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PREVIDENCIA PRIVADA

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UNIVERSIDADE GERALDO DI BIASE
CURSO DE GRADUAÇÃO DE GESTOR DE RECURSOS HUMANOS
PREVIDÊNCIA PRIVADA
IARA DO NASCIMENTO DUARTE
VOLTA REDONDA
2019
INTRODUÇÃO
A previdência privada, ou previdência complementar, é uma modalidade de aplicação financeira cujo principal objetivo é garantir uma renda mensal no período em que você quer parar de trabalhar, por algum motivo especial, ou simplesmente deseja se aposentar.
Como o próprio nome sugere, é uma renda “extra”, um complemento ao benefício pago pela Previdência Social. Só para lembrar, no Brasil, o piso da aposentadoria por idade é de 65 e 60 anos, para homens e mulheres, respectivamente.
Obviamente que a previdência privada não é uma modalidade de aplicação exclusiva para quem trabalha, é chamada assim por se tratar de um investimento de longo prazo, cujo usufruto se dá ao final da carreira profissional ou depois de muitos anos.
DESENVOLVIMENTO
	A previdência privada serve muito bem a qualquer pessoa que deseja aumentar sua renda no período de aposentadoria.
	Para compreender melhor como funciona esta aplicação, podemos dividi-la em duas fases:
· Fase de acúmulo: fase em que você deposita uma quantia mensal pré-estabelecida durante um longo período de tempo (em geral, de 20 a 35 anos);
· Fase de renda: nesta fase você recebe o dinheiro (se inicia logo após ao término da fase anterior).
Como qualquer outra aplicação, você não receberá apenas a mesma quantia que depositou durante todo o período.
	Por exemplo, depositando R$ 500 mensalmente pelo período de 30 anos, o valor total dos depósitos será de R$ 180 mil. Contudo, o montante resgatado será igual ao valor depositado mais os rendimentos do período. A rentabilidade do seu dinheiro advém de aplicações feitas em renda fixa e ações conversadoras.
	Esta aplicação, no entanto, é indicada para quem tem renda superior ao teto de contribuição e benefício pelo INSS, não é contribuinte do INSS ou não tem disciplina para fazer a própria poupança. Ou seja, se você possui renda maior que o teto, pode optar pela previdência privada para manter o mesmo patamar financeiro no período de aposentadoria.
	Para definir seu plano de previdência privada, você precisa ter em mente três questões básicas:
1. Quando você deseja iniciar a aplicação;
2. Quando você deseja se aposentar;
3. Quanto você quer receber de renda extra na aposentadoria.
	
	Com isso você chega ao valor dos aportes mensais, ou seja, de quanto precisa desembolsar para garantir a renda extra desejada para o seu futuro. Feito isso, agora é escolher o tipo de plano que deseja.
	Além dos planos de previdência privada, que são entidades abertas de previdência complementar, há também o Funpresp e Fundos de Pensão, que são entidades fechadas.
PREVIDÊNCIA PRIVADA: PGBL OU VGBL
	Os produtos disponíveis no mercado brasileiro são PGBL e VGBL.
	É importante frisar que os planos de previdência não possuem qualquer tipo de garantia de rentabilidade, o que teoricamente significa que você poderá vir até a perder rendimentos.
	Contudo, ao analisar os dados históricos, verifica-se que elas sempre rendem, na medida em que rendem também a renda fixa e os fundos de ações conservadores (principais alvos destas aplicações).
· VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre): Ideal para pessoas que fazem a declaração simplificada de IR, para profissionais liberais e/ou para quem já contribui com 12%, pois não é dedutível do Imposto de Renda.
· PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre): Ideal para quem faz a declaração completa de Imposto de Renda, pois ele é dedutível em até 12% da base tributável do IR.
	Independente do plano de previdência privada escolhido (PGBL ou VGBL), você precisará definir o regime de tributação que incidirá sobre seu investimento: tabela progressiva ou regressiva.
PREVIDÊNCIA PRIVADA: TAXAS COBRADAS
	As taxas são as grandes vilãs de qualquer plano de previdência privada. Fique atento a elas, em geral os bancos e as seguradoras não gostam de esclarecer muitos detalhes sobre as mesmas. 
· Taxa de carregamento:
	Incide sobre as contribuições realizados. Em geral, estas taxas variam de 0 a 3%. Exemplo: se você aplica R$ 1.000,00 e a taxa de carregamento é 2%, haverá um desconto de R$ 20,00 e o total aplicado será de R$ 980,00.
· Taxa de administração:
	Custo da gestão dos ativos, que incide sobre a rentabilidade total da aplicação. Em geral varia entre 1,5% e 3% ao ano. Cuidado, pois esta taxa é a de maior impacto na aplicação, opte sempre pelo plano que oferece a menor taxa.
· Taxa de saída:
	Cobrada no caso do resgate antecipado da aplicação. Contudo, a maioria das seguradoras executam esta cobrança apenas nos primeiros anos. Algumas seguradoras impõe prazos de carência para resgates e transferências externas parciais ou totais.
PREVIDÊNCIA PRIVADA: TIPOS DE RENDA
	Existem, ainda, algumas variáveis que precisam ser definidas, independente do produto que você escolher. Escolha o tipo de renda desejado para que você receba os rendimentos da sua aplicação. São elas:
· Renda temporária: você recebe uma pensão por um período determinado. Porém, quando você morrer o benefício “cessa”, mesmo que haja “saldo remanescente”.
· Renda vitalícia: você recebe uma pensão mensal enquanto viver, ou seja, ao passar dessa para uma melhor o benefício cessa imediatamente, independente de eventuais “saldos remanescentes”.
· Renda vitalícia reversível ao beneficiário: você recebe uma pensão mensal até falecer, e quando isso ocorrer, um percentual desse dinheiro é revertido a um beneficiário (indicado em contrato) até sua morte.
PREVIDÊNCIA PRIVADA: GARANTIAS ADICIONAIS
	Os planos de previdência privada possuem garantias adicionais, que você pode optar normalmente pagando uma taxa a mais. Veja as principais possibilidades oferecidas no mercado:
· Pecúlio por morte: caso você venha a falecer antes do período de renda, o beneficiário recebe o montante integral acumulado até a data;
· Pensão por prazo certo: semelhante ao caso anterior, com a diferença de que o recebimento da aplicação ocorre em parcelas (no formato de pensão);
· Pensão a filhos: o(s) filho(s) menor(es) de idade receberão uma pensão mensal até atingirem a maioridade, no caso do seu falecimento;
· Pensão ao cônjuge: semelhante à opção anterior, porém destinada a apenas um beneficiário (em geral o cônjuge ou companheiro);
· Renda por invalidez: caso você venha a se tornar inválido durante o período de acúmulo, você receberá uma renda mensal, uma espécie de seguro por invalidez.
CONCLUSÃO
	Conclui-se que como a maioria das pessoas, poderá receber após a vida ativa um benefício oficial ou público: "a aposentadoria do INSS".  Entretanto, dependendo de sua renda antes de se aposentar, esse benefício não será suficiente para a manutenção do seu padrão social e de sua qualidade de vida.
	Então, a Previdência Complementar, como o nome indica, é uma opção para proporcionar a manutenção do padrão de vida na aposentadoria e em situações que impeçam a atuação profissional, gerando uma renda adicional à dos benefícios concedidos pela Previdência Oficial.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
· https://queroficarrico.com/blog/previdencia-privada/
· https://economia.uol.com.br/guia-de-economia/guia-entenda-o-que-e-a-previdencia-privada.htm
· https://www.capesesp.com.br/web/pep/previdencia-complementar

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