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ITPAC VIAS BILIARES Dra .Viviane Tiemi Kenmoti Colelitiase 1-4cm/4mm 5-9cm/6mm Definições Colelitíase ou Colecistolitíase ou Litíase Vesicular Definições Coledocolitíase ou Litíase da Via Biliar Principal Definições Litíase intra-hepática Definições Colecistite aguda: processo inflamatório agudo da vesícula biliar Definições Colangite: Infecção dos ductos biliares Bile Produção diária da bile: 500 - 1000ml. Funções da bile: Absorção de lipídeos e vitaminas lipossolúveis no intestino Serve de via de excreção de bilirrubinas e colesterol Bile normal: Água Eletrólitos Solutos orgânicos (sais biliares, pigmentos biliares, colesterol e fosfolipídios). Colelitiase Colelitíase 1-2% dos pctes assintomáticos desenvolvem cólica durante 1 ano Quanto mais tempo assintomático, menor a chance de desenvolver sintomas 1-3% dos pacientes com sintomas leves desenvolvem complicações Tipos de Cálculos Biliares Colesterol: 70-90% dos cálculos biliares nos EUA, Europa e América Latina Variam em cor, forma e número Puro ou misto (maioria) Sais de calcio, biliares, proteinas 1mm-4cm Tipos de Cálculos Biliares Pigmentares: 10-30% Bilirrubinato de cálcio – componente principal Podem ser: 1. Negros/pretos: 1. Formados na VB, bilirrubinato de Ca 2. hemólise; aumento de bilirrubina 3. cirrose, NPT 2. Castanhos/marrons: 1. estase e infecção bile; 2. moldam os ductos biliares: se formam no coledoco Fatores de risco 1. Idade:raro infância e adolescência 2. Sexo feminino 3. Hormônios e gestação 1. Estrogênio e progesterona 2. Multiparas, ACo 4. Obesidade: hipersecreção de colesterol 5. Perda rápida de peso 6. Doença, ressecção ou derivação ileal ( Crohn) 7. Dismotilidade 1. Vagotomia troncular 2. Nutrição Parenteral Total 3. Lesão da medula espinhal Fatores de risco 1. Cirrose Hepática 2. Diabetes Mellitus 3. Hiperlipidemia 4. Fibrose Cística do Pâncreas (Mucoviscidose) 5. Infecção Biliar 6. História familiar 7. Drogas:estrogênio, ceftriaxona 8. Hemólise crônica Incidência de Colelitíase Prevalência na população geral: 15-20% 4 “F”: Female (mulheres) Fatty (“gordinhas”) Forty ( na faixa dos 40 anos) Fertility (férteis, multíparas) Complicações da colelitiase 30% 1. Colecistite 2. Pancreatite 3. Coledocolitíase 4. Íleo biliar 5. Tumor de vesícula 6. Síndrome de Bouveret Quadro clinico Quadro clínico Dor tipo cólica, em HCD, pode irradiar para dorso ou escápula Fator desencadeante: alimento gorduroso-50% Predomina à noite, acorda o paciente Duração: 5 horas Se passar de 24h, pensar em colecistite Intensidade da dor tem relação direta com a gravidade da doença Náuseas e vômitos:60-70% Plenitude e eructação:50% Raro: icterícia e febre Exame físico Dor à palpação em HCD Sem sinal de Murphy Sem massas palpáveis Diagnóstico diferencial Pancreatite Drge Úlcera Colón irritável Se os sintomas forem atípicos, deve excluir essas doenças Diagnóstico Sintomas compativeis + exames de imagem Diagnóstico 1º exame a ser solicitado? USG de abdome Método de escolha S:95-98% Dilatação de vvbb Movimento do cálculo com a mudança de decúbito Presença de sombra acústica Rx de abdome 10-15% são visualizados TC de abdome Indicação: US inconclusiva Melhor que USG para diagnóstico de coledocolitíase, mas pior para colelitíase Mesma eficácia que o US para detecção de dilatação das vias biliares Colangioressonância Bom para coledocolitiase Tratamento Tratamento Tratamento da crise dolorosa AINEs, anticolinérgicos e antiespasmódicos Refratariedade: Meperidina Tratamento definitivo: Colecistectomia Indicações cirúrgicas Sintomático História de complicação prévia da doença calculosa (colecistite, pancreatite). > 1cm Colecistectomia: Técnica Aberta (1882): Laparotomia Incisões: Kocher, mediana supra-umbilical ou paramediana direita - Dissecção do triângulo hepato-cístico (trígono de Calot ) Dissecção do ligamento hepato duodenal vesicula Ligamento hepatoduodenal Colecistectomia aberta Colecistectomia aberta ANTEROG RADA Via anterógrada Videolaparoscopia: (1985) Vantagens: menor tempo de internação, retorno precoce ao trabalho, menor incidência de dor pós-operatória e complicações infecciosas. ESCOLA AMERICANA ESCOLA FRANCESA c A A Colecistectomía por Único Portal Colecistectomía por NOTES Técnica Fechada-Agulha de Veres TECNICA DE HASSON-ABERTA FRANCESA AMERICANA Ducto cistico Artéria cística Fundo → cística infundibulo→ fundo Complicações PO Complicações clínicas: IAM Complicações cirúrgicas: Lesão de vias biliares extra-hepáticas Coleperitônio Sangramento Bilioma ↑ Nº evacuações Mortalidade: 0,1% VLP e 0,5% para o acesso por laparotomia, onde as complicações cardiorrespiratórias são mais freqüentes Colecistite aguda litiásica 90-95% relacionado com cálculos 1 a 3 % evoluem com colecistite Evento inicial: impactação do cálculo no infundíbulo Casos mais graves: sepse generalizada 3 a 10 % dos casos de abdome agudo <50 anos = 6,3 % >50 anos = 20,9 % Fisiopatologia Fisiopatologia: Obstrução do Ducto Cístico Aumento da pressão intra- vesicular Obstrução/Duração CÓLICA BILIAR COLECISTITE AGUDA Dor Duração mais longa >6 horas Contínua Febre e vômitos: comuns Icterícia (20% pacientes) Quadro clínico Massa no HCD: Omento aderido a VB Sinal de Murphy (especificidade 79 a 96%) Exame físico Diagnostico da coleciste aguda 1. Presumivel: sabidamente portadora de colelitiase + dor+ febre + leucocitose + Murphy + 2. Certeza: clinica + exame de imagem Dor abdominal em HCD continua + febre + Murphy postitivo Rotina de abdome agudo Descartou pancreatite, Pielonefrite, AAP? Usg abdome para confirmação Leucocitose de 12-14000 ↑discreto de BT( >4) e FA ↑ tgo/tgp e amilase Laboratório Mais útil Espessamento da parede da vb maior que 4mm Cálculo impactado Liquido Peri vesicular Sinal de Murphy usg S:85% e E:95 Usg Cintilografia S:95% E E:95% Melhor método Vesícula não visualizada com excreção normal de radiatividade Normal Colecistite aguda Tc e RNM Parede espessada Vesícula aumentada Coleção de fluido pericolecístico Espessamento de gordura pericolecística Tratamento da colecistite aguda 1. Atb: Gram- e anaeróbios 2. Aines 3. De escolha:cvl 1. ↓ tx de morbidade,hospitalização e de afastamento do trabalho 2. tx de conversão é maior que na colelitiase: 4-35% Colecistectomia precoce: Método de escolha Seguro Custo-efetivo Retorno rápido às atividades CVL imediata X CVL após 6 semanas: 20% dos pacientes não respondem ao tratamento clínico Taxa de internação e de custo menores no grupo de cirurgia precoce Vantagens da cirurgia precoce(dentro de 48/72h): Menor tempo de internação Complicações da colecistite 1. Empiema 2. Colecistite enfisematosa 3. Perfuração da vb 4. Síndrome de Mirizzi: obstrução do ducto hepático comum por cálculo impactado no infundíbuloEmpiema Toxemia Leucocitose acentuada Complicações Colecistite enfisematosa: Homens e DM Dor mais intensa e sepse Rx ou tc:ar dentro da vb ou dentro da parede da vb Atb:cobrir clostridium Perfuração de vesícula biliar 10% dos casos Local mais comum: fundo 50% é contido no espaço sub hepático pelo omento, duodeno, colon, fazendo um abscesso localizado Complicações Perfuração: Raro perfurar para a cavidade levando a peritonite difusa Dor que antes era localizada e agora se tornou difusa Tratamento:colecistectomia de emergência Se não conseguir identificar o cístico, faz colescitectomia parcial,cauteriza a mucosa remanescente, e drena a cavidade Se paciente grave, pode ser feito a colecistostomia transhepatica percutânea: realizar a colecistectomia após 3- 4m Colecistite na gravidez Gravida:> risco de colelitiase ↓motilidade da VB Cvl: melhor no 2ºT Colecisite aguda alitiasica Colesicite aguda acalculosa Etiologia desconhecida Estase e isquemia da vb? Estase: comum em pcte críticos e sem nutrição enteral Quadro clinico e exames de imagem semelhantes Leucocitose e febre Piora clinica Tratamento: colecistectomia de emergência Convencional VLP Colecistostomia Incidência de empiema, gangrena e perfuração são maiores que 50% Coledocolitíase 7-15% dos pctes submetidos a colecistectomia apresentam coledocolitiase no momento da cirurgia Origem mais comum: Vesícula biliar:90% Cálculo primário x residuais x recorrentes? Cálculos primários: se formam no interior do colédoco Cálculos residuais: até 2anos após colecistectomia Cálculos recorrentes: após 2 anos ou mais Associados a estase e infecção Marrons , macios e quebradiços Causa de estase biliar: Estenose Disfunção do esfíncter de Oddi Tem cultura positiva da bile Bilirrubinato de cálcio Cálculo primário Icterícia flutuante Dor abdominal em HCD Colúria Acolia fecal Prurido Quadro clínico ↑BT, FA e TGO/TGP, mas não são específicos nem sensíveis BT é que tem o maior valor preditivo positivo Valores normais em ate 1/3 dos pctes Níveis altos de BT geralmente ocorrem em tumores, geralmente maiores que 15 Coledocolitíase :BT moderada:4-8 Laboratório Usg: primeiro exame a ser solicitado Colangio rnm Cpre Colangiografia intra operatória Exames de imagem Visualiza o calculo somente em 60-70% Se colédoco maior que 5mm, tem mais chance de ter cálculos Sugere: 1. Colédoco dilatado 2. Cálculo no colédoco USG Diagnostico e terapêutico Complicações : Pancreatite: mais comum Colangite Perfuração de duodeno Sangramento CPRE http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=cpre&source=images&cd=&cad=rja&docid=6iraiRiakae4nM&tbnid=1H7Sr-mgLI_C_M:&ved=&url=http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/calculos-biliares/calculos-biliares-3.php&ei=3QBWUbr2KaXH0gGHhoGwCw&psig=AFQjCNEdIOC0XlAUfqlRqnbVd3ng1KkapA&ust=1364677214127702 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=cpre&source=images&cd=&cad=rja&docid=tdSEE98VZp6JTM&tbnid=zaaw3_ngiO8NdM:&ved=&url=http://corpohumanos.blogspot.com/2013/01/cpre-colangiopancreatografia-retrograda.html&ei=3QBWUbr2KaXH0gGHhoGwCw&psig=AFQjCNEdIOC0XlAUfqlRqnbVd3ng1KkapA&ust=1364677214127702 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=cpre&source=images&cd=&cad=rja&docid=yHz1qQRD-__DaM&tbnid=4OLj6wHHO7E4fM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.endoclinic.med.br/exames/cpre/&ei=FQFWUbnpIYy09gT34ICABA&psig=AFQjCNEdIOC0XlAUfqlRqnbVd3ng1KkapA&ust=1364677214127702 Excelentes detalhes anatômicos Sensibilidade de 95% Especificidade de 89% Utilizado como meio de rastreamento em paciente com baixo ou moderado risco de coledocolitíase Evita uma cpre desnecessária em 50% dos pctes ColangioRNM Colangiografia Intra-operatória Indicações: 1. Suspeita de coledocolitiase sem investigação 2. Duvida anatômica 3. Suspeita de lesão de vvbb 4. Sinais intraoperatórios de coledocolitiase: colédoco dilatado ou palpação de cálculo na via biliar 5. Historia de pancreatite Tratamento Sempre. Mesmo se assintomático: risco de colangite e pancreatite Modalidades 1. Cpre: via biliar normal 2. Cirúrgico: VLP Convencional Ideal: CPRE primeiro e após a cvl Não existe coledocolitiase •Sem dilatação de vvbb •Sem historia de ictericia •Exames normais •Colecistectomia sem investigação de vvbb Talvez exista coledocolitiase existe coledocolitiase •Historia de ictericia •Exames normais •Ictericia •BD, FA e GGT↑ •Dilatação de vvbb ( coledoco >8mm) •Colangio RNM •Cvl + colangiografia intra operatoria CPRE Tratamento da coledocolitiase Diagnostico pré operatório Diagnostico intra operatório Diagnostico pós operatório Calibre das vias biliares Tratamento da coledocolitiase Via biliar de calibre normal Via biliar dilatada CPRE Derivação biliodigestiva Tratamento da coledocolitiase Diagnostico pré/pós operatório Via biliar de calibre normal Via biliar dilatada 1. CPRE 2. Esfincteroplastia 3. Exploração das vvbb Derivação biliodigestiva Tratamento da coledocolitiase Diagnostico intra operatório Via biliar de calibre normal Via biliar dilatada 1. Exploração de vias biliares 2. Esfincteroplastia 3. CPRE posteriormente Derivação biliodigestiva Indicações de derivação biliodigestiva: Indicações de derivação biliodigestiva: 1. Estenose confirmada 2. Múltiplos cálculos(>6) 3. Cálculos primários 4. Cálculos intrahepaticos 5. Dilatação de vvbb>1,5-2,0cm-ppal 6. Diverticulo duodenal Exploração VLP Realizado quando o diagnostico de coledocolitiase é no intra operatorio Cateter do tipo fogarty pelo cístico, introduz ate o duodeno, infla o balão e traciona Cesta de arame guiado por radioscopia e introduzida para retirar os cálculos Colangite aguda 2 fatores necessários.. Bactérias + obstrução de vvbb Germes mais comuns: E.coli ( mais comum), klebisiella, enterococus, bacteriorides fragilis Causas mais comuns: Coledocolitiase Estenose benigna Estenose em anastomose Colangiocarcinoma ou Cancer de papila Próteses, cpre Colangite aguda Dor geralmente moderada Dor forte e hipersensibilidade deve suspeitar de colecistite Tríade de Charcot : Febre com calafrio, dor e icterícia Pêntade de Reynold - Colangite tóxica 1. Obnubilação 2. Hipotensão (choque séptico) Quadro clínico Clinico Laboratório: Leucocitose ↑BT, FA e GGT Usg /tc/rnm: definem a etiologia Cpre deve ser feita antes ou durante o tto Diagnóstico 1. Clinico:maioria melhora 2. Cirúrgico Atb: Ampicilina-sulbactam + gentamicina: mais usado Ampicilina- sulbactam Piperacilina-tazobactam Ciprofloxacino/Ceftriaxona + metronidazol Tratamento Indicação 1. Colangite aguda sem melhora em 12-24 horas 2. Colangite tóxica Tratamento intervencionista Atb + drenagem de vias biliares CPRE TRANSCUTANEA LAPAROTOMIA Drenagem da vvbb Tratamento invasivo da colangite aguda Laparotomia +coledocotomia +drenagem via biliar com dreno de Kher ( em T) Não cirúrgico Cirúrgico 1. Cpre 2. Transcutânea : drenagem biliar percutânea, colecistostomia transhepatica Laparotomia +coledocotomia +drenagem via biliar com dreno de Kher ( em T)
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