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TUTELA PROVISÓRIA ANTECEDENTE 3. Procedimentos antecedentes O CPC nessa parte alterou consideravelmente o tratamento da “tutela provisória”. É possível formular pedido de tutela de urgência antes mesmo de existir pedido de mérito. Conceito de Procedimento antecedente Procedimento antecedente é aquele que admite que se peça tão somente uma tutela de urgência – cautelar ou antecipada – e, posteriormente, seja realizado o pedido de mérito. Segundo Fredie Didier Jr: A tutela provisória antecedente é aquela que deflagra o processo em que se pretende, no futuro, pedir a tutela definitiva. É requerimento anterior à formulação do pedido de tutela definitiva e tem por objetivo adiantar seus efeitos (satisfação ou acautelamento). Primeiro, pede-se a tutela provisória; só depois, pede-se a tutela definitiva. E conclui: A tutela provisória antecedente foi concebida para aqueles casos em que a situação de urgência já é presente no momento da propositura da ação e, em razão disso, a parte não dispõe de tempo hábil para levantar os elementos necessários para formular o pedido de tutela definitiva (e respectiva causa de pedir) de modo completo e acabado, reservando-se a fazê-lo posteriormente. 3.1 Tutela Antecipada (satisfativa) em caráter Antecedente (TAA) Neste caso a urgência é contemporânea à propositura da ação. Como o CPC/73 não previa a TAA, acabou-se criando as tutelas cautelares satisfativas que, na verdade, eram “falsas cautelares”. Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. § 1o Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo: I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar; II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma do art. 334; III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335. § 2o Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo, o processo será extinto sem resolução do mérito. § 3o O aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo dar-se-á nos mesmos autos, sem incidência de novas custas processuais. § 4o Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor da causa, que deve levar em consideração o pedido de tutela final. § 5o O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do benefício previsto no caput deste artigo. § 6o Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito. Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. § 1o No caso previsto no caput, o processo será extinto. § 2o Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput. § 3o A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2o. § 4o Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2o, prevento o juízo em que a tutela antecipada foi concedida. § 5o O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2o deste artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do § 1o. § 6o A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2o deste artigo. 3.1.1 Procedimento Requisitos da Petição Inicial da TAA a) Exposição dos fatos (expor a lide) b) demonstração da probabilidade do direito que se busca assegurar c) demonstração do risco da demora d) pedido (requerimento) de antecipação de tutela e) indicação da utilização do procedimento de TAA f) indicação de possível estabilização da demanda (art. 303, §5º) g) Valor da causa correspondente ao pedido final Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. § 4o Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor da causa, que deve levar em consideração o pedido de tutela final. § 5o O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do benefício previsto no caput deste artigo. Atenção! A indicação da utilização do procedimento da TAA é importante não apenas para demonstrar a não necessidade de emenda da PI (artigo 321), pois não se submete aos requisitos do artigo 319, mas em razão do procedimento ser diferente. Uma vez feito o pedido de TAA, o juiz poderá deferir ou indeferi-lo. Emenda da Petição Inicial (TAA) Caso seja indeferido o pedido de TAA em razão do não preenchimento dos pressupostos, o juiz intimará o autor que poderá emendá-la, não apenas para corrigir eventuais vícios, mas, também, para trazer novos elementos para convencimento do magistrado. Prazo = 5 dias. Se não cumprir no prazo haverá o indeferimento e extinção sem julgamento do mérito. Decisão sobre a emenda da PI Deferimento = segue procedimento que será exposto. O juiz deve intimar o autor para apresentar o aditamento e determinar a citação e intimação do réu para cumprimento e comparecer à audiência de conciliação e mediação. Indeferimento = aditamento da PI pelo autor. Atenção! Não há estabilização da decisão que indefere a TAA. Aditamento da Petição Inicial Aditar = complementar; acrescer. Uma vez concedida a TAA, o autor deverá aditar a PI trazendo maior fundamentação, trazendo novas provas e o pedido de confirmação da TAA. Prazo = mínimo 15 dias. O Juiz pode (é mais prudente) ampliar esse prazo. Isso facilitaria na aplicação da estabilização dos efeitos. Citação e intimação do réu Após a concessão da TAA o réu é citado e intimado da decisão, devendo comparecer à audiência de conciliação ou mediação. Não havendo autocomposição, inicia-se o prazo para apresentação da defesa. Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data: I – da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessãode conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição; É preciso ter certeza se já houve o aditamento da PI até a audiência. Se ainda não houve o aditamento, somente depois dele começará a fluir o prazo para apresentar a contestação. Custas processuais No aditamento não se exige pagamento de custas, pois não há uma nova relação processual. Art. 303 § 3o O aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo dar-se-á nos mesmos autos, sem incidência de novas custas processuais. (Im)prescindibilidade do aditamento Apesar da urgência, caso o autor tenha tido condições de preencher todos os elementos necessários ao julgamento do mérito o aditamento é obrigatório? Artigo 303 § 2o Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo, o processo será extinto sem resolução do mérito. Eduardo Arruda Alvim entende que, se o autor preencheu todos os requisitos da petição inicial (artigo 319) e do procedimento de TAA, não deve ser exigido o aditamento, basta que ele indique que pretende se valer dos benefícios do procedimento de TAA (art. 303, §5º), pois sua petição já estaria completa. Consequências da concessão da TAA A concessão da TAA pode acarretar 3 situações: - Estabilização da decisão -Alteração do procedimento (se houver aditamento) -Extinção sem julgamento do mérito (se não houver aditamento) 3.1.2 Estabilização da tutela 3.1.2.1 Aspectos gerais A estabilização da tutela ocorre quando a TAA é concedida e não há recurso da outra parte, extinguindo-se o processo. É uma decisão interlocutória que continuará a produzir efeitos mesmo após a extinção do processo. Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. § 1o No caso previsto no caput, o processo será extinto. Fredie Dider entende tratar-se de uma “técnica de monitorização” do processo, aplicando as regras da ação monitória (artigos 700 a 702) às TAA (art. 303 e 304) estabilizadas. Obs.: Estabilização e Coisa Julgada A estabilização não faz coisa julgada material. Ela apenas estabiliza os efeitos práticos da decisão ainda que fora do processo. Art. 304 § 6o A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2o deste artigo. Ela pode ser revista em até 2 anos após a extinção do processo. O processo é extinto sem julgamento do mérito, mantendo-se os efeitos da decisão. Não houve reconhecimento do direito do autor. Obs.: Eficácia Pamprocessual Ela projeto os efeitos da decisão fora do processo. É diferente da coisa julgada. O que se torna estável são os efeitos práticos da decisão e não o comando decisório. A decisão estabilizada não precisará ser observada obrigatoriamente pelo juízo e não está impedida de ser reanalisada, pois apenas os efeitos práticos estão estabilizados. Objetivos da estabilização 1) Afastar o risco da demora com a tutela de urgência 2) Oferecer resultados imediatos e efetivos em razão da inércia do réu. Pressupostos para estabilização a) Para o autor 1. Adoção do procedimento antecedente (somente é possível na tutela antecipada). 2. Opção pela estabilização Obs.: Fredie Dider inclui um pressuposto negativo que é a ausência de declaração do autor na inicial de dar prosseguimento ao processo após a concessão da tutela antecipada (satisfativa). O autor pode pretender obter os efeitos da coisa julgada não concordando com a estabilização. Ele (Fredie) entende ser necessário que o autor declare expressamente na petição inicial a intenção de buscar a tutela definitiva, pois dessa forma o réu terá ciência que seu comportamento irá ou não acarretar na estabilização da decisão, trazendo-lhe vantagens caso se estabilize. Permitir que a manifestação da intenção de buscar os efeitos a coisa julgado seja realizado no aditamento pode trazer prejuízo ao réu que confiava na estabilização e não recorreu da decisão. 3. Concessão da liminar (TAA) Pouco importa se foi proferida pelo juízo de primeiro grau ou em sede de recurso. Se a concessão for apenas parcial, apenas esta parte estará estabilizada. 4. aditamento da petição inicial, caso o prazo para aditamento acabe antes do prazo para apresentação de recurso pelo réu. Este último nem sempre estará presente, pois pode ser que o prazo para apresentação do recurso pelo réu não tenha ocorrido (o juiz pode ter dilatado o prazo para aditamento). Obs.: Fredie Dider não inclui esse pressuposto (ele apresenta o pressuposto negativo). b) Para o réu (inércia do réu) Basta não interpor recurso da decisão que concedeu a TAA. Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. Obs.: Fredie Didier apresenta como 5 pressuposto. Há divergência doutrinária com relação a interpretação desse dispositivo. 1ªc) Interpretação ampliativa (STJ e Fredie Didier) Basta qualquer manifestação de discordância quanto à estabilização desde que seja feita no prazo. Ex.: contestação, pedido de reconsideração O prazo para defesa demora um pouco e o CPC não exige que se espere tanto. Entretanto, se no prazo para recurso, o réu resolve se antecipar e apresentar sua contestação fica afastada a sua inércia, pois irá contestar a tutela provisória e a definitiva. 2ªc) Interpretação restritiva (Eduardo Arruda Alvim) Somente o recurso (agravo de instrumento ou agravo interno) impede a estabilização. Decisão no procedimento de estabilização Preenchidos os requisitos, o Juiz irá prolatar a sentença extinguindo a relação jurídica processual, projetando-se os efeitos da estabilização para fora do processo. O procedimento de estabilização, caso ela ocorra, terá duas decisões: a) decisão interlocutória Concedendo a TAA b) Sentença Reconhecendo a presença dos pressupostos e julgando extinto o processo. Para alterar os efeitos da decisão estabilizada será necessária a propositura de ação de conhecimento no prazo de 2 anos. 3.1.2.2 Rediscussão da decisão estabilizada Mesmo após a estabilização é possível a propositura de ação de conhecimento que tem o objetivo de confirmar, rever, reformar ou invalidar a tutela provisória. O autor pode pretender confirmar a decisão para obter os efeitos da coisa julgada. O réu passa a ter o ônus de buscar uma tutela definitiva para reverter os efeitos da decisão. Art. 304 § 2o Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput. § 3o A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2o. § 5o O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2o deste artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do § 1o. O Prazo Decadencial 2 anos contadosda ciência da extinção. Portanto, somente uma decisão de mérito pode atingir uma decisão estável. Nesta ação de conhecimento permite-se a concessão da tutela provisória, pois, até mesmo na ação rescisória ocorreria. Entretanto, não é possível nesta ação a utilização do procedimento de estabilização, pois esta segunda decisão não seria decisão de mérito. § 6o A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2o deste artigo. ATENÇÃO! Nada impede que a parte pretenda decisão de mérito em relação ao direito material discutido, pois não há coisa julgada material da decisão cujos efeitos se estabilizaram. Para tanto será preciso se valer de uma ação de conhecimento, estando prevento o juízo que proferiu a decisão estável. Vantagem da estabilização da TAA Para Fredie Didier a grande vantagem estaria ligada a diminuição dos custos do processo. 1. Não pagamento de custas Por não opor resistência o réu estaria dispensado do pagamento das custas processuais, aplicação analógica do disposto no §1o do art. 701 do CPC. 2. Redução dos honorários de sucumbência Pagaria apenas 5% de honorários advocatícios de sucumbência, aplicando analogicamente o art. 701, caput, CPC. 3.2 Tutela Cautelar requerida em caráter antecedente (TCA) 3.2.1 Procedimento Artigos 305 a 310 É semelhante à medida cautelar preparatória prevista no CPC/73. Entretanto, não há mais formação de nova relação jurídica processual. Requisitos da Petição Inicial (TCA) a) Exposição dos fatos e fundamentos (causa de pedir) b) Exposição sumária do direito c) direito que se busca assegurar (tutelar) d) risco de dano caso a medida não seja concedida e) pedido de tutela cautelar f) valor da causa Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Defesa do réu Diferente do procedimento anterior (TAA), o réu será citado e intimado para apresentar sua defesa (contestação), indicando provas, independente da cautelar ter sido concedida liminarmente ou não. Prazo para defesa = 5 dias. A defesa se limitará aos requisitos da concessão da cautelar, pois ainda não existe pedido de tutela final ainda dependente de aditamento. Com relação ao mérito, somente a prescrição e decadência podem ser alegadas neste momento, pois elas impedem a formulação do pedido final. Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição. Ausência de defesa Presunção relativa de veracidade dos fatos até então alegados pelo autor. O Juiz decidirá o pedido cautelar no prazo de 5 dias. Art. 307. Não sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias. Procedimento comum Havendo contestação a petição deve ser aditada com o pedido de mérito e segue-se o procedimento comum. Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais. Prazo para aditamento (propositura do pedido principal) 30 dias Atenção! O prazo para aditamento da tutela cautelar antecedente é diferente da Tutela Antecipada Antecedente que é de 15 dias para aditamento. Aditamento Efetivada tutela cautelar, o autor deve formular o pedido de mérito, inclusive trazendo novos fatos e fundamentos (causa de pedir). Prazo 30 dias. Custas judiciais O aditamento não depende de pagamento de custas se o valor não foi alterado. Audiência de conciliação ou mediação Após aditamento é designada audiência de conciliação e mediação, fluindo a partir dela o prazo para apresentação da defesa. Indeferido o pedido acautelatório O indeferimento do pedido cautelar antecedente não impede o autor de formular o pedido final, exceto se reconhecida a prescrição ou decadência. Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição. 3.2.2 Eficácia da decisão Concedida a medida o autor tem 30 dias para aditar a petição inicial para formular pedido de mérito. A decisão continuará a produzir efeitos até que haja decisão em sentido contrário. Perda da eficácia da decisão A decisão deixará de produzir efeitos em 3 situações: Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se: 1. Autor não formula o pedido principal no prazo de 30 dias; I - o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal; A cautelar é instrumento do pedido principal. Se o autor não demonstra interesse no pedido de mérito não há motivo para protegê-lo. 2. Desídia do autor II - não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias; Se a cautelar não se efetivada no prazo de 30 dias por morosidade causada pelo autor (não do Judiciário) seus efeitos estarão extintos. 3. Pedido final for julgado improcedente ou extinto sem julgamento do mérito III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o processo sem resolução de mérito. Se a cautelar é instrumento do pedido principal e este não existe, não há razão protegê-lo. Nova decisão cautelar Somente poderá haver novo pedido cautelar se houver novos fundamentos. Art. 309 Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento. Referências bibliográficas ARRUDA ALVIM, Eduardo; et al. Direito Processual Civil. Saraiva. 2019. DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Vol. 1. Saraiva. 2018. SCARPINELA BUENO, Cássio. Manual de Processo Civil. Saraiva. 2018.
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