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Procedimento Comum - Jurisprudência - Contestação e Reconvenção

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UNIPLAN – Centro Universitário Planalto do Distrito Federal
Curso/Semestre/Turno: Direito / 5º/ Matutino
Disciplina: Procedimento Comum
Professor: Alessandra D'El-Rei
Atividades de Estudos Domiciliares
Acadêmico: Nazareno Althoff
Matrícula: 02410032297
Assuntos: Atividade 1 – Jurisprudências e Peça.
Jurisprudência STF
	EMENTA: AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. FUNDAMENTAÇÃO A RESPEITO DA REPERCUSSÃO GERAL. INSUFICIÊNCIA. OFENSA CONSTITUCIONAL REFLEXA. REEXAME DE FATOS. SÚMULA 279/STF
	
Em leitura de todo o conteúdo do relatório fica claro que as razões para fundamentação a respeito da repercussão geral não foram atendidas, bem como a Súmula 279 do STF é clara no sentido de que “para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”, sendo que o Relator, o Ministro Alexandre de Moraes é preciso nas considerações – “Trata-se de Agravo Interno contra decisão que negou seguimento ao Recurso Extraordinário com Agravo sob os argumentos de que (a) encontra-se deficiente a demonstração da repercussão geral da questão constitucional; (b) a matéria está situada no contexto normativo infraconstitucional; e (c) incide, no caso, o óbice da súmula 279.
Pode-se acrescentar, a título de contextualização do tema, parte interessante do voto que diz “não há reparo a fazer no entendimento aplicado, pois o Agravo Interno não apresentou qualquer argumento apto a desconstituir os óbices apontados. A rigor, a presente impugnação mostra-se manifestamente improcedente: sua fundamentação limita-se ao mínimo para se credenciar ao conhecimento e não revela qualquer esforço real e efetivo em reverter o ato atacado.
Diante do exposto, nego provimento ao Agravo Interno. Na forma do art. 1.021, §§ 4º e 5º, do Código de Processo Civil de 2015, em caso de votação unânime, condeno o agravante a pagar ao agravado multa de um por cento do valor atualizado da causa, cujo depósito prévio passa a ser condição para a interposição de qualquer outro recurso (à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final)”.
A decisão foi unanime em relação ao voto e a decisão proferida pelo Ministro Relator.
Jurisprudência STJ
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE CUMPRIMENTO DE CONTRATO C/C REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS. CERCEAMENTO DE DEFESA. PRELIMINAR AFASTADA. SEGURO DE VIDA EM GRUPO. NEGATIVA DE PAGAMENTO DA INDENIZAÇÃO CONTRATUAL. APOSENTADORIA CONCEDIDA PELO INSS. INVALIDEZ PERMANENTE PARA O TRABALHO. INDENIZAÇÃO POR INVALIDEZ TOTAL DEVIDA. CERCEAMENTO DE DEFESA. SÚMULA 7/STJ. INCIDÊNCIA. PREQUESTIONAMENTO AUSENTE. SÚMULA 211 DO STJ. SÚMULAS 283 E 284 DO STF. INCIDÊNCIA. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE. EMBARGOS REJEITADOS.
Neste processo a Quarta Turma do STJ, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator.
A partir do suscitado pela parte, o art. 1.022, caput e incisos, do Novo CPC, são cabíveis os embargos de declaração quando a decisão judicial se revelar omissa, obscura ou contraditória, assim como para correção de erro material. O Ministro Relator demonstrou que inexistiu omissão, obscuridade, contradição ou erro material, cumprindo registrar que os embargos de declaração não se não são via adequada para a insurreição que vise a reforma do julgamento, sendo, portanto, os embargos de declaração solicitados rejeitados.
No seu voto, o Ministro fundamentou os motivos de que cada parte do art. 1.022, CPC e seu incisos foram cumpridos, a partir de trechos relativos a doutrina e detalhamento da legislação vigente, conforme a seguir: “a parte embargante assevera que houve contradição no julgado, uma vez que: (i) o tema foi enfrentado diversas vezes pelo STJ, não sendo de se aplicar à hipótese dos autos o óbice da Súmula 7 invocado; (ii) os argumentos contidos em recurso especial não exigem o revolvimento do conjunto fático e probatório; (iii) houve prequestionamento implícito da questão jurídica relativa à violação dos art. 331 do CPC e 122 e 125 do CCB; (iv) a aposentadoria do segurado pelo INSS não gera automaticamente direito à cobertura securitária por invalidez permanente, pois o INSS pode revogar o benefício a qualquer momento, mas a concessão da indenização securitária é irretratável, exceto em caso de fraudes; (v) o indeferimento do pedido de prova pericial ocasionou o cerceamento de defesa e a violação ao princípio do contraditório. Todavia, o acórdão não apresenta contradição que desafie embargos de declaração e, ainda, o caso não se identifica com a jurisprudência desta Corte invocada nas razões de embargos. Extrai-se expressamente da fundamentação do v. acórdão recorrido que outras provas documentais e laudos médicos foram ponderados para se concluir pela suficiência das provas e procedência da demanda e não apenas o atestado de invalidez total do INSS”.
Jurisprudência TJDFT
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. CONSUMIDOR. CONTRATO DE EMPREITADA. ATRASO NA ENTREGA. ABANDONO DO LOCAL DA OBRA. INADIMPLEMENTO DA CONTRATADA. RESOLUÇÃO DO CONTRATO. CERCEAMENTO DE DEFESA. PRELIMINAR REJEITADA. DANOS MATERIAIS. REDUÇÃO. LUCROS CESSANTES. CLÁUSULA PENAL. CUMULAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO DA RÉ PARCIALMENTE PROVIDO. RECURSO DOS AUTORES DESPROVIDO.
O processo trata de uma apelação cível, julgada pelo TJDFT e trata da resolução de um contrato de empreitada celebrado com o objetivo de construir imóvel residencial.
Um grande ponto de discussão é o art. 476 do Código Civil (CC), onde, nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir implemento da do outro, ou seja, não pode haver a imposição, a uma das partes, do adimplemento integral da obrigação sem que a outra parte tenha também adimplido integralmente a sua.
De acordo com a ata do julgamento, os Desembargadores proferiram a seguinte decisão: Conhecer dos recursos, negar provimento ao apelo do autor e dar parcial provimento ao apelo do réu, rejeitar a preliminar, por unanimidade.
Para resumir a situação, os contratantes solicitaram a construção de um imóvel por um valor em torno de 326 mil reais, com data para entrega da obra para janeiro. Pagaram aproximadamente 232 mil reais, faltando pagar mais ou menos 94 mil reais. Alegaram que a empresa não terminou a construção. Chamaram outra empresa, gastaram mais 95 mil reais e puderam ocupar o local apenas em dezembro do mesmo ano. Por conta disso, em juízo, estavam cobrando lucros cessantes no valor de R$ 3.900,00 e outros acessórios. Já a empresa contratada aduz ter havido cerceamento de defesa em razão do indeferimento da produção da prova testemunhal, imprescindível para a elucidação da controvérsia. Alega que o atraso na construção ocorreu em razão de alterações realizadas pelos autores no projeto original. Nega a existência de defeitos na execução da obra.
O Desembargador relator tomou como base de seu voto as seguintes vertentes: os recursos interpostos merecem ser conhecidos, pois se encontram preenchidos seus pressupostos extrínsecos e intrínsecos de admissibilidade, sendo tempestivos e adequados à espécie. A questão submetida a julgamento consiste em verificar se foi correta a sentença proferida pelo Juízo de origem que declarou extinta a relação jurídica negocial. Neste contexto, condenou ainda a apelante ao pagamento do valor necessário para a finalização da obra, além de lucros cessantes.
Em suas argumentações identificou jurisprudência sobre cada tema abordado, indicando, por exemplo, a liberdade do juiz em determinar quais provas são necessárias à instrução do processo, sendo que “O juiz é o destinatário da prova, cabendo-lhe determinar quais as provas necessárias à instrução do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias. Se a parte pretender demonstrar, via prova testemunhal, o que já resta demonstrado pelos documentos juntados aos autos, o indeferimento do pedido de prova testemunhal não caracteriza cerceamento de defesa, artigos 130 e 400, inciso II, do CPC. Agravo Retido conhecidoe não provido”. Em outra decisão, “O indeferimento da produção de prova desnecessária à solução do litígio não configura hipótese de cerceamento de defesa”. Também interessante citar a Súmula 543, do STJ: “na hipótese de resolução de contrato de promessa de compra e venda de imóvel submetido ao Código de Defesa do Consumidor, deve ocorrer a imediata restituição das parcelas pagas pelo promitente comprador – integralmente, em caso de culpa exclusiva do promitente vendedor/construtor, ou parcialmente, caso tenha sido o comprador quem deu causa ao desfazimento”. Todas essas prerrogativas foram para rejeitar a preliminar de cerceamento de defesa.
Foram utilizados trechos de conversar entre contratante e contratado para melhor delimitar o ocorrido. Varias informações foram incluídas para delimitar serviços que foram contratados e não concluídos. O modo convencional como o negócio jurídico se extingue é o cumprimento ou execução do contrato, o que comprovadamente não aconteceu. No caso, os autores ajuizaram ação com o escopo de obter a resolução do negócio jurídico materializado no contrato de empreitada, diante do inequívoco abandono do local das obras pela ré, fato que ficou demonstrado pelas provas documentais coligidas aos autos. No ponto, a sentença não merece reforma ao declarar resolvido o negócio celebrado entre as partes. 
Outro ponto que merece grande destaque é o que traduz a situação financeira e o compromisso de ambas as partes em cumprir a seu combinado no contrato, sendo uma realizando o serviço e outra pagando pela sua conclusão. Aqui, cabe indicar trechos com valores exatos para melhor entendimento. O negócio jurídico de empreitada para construção de imóvel residencial foi celebrado pelo valor total de R$ 326.484,80 (trezentos e vinte e seis mil quatrocentos e oitenta e quatro reais e oitenta centavos). Desse montante foram pagos R$ 232.144,84 (duzentos e trinta e dois mil cento e quarenta e quatro reais e oitenta e quatro centavos), sendo possível verificar que os autores não adimpliram o valor de R$ 94.339,96 (noventa e quatro mil, trezentos e trinta e nove reais e noventa e seis centavos).
Os autores afirmam que com a contratação de outros profissionais e a compra de materiais para finalizar a construção (fl. 6, Id. 5123526), foi gasto o valor total de R$ 95.437,83 (noventa e cinto mil quatrocentos e trinta e sete reais e oitenta e três centavos). O Juízo singular condenou a demandada ao pagamento de indenização correspondente a esses valores. 
O art. 476 do Código Civil estabelece com clareza que “nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro”. É a exceção de contrato não cumprido, classificada como meio de defesa indireta contra o mérito fundada na ausência de cumprimento da obrigação da outra parte na relação jurídica negocial. Com alusão a este dispositivo “não se pode, assim, imputar a uma das partes a obrigação de cumprir integralmente a obrigação sem que a outra parte tenha adimplido integralmente também a sua parte”. No caso em exame é fácil verificar que os autores não sofreram o prejuízo alegado em relação ao montante total gasto com a finalização da obra. A condenação ao pagamento dos alegados danos emergentes implicaria em verdadeira ofensa à vedação ao enriquecimento ilícito, tópico previsto no art. 884, do Código Civil, uma vez que o valor pago pelos contratantes foi proporcional à parcela do negócio efetivamente contratada. Com efeito, é possível concluir, por ser incontroverso nos autos, que o dano material verificado diz respeito à diferença entre o valor efetivamente gasto para finalizar a construção (R$ 95.437,83) e o montante que os consumidores teriam que pagar (R$ 94.339,96) caso a contratada tivesse adimplido a obrigação assumida a efetuado a entrega de todas as etapas da construção. Em outras palavras, a indenização por danos materiais deve ser reduzida para R$ 1.097,87 (mil e noventa e sete reais e oitenta e sete centavos).
Em relação aos apelantes, proprietários do imóvel, quanto ao pactuado contratualmente em relação aos lucros cessantes e clausula penal, partindo de vários pressupostos e fundamentando de forma muito completa e elucidativa o seu discurso, o voto do Relator foi no sentido de que, “no presente caso, a condenação ao pagamento do valor dos lucros cessantes com base nos parâmetros da cláusula penal prevista contratualmente é suficiente para indenizar os autores, em decorrência dos valores deixaram de receber com a disponibilização do imóvel durante o período, não podendo haver cumulação”.
Chegando-se, então as considerações finais do voto, “conheço ambos os recursos. Nego provimento à apelação interposta pelos autores e dou parcial provimento ao recurso manejado pela ré, para reduzir a indenização por danos materiais, fixada no item “b” do dispositivo da sentença, para R$ 1.097,87 (mil e noventa e sete reais e oitenta e sete centavos). Diante da sucumbência recíproca, condeno as partes ao pagamento das custas processuais e dos honorários de advogado, fixados em 20% (vinte por cento) do valor da condenação, na proporção de 50% (cinquenta por cento) para os autores e 50% (cinquenta por cento) para a ré, nos termos do art. 85, § 2º e § 11, do CPC.
PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL
Julia dirigia seu veículo na Rua 001, na cidade do Rio de Janeiro, quando sofreu uma batida, na qual também se envolveu o veículo de Marcos. O acidente lhe gerou danos materiais estimados em R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), equivalentes ao conserto de seu automóvel. Marcos, por sua vez, também teve parte de seu carro destruído, gastando R$ 30.000,00 (trinta mil reais) para o conserto.
Diante do ocorrido, Julia pagou as custas pertinentes e ajuizou ação condenatória em face de Marcos, autuada sob o no 11111111111 e distribuída
para a 8a Vara Cível da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de obter indenização pelo valor equivalente ao conserto de seu automóvel, alegando que Marcos teria sido responsável pelo acidente, por dirigir acima da velocidade permitida. Julia informou, em sua petição inicial, que não tinha interesse na designação de audiência de conciliação, inclusive porque já havia feito contato extrajudicial com Marcos, sem obter êxito nas negociações. Julia deu à causa o valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais).
Marcos recebeu a carta de citação do processo pelo correio, no qual fora dispensada a audiência inicial de conciliação, e procurou um advogado para representar seus interesses, dado que entende que a responsabilidade pelo acidente foi de Julia, que estava dirigindo embriagada, como atestou o boletim de ocorrência, e que ultrapassou o sinal vermelho. Entende que, no pior cenário, ambos concorreram para o acidente, porque, apesar de estar 5% acima do limite de velocidade, Julia teve maior responsabilidade, pelos motivos expostos. Aproveitando a oportunidade, Marcos pretende obter de Julia indenização em valor equivalente ao que dispendeu pelo conserto do veículo. Marcos não tem interesse na realização de conciliação.
Na qualidade de advogado(a) de Marcos, elabore a peça processual cabível para defender seus interesses, indicando seus requisitos e fundamentos, nos termos da legislação vigente. Considere que o aviso de recebimento da carta de citação de Marcos foi juntado aos autos no dia 04/02/2019 (segunda-feira), e que não há feriados no mês de fevereiro.
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação.
Resposta:
AO JUÍZO DE DIREITO DA 8ª VARA CÍVEL DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO- RJ.
Proc nº 111111111
MARCOS ..., nacionalidade ..., estado civil ..., profissão ..., inscrito no CPF sob o nº ..., portador do RG nº. ..., com endereço ..., na Cidade do Rio de Janeiro- RJ, por meio de seu procurador infra-assinado (procuração em anexo), com escritório profissional ..., onde recebe as devidas intimações, vem perante VossaExcelência, propor
CONTESTAÇÃO com fulcro no art. 335 e RECONVENÇÃO com base no art. 383, ambos do Código de Processo Civil (CPP)
na ação de indenização proposta por JULIA ..., nacionalidade ..., estado civil ..., profissão ..., inscrita no CPF sob nº ..., portador do RG nº ..., endereço ..., pelos motivos e razões a seguir expostas.
I - DA GGRATUIDADE DE JUSTIÇA
Diante do fato que o requerente não possui condições de arcar com os custos de uma demanda judicial sem prejuízo do seu próprio sustento, necessária se faz a concessão dos benefícios da gratuidade de justiça previstos nos artigos 98 e 99 do Código de Processo Civil, bem como do artigo 4º da Lei 1.060/50 e artigo 5º LXXIV da Constituição Federal de 1988.
II - PRELIMINAR SOBRE O VALOR DA CAUSA:
Há uma incorreção no valor da causa da petição inicial, uma vez que o valor corresponde a R$ 10,00 e deve corresponder ao proveito econômico pretendido pela autora, conforme o artigo 292, I, do CPC, requerendo no entanto a correção do valor da causa, bem como a intimação da autora para recolhimento das custas complementares fundamentado no artigo 292, parágrafo 3º do CPC.
III - DOS FATOS
A requerente dirigia seu veículo na rua 001, no RJ, quando veio a colidir com veículo do requerido, e alega que o acidente gerou danos materiais estimados em R$ 40.000,00 que foram gastos com o conserto do seu veículo.
A Requerente ajuizou a ação buscando o ressarcimento pelos danos ocasionados em seu veículo após colisão com o veículo do Requerido, alegando que ele estava acima da velocidade permitida.
Entretanto, diversamente do narrado pela requerente, por meio de Boletim de Ocorrência (B.O.), anexo, foi constatado que a Requerente se encontrava embriagada ao volante e tal motivo fez com que ela ultrapassasse o sinal vermelho, sem observar o dever de cuidado objetivo exigido pela legislação de trânsito. 
Sendo assim, considerando que a Requerente foi a causadora do dano, o Requerido que deverá ser ressarcido, no seu prejuízo de R$ 30.000,00, conforme comprovantes anexos.
IV - DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA
Conforme alegado anteriormente, constata-se a culpa única e exclusiva da Requerente, que ultrapassou o sinal vermelho e estava dirigindo embriagada, quando então colidiu com o veículo do Requerido, transitando de forma irregular e em desacordo com Código de Trânsito Brasileiro.
Deste modo, conforme artigo 186 e artigo 927, ambos do Código Civil de 2002 e considerando que a Requerente causou um dano, com sua culpa exclusiva, deve V.Exª condená-la a ressarcir o Requerente. 
Nesse sentido, segue a jurisprudência abaixo: 
RESPONSABILIDADE CIVIL. COLISÃO EM CRUZAMENTO SINALIZADO. AVANÇO DE SINAL VERMELHO. IMPRUDÊNCIA DA RECORRENTE. CULPA EXCLUSIVA. DANO MATERIAL COMPROVADO. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 1. O avanço em sinal vermelho de semáforo resulta em gravíssima infração de trânsito e, se de tal conduta advém a colisão com outro veículo que regulamente transitava na via de interseção, responde o  infrator pelo ressarcimento dos danos advindos de sua temerária conduta culposa, qualificada pela imprudência (artigos 28 e 208 da Lei nº 9503/97). 2. No presente caso, a parte autora alegou que o condutor do ônibus de propriedade da ré ao avançar o sinal vermelho colidiu com seu veículo, causando avarias na parte dianteira. 3. Os documentos juntados (ID's 2209411 e 2209414) e a prova testemunhal produzida corroboram a versão apresentada pela parte autora. Ante a ausência de demonstração de culpa exclusiva da vítima ou de terceiro, não se afasta a responsabilidade da empresa ré pela reparação dos danos sofridos pelo autor. 4. O destinatário da prova é o juízo da causa, que deve formar seu convencimento diante da presença, nos autos, de elementos de convicção que considere suficientes. Em caso de acidente entre veículos, onde há teses conflitantes, cumpre ao magistrado analisar o conjunto fático-probatório, decidindo segundo seu livre convencimento, porquanto destinatário da prova (artigo 371, CPC). 5. A extensão dos danos restou suficientemente comprovada pela apresentação dos orçamentos relativos aos reparos ( ID 2209411 - páginas  2 a 4). 6. Ante o exposto, irrefutável a r. sentença de origem. 7. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 8. Sentença mantida por seus próprios e jurídicos fundamentos, com súmula de julgamento servindo de acórdão, na forma do artigo 46 da Lei nº 9.099/95. 9. Diante da sucumbência, nos termos do artigo 55 da Lei dos Juizados Especiais (Lei nº 9.099/95), condeno a recorrente ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, estes fixados em 15% (quinze por cento) do valor da condenação.
(Acórdão 1049572, 07099325820178070016, Relator: ASIEL HENRIQUE DE SOUSA, Terceira Turma Recursal, data de julgamento: 26/9/2017, publicado no DJE: 2/10/2017. Pág.: Sem Página Cadastrada.)
Com relação à alegação de que o Requerente teria sido responsável pelo acidente por dirigir acima da velocidade permitida, não há nos autos nenhuma prova nesse sentido. Sendo assim, considerando que o ônus da prova cabe a quem alega (art. 373, Código de Processo Civil), e que a Requerente não provou o alegado, tem-se o fato como inexistente e a improcedência do pedido inicial.
Entretanto, caso V.Exª assim não entenda, pede-se para reconhecer a culpa concorrente, com base no artigo 945, do Código Civil (C.C.), arcando cada um com seu prejuízo. Nesse sentido, aponta Didier
V - DA RECONVENÇÃO
Conforme informações relativas ao B.O., anexo, o requerido estava acima da velocidade apenas 5% e mesmo que assim isso não poderia interferir no acidente, uma vez que o farol estava verde para sua passagem. Ainda nestes termos, verifica-se que a requerente encontrava-se embriagada, por esse motivo não conseguiu parar no farol vermelho, vindo a colidir com o carro com o requerido, tendo a requerente total responsabilidade pelos danos causados tanto no seu automóvel como no automóvel do requerido.
O requerido sofreu um dano estimulado em R$ 30.000,00 conforme os recibos de pagamento que comprovam a extensão do dano com fundamento no artigo 944 do C.C.
Por oportuno, em face do exposto requer a procedência da reconvenção para ressarcimento do dano sofrido no valor de R$ 30.000,00 conforme comprovado nos autos.
VI - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
a) Concessão da Justiça Gratuita;
b) Acolhimento da preliminar sobre o valor da causa;
c) Improcedência da petição inicial de condenação a titulo de danos materiais, formulado pela requerente, com fulcro nos fatos e fundamentos exposto;
d) Procedência da reconvenção para ressarcir o dano material sofrido no valor de R$ 30.000,00 corrigido monetariamente;
e) Caso não seja acolhida a reconvenção, reconhecer a culpa concorrente, com base no artigo 945, arcando cada um com seu prejuízo;
f) Honorários advocatícios arbitrados em 20% sobre o valor da causa.
Requer, ainda, a produção de prova, especialmente pelo depoimento pessoal do requerido, juntada de documentos, expedição de ofícios e precatórias, perícias e demais provas pertinentes. 
VII - DO VALOR DA CAUSA
Valor da causa dá-se em R$ 30.000,00.
Nestes termos, Pede deferimento.
Rio de Janeiro (RJ), data ....
Advogado
OAB-DF n.º

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