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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
TREINAMENTO FUNCIONAL
Jessica do Socorro Moura
O BENEFICIO DO TREINAMENTO DE FORÇA E TREINAMENTO RESISTIDO PARA PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO II
 São Paulo
 2016
JESSICA DO SOCORRO MOURA 
O BENEFICIO DO TREINAMENTO DE FORÇA E TREINAMENTO RESISTIDO PARA PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO II
Trabalho de Conclusão de curso apresentado como requisito para aprovação no curso de pós-graduação em Musculação e Condicionamento Físico, da Estácio de Sá, sob a orientação da Professora Doutoranda Roberta Luksevicius Rica 
SÃO PAULO - SP
2016
Treinamento Funcional
Jessica do Socorro Moura
O BENEFICIO DO TREINAMENTO DE FORÇA E TREINAMENTO RESISTIDO PARA PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO II
	
Trabalho de conclusão de Curso apresentado à Universidade Estácio de Sá, como requisito para a obtenção do grau de Especialista em Treinamento Funcional. 
Aprovado em,_____ de ___________ de __________.
Examinador
Professora Doutoranda Roberta Luksevicius Rica
NOTA FINAL _______________
8
 
 Resumo
O Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença crônica caracterizada pela produção insuficiente de insulina ou pela incapacidade a utilização do organismo a insulina de forma eficiente. Estudos relatam que é comum a doença em indivíduos com faixa etária de 40 anos. 
 
 O primeiro passo para dar inicio ao tratamento do mesmo, começa inicialmente a mudanças de estilo de vida; sair do sedentarismo e a diminuição de ingestão calórica é fundamental.
 Palavras Chaves: Diabetes Mellitus tipo 2 , Treinamento aeróbio, Treinamento de força, Alteração no Estilo de Vida
Abstract
This
Diabetes Mellitus ( DM), Type 2 is a chronic disease characterized by insufficient production of insulin or the inability of the body to use the insulin efficiently. Studies have reported that the disease is common in people over 40 years. However due to lack of healthy eating habits, physical inactivity and obsidade DM is reaching young people.
            The first step to initiate the processing of the initially begins to lifestyle changes; out of a sedentary lifestyle and decreasing caloric intake is crucial.
Keywords: Type 2 diabetes, Aerobic training , Strength training , Change in Lifestyle
Sumário
1	Introdução	7
2	Revisão Bibliográfica	9
2.1	Fatores de risco	10
2.2	Alteração no estilo de vida	10
3	Exercício Físico no DM do tipo 2 Treino aeróbio	11
3.1	Exercício Físico no DM do tipo 2 Treino de força	11
4	Conclusão	14
5	Referências Bibliográficas	15
Introdução
Conhecido como a síndrome de etiologia múltipla 	Diabetes Mellitus tipo 2 é decorrente a falta de insulina ou da incapacidade do exercer adequadamente seus efeitos, resultando a resistência insulínica. Freqüentemente acompanhada de dislipidemia, hipertensão arterial e disfunção endotelial [13].
Segundo Quintão E, ET AL (2000), a DM quando mal controlada gera encargos econômicos para a sociedade comprometendo assim a produtividade, a qualidade de vida aos portadores.
De acordo com Franco LJ (1998) A prevenção primária para combater a Diabetes Mellitus, seria a educação relacionada a saúde, para que assim todos poderá conhecer e saber mais os distúrbios metabólicos.
Para o Arq. Brás Cardiol (2005) e Ministério da Saúde (2001), portadores quando diabéticos é importante para a sua prevenção a modificação do estilo de vida quando associada a pratica do exercício físico regular, alimentação adequada, sendo essas consideradas a primeira escolha para o tratamento da síndrome metabólica, com o intuito de reduzir a circunferência abdominal e visceral, diminuir concentração plasmática de glicose e triglicérides, aumentar os valores de HDL, e assim reduzindo os fatores de riscos para o desenvolvimento da DM tipo 2 e doença cardiovascular.
Objetivo
O objetivo deste trabalho é investigar os benefícios do exercício físico no treinamento aeróbio e no treinamento de força para com os portadores de diabetes mellitus tipo 2, melhorando assim seu desempenho nas atividades diárias.
12
	Revisão Bibliográfica
1. Diabetes Mellitus tipo 2
O Diabetes Mellitus do tipo 2 é proveniente ao aumento da morbidade e da mortalidade seguido a doenças cardiovasculares. Ambos apresentam componentes genéticos e os principais possíveis antecedentes. [7].
Segundo autores Smeltzer e Bare (2002), o Diabetes Mellitus tipo 2 é uma síndrome heterogênea que resulta de defeitos na secreção e na ação da insulina, sendo que a patogênese de ambos os mecanismos esta relacionado a fatores genéticos e ambientais . Sendo a sua incidência e prevalências vêem aumentando em várias populações tornando-se assim uma das doenças mais prevalentes do mundo. 
De acordo com Wajchenberg BL, (1992), DM do tipo 2 é observada a resistência para a captação de glicose estimulada pela insulina independentemente da hiperglicemia , e a deterioração dependendo da capacidade do pâncreas em manter o estado de hiperinsulina crônica . A resistência a captação de glicose, estimulada pela insulina, esta associada a uma serie de alterações aumentando o risco para doenças cardiovasculares, intolerância a glicose, hiperinsulinemia, hipertrigliceridemia, redução do HDL, hipertensão arterial e obesidade andróide.
Fatores de risco
 Existem diferentes fatores de risco associados à resistência à insulina, como a hiperglicemia, no caso de HAS, das dislipidemias cujo aumento das taxas de LDL, colesterol total e triglicérides, e diminuição da taxa de HDL, também ocorre aumento de fibrinogênio e aumento do inibidor do ativador do plasminogêneo e da disfunção endotelial [9].
Alteração no estilo de vida
A incidência de DM do tipo 2 e da síndrome metabólica juntamente com a obesidade e o sedentarismo aumenta dramaticamente o risco da doença [14].
Alguns estudos usaram como estratégias progressivas diminuída ao efeito de intervenção na progressão de tolerância a glicose para portadores de DM-II bem como medicamentos e dietas hipocalóricas balanceadas [15].
 	
É necessário avaliar fatores relacionados ao estilo de vida para desenvolver programas de intervenções. Dieta, peso corporal e atividade física são os principais fatores a serem observados. Em um período de 16 anos foi realizado estudos com 84.941 mulheres; o mesmo mostrou que a modificação no estilo de vida como ao de exercícios físicos regulares, ingestão de alimentação equilibrada, abstinência do tabagismo e consumo limitado de bebidas alcoólicas é capaz de reduzir a progressão de Diabetes Melittus, tanto em pessoas de baixo como de alto risco [6].
Exercício Físico no DM do tipo 2 Treino aeróbio 
Para Sigal ET AL, (2004) os exercícios de movimentos contínuos definem-se como uma atividade rítmica, conhecido como exercícios aeróbios. É necessário trabalhar os grandes grupos musculares realizados por cerca de 10 minutos. Quando realizados com intensidade e freqüência suficiente esse tipo de exercício aumenta a capacidade do cardiorrespiratório. A intensidade do exercício aeróbio deve ser de forma moderada com 40-60% do VO²max. (50-70% da FCMax. No treino moderado. 
Quando o exercício aeróbio de modo vigoroso utiliza-se 60% do VO²max. ou 70% da FCmax. Não excedendo portanto dois dias consecutivos sem a prática regular do exercício físico. (BOULÉ ET AL, 2003)
Exercício Físico no DM do tipo 2 Treino de força
Atividades que utilizam força muscular e/ou movimentos que exigem esforço contra carga definem o treinamento de força. Exercícios como levantamento de peso e utilização de máquinas de peso; existe um aumento de aptidão muscular quando realizada com regularidade e intensidade de moderada a alta. A intensidade do exercício de força é descrita como alta se a resistência for = ou > 75% do máximo que pode ser levantado de uma única repetição =/> 75% de 1 cargamáxima (RM) e moderada se a resistência se encontra entre 50-74% de 1RM [16].
 Foram comparados os efeitos do treino aeróbio e do treino de força com 251 adultos com DM do tipo 2 , ambos os treinos nos valores da hemoglobina glicolisada, chegando a conclusão de que ambos os treinos isoladamente melhoram o controle glicêmico, mas que as melhorias são devido ao efeito do treinamento combinado com junção de um e outro [17].
Cauza, (2005) Os benefícios do treino de força quando superior ao treino aeróbio há uma melhora no controle glicêmico e na sensibilidade à insulina em indivíduos portadores de diabetes de longa duração segundo um estudo realizado no ano de 2005.
 Programas de exercícios resistidos com pesos foi realizado com 8 indivíduos sedentários sendo 6 homens e 2 mulheres com idades entre 47 e 58 anos. O treinamento segundo o estudo foi realizado três vezes por semana durante um período de 12 semanas, sem alteração na medicação dos indivíduos. Contudo concluiu-se nas analises que em relação ao grupo estudado com DM do tipo 2, aumentou a massa corporal, diminuiu a relação cintura quadril, a soma das 7 dobras cutâneas os níveis de glicemia capilar e o percentual de gordura, não alterando os níveis de hemoglobina glicolisada [3].
 Nogueira, (2010) analisou os efeitos do treinamento resistido e do treinamento aeróbio em um paciente com 65 anos, portador da DM2 e HAS que estava a 45 dias sem praticar exercícios físicos , aplicando separadamente o treino resistido durante 4 semanas. No resultado final o treinamento resistido teve uma eficiência maior no controle glicêmico; havendo também uma variação positiva da pressão arterial na aplicação do treino resistido quando comparado ao treinamento aeróbio.
 Discussão 
Com o aumento da glicose sanguínea ocorrem algumas disfunções metabólicas, como o aumento da produção de glicose pelo fígado e aumento na concentração de ácidos graxos livres no tecido adiposo. Parte do substrato em excesso é armazenada no tecido hepático e muscular e se tornam fundamentais durante o exercício, pois são utilizados como fontes de energia [1].
Segundo Lara (2009) um indivíduo sedentário e diabético realizou exercício de força e caminhada, houve uma diminuição da glicemia, mas essa queda apresentou-se de forma mais acentuada no exercício de caminhada (caiu em 55% após duas horas) quando comparado ao exercício de força (caiu em 28% após duas horas).
O treinamento resistido para diabéticos gera benefícios como melhora da força muscular, ganho de flexibilidade, melhora da sensibilidade à insulina e tolerância à glicose, atuando assim na melhora da composição corporal e diminuindo os fatores de risco cardiovasculares [19].
Robert-Pires e Carvalho (2012) em estudos constituídos por exercício resistido em circuito, com intensidade moderada e repetições submáximas no qual houve redução aguda da glicemia de forma significativa.
Olevate et al (2011) executou pesquisas alegando que o controle da glicemia é justificado pelo aumento da massa muscular, principalmente, para idosos, uma vez que o envelhecimento diminui a força e a massa muscular afetando o metabolismo energético.
Conclusão
 O exercício físico possui amplos benefícios sobre a DM 2, sendo ele um dos principais protagonistas na prevenção do tratamento da Diabetes Mellitus tipo 2. Deve-se ter em mente que cada indivíduo possui suas dificuldades, por isso é necessário que o profissional da área esteja de acordo e preparado para suprir as necessidades do aluno bem como ao tipo e duração de cada exercício executado. Fica evidente que o exercício aeróbio possui melhores benefícios no controle da glicemia devido ao grande número de músculos envolvidos no treinamento, porém, alguns estudos têm comprovado resultados favoráveis quanto ao treino de força.
Referências Bibliográficas
1- ALVES, J. F. et al. Efeito agudo do treinamento aeróbio contínuo e variado na glicemia de portadores de diabetes mellitus do tipo 2. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício. 10(4): 219-224, outubro/dezembro de 2011.
2- Cauza, E., Hanush-Enser, U., Strasser, B., Kostner, K., Dunky, A., & Haber, P. (2005). Strenght and endurance training lead to different post exercise glucose profiles in diabetcs participants using a continuous subcutaneous glucose monitoring system. Journal of Clinical Investigation, 35, 745-751.
3- CAMBRI, L. T.; SANTOS, D. L. Influência dos exercícios resistidos com pesos em Diabéticos Tipo 2. Revista Motriz. Rio Claro, v.12 n.1 p.33-41,jan./abr, 2006.
4- Chiasson JL, Josse RG, Gomis R, Hanefeld M, Karasik A, Laakso M. Acarbose for prevention of Type 2 diabetes mellitus: the STOP-NIDDM randomized trial. Lancet 2002;359:2072-7. [ Links ]
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6- Hu FB, Willett WC, Li T, Stampfer MJ, Colditz GA, Manson JE. Adiposity as compared with physical activity in predicting mortality among women. N Eng J Med.2004;351(26):2694-703.
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8- LARA, F. N. O efeito agudo do exercício de força e da caminhada, na glicemia de um indivíduo sedentário, diabético do tipo 2. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. São Paulo, 3(15): 248-254, Maio/Junho 2009.
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11- OLEVATE, I.C et al. Síndrome metabólica: aspectos clínicos e tratamento. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício. 10 (1) janeiro/março 2011.
12- PIRES, C. M. R.; CARVALHO, R. S. T. Exercício resistido em circuito promove redução aguda da glicemia em diabéticos não-insulino-dependentes. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. São Paulo, 6(34): 336-341, Jul/Ago 2012.
13- Quintão E, Gross Jl, Ferreira SRG, Franco LJ, Schmidt Mi, Motta DG ET AL. Diagnostico e classificação do diabetes melito e tratamento do diabetes melito tipo 2. Recomendações da Sociedade Brasileira de Diabetes. Arq Bras Endocrinol Metabol. 2000; 44(4): Supl 1:8-35.
14- Salmeron J, Ascherio A, Rimm EB, Colditz GA, Spiegelman D, Jenkins DJ, et al. Dietary fiber, glycemic load and risk of NIDDM in men. Diabetes Care. 1997; 20(4):545-50.         [ Links ]
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17- Sigal, RJ., G.P., Boulé, N.G., Wells, G.A., Prud’homme,D., Fortier, M.,et al. (2007). Effects os Aerobic Training, Resistence Training, or Both on Glycemic Control in Type 2 Diabetes. Annals of internal medicine, 147(6),357-369.
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19- SMELTZER, S. C. ; BARE, B. G. Histórico e tratamento de pacientes com diabetes mellitus. In: ______. Tratado de enfermagem médico-cirurgica. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. Cap. 37.
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4 Referências Bibliográficas

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