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Professor Me. Antonio Carlos Lázaro Sanches • Mestre em Desenvolvimento de Tecnologia (Institutos LACTEC/UFPR Paraná). • Bacharel em Ciências Contábeis (UEM). • Especialista em MBA Executivo (UEM). • Docente do curso de Administração, Gestão Comercial, Gestão da Produção Industrial e Logística (UNIFCV). • Professor de pós-graduação no Centro Universitário Cidade Verde (UNIFCV). Longa experiência profissional na área administrativa em empresas da região de Maringá-PR, atuando no setor da indústria de confecção, atualmente na função de gerente de compras. AUTOR Seja muito bem-vindo(a)! Prezado(a) aluno(a), que bom que você se interessou pelo assunto desta discipli- na, será o começo de uma jornada de conhecimento e experiências novas, que trarão um novo jeito de ver o mundo e as coisas que acontecem e como acontecem. Vamos falar de Logística Empresarial, esse novo conceito que tem mudado a forma das empresas atuarem diante de um cenário tão competitivo. Proponho, junto com você desvendar esses mistérios de como os produtos chegam e ficam as disposição dos consumidores, para atender suas necessidades e seus desejos, sendo que este é o maior interesse de todo o processo logístico. Na unidade I começaremos a nossa viagem pela história da logística, que esteve sempre presente no desenvolvimento da humanidade, passaremos pelo conceito atual da Logística e sua importância na atualidade. Esse conceito e o entendimento de toda evolução da Logística ajudará a formar uma visão sistêmica permitindo assim entender que o gerenciamento integrado de toda a Cadeia Logística trará as empresas um diferencial competitivo no mundo globalizado. Na unidade II vamos ampliar nossos conhecimentos entendo que a integração da Cadeia Logística se dá pelo direcionamento de todos os esforços do ponto de origem até o ponto de destino, integrando assim as três áreas da Logística: Suprimentos, Interna e Distribuição, essa última, tendo por finalidade administrar os canais de distribuição que farão com que o produto chegue até os pontos de vendas para atender o cliente. Na unidade III trataremos de um assunto importantíssimo para a questão ambiental, a Logística Reversa, ou o canal de retorno do produto com defeito ou que não agradou o cliente. Esse produto não pode ser descartado em qualquer lugar, então há a necessida- de de se criar uma forma de retorno seguro. Falaremos aqui também da importância dos sistemas de informações, fundamentais para suprir os administradores nas tomadas de decisões logísticas. E na unidade IV vamos apreender como avaliar todo o processo logístico através do desempenho apresentado ao longo da Cadeia Logística e qual a metodologia mais adequada a ser usada para essa avaliação. Aproveito para reforçar o convite para juntos percorrermos esta jornada de conheci- mento e multiplicar os conhecimentos sobre tantos assuntos abordados em nosso material. Esperamos contribuir para seu crescimento pessoal e profissional. Muito obrigado e bom estudo! APRESENTAÇÃO DO MATERIAL SUMÁRIO UNIDADE I ...................................................................................................... 5 Introdução a Logística UNIDADE II ................................................................................................... 30 Logística e Canal de Distribuição UNIDADE III .................................................................................................. 57 Logística Reversa e Sistemas de Informação UNIDADE IV .................................................................................................. 79 Cadeia Logística e Avaliação de Desempenho 5 Plano de Estudo: - Origem da Logística - Evolução ao longo da história - Conceito e importância - Supply Chain Management Objetivos da Aprendizagem: - Conhecer a origem da Logística - Compreender como a Logística evoluiu ao longo da história - Conceituar a Logística e verificar sua importância no mundo moderno - Entender o que é o supply Chain Management UNIDADE I Introdução a Logística Professor Me. Antonio Carlos Lázaro Sanches 6UNIDADE I Introdução a Logística INTRODUÇÃO Caro (a) aluno (a), estamos prestes a conhecer a Logística Empresarial, algo ex- traordinário que será capaz de nos fazer entender o que realmente é responsável pelo produto certo, no lugar certo e na hora certa. Além deste entendimento, teremos a partir deste conhecimento uma nova visão sobre os fatos dentro da ótica de movimentação, nos dando condições de analisar, entender e melhorar o processo em termos de agilidade e custos. Abordaremos a origem da logística atribuída a atividades militares como forma de organização de movimentação de tropas, suprimentos, medicamentos e estratégias de guerra para surpreender e ter vantagem sobre o inimigo. Porém se atribuímos a sua origem somente a atividade militar como explicar a construção de grandes monumentos históricos como as Pirâmides do Egito. Vários termos foram atribuídos à Logística com o passar do tempo. Alguns se desti- navam a gestão dos suprimentos, a gestão da distribuição, a gestão do Marketing, e outros ainda, a gestão de suprimentos. Todos buscando uma forma de melhorar o processo de movimentação e a redução dos custos. Toda essa evolução do processo logístico ao longo da história se deu com o enten- dimento que o domínio e controle das etapas, que até então eram separadas e gerenciadas de forma individualizadas, precisavam ser integrados em uma única atividade chamada de SUPPLY CHAIN MANAGEMENT ou cadeia de suprimentos, ou seja, integrar fornecedores, produção e distribuição com um único objetivo, satisfazer o cliente. Desta forma nesta unidade teremos a oportunidade de entender o conceito e a im- portância da Logística Empresarial como ferramenta de vantagem competitiva em relação à concorrência, tendo em vista que, conhecer, planejar e gerenciar a cadeia de suprimentos trará sempre uma integração como os fornecedores, uma melhor movimentação e uma distribuição mais rápida, com redução de custos do produto, trazendo maior satisfação ao cliente, personagem principal de todo o processo logístico das empresas. 7UNIDADE I Introdução a Logística 1 – ORIGEM DA LOGÍSTICA Mesmo com o desenvolvimento da economia mundial com auxílio de atividades e conhecimentos logísticos, a Logística ficou adormecida por muito tempo, e só foi despertada após a Segunda Guerra Mundial, quando as atividades logísticas militares começaram a ser utilizadas e influenciarem de forma significativa os conceitos logísticos que são utilizados atualmente (PLATT, 2010). O termo logística teve sua origem no meio militar, tendo relação à atividade de abastecimento e movimentação de tropas, porém, a movimentação, transporte e acomoda- ção de mercadorias, estiveram sempre presentes no desenvolvimento da humanidade. A análise histórica mostra que guerras foram ganhas ou perdidas em decorrência da eficiência ou não do sistema logístico, como a derrota das tropas napoleônicas na Rússia e a invasão da Normandia pelas forças aliadas. O que realmente marcou o desenvolvimento da Logística moderna foi a II Guerra Mundial, onde batalhas se davam ao redor do mundo, exigindo deslocamento das tropas e suprimentos em grandes distâncias, aumentando assim a necessidade da produção maciça de armamentos, o desenvolvimento acelerado dos processos industriais, o desenvolvimen- to da eletrônica e da informática e o desenvolvimento dos primeiros modelos matemáticos de apoio à tomada de decisão para alocação de recursos (BALLOU, 1993). A logística tem relação também com as atividades de acomodar, suprir e acantonar tropas (dispor ou distribuir a tropa por lugares habitados, como vilas, aldeias e cantões, para descanso, alimentação e aguardar instruções). Porém, se pensarmos na construção das Pirâmides do Egito e em outros grande monumentos da história da humanidade, já nos deparamos com a presença da logística (COSTA e FARIA, 2005). 8UNIDADEI Introdução a Logística Segundo Fleury et al. (2000), a logística é uma das atividades econômicas mais antigas, e um dos conceitos gerenciais mais modernos. Ao abandonar o extrativismo, o ho- mem inicia a organização das atividades produtivas, produção especializada com troca de produtos com outros produtores, surgindo assim três funções logísticas que são essenciais: estoque, armazenagem e transporte. A logística influenciou também a expansão dos grandes impérios na evolução e desenvolvimento da humanidade, temos como exemplos o império macedônio, o império romano, o colonialismo português, espanhol e britânico. A utilização do conhecimento e das práticas logísticas, desenvolvidas no campo de batalha, para abastecimento das tropas com os suprimentos, como armas, munições, alimentos e medicamentos, foram rapidamente apropriados pelas indústrias manufatureiras para disponibilizar seus produtos aos mercados consumidores, e mais recentemente, pelo segmento de serviços com o objetivo de planejar e executar de forma mais eficiente suas atividades, disponibilizando os serviços de acordo com as necessidades, desejos e expec- tativas dos seus clientes e consumidores (PLATT, 2010). 9UNIDADE I Introdução a Logística 2 – EVOLUÇÃO AO LONGO DA HISTÓRIA A Logística, segundo Ballou (1993), esteve em estado de sono profundo até mea- dos do século XX, por isso suas principais atividades ficaram distribuídas sob a respon- sabilidade de outras áreas da organização: o transporte ficava sob a responsabilidade da área de produção; os estoques eram agregados aos departamentos de marketing, finanças e produção e o processamento de pedidos eram controlados pelos departamentos de finanças e vendas. Porém, essa divisão resultava em sempre em conflito de objetivos e responsabilidades. Nesta época o ambiente organizacional era dominado pelo crescimento rápido e dominante posição da indústria, resultado de uma demanda reprimida por anos de de- pressão e pós-guerra. Desta forma havia uma grande tolerância, pois mudanças levariam tempo e investimentos e a demanda exigia uma resposta rápida da indústria na oferta de produtos (NOVAES, 2001). Sendo assim, a Logística com o passar do tempo vai se desenvolvendo ao longo da história, criando as quatro fases evolutivas da Logística. • 1900 a 1930 – era da produção em massa: o foco era na divisão do trabalho, e os produtos apresentavam pouca diferenciação. • 1930 ao final da década de 1940 – era do marketing em massa: os produtos já apresentavam algumas diversificação e customização e investimentos em campanha de marketing. 10UNIDADE I Introdução a Logística De acordo com Novaes, (2001), a primeira fase é marcada principalmente pelo período pós-guerra, e a como não havia uma grande diversificação de produtos, a busca da redução de custos era somente no processo produtivo, a fim de garantir um produto que chegasse ao consumidor final como o preço mais atrativo. • 1950 ao final de 1970 – era da descontinuidade: criaram-se novas estratégias e culturas organizacionais. Algumas empresas criaram cargos específicos para controlar o fluxo de materiais e transportes. Segundo Ballou (1993), a segunda fase é marcada principalmente por três fatores: - Alteração nos padrões de consumo: com a vinda do consumidor para as zonas urbanas este tem acesso a mais variedade de produtos; - Redução de custos industriais: em 1950 após um crescimento econômico surge a recessão, fazendo que as empresas busquem reduzir custos tanto na produção como na distribuição de seus produtos. - Avanços na tecnologia de computadores: que permitiu através de computadores e softwares integrar informações e melhorar a distribuição do produto. A partir de 1970 a competição global, a falta de matérias-primas e a crise do pe- tróleo, agravado pelo aumento da inflação mundial, provocam um aumento nos custos dos transportes e na manutenção dos estoques, obrigando assim que a Logística se desenvol- vesse numa velocidade mais acelerada. • Décadas de 1980 e 1990: observaram-se sinais de que a oferta já era maior que a demanda. Conforme Azevedo (2002), a terceira fase é marcada pelo controle de custos, melhoria da qualidade e aumento da produtividade, sempre focando o cliente. Para que as empresas se tornassem competitiva precisaria integrar e gerenciar o fluxo de materiais e das informações da organização, alinhadas com seus fornecedores e distribuidores, para que todo o processo tivesse o mesmo direcionamento, atender o cliente final. Surge então através da busca do desenvolvimento da Logística, ferramentas como a desenvolvida pela empresa japonesa Toyota, o Just-in-time, ou seja, a busca pelo es- toque zero, que exige uma total integração entre fornecedores e clientes, programas de qualidade total que garantiam um produto e um processo de qualidade e reengenharia que garantiam uma total análise do processo, sem buscando uma maneira de fazer com mais produtividade e com menor custo. • Final da década de 90 e início dos anos 2000: Era da competitividade causada pelo advento da globalização, fazendo com que a Logística seja a grande res- ponsável pela sobrevivência das empresas (AZEVEDO, 2002). 11UNIDADE I Introdução a Logística • O estágio atual se caracteriza pela importância dada à integração externa, ou seja, entre os diferentes elos da cadeia de suprimentos. Destaca-se o grande desenvolvimento dos sistemas de informação e a disseminação do conceito da Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management – SCM). A quarta fase é marcada pela busca de estratégias logísticas que permitam as empresas a integrarem seus fluxos de materiais e informações ao longo da cadeia de suprimentos, permitindo assim redução de custos em todos os elos desta cadeia, seja em questão de preço de aquisição, redução de níveis de estoques, agilidade de entregas, pos- tergações de produção, menor área de armazenagem e redução dos custos de transportes (NOVAES, 2001). A Figura 01 ilustra a evolução da logística: Figura 01: Evolução da Logística ao longo das décadas Fonte: Ching (1999, p.21) Segundo Platt (2010, p. 18), “Necessidade de reduzir custos também levou ao desenvolvimento de um planejamento mais eficaz no que tange aos transportes, sobretudo com o aumento significativo nos preços dos combustíveis, levando ao desenvolvimento de mão de obra e tecnologias especializadas nesse setor.” 12UNIDADE I Introdução a Logística Podemos entender que a evolução da Logística se deu em virtude da necessidade das empresas se manterem competitivas no mercador globalizado, buscando sempre ter um diferencial competitivo para se sobressair em relação às outras. A Figura 02 demonstra os cinco fatores que foram primordiais para o grande desen- volvimento da logística ao longo da história: Figura 02: Fatores de desenvolvimento da Logística ao longo da história Fonte: Adaptada de Ballou (1993) 13UNIDADE I Introdução a Logística 3 – CONCEITO E IMPORTÂNCIA O termo logística, de acordo com o Dicionário Aurélio, vem do francês Logistique e tem como uma de suas definições “a parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de: projeto e desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material para fins operativos ou ad- ministrativos“. Para Christopher (1997), a logística é o processo de gerenciar de forma estratégica a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados, por meio da organização e seus canais de marketing, de forma que maximize os lucros, através do atendimento dos pedidos a baixo custo. O Conselho de Gestão de logística, conceitua a logística como sendo a parte do processo da cadeia de abastecimento que planeja, implanta e controla o fluxo eficiente e eficaz de matérias-primas, estoque em processo, produtos acabados e informações rela- cionadas, desde seu ponto de origematé o ponto de consumo, com o propósito de atender os requisitos dos clientes (Council of Logistics Management, 1999). São várias definições que podem ser encontradas quanto ao conceito de logística, mas todas elas sempre terão o planejamento, a implantação e controle de um fluxo eficiente das matérias-primas e o foco em entregar o produto ao seu consumidor final. A Logística é sempre apontada como a responsável pela administração de fluxo e armazenagem de produtos, serviços e informação, não apenas entre fornecedores e clientes, mas ao longo 14UNIDADE I Introdução a Logística de toda a cadeia de abastecimento. Após essas definições, pode-se ter noção da amplitude das atividades que englobam a Logística, gerenciando e executando todo o fluxo de materiais, serviços e informações que fazem com que os produtos se tornem disponíveis ao mercado consumidor. Na figura 03 temos a ilustração do conceito da Logística de forma esquemática: Figura 03: Conceito da Logística Fonte: Council of Logistics Management (1999) O objetivo da Logística é prover ao cliente os serviços que ele espera, com a en- trega do “produto certo, no lugar certo, no momento certo”. A satisfação do cliente faz parte do objetivo da Logística. O processo é efetivado quando esse objetivo é alcançado. Para equilíbrio das expectativas de níveis de serviço e os custos incorridos, a Logística tem a necessidade de buscar estratégia, planejamentos e desenvolvimentos de sistemas que assegurem que esses objetivos sejam atingidos (FARIA e COSTA, 2005). Para que os materiais e produtos sejam movimentados de maneira oportuna, a empresa tem custos, visando a agregar um valor (nível de serviço) que não existia e que foi criado para o cliente. Isso é parte da missão da Logística que está relacionada à satisfa- ção das necessidades dos clientes internos e externos, viabilizando operações relevantes de Produção e Marketing, minimizando tempo e custos, dadas as condições de cada elo da cadeia de suprimentos, tornando a Logística uma estratégica nas empresas (FARIA e COSTA, 2005). Para Novaes (2001), todos os elementos do processo logístico devem ter foco na 15UNIDADE I Introdução a Logística satisfação das necessidades e preferências dos consumidores finais. Por isso, todos os processos que integram a cadeia logística devem conhecer as necessidades dos clientes internos (departamentos e setores) e clientes externos (integrantes da cadeia) durante todo o processo, gerando fluxos que sejam ágeis, confiáveis e rápidos, e que tenham custos reduzidos, trazendo competitividade para cadeia. Resumindo, a Logística atual visa: • Prazos previamente acertados e cumpridos ao logo da Cadeia de Suprimento; • Integração efetiva entre todos os setores da organização; • Integração efetiva e estreita com fornecedores e clientes; • Busca da otimização global, trazendo racionalização e redução de custos por toda a Cadeia e Suprimentos; • Satisfação total do cliente, mantendo o nível de serviço preestabelecido e ade- quado. Ching (1999) identifica como principais missões da Logística: • Fornecer a quantidade desejada dos serviços ao cliente, com o objetivo de alcançar custos baixos e competitivos. • Proporcionar condições para que se movimentem de maneira rápida e eficaz. • Contribuir para a gestão comercial da organização, através da confiabilidade e eficácia da movimentação dos materiais, bem como nos prazos e metas de atendimento aos pedidos feitos pelos clientes. 16UNIDADE I Introdução a Logística 4 - SUPPLY CHAIN MANAGEMENT Sabemos que todo processo de elaboração de um produto não existe isoladamen- te. Por exemplo, quando você compra uma resma de sulfite, sabe que sem uma sequência de atividades para produzir e disponibilizar aquele papel na loja em que você o adquiriu isso não seria possível. O processo se inicia com o corte de uma árvore, o processamento da madeira, e como produto final a celulose. A operação segue com a fabricação do papel, a embalagem em resmas e o transporte até os distribuidores, que venderão esse produto para os varejistas, que por fim venderá a resma a você. Esse processo todo que envolve o produto desde o início até o consumidor final é o que chamamos de Gestão da Cadeia de Suprimentos, ou também conhecida como Suplly Chain Management (SCM) (PLATT, 2010). A competitividade dos mercados devido a fatores como inovações na tecnologia de informação que têm trazido muitos avanços principalmente no comércio eletrônico, além do aumento das exigências dos clientes e consumidores por produtos e serviços cada vez mais customizados tem feito com que as empresas mudem seu foco para o que realmente precisa fazer para agradar seu consumidor final. Para que isso acontecesse, foi necessário que as empresas mudassem seus siste- mas e seus conceitos de produção, deixando de ser responsável por várias das atividades necessárias para elaborar o produto. Surge a necessidade de abertura, exigindo um melhor relacionamento da empresa com as demais empresas envolvidas no processo, como for- 17UNIDADE I Introdução a Logística necedores, transportadores e distribuidores. As informações precisam ser rápidas para que todas as empresas envolvidas consigam planejar e executar as operações de forma sincro- nizada e atendendo às necessidades de qualidade e características do produto, volume e prazo (BOWERSOX, CLOSS E COOPER, 2007). A gestão da cadeia de abastecimentos engloba o conjunto de processos que são necessários para obter materiais, agregar-lhes valor de acordo com a concepção dos clien- tes e consumidores e disponibilizar os produtos para o lugar (onde) e para a data (quando) os clientes e consumidores desejarem. Apesar de ser um processo bastante extenso, a cadeia apresenta modelos que variam de acordo com as características do negócio, do produto e das estratégias adotadas pelas empresas para que o produto chegue até as mãos dos clientes e consumidores (BERTAGLIA, 2016). Faria e Costa (2005) diz que a Cadeia de Suprimentos é constituída pelo conjunto de organizações que mantêm relações mutuas do inicio ao final da cadeia logística, criando valor aos produtos e serviços, começando no fornecedor e indo até o consumidor final. Este conceito é ligado a um conjunto de fluxos físicos e de informações entre uma empresa e seus parceiros (fornecedores e clientes) que é gerenciado sob o princípio da busca e sustentação da vantagem competitiva pelas organizações envolvidas. Na Cadeia de Suprimentos, os parceiros atuam de forma estratégica buscando sempre os melhores resultados econômicos, reduzindo custos e agregando valores para o consumidor final. A Logística na Cadeia de Suprimentos é a ligação entre seus membros (COSTA e FARIA, 2005). Podemos dizer que o conceito sofreu evoluções muito importantes durante os últi- mos anos. A cadeia de abastecimento apresenta uma visão mais ampla do que se conhece como cadeia logística, é mais limitada à obtenção e movimento de materiais e à distribuição física do produto (BERTAGLIA, 2016). Para Christopher (2007 apud PLATT, 2007), diz que a Cadeia de Suprimentos se constituiu de uma rede de organizações e processos que criam valor na forma de produtos e serviços que são entregues aos usuários finais. As organizações dependem uma das outra, seja na venda ou compra de bens, serviços ou informações. Alguns pontos são importantes de serem ressaltados: • As matérias (matérias-primas, produtos ou documentos) existem em qualquer organização, seja ela indústria, prestadora de serviço ou comercio. • Agregar valor aos produtos para atender às exigências dos clientes, tende a ser um desperdício todas as atividades que não são percebidas pelo cliente como 18UNIDADE I Introdução a Logística importantes. • A conectividade entre as empresas, formando redes de informação, materiais e serviços. Com os conceitos apresentados até agora, podemos perceber que o valorentregue aos clientes é resultado da sinergia entre os participantes de todo processo, levando em conta o fluxo de informações, produtos, serviços, recursos financeiros e conhecimento. Além disso, esse processo conecta a empresas aos fornecedores, distribuidores e clientes, sendo necessário que todo esse processo seja alinhado e administrado desde o início ao ponto final (PLATT, 2010). Começamos a viver a era da otimização da cadeia de abastecimento aliada à gestão de relacionamento com o cliente (CRM, que vem do inglês Customer Relationship Managemente), e as empresas que não se atentarem a estas iniciativas terão muitas difi- culdades para sobreviver no mercado (BERTAGLIA, 2016). Grandes organizações procuram ter maior visibilidade e reduzir tempo e custo ao longo da cadeia de abastecimento para obter resposta mais efetiva às necessidades do consumidor. Por isso, novas medidas precisam ser empregadas para atender às expecta- tivas dos clientes. Processos internos e externos devem ser amplamente estudados, visto que cada passo dado no processo pode significar custo adicional ou atraso em potencial, trazendo resultados que não agregam valor algum. Os canais de distribuição e os fornece- dores precisam ser monitorados e medidas de desempenho devem ser implantadas para o sucesso do processo como um todo, assim como medidas voltadas também para as operações de manufatura. Porém, essas medidas citadas não podem ser realizadas de forma isolada, mas integradas com os procedimentos financeiros, a gestão de clientes e os processos internos da organização (BERTAGLIA, 2016). 19UNIDADE I Introdução a Logística O objetivo da cadeia de abastecimento é possibilitar que os produtos certos, na quantidade certa, estejam nos pontos de venda no momento certo, com o menor custo possível. Esta expressão “estar em todos os lugares com produtos acessíveis para todos os consumidores”, devem ser analisadas com cuidado, pois estar em todos os lugares pode significar um aumento no custo logístico se comparado a um baixo volume de vendas. É preciso uma análise para ponderar as vantagens e desvantagens de se estar em todos lugares (BERTAGLIA, 2016). Quando as empresas optam por esse modelo de Cadeia de Suprimentos elas de- vem levar em consideração (PLATT, 2010): • Mercado: atividades consideradas de baixo valor agregado pelo consumidor final devem ser terceirizadas. • Operações: com a terceirização das atividades, a organização deve concentrar seus esforços em integrar suas operações, tendo em vista a ampliação de oferecer novos produtos e diluir seus custos logísticos com pedidos, estoques, armazenagem e transporte. • Empresa: deve direcionar seus recursos para suas atividades chave e agir com seu sistema logístico buscando eficiência em um conjunto de indicadores de desempenho pré-estabelecidos. 20UNIDADE I Introdução a Logística 4.1 - BENEFICIOS DA GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Os autores Ching (1999), Ballou (2006) e Novaes (2001), citam seis grupos de benefícios que são agregados às empresas com a implantação da Gestão da Cadeia de Suprimentos. • Redução de custos: o alinhamento dos planos estratégicos das organizações envolvidas permite que os esforços sejam compartilhados buscando minimiza- ção de custos de ser processos, algo que seria difícil se fosse feito de forma isolada. • Possibilidade de oferecer fornecimento global: a integração na cadeia, com base na confiança, responsabilidade, riscos e recompensas traz segurança para ampliar as operações em novas oportunidades. • Agregar valor ao cliente: a cadeia gerenciada de forma coesa e integrada permi- te oferecer garantias do produto e prazos de entregas acordados. • Customização e velocidade do atendimento: a orientação pelo mercado pos- sibilita à cadeia a flexibilidade para se ajustar às variações da demanda, se adaptando rapidamente às exigências do cliente. • Informações compartilhadas: a integração permite estabelecer um sistema que a informação flua entre o cliente final e os demais integrantes da Cadeia, ace- lerando as decisões e a velocidade de resposta às solicitações dos processos e do mercado. 21UNIDADE I Introdução a Logística • Oferta de níveis de serviço diferenciados: com uma Cadeia sincronizada e ágil é possível processar e montar pedidos de forma mais rápida e consistente, possibilitando disponibilizar entregas pontuais e variadas aos clientes. Desta forma podemos observar que gerir a cadeia de suprimentos é a forma mais adequada de atingir os objetivos da Logística Empresarial, pois possibilita um controle sobre todas as partes do processo de obtenção e fluxo de materiais, processo de armazenagem e produção, estocagem do produto acabado e distribuição até o consumidor final. 22UNIDADE I Introdução a Logística 4.2 - IMPLANTAÇÃO DA GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Existem vários benefícios que resultam de uma gestão e operação integrada de um conjunto de empresas organizadas em uma Cadeia de Suprimentos. Antes de iniciar o processo, as empresas precisam compreender o que caracterizará esse novo tipo de aliança entre elas (PLATT, 2010). • Complexidade logística: além da estruturação e sincronização dos fluxos de materiais, serviços, informações e financeiros entre as empresas, é preciso lidar com as diferenças culturais e seus diferentes modelos de gestão. • Combinação de atividades: focando nas atividades que realiza melhor, as em- presas envolvidas podem atingir níveis de competitividade mais alto somando seus esforços, trazendo ganhos na qualidade do produto, tempo e custos. • Integração: tanto dentro da organização como com os demais envolvidos, in- cluindo sistemas de informação e custeio conectados e transparentes, trazendo agilidade, no processo decisório e operacional. • Flexibilidade: refere-se às condições de fornecer respostas ágeis e velozes às variações do mercado e às flutuações de demanda. Mesmo sendo muitas as vantagens de uma gestão e operação integrada entre as empresas, existem barreiras que dificultam a implementação das práticas, pois exigem que elas quebrem barreiras organizacionais, muitas vezes o gerenciamento de funções que acabam travando processos que são fundamentais para que os processos sejam eficientes. 23UNIDADE I Introdução a Logística Além disso, os hábitos, valores e costumes das pessoas podem comprometer iniciativas de integração da Cadeia. Pode ocorrer também problemas nos relacionamentos entre os for- necedores, pois enquanto não haver uma integração total não é possível o funcionamento da Cadeia. Pode acontecer também dificuldade de encontrar bons parceiros ou até mesmo ausência de critérios definidos para determinar quais são os mais indicados. 24UNIDADE I Introdução a Logística 4.3 - ESTRUTURA DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Para se montar uma estrutura de Cadeia de Suprimentos, inicialmente deve-se identificar os integrantes da Cadeia. Em seguida, precisa verificar quais são as organiza- ções que participam diretamente do processo de comercialização. As organizações devem ser dividas em primárias e secundárias para que seja possível identificar onde estão as atividades chaves. Organizações primárias são responsáveis pelas atividades operativas, que transformam recursos de entrada em recursos com valor agregado para o cliente final. Organizações secundárias fornecem para as organizações primárias, conhecimento, servi- ços e recursos. Sendo que algumas organizações desempenham as duas funções, dentro da cadeia de suprimentos (AZEVEDO, 2002). No Gerenciamento da Cadeia de Suprimento, temos os componentes que se cons- tituem nas variáveis de gestão e que são classificados em dois tipos, componentes físicos e técnicos: são mais visíveis, tangíveis, mensuráveis e possíveis de serem trocados, como estrutura de comunicação, informação e fluxo de materiais etc., e componentes e ges- tão e comportamento: que são menos tangíveis, visíveis,mensuráveis e compreendidos, podendo ser os que mais dificultam o processo de implementação de uma cadeia, como estruturas de poder e liderança (NOVAES, 2001). Ainda segundo Novaes (2001), a estrutura pode ser vertical em relação aos níveis no processo de transformação e transporte ao longo da Cadeia, e horizontal, que aponta a quantidade de fornecedores ou clientes em cada nível da Cadeia, podendo ser curta (com poucas empresas em cada nível) ou larga (com muitas empresas em cada nível). 25UNIDADE I Introdução a Logística SAIBA MAIS Área da Administração dedicada em organizar os processos de produção da empre- sa, a Logística empresarial propõe caminhos para melhorar a operação de produção da empresa, de maneira que aumente a eficiência do trabalho feito e consequente- mente a demanda e a oferta do produto. Responsável por quatro funções básicas do processo de produção: as de aquisição, movimentação, armazenamento e entrega de produtos, ajudando as empresas a terem maior eficiência na sua produção, além de ser uma forma de destacar a atividade da empresa no mercado competitivo e influenciando diretamente no processo chamado de cadeia de suprimentos de um produto (supply chain) (COSTA e FARIA, 2005) . REFLITA Tudo o que nos cerca, a roupa que estamos usando e todo nosso alimento provém de uma ação logística, tudo estava a centenas de kilomentros de nós, muitas vezes em outro países, e agora está tudo ao nosso alcance. Não eram neste mesmo formato e nem tinham o mesmo toque ou o mesmo gosto, porém, após vários processos de transformação estão agora ao nosso dispor, como isso pode ser possível? você acredita em mágica? Eu acredito em logística. 26UNIDADE I Introdução a Logística CONSIDERAÇÕES FINAIS Caro (a) aluno (a), aqui encerramos a primeira unidade, onde estudamos juntos so- bre essa atividade espetacular que é a Logística, tivemos a oportunidade de conhecer sua origem, remota da antiguidade como atividade, mas como conceito extremamente recente, vinda da arte da guerra para se tornar uma ferramenta de gerenciamento importantíssima para a sobrevivência das empresas no atual cenário mundial. Podemos acompanhar seu desenvolvimento ao longo da história, buscando sempre a redução de custos e qualidade de produto e processo, de fragmentada em seus processos a uma atividade integrada nos dias atuais, entendemos também que o desenvolvimento da Logística se deu mais intensamente, por fatores que levaram as empresas a enfrentar si- tuações financeiras difíceis a nível mundial, ou seja, a atividade Logística se torna uma das mais importantes no cenário mundial como fator de competitividade para que as empresas se destacassem num mercado globalizado. Como foi interessante conceituar a Logística, uma atividade completa, que planeja, executa e controla o fluxo de todo o tipo de materiais e informações dentro da cadeia de suprimentos, do ponto de origem até o ponto de destino, desta forma, ficou bem claro a importância da Logística Empresarial no mundo moderno, uma atividade que se tornou o diferencial competitivo num mercado extremamente concorrido, quem conseguir a melhor integração dos seus processos terá um produto mais atrativo para ser ofertado ao consu- midor final. E por fim, começamos a entender o que é o SUPPLY CHAIN MANAGEMENT ou cadeia de suprimentos, e que o controle desta cadeia é fundamental para o sucesso de qualquer empresa na atualidade, pois a redução de custos, a exigência de novos produtos e velocidade do atendimento do consumidor final depende totalmente da integração de todas as etapas desta cadeia. Bem vindo agora ao mundo da Logística, tenho certeza que sua visão de todas as coisas será diferente agora, pois ao comprar um produto irá pensar em tudo o que esta atrás para que esse produto estivesse disponível no ponto de venda. 27UNIDADE I Introdução a Logística Material Complementar LIVRO Título: Logística Evolução na Administração – Desempenho e Flexibilidade Autor: Edelvino Razzolini Filho Editora: Juruá Sinopse: Este livro é o único no Brasil que apresenta um históri- co da logística e de sua evolução, focalizando-a em um contexto atual, explicitando as razões pelas quais ela tem sido um dos as- suntos dominantes no universo empresarial. Estabelece um con- ceito para Supply Chain Management, que é tema recorrente na logística, embora nem sempre compreendido adequadamente. Aborda-se também o nível de serviço ao cliente, a avaliação de desempenho dos sistemas logísticos e a caracterização dos ser- viços e seu significado para os processos de avaliação de desem- penho. A obra também apresenta um tema extremamente atual e relevante para as organizações do século XXI: a flexibilidade dos sistemas logísticos. O cenário competitivo e os estudos realizados apontam para uma alternativa cada vez mais viável e desejável: a flexibilidade. FILME Título: Cavalo de Guerra Ano: 2011 Sinopse: Em 1914, com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, Joey, um belo cavalo de pelo avermelhado e uma cruz branca na fronte, é vendido para o Exército inglês e enviado para frentes de batalha na França. Lá, o destemido cavalo enfrenta o inimigo e vê de perto o horror das violentas batalhas. Mesmo em meio à deso- lação das trincheiras, a coragem e a determinação de Joey sensi- bilizam os soldados do front e ele consegue encontrar consolo e esperança. Seu coração, contudo, sofre com a saudade que sente do jovem Albert, que ele foi obrigado a abandonar... Será que ele nunca mais voltará a ver seu verdadeiro dono e amigo? 28UNIDADE I Introdução a Logística Filme https://youtu.be/83vDQmlxGCg Título: A Logística na Segunda Guerra Mundial Ano: 2016 Sinopse: Relata a importância da Logística na segunda guerra mundial, focando no deslo- camento, abastecimento e estratégias de guerras com base nas ações que garatiam todo o suporte para o campo de batalha. 29UNIDADE I Introdução a Logística REFERÊNCIAS AZEVEDO, Jovane Medina. Cadeia de abastecimento no Comércio Eletrônico sob a ótica de redes flexíveis: um método de estruturação. 2002. 289 f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002. BALLOU, Ronald H. Logística empresarial. São Paulo: Atlas, 1993. BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. 3. Ed. São Paulo: Saraiva, 2016. BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J.; COOPER, M. Bixby. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimentos. São Paulo: Atlas, 2007. CHING, Yong Y. Gestão de estoques na cadeia de logística integrada: supply chain. São Paulo: Atlas, 1999. CHRISTOPHER, Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: estratégias para redução de custos e melhoria de serviços. São Paulo: Pioneira, 1997. FARIA, Ana Cristina de; COSTA, Maria de Fatima Gameiro da. Gestão de Custos Logísticos. São Paulo: Atlas, 2005. FLEURY, Paulo Fernado et al. (Orgs.). Logística empresarial: a perspectiva brasileira. São Paulo;Atlas, 2000. NOVAES, Antônio G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição: estratégia, ope- rações e avaliação. Rio de Janeiro: Campus, 2001. PLATT, Allan Augusto. Logística e cadeia de suprimentos. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/UFSC, 2010. 30 Plano de Estudo: - Cadeia Logística - Logística de Suprimentos - Logística Interna - Logística de Distribuição - Canal de distribuição Objetivos da Aprendizagem: - Entender como se forma a Cadeia Logística - Compreender a Logística de Suprimentos - Compreender a Logística Interna - Compreender a Logística de Distribuição - Identificar a importância do canal de distribuição UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição Professor Me. Antonio Carlos Lázaro Sanches 31UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição INTRODUÇÃO Caro (a) aluno (a), a cadeia de suprimentos aqui estudada nos permitirá entender queesta corrente formada ao longo de todo o segmento, quando bem integrada, oferece um diferencial competitivo às empresas, fazendo com que elas se destaquem no mercado globalizado. Bom, esta integração se dá pelos acordos comerciais e alinhamentos de inte- resses e estratégias, passando a ser objetivo de toda a cadeia a satisfação plena do cliente final. Uma vez alinhado esse processo, para que ele aconteça de forma a garantir o objetivo de toda a cadeia, surge a Logística, como forma de garantir que tudo se movimente dentro desta cadeia, do ponto de origem até o ponto de destino, podendo ser materiais, insumos, produtos em processo, produtos acabados e informações. Essa é a finalidade da Logística suprir as necessidades dentro da cadeia de supri- mentos, na hora certa, na quantidade certa, na qualidade certa, ao menor custo possível, garantido o fluxo contínuo. A essa integração no Brasil se deu o nome de Cadeia Logística. Convido você agora a se aprofundar nesse mundo da Logística e dar mais um passo na busca de sua compreensão e no entendimento de sua abrangência. 32UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição 1 – CADEIA LOGÍSTICA Falamos até aqui da cadeia de suprimentos ou Suplly Chain Management, nosso estudo nos permite agora entendermos que o alinhamento de fornecedores, empresa e cliente, trará total satisfação e sucesso ao empreendimento. Alinhar através de estratégias comerciais todos os elos da cadeia, ajustando qualidade, confiabilidade, velocidade e re- dução de custos, garantirá que a parceria seja efetiva. A função da Logística dentro desta cadeia, de acordo com seu conceito, é o planejamento, implementação e o controle, do fluxo e armazenagem de materiais e informações, de forma econômica, eficiente e efetiva, satisfazendo as necessidades e preferências dos clientes, do ponto de origem até o ponto de destino (NOVAES, 2001). Podemos dizer então que a Logística é a grande responsável por fazer algo chegar ao lugar certo na hora certa, podendo ser informações, materiais ou até mesmo a movimen- tação financeira, caracterizando assim o fluxo logístico dentro da cadeia de suprimentos, conforme figura 04. 33UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição Figura 04: Fluxo Logístico Fonte: Novaes (2001, p. 38) Essa integração do Suplly Chain Management ou cadeia de suprimentos com a logística resultou no que chamamos no Brasil de Cadeia Logística. Dentro da Cadeia Logística temos a Logística com missão de integrar os processos que vincula a empresa a seus clientes e fornecedores, criando assim um novo termo chamado de Logística Integra- da. A Logística Integrada recebe as informações dos clientes e as distribuem para que a empresa possa organizar suas atividades em forma de vendas, previsões e pedidos, assim gerando suas necessidades de compras e de produção, agregando valor aos materiais pelo processo de produção que é finalizado com a transferência do produto acabado aos clientes. Temos aqui dois processos inter-relacionados, que caracterizam bem claramente a Logística Integrada: Fluxo de materiais e Fluxo de informações (BOWERSOX e CLOSS, 2001). 34UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição Figura 05: Integração Logística Fonte: Bowersox e Closs (2001, p. 44) O fluxo de materiais está relacionado ao gerenciamento da Logística em relação à movimentação e armazenagem de materiais e produtos acabados, inicia com a expedição inicial de um material ou componente por um fornecedor e termina com a entrega do pro- duto pronto ao cliente, já o fluxo de informações tem por finalidade a identificação de algum tipo de necessidade dentro da Cadeia Logística que precise ser atendida (BOWERSOX e CLOSS, 2001). Segundo Farias e Costa, (2005), com uma melhor forma de gerir dentro da Cadeia Logística esses fluxos de materiais e informações, a Logística Integrada que é um ma- croprocesso, se divide em três processos básicos, sendo eles: Logística de Suprimentos, Logística Interna e Logística de Distribuição. 35UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição 2 – LOGÍSTICA DE SUPRIMENTOS A Logística de suprimentos é um conjunto de atividades operacionais que englobam atividades como o transporte, a movimentação, a estocagem e o fluxo de informações, e que se repetem várias vezes ao longo do canal pelo qual as matérias primas vão sendo transformadas em produto acabado, aos quais se agrega valor ao consumidor. Uma vez que as fontes de matérias primas, fábricas, locais de venda em geral não possuem a mes- ma localização e o canal representa uma sequência de etapas de produção, as atividades logísticas podem ser repetidas várias vezes até o produto chegar ao mercado (BALLOU, 2006). Por isso, as atividades logísticas se repetem à medida que os produtos usados são transformados. Uma única empresa não tem condições de controlar integralmente seu fluxo de produtos da fonte de matéria prima até os pontos de consumo. Desta forma a logística empresarial tem em cada empresa, um controle esperando o máximo de gerenciamento sobre os canais físicos imediato de suprimentos e distribuição, como se mostra na figura 06. 36UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição Figura 06: Canais Físicos de Suprimento e Distribuição Fonte: Ballou, 2006 Canal físico de suprimentos se refere à lacuna em tempo e espaço entre as fontes de materiais imediatas da empresa e seus pontos de processamento. Já o canal físico de distribuição se refere à lacuna de tempo e espaço entre os pontos de processamento da empresa e seus respectivos clientes (BALLOU, 2006). Segundo Bowersox e Closs, (2001), a logística de suprimentos é a área que trata dos fluxos de matéria-prima e de produtos para a organização, sendo seu objetivo satis- fazer às necessidades de materiais da operação. Uma boa administração da logística de suprimentos significa coordenar os movimentos dos suprimentos com as exigências da operação. O termo logística de suprimentos representa produtos ou suprimentos que se des- locam ao longo da seguinte cadeia: • Fornecedores • Fabricantes • Distribuidores • Lojistas • Clientes A logística de suprimentos engloba todos os estágios envolvidos, de forma direta ou indiretamente, no atendimento de um pedido de um cliente, se inicia com o pedido de um cliente e termina quando o cliente satisfeito paga pela compra. Observemos aqui que a Logística de Suprimentos não é responsável pelas negocia- ções com os fornecedores, pois essa operação é resultante do processo de compras, mas sim por todo o fluxo de informações, que gera a necessidade de compras, porém, a partir da compra da matéria prima ou insumo, se torna responsável pelo transporte, armazenagem 37UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição e movimentação desta matéria prima ou insumo ao longo do processo produtivo e também pelo produto acabado (FARIA e COSTA, 2005). Alguns conceitos que são empregados na logística de suprimentos são a matéria prima e o insumo. Matéria prima é todo o material que sofre alguma transformação, ou seja, o material que precisa ser transformado para que o produto seja produzido. Por exemplo, o algodão, que se transforma em fio e depois vira alguma peça de roupa. A matéria prima é o principal componente utilizado na fabricação dos produtos. Já o insumo é o tipo de material, máquina ou equipamento que vai servir como suporte para que o produto final seja feito, (BALLOU, 2006). Os suprimentos de matéria prima e insumo são aplicados na maioria das cadeias, seja indústria de alimentos, automobilística e outras. A aquisição dos materiais funciona basicamente no planejamento de diferentes cenários antes mesmo do pedido da matéria prima ser feito. Avaliar os fornecedores na interação de serviços de compra, planejamento na previsão do tempo até a chegada do pedido e também da demanda dos materiais, ou seja, fazer uma análise sistêmica no pedido dos materiais que serão necessários (BERTA- GLIA,2016). Algumas empresas utilizam o conceito just in time (produto certo, na quantidade certa e na hora da certa) como estratégia de aquisição de materiais e insumos, garantindo assim menores estoques, menores investimentos no processo de compra e armazenagem (BALLOU, 2006). Na figura 07, podemos entender melhor o processo: Figura 07: Fluxo dos materiais/produtos na Logística de Suprimentos Fonte: Adaptado de Ballou, (2006) 38UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição Entrada: O suprimento entra na cadeia como matéria prima ou insumo. Processo: Ocorre o início da produção e pelo processo produtivo com uso do insu- mo e da matéria prima se obtém o produto acabado. Saída: a fase final do processo é a entrega ao consumidor, ou seja, a resposta da promessa da entrega referente ao valor pago pelo produto solicitado. Feedback: É o retorno sobre a satisfação do cliente em relação ao produto adqui- rido. 2.1 - A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA DE SUPRIMENTOS A logística trata da criação de valor – valor este para os clientes e fornecedores da empresa, e valor para aqueles que têm interesses direto nela. Esse valor é manifestado primariamente em termos de tempo e lugar. Produtos e serviços não tem valor, a menos que estejam em poder dos seus clientes quando e onde eles pretendem consumi-los. Podemos citar como exemplo, os bares que servem bebidas e lanches em estádios de esportes. Eles não terão valor algum aos consumidores se não forem de fácil acesso para este público, em eventos esportivos e artísticos, e possuam estoques correspondentes às demandas característica nestas ocasiões (BALLOU. 2006). Uma boa administração logística entende que cada atividade na cadeia de supri- mentos como contribuinte do processo de agregação do valor. Quando se pode agregar pouco valor, se torna questionável a existência de determinada atividade. Porém, agre- ga-se valor quando o consumidor está disposto a pagar, por um produto ou serviço, mais que o custo de colocá-lo ao alcance deles. Por isso, a logística vem se transformando num processo cada vez mais importante de agregação de valor (CHRISTOPHER, 2007). As empresas gastam bastante tempo buscando formas de diferenciar suas ofertas de produtos em relação aos produtos da concorrência. Quando a administração reconhece que a Logística de suprimentos afeta uma significativa parcela dos custos da empresa e que o resultado das decisões tomadas quanto aos processos da cadeia de suprimentos proporciona diferentes níveis de serviços ao cliente, atinge uma condição de entrar de maneira eficaz em novos mercados, aumentar sua fatia do mercado e aumentar novos lu- cros. Uma boa gestão da cadeia de suprimentos pode gerar vendas e não apenas somente reduzir custos (BALLOU, 2006). Qualquer produto ou serviço perde quase todo seu valor quando não está no al- cance dos clientes no momento e lugar adequado ao seu consumo. Quando a empresa submete-se aos custos para levar ao cliente um produto antes indisponível ou de tornar-se 39UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição um estoque disponível no tempo certo, cria para o cliente valor que antes não existia (BER- TAGLIA, 2003). A atividade empresarial cria quatro tipos de valor em produtos ou serviços: forma, tempo, lugar e posse. Dos quatro valores, dois são criados pela logística. A produção cria o valor de forma à medida que transforma insumos em resultados, ou seja, matérias primas convertidas em produtos acabados. A logística controla os valores de tempo e lugar, por meio de transporte, fluxos de informação e do estoque. O valor de posse é de responsa- bilidade do marketing, engenharia e finanças, é criado ao induzir os clientes a adquirir o produto por meio de mecanismos como publicidade, suporte técnico e condições de venda. Como o gerenciamento da cadeia de suprimentos já engloba a produção, três desses quatro valores podem ser considerados de responsabilidade do gerente de Logística de Suprimentos (BALLOU, 2006). Podemos entender que a Logística de Suprimentos está presente dentro de toda a Cadeia de Suprimentos, que tem como finalidade que o produto certo esteja na hora certa disponível ao cliente. Desta forma, para um melhor desempenho da Logística Integrada, com ganhos de valores e foco de eficiência, ela se integra a Logística Interna e a Logística de Distribuição que garantem um melhor fluxo de suprimentos dentro da Cadeia de Su- primentos. Sendo assim a Logística de Suprimentos assume a função de abastecimento, englobando as atividades realizadas para colocar os materiais e insumos disponíveis à produção ou a distribuição (FARIA e COSTA, 2005). 40UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição 3 – LOGÍSTICA INTERNA Logística interna envolve todas as atividades realizadas no suporte logístico à pro- dução, envolvendo todo o fluxo de materiais e componentes na manufatura dos produtos em processo, até a entrega dos produtos acabados para a Logística de Distribuição. A logística interna também é definida como atividades associadas ao recebimento, ao ar- mazenamento, controle de estoque, programação de frota, veículos e devolução para os fornecedores (FARIA e COSTA, 2005). Segundo Porter (1989, p. 36) as principais características da logística interna são: • Atendimento aos funcionários: a logística interna é responsável pelo atendimen- to dos recursos materiais utilizados dentro da organização; • Otimização das tarefas: a logística interna permite que haja redução no tempo entre as tarefas desenvolvidas pelos funcionários da empresa eliminando espa- ços e entrega na quantidade correta; • Interação dos demais setores da organização: quando existe necessidade do levantamento de recursos materiais utilizados em cada um dos setores da organização, propiciando dentro dos limites a padronização destes recursos, a logística interna aproxima os setores e discute a aplicação e o uso dos produtos deles na execução das tarefas. 41UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição A figura 08 ilustra as funções da logística interna: Figura 08: Funções da Logística Interna Fonte: Moura (1998, p.10) De acordo com os planejamentos de produção, esses materiais são manuseados e movimentados para o abastecimento das linhas de produção ou de montagem. Como exemplo de montagem, podemos citar o motor de um caminhão ou a entrega de sub- conjuntos como painel de um carro à linha de produção de uma indústria automobilística, envolvendo processos de armazenagem, transportes e movimentação interna (FARIA e COSTA, 2005). Podemos entender que uma vez recebido os materiais e insumos pelo setor de recebimento da empresa, fruto de uma ação da Logística de Suprimentos, é dever da Logística Interna, conferir, inspecionar a qualidade, armazenar e garantir o fluxo destes materiais e insumos, além de todas as atividades de suporte logístico, com a finalidade de que o planejamento de produção elaborado pela empresa seja executado, finalizando suas atividades na entrega do produto pronto para a Logística de Distribuição (BOWERSOX e CLOSS, 2001). 42UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição 4 – LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO A Distribuição é um processo que costuma estar associado ao movimento do produto de um ponto de produção ou armazenagem até o cliente. Estas atividades abran- gem as funções de gestão de controle de estoque, manuseio de materiais ou produtos acabados, transporte, armazenagem, administração de pedidos, analises de locais e redes de distribuição e outros. O retorno de produtos em bom ou mau estado também faz parte desse processo (BERTAGLIA, 2016). A Distribuição é uma parte do composto de marketing (produto, preço, promoção e distribuição), e que através da armazenagem e transporte procura uma forma estratégica de agregar valor ao cliente. A Logística de Distribuição é bastante significativa nas empresas comerciais e industriais e tem seu processo inicial com a armazenagem, pois recebee faz a estocagem dos produtos acabados oriundos da fábrica, como também as embalagens adquiridas de terceiros (FARIA e COSTA, 2005). Quando é feita uma venda, se inicia a primeira fase do processamento do pedido, ainda na área de vendas/marketing, que recebe a solicitação do pedido e o integra em uma sistema de informação utilizado, onde é possível verificar o estoque disponível e o crédito do cliente. Caso o produto não esteja disponível no estoque, o sistema de informação realiza a programação da produção, para que a empresa possa suprir a falta do produto (BOWERSOX e CLOSS, 2001). Após efetuado o pedido, o sistema logístico de distribuição é acionado, no momento 43UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição em que a informação é transferida à armazenagem. Com isso, se inicia a segunda fase do processo do pedido, envolvendo atividades como: emissão das etiquetas de identificação do cliente e código de barras dos itens a serem separada, separação, conferência, embala- gem, emissão do conhecimento de frete, faturamento, consolidação de carga e expedição (FARIA e COSTA, 2005). Concluída a segunda etapa, damos início à terceira fase do processamento do pe- dido, executada pelo transporte, que engloba as atividades a seguir para seu cumprimento: carregamento dos produtos, trânsito até o centro de distribuição regional, desconsolidação da carga, transferência croos docking (lojas que são supridas por armazéns centrais, que agem como coordenadores no processo de suprimentos) para transporte e entrega do pedido ao cliente. Assim, encerra-se o ciclo do processamento do pedido, e também as atividades da Logística de Distribuição (FARIA e COSTA, 2005). O processo de distribuição tem sido foco permanente das organizações, visto que seus custos são elevados e as oportunidades são muitas. São discutidos modelos de dis- tribuição para se obter vantagem competitiva e colocar os produtos, principalmente bens de consumo, ao alcance dos clientes. As características de distribuição apresentadas por setores como de bebidas e sorvetes, possuem custo alto devido a quantidade e dispersão dos pontos de vendas, somando-se ainda o fato de que características de temperaturas precisam ser relevadas, principalmente para sorvetes ou outros produtos congelados (BERTAGLIA, 2016). Falando em nível de Brasil, tem-se observado grande evolução no aspecto de distribuição com empresas muito profissionais, tanto na armazenagem como no transporte. Porém, nossa infraestrutura para transporte e distribuição continua ainda centralizada em rodovias, e por isso aumenta os custos de transporte pela necessidade de se procurar meios alternativos e combinados para efetuar a distribuição dos produtos por via marítima, rodoviária, ferroviária e aérea (BERTAGLIA, 2016). Surgi aqui a figura do Operador Logístico, empresas terceirizadas que buscam tornar parte do processo Logístico mais eficaz para as empresas, levando em conta que o negócio da empresa não é transporte e armazenagem, mas sim agregar valor a sua mar- ca. Estes operadores logísticos, para serem caracterizados assim, precisam oferecer no mínimo três serviços: armazenagem, controle de estoques e transportes. Muitas empresas já terceirizam todo o seu processo logístico para operadores logístico, como o caso do MC Donald’s, que se utiliza da empresa Martin-Brower. A Martin-Brower é responsável pela Gestão de compras e estoques, atendimento aos restaurantes, armazenagem, distribuição e transporte, transferências a outros centros 44UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição de distribuição no país, gestão financeira da cadeia, planejamento logístico, planejamento fiscal, serviço de campo e coordenação das operações de abastecimento na cadeia. Para efetuar essas operações, a Martin-Brower, além da estrutura de armazenagem, possui uma frota exclusiva de veículos com palm-tops para fornecer informações sobre a entrega, e uma equipe própria para essa operação, contando com todo um sistema integrado com fornecedores, gerenciando a operação de entrega. Todos os pedidos dos restaurantes são recebidos, processados e automaticamente alimentam o sistema interno da empresa para o abastecimento e a distribuição física aos restaurantes, além de gerar todas as informações necessárias para fornecedores, históricos de vendas, estatísticas e apoio a marketing. Leia mais em: https://logisticaconcreta.blogspot.com/2016/11/a-logistica-do-mcdo- nalds.html. Acesso em 24 de maio de 2019. https://logisticaconcreta.blogspot.com/2016/11/a-logistica-do-mcdonalds.html https://logisticaconcreta.blogspot.com/2016/11/a-logistica-do-mcdonalds.html 45UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição 5 - CANAL DE DISTRIBUIÇÃO Para falarmos em canal de distribuição vamos entender primeiro que distri- buição física é o ramo da logística empresarial que trata da movimentação, estocagem e processamento de pedidos dos produtos finais da empresa. É de grande relevância, pois seus custos representam 2/3 dos custos totais logísticos. Isto decorre das atividades exercidas na distribuição, que, em linhas gerais, tem a sua principal função de garantir a disponibilidade dos produtos finais aos clientes (BALLOU, 1993). Segundo Bertaglia, (2003), a distribuição física se resume a três atividades princi- pais: recebimento, armazenagem e expedição. Sendo assim a vantagem competitiva de uma empresa pode estar, em como ela faz para que seu produto chegue de forma mais rápida, com o menor custo e com a melhor qualidade até o consumidor final. Desta forma, a distribuição física está relacionada diretamente com a eficiência do transporte desenvolvido por esta empresa, que é uma atividade que não agrega valor ao produto, mais que vai retirar do preço de venda uma boa parcela como despesa, porém, contribui de forma a não diminuir o valor já agregado, disponibilizando o produto na hora certa, na qualidade certa e preservando sua integridade (VIANA, 2000). Convém destacar que o que traz ao cliente satisfação, não são os custos envolvi- dos, que precisam ser gerenciados para oferecer um preço aceitável pelo mercado, mas sim os níveis de serviços ofertados, esses são percebidos pelo cliente. Níveis de serviços em relação à disponibilidade do produto, qualidade preservada, apresentação do produto, 46UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição assistência técnica e serviços de atendimentos ao consumidor. O nível de serviço ofertado ao cliente é o resultado do sistema logístico desenvolvido pela empresa (LAMBERT e STO- CK, 1993). Para Viana (2000) a escolha da modalidade do transporte varia em função de diversos fatores, tais como: Tempo - que varia simplesmente pelas características de cada transporte. Custo - cada modalidade tem o seu próprio componente de custos, o qual implicará no valor do frete. Manuseio - cada transporte possui suas operações de carga e descarga e a emba- lagem pode facilitar o manuseio e reduzir perdas. Rotas de viagem - cada modalidade de transportes possui um número maior ou menor de viagens, a empresa pode mesclar o tipo de transporte sempre que necessário. Sendo o transporte uma das funções mais importantes do nível de serviço logístico, pois este tem a finalidade de garantir o fluxo de bens entre a origem o destino da Cadeia Logística, a eficiência do transporte dependerá da escolha certa do modal de transporte. Modal de transporte é a modalidade escolhida para que o produto chegue do ponto de origem ao ponto de destino, e muitas vezes, se fará necessário à integração de modais para que essa finalidade seja atendida (BOWERSOX, CLOSS e COOPER, 2007). Os modais de transportes segundo Platt (2010) são destacados da seguinte forma: Rodoviário: Modal de alta flexibilidade, pois oferece o serviço porta a porta, porém com capacidade limitada de carga de acordo com a lotação do caminhão, recomendado para distâncias médias de 300 quilômetros. Apresentacusto elevado, pois precisa de motorista para cada veículo, além do alto consumo de combustível, sendo que a má conservação das estradas provoca maior desgaste e consequentemente maior manutenção. Em geral atende todo o tipo de mercadorias. Hidroviário: Podendo ser classificado em: fluvial que é o transporte feito em rios, Lacustre que é o transporte feito em lagos e Marítimo que é o transporte feito pelo mar, podendo ser de Cabotagem feito entre portos de um mesmo país, ou internacional feito entre portos de países diferentes. De custo bem mais baixo do que as outras modalidades, porém, com baixa velocidade e dependente de integração com outras modalidades de transportes, pois o navio só chega ao porto e precisa de uma integração para que sua carga chegue ao destino final. Sua capacidade de transporte é bem grande e pode se usar o tempo de transporte como uma forma de armazenagem em trânsito. Aéreo: Limitação de carga e custo alto caracteriza este modal, porém, para car- gas urgentes ou produtos com alto valor agregado é muito indicado, pois apresenta uma 47UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição significante redução no tempo de transporte. Tendo como limitação os aeroportos precisa de integração de outros modais, quase sempre o rodoviário para que a carga chegue ao seu destino final. Esta modalidade reduz o tempo de armazenagem e administração de estoques. Ferroviário: Não é um modal com muita agilidade, porém, garante custos bem menores que o rodoviário, além de uma concentração de carga muito grande, ótimo para transportes de longa distância e grandes quantidades, mas também depende de integração com outros modais, como o hidroviário e rodoviário. Dutoviário: Pode ser usado para transportes de grãos, líquidos e gases, funcionam 24 horas por dia e nos sete dias da semana. Caracteriza-se por um custo alto de construção e manutenção, porém depois de construídos não sofrem interrupções por fatores climáticos, e apresentam índices muitos baixos de perdas e danos aos produtos. Conforme a figura 09 a matriz de transportes de cargas no Brasil se apresenta da seguinte forma: Figura 09 – Matriz de Transporte de cargas no Brasil Fonte: http://www.ilos.com.br/web/tag/matriz-de-transportes/ Acesso em 24 de maior de 2019. Nota-se que no Brasil temos a predominância do modal de transporte rodoviário, o que não contribui para que nossos custos de transportes caiam, tornando nossos pro- dutos mais atrativos no mercado externo. A falta de investimentos nos modais ferroviários http://www.ilos.com.br/web/tag/matriz-de-transportes/ 48UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição e hidroviários faz com que estas opções, mesmo sendo mais baratas, não se tornem uma vantagem de custos de transportes para muitas empresas. 5.1 – CONCEITO DE CANAL DE DISTRIBUIÇÃO Segundo Novaes (2001, p. 108), os canais de distribuição constituem “conjuntos de organizações interdependentes envolvidas no processo de tornar o produto ou serviço disponível para uso ou consumo”, e que a distribuição física de produtos na realidade é definida a partir da escolha dos canais de distribuição referentes a determinado produto. Na verdade sabemos que nenhuma empresa consegue isoladamente, colocar seu produto diretamente no ponto de venda, existe dentro deste processo de logística de distri- buição, uma integração de várias organizações que tem uma única finalidade, a satisfação do cliente final. Formando uma rede logística de: “armazéns, centros de distribuição, estoque de mercadorias, meios de transporte utilizados, e a estrutura de serviços complementares” (NOVAES, 2001, p.112). 5.2 – TIPOS DE CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO Segundo Novaes (2001), com o intuito de fazer com que o produto chegue até o consumidor final, os canais de distribuição são caracterizados como: verticais, híbridos e múltiplos. Os canais verticais: Compreendem um modelo em que a responsabilidade de cada elemento da cadeia de suprimento era vista verticalmente, ou seja, essa estrutura era baseada na transferência de responsabilidades de um canal a outro. Na figura 10 podemos verificar como se dá essa transferência de responsabilidade dentro dos canais verticais, ou seja, a responsabilidade vai transferindo de forma vertical para cada componente da cadeia. 49UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição Figura 10 – Fluxo de Canal Vertical Fonte: http://universodalogistica.blogspot.com/2008/10/canais-verticais.html Acesso: 24 de maio de 2019. Os canais híbridos: Constituem uma estrutura menos rígida, considerando que algumas funções podem ser realizadas em paralelo por dois ou mais elementos da cadeia. Um problema apresentado neste tipo de canal se refere à duplicidade de atuação em al- guns segmentos, como ocorre quando o distribuidor de uma determinada fábrica é também distribuidor de outra. Por ocorrer maior receita de uma fabrica em relação à outra, poderá ocasionar mais atenção à determinada fábrica e, consequentemente, maior comprometi- mento com aquela. Conforme podemos observar na figura 11. Figura 11 – Fluxo de Canal Híbrido Fonte: Novaes (2004, p. 115) http://universodalogistica.blogspot.com/2008/10/canais-verticais.html 50UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição Os canais múltiplos: Se caracteriza pela utilização de mais de um canal de distri- buição referente à cadeia de suprimento, em função dos diversos tipos de consumidor. Por exemplo, existem consumidores que preferem adquirir seus produtos pela internet, outros preferem dirigirem-se as lojas e obter atendimento e informações personalizadas acerca de um determinado produto. Sendo assim, as organizações devem adequar o tipo de canal de distribuição à sua realidade, bem como às suas necessidades de aperfeiçoamento e crescimento no mercado. Entenderemos melhor analisando a figura 12. Figura 12 – Fluxo de Canal Múltiplo Fonte: Novaes (2004) A realidade da logística empresarial mostra que não existe o modelo certo, nada é definitivo, porém somente um estudo mais aprofundado pode levar a otimização de como chegar de forma mais eficiente ao cliente final. Destacam-se também os vários tipos de canais de distribuição definidos por Seme- nenik e Bamossy (2009, apud Oliveira, 2012): Fabricante\Consumidor Final – É também conhecido como Canal Direto e não há, neste caso, a presença de intermediários. Aqui, o fabricante assume todas as respon- sabilidades pela qualidade na negociação. Por um lado, existe a vantagem de o fabricante conhecer muito bem seu produto e ter absoluto controle sobre suas atividades de marketing. Por outro lado, a desvantagem consiste em um custo maior por precisar contar com uma 51UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição força de vendas própria. Fabricante\Varejista\Consumidor Final – Esse Canal Indireto é direcionado para fabricantes que trabalham com produtos perecíveis, produtos com demanda sazonal, ves- tuário, livros e eletrodomésticos. Esse canal proporciona um controle maior do fabricante sobre seus produtos. Por um lado, existem vantagens como esforço de vendas concen- trado, eliminação da concorrência entre fabricante e varejista, propaganda e promoção do produto, muito mais acessíveis ao consumidor. Por outro lado, existem desvantagens como responsabilidade pela distribuição física dos produtos, manutenção de estoques e possíveis dificuldades no processamento dos pedidos. Fabricante\Atacadista\Varejista\Consumidor Final – Este Canal Indireto é ideal para o fabricante que deseja uma grande quantidade de consumidores dispostos em uma grande área geográfica. Este canal tem a grande vantagem de forçar os atacadistas e va- rejistas a trabalharem juntos com o objetivo de proporcionarem, da melhor forma possível, a satisfação do cliente. Fabricante\Agente\Atacadista\Varejista\Consumidor Final – Este Canal Indireto é considerado o canal mais longo na cadeia de distribuição. A principal diferença para o canalanterior consiste no fato de que, nesta alternativa, é função do agente intermediar a negociação junto ao atacadista. Na figura 13 fica bem claro o conceito de canal direto e indireto. Figura 13 – Canal Direto e Indireto de Distribuição Fonte: http://marcusmarques.com.br/estrategias-de-negocio/canais-distribuicao-melhores-caminhos-cliente- -final/. Acesso em 24 de maior de 2019. http://marcusmarques.com.br/estrategias-de-negocio/canais-distribuicao-melhores-caminhos-cliente-final/ http://marcusmarques.com.br/estrategias-de-negocio/canais-distribuicao-melhores-caminhos-cliente-final/ 52UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição Ainda segundo Semenenik e Bamossy (2009, apud Oliveira, 2012), temos ainda quatro modalidades de distribuição: Distribuição Extensiva – Modalidade na qual o fabricante procura distribuir seus produtos pelo maior número de pontos de vendas do mercado. Distribuição Exclusiva – Neste caso, o fabricante concede exclusividade para um intermediário distribuir seus produtos em uma determinada região. Distribuição Seletiva – O fabricante escolhe um de- terminado número de intermediários, aos quais estabelece a exclusividade de um território, com determinação de cotas de vendas. Distribuição Intensiva – Esta modalidade complementa a distribuição extensiva e seletiva, uma vez que, quando necessário, frente a uma campanha promocional, concentra esforços e capital em dados momentos e em certos canais de distribuição. Destacamos aqui a importância dos canais de distribuição para o sucesso da empresa, que através de um processo de Benchmarking, deve buscar sistematicamente mensurar e comparar suas atividades, desempenhos, produtos e serviços com os padrões de empresas líderes no mercado e com seus concorrentes, fazendo com que seu foco seja a eficiência de atendimentos de seus clientes. SAIBA MAIS Serviço em logística é aquilo que agrega valor ao produto, porém, somente agrega valor se o produto estiver disponível ao usuário na hora e lugar onde é demandado. Essa relação “utilidade de tempo e lugar” que faz com que o cliente perceba o nível de serviço ofertado, porém, quanto mais serviços são ofertados ao consumidor, maiores serão os custos, então encontrar o equilíbrio é o grande desafio (LAMBERT, STOCK e VANTINE, 1998). 53UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição REFLITA Fonte: www.antf.org.br/informacoes-gerais/ Analisando nossa matriz de transportes de cargas com de outros países de mesmo porte territorial, podemos ver que os investimentos aqui foram na modalidade ro- doviária ao passo que nos outros países os investimentos maiores foram na malha ferroviária, será que isso justifica os autos custo de transportes que apresentamos? http://www.antf.org.br/informacoes-gerais/ 54UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição Caro (a) aluno (a), aqui encerramos a segunda unidade, como já avançamos no entendimento da Cadeia Logística, partindo que esse termo surge de uma total integração conhecida como Logística Integrada, que tem como finalidade garantir o fluxo contínuo den- tro da cadeia de suprimentos, na busca de uma melhor eficiência a Logística Integrada se divide em três áreas de atuação: Logística de Suprimentos, Logística Interna e Logística de Distribuição. Com a formação da Cadeia Logística surgem alianças e parcerias, permitindo trocas e compartilhamento de informações, que possibilitam planejamento e execução de processos com maior rapidez e segurança, trazendo benefícios como redução de custos, maior velocidade de atendimento dos pedidos, e oferta de níveis de serviços mais adequa- dos às necessidades do cliente. Dentro da administração da distribuição física, que gere todo o fluxo de pedido dos clientes, encontramos a maior parte de custos logísticos, e apreendemos que o transporte é o grande vilão em termos de custo. E que a escolha da modalidade de transportes pode significar um diferencial de custos, porém, no Brasil temos várias limitações quanto à esco- lha de modal pela indisponibilidade de modais, como o hidroviário e o ferroviário. Por fim, conhecemos o canal de distribuição, que dentro da distribuição física, tem a finalidade de fazer o produto chegar ao cliente final. Em relação à escolha do melhor canal de distribuição quando feita com o auxilio da ferramenta chamada Benchmarking, garante a melhor forma de como a empresa colocará seu produto a disposição do cliente final, tendo sucesso e superando os seus concorrentes diretos. CONSIDERAÇÕES FINAIS 55UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição Material Complementar LIVRO Título: Logística e Gerenciamento da cadeia de Suprimentos Autor: Martin Christopher Editora: Cengage Learning Sinopse: Cada vez mais se compreende a importância da gestão da cadeia de suprimentos excluindo o papel de ser apenas ex- tensão da gestão da logística. O ambiente de negócios tornou-se muito menos previsível, exigindo que as cadeias de suprimentos sejam capazes de mudar rapidamente. Diante dessas premissas, esta obra traz reflexões atualizadas sobre a nova gestão das empresas baseada na demanda, anteriormente fundamentada em previsões; traz a sustentabilidade na cadeia de suprimentos e a cadeia de suprimentos do futuro, além de estudos de casos que garantirão a lucratividade nos negócios e a vantagem competitiva. As reflexões contidas nesta obra discutem um novo ambiente de negócios e fazem dela referência para o gerenciamento na cadeia de suprimentos. FILME Título: O Senhor das Armas Ano: 2005 Sinopse: Yuri Orlov (Nicolas Cage) é um traficante de armas que realiza negócios nos mais variados locais do planeta. Estando constantemente em perigosas zonas de guerra, Yuri tenta sempre se manter um passo a frente de Jack Valentine (Ethan Hawke), um agente da Interpol, e também de seus concorrentes e até mesmo clientes, entre os quais estão alguns dos mais famosos ditadores do planeta. 56UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição REFERÊNCIAS BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/Logística empresarial. Porto Alegre: Bookman, 2006. BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. 3. Ed. São Paulo: Saraiva, 2016. BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2003. BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J. Logística empresarial: O processo de integração da cadeia de suprimentos. São Paulo: Atlas, 2001. BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J.; COOPER, M. Bixby. Logística empresarial: O processo de integração da cadeia de suprimentos. São Paulo: Atlas, 2007. CHRISTOPHER, Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos. São Paulo: Cengage Learning, 2007. FARIA, Ana Cristina de; COSTA, Maria de Fatima Gameiro da. Gestão de Custos Logísticos. São Paulo: Atlas, 2005. LAMBERT, Douglas; STOCK, James R. Strategic logistic management. 3. Ed. Chicago: Irwin/McGraw-Hill, 1993. LAMBERT, Douglas; STOCK, James R; VANTINE, José G. Administração estratégica da logística. São Paulo: Vantine Consultoria, 1998. NOVAES, Antônio G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição: estratégia, ope- rações e avaliação. Rio de Janeiro: Campus, 2001. PLATT, Allan Augusto. Logística e cadeia de suprimentos. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/UFSC, 2010. PORTER, Michael E. Vantagem competitiva: Criando e sustentando um desempenho supe- rior. São Paulo: Campus, 1989. VIANA, João J. Administração de materiais: Um enfoque prático. São Paulo; Atlas, 2000. OLIVEIRA, Alexandre da Silva de. Canais de distribuição como fator de competitividade. 2012. 72 f. Trabalho de Conclusão de Curso - Universidade Federal de Minas Gerais, Es- cola de Engenharia. Belo Horizonte, 2012. 57 Plano de Estudo: - Logística Reversa - Logística e Sistemas de Informação Objetivos da Aprendizagem: - Compreender a Logística Reversa - Compreender como os Sistemas de Informação auxiliam na Logística - Identificar
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