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A IMPORTÂNCIA DA EJA Cassyana Freitag Gonçalves¹ Lilian Medeiros¹ Thais Ferrão da Rocha¹ Valquíria Zeferino Germano da Silva² RESUMO O trabalho tem o objetivo de mostrar a importância que tem o homem em estar alfabetizado, atualizado e por dentro das atuais exigências do mundo. O educador Paulo Freire teve um papel fundamental na história da EJA no Brasil, pois foi um dos que mais apoiou a causa. Apresenta as dificuldades que as cidadãs tinham na época do início da alfabetização, relata que desde as mudanças na sociedade na década de 30, o sistema de ensino de educação começa a se firmar e então a educação básica de adultos começa a estabelecer-se, analisa o ser humano alfabetizado e seus níveis de evolução em relação à alfabetização e os benefícios que isso traz para a sua vida, fazendo com que o torne um cidadão participativo de seus deveres e direitos. O projeto EJA surgiu para substituir o antigo supletivo, oferecendo a oportunidade para jovens e adultos retomarem os estudos, possibilitar o acesso à educação é extremamente importante, afinal é dessa forma que se amplia as oportunidades de trabalho dessas pessoas, que conseguem ter acesso a vagas melhores e com salários mais altos, além da formação como indivíduo e cidadão. Palavras-chave: Aprendizagem. Educação. EJA. 1. INTRODUÇÃO No Brasil a EJA teve iniciativas de instituições formais ou não. Em diferentes áreas de conhecimento o Brasil enfrenta problemas com a educação, observando a sociedade, o acesso a frequentar a instituição de ensino regularmente e uma condição que depende do poder político e social. A alfabetização no Brasil iniciou em (1964 – 1985), com o movimento brasileiro (MOBRAL) aonde a preocupação não era a formação do homem, tinha como única finalidade ensinar o básico, que realizava estas tarefas eram monitores eles recebiam material didático e um cursinho, não tinham preparo ensinavam somente a mecânica da escrita. Portanto, o educador Paulo Freire observou estes fatos e chamou a atenção e demonstra preocupação pela situação, enfatiza a importância de se associar o aprendizado, mostrando à eles que tem o desafio de compreender que a desigualdade social são causas de dificuldades para o ensino, más isso não deve ser um impedimento para a evolução da educação, da capacidade necessária das pessoas melhorarem seu dia a dia e continuarem aprendendo e com resultado ter uma vida melhor. 2. A ALFABETIZAÇÃO NA EJA A alfabetização não e somente ensinar a ler e escrever, ela também das muitas possibilidades de desenvolvimento como ser humano para a vida do aluno, assim o fica inserido no mundo. No Brasil e em alguns outros lugares da américa latina, a educação de jovens e adultos viveu um período de amadurecimento que veio com transformações e mudando a compreensão que se tinha a pouco tempo atrás. O conceito da educação de jovens e adultos vai se movendo em direção popular, na forma que a nossa realidade vai começando a fazer algumas exigências, ligadas a sensibilidade e a competência cientifica dos nossos professores, uma das exigências é que se tenha mais compreensão e críticas dos professores, do que se vem ocorrendo no dia a dia do meio popular. “O ato criador prova natural estado de satisfação decorrente do poder de criar, e essa alegria gera valores mais importantes que mobilizam sentimentos de autoconfiança nos alunos e os leva a sentir e descobrir outros valores fundamentais a vida” (Ministério da Educação; 1997, p. 49). Através dessa citação o autor mostra que é muito importante se valorizar o que cada ser humano sabe fazer, ou seja, deve-se utilizar toda a experiência e o conhecimento que trazem de casa ao longo de suas vidas, e que sempre devemos oferecer melhores condições possíveis de aumentar o seu conhecimento, pois, cada um de nós tem a sua história. E que cada ser humano carrega o dom de ser capaz. Por isso e importante entendermos, e respeitarmos, saber aproveitar todos os conhecimentos dos alunos, e que sim, todos eles são capazes de ler e escrever, somente não tiveram oportunidade de frequentar a escola na idade correta, nunca e tarde demais para se correr atrás de estudar. Os alunos quando resolvem votarem a escola eles precisam mais do que somente o conhecimento eles precisão de motivação, e a melhor motivação que os professores podem dar a eles e de palavras de afeto e valorização- “é isso ai”. “Você conseguiu”. “Muito bem”. São tantas a s palavras que vão fazer muita diferença para esses alunos, com esse tratamento em sala de aula vamos conseguir desenvolver no aluno autoconfiança. Paulo Freire nos deixa claro que devemos orientar quem e analfabeto, e devemos aproveitar todos os seus conhecimentos, trazendo tudo para atualidade, este conhecimento está dentro de cada aluno. Temos que fazer com que esse aluno não tenha medo de se expressar. A alfabetização não pode ser reduzida a um aprendizado técnico-linguísticos, como um fato acabado e neutro, nem como simplesmente uma construção pessoal - intelectual. A alfabetização passa por muitas questões de ordem logico-intelectual, sociocultural, politica, afetivo e técnico. Paulo Freire concorda que o papel do professor é mediar o aprendizado dos alunos, tentando botar em primeiro lugar a bagagem e conhecimento que seus alunos trazem de casa, devemos ajudar eles a se expressarem os seus conhecimentos para a leitura e a escrita. "A formação econômica, política e social dos adultos devia ser desenvolvida a partir de suas atividades cotidianas e de suas preocupações fundamentais."(Barquera, 1982, p.16). O autor fala sobre o conceito de se educar, deve- se incluir os aspectos vividos por seus alunos, aproveitar os conceitos vividos no dia a dia para fazem trabalhos, família, saúde, vida familiar, trazendo tudo isso, vamos estar aproveitando o conhecimento de cada um. Os altos níveis de analfabetismo passa a ser o centro das preocupações revelada nos discursos e nas programações dos governos por configurarem em estágio de extremo subdesenvolvimento para seus Países.” (Alair Miranda, 2003, p. 214). A autora tenta nos passar uma ideia que os nossos governantes estão muito preocupados com aos autos níveis de analfabetos pois, acreditam que isso irá atrapalhar no crescimento dos pais e isso realmente acontece mas infelizmente só ocorre na teoria, por que infelizmente na pratica ainda não estamos vendo nada de resultados satisfatórios, o que os nossos governantes fazem e pouquíssimo. Ainda temos muita insuficiência de políticas voltadas para a educação, tem sido muito pouco planejada, a maioria não ultrapassa a fase de sua programação, é por isso que tem que se colocar em pratica e realmente ajudar as pessoas, precisamos que tirem todos esses projetos engavetados e façam eles funcionarem, temos que ter esperanças que esse quadro muito alarmante de analfabetos seja revertido. 3. O PROFESSOR NA EJA Suprir a escolarização regular para os adolescentes e adultos que não a tenham seguido o concluído na idade própria e proporcionar mediante repetida volta à escola, estudo de aperfeiçoamento ou atualização para os que tenham seguido o ensino regular no todo ou em parte. (Alair Miranda, 2003, p.135). Isto quer dizer que devemos contribuir para que os jovens e adultos possam desenvolver as suas habilidades e participem da vida em coletivo, orientar para a melhoria de sua formação, ter sempre como objetivo principal a comunicação interpessoal, tornando-se agente do auto desenvolvimento e ter uma mudança social, então eles vão desenvolver sua capacidade de se integrar no grupo social, de desempenho constante dos direitos e deveres do cidadão e da participação da evolução cultural. “Ter a noção dos conhecimentos transmitidos e adquiridos é fator importante por permitir visualizaro que a sociedade considera como necessário de ser preservado para instrução básica e útil aos fins a que pensavam destinar. ” (Elvira Mari,1986, p.256). O professor precisa saber aproveitar o conhecimento de seus alunos e trabalhar com o concreto, ou seja, o que o aluno adquiriu na sua vida, tentar atualizar esses conhecimentos com a realidade do dia a dia, de acordo com o que a sociedade exige. A importância do papel do educador, o mérito da paz com com certeza de que faz de sua tarefa docente não apenas ensinar os conteúdos, mas também ensinar a pensar certo. (FREIRE,1996, p.27). O verdadeiro papel do professor é auxiliar o aluno a pensar e a ser crítico e não o tornar uma máquina, o professor tem que ensinar o aluno a lutar pelo que deseja, pelo que acha certo, ou seja, o aluno tem que saber o que ele quer e que caminhos quer percorrer para alcançar seu objetivo. "Às vezes, mal se imagina o que pode passar a representar na vida de um aluno um simples gesto do professor."(FREIRE,2001, p.9). Quando o professor consegue transmitir respeito ao aluno e autoconfiança, tenha certeza que esse aluno se tornara uma pessoa melhor, crítico e sempre vai lutar pelos seus objetivos, mas quando o professor e desinteressado e rude, não se importa com seus alunos não está nem ai se estão aprendendo ou não, se tem algum problema alguma dificuldade, com certeza esse aluno se tornara um aluno mal humorado, sem motivação, e não se importara com nada ou seja para ele tanto faz como tanto fez. Tudo isso nos diz que o professor tem que estar realmente preparado e querer estar em sala de aula para receber seus alunos qualquer problema ou dificuldades que o aluno possa ter, o professor tem que se dedicar o máximo para fazer com que esses alunos com mais dificuldades se sintam à vontade. O aluno precisa ser orientado de maneira correta para que tenha uma aprendizagem eficaz. Os professores sabem bem que muito aluno quase não tem projeto e que é difícil propor-lhes um. A nostalgia da classe homogêneas e prontas para trabalhar não desapareceu. Porém, é preciso trabalhar da realidade da escolarização em massa. (PERRENOUD, pg. 38). Os alunos estão sem ponto para ingressarem a escola, pois o costume deles e trabalhar para sustentar a sua família, não estar em uma sala de aula aprendendo para o seu futuro. Agora o professor vai se encarregar de trazer fazer o aluno se sentir bem dentro da sala de aula com motivação e dialogo para que ele se entrose com seus colegas e tenha um bom desenvolvimento em sala de aula. 3. MATERIAIS E MÉTODOS A pesquisa realizada para a elaboração deste artigo foi de cunho qualitativo, os dados da pesquisa surgiram através de livros como de José Rubens Lima Jardilino que diz que o livro é destinada a formadores de docentes, a professores que atuam na EJA, a pesquisadores da área, àqueles que militam nas causas do ensino e aprendizagem de jovens e adultos e da educação popular, a profissionais da educação que exercem funções de gestão e coordenação pedagógicas nas unidades escolares e nos sistemas de ensino, a obra possibilita um debate para além das práticas e dos saberes pedagógicos. FIGURA 1: Educação de Jovens e Adultos, sujeitos, saberes e práticas. Fonte: Cortez Editora Jose Rubens Jardilino 2015. Também foi feito o uso do livro de Maria Helena Weschenfelder, José Jackson Reis dos Santos e Lorita Maria de Oliveira, que diz que com base em experiências pedagógicas concretas, revelam marcas de diferentes trajetórias profissionais. O conjunto de textos deste livro traduz um processo educacional vivido pelos autores no contexto do estado da Bahia, tendo como campo de vivência práticas desenvolvidas na modalidade de educação de pessoas jovens, adultas e idosas Assim como também fizemos o uso de sites e blogs, como o de Leônico Soares, que fala em sua revista online de educação, sobre a formação inicial do educador de Jovens e adultos e também o site de Marcélia Amorim Cardoso e Gisele de Andrade Louvem dos Passos, que em sua revista eletrônica, que fala sobre a EJA como modalidade de ensino e as contribuições de Paulo Freire para a EJA. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Este trabalho nos possibilitou a conhecer melhor e compreender a modalidade EJA, ver o quanto é importante seu ensino e aprendizagem, conhecer a modalidade de ensino para as pessoas que não tiveram condições de estudar na faixa etária correta e ver que o EJA possibilita igualdade e melhores condições de vida. Enfatiza-se a metodologia de educador Paulo Freire, conhecer a realidade do aluno, seu cotidiano e valorizar o seu esforço, entendendo que a escolarização tardia requer atenção para os motivos que estas pessoas tiveram para largar os estudos na idade correta, e não conseguiram frequentar a escola. Portanto, É de suma importância valorizar o professor por sua formação e ter políticas de incentivo, valorizar o aluno mostrando a ele que a escola e importante para a formação do ser humano. A Educação de Jovens e Adultos aborda concepções, metodologias, práticas e especificidade dessa modalidade de ensino que indicam proximidades e distanciamentos para o direito que a educação seja atendida para todos. Portanto, é importante valorizar o professor por sua formação e ter políticas de incentivo, valorizar o aluno mostrando a ele que a escola e importante para a formação do ser humano. 5. CONCLUSÕES O ensinar e a aprendizagem abrange uma grande troca de ideias e experiências vividas tanto pelos educandos quanto pelos educadores, a EJA é uma modalidade que mostra não só o que está no papel, mas põe em prática, sim somos capazes de mudar os rumos sociais do nosso pais através da educação, a alfabetização consciente aos jovens e adultos, sendo esta, a formação para transformação do cidadão no seu meio social. É muito urgente a alfabetização, em uns pais onde as diferenças culturais e sociais mostram cada vez mais o impedimento para que tenham sucesso e estabilidade econômica de toda a sociedade. Fazer com que todos os alunos tornem-se pessoas aptas a ler e escrever, entendendo assim as mais diversas mensagens e linguagens existentes na sociedade que o mundo os da a possibilidade de conhecer, é papel de todos e não somente de alguns professores. O professor deve trabalhar a partir dos interesses de seus educandos, satisfazendo suas necessidades de aprendizagem, assim o professor da EJA deve sempre considerar todo contexto social, familiar e profissional de seus alunos em suas práticas. Propõe-se ter a contribuição dos alunos ativamente em atividades educativas ajudando nas práticas sociais, nas quais estejam todos ligados. Assim, a EJA deve ser considerada como uma chave indispensável para o exercício da cidadania na sociedade atual, contribuindo na formação dos educandos que vivem em tempos de grandes mudanças e inovações. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Adriana. CORSO, Angela Maria. A Educação de Jovens e Adultos: Aspectos Históricos e Sociais. Disponível em: < https://www.passeidireto.com/arquivo/42984120/educacao-eja >. Acesso em 23/08/2019. CARDOSO, Marcélia Amorim. PASSOS, Gisele de Andrade Louvem. Revista Educação Pública. Reflexões sobre a Educação de Jovens e Adultos e a Formação Docente. Disponível em: < https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/16/25/reflexes- sobre-a-educao-de-jovense-adultos-e-a-formao-docente >. Acesso em: 20/08/2019. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v18n67/a11v1867 >. Acesso em: 23/08/2019. FREDDI, Nadine. Monografias Brasil Escola UOL. Alfabetização e Letramento: Organizando o Trabalho Pedagógico. Disponível em: < https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/alfabetizacao- letramentoorganizando-trabalho-pedagogico.htm >. Acesso em 18/08/2019. FREIRE, Paulo. Educação como Prática da Liberdade. Rio de Janeiro, Ed. Paz eTerra. 27ª ed. 2003. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários á prática educativa. São Paulo, Ed. Paz e Terra: 1996. FRIEDRICH, Márcia. BENITE, Anna M. Canavarro. BENITE, Cláudio R. Machado. PEREIRA, Viviane Soares. Trajetória da Escolarização de Jovens e Adultos no Brasil: de Plataformas de Governo a Propostas Pedagógicas Esvaziadas. JARDILINO, Jose Rubens de Lima. Educação de Jovens e Adultos, sujeitos, saberes e práticas. Cortez Editora. São Paulo. 2015. KUBO, Elvira Mari. A Legislação e a Instrução Pública de Primeiras Letras. São Paulo-SP, 5ª ed. Ed. Paz e Terra: 1986. MIRANDA, Alair dos Anjos Silva de. Educação de Jovens e Adultos no Estado do Amazonas-Manaus: EDUA, 2003. MOACIR, Gadotti. Educação de jovens e Adultos: Teoria, Prática e Proposta. São Paulo: Ed. Cortez. 4ª Ed, Instituto Paulo Freire, 2001. SOARES, Leônico. Educação em Revista. O Educador de Jovens e Adultos e sua Formação. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S01024698200800010000 5 >. Acesso em: 20/08/2019.
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