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TRABALHO DUE

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Aluna: Maria Audileia da silva vilaça
Matricula.- 11121019
1. Hipótese DUE
Portugal apresentou uma proposta a dez outros estados membros da União Europeia com o objetivo de instituir uma cooperação reforçada em matéria de saúde pública. A proposta foi de imediato bem acolhida por 7 dos dez estados, pelo que Portugal dirigiu um pedido à Comissão com vista à instituição da cooperação reforçada. A Comissão considerou o pedido oportuno e coerente com os objetivos e políticas da União, pelo que propôs ao Conselho a instituição da referida cooperação reforçada.
a) A cooperação reforçada de iniciativa de Portugal enquadra-se nas condições estabelecidas nos Tratados? Fundamente e justifique.
Resposta: A cooperação reforçada encontra-se prevista no artigo 329 do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia como um mecanismo de aprofundamento de integração entre 10 ou mais estados membros que o pretendam, desde que em domínios autorizados e que não sejam da exclusiva competência da Comissão Europeia.
No caso presente, a saúde publica representa uma das áreas em que os estados podem instituir mecanismos de cooperação reforçada. No entanto, a proposta de Portugal não se enquadra nas condições previstas para poder ser acolhida, uma vez que reuniu o consenso de apenas sete dos dez estados membros previstos no n.º 2 do artigo 329 do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia.
b) Qual o procedimento para instituição de uma cooperação reforçada? 
O Art.º, 329 diz que os estados membros que pretendam instituir entre si uma cooperação reforçada no âmbito da politica externa e de segurança comum devem dirigir um pedido nesse sentido ao conselho.
c) Quais instituições participam do processo?
As instituições implicadas no processo de decisão são o Parlamento Europeu e a Comissão Europeia.
d) Qual a maioria exigida no âmbito da deliberação do Conselho? 
Na implementação de uma cooperação reforçada, o novo artigo 44º do Tratado da União Europeia prevê que todos os membros do Conselho podem participar nas deliberações, mas que apenas os representantes dos Estados-membros que participam nessa cooperação tomam parte no processo de adaptação das decisões. Deste modo, e de acordo com as matérias em causa, as decisões são adotadas em conformidade com os procedimentos que caracterizam cada domínio (unanimidade, votação por maioria qualificada, procedimento de codecisão ou consulta).
e) Que estados participam na votação?
Participam na votação apenas os Estados que integram a cooperação reforçada. No entanto, e apesar de ser constituída com um número mínimo de 10 estados, qualquer outro estado-membro pode posteriormente vir a integrar esta cooperação reforçada. 
f) f) Pode ser instituída uma cooperação reforçada em matéria de PESC? Qual o procedimento para o efeito? Responda fundamentadamente. Fundamente cada uma das respostas enunciando as normas dos Tratados aplicáveis.
Sim, no âmbito da PESC, verifica-se que o órgão decisório é o conselho, sendo a função da comissão meramente consultiva, e o papel do parlamento Europeu nulo. Quanto ao sistema de votação, estabelece-se desde logo que só os membros do conselho que representem os estados-membros participantes numa cooperação reforçada podem participar da votação, pois segundo o artigo 330 do TFUE,o que impede que os estados-membros não interessados obstaculizem as deliberações do conselho sobre o assunto. Tal não exclui contudo, esses estados-membros de participar nas deliberações do conselho.
g) 2. Considerando os textos remetidos respeitantes à cooperação estruturada permanente elabore um comentário analítico e crítico sobre a PESCO
Na Cimeira de Bratislava, de setembro de 2016, os dirigentes da UE decidiram reforçar a cooperação nas áreas da segurança externa e da defesa comum, e em dezembro de 2016 aprovaram o plano de execução em matéria de segurança e defesa e instam a uma ação rápida no sentido de intensificar a cooperação entre a UE e a OTAN, com o objetivo de dar resposta aos conflitos e crises externos, desenvolver as capacidades dos estados membros e proteger a UE e os seus cidadãos
Em novembro de 2017, 23 Estados-Membros da UE apresentaram uma notificação conjunta ao Conselho de Ministros da UE, estabelecendo a intenção de utilizar o mecanismo de cooperação estruturada permanente (PESCO) para promover a defesa europeia (PCSD). A Irlanda e Portugal viriam a aderir posteriormente no início de dezembro e uma decisão de lançamento formal do PESCO foi adotada em 11 de dezembro de 2017. Os primeiros 17 projetos de capacidade foram formalmente lançados em março de 2018, com uma segunda parcela de 17 projetos acordados em novembro de 2018. O Reino Unido não assinou a Notificação Conjunta e, portanto, permaneceu fora da PESCO. 
A PESCO corresponde também a uma maior tomada de consciência da Europa de que os interesses geoestratégicos e geopolíticos da Europa não se confinam à NATO e também à constatação de que os interesses dos EUA e da Europa, muito embora coincidentes na maioria da sua história são, hoje, bastante diversos e até antagônicos face as ultimas posições da administração norte americana.
Assim, a PESCO pode ser vista como um ensaio de uma defesa europeia, muito embora numa fase ainda insipiente.

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