazo de 5 (cinco) dias para manifestar-se sobre esse requerimento.
§ 7º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 6º caberá agravo, nos termos do art. 1.042 .
§ 7º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 6º ou que aplicar entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos caberá agravo interno.             (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
§ 8º Negada a repercussão geral, o presidente ou o vice-presidente do tribunal de origem negará seguimento aos recursos extraordinários sobrestados na origem que versem sobre matéria idêntica.
§ 9º O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida deverá ser julgado no prazo de 1 (um) ano e terá preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus.
§ 10. Não ocorrendo o julgamento no prazo de 1 (um) ano a contar do reconhecimento da repercussão geral, cessa, em todo o território nacional, a suspensão dos processos, que retomarão seu curso normal.
§ 10. ( Revogado ).             (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)
§ 11. A súmula da decisão sobre a repercussão geral constará de ata, que será publicada no diário oficial e valerá como acórdão.
· Requisitos específicos: 
a) Decisão que contrariar dispositivo constitucional: O STF NÃO ADMITE OFENSA INDIRETA/REFLEXA/OBLÍQUA À NORMA CONSTITUCIONAL, EXIGINDO QUE A OFENSA SEJA DIRETA.
1. A decisão que ofende uma norma infraconstitucional que deriva da constituição: Cabe Recurso especial. 
Ex: Necessidade de intimação do Advogado deriva do contraditório/ampla defesa. Não sendo o Advogado intimado, viola-se o CPC e, por indiretamente, à Constituição. Neste caso, considerando-se que o CPC foi diretamente violado (e a CF indiretamente), caberá recurso especial e não o extraordinário. 
Neste caso, é hipótese de aplicação da fungibilidade recursal (art. 1.033 do CPC). Sendo a norma violada estadual ou municipal, não caberá qualquer recurso aos tribunais superiores. 
b) Decisão que declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal: Refere-se à decisão em sede de controle difuso de constitucionalidade, ou seja, do controle incidental de constitucionalidade. A declaração de constitucionalidade (veja bem, o Tribunal declara que a norma é constitucional, também será recorrível via RE, mas com fundamento no item “a” (art. 102, III, “a”, da CRFB/88). 
c) Decisão que julgar válida lei ou ato do governo local contestado em face da CRFB. 
d) Decisão que julgar válida lei de governo local contestado em face de lei federal: Aqui, tem-se na verdade um conflito de competência entre a União x Estado/DF/Município. Considerando que a competência é matéria constitucional, cabe ao STF resolver. 
· Aspectos Procedimentais comuns ao RE e ao REsp
· Procedimento: 
Leitura dos artigos abaixo. 
· Efeitos dos recursos:
Merece alguns comentários:
a) Devolutivo: A devolução é apenas da matéria de direito, não sendo possível a reapreciação da matéria de fato. Todavia, as questões referentes à licitude da prova, objeto de convicção, ônus da prova, procedimento probatório etc., poderão ser objeto de recurso extraordinário ou especial, posto que embora possam causar modificação fática, são matérias de direito. 
É possível a análise da qualificação jurídica dada aos fatos. 
Também é possível a reanálise do quantum indenizatório (dano moral) quando o valor fixado por irrisório ou exorbitante. 
O efeito devolutivo é amplo, sendo devolvida TODA A MATÉRIA DE DIREITO, ainda que não pertencente ao fundamento do recurso ou que tenha sido prequestionada. 
· Revisão / Leitura de Lei Seca
CAPÍTULO VI
DOS RECURSOS PARA O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E PARA O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Seção I
Do Recurso Ordinário
Art. 1.027. Serão julgados em recurso ordinário:
I - pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de injunção decididos em única instância pelos tribunais superiores, quando denegatória a decisão;
II - pelo Superior Tribunal de Justiça:
a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
b) os processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.
§ 1º Nos processos referidos no inciso II, alínea “b”, contra as decisões interlocutórias caberá agravo de instrumento dirigido ao Superior Tribunal de Justiça, nas hipóteses do art. 1.015 .
§ 2º Aplica-se ao recurso ordinário o disposto nos arts. 1.013, § 3º , e 1.029, § 5º .
Art. 1.028. Ao recurso mencionado no art. 1.027, inciso II, alínea “b”, aplicam-se, quanto aos requisitos de admissibilidade e ao procedimento, as disposições relativas à apelação e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça.
§ 1º Na hipótese do art. 1.027, § 1º , aplicam-se as disposições relativas ao agravo de instrumento e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça.
§ 2º O recurso previsto no art. 1.027, incisos I e II, alínea “a”, deve ser interposto perante o tribunal de origem, cabendo ao seu presidente ou vice-presidente determinar a intimação do recorrido para, em 15 (quinze) dias, apresentar as contrarrazões.
§ 3º Findo o prazo referido no § 2º, os autos serão remetidos ao respectivo tribunal superior, independentemente de juízo de admissibilidade.
Seção II
Do Recurso Extraordinário e do Recurso Especial
Subseção I
Disposições Gerais
Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal , serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintasque conterão:
I - a exposição do fato e do direito;
II - a demonstração do cabimento do recurso interposto;
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.
§ 1º Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial, o recorrente fará a prova da divergência com a certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicado o acórdão divergente, ou ainda com a reprodução de julgado disponível na rede mundial de computadores, com indicação da respectiva fonte, devendo-se, em qualquer caso, mencionar as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados.
§ 2º Quando o recurso estiver fundado em dissídio jurisprudencial, é vedado ao tribunal inadmiti-lo com base em fundamento genérico de que as circunstâncias fáticas são diferentes, sem demonstrar a existência da distinção.
§ 2º ( Revogado ).             (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
§ 3º O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça poderá desconsiderar vício formal de recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde que não o repute grave.
§ 4º Quando, por ocasião do processamento do incidente de resolução de demandas repetitivas, o presidente do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça receber requerimento de suspensão de processos em que se discuta questão federal constitucional ou infraconstitucional, poderá, considerando razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, estender a suspensão a todo o território nacional, até ulterior decisão do recurso extraordinário ou do recurso especial a ser interposto.
§ 5º O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a recurso especial poderá ser formulado por requerimento dirigido:
I - ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a interposição do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo;
I – ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo;             (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
II - ao relator, se já distribuído o recurso;
III - ao presidente ou vice-presidente do tribunal local, no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037 .
III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037 .             (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão remetidos ao respectivo tribunal superior.
Parágrafo único. A remessa de que trata o caput dar-se-á independentemente de juízo de admissibilidade.
Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá:             (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
I – negar seguimento:             (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
a) a recurso extraordinário que discuta questão constitucional à qual o Supremo Tribunal Federal não tenha reconhecido a existência de repercussão geral ou a recurso extraordinário interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal exarado no regime de repercussão geral;             (Incluída pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos;             (Incluída pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
II – encaminhar o processo ao órgão julgador para realização do juízo de retratação, se o acórdão recorrido divergir do entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça exarado, conforme o caso, nos regimes de repercussão geral ou de recursos repetitivos;             (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
III – sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de caráter repetitivo ainda não decidida pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme se trate de matéria constitucional ou infraconstitucional;             (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
IV – selecionar o recurso como representativo de controvérsia constitucional ou infraconstitucional, nos termos do § 6º do art. 1.036;             (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
V – realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, remeter o feito ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça, desde que:             (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016)
a) o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de repercussão geral ou de julgamento de recursos repetitivos;             (Incluída pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
b) o recurso tenha sido selecionado como representativo da controvérsia; ou             (Incluída pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
c) o tribunal recorrido tenha refutado o juízo de retratação.             (Incluída pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
§ 1º Da decisão de inadmissibilidade proferida com fundamento no inciso V caberá agravo ao tribunal superior, nos termos do art. 1.042.             (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
§ 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá agravo interno, nos termos do art. 1.021.             (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
Art. 1.031. Na hipótese de interposição conjunta de recurso extraordinário e recurso especial, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça.
§ 1º Concluído o julgamento do recurso especial, os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal para apreciação do recurso extraordinário, se este não estiver prejudicado.
§ 2º Se o relator do recurso especial considerar prejudicial o recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, sobrestará o julgamento e remeterá os autos ao Supremo Tribunal Federal.
§ 3º Na hipótese do § 2º, se o relator do recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, rejeitar a prejudicialidade, devolverá os autos ao Superior Tribunal de Justiça para o julgamento do recurso especial.
Art. 1.032. Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, entender que o recurso especial versa sobre questão constitucional, deverá conceder prazo de 15 (quinze) dias para que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral e se manifeste sobre a questão constitucional.
Parágrafo único. Cumprida a diligência de que trata o caput , o relator remeterá o recurso ao Supremo Tribunal Federal, que, em juízo de admissibilidade, poderá devolvê-lo ao Superior Tribunal de Justiça.
Art. 1.033. Se o Supremo Tribunal Federal considerar como reflexa a ofensa à Constituição afirmada no recurso extraordinário, por pressupor a revisão da interpretação de lei federal ou de tratado, remetê-lo-á ao Superior Tribunal de Justiça para julgamento como recurso especial.
Art. 1.034. Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial, o Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça julgará o processo, aplicando o direito.
Parágrafo único. Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial por um fundamento, devolve-se ao tribunal superior o conhecimento dos demais fundamentos para a solução do capítulo impugnado.
Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a questãoconstitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos deste artigo.
§ 1º Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo.
§ 2º O recorrente deverá demonstrar a existência de repercussão geral para apreciação exclusiva pelo Supremo Tribunal Federal.
§ 3º Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que:
I - contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal;
II - tenha sido proferido em julgamento de casos repetitivos;
II – ( Revogado );             (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
III - tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, nos termos do art. 97 da Constituição Federal .
§ 4º O relator poderá admitir, na análise da repercussão geral, a manifestação de terceiros, subscrita por procurador habilitado, nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.
§ 5º Reconhecida a repercussão geral, o relator no Supremo Tribunal Federal determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional.
§ 6º O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal de origem, que exclua da decisão de sobrestamento e inadmita o recurso extraordinário que tenha sido interposto intempestivamente, tendo o recorrente o prazo de 5 (cinco) dias para manifestar-se sobre esse requerimento.
§ 7º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 6º caberá agravo, nos termos do art. 1.042 .
§ 7º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 6º ou que aplicar entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos caberá agravo interno.             (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
§ 8º Negada a repercussão geral, o presidente ou o vice-presidente do tribunal de origem negará seguimento aos recursos extraordinários sobrestados na origem que versem sobre matéria idêntica.
§ 9º O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida deverá ser julgado no prazo de 1 (um) ano e terá preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus .
§ 10. Não ocorrendo o julgamento no prazo de 1 (um) ano a contar do reconhecimento da repercussão geral, cessa, em todo o território nacional, a suspensão dos processos, que retomarão seu curso normal.
§ 10. ( Revogado ).             (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)
§ 11. A súmula da decisão sobre a repercussão geral constará de ata, que será publicada no diário oficial e valerá como acórdão.

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