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Caso aula 5 matilde

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Caso aula 5 - Habeas Corpus
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO- RJ
Advogado, brasileiro, estado civil, inscrito na OAB Nº xxx,, com CPF: xxx.xxx.xxx-xx, com endereço profissional na rua xxx, bairro xxx, Rio de Janeiro- RJ CEP:XXXX, vem impetrar
HABEAS CORPUS
Em razão do ato praticado pelo Exmº Senhor Doutor Juiz de Direito da 10ª Vara de Família da Comarca da Capital, pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos.
I-DOS FATOS
A paciente Matilde, é domiciliada na rua xxx, bairro xxx, na cidade do Rio de Janeiro-RJ, e está sendo executada por seus filhos Jane e Gilson Pires, menores, com treze e seis anos, respectivamente, representados por seu pai, Gildo, pelo rito do Artigo 911 do CPC. Na execução de alimentos, que tramita perante o juízo da 10ª Vara de Família da Capital, a paciente foi citada para pagar a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), referente aos últimos cinco meses inadimplentes dos alimentos fixados por sentença pelo juízo da mesma Vara de Família. Ocorre que a paciente está desempregada há 1 ano, fruto da grave situação econômica em que passa o país, com isso não está conseguindo se inserir novamente no mercado de trabalho não possui condições financeiras para quitar a dívida alimentar. Diante da real impossibilidade da executa em adimplir a sua dívida, o magistrado decretou a prisão da mesma, pelo prazo de sessenta dias.
II-DOS FUNDAMENTOS
A prisão civil por alimentos teve seu cerne na Convenção Americana sobre Direitos Humanos, sendo absorvida pela legislação brasileira pelo Decreto Legislativo 27, de 25/09/1992. O pacto de San José da Costa Rica, que em seu artigo 7º, vedou a prisão civil do depositário infiel, somente permitindo-a na hipótese de dívida alimentar. A origem do dispositivo no artigo 5º, LXVII, da CF/88, afirma que será concedido \u201chabeas corpus\u201d sempre que alguém sofreu ou se acha ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. A execução da prestação alimentícia com a utilização do instrumento coercitivo da ameaça de prisão civil somente é possível nas hipóteses em que o débito executado compreenda o inadimplemento dos três meses anteriores ao ajuizamento da ação. Assim, será impossível obter-se o decreto prisional por dívida referente a prestação alimentícia prevista há mais de três meses .Entende-se que não justifica a excepcionalidade da supressão da liberdade do executado quando se refira a execução a débitos vencidos a mais de quatro meses, pois o credor já não precisa urgentemente de tal valor para prover a sua subsistência, visto que decorrido prazo razoável. E, portanto, a execução por quantia certa contra devedor solvente será procedimento eficaz para a obtenção da satisfação do crédito.
Não obstante, o STJ editou a Súmula 309 que afirma: O débito alimentar que autoriza prisão civil do alimentante é o que compreende as três prestações anteriores à citação e as que vencerem no curso do processo.
III- DOS PEDIDOS
Pelo exposto vem requerer:
1- Seja deferida a liminar para determinar ao Juízo o recolhimento, independentemente de cumprimento, do mandado de prisão já expedido, ou, caso já cumprido o mandado, seja determinada a imediata colocação em liberdade da paciente ;
2- A notificação da Autoridade coatora, o Exmº Senhor Doutor Juiz da 10ªVara de Família da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro-RJ;
3- Seja concedida a ordem de HABEAS CORPUS e expedição imediata do salvo conduto para a paciente Matilde, conforme art. 670, par. 4º do Código Processo Penal);
Nestes Termos
Pede e espera suspensão da ordem de prisão.
LOCAL, DATA.
ASSINATURA ADVOGADO
OAB/RJ

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