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CONTESTAÇÃO DANOS MORAIS E MATERIAIS CONTRA CONDOMÍNIO (1)

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO, ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Processo nº: 000000000000000000 
Ação de indenizatória
 Condomínio Bosque das Araras, representado pelo seu síndico, MARCELO RODRIGUES, ambos, já qualificados, por sua procuradora que esta subscreve no processo em epígrafe, com escritório na rua João Cordeiro, 1550 , Bairro: Centro-Fortaleza, onde recebe as intimações sob pena de nulidade, com endereço eletrônico, e-mail: juliana.adv@gmail.com, nos autos do processo que lhe move João, também já qualificado nos presentes autos, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, oferecer CONTESTAÇÃO, pelos motivos de fato e de direito que a seguir expõe:
 
I - Dos Fatos: 
 João ingressou com ação indenizatória perante a 2ª Vara Cível da Comarca da Capital do estado do Rio de Janeiro, contra o Condomínio Bosque das Araras, requerendo a compensação dos danos sofridos.
 Para tanto, alegando que a integralidade dos danos é consequência da queda do pote de vidro do condomínio, no valor total de R$ 30 mil, a título de lucros cessantes, bem como, 50 salários mínimos a título de indenização por danos morais supostamente sofridos, pela violação de sua integridade física e por ter ficado um período sem poder trabalhar, assim deixando de ganhar de dinheiro para sua subsistência através de sua atividade habitual que lhe garante a subsistência.
II - Das Preliminares: 
 Incialmente, convém ressaltar, que, planeja o autor obter indenização por danos supostamente sofridos, contudo, o condomínio não é parte legitima para se encontrar no polo passivo desta demanda, uma vez que tem-se o conhecimento de que tal pote foi lançado do apartamento 601, logo é parte individualizada, tratando-se portanto de unidade autônoma do condomínio, como assim dispõe o artigo 938 do código civil:
“Art. 938. CC. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.”
 Visto isso, não resta duvidas que a parte legitima para estar no polo passivo da demanda é o dono do apartamento 601, unidade autônoma, seja ele proprietário ou possuidor, e não o condomínio, uma vez que, só comportaria legitimidade passiva caso fosse impossível de reconhecer de qual apartamento o pote foi lançado.
III - Do Mérito 
 Vencida a preliminar anteriormente suscitada, imperioso o conhecimento da improcedência da obrigação de indenizarão autor em relação aos danos sofridos em decorrência da segunda cirurgia a qual João foi submetido, ao passo que, os danos foram produzidos por essa cirurgia. 
 Não obstante, deve ficar claro que, no caso em tela trata-se em verdade de consequências de erro médico, cometido por um ato falho da equipe cirúrgica do hospital X da capital do Rio de Janeiro, de tal modo, e, em verdade, que devendo o hospital ser demandado por responsabilidade objetiva, e não propriamente dito em relação da queda do pote de vidro, uma vez que, na própria petição inicial afirma que estava melhor da realização da cirurgia, até mesmo chegando a trabalhar, e que somente alguns dias, depois da primeira cirurgia, se sentiu mal e descobriu que foi devido ao erro médico, por esquecimento de material cirúrgico deixado em seu corpo. 
 Nestes termos, vejamos o que dispõe a legislação pátria acerca desse tipo de situação do caso em tela:
“Art. 403. CC. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do prejuízo disposto na lei processual.”
 Embora sob o ponto de vista material o evento esteja relacionado, a queda do pote de vidro que foi lançado do apartamento 601, unidade individualizada do condomínio bosque das araras, apenas deve ser atribuído a este os resultados sofridos do primeiro evento danoso, isto é, os lucros cessantes ou não realização da execução de seus contratos no valor de R$ 20 mil. 
 Porém, e, no máximo, como esse valor foi atribuído pelo autor na inicial, o procedimento correto será nomear um perito de confiança deste em juízo, cabendo a este analisar se o valor foi corretamente calculado a título de supostos danos ocorridos em relação ao acidente, e não dos danos causados pelo erro médico, responsabilidade objetiva esta que deve ser tão somente atribuída a instituição hospitalar que sequer foi posta na demanda como polo passivo.
IV - Dos Pedidos: 
Diante do exposto requer a vossa excelência:
1) O acolhimento da preliminar de decadência de ação por ilegitimidade passiva, com a consequente extinção do processo sem analise do mérito;
2) Julgar parcialmente os pedidos do autor, alegados na inicial;
3) A condenação do autor aos honorários advocatícios fixados em 20%;
4) Eventualmente, tendo em vista que o Autor não logrou êxito em comprovar a responsabilidade do condomínio, torna-se inescusável que os pedidos sejam JULGADOS TOTALMENTE IMPROCEDENTES TODOS OS PEDIDOS CONSTANTES NA EXORDIAL.
5) protesta e requer seja deferida a produção de provas de sorte comprovar o quanto alegado por todos os meios de provas admitidas em direito, notadamente pelo depoimento pessoal do Autor, oitiva das testemunhas ora arroladas, juntada posterior de documentos como contraprova, tudo de logo requerido.
Termos em que,
Pede deferimento
Fortaleza, 15 de abril de 2020
Advogado
JULIANA CAVALCANTE A. ALBUQUERQUE
OAB/CE XX.XXX
HEITOR LIMA ALBUQUERQUE
Assessor jurídico

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