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ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL-converted (1)

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ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PSICOPEDAGOGIA 
INSTITUCIONAL 
 
 
 
 
DANIELA CAUS PENHA DA SILVA 
LENI APARECIDA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IBIPORÃ – PR 
2018
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PSICOPEDAGOGIA 
INSTITUCIONAL 
 
 
 
 
 
DANIELA CAUS PENHA DA SILVA 
LENI APARECIDA SANTOS 
 
 
 
 
 
Relatório de Estágio Supervisionado 
em Psicopedagogia Institucional 
apresentado ao Curso de Pós 
Graduação em Psicopedagogia 
Clinica e Institucional da Faculdade 
Iguaçu, como requisito parcial para 
obtenção do grau de Especialista. 
 
Orientadora: Edna Lourdes Horácio 
Valentin 
 
 
 
 
 
 
 
IBIPORÃ – PR 
2018 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 5 
 
1 QUEIXA ..................................................................................................................... 6 
 
2 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA ............................................................................. 6 
2.1 LOCALIZAÇÃO .............................................................................................. 6 
 
3 LEVANTAMENTO HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO .................................................... 6 
4 TIPO………………………………………………………………………………………….. 9 
 
5 SISTEMA DE ENSINO .............................................................................................. 9 
5.1 CARACTERIZAÇÃO DO CURSO .................................................................. 9 
5.2 ENSINO FUNDAMENTAL ........................................................................... 10 
5.3 ENSINO MÉDIO .......................................................................................... 10 
5.4 EDUCAÇÃO ESPECIAL .............................................................................. 10 
 
6 RECURSOS FÍSICOS, MATERIAIS, HUMANOS E FINANCEIROS ........................ 11 
6.1 RECURSOS FÍSICOS ................................................................................. 11 
6.2 RECURSOS MATERIAIS ............................................................................ 12 
6.3 RECURSOS HUMANOS ............................................................................. 13 
 
7 CLIENTELA DA ESCOLA ........................................................................................ 14 
 
8 ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO ................................................................... 14 
8.1 DISTRIBUIÇÃO DAS TURMAS ................................................................... 14 
8.2 CALENDÁRIO ESCOLAR............................................................................ 15 
8.3 ESTABELECE RELAÇÕES COM OUTRAS INSTITUIÇÕES ...................... 15 
8.4 ESTABELECE RELAÇÕES COM A COMUNIDADE ................................... 15 
8.4.1 CONSELHO ESCOLAR ............................................................................ 15 
8.4.2 ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS ......................... 16 
8.5 SISTEMA DE AVALIAÇÃO .......................................................................... 16 
8.5.1 ATRIBUIÇÃO DE NOTAS ......................................................................... 18 
8.5.2 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS .............................................................. 18 
8.6 CONSELHO DE CLASSE ............................................................................ 18 
8.7 NORMAS DISCIPLINARES ......................................................................... 19 
8.8 ÍNDICE DE REPROVAÇÃO E EVASÃO ...................................................... 19 
8.9 ROTATIVIDADE DE PROFISSIONAIS ........................................................ 20 
8.10 ACESSO AOS PLANOS DE TRABALHO .................................................. 20 
8.10.1 PLANO DE TRABALHO DOCENTE ....................................................... 20 
8.10.2 PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO E EQUIPE PEDAGÓGICA ................. 20 
 
9 ELABORAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ...................................... 21 
 
10 PROJETOS……………………………………………………………………..…………21 
 
11 INDICADORES PARA O DIAGNÓSTICO .............................................................. 21 
11.1 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO, ESCOLA E SOCIEDADE ....................... 22 
11.2 FILOSOFIA DA ESCOLA ........................................................................... 22 
 
 
11.3 OBJETIVOS DA INSTITUIÇÃO ................................................................. 23 
11.4 CURRÍCULO ESCOLAR............................................................................ 23 
11.5 ASPECTOS IDEOLÓGICOS ..................................................................... 24 
 
12 ASPECTOS PSICOPEDAGÓGICOS ..................................................................... 25 
12.1 QUAL A POSTURA DA ESCOLA COM RELAÇÃO A NÃO 
APRENDIZAGEM DE SEUS ALUNOS? ............................................................ 25 
12.2 MODELOS DE APRENDIZAGEM .............................................................. 25 
12.3 COMO O CONHECIMENTO CIRCULA NA INSTITUIÇÃO ........................ 27 
12.4 COMO SÃO RESOLVIDOS OS CONFLITOS? .......................................... 28 
12.5 QUAL A CONCEPÇÃO DOS EDUCADORES ACERCA DAS 
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM? ........................................................... 28 
12.6 ESTRATÉGIAS DE AÇÃO QUE UTILIZAM PARA SOLUCIONAR AS 
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM ............................................................. 28 
 
13 O QUE EU PENSO SOBRE ESCOLA, EDUCAÇÃO E SOCIEDADE .................... 29 
13.1 A MELHOR MANEIRA DE ENSINAR ........................................................ 29 
13.2 FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA ................................................................ 32 
13.3 QUE TIPO DE CIDADÃO ESTAMOS FORMANDO E QUAL REALMENTE 
GOSTARIAMOS DE FORMAR .......................................................................... 34 
13.4 É POSSÍVEL FORMAR CIDADÃOS EMPREENDEDORES NAS 
ESCOLAS………………………………………………………………………………34 
 
14 HIPÓTESE DIAGNÓSTICA ................................................................................... 36 
 
15 PLANO DE AÇÃO PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL ..................................... 38 
15.1 IDENTIFICAÇÃO ....................................................................................... 38 
15.2 JUSTIFICATIVA ......................................................................................... 38 
15.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................. 39 
15.4 CARCTERIZAÇÃO DA ESCOLA ............................................................... 41 
15.5 OBJETIVOS ………………………………………………………………………42 
15.6 ESTRATÉGIAS .......................................................................................... 42 
15.7 ATIVIDADES ............................................................................................. 42 
15.8 RECURSOS .............................................................................................. 42 
15.9 AVALIAÇÃO .............................................................................................. 43 
15.10 CRONOGRAMA ...................................................................................... 43 
15.11 RELATÓRIO DA APLICAÇÃO DO PROJETO ......................................... 44 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 47 
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 49 
ANEXOS ..................................................................................................................... 50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho tem por objetivo relatar as observações, 
diagnósticos e intervenções relacionadas ao Estágio Supervisionado em 
Psicopedagogia Institucional, realizado no Centro Estadual de Educação 
Básica para Jovens e Adultos Dr. Francisco Gutierrez Beltrão– Ensino 
Fundamental e Médio, localizado na cidade de Ibiporã- PR, tendo como 
pressupostos analisar uma queixa apresentada pela gestão da escola, bem 
como construir um plano de ação que viabilize a resolução da problemática 
apresentada e das observações e conclusões realizadas na instituição, através 
da aplicação dos conhecimentos adquiridos em todas as disciplinas estudadas, 
assim como confrontá-las com a prática psicopedagógica na instituição. 
O estágio possibilita ao educando uma noção, do que ele, 
como futuro psicopedagogo irá vivenciar e encarar no seu cotidiano, 
aprendendo a lidar com fatos e acontecimentos diários, bem como atingir seu 
principal objetivo enquanto profissional, que é o de identificar as dificuldades e 
obstáculos presentes na escola que possam estar interferindo no processo de 
aprendizagem, assim como prevenir o fracasso escolar, orientando as funções 
de cada sujeito, para que possam trabalhar em harmonia para que os objetivos 
educacionais sejam alcançados. 
Esse relatório descreve observações, experiências e análise da 
realidade da instituição, bem como um estudo sistemático do projeto politico 
pedagógico, afim de levantarmos dados históricos e pedagógicos da escola. Os 
procedimentos metodológicos se deram através da observação, registro de 
dados por meio de informação, análise da realidade escolar em seu dia-a-dia, 
sendo de grande importância, pois este momento proporciona o conhecimento 
a respeito da organização e funcionamento da escola, abordando aspectos que 
fazem parte do cotidiano escolar e da caracterização do espaço de atuação do 
psicopedagogo institucional. 
Enfim, trata-se de um relato do resultado dessa experiência, 
destacando o aprendizado e as reflexões no estudo e na prática do estágio. 
Contempla a elaboração de uma proposta de atuação do psicopedagogo em 
prol a resolução da queixa e da problemática encontrada na instituição. 
 
6 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL 
PROFESSORA: Edna Lourdes Horácio Valentin 
INDICADORES PARA O DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO 
1 QUEIXA 
O relacionamento interpessoal e o respeito entre os alunos 
jovens e adultos na EJA. 
2 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA 
2.1 LOCALIZAÇÃO 
O Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos 
Dr. Francisco Gutierrez Beltrão – Ensino Fundamental e Médio (CEEBJA), 
localiza-se na Avenida Engenheiro Francisco Beltrão n.º 65 no Centro do 
Município de Ibiporã – PR, CEP 86200-000. 
- Telefone: (43) 3258-5014 
- Email: iorceebjafrancisco@seed.pr.gov.br 
 
3 LEVANTAMENTO HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO 
Os primeiros habitantes do município de Ibiporã, motivados 
pela cultura do café, aqui se fixaram com seus familiares, sentindo necessidade 
de uma escolarização tanto para suas crianças, quanto para os adultos, 
pensaram na hipótese de construir nessa terra uma escola para sistematização 
do ensino, para suprir essa necessidade, o terreno para construção do prédio 
foi doado pelo engenheiro e procurador da Companhia de Terras do Norte do 
Paraná, Dr. Francisco Gutierrez Beltrão, porém, os recursos foram subsidiados 
principalmente pelo Estado, bem como por ajuda do próprio doador, sendo 
inaugurada no dia 19 de Abril de 1941. 
Em agradecimento e homenagem ao maior entusiasta e 
patrono do progresso educacional de Ibiporã, a instituição recebeu o nome de 
Grupo Escolar Dr. Francisco Gutierrez Beltrão. 
A então denominada Vila Ibiporã, ainda pertencente ao 
município de Sertanópolis, recebera o Grupo Escolar, que contava com duas 
salas de aula, duas salas para trabalhos administrativos (secretaria e direção) e 
um modesto recinto para necessidades fisiológicas. 
mailto:iorceebjafrancisco@seed.pr.gov.br
7 
 
A instituição atendeu em sua inauguração 147 alunos em três 
turnos de 3 horas cada. 
Veja abaixo a composição de turmas em 1941: 
- 1ª série A: 32 alunos 
- 1ª série B: 14 alunos 
- 1ª série C: 42 alunos 
- 2ª série A: 36 alunos 
- 3ª série A: 12 alunos 
- 4ª série A: 11 alunos 
Totalizando assim, os 147 alunos. 
Com o decorrer dos tempos a população foi aumentando e o 
progresso atraiu novos habitantes para Ibiporã, o que levou a necessidade de 
ampliação da escola para atender um número maior de alunos em 1943, 
passando a compor seis salas de aula e sanitários masculinos e femininos, 
atendendo 11 turmas, em três turnos diurnos apenas, por não haver energia 
elétrica, totalizando então, 373 alunos. 
Em 1956 fundou-se o Ginásio Estadual de Ibiporã (escola de 
ensino secundário), nesta mesma instituição, enfrentando algumas dificuldades 
com espaço físico, passou a atender mais 100 alunos. 
Considerando que a terra roxa nessa localidade era muito fértil, 
com excelentes resultados na cultura do café, novos habitantes foram atraídos 
para região, aumentando conseqüentemente o número de estudantes, 
necessitando assim de uma nova reestruturação do espaço físico, sendo 
construídas assim, para atendê-los, mais quatro salas de aula, corredores e 
pátio coberto, funcionando em 1958. 
Em 1959, criou-se a Escola Normal, em 1960 a Escola 
Estadual do Comércio de Ibiporã, atendendo de 1ª a 4ª séries e Ginásio, com 
algumas turmas no período noturno, subsidiando apenas ginásio e comércio. 
Deste modo, a instituição suportava quatro escolas distintas no mesmo espaço 
físico (Ginásio, Magistério e 1ª a 4ª séries – Diurno/Ginásio e Comércio – 
Noturno). 
Até que o espaço tornou-se insuficiente para atender a 
demanda, sendo necessário o desmembramento, o Ginásio, a Escola Normal e 
o Comércio passaram a funcionar em outro prédio. 
8 
 
Em 1977, foram necessárias novas adaptações, sendo 
construídas mais uma sala de aula, cozinha, refeitório, depósito de merenda, 
gabinete dentário e quadra de jogos. Em 1996, iniciou a construção de um 
novo refeitório, para que na junção do antigo refeitório e sala de vídeo 
pudessem ser atendidos mais de 1000 alunos nos três turnos diurnos. 
Em 1997, houve um crescente interesse por parte da A.P.M 
para implantação da 5ª a 8ª séries na instituição, em 1998 o projeto foi 
implantado, surgindo também a necessidade da construção de um laboratório. 
Em 1998, a sala de número 12 foi desocupada para construção 
de uma sala de supervisão e de professores, sendo construída uma nova sala 
de aula para atendimento de classe especial. 
Em 1999 a escola já atendia: 18 turmas de ensino regular (9 
turmas no período matutino e 9 turmas no período vespertino); 8 turmas de 
contra turno (04 em período matutino e 4 em período vespertino); 1 turma de 
classe especial; 05 turmas de fase II supletivo (noturno) e 5 turmas da EJA 
(noturno). 
A partir do inicio do ano letivo de 2000 o Ciclo Básico de 
Alfabetização (4 anos), foi municipalizado passando a Escola Estadual Dr. 
Francisco Gutierrez Beltrão, a ofertar apenas o curso de Educação de Jovens e 
Adultos Fase II (3 turmas) e EJA (8 turmas) no período noturno. 
A partir do 2º semestre do ano 2000, a Escola Estadual Dr. 
Francisco Gutierrez Beltrão - Ensino Fundamental, passa a denominar-se 
Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBJA) Dr. 
Francisco Gutierrez Beltrão – Ensino Fundamental de acordo com a Resolução 
n.º 1626/2000 D.O.E de 16/06/2000, ofertando o curso de Educação de Jovens 
e Adultos (EJA) presencial no período noturno, com início as 19hrs até as 
22:35hrs, totalizando 10 turmas. 
Atualmente o CEEBJA trabalha com o sistema de eliminação 
de matérias através do ENCCEJA, os alunos têm oportunidade de estudar as 
matérias separadamente (podendo realizar até três disciplinas por vez), os 
alunos que realizarem a prova do ENCCEJA têm a opção de eliminar matérias, 
desde que faça a inscrição na matéria desejada e seja aprovado. 
 
9 
 
4 TIPO 
O Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos 
(CEEBJA) Dr. Francisco Gutierrez Beltrão, é subsidiado pelo Estado do 
Paraná, todos os recursos e financiamentossão fornecidos diretamente pelo 
Estado, oferecendo Educação Básica nas modalidades de Ensino Fundamental 
e Médio. 
Durante o período matutino e vespertino o prédio é utilizado e 
subsidiado pelo município, através do Complexo Educacional Professor Carlos 
Augusto Guimarães, atendendo ao Ensino Fundamental I. 
5 SISTEMA DE ENSINO 
Os cursos oferecidos pela instituição contemplam o ensino 
fundamental e médio, no período noturno das 19hrs às 22h30min, atualmente 
com 06 turmas de fundamental e 10 de ensino médio. 
A instituição atende alunos da Educação de Jovens e Adultos 
em modalidade presencial, sendo a maioria, trabalhadores que vêm da luta 
diária, tem seu rendimento muito aquém do esperado. Os desajustes familiares 
e as carências refletem no seu rendimento acadêmico prejudicando assim o 
processo de ensino-aprendizagem. A escola conta ainda com alunos que 
tiveram problemas com a justiça e foram encaminhados ao colégio pela 
promotoria, mesmo não tendo interesse para os estudos. 
 
5.1 CARACTERIZAÇÃO DO CURSO 
O CEEBJA tem como uma de suas finalidades ofertar a 
educação para jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus 
estudos no Ensino Fundamental e Médio, assegurando-lhes oportunidades 
apropriadas, considerando suas características, interesses, condições de vida 
e de trabalho, mediante ações didático-pedagógicas coletivas ou individuais. 
Portanto a instituição escolar oferta Educação de Jovens e 
Adultos na modalidade presencial, que contempla o total de carga horária 
estabelecida na legislação vigente nos níveis do Ensino Fundamental e Médio, 
com a avaliação no processo. 
Os cursos são desenvolvidos de modo a viabilizar processos 
pedagógicos, tais como: 
- Pesquisa e problematização na produção de conhecimento. 
10 
 
- Desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar. 
- Registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias, 
ilustrações, textos individuais e coletivos) permitindo a sistematização e 
socialização dos conhecimentos. 
- Vivências culturais diversificadas que expressam a cultura dos educandos, 
bem como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural. 
 
5.2 ENSINO FUNDAMENTAL 
Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental, o 
estabelecimento tem como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e 
Estaduais, que consideram os conteúdos ora como meios, ora como fim do 
processo de formação humana dos educandos, para que os mesmos possam 
produzir e ressignificar bens culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem. 
Visa, ainda, o encaminhando para a conclusão do Ensino 
Fundamental e possibilita a continuidade dos estudos para o Ensino Médio. 
 
5.3 ENSINO MÉDIO 
O Ensino Médio na instituição terá como referência em sua 
oferta, os princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes 
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução n.º 
02 de 07 de abril de 1998/CNE, Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação 
Básica e Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e Adultos. 
 
5.4 EDUCAÇÃO ESPECIAL 
A EJA contempla também o atendimento aos educandos com 
necessidades educacionais especiais, inserindo estes no conjunto de 
educandos da organização coletiva e individual, priorizando ações que 
oportunizem o acesso, permanência e o êxito dos mesmos no espaço escolar, 
considerando a situação em que se encontram individualmente estes 
educandos. 
Uma vez que essa terminologia pode ser atribuída a diferentes 
grupos de educandos, desde aqueles que apresentam deficiências 
permanentes até aqueles que, por razões diversas, fracassam em seu 
processo de aprendizagem escolar, a legislação assegura a oferta de 
11 
 
atendimento educacional especializado aos educandos que apresentam 
necessidades educacionais especiais decorrentes de: 
- deficiência mental, física/neuromotora, visual e auditiva; 
- condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou 
psiquiátricos; e 
- superdotação/altas habilidades. 
A escola se baseia na citação de Carvalho (2001), quando ele 
destaca que “especiais” devem ser consideradas as alternativas e as 
estratégias que as práticas pedagógicas devem assumir para remoção das 
barreiras para aprendizagem e participação de todos os alunos. 
Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao 
educando para o enfoque do especial atribuído a educação. Mesmo que os 
alunos apresentem características diferenciadas decorrentes não apenas de 
deficiências, mas também de condições socioculturais diversas e econômicas 
desfavoráveis, eles terão direito a receber apoios diferenciados daqueles 
normalmente oferecidos pela educação escolar. 
Garante-se dessa forma que a inclusão educacional realize-se, 
assegurando o direito à igualdade com equidade de oportunidades. Isso não 
significa um modo igual de educar todos, mas uma forma de garantir apoios e 
serviços especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas 
singularidades. 
 
6 RECURSOS FÍSICOS, MATERIAIS, HUMANOS E FINANCEIROS 
6.1 RECURSOS FÍSICOS 
Por se tratar de um prédio antigo a estrutura já não se adapta 
tão adequadamente a realidade escolar, necessitando urgentemente de uma 
reforma para melhor atendimento, no colégio encontramos: 
- salas de aula com estruturas defeituosas; 
- rede elétrica incompatível com as necessidades tecnológicas; 
- poucas tomadas de energia elétrica e as que possuem por vezes se 
encontram defeituosas e com iluminação defasada; 
- janelas com pouca ventilação; 
- falta de equipamentos de ventilação; 
- o espaço direcionado a biblioteca não comporta um número apropriado de 
12 
 
alunos, de modo que algumas vezes ocasiona em aglomeração, 
impossibilitando o estudo nesse ambiente; 
- laboratório de química e biologia defasado, em relação á instrumentos e 
materiais para as aulas e experiências; 
- a sala dos professores é arejada e a estrutura comporta as necessidades; 
- o pátio da escola é amplo e adequado para utilização dos alunos; 
- o espaço destinado à cantina comporta as necessidades dos educandos; 
- a quadra de esportes é coberta e bem estruturada. 
A falta de estrutura desse colégio, em alguns ambientes, tem 
impossibilitado no cumprimento das metas estipuladas no projeto pedagógico 
da escola, apesar dos profissionais envolvidos procurarem fazer o seu melhor 
nas condições que possuem, a melhoria do espaço físico proporcionaria 
subsídios para fazerem melhor ainda. 
O colégio ainda comporta as seguintes infra-estruturas: 
alimentação escolar para os alunos, água filtrada, água da rede pública, 
energia da rede pública, esgoto da rede pública, lixo destinado à coleta 
periódica, acesso à internet e banda larga. 
 
6.2 RECURSOS MATERIAIS 
 
A escola possui 11 salas de aula, composta pelos seguintes 
materiais: 
- 25 carteiras cada (mobiliário em excelente estado, recebido há pouco tempo); 
- 1 lousa digital com projetor; 
- 1 TV 29” com entrada para pendrive; 
- 1 armário de aço; 
- 1 quadro negro com apagador; 
- 1 ventilador. 
A cantina e a cozinha são mobiliadas com: 
- mesas e bancos 
- fogão industrial 
- microondas 
- materiais para cozinhar (panelas, talheres, etc.) 
A sala de professores contempla: 
13 
 
- ventiladores; 
- microondas; 
- geladeira; 
- mesa; 
-poltronas; 
-balcão de pia; 
-bebedouro 
A biblioteca possui um acervo de livros disponibilizado pelo 
governo do estado para uso de alunos e professores na realização de 
atividades e leituras diversas. 
Para uso de alunos e no trabalho da direção e secretária a 
escola possui os seguintes materiais: 
- 04 Computadores administrativos 
- 01 notebook para uso da direção 
- 16 Computadores para alunos 
- TV 
- Copiadora 
- Impressora 
- Aparelho de som 
- Projetor multimídia (data show) 
- Câmera fotográfica/filmadora 
Todos osmateriais disponíveis na escola são de uso exclusivo 
do setor administrativo (secretária e direção), bem como para fins pedagógicos 
(professores e alunos), o colégio procura sempre frisar a importância da 
utilização consciente e cuidadosa, para que os mesmos não sofram avarias. 
 
6.3 RECURSOS HUMANOS 
O Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos 
(CEEBJA) Dr. Francisco Gutierrez Beltrão possui o total de 23 funcionários, 
sendo eles: 
- 01 Diretor 
- 03 Secretárias 
- 01 Coordenadora Pedagógica destinada a todas as turmas 
- 15 Professores Regentes (Contratados pelo Processo Seletivo Simplificado e 
14 
 
Concurso Estadual) 
- 01 Servente 
- 02 Cozinheiras 
 
6.4 RECURSOS FINANCEIROS 
Os recursos financeiros da instituição são oriundos da SEED – 
PR (Secretaria de Estado de Educação do Paraná), das promoções realizadas 
pela APMF da escola e verba anual do PDDE (Programa Dinheiro Direto na 
Escola). 
O gerenciamento e a otimização dos recursos financeiros são 
realizados pela direção da escola juntamente com a APMF e o Conselho 
Escolar, sempre realizando prestações de conta. 
 
7 CLIENTELA DA ESCOLA 
A instituição atende 275 alunos, entre as modalidades do 
fundamental e médio, divididos em aproximadamente 25 alunos por turma 
Pelo fato de ser situado na área central da cidade, o acesso ao 
colégio tem favorecido certa parcela da clientela, amparando principalmente 
aqueles que residem em bairros próximos ao centro. Pelo município ser de 
porte médio, áreas residenciais margeiam o centro da cidade. Aos que 
necessitam se deslocar de bairros periféricos o município disponibiliza o 
transporte coletivo estudantil, todavia, os alunos têm também como 
possibilidade o transporte privado, salientando que o terminal urbano localiza 
se a cerca de 500 metros do colégio. 
As características socioeconômicas e culturais da clientela 
escolar são de pessoas da periferia, a maioria composta de classes de 
trabalhadores, jovens desempregados ou em inicio da vida trabalhista, bem 
como de jovens alunos que tiveram problemas com a justiça e foram 
encaminhados ao colégio pela promotoria, mesmo não tendo interesse para os 
estudos. 
8 ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO 
8.1 DISTRIBUIÇÃO DAS TURMAS 
O CEEBJA atende atualmente 06 classes de Ensino 
15 
 
Fundamental II e 10 de Ensino Médio, lembrando que os alunos são divididos 
por turmas de disciplina que estão cursando, há classes apenas de português, 
apenas de matemática, entre outras, referente à modalidade matriculada. Por 
ano a instituição atende em torno de 15 a 16 classes por ano, com 
aproximadamente 25 alunos por turma, no período noturno. 
Como a instituição oferece a Educação de Jovens e Adultos, 
não disponibiliza atividade extraclasse em contra turno. 
 
8.2 CALENDÁRIO ESCOLAR 
Quanto ao calendário escolar, o núcleo (SEED – PR: 
Secretaria de Estado de Educação do Paraná) encaminha a instituição uma 
instrução com o calendário praticamente pronto, cabe a escola apenas 
acrescentar as datas direcionadas ao conselho de classe (como não possuem 
conselho de classe, não há nada a acrescentar). 
 
8.3 ESTABELECE RELAÇÕES COM OUTRAS INSTITUIÇÕES 
A escola não estabelece relações com outras instituições, 
porém, funciona em dualidade com o município, através do atendimento aos 
alunos do Fundamental I, através do Complexo Educacional Professor Carlos 
Augusto Guimarães, nos períodos matutino e vespertino. 
 
8.4 ESTABELECE RELAÇÕES COM A COMUNIDADE 
A escola estabelece relações com a comunidade apenas 
através dos órgãos colegiados, como: 
8.4.1 CONSELHO ESCOLAR 
A gestão escolar da escola pública como decorrência do 
principio constitucional da democracia e colegiado, tem como órgão máximo de 
direção o conselho escolar. 
Através dos seguintes objetivos e estratégias: 
- O órgão da direção será deliberativo, consultivo e fiscal, tendo como principal 
atribuição estabelecer a proposta pedagógica da escola, eixo de toda e 
qualquer ação a ser desenvolvida no estabelecimento de ensino. 
- O órgão colegiado de direção será constituído de acordo com o principio da 
representatividade, devendo abranger toda a comunidade escolar, cujos 
16 
 
representantes nele terão, necessariamente voz e voto. 
- Poderão participar do órgão colegiado de direção, representantes de 
movimentos sociais organizados e comunidade escolar, comprometidos com a 
escola pública. 
- O órgão colegiado será presidido pelo diretor do estabelecimento, na 
qualidade de dirigente da proposta pedagógica. 
- O conselho escolar é normatizado por estatuto próprio. 
 
8.4.2 ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS 
A APMF é um órgão colegiado composto pela comunidade 
escolar, na escola ele é composto por alunos (adultos e maiores de idade, 
considerando que a instituição atende a EJA), professores e funcionários e 
equipe diretiva. As tomadas de decisões realizadas pela APMF são discutidas 
e amplamente debatidas, sejam em questões de ordem pedagógica ou 
administrativa, considerando que são decisões que terão papel fundamental no 
processo de ensino aprendizagem dos alunos do CEEBJA. 
A escola ressalta a importância de toda a comunidade escolar 
fazer parte desse processo de tomada de decisões, pois a transparência é 
fundamental na construção de uma gestão democrática e participativa. 
É importante ressaltar a importância da obrigatoriedade das 
instituições formarem essas associações, pois são elas as responsáveis pelo 
recebimento de verbas do governo federal, assinaturas de cheques e 
determinação das aquisições que serão feitas para escola através desse 
dinheiro, são realizadas reuniões e assinaturas de atas, a gestão só consegue 
realizar compras para o colégio com a autorização da APMF. 
 
8.5 SISTEMA DE AVALIAÇÃO 
A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e 
orienta a intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, 
pelo qual se estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade 
de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, 
diagnosticar os resultados atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em 
função dos conteúdos expressos na proposta pedagógica. 
Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da 
17 
 
capacidade de reflexão dos educandos frente as suas próprias experiências. E, 
portanto, deve ser entendida como processo contínuo, descritivo e 
compreensivo que oportuniza uma atitude crítico-reflexivo frente a realidade 
concreta. 
A avaliação educacional no CEEBJA segue orientações 
contidas no artigo 24 da LDBEN 9394/96 e compreende os seguintes 
princípios: 
- Investigativa ou Diagnóstica: possibilita ao professor obter informações 
necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos; 
- Contínua: permite a observação permanente do processo ensino-
aprendizagem e possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica; 
- Sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, 
utilizando instrumentos diversos para o registro do processo; 
- Abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola 
do educando; 
- Permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo 
educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho pedagógico 
da escola. 
Considerando que os saberes e a cultura do educando devem 
ser respeitados como ponto real de partida do processo pedagógico, a 
avaliação contemplará, necessariamente, as experiências acumuladas e as 
transformações que marcaram o seu trajeto educativo, tanto anterior ao 
reingresso na educação formal, como durante o atual processo de 
escolarização. 
A avaliação processual utiliza técnicas e instrumentos 
diversificados, tais como: provas escritas, trabalhos práticos, debates, 
seminários, experiências e pesquisas, participação em trabalhos coletivos e/ou 
individuais, atividades complementarespropostas pelo professor, que possam 
elevar o grau de aprendizagem dos educados e avaliar os conteúdos 
desenvolvidos. 
É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos 
a uma única oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas é 
analisado pelo professor e pelo educando, em conjunto, observando quais são 
os seus avanços e necessidades, e as conseqüências demandadas para 
18 
 
aperfeiçoar a prática pedagógica. 
8.5.1 ATRIBUIÇÃO DE NOTAS 
As avaliações na instituição utilizam técnicas e instrumentos 
diversificados, sempre com finalidade educativa. Para fins de promoção e 
certificação, são registradas de 02 (duas) a 06 (seis) notas por disciplina, que 
correspondem às provas individuais escritas e também a outros instrumentos 
avaliativos adotados, durante o processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o 
educando se submete na presença do professor, conforme descrito no 
regimento escolar. 
A avaliação é realizada no processo de ensino e 
aprendizagem, sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 
10,0 (dez vírgula zero). Para fins de promoção e certificação a nota mínima 
exigida é 7,0 (sete vírgula zero), em cada disciplina. 
 
8.5.2 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS 
A oferta de recuperação de estudos significa encarar o erro 
como hipótese de construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte 
integrante da aprendizagem, possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se 
estabelece concomitantemente no processo de ensino-aprendizagem, 
considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de todos 
os educandos, independentemente do nível de apropriação dos mesmos. 
A recuperação ocorre individualmente, organizada com 
atividades significativas, com indicação de roteiros de estudos, entrevista para 
melhor diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando. 
Assim, principalmente para os alunos que não se apropriarem 
dos conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio 
de exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de 
novos instrumentos de avaliação. 
 
8.6 CONSELHO DE CLASSE 
Como a instituição se trata de Educação de Jovens e Adultos, 
na modalidade de eliminação de matérias, há uma grande rotatividade de 
professores, normalmente os professores são contratados pelo período de 06 
meses, que é o prazo de duração das disciplinas, impossibilitando que se 
19 
 
organize uma equipe de conselho de classe, deste modo a instituição não 
possui conselho. 
 
8.7 NORMAS DISCIPLINARES 
As regras e normas da instituição são colocadas através do 
Regimento Interno, que são repassadas e lidas aos alunos em todo o inicio de 
ano letivo, sempre que necessário as regras são novamente frisadas a todos 
os alunos. O documento não é recente, foi redigido no ano de 2006, porém, 
sempre que se faz necessário são realizadas ressalvas para que seja 
adequada a realidade da escola. Os limites, regras e normas, impostas no 
regimento escolar são claros e justos, estando disponíveis para consulta e 
análise de todos os alunos e profissionais. 
 
8.8 ÍNDICE DE REPROVAÇÃO E EVASÃO 
A instituição possui um alto índice de evasão escolar, pelo fato 
da clientela ser composta de alunos de classes de trabalhadores, jovens 
desempregados ou em inicio da vida trabalhista, bem como de jovens alunos 
que tiveram problemas com a justiça e foram encaminhados ao colégio pela 
promotoria, mesmo não tendo interesse para os estudos. Muitas vezes, a maior 
causa dessa alta evasão é por motivos pessoais, como: 
- cuidar de um membro da família que esta doente (como mãe, pai, etc.); 
- há alunos que trabalham o dia todo, ficam extremamente exaustos e o 
desgaste físico os impede de dar continuidade nos estudos; 
- proibição de cônjuges; 
- mudança de horário no trabalho; 
- ou, por falta de interesse nos estudos por parte dos mais jovens. 
As reprovações na instituição também ocorrem por disciplina 
especifica as maiores causas, muitas vezes, são relacionadas à freqüência, as 
faltas ocorrem pelos mesmos motivos citados acima. 
As salas, no CEEBJA, não são divididas pelas dificuldades dos 
alunos e sim pela disciplina que está disponível para realização naquele 
período, deste modo, as dificuldades nesse quesito não são levadas em 
consideração, pois o aluno se matricula na disciplina que precisa realizar e no 
período que estiver com turma aberta. 
20 
 
 
8.9 ROTATIVIDADE DE PROFISSIONAIS 
A grande rotatividade de profissionais na instituição é uma 
questão preocupante que muitas vezes afeta de alguma forma o trabalho na 
escola. Por se tratar de uma instituição que atende a educação de jovens e 
adultos, os professores e secretárias são contratados pelo Processo Seletivo 
Simplificado (PSS), a duração do contrato dos professores, em específico, 
abrange somente a duração da disciplina no colégio, que normalmente duram 
no máximo 06 meses, por esse motivo, são raros os professores concursados 
que aceitam trabalhar na instituição, por ser um tempo tão curto, os 
contratados em regime de PSS também se sentem, de certa forma, 
prejudicados, pois ficam apenas 06 meses do ano empregados, necessitando 
trocar de colégio ou voltar ao mercado de trabalho nos próximos meses. É 
importante ressaltar que esse fato muitas vezes atrapalha até mesmo no 
vinculo de afetividade que se estabelece entre professor e aluno. No caso das 
secretárias, o contrato tem duração de apenas 12 meses, quando os alunos 
chegam ao próximo ano, o profissional que os atendia nos quesitos 
administrativos também já são alterados. 
 
8.10 ACESSO AOS PLANOS DE TRABALHO 
8.10.1 PLANO DE TRABALHO DOCENTE 
Os planos de ensino, nomeados como PTD (Plano de Trabalho 
Docente), são elaborados pela SEED – PR (Secretaria de Estado de Educação 
do Paraná), no calendário escolar há duas datas destinadas para elaboração 
deste plano, os professores por sua vez preparam seus planos, encaminham 
para equipe do SEED - PR que avalia e orienta nesse planejamento. 
 
8.10.2 PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO E EQUIPE PEDAGÓGICA 
Todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio 
pedagógico da instituição na modalidade EJA, exige-se em primeiro momento 
um profundo conhecimento e estudo constante na fundamentação teórica e da 
função social da EJA, do perfil dos educandos jovens, adultos e idosos; das 
diretrizes curriculares nacionais e estaduais da EJA; bem como as legislações 
e suas regulamentações inerentes a educação e, em especial, a Educação de 
21 
 
Jovens e Adultos. Após a análise e estudo de todos os documentos que regem 
a instituição e a EJA, a direção em consonância da equipe pedagógica 
elaboram o Plano Anual de Ação, que mais tarde é submetido à aprovação do 
colegiado. 
 
9 ELABORAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
A última proposta pedagógica elaborada na instituição foi 
realizada no ano de 2006, a direção informou que foi elaborado pela 
comunidade escolar (professores, alunos e funcionários) da época. 
 
10 PROJETOS 
Os únicos projetos especiais desenvolvidos pela escola são a 
Brigada Escolar (se trata de uma cultura de prevenção, com o objetivo de 
adequar as edificações escolares às normas de prevenção contra incêndio e 
pânico) e a Equipe Multidisciplinar (o objetivo principal é desenvolver ações 
pedagógicas para a educação das relações da diversidade étnico-racial, por 
meio do ensino da história e cultura afro-brasileira, africana e indígena, 
instituído pelas Leis 10.639/03 e 11.645/08). 
 
11 INDICADORES PARA O DIAGNÓSTICO 
Após a realização da pesquisa e observação da instituição para 
levantamentos dos dados históricos, observaram-se algumas situações: 
- Por se tratar de uma escola que atende na modalidade EJA (Educação de 
Jovens e Adultos), os professores, possuem satisfação em ajudar seus alunos, 
têm a necessidade de fazer de tudo para resgatar a auto-estima de todos, quemuitas vezes tiveram sua vida escolar interrompida por vários fatores como a 
obrigação de trabalhar para ajudar suas famílias, esses alunos muitas vezes 
passam por discriminação, sendo rotulados como indivíduos não capacitados 
para o mercado de trabalho ou excluídos de certos espaços por falta de 
instrução. O colégio possui reciprocidade entre aluno e professor, no trabalho 
com diferentes realidades, gerações e necessidades, oferecendo a esses 
jovens e adultos a oportunidade de continuarem seus estudos no ensino 
fundamental e médio, mas infelizmente, vários são os fatores que impedem 
que esses profissionais realizem um trabalho de maneira mais efetiva, pelas 
22 
 
problemáticas encontradas na escola (alta evasão escolar, grande rotatividade 
de professores e funcionários, desinteresse por parte de alguns jovens, 
estrutura física defasada, entre outros), é sabido que esses fatores têm 
desestimulado cada vez mais o trabalho da equipe e a vontade de continuar 
aprendendo dos alunos. 
 
11.1 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO, ESCOLA E SOCIEDADE 
A instituição, segue os princípios norteadores da Pedagogia 
Histórico Crítica, compreende uma educação que não seja reprodutora da 
situação e sim adequada aos interesses da maioria, considerando que a escola 
e o cidadão que aqui se forma, pode agir sob a sociedade e transformá-la, com 
o decorrer do tempo. Cabe a escola transmitir conhecimento que desvele o 
movimento e a origem da realidade social, o ponto de partida do trabalho 
escolar é fazer com que o aluno contrua e adquira conhecimentos 
humanamente acumulados, possibilitando a compreensão sobre o mundo em 
que vive. O aluno irá apropiar-se de informações, estudar, pensar, refletir e 
dirigir suas ações. 
A instituição compreende que a escola tem como papel 
fundamental a socialização do saber sistematizado, deste modo, a educação 
deve ser mudada para transformar o homem em um ser filosófico, para 
compreensão do mundo, o entendimento e interpretação de seus fenômenos. 
Compreender a questão escolar é a defesa da especificidade da escola e a 
importância do trabalho escolar como elemento necessário para o 
desenvolvimento cultural, educacional e humano. 
 
11.2 FILOSOFIA DA ESCOLA 
O CEEBJA Dr. Francisco Gutierrez Beltrão – Ensino 
Fundamental e Médio se propõe trabalhar de maneira eficaz e organizada, 
através do esforço coletivo de todos os profissionais envolvidos e 
comprometidos com o processo educacional, para a construção de uma 
sociedade mais justa. Ressaltam a importância de se observar os princípios e 
fins educativos previstos na LDBEN 93494/96, Diretrizes Curriculares 
Nacionais, Deliberações e Portarias que as regulamentam. 
Portanto, a proposta pedagógica esta em consonância com a 
23 
 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em seus artigos, com ênfase 
nos art. 3º e 32º. 
A instituição busca desenvolver uma prática educativa de 
acordo com os Parâmetros Curriculares, na tentativa de alcançar uma 
educação com excelência, a escola procura ver o homem como sujeito de todo 
e qualquer saber histórico social e proporciona a todos a chance do saber, 
organização e elaboração do conhecimento, aproveitando a sua cultura para 
integrar-se na sociedade sem destruir os seus princípios. 
Diante do mundo globalizado, que apresenta múltiplos desafios 
para o homem, a educação surge como uma condição necessária 
indispensável à humanidade na construção da paz, da liberdade e da justiça 
social. A nova concepção deve fazer com que todos possam descobrir, 
aprimorar e fortalecer seu potencial criativo. 
 Dessa forma, a Educação de Jovens e Adultos deve ser 
pensada como um modelo próprio, com o objetivo de criar situações de ensino-
aprendizagem adequadas às necessidades educacionais de jovens e adultos, 
pela restauração de um direito negado: o direito a uma escola de qualidade e o 
reconhecimento de igualdade de todo e qualquer ser humano. Deve voltar-se 
para uma formação na qual os educandos trabalhadores possam aprender 
permanentemente de forma crítica, com responsabilidade individual e coletiva. 
 
11.3 OBJETIVOS DA INSTITUIÇÃO 
A instituição tem como principal objetivo ofertar escolarização 
para jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus estudos no 
Ensino Fundamental e Médio, assegurando-lhes oportunidades apropriadas, 
considerando suas características, interesses, condições de vida e de 
trabalhado, mediante ações didático-pedagógicas coletivas ou individuais. 
Os objetivos da instituição são postos de maneira clara e 
precisa, amplos e concretos, visando o desenvolvimento integral do educando. 
 
11.4 CURRÍCULO ESCOLAR 
O currículo escolar na instituição abrange todos os conteúdos 
previstos para o ensino regular, porém, são adaptados ás condições dos 
alunos matriculados na escola. Os professores por sua vez, procuram sempre, 
24 
 
respeitar os diferentes ritmos, comportamentos, experiências, contextos 
familiares, valores e conhecimentos prévios de cada aluno. Enfatizando a 
necessidade de melhorar as condições de vida dos sujeitos adequando os 
conteúdos curriculares as necessidades mais emergentes que venham ao 
encontro de suas atividades profissionais e ou dos objetivos de cada educando 
junto aos seus. 
 Os temas transversais: 
- Ética (Respeito Mútuo, Justiça, Diálogo, Solidariedade); 
- Orientação Sexual (Corpo: Matriz da sexualidade, relações de gênero, 
prevenções das doenças sexualmente Transmissíveis); 
– Meio Ambiente (Os ciclos da natureza, sociedade e meio ambiente, manejo e 
conservação ambiental); 
- Saúde (auto cuidado, vida coletiva); 
- Pluralidade Cultural (Pluralidade Cultural e a Vida das Crianças no Brasil, 
constituição da pluralidade cultural no Brasil, 
- o Ser Humano como agente social e produtor de cultura; 
- Pluralidade Cultural e Cidadania; 
- e Trabalho e Consumo (Relações de Trabalho; Trabalho, Consumo, Meio 
Ambiente e Saúde; Consumo, Meios de Comunicação de Massas) 
São trabalhados ao longo da carga horária de todas as 
disciplinas, valorizando-se todas as temáticas no decorrer do ano em qualquer 
período e evitando ênfase num período específico do ano letivo, sabe-se que a 
evolução perpassa por todos os temas oriundos das convivências sociais e 
podem e devem ser debatidos na escola. 
 
11.5 ASPECTOS IDEOLÓGICOS 
Não se observa nenhum aspecto ideológico na proposta 
pedagógica no tocante a mitos, símbolos, preconceitos, estereótipos ou 
profecias auto-realizadoras, pelo contrário, o que se observa no PPP e no 
cotidiano escolar do CEEBJA, é uma instituição preocupada em fazer o 
possível para resgatar a auto-estima desses alunos, que muitas vezes tiveram 
sua vida escolar interrompida por vários fatores, como a obrigação de trabalhar 
para ajudar suas famílias, alunos esses, que muitas vezes passam por 
discriminação, sendo rotulados como indivíduos não capacitados para o 
25 
 
mercado de trabalho ou excluídos de certos espaços por falta de instrução. O 
principal objetivo da escola em questão é o de ofertar escolarização àqueles 
que buscam dar continuidade a seus estudos. 
 
12 ASPECTOS PSICOPEDAGÓGICOS 
12.1 QUAL A POSTURA DA ESCOLA COM RELAÇÃO A NÃO 
APRENDIZAGEM DE SEUS ALUNOS? 
A instituição intervém nos aspectos de aprendizagem não 
efetiva na escola através das avaliações diagnóstica, contínua, sistemática, 
abrangente e permanente, que possibilitam ao professor obter informações 
necessárias sobre o processo de aprendizagem do aluno, que por sua vez, 
apontam as lacunas de aprendizagem de cada educando. Através desse 
acompanhamento o professor tem a possibilidade de intervir nas dificuldades 
do seu aluno, alterando a metodologia e a didática aplicada, considerando, que 
a não aprendizagem pode ser uma dificuldade do aluno, como também, um 
déficit dos recursos e métodos utilizados pelo docente, que quando 
diagnosticado deve alterá-lo imediatamente. 
Aescola procura aplicar instrumentos de aprendizado 
diferenciado, utilizando-se de métodos como debates construtivos e a 
participação efetiva do aluno durante as aulas, deste modo, o professor pode 
explorar os conhecimentos prévios e o potencial de cada aluno, incentivando 
suas produções e possibilitando que construam seu conhecimento de maneira 
crítica e efetiva. 
 
12.2 MODELOS DE APRENDIZAGEM 
A escola possui como concepção a idéia de que a tecnologia 
sempre afetou o homem das primeiras ferramentas, por vezes consideradas 
como extensões do corpo, á máquina a vapor, que mudou hábitos e instruções, 
ao computador que trouxe novas e profundas mudanças sociais e culturais – a 
tecnologia nos ajuda, nos completa, nos amplia. Facilitam nossas ações, nos 
transportando, o mesmo nos substituindo em algumas tarefas, os recursos 
tecnológicos ora facilitam, ora nos assustam. E essa forma de interferência da 
tecnologia em nosso cotidiano caracteriza uma contribuição que ocorre 
naturalmente, mesmo que não estejamos dando conta disso. 
26 
 
Trata-se de um processo que está mudando, em outras coisas 
o ensino, aproximando-o cada vez mais do próprio processo natural de difusão 
cultural. As chamadas novas tecnologias estão desterritorializando a instituição 
escolar: hoje, aprende-se não apenas no prédio físico da escola, mas em casa, 
em qualquer lugar que se tenha acesso a informações. A tecnologia modifica a 
expressão criativa do homem, modificando sua forma de adquirir conhecimento 
e interferindo em sua cognição. 
Os recursos tecnológicos atuais, os novos meios digitais 
(multimídia e internet), trazem novas formas de ler, escrever e, portanto, de 
pensar e agir. A introdução as novas tecnologias e de todas as suas vertentes 
deve ser provocada, em suas origens, pela necessidade constatada de uma 
real mudança no processo educacional. 
Desta forma, os profissionais do CEEBJA procuram utilizar as 
tecnologias a seu favor, como recurso estratégico no processo de ensino-
aprendizagem, esse é um excelente meio de chamar os jovens que muitas 
vezes se sentem desinteressados á aprender, os adultos (mais velhos) por sua 
vez, tem a possibilidade de vivenciar e experienciar à importância da tecnologia 
para seu aprendizado. 
A SEED-PR disponibiliza ações de formação continuada aos 
professores, com o objetivo de promover as ações pedagógicas e reflexões 
sobre os desafios socioeducacionais. Para tanto, apresenta-se uma série de 
textos legais, textos informativos, vídeos e outros recursos que subsidiarão os 
trabalhos dentro da escola. 
Os profissionais da instituição encaram o erro como hipótese 
de construção do conhecimento, aceitando-o como parte integrante da 
aprendizagem, possibilitando a reorientação dos estudos. O erro do aluno, em 
questão, é uma riqueza diagnóstica e o professor precisa se utilizar dele para 
indicar ao aluno o caminho do acerto e principalmente da aprendizagem efetiva 
e significativa. 
O ensino na escola tem como foco principal ofertar 
escolarização para jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a 
seus estudos no Ensino Fundamental e Médio, estudos esses que foram de 
alguma forma, interrompidos por algum motivo pessoal da vida desses 
educandos. 
27 
 
A Educação na EJA precisa ir além de apenas recuperação de 
estudos não cumpridos, ela precisa possibilitar condição necessária 
indispensável à humanidade na construção da paz, da liberdade e da justiça 
social. A nova concepção deve fazer com que todos possam descobrir e 
fortalecer seu potencial criativo. 
Os professores na instituição são compromissados, cumprem 
seu papel de ensinar para emancipação, formando um sujeito crítico e 
conhecedor do seu papel na sociedade a fim de transformá-la para o melhor, 
no entanto, a escola enfatiza que também que caberá ao aluno querer 
aprender e aprimorar cada vez mais seus conhecimentos prévios. 
 
12.3 COMO O CONHECIMENTO CIRCULA NA INSTITUIÇÃO 
Os professores do CEEBJA têm semanalmente direito a Hora 
Atividade, que são realizadas na sala de professores, com o objetivo de 
realizarem seu planejamento semanal articulado com o fazer e com a reflexão. 
O planejamento é a principal ferramenta no trabalho do professor, é o fio que 
conduz a ação educativa realizada em sala de aula, através dele, os 
professores têm a possibilidade de refletir sobre sua prática para que o 
aprendizado em sala de aula possa ser mais efetivo e significativo. 
Na instituição o docente tem disponibilizado diversos livros e 
periódicos encaminhados pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da 
Educação), para reciclagem e formação continuada do profissional da 
educação, os professores têm a possibilidade de utilizá-los em momento de 
hora atividade para reciclarem sua prática educativa. Através desse estudo e 
aprimoramento os professores firmam compromisso com o conhecimento, que 
é a fonte que alimenta a existência da escola, como nascente de geração de 
conhecimento. 
Os conhecimentos prévios oriundos do senso comum de cada 
educando, são sempre levados em consideração na hora do planejamento e de 
se iniciar um novo conteúdo, na instituição lidamos com alunos jovens e 
adultos, que possuem uma bagagem de experiências e vivências que 
enriquecem o momento de ensino-aprendizagem. 
Todo início de ano letivo a escola disponibiliza aos professores 
um grupo de estudos, através da semana pedagógica, onde são abordados 
28 
 
temas riquíssimos para utilização em sala de aula. 
12.4 COMO SÃO RESOLVIDOS OS CONFLITOS? 
O CEEBJA tem como estratégias de resolução de conflitos os 
seguintes pontos: 
- Organizar a rotina da sala de aula, observando, ouvindo e registrando dados 
que possibilitem a intervenção do professor nos momentos de dificuldades no 
processo de ensino-aprendizagem e na administração de conflitos. 
- Conduzir os procedimentos em sala de aula de maneira emocionalmente 
equilibrada e ter capacidade para mediar situações de conflito em sala de aula; 
- Administrar problemas disciplinares em sala de aula de maneira inteligente, 
visando à permanência do educando na escola, contando com o apoio da 
orientação educacional diretamente na relação da sala de aula, após, 
esgotadas as possibilidades entre professor/aluno; 
 
12.5 QUAL A CONCEPÇÃO DOS EDUCADORES ACERCA DAS 
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM? 
A instituição encara a dificuldades de aprendizagem como 
decorrentes de diversas situações como: 
- Problemas pessoais do educando (como o fato do aluno trabalhar o dia todo e 
se sentir exausto durante o período da aula, impossibilitando o foco nas 
explicações); 
- Sistema de ensino (o fato do sistema de ensino ser por eliminação de 
matérias, muitas vezes, isso proporciona dificuldades no aprendizado, pois o 
conteúdo é repassado de maneira compacta e em menor tempo); 
- Escola (a instituição enfatiza a importância de o professor investigar essas 
dificuldades, se for decorrente do sistema de ensino ou da prática docente do 
professor, ela deve ser refletida e alterada). 
 
12.6 ESTRATÉGIAS DE AÇÃO QUE UTILIZAM PARA SOLUCIONAR 
AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 
A principal estratégia para solução das dificuldades de 
aprendizagem são realizadas em conjunto pelos professores e pedagoga, após 
reflexão e análise dessa dificuldade, a prática e a metodologia é alterada em 
prol o desenvolvimento efetivo do educando. Os professores também realizam 
29 
 
sempre que possível cursos para capacitação e formação para lidarem com a 
faixa etária atendida na escola. 
Infelizmente o CEEBJA, não possui sala de recursos ou classe 
especial para lidaram com essas dificuldades, as ações precisam partir do 
professor dentro da sala de aula, necessitando de uma reflexão constante nas 
práticas educacionais utilizadas. 
A instituição acolhe e realiza a inclusão de alunos com 
necessidades educacionais especiais como o autismo, por exemplo, o ensinoe 
os instrumentos são adaptados para cada educando, assegurando o direito à 
igualdade com equidade de oportunidades. Isso não significa um modo igual de 
educar todos, mas uma forma de garantir apoios e serviços especializados 
para que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades. 
Os alunos com dificuldade de aprendizado atendidos pelo 
CEEBJA não são encaminhados para profissionais especializados, pelo fato do 
sistema não comportar esse atendimento. No caso de alunos menores de 
idade a ação tomada pela direção e coordenação, é a convocação dos pais 
para uma reunião, onde medidas são analisadas e tomadas para resolução 
dessas dificuldades. 
Na medida do possível a escola procura dar conta dessa 
função tão especial que é o ENSINAR, mas infelizmente há muitas falhas no 
sistema de ensino, que os impede de realizar seus planos com maior eficácia, 
no entanto, os profissionais do CEEBJA procurarem fazer o seu melhor nas 
condições que possuem, até possuírem subsídios para fazer melhor ainda. 
 
13 O QUE EU PENSO SOBRE ESCOLA, EDUCAÇÃO E SOCIEDADE 
13.1 A MELHOR MANEIRA DE ENSINAR 
O ato de ensinar solicita conhecimento, prática e paciência, 
para que possamos gerar ou transmitir conhecimento de uma forma clara e 
objetiva. Os conhecimentos prévios que cada um possui se trata de uma 
bagagem decorrente de suas experiências e vivências acumuladas de 
diferentes formas, seja por meios acadêmicos, empíricos (baseado na 
experiência e na observação) ou experimentados durante sua vida. 
Por sua vez, o ato de ensinar: 
[...] é um ato essencialmente social, a partir do qual surgiu a escola. 
30 
 
Para tanto, basta considerar os núcleos familiares, as comunidades 
sociais, os diversos meios de comunicação para concluir que a escola 
não foi nem é o único meio ou lócus educativo. Apesar disso, não se 
pode esvaziar a sua função histórica sob pena de comprometer o 
indivíduo e a própria sociedade. As situações de 
ensino/aprendizagem são sempre complexas, sendo muitas as 
variáveis que intervém na possibilidade de fracasso e sucesso dos 
alunos. (FARIA, 2009, p.66) 
 
 Diante de tal reflexão, qual seria então a melhor maneira de 
ensinar? 
Para que tenhamos sucesso no processo de ensinar, devemos 
primeiramente proporcionar aos nossos alunos um ambiente educacional 
acolhedor que beneficie o diálogo constante e as trocas entre professor e 
aluno. Os desafios encontrados em sala de aula pelo educador estão cada vez 
mais presentes e estão em constantes transformações, o professor, atualmente 
não é mais a única fonte de aprendizado, os alunos atuais, nasceram e estão 
se desenvolvendo em um mundo totalmente tecnológico, a informação esta 
presente em diversos meios e mídias. Deste modo, como o educador pode se 
destacar e levar o seu aluno a um aprendizado efetivo e significativo? Como 
concorrer com esses novos meios de se conseguir informação? 
Por muito tempo, a Educação colocava o professor como 
centro e único detentor de todo o conhecimento, o aluno por sua vez, era visto 
como uma folha de papel em branco que deveria ser preenchida com 
informações transmitidas pelo educador. Portanto, para que a educação se 
transforme, e o ensino seja realizado de maneira mais significativa, é preciso 
que o professor se coloque no papel de mediador e que se submeta a 
contínuos processos de formação, essa efetivação só será possível se o 
educador modificar seu olhar e desatrelar de idéias antiquadas. 
É importante ressaltar que: 
É pela mediação do educador que a criança aprende, que tem 
contato com a educação. Educação é trabalho humano, atividade 
humana guiada pelo desejo, trabalho que tem por fim produzir um ser 
humano-histórico. (COSTA; MONTAGNINI; OFFIAL; STEUCK, 2014, 
p.38) 
 
O educador está em constante transformação e construção, ser 
professor atualmente, implica em assumir uma profissão que passa por 
constantes ressignificações. Nos últimos tempos a educação escolar também 
passou por intensas mudanças, que refletiu nos comportamentos sociais, 
31 
 
estilos de vida, atitudes e valores, que impactaram a vida de educandos e 
educadores. Diante de tantas transformações, é sabido que o ensino não 
poderia engessar, os métodos terão de ser atualizados para que as 
necessidades atuais de cada aluno sejam atendidas. 
Diante de tal reflexão Costa, Montagnini, Offial, Steuck (2014, 
p.113) afirmam que: 
Na prática, o processo pedagógico se inicia bem antes da sala de 
aula. Através da investigação temática, os educandos buscam 
conhecer o dia a dia de seus alunos, inserindo-se na comunidade. 
Baseando-se em conversas formais e informais, em observações 
participantes, vão reconhecendo temas significativos para aquela 
comunidade. É preciso que o educador aprenda como vivem seus 
alunos, que conhecimentos eles e elas já possuem do mundo, que 
assuntos lhe interessam. Daí, o educador verificará como o 
conhecimento científico poderá auxiliá-los, a saber, mais do que já 
sabem. Note: o educador não impõe o conhecimento científico; ele se 
coloca, e coloca a ciência como auxiliar das camadas populares, em 
diálogo. 
 
 Posto isto, somente a experiência e o conhecimento que o 
professor possui, passa de certa forma não ser suficiente, pois o educador, 
assim como o educando esta em constante processo de ensino-aprendizagem. 
Em conjunto, o professor aprende sobre e com os seus alunos, faz novas 
descobertas, observa novas técnicas, didáticas, pressupõe uma nova postura 
profissional, conquista novos conhecimentos e permanece em constante 
atualização. Desta forma, o educador repensa seus métodos e práticas, bem 
como estimula seus alunos a serem reflexivos e críticos e não somente 
repetidores de informação. 
E assim: 
Professores e alunos são sujeitos que colaborativamente descobrem 
e redescobrem a realidade em que vivem. (COSTA; MONTAGNINI; 
OFFIAL; STEUCK, 2014, p.112) 
 
O professor necessita constantemente analisar e reavaliar sua 
prática pedagógica para que o ensino seja realizado de maneira efetiva e 
significativa, deste modo não há dúvida que a aprendizagem irá ocorrer. 
Por todos esses aspectos: 
Os professores se tornam profissionais essenciais diante dos 
processos de mudanças sugeridos para a sociedade. Ser professor 
atualmente requer saberes e conhecimentos científicos, pedagógicos, 
educacionais, sensibilidade da experiência, indagação teórica e 
criatividade para resolver as situações indicadas em sala de aula 
ligadas ao ensino, aprendizagem, relacionamento, entre outros. 
32 
 
(COSTA; MONTAGNINI; OFFIAL; STEUCK, 2014, p.38) 
 
O processo que relaciona o ato de ensinar e aprender deve 
ser repleto de criatividade, pois é através das diversas trocas realizadas 
entre educador e educando, que ambos se contagiam, conquistando novos 
conhecimentos, através da afetividade. 
 
 
13.2 FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA 
A escola possui um papel social, que se realiza através da 
ação dos profissionais que atuam em tal ambiente. A escola tem como função 
principal mediar o conhecimento sistematizado e científico elaborado e 
acumulado ao longo do tempo por todos os sujeitos sociais. 
Para iniciarmos nossa reflexão, é importante ressaltarmos o 
seguinte questionamento: O que entendemos por escola? 
Quando ouvimos ou lemos essa palavra, ela pode gerar duas idéias, 
dependendo do contexto. A primeira refere-se a um lugar específico, 
um edifício onde crianças e jovens passam parte do seu dia 
aprendendo coisas que a sociedade acredita serem importantes para 
a manutenção dela mesma. É isso que quer dizer a expressão “estou 
indo pra escola”, quando dita por uma criança ao sair de casa para 
mais um dia letivo. A segunda imagem que pode aparecer em nossa 
mente refere-se á escola enquanto instituição social. Nesse sentido é 
uma abstração de nosso entendimento. Ocorre por exemplo, quando 
afirmamos que todas as crianças devem estar na escola. (BATTINI; 
PROBST; SILVA; SILVA,2014, p. 4) 
 
Dado o exposto a função primordial da escola será a realização 
de uma mediação entre os conhecimentos prévios de nossos alunos e o 
conhecimento formal e sistêmico, possibilitando que esse educando alcance os 
conhecimentos científicos. 
Conforme apontam Costa, Montagnini, Offial, Steuck (2014, 
p.30): 
A escola tem como função social formar o cidadão, construir 
conhecimentos, atitudes e valores que tornem o estudante crítico, 
ético e participativo. Para que isso se realize, o específico da escola é 
ensinar, socializar o saber sistematizado, historicamente acumulado. 
 
Portanto, compete à escola preparar, instrumentalizar e 
proporcionar condições para que seus alunos possam se firmar e construir sua 
cidadania. 
Além de tudo que já foi citado, a escola é responsável por 
33 
 
desenvolver as potencialidades físicas, cognitivas e afetivas do seu aluno, para 
então, capacitá-lo para se tornar um cidadão crítico e consciente de seu papel 
na sociedade a fim de transformá-la para melhor. Para tal a escola necessita 
proporcionar ao educando a aprendizagem de conhecimentos, habilidades e 
valores necessários para se viver em sociedade, bem como, propiciar controle 
e absorção de conteúdos básicos como leitura, escrita, ciências, artes, letras, 
pois sem esses conhecimentos o educando dificilmente conseguirá exercer 
seus direitos de cidadão. 
Por isso tudo: 
Cabe a escola e a seus profissionais garantir aprendizagem 
significativa aos seus alunos, auxiliar na construção do conhecimento, 
incentivá-los a participar na escola até a conclusão do curso e 
certificação com êxito, haja vista que a função social da escola está 
em garantir a efetivação da educação como um “direito social”. 
(COSTA; MONTAGNINI; OFFIAL; STEUCK, 2014, p.30) 
 
 
Em vista dos argumentos apresentados, a escola é uma 
fundação com papel primordial na sociedade, a responsabilidade da escola vai 
além de ensinar os conteúdos curriculares da educação básica, a escola trará 
em consonância com seus objetivos a formação do caráter, valores e princípios 
morais, que orientará o educando a utilizar os conhecimentos assimilados de 
maneira eficaz, de modo a serem utilizados a favor da sociedade e de uma 
realidade melhor para todos que nela vivem. 
Além do mais, é importante destacar que é no ambiente 
escolar que a criança começa a conviver com o diferente, tendo contato com 
outras crianças, de diversas raízes e culturas e passa aprender a respeitar 
essas diferenças e compreender que o diferente é normal. Na escola a criança 
também cria o primeiro circulo de amizade e se percebe como parte do 
coletivo, aprendendo, deste modo, a dialogar, ouvir o outro, discutir 
amigavelmente, levantar hipóteses e chegar a soluções. 
Portanto: 
[...] o desafio da escola seguindo a legislação vigente insinua que 
seus profissionais, em um esforço constante, devem estar atentos á 
tarefa de educar as crianças e os jovens propiciando-lhes 
desenvolvimento humano, cultural, científico, tecnológico. Tal desafio 
é indicado sob a perspectiva de que a escola forneça ao aluno a 
possibilidade de aquisição de habilidades que venham a contribuir 
para sua integração no mundo contemporâneo permeado de novas 
exigências, na qual a sociedade busca se adaptar. (PIMENTA, 2012 
apud COSTA; MONTAGNINI; OFFIAL; STEUCK, 2014, p.34) 
34 
 
13.3 QUE TIPO DE CIDADÃO ESTAMOS FORMANDO E QUAL 
REALMENTE GOSTARIAMOS DE FORMAR 
A cerca de 500 a.C., Pitágoras, considerado o pai do conceito 
de Justiça, declarou: “Educai as crianças de hoje e não será preciso castigar o 
homem de amanhã.” 
No mundo atual em que vivemos, as pessoas se preocupam 
cada vez mais com status financeiro e acabam jogando de escanteio valores e 
princípios morais essências ao ser humano. A corrida diária faz com que as 
pessoas se tornem individualista, pensando sempre em si próprias, nem se 
quer se cumprimentam mais e com isso se preocupam excessivamente com o 
ter e se esquecem do ser. 
Levando em consideração esses aspectos, enquanto a 
educação for pensada em segundo plano, a cidadania jamais acontecerá. A 
formação de um ser humano crítico e preocupado com a sociedade em que 
vive, depende da valorização do sujeito. Aderimos à culpa da má qualidade do 
ensino aos políticos, mas esquecemos que esses mesmos políticos fazem 
parte da mesma sociedade que nós. Se a base é falha conseqüentemente os 
membros que se formam na nossa sociedade serão falhos também. 
Diante disso, o alicerce da sociedade se faz através de uma 
educação de qualidade voltada para a formação de cidadãos críticos e 
conscientes, é importante ressaltar, que é pela falta de educação que parte dos 
membros dessa sociedade se volta para violência. 
 Dado o exposto: 
A escola se transforma em um espaço contraditório, complexo, 
carregado de conflito e divergência em suas interpretações. Sendo 
assim, na transformação das antigas certezas ligadas aos valores 
morais, exige-se dos profissionais da escola que cumpram 
determinadas funções da família e de outras instâncias sociais. 
Cada vez mais observam as carências ou necessidades afetivas do 
aluno, problemas de socialização, atitudes agressivas, envolvimento 
com drogas ilícitas, indisciplina, entre outros. (COSTA; MONTAGNINI; 
OFFIAL; STEUCK, 2014, p.34) 
 
 
13.4 É POSSÍVEL FORMAR CIDADÃOS EMPREENDEDORES NAS 
ESCOLAS 
Considerando que a principal função da escola é 
preparar, instrumentalizar e proporcionar condições para que seus 
35 
 
alunos possam se firmar e construir sua cidadania. Assim sendo, 
percebemos que ela deve formar em seus alunos requisitos 
necessários para que eles possam ser adultos bem sucedidos e 
protagonistas de suas vidas e condições. Deste modo, as aulas de 
empreendedorismo na escola será um diferencial, com o intuito de 
prepará-los para o mercado de trabalho. Os alunos que recebem 
aulas de empreendedorismo, quando adultos, apresentam maiores 
condições de atingirem sucesso em suas carreiras. 
É importante salientar que as aulas de empreendedorismo, 
além de prepará-los para uma futura inserção no mercado de trabalho, também 
estimula nossos alunos a serem criativos, persistentes, comprometidos e 
autoconfiantes. 
Para trabalhar o empreendedorismo dentro das escolas é 
preciso que a instituição tome posturas diferenciadas, e para que essas novas 
posturas sejam aplicadas na escola é necessário em primeiro momento 
retomarmos a reflexão do “ato de ensinar de maneira diferenciada”, 
favorecendo metodologias um tanto quanto criativas e atrativas, deixando de 
insistir nos antiquados métodos tradicionais. Posto isto, os recursos 
tecnológicos são sempre bem vindos e grandes aliados na estruturação das 
aulas de empreendedorismo, considerando que o aluno necessita se adequar 
ao uso dessas tecnologias. 
Além de tudo o que já foi exposto é primordial a “capacitação 
dos professores” para que se consiga efetivar as aulas de empreendedorismo 
dentro da escola, o docente em questão, necessita ser apto e interessado em 
trabalhar a interdisciplinaridade e as tecnologias consideradas modernas em 
suas aulas e para que isso ocorra à capacitação é primordial. 
Em virtude dos fatos mencionados: 
A formação do professor ou seu aperfeiçoamento não devem mais se 
fundamentar na racionalidade técnica que sugere a execução de 
tarefas sem questionamento. [...] a formação atual deve sugerir que o 
professor, ao planejar, organizar e desenvolver suas atividades, não 
se torne um mero executor de tarefas, e sim um profissional que 
reconheça sua criticidade diante da capacidade criativa de decidir e 
atuar. (COSTA; MONTAGNINI; OFFIAL; STEUCK, 2014, p.35) 
 
As aulas de empreendedorismo precisam ser diferenciadas, 
estimulantes e atrativas, todos os professores precisam aderir à idéia e incluir o 
36 
 
conteúdo dentro do planejamento de suas disciplinas, é preciso que se 
proponham projetos e atividades práticas, paraque os alunos consigam se 
engajar, desenvolvendo uma visão estratégica diante de seus planejamentos. 
 
14 HIPÓTESE DIAGNÓSTICA 
Após realizarmos o levantamento histórico da instituição, 
observarmos a rotina da escola, dialogarmos com alunos e ex-alunos do 
CEEBJA, voltamos à reflexão inicial e a queixa exposta pela gestora da 
instituição, que alega que a principal problemática encontrada na escola sem 
dúvida é a EVASÃO, porém, ao questioná-la sobre os possíveis motivos de 
tanta desistência a mesma nos informou que diante de tal problema nada se 
podia fazer, considerando que os reais motivos eram todos de ordem pessoal. 
No entanto, após estudo do documento que rege essa instituição, observações 
e diálogos, chegamos à hipótese de que o que a gestora nos transmite com 
sua fala um tanto quanto desmotivadora, em dizer que em relação à evasão 
nada se pode fazer, nos remete a diversos pensamentos: Qual seria a real 
causa desses alunos, que de certo modo já tiveram problemas passados que 
os impediram de dar continuidade nos estudos os façam desistir antes mesmo 
de “lutar”, será que falta motivação, incentivo e principalmente apoio. 
Diante de tal desafio, a escola não deve ter como foco principal 
apenas a reprodução, a formação e as exigências do mercado de trabalho, sua 
função principal como já mencionado em reflexões anteriores vai além dos 
conteúdos impostos para educação básica, a escola precisa se preocupar com 
questões ligadas a cidadania, ao letramento (que vai muito além de saber ler e 
escrever) e a emancipação desse sujeito. Os alunos da Educação de Jovens e 
Adultos também carecem de afetividade, tal estado influência totalmente no 
comportamento e no aprendizado do individuo, o aluno precisa sentir que a 
instituição o apóia e que sua intenção vai além de certificá-lo, a escola precisa 
mostrar ao educando que sua intenção é formá-lo em um cidadão crítico e 
consciente de seus direitos e deveres na sociedade, e só poderá fazer isso, se 
desde o primeiro dia de aula, esse mesmo aluno se sentir motivado a continuar 
e passar por cima de todos os outros motivos que o impulsiona a desistir. 
A gestora nos informou que a problemática, que na visão dela, 
carece de uma atenção maior, seria o fato do mau relacionamento interpessoal 
37 
 
entre os alunos de idade mais jovem e os adultos, muitas vezes ocorre, destes 
jovens terminarem suas atividades com excesso de rapidez e mais do que 
depressa começam a perturbar a ordem de sala de aula, com conversas 
paralelas, risos fora de hora, utilização de aparelhos celulares, entre outros. É 
de conhecimento de todos que problemas como esse ocorrem em qualquer 
modalidade de ensino, desde a educação infantil pendurando até o ensino 
superior, caracterizando um caso de indisciplina, problemas como esse 
também devem ser analisados, estamos de certa forma tratando de adultos, o 
primeiro passo a ser tomado é o diálogo, bem como novas hipóteses devem 
ser levantadas, será que as aulas estão sendo atrativas e motivadoras, porque 
esses alunos possuem tempo de perturbar a ordem de sala de aula, não seria 
o caso de utilizarmos de novas estratégias e principalmente uma auto-
avaliação perante aos métodos de ensino. 
Os alunos da educação de jovens e adultos configuram tipos 
heterogêneos, se tratam de homens e mulheres que chegam à escola com 
crenças, valores, culturas, experiências e vivências diferenciadas, por isso, são 
sujeitos históricos e com uma bagagem riquíssima de conhecimentos já 
construídos, que devem ser aproveitados pelo docente em sala de aula. O 
aluno da EJA, principalmente, porém o de qualquer outra modalidade, não é 
uma folha de papel em branco onde o professor como detentor do 
conhecimento irá preenchê-la, o que ele traz para sala de aula é capaz de 
enriquecer o planejamento de um professor, desde que ele valorize e saiba 
como utilizá-lo na construção de novos conhecimentos. 
Em vista dos argumentos apresentados: 
Aos educadores incumbe a tarefa mais importante de conhecer as 
esperanças, lutas, trajetórias e especificidades culturais que 
caracterizam os educandos e levar em consideração o bom senso 
presente no senso comum a fim de estabelecer diálogos pedagógicos 
mais interculturais, mais reflexivos e menos excludentes. Através das 
memórias e história de vida dos idosos, adultos e jovens é possível 
estabelecer pontes dialógicas que contribuam para romper com o 
monoculturalismo que marca a racionalidade escolar. De fato todos 
somos desiguais e diferentes, contudo somos gente! Nisso somos 
iguais! A escola incumbe compreender reconhecer e valorizar as 
diferenças que ignorar as desigualdades (CAPELO, 2006, p.46) 
 
Já nos levava a reflexão Freire (1996), quando realizou o 
seguinte questionamento: Será mesmo que os alunos nada sabem do mundo? 
Afirmou ainda, que homens e mulheres entendem sim do mundo que os cerca, 
38 
 
no entanto, esse aprendizado de verá foi construído na “escola da vida”, 
aprenderam, na prática e não nos bancos de sala de aula a viverem e 
conviverem. Foi diante dessas reflexões que Paulo Freire estimulado pelo 
desejo de libertação pela crítica, criou uma pedagogia baseada no diálogo e na 
descoberta coletiva do mundo, onde professores e alunos, em conjunto, 
descobrem e redescobrem a realidade em que vivem. Suas idéias são bem 
conhecidas e ainda podem ser consideradas e utilizadas em prol à motivação 
dos alunos da EJA. 
Dado o exposto, é importante mencionar que: 
Ninguém educa a ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens 
se educam entre si, mediatizados pelo mundo. (FREIRE, 1987, p.68) 
 
 
15 PLANO DE AÇÃO PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL 
15.1 INDENTIFICAÇÃO 
a) Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos Dr. 
Francisco Gutierrez Beltrão – Ensino Fundamental e Médio 
b) Abrangência do plano de ação: 
Queixa: 
- O relacionamento interpessoal e o respeito entre os alunos jovens e adultos 
na EJA 
- Grande índice de evasão dos alunos da Educação de Jovens e Adultos. 
c) Período: Agosto de 2018 
d) Responsáveis: Daniela Caus Penha da Silva e Leni Aparecida Santos 
 
15.2 JUSTIFICATIVA 
Uma das principais problemáticas encontradas na instituição é 
o alto índice de evasão que ocorre freqüentemente no cotidiano da instituição, 
bem como o relacionamento interpessoal entre os alunos mais jovens e os 
adultos da modalidade. A clientela é composta por estudantes provenientes de 
diversas realidades econômicas e sociais, que recorrem à modalidade por 
interesses diversos, no entanto, é perceptível que grande parte desses alunos 
vai à instituição realizam sua matrícula, começam a participar das aulas, 
subitamente diminuem sua freqüência e menos que se perceba, desistem de 
seus estudos. 
39 
 
É sabido por todos que a EJA possui discrepâncias em relação 
ao ensino regular, com cronogramas mais flexíveis e mesmo com todas as 
facilidades oferecidas pela modalidade, percebe-se que o curso ainda possui 
um alto índice de evasão na referida instituição. Deste modo, repensar a 
prática pedagógica e o acolhimento oferecido pela escola, bem como as 
possíveis causas que estão levando a esse alto índice de desistência é 
demasiadamente importante na tentativa de minimizar o índice de alunos 
evadidos. 
 O relacionamento dos educandos em sala de aula, também 
é uma perspectiva que deve ser trabalhada dentro da instituição, pois um clima 
positivo de sala de aula é capaz de motivar esses alunos em prol à 
continuidade de seus estudos de forma efetiva e proveitosa. 
 
15.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Possibilitar o egresso e garantir a permanência de jovens e 
adultos em uma instituição de ensino é, precedentemente, respeitar um dos 
direitos fundamentais ao ser humano, o direito a educação, que é garantido por 
lei através da Constituição Federal. 
É importante ressaltar que os jovens e adultos pertencentes a 
essa modalidade, que muitas vezes não

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