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São José 2019 MATHEUS TORQUATO BREVE ANÁLISE SOBRE A DECADÊNCIA E A PRESCRIÇÃO Causas de Suspensão e Interrupção da Prescrição no Direito Tributário MATHEUS TORQUATO CAUSAS DE SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO NO DIREITO TRIBUTÁRIO Projeto apresentado ao Curso de Direito da Faculdade Anhanguera. Orientador: Luís Fabiano de Araújo Giannini. SÃO JOSÉ 2019 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3 2 DESENVILVIMENTO ............................................................................................... 3 3 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 5 4 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 7 3 1 INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo principal entender como funciona o instituto da prescrição e decadência no direito tributário atual, partindo de análises e estudos presenciais no curso de direito. Sabemos que o conhecimento é devido a todo o esforço individual de cada estudante. Mesmo assim, por mais que você seja dedicado, pode acabar não entendendo muito bem determinados conceitos, por vezes não sendo um assunto de fácil entendimento ou por se tratar de uma linguagem jurídica de difícil compreensão. Saber as diferenças entre Decadência e Prescrição não é algo difícil, o que complica são as conceituações técnicas e os termos jurídicos utilizados para explicar elas. No fim, você verá que intuito deste trabalho é explicar de forma simples e objetiva as principais diferenças e características entre a Prescrição e a Decadência que regem nossa legislação brasileira, a partir do nosso Código Tributário Nacional. 2. DESENVOLVIMENTO Para podermos entender e visualizar melhor sobre a Prescrição e a Decadência, vamos utilizar a própria estrutura da Obrigação, Lançamento e Crédito Tributário para facilitar. Por exemplo: Quando uma pessoa pratica o Fato Gerador (F.G), em consequência, gera uma relação jurídica tributária. Ou seja, gera uma Obrigação Tributária, que neste momento é ilíquida e inexigível. Nesta fase da Obrigação, a dívida ainda não foi calculada, mesmo a administração (fisco) sabendo que o sujeito passivo lhe deve, porém, ainda não sabe o valor final. Desta forma, a administração irá calcular por meio de um procedimento administrativo que realiza o cálculo do valor devido, chamado de lançamento. Portanto, temos como consequência a formação do Crédito Tributário, tornando-se, líquido e exigível. Partindo dessa estrutura simplificada, podemos entender melhor como funciona os institutos da Prescrição e Decadência no Direito Tributário. Então, temos que o prazo Decadencial, é o prazo que a fazenda pública tem para lançar o crédito tributário. O fisco possui 5 anos para lançar o crédito, segundo o Art. 173 CTN: 4 Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: I - Do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II - Da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento. Nesse ínterim, já lançado o crédito tributário, caso o sujeito passivo não realize o pagamento, fique inadimplente, surge para a administração o direito de executar. Por conseguinte, surge um novo prazo, correspondendo para oferecer a A.E.F (Ação de Execução Fiscal). Este prazo equivale tecnicamente ao prazo da Prescrição, que assim, possui 5 anos na forma do Art. 174 do CTN: A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva. Parágrafo único. A prescrição se interrompe: I - Pela citação pessoal feita ao devedor; I – Pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005) II - Pelo protesto judicial; III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; IV - Por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor. 5 Nesse sentido, temos que a Decadência sempre vem antes da Prescrição. Assim, podemos concluir basicamente que o prazo Decadencial é o prazo que a Fazenda Pública tem para lançar, ou melhor, constituir o crédito tributário e obviamente cobrar, conforme o Art. 173 do CTN como vimos anteriormente; já o prazo Prescricional, é o prazo que a Fazenda Pública possui, após a constituição definitiva do crédito tributário, para propor a Ação de Execução Fiscal. É na constituição definitiva que identificamos a pessoa com inadimplente. Então, a partir desse momento começa a constituir o prazo de 5 anos para a Fazenda pública propor a ação de execução Fiscal. Por fim, temos que assim como a decadência, a prescrição também possui um prazo de 5 anos. 3. CONCLUSÃO Entendendo como funciona o sistema decadencial e prescricional tributário, vamos partir para o entendimento de Suspensão, Interrupção e Extinção do crédito tributário. A Suspensão, serve para obter a Certidão Negativa de Débito. A suspensão é concebida, segundo o CTN, em 6 hipóteses: a. Na Moratória, que é a procrastinação do vencimento do crédito tributário. É sempre feito por lei e é uma faculdade. Por exemplo: Você recebe o IPVA, por ter a propriedade, e ele vence em determinada data e você não possui o dinheiro para realizar o pagamento, então o Estado prolonga o vencimento. b. No Depósito, enquanto estiver discutindo o crédito tributário, você pode depositar integralmente o crédito exigido, em dinheiro (prestação pecuniária) suspendendo a exigibilidade. Deve ser o depósito integral. c. No Recurso, administrativo, você está automaticamente com a exigibilidade suspensa. d. Na concessão de medida antecipatória de tutela em qualquer procedimento, quando o juiz suspende o processo de cobrança. 6 e. No Parcelamento, quando o contribuinte adere a um programa de parcelamento regular ou especial, suspende também a exigibilidade do crédito tributário. Já na extinção do crédito tributário, se dá com o pagamento, com a compensação, a prescrição ou a decadência, por exemplo, do produto. Quanto as causas de exclusão do crédito tributário são duas: A Anistia e a Isenção. A Isenção exclui o crédito tributário antes mesmo de ser devido pelo contribuinte. Quanto à Anistia, é posterior a existência do crédito tributário. Por exemplo: O sujeito fez uma doação, não declarada, evidente, e surge uma lei posterior a existência do crédito tributário, é excluído então o crédito. Sempre por lei. 7 4. REFERÊNCIAS BRASIL. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966. Código Tributário Nacional. Brasília, 25 out. 1966. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L5172.htm >. Acesso em: 24 de maio. 2019. CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 26ª edição. São Paulo: Saraiva, 2014. Disponível em: < https://bdjur.stj.jus.br/jspui/bitstream/2011/82467/curso_direito_tributario_26.ed.pdf >. Acesso em: 25 de maio 2019 https://bdjur.stj.jus.br/jspui/bitstream/2011/82467/curso_direito_tributario_26.ed.pdf 8 9
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