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Organização Geral do Sistema Endócrino e Bioquímico Hormonal

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BMF-3 06/04/2020 Aula 2 - ENDOCRINO 
 
 1 
Organização Geral do Sistema Endócrino e Bioquímico Hormonal 
Epitélio Glandular 
Células Especializadas na atividade de secreção 
Formadas a partir de epitélios de revestimento cujas células proliferam e invadem o tecido conjuntivo 
(Vida Fetal). 
Armazenadas em pequenas vesículas (grânulos de secreção) 
© Proteínas 
© Lipídios 
© Complexos de Carboidratos + proteínas 
© Células com baixa capacidade de síntese (glândulas sudoríparas) 
Glândulas unicelulares → célula caliciforme 
Glândulas multicelulares → agrupamentos de células 
 
Glândulas 
Definição: agregado maior e mais complexo de células epiteliais glandulares. 
Conexão com o epitélio do qual se originou. 
Glândulas Exócrinas 
© Porção Secretora 
© Ductos 
© Simples ou Compostas 
© Merócrina, Holócrinas e Apócrinas 
Ductos tubulares → células epiteliais → eliminação das secreções na superfície do corpo ou 
em uma cavidade 
Glândula Mista → Exócrina e Endócrina (PÂNCREAS). 
Glândula exócrina: possuem ducto para liberar seu suco digestivo. Possui um ducto que libera seu 
conteúdo nas superfícies. Células azuis escuta fazem parte do ducto e as azuis claras produzem o 
conteúdo que será secretado. 
Glândula endócrina: perde a conexão com o tecido que foi originada, utiliza os capilares para distribuir 
seu conteúdo. Podem ser divididas em glândulas que formam cordões ou folículos podendo ter produção 
de hormônios em seu interior, por exemplo o folículo tireoidiano que em seu interior terá os coloides, 
sendo a matéria prima para a formação dos hormônios. 
BMF-3 06/04/2020 Aula 2 - ENDOCRINO 
 
 2 
 
Introdução ao Sistema Endócrino 
Descrição Clássica: um mensageiro químico denominado HORMÔNIO, produzido por determinado 
órgão, é liberado na circulação para produzir um efeito sobre um órgão-alvo. 
 Descrição Atual: rede integrada de múltiplos órgãos, de diferentes origens embrionárias, que liberam 
hormônios que exercem efeitos em células-alvo próximas ou distantes. 
As principais funções do sistema endócrino são: 
© Regulação do equilíbrio do sódio e da água, além de controle do volume sanguíneo e da 
pressão arterial; 
© Regulação do equilíbrio do cálcio e do fosfato para preservar as concentrações no líquido 
extracelular necessárias à integridade da membrana celular e à sinalização intracelular; 
© Regulação do balanço energético e controle da mobilização, da utilização e do 
armazenamento da energia para assegurar o suprimento das demandas metabólicas 
celulares; 
© Coordenação das respostas contrarreguladoras hemodinâmicas e metabólicas do hospedeiro 
ao estresse; 
© Regulação da reprodução, do desenvolvimento, do crescimento e do processo de 
envelhecimento. 
Glândulas Endócrinas 
© Não apresentam ductos; 
© Não tem conexões anatômicas e distribuição por todo o corpo; 
© Secretam os hormônios no espaço intersticial e após circulação; 
© Comunicação entres os órgãos é assegurada pela liberação hormônios e neurotransmissores. 
Hormônios 
© Produtos químicos liberados pela célula em quantidade muito pequenas que exercem ação 
nos órgãos alvos; 
© Podem ser produzidos pelas glândulas endócrinas, cérebro e outros órgãos (rins, coração e 
tecido adiposo) 
© Podem ser classificados em proteínas (ou peptídeos), esteroides e derivados de aminoácidos 
(aminas). As aminas e os hormônios peptídicos ligam-se a receptores situa- dos na superfície 
celular, enquanto os hormônios esteroides têm a capacidade de atravessar as membranas 
plasmáticas, ligando-se a receptores intracelulares. 
Órgão-alvo 
© Células que expressam receptores específicos e que respondem a ligação com hormônios 
gerando ação biológica demonstrável. 
BMF-3 06/04/2020 Aula 2 - ENDOCRINO 
 
 3 
© Ex.: pâncreas que produz a insulina que agirá sobre as células a fim de fazer o controle 
glicêmico. 
Hipotálamo 
Possui uma ação importante na região da hipófise, principalmente na adeno-hipofise (hipófise 
anterior). Possui neurônios que estimulam a região da hipófise, onde terão prolongamento desses 
neurônios se dirigindo a neuro-hipófise (hipófise posterior) liberando hormônios como ADH. 
Hipófise estimula: 
© Adeno-hipófise: secretar TSH, ACTH, LH/FSH, GH e Prolactina. 
© Neuro-hipófise: armazenas os hormônios antidiuréticos como ADH e Ocitocina. 
Região do diencéfalo, produz fatores de regulação, sendo eles: 
© TRH (Hormônio liberador de tirotropina) – hormônio secretado pela adeno-hipofise, agindo 
sobre a tireoide, ao qual irá estimular a secreção de T4, T3 e calcitonina; 
© CRH (Hormônio liberador de corticotrofina) – 
hormônio secretado pela adeno-hipofise, agindo 
sobre as adrenais, ao qual irá estimular a secreção 
ACTH – agindo o córtex da adrenal estimulando a 
secreção do cortisol, andrógenos e aldosterona 
(menor quantidade) e a medula adrenal secreta 
adrenalina e noradrenalina; 
© GnRH (Hormônio liberador das gonadotrofinas) – 
hormônio secretado pela adeno-hipofise, secretar 
LH e FSH – age sobre as gônadas, secretando 
estradiol e progestero (ovários) e testostenona 
(testículos); 
© GHRH (Hormônio liberador de hormônio de 
crescimento) – hormônio secretado pela adeno-
hipófise estimulando a secreção de GH (hormônio 
do crescimento) - age sobre tecido adiposo 
muscular, osso e cartilagem e no fígado estimulando 
a secreção de IGF-1 e IGFPBs 
Hormônios de estímulos inibitórios, sendo eles: 
© Dopamina – fator hipotálamo inibitório, segurando a secreção de prolactina. Sem esse efeito, 
estimula a secreção de prolactina. 
© Somastotatina – efeito inibitório sobre a secreção de GH 
 
© Pineal auxilia na secreção da Melatonina; 
© Paratireoide auxilia na secreção de PTH (paratormônio); 
© Pâncreas endócrino secreta insulina e glucagon. 
Há uma grande presença de vasos que atraves deles, serão liberados para o restante do corpo. 
BMF-3 06/04/2020 Aula 2 - ENDOCRINO 
 
 4 
Eixo Hipotálamo-Hipófise 
Capilar Fenestrado 
© CAPILAR FENESTRADO 
© Presença de grandes orifícios ou fenestras 
nas paredes das células endoteliais. 
© Trocas rápidas de substâncias entre tecidos e 
sangue. 
Hormônios 
© Três classes de hormônios 
o Proteínas (peptídeos) 
• Maioria dos hormônios; 
• Secretados pela hipófise 
anterior e posterior; 
• São sintetizados na 
extremidade rugosa do 
retículo endoplasmático das diferentes células endócrinais. 
• Moléculas compostas 3 a 200 resíduos de aminoácidos; 
• Sintetizados na forma de pré-pró-hormônio – são biologicamente ativas e 
clivados para formar pró-hormônios menores. Transferidos para o aparelho 
de Golgi, para produzir os hormônios menores ativos e fragmentos 
inativos. A secreção dos hormônios ocorre quando as vesículas secretoras 
se fundem com a membrana celular e o conteúdo granular é expelido para 
o líquido intersticial ou diretamente na corrente sanguínea. 
• Processos pró-tradução 
• Armazenamento 
§ Grânulos secretores → Exocitose 
• Exemplos 
§ Insulina, glucagon, ACTH, ADH, ocitocina 
§ LH, FSH, TSH, HCG (glicoproteína) 
BMF-3 06/04/2020 Aula 2 - ENDOCRINO 
 
 5 
 
o Esteroides 
• Derivados do colesterol 
• São sintetizados no córtex da suprarrenal, nas 
gônadas e na placenta; 
• Lipossolúveis/ Lipofílico 
• Circulam no plasma ligados em proteínas 
• Atravessam a membrana plasmática e se ligam 
em receptores citosólicos ou nucleares 
• Uma vez sintetizados, eles simplesmente se 
difundem através da membrana celular e entram 
no líquido intersticial e, depois, no sangue; 
• Exemplos 
§ Andrógenos, cortisol, estrogênio 
§ Vitamina D se encaixa neste tipo de hormônio 
o Derivados Aminas 
§ Derivados de aminoácidos a partir da TIROSINA; 
§ São sintetizados e armazenados na glândula tireoide e incorporados a 
macromoléculas da proteína tireoglobulina, que é armazenada em grandes 
folículos; 
§ Aminas são clivadas da tireoglobulina e os hormônios livres são então 
liberados na corrente sanguínea; 
§ Exemplo: 
- Noradrenalina, adrenalina, dopamina. 
- Hormônios Tireoidianos (T4 e T3)- é transportado na célula para sua 
ligação a um receptor nuclear. 
© Estruturas químicas 
© Local de Produção → Efeito Biológico 
o ENDÓCRINO: hormônio é liberado na circulação (transporte sangue) até exercer seu 
efeito biológico em célula-alvo distante; 
o PARÁCRINO: hormônio liberado de uma célula exerce efeito biológico sobre uma 
célula vizinha (mesmo órgão ou tecido) 
o AUTÓCRINO: hormônio produz efeito biológico sobre a mesma célula que o libera. 
BMF-3 06/04/2020 Aula 2 - ENDOCRINO 
 
 6 
 
Transporte dos Hormônios 
o Circulação na forma LIVRE ou ligada a PROTEÍNAS CARREADORAS; 
o Proteínas de ligação → aumento o tempo de meia-vida do hormônio atuando como 
reservatório; 
§ Globulinas → sintetizadas no fígado → Ex: T4/T3, Testosterona, Cortisol 
§ IGF-1 – IGFBP3 
o Hormônio livre ou não-ligado constitui a forma ativa que se ligará a um receptor 
específico. Por conseguinte, a ligação de um hormônio a sua proteína carreadora 
serve para regular a atividade hormonal, estabelecendo a quantidade de hormônio 
livre para exercer uma acabo biológica. As proteínas carreadoras são, em sua 
maioria, globulinas sintetizadas no fígado. Entretanto, sabe-se que proteínas como 
as globulinas e a albumina também se ligam aos hormônios. Como a maior parte 
dessas proteínas é sintetizada no fígado, a ocorrência de alterações na função 
hepática pode resultar em anormalidades nos níveis de proteínas de ligação, 
podendo afetar indiretamente os níveis totais dos hormônios. 
o Hidrofílico → hormônios derivado peptídeos e aminas* 
o Lipofílicos → hormônios esteroides (ligados a proteínas carreadoras) 
*Importante para ligação ao seu receptor 
o A interação entre determinado hormônio e sua proteína carreadora encontra-se em 
equilíbrio dinâmico, possibilitando adaptações que impedem as manifestações 
clínicas de deficiência ou de excesso hormonal. A secreção do hormônio é 
rapidamente regulada após alterações nos níveis das proteínas transportadoras. 
§ Exemplo: níveis plasmáticos de proteína de ligação do cortisol aumentam 
durante a gravidez. A elevação dos níveis circulantes da proteína de ligação 
do cortisol leva a um aumento da capacidade de ligação do cortisol, com 
consequente redução dos níveis de cortisol livre. Essa redução do cortisol 
livre estimula a liberação hipotalâmica do CRH, que estimula a liberação do 
ACTH pela adeno-hipófise e, consequentemente, a síntese e a liberação do 
cortisol das glândulas suprarrenais. O cortisol, liberado em maiores 
quantidades, restaura os níveis de cortisol livre e impede a manifestação 
da deficiência de cortisol. 
o Taxa de Depuração Metabólica → remoção dos hormônios da circulação. 
 
o Ligação ao receptor órgão-alvo 
§ Internalização complexo hormônio-receptor 
§ Degradação lisossomal 
o Metabolismo Hepático 
§ Fase 1 (hidroxilação ou oxidação) 
§ Fase 2 (glicuronidação, sulfatação ou redução com glutationa) 
§ Fase 3 (excreção bile ou rim) 
o Excretados na urina e fezes → pequena quantidade excretado de modo intacto 
Hormônio se liga ao receptor do 
órgão alvo formando um 
complexo hormônio-receptor 
sendo internalizado. Esse 
complexo será jogado para dentro 
da célula podendo ser degradado 
pelos lisossomos reciclando-o em 
si. Também podem ser 
metabolizados pela via clássica, 
passando pelo fígado podendo 
sofrer algumas reações químicas 
que inativam a sua função, 
podendo ser hidroxilados, 
oxidados, podendo sofrer 
sulfatação e outras reações 
químicas para que haja a 
depuração desse metabolito e por 
fim eles serão excretados na bili 
ou eliminados pelos rins e uma 
pequena parcela dos hormônios 
que produzimos são excretados na 
forma imatura pelas fezes ou 
urina. 
Hormônio ligado a proteína ira 
agir. 
BMF-3 06/04/2020 Aula 2 - ENDOCRINO 
 
 7 
 
Efeitos Celulares dos Hormônios 
© RESPOSTA BIÓLOGICA NORMAL 
© Concentração circulante são muito baixas 
© Ligação ao receptor específico na célula-alvo 
© Alta afinidade e especificidade ao receptor específico 
o Afinidade: determinada pela taxa de dissociação e associação do complexo 
hormonal-receptor em condições de equilíbrio. 
§ Constante de dissociação (Kd): concentração hormonal necessária para 
ligação de 50% dos sítios dos receptores. Kd baixa significa alta afinidade ao 
receptor 
o Especificidade: capacidade do receptor hormonal discriminar entre os hormônios 
com substâncias correlatas 
© A ligação do hormônio ao receptor pode ser passível de saturação. Na maioria das células-
alvo, a resposta biológica máxima a determinado hormônio pode ser alcançada sem haver 
uma ocupação de 100% dos receptores hormonais. Os receptores que não são ocupados são 
denominados receptores de reserva. 
© Resposta máxima ao hormônio não exige 100% ligação. 
© Exemplo: ação da insulina nos adipócitos ocorre com ligação de 3% dos receptores. 
© RESPOSTA BIOLÓGICA ANORMAL 
o Deficiência ou Excesso Hormonal 
o Produção anormal dos hormônios 
o Redução no número ou da ação dos receptores 
© Agonistas dos receptores: moléculas que se ligam ao receptor 
hormonal e produzem um efeito biológico semelhante ao induzido 
pelo hormônio. 
© Antagonista dos receptores: Se ligam ao receptor hormonal e inibem 
os efeitos biológicos de um hormônio específico. 
© AGONISTAS DOPAMINÉRGICOS 
o Cabergolina/Bromocriptina 
o Receptores dopaminérgicos (D1 a D5) 
o Ligam-se aos receptores de dopamina do subtipo D2, 
inibindo a secreção dos lactotrofos e causando a redução 
do tumor. 
o Primeira escolha para tratamento de prolactina. 
 
 
 
 
 
 
 
Receptores Hormonais e Tradução de Sinais 
IMAGEM: Destino metabólico dos hormônios. A remoção dos 
hormônios do organismo resulta de sua degradação metabólica, que 
ocorre principalmente no fígado por meio de processos enzimáticos, 
que incluem proteólise, oxidação, redução, hidroxilação, 
descarboxilação (fase I) e metilação ou glicuronidação (fase II), entre 
outros. A excreção pode ocorrer pela bile ou pela urina, após 
glicuronidação e sulfatação (fase II). Além disso, a célula-alvo pode 
interna- lizar o hormônio e degradá-lo. O rim desempenha um 
importante papel na eliminação do hormônio e de seus produtos de 
degradação do corpo. Em alguns casos, as determinações de um 
hormônio ou de seu metabólito na urina são utilizadas para avaliar a 
função de algum órgão endócrino, com base na pressuposição de 
que a função e o processamento renais do hormônio estejam 
normais. 
 
IMAGEM: Efeitos fisiológicos da Prl. A Prl desempenha um importante papel no desenvolvimento normal do 
tecido mamário e na produção de leite. A liberação de Prl está predominante- mente sob controle negativo pela 
dopamina hipotalâmica. A sucção estimula a liberação de Prl, que inibe sua própria liberação pela estimulação da 
liberação de dopamina pelo hipotálamo. AVP, arginina vasopressina; DA, dopamina; GPCR, receptor acoplado à 
proteína G, de G protein-coupled receptor; OT, ocitocina; TRH, hormônio de liberação da tireotrofina. 
 
BMF-3 06/04/2020 Aula 2 - ENDOCRINO 
 
 8 
 
 
Receptores de Membrana Celular 
© Definição: Proteínas que se localizam dentro da dupla camada fosfolipídica da membrana 
celular das células-alvo. 
© Hormônio←→Receptor cascata de sinalização de eventos intracelulares resultando na 
resposta biológica específica. 
o Receptores Ligados a Canais iônios 
§ Funcionam acoplados a canais iônicos 
§ Hormônio←→Receptor de membrana celular e a formação do complexo 
hormônio-receptor desencadeando uma cascata de sinalização de eventos 
intracelulares, resultando em uma resposta biológica especifica. 
§ Abertura de canais iônicos na membrana celular, produzindo influxo de íon 
para o interior da célula 
§ Efeitos celulares poucos segundos após ligação do hormônio ao receptor. 
§ Exemplo: 
§ Receptor de neurotransmissores (GABA/ACh). 
§ Canais de potássio dependentes ATP célula Beta pancreática* 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Receptores que Regulam Atividade de Proteínas Intracelulares 
§Proteínas transmembrana que transmitem sinais a alvos intracelulares 
quando ativadas. A ligação do ligante ao receptor sobre a superfície celular 
e a atividade da proteína associada desencadeiam uma cascata de 
sinalização de eventos que ativa as proteínas e as enzimas intracelulares, 
podendo incluir efeitos sobre a transição e a expressão dos genes. Sendo 
os principais receptores: 
§ Receptores Acoplados à Proteína G 
Cadeia Polipeptídicas simples que possuem 7 domínios 
transmembrana e que estão acoplados a proteínas 
heterotrimérica de ligação da Guanina (subunidade 𝛼, 𝛽, 𝛾). 
A ligação do hormônio ao receptor acoplado à proteína G produz 
uma mudança de conformação que induz a interação do receptor 
com a proteína G reguladora, estimulando a liberação do difosfato 
de guanosina (GDP) em troca do trifosfato de guanosina (GTP), 
resultando em ativação da proteína G. 
Os hormônios que utilizam esse tipo de receptor são o TSH, a 
vasopressina, ou hormônio antidiurético, e as catecolaminas. 
IMAGEM: Regulação da liberação de insulina. A glicose constitui o principal estímulo para a 
liberação de insulina pela célula b do pâncreas. Ela penetra na célula b por meio de uma proteí- 
na específica, o transportador de glicose 2 (GLUT 2), e sofre glicólise, com consequente geração 
de ATP. O aumento da razão ATP/ADP leva à inibição e ao fechamento dos canais de K+ sensí- 
veis ao ATP (alvo das sulfonilureias), resultando em despolarização da membrana plasmática e 
abertura dos canais de Ca2+ dependentes de voltagem. O aumento do influxo de Ca2+ associado 
à mobilização do Ca2+ das reservas intracelulares leva à fusão dos grânulos secretores conten- 
do insulina com a membrana plasmática, com liberação da insulina (e do peptídeo C) na circu- 
lação. Outros fatores também podem estimular a liberação de insulina pela célula b, incluindo 
hormônios (peptídeo semelhante ao glucagon 1) e neurotransmissores (acetilcolina). A glicose 
atua de modo sinérgico com esses mediadores e amplifica a resposta secretora das células b a 
esses fatores. AC, adenilato-ciclase; ADP, difosfato de adenosina; ATP, trifosfato de adenosina; 
CCK, colecistocinina, de cholecystokinin; GLP-1, peptídeo semelhante ao glucagon 1, de gluca- 
gon-like peptide-1; PLC, fosfolipase C, de phospholipase C. 
 
BMF-3 06/04/2020 Aula 2 - ENDOCRINO 
 
 9 
 
 ADENILATO-CICLASE (AC) 
A interação da G𝛼s com a adenilato-ciclase e sua ativação 
resultam em aumento da conversão do trifosfato de 
adenosina em monofosfato de 3 ́,5 ́-adenosina cíclico 
(AMPc), que constitui a resposta oposta induzida pela 
ligação aos receptores acoplados à G𝛼i. A elevação do AMPc 
intracelular ativa a proteína-quinase A, a qual, por sua vez, 
fosforiza as proteínas efetoras, produzindo respostas 
celulares. A ação do AMPc termina com sua degradação pela 
enzima fosfodiesterase. Além disso, a cascata de ativação 
proteica também pode ser controlada pelas fosfatases que 
desfosforilam as proteínas. A fosforilação proteica não 
resulta necessariamente em ativação de uma enzima. Em 
alguns casos, a fosforilação de determinada proteína leva à 
inibição de sua atividade. 
EX: Fisiologia ADH → Ação Renal (AVPR2_ 
 
 FOSFORILIPASE C (PLC) 
A ativação da PLC pela G𝛼q resulta em hidrólise de bifosfato 
de fosfatidilinositol (PIP2) e produção de diacilglicerol (DAG) 
e trifosfato de inositol (IP3). O DAG ativa a proteína-quinase 
BMF-3 06/04/2020 Aula 2 - ENDOCRINO 
 
 10 
C (PKC), que fosforila as proteínas efetoras. O IP3 liga-se aos 
canais de cálcio no retículo endoplasmático, com o 
consequente aumento do influxo de Ca2+ para o citosol. O 
Ca2+ também pode atuar como segundo mensageiro por 
sua ligação às proteínas citosólicas. A calmodulina é uma 
importante proteína na mediação dos efei- tos do Ca2+. A 
ligação do Ca2+ à calmodulina resulta na ativação das 
proteínas, algumas das quais consistem em quinases, 
levando a uma cascata de fosforilação das proteínas efetoras 
e respostas celulares. 
Receptores tireotrofos e gonadotrofos. 
 
 
 
 
§ Receptores de Proteína Tirosina-Quinase 
Esses receptores em geral são proteínas transmembrana simples 
que possuem atividade enzimática intrínseca. 
Entre os hormônios que utilizam esses tipos de receptores, 
destacam-se a insulina, fatores de crescimento fibroblásticos, 
hormônios do crescimento, fator de crescimento do hepatócito, 
leptina, prolactina e fator de crescimento endotelial vascular. 
- Hormônio → Receptor → Atividade quinase intracelular / 
Tirosina-quinase JAK2 → Fosforilação dos resíduos de tirosina → 
Cascata de sinalização distal → efeito fisiológicos. 
Pela fosforilação proteica, a ligação do hormônio a receptores de 
superfície celular também pode alterar a transcrição de genes 
específicos por intermédio da fosforilação dos fatores de 
transcrição. 
EX.: Resistencia à Insulina → Diabetes tipos 2 
 
o Receptor Intracelular 
Os receptores incluídos nessa categoria pertencem à superfamília dos receptores de 
esteroides. Eles consistem em fatores de transcrição que possuem locais de ligação 
BMF-3 06/04/2020 Aula 2 - ENDOCRINO 
 
 11 
para o hormônio (ligante) e o DNA e que funcionam como fatores de transcrição 
gênica.. A ligação a receptores hormonais intracelulares requer que o hormônio seja 
hidrofóbico e atravesse a membrana plasmática. Os hormônios esteroides e o 
derivado esteroide vitamina D3 atravessam a membrana plasmatica. Os hormônios 
tireoidianos devem ser transportados ativamente dentro da célula. 
A formação do complexo hormônio-receptor com receptores citosólicos provoca 
uma mudança de conformação, que possibilita a entrada do complexo hormônio-
receptor no núcleo e sua ligação a sequências especificas de DNA para regular a 
transcrição gênica. Uma vez no interior do núcleo, os receptores regulam a 
transcrição pela ligação, em geral na forma de dímeros, a elementos de resposta 
hormonal normalmente localizados em regiões reguladoras de genes-alvo. Em 
todos os casos, a ligação do hormônio leva à localização nuclear quase completa do 
complexo hormônio-receptor. Os receptores intracelulares não ligados podem estar 
situados no núcleo, como no caso dos receptores do hormônio tireoidiano. O 
receptor do hormônio tireoidiano não ocupado reprime a transcrição de genes. A 
ligação do hormônio tireoidiano ao receptor ativa a transcrição gênica. 
 
o Regulação dos Receptores de Hormônio 
Hormônios → Célula-alvo → Resposta 
Modulação da Resposta do Receptor 
§ Células-alvo→detecção de alterações no sinal hormonal devido a 
variedades na intensidade do estímulo. 
§ Dessensibilização: capacidade da célula sofrer um processo 
reversível de adaptação 
§ Downregulation: 
§ Ligação de um hormônio no receptor de superfície pode levar a 
endocitose e posterior destruição do receptor. 
§ Fosforilação de um receptor pode levar a sua inativação 
temporária 
§ Alteração na proteína envolvida na transdução do sinal 
§ Upregulation: 
§ Aumento do número de receptores hormonais específicos, 
aumentando sua eficiência nos tecidos alvos. 
Controle da Liberação dos Hormônios 
A secreção hormonal envolve a síntese ou a produção do hormônio e sua liberação da célula. Os 
níveis plasmáticos hormonais oscilam durante o dia, exibindo picos e depressões específicos de cada 
hormônio. A liberação periódica e pulsátil dos hormônios é de suma importância na manutenção da 
função endócrina normal e nos efeitos fisiológicos exercidos sobre o órgão-alvo. 
© Controle Neural 
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Mediado pelo SNC através de neurotransmissores que por meio do hipotálamo 
regulando a liberação endócrina periférica dos hormônios. Certos órgãos 
endócrinos, como o pâncreas, recebem um influxo simpático e parassimpático, 
que contribui para a regulação da liberação de insulina e glucagon. O controle 
neural da liberação de hormônios é mais bem exemplificado pela regulação 
simpática da glândula suprarrenal, que funciona como gânglio simpático 
modificado,recebendo o influxo neural direto do sistema nervoso simpático. A 
liberação da acetilcolina das terminações nervosas simpáticas pré-ganglionares 
da medula suprarrenal estimula a liberação de adrenalina na circulação. 
© Controle Hormonal 
A liberação de hormônios por um órgão endócrino com frequência é controlada 
por outro hormônio. Quando o resultado consiste na estimulação da liberação hormonal, o 
hormônio que exerce esse efeito é denominado trófico, como no caso da maioria dos 
hormônios produzidos e liberados pela adeno-hipófise. 
A inibição hormonal da liberação de hormônios desempenha um importante papel no 
processo de regulação da liberação hormonal por retroalimentação negativa. Além disso, os 
hormônios podem estimular a liberação de um segundo hormônio em um mecanismo 
conhecido como anteroalimentação, como no caso do aumento de LH mediado pelo 
estradiol na metade do ciclo menstrual. 
 
© Regulação Nutrientes Íons 
Os níveis plasmáticos de nutrientes ou de íons também podem regular a liberação hormonal. 
Em todos os casos, o hormônio específico regula a concentração do nutriente ou do íon no 
plasma, direta ou indiretamente. 
A responsividade das célula-alvo à ação hormonal, com a regulação da liberação de 
hormônio, constitui um mecanismo de controle por retroalimentação. A redução ou a 
inibição do estímulo inicial é denominada retroalimentação negativa. A estimulação ou a 
intensificação do estímulo original é conhecida como retroalimentação positiva. A 
retroalimentação negativa constitui o mecanismo de controle mais comum que regula a 
liberação hormonal. A integridade do sistema assegura que as alterações adaptativas nos 
níveis de hormônios não irão levar a distúrbios patológicos. 
© Controle Hormonal e Regulação Nutrientes Íons 
HORMÔNIOS 
GLP-1→LIRAGLUTIDA (Victoza®/Saxenda®) 
o Secretados pelas células L enterócitos em resposta a presença de nutrientes. 
o Receptor acoplado a Proteína G 
§ Ativação AMP-c→PKA. 
§ Fechamento K-ATP. 
§ Potencializa secreção de insulina associada a glicose. 
§ Níveis glicêmicos normais inativam secreção de insulina. 
Avaliação da Função Endócrina 
Distúrbios ou Doenças do Sistema Endócrino 
© Alterações na secreção hormonal ou na responsividade da célula-alvo à ação hormonal 
Abordagem Inicial 
© Avaliação da função endócrina→níveis plasmáticos hormonais 
Medições dos hormônios 
© Imunoensaios → capacidade de anticorpos específicos contra estes hormônios 
© Dosagens hormonais: plasma, soro, urina, saliva ou outra secreção biológica. 
BMF-3 06/04/2020 Aula 2 - ENDOCRINO 
 
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© Urina 24h: importante para mostrar avaliação integrada de um determinado hormônio. 
© Dosagens dos hormônios e seus fatores reguladores apropriados 
© Testes Dinâmicos: Estímulo / Supressão 
Praticamente todas as funções dos animais vivos estão sujeitas a alterações periódicas ou cíclicas, 
muitas das quais são influenciadas principalmente pelo sistema nervoso 
Relógio Biológico 
Alterações periódicas ocorrem livremente (intrínseca ao organismo) 
Atrelada/Coordenada por sinais externos (DICAS) 
© Variações Luz-Escuridão 
© Padrão das refeições 
© Ciclos períodos Lunares 
© Proporção da duração dia/noite 
Ritmo Endógenos→RITMOS CIRCADIANO OU DIUTURNO (24 HORAS) 
 
 - Glicocorticoides (GC) 
 - Hormônio do crescimento (GH) 
 - Importância de saber o ritmo endógena para orientação 
de coleta em horário adequado. 
 - Cortisol 
 - Cedo: útil para avaliar função adrenal. 
 - Urina 24h: quantificação total. Importante na suspeita de 
Sd.Cushing 
 - Teste de Supressão com Dexametasona. 
 
		
	
 
 
 
Caso Clínico 
Zeitgeber ou “doadores de tempo" 
BMF-3 06/04/2020 Aula 2 - ENDOCRINO 
 
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Mulher, 42 anos, com perda de 9Kg em 3 meses, tremores e palpitação vem para sua avaliação. 
Notou aumento progressivo de volume cervical. 
Ao exame físico: bócio com aumento de volume as custas de bolo esquerdo. Sem oftalmopatia 
(alteração do olho). Presença de tremor fino de extreminadade. FC 110 bpm. 
Exames Laboratoriais: TSH 0,01 mUI/L (VR o,4 a 4,0); T4 livre 2,1 ng/dL (VR 0,8 a 1,9); T3 2,5 ng/mL 
(VR 0,7 a 1,8); TRAb 0,8 UI/L (VR < 1,75) 
Cintiolografia com iodo mostrou a imagem abaixo. 
 
1. Qual a mais provável hipótese diagnostica. 
R: Hipertireoidismo por adenoma tóxico ou nódulo quente de tireoide (doença de Plummer). 
– Devido ao aumento ou inflamação da glandula 
2. Qual o mais provável mecanismo de patogênese dessa doença. 
R: Mutações ativadora do receptor transmembrana TSH; ou mutação ativadora da proteína 
Gs do receptor do TSH 
3. Qual a conduta mais apropriada? 
R: Radioiodo ou cirurgia. Aceitável: usar drogas antitireoidinana para controlar a paciente 
antes do procedimetento. 
Caso Clínico 2

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