Buscar

LOGÍSTICA EMPRESARIAL-2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 101 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 101 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 101 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Professor Me. Antonio Carlos Lázaro Sanches
• Mestre em Desenvolvimento de Tecnologia (Institutos LACTEC/UFPR Paraná). 
• Bacharel em Ciências Contábeis (UEM). 
• Especialista em MBA Executivo (UEM). 
• Docente do curso de Administração, Gestão Comercial, Gestão da Produção 
Industrial e Logística (UNIFCV).
• Professor de pós-graduação no Centro Universitário Cidade Verde (UNIFCV). 
Longa experiência profissional na área administrativa em empresas da região de 
Maringá-PR, atuando no setor da indústria de confecção, atualmente na função de gerente 
de compras.
AUTOR
Seja muito bem-vindo(a)!
Prezado(a) aluno(a), que bom que você se interessou pelo assunto desta discipli-
na, será o começo de uma jornada de conhecimento e experiências novas, que trarão um 
novo jeito de ver o mundo e as coisas que acontecem e como acontecem. Vamos falar de 
Logística Empresarial, esse novo conceito que tem mudado a forma das empresas atuarem 
diante de um cenário tão competitivo. Proponho, junto com você desvendar esses mistérios 
de como os produtos chegam e ficam as disposição dos consumidores, para atender suas 
necessidades e seus desejos, sendo que este é o maior interesse de todo o processo 
logístico. 
Na unidade I começaremos a nossa viagem pela história da logística, que esteve 
sempre presente no desenvolvimento da humanidade, passaremos pelo conceito atual 
da Logística e sua importância na atualidade. Esse conceito e o entendimento de toda 
evolução da Logística ajudará a formar uma visão sistêmica permitindo assim entender que 
o gerenciamento integrado de toda a Cadeia Logística trará as empresas um diferencial 
competitivo no mundo globalizado. 
Na unidade II vamos ampliar nossos conhecimentos entendo que a integração da 
Cadeia Logística se dá pelo direcionamento de todos os esforços do ponto de origem até 
o ponto de destino, integrando assim as três áreas da Logística: Suprimentos, Interna e 
Distribuição, essa última, tendo por finalidade administrar os canais de distribuição que 
farão com que o produto chegue até os pontos de vendas para atender o cliente. 
Na unidade III trataremos de um assunto importantíssimo para a questão ambiental, 
a Logística Reversa, ou o canal de retorno do produto com defeito ou que não agradou o 
cliente. Esse produto não pode ser descartado em qualquer lugar, então há a necessida-
de de se criar uma forma de retorno seguro. Falaremos aqui também da importância dos 
sistemas de informações, fundamentais para suprir os administradores nas tomadas de 
decisões logísticas.
E na unidade IV vamos apreender como avaliar todo o processo logístico através 
do desempenho apresentado ao longo da Cadeia Logística e qual a metodologia mais 
adequada a ser usada para essa avaliação. 
Aproveito para reforçar o convite para juntos percorrermos esta jornada de conheci-
mento e multiplicar os conhecimentos sobre tantos assuntos abordados em nosso material. 
Esperamos contribuir para seu crescimento pessoal e profissional. 
Muito obrigado e bom estudo!
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
SUMÁRIO
UNIDADE I ...................................................................................................... 5
Introdução a Logística 
UNIDADE II ................................................................................................... 30
Logística e Canal de Distribuição
UNIDADE III .................................................................................................. 57
Logística Reversa e Sistemas de Informação
UNIDADE IV .................................................................................................. 79
Cadeia Logística e Avaliação de Desempenho
5
Plano de Estudo:
- Origem da Logística
- Evolução ao longo da história
- Conceito e importância
- Supply Chain Management
Objetivos da Aprendizagem:
- Conhecer a origem da Logística
- Compreender como a Logística evoluiu ao longo da história
- Conceituar a Logística e verificar sua importância no mundo moderno
- Entender o que é o supply Chain Management
UNIDADE I
Introdução a Logística 
Professor Me. Antonio Carlos Lázaro Sanches
6UNIDADE I Introdução a Logística 
INTRODUÇÃO
Caro (a) aluno (a), estamos prestes a conhecer a Logística Empresarial, algo ex-
traordinário que será capaz de nos fazer entender o que realmente é responsável pelo 
produto certo, no lugar certo e na hora certa. Além deste entendimento, teremos a partir 
deste conhecimento uma nova visão sobre os fatos dentro da ótica de movimentação, nos 
dando condições de analisar, entender e melhorar o processo em termos de agilidade e 
custos.
Abordaremos a origem da logística atribuída a atividades militares como forma de 
organização de movimentação de tropas, suprimentos, medicamentos e estratégias de 
guerra para surpreender e ter vantagem sobre o inimigo. Porém se atribuímos a sua origem 
somente a atividade militar como explicar a construção de grandes monumentos históricos 
como as Pirâmides do Egito.
Vários termos foram atribuídos à Logística com o passar do tempo. Alguns se desti-
navam a gestão dos suprimentos, a gestão da distribuição, a gestão do Marketing, e outros 
ainda, a gestão de suprimentos. Todos buscando uma forma de melhorar o processo de 
movimentação e a redução dos custos.
Toda essa evolução do processo logístico ao longo da história se deu com o enten-
dimento que o domínio e controle das etapas, que até então eram separadas e gerenciadas 
de forma individualizadas, precisavam ser integrados em uma única atividade chamada de 
SUPPLY CHAIN MANAGEMENT ou cadeia de suprimentos, ou seja, integrar fornecedores, 
produção e distribuição com um único objetivo, satisfazer o cliente.
Desta forma nesta unidade teremos a oportunidade de entender o conceito e a im-
portância da Logística Empresarial como ferramenta de vantagem competitiva em relação 
à concorrência, tendo em vista que, conhecer, planejar e gerenciar a cadeia de suprimentos 
trará sempre uma integração como os fornecedores, uma melhor movimentação e uma 
distribuição mais rápida, com redução de custos do produto, trazendo maior satisfação ao 
cliente, personagem principal de todo o processo logístico das empresas.
7UNIDADE I Introdução a Logística 
1 – ORIGEM DA LOGÍSTICA
Mesmo com o desenvolvimento da economia mundial com auxílio de atividades e 
conhecimentos logísticos, a Logística ficou adormecida por muito tempo, e só foi despertada 
após a Segunda Guerra Mundial, quando as atividades logísticas militares começaram a ser 
utilizadas e influenciarem de forma significativa os conceitos logísticos que são utilizados 
atualmente (PLATT, 2010).
O termo logística teve sua origem no meio militar, tendo relação à atividade de 
abastecimento e movimentação de tropas, porém, a movimentação, transporte e acomoda-
ção de mercadorias, estiveram sempre presentes no desenvolvimento da humanidade. A 
análise histórica mostra que guerras foram ganhas ou perdidas em decorrência da eficiência 
ou não do sistema logístico, como a derrota das tropas napoleônicas na Rússia e a invasão 
da Normandia pelas forças aliadas.
O que realmente marcou o desenvolvimento da Logística moderna foi a II Guerra 
Mundial, onde batalhas se davam ao redor do mundo, exigindo deslocamento das tropas e 
suprimentos em grandes distâncias, aumentando assim a necessidade da produção maciça 
de armamentos, o desenvolvimento acelerado dos processos industriais, o desenvolvimen-
to da eletrônica e da informática e o desenvolvimento dos primeiros modelos matemáticos 
de apoio à tomada de decisão para alocação de recursos (BALLOU, 1993).
A logística tem relação também com as atividades de acomodar, suprir e acantonar 
tropas (dispor ou distribuir a tropa por lugares habitados, como vilas, aldeias e cantões, 
para descanso, alimentação e aguardar instruções). Porém, se pensarmos na construção 
das Pirâmides do Egito e em outros grande monumentos da história da humanidade, já nos 
deparamos com a presença da logística (COSTA e FARIA, 2005).
8UNIDADEI Introdução a Logística 
Segundo Fleury et al. (2000), a logística é uma das atividades econômicas mais 
antigas, e um dos conceitos gerenciais mais modernos. Ao abandonar o extrativismo, o ho-
mem inicia a organização das atividades produtivas, produção especializada com troca de 
produtos com outros produtores, surgindo assim três funções logísticas que são essenciais: 
estoque, armazenagem e transporte.
A logística influenciou também a expansão dos grandes impérios na evolução e 
desenvolvimento da humanidade, temos como exemplos o império macedônio, o império 
romano, o colonialismo português, espanhol e britânico.
A utilização do conhecimento e das práticas logísticas, desenvolvidas no campo 
de batalha, para abastecimento das tropas com os suprimentos, como armas, munições, 
alimentos e medicamentos, foram rapidamente apropriados pelas indústrias manufatureiras 
para disponibilizar seus produtos aos mercados consumidores, e mais recentemente, pelo 
segmento de serviços com o objetivo de planejar e executar de forma mais eficiente suas 
atividades, disponibilizando os serviços de acordo com as necessidades, desejos e expec-
tativas dos seus clientes e consumidores (PLATT, 2010).
9UNIDADE I Introdução a Logística 
2 – EVOLUÇÃO AO LONGO DA HISTÓRIA
A Logística, segundo Ballou (1993), esteve em estado de sono profundo até mea-
dos do século XX, por isso suas principais atividades ficaram distribuídas sob a respon-
sabilidade de outras áreas da organização: o transporte ficava sob a responsabilidade da 
área de produção; os estoques eram agregados aos departamentos de marketing, finanças 
e produção e o processamento de pedidos eram controlados pelos departamentos de 
finanças e vendas. Porém, essa divisão resultava em sempre em conflito de objetivos e 
responsabilidades. 
Nesta época o ambiente organizacional era dominado pelo crescimento rápido e 
dominante posição da indústria, resultado de uma demanda reprimida por anos de de-
pressão e pós-guerra. Desta forma havia uma grande tolerância, pois mudanças levariam 
tempo e investimentos e a demanda exigia uma resposta rápida da indústria na oferta de 
produtos (NOVAES, 2001).
Sendo assim, a Logística com o passar do tempo vai se desenvolvendo ao longo da 
história, criando as quatro fases evolutivas da Logística.
• 1900 a 1930 – era da produção em massa: o foco era na divisão do trabalho, e 
os produtos apresentavam pouca diferenciação. 
• 1930 ao final da década de 1940 – era do marketing em massa: os produtos 
já apresentavam algumas diversificação e customização e investimentos em 
campanha de marketing.
10UNIDADE I Introdução a Logística 
De acordo com Novaes, (2001), a primeira fase é marcada principalmente pelo 
período pós-guerra, e a como não havia uma grande diversificação de produtos, a busca 
da redução de custos era somente no processo produtivo, a fim de garantir um produto que 
chegasse ao consumidor final como o preço mais atrativo.
• 1950 ao final de 1970 – era da descontinuidade: criaram-se novas estratégias 
e culturas organizacionais. Algumas empresas criaram cargos específicos para 
controlar o fluxo de materiais e transportes.
Segundo Ballou (1993), a segunda fase é marcada principalmente por três fatores:
- Alteração nos padrões de consumo: com a vinda do consumidor para as zonas 
urbanas este tem acesso a mais variedade de produtos;
- Redução de custos industriais: em 1950 após um crescimento econômico surge 
a recessão, fazendo que as empresas busquem reduzir custos tanto na produção como na 
distribuição de seus produtos.
- Avanços na tecnologia de computadores: que permitiu através de computadores 
e softwares integrar informações e melhorar a distribuição do produto.
A partir de 1970 a competição global, a falta de matérias-primas e a crise do pe-
tróleo, agravado pelo aumento da inflação mundial, provocam um aumento nos custos dos 
transportes e na manutenção dos estoques, obrigando assim que a Logística se desenvol-
vesse numa velocidade mais acelerada. 
• Décadas de 1980 e 1990: observaram-se sinais de que a oferta já era maior que 
a demanda.
Conforme Azevedo (2002), a terceira fase é marcada pelo controle de custos, 
melhoria da qualidade e aumento da produtividade, sempre focando o cliente. Para que as 
empresas se tornassem competitiva precisaria integrar e gerenciar o fluxo de materiais e 
das informações da organização, alinhadas com seus fornecedores e distribuidores, para 
que todo o processo tivesse o mesmo direcionamento, atender o cliente final.
Surge então através da busca do desenvolvimento da Logística, ferramentas como 
a desenvolvida pela empresa japonesa Toyota, o Just-in-time, ou seja, a busca pelo es-
toque zero, que exige uma total integração entre fornecedores e clientes, programas de 
qualidade total que garantiam um produto e um processo de qualidade e reengenharia que 
garantiam uma total análise do processo, sem buscando uma maneira de fazer com mais 
produtividade e com menor custo. 
• Final da década de 90 e início dos anos 2000: Era da competitividade causada 
pelo advento da globalização, fazendo com que a Logística seja a grande res-
ponsável pela sobrevivência das empresas (AZEVEDO, 2002).
11UNIDADE I Introdução a Logística 
• O estágio atual se caracteriza pela importância dada à integração externa, ou 
seja, entre os diferentes elos da cadeia de suprimentos. Destaca-se o grande 
desenvolvimento dos sistemas de informação e a disseminação do conceito da 
Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management – SCM).
A quarta fase é marcada pela busca de estratégias logísticas que permitam as 
empresas a integrarem seus fluxos de materiais e informações ao longo da cadeia de 
suprimentos, permitindo assim redução de custos em todos os elos desta cadeia, seja em 
questão de preço de aquisição, redução de níveis de estoques, agilidade de entregas, pos-
tergações de produção, menor área de armazenagem e redução dos custos de transportes 
(NOVAES, 2001).
A Figura 01 ilustra a evolução da logística:
Figura 01: Evolução da Logística ao longo das décadas
Fonte: Ching (1999, p.21)
Segundo Platt (2010, p. 18), “Necessidade de reduzir custos também levou ao 
desenvolvimento de um planejamento mais eficaz no que tange aos transportes, sobretudo 
com o aumento significativo nos preços dos combustíveis, levando ao desenvolvimento de 
mão de obra e tecnologias especializadas nesse setor.”
12UNIDADE I Introdução a Logística 
Podemos entender que a evolução da Logística se deu em virtude da necessidade 
das empresas se manterem competitivas no mercador globalizado, buscando sempre ter 
um diferencial competitivo para se sobressair em relação às outras.
A Figura 02 demonstra os cinco fatores que foram primordiais para o grande desen-
volvimento da logística ao longo da história: 
Figura 02: Fatores de desenvolvimento da Logística ao longo da história
Fonte: Adaptada de Ballou (1993)
13UNIDADE I Introdução a Logística 
3 – CONCEITO E IMPORTÂNCIA
O termo logística, de acordo com o Dicionário Aurélio, vem do francês Logistique 
e tem como uma de suas definições “a parte da arte da guerra que trata do planejamento 
e da realização de: projeto e desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, 
distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material para fins operativos ou ad-
ministrativos“.
Para Christopher (1997), a logística é o processo de gerenciar de forma estratégica 
a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados, por 
meio da organização e seus canais de marketing, de forma que maximize os lucros, através 
do atendimento dos pedidos a baixo custo.
O Conselho de Gestão de logística, conceitua a logística como sendo a parte do 
processo da cadeia de abastecimento que planeja, implanta e controla o fluxo eficiente e 
eficaz de matérias-primas, estoque em processo, produtos acabados e informações rela-
cionadas, desde seu ponto de origematé o ponto de consumo, com o propósito de atender 
os requisitos dos clientes (Council of Logistics Management, 1999).
São várias definições que podem ser encontradas quanto ao conceito de logística, 
mas todas elas sempre terão o planejamento, a implantação e controle de um fluxo eficiente 
das matérias-primas e o foco em entregar o produto ao seu consumidor final. A Logística 
é sempre apontada como a responsável pela administração de fluxo e armazenagem de 
produtos, serviços e informação, não apenas entre fornecedores e clientes, mas ao longo 
14UNIDADE I Introdução a Logística 
de toda a cadeia de abastecimento.
Após essas definições, pode-se ter noção da amplitude das atividades que englobam 
a Logística, gerenciando e executando todo o fluxo de materiais, serviços e informações 
que fazem com que os produtos se tornem disponíveis ao mercado consumidor.
Na figura 03 temos a ilustração do conceito da Logística de forma esquemática:
Figura 03: Conceito da Logística 
Fonte: Council of Logistics Management (1999)
O objetivo da Logística é prover ao cliente os serviços que ele espera, com a en-
trega do “produto certo, no lugar certo, no momento certo”. A satisfação do cliente faz parte 
do objetivo da Logística. O processo é efetivado quando esse objetivo é alcançado. Para 
equilíbrio das expectativas de níveis de serviço e os custos incorridos, a Logística tem a 
necessidade de buscar estratégia, planejamentos e desenvolvimentos de sistemas que 
assegurem que esses objetivos sejam atingidos (FARIA e COSTA, 2005).
Para que os materiais e produtos sejam movimentados de maneira oportuna, a 
empresa tem custos, visando a agregar um valor (nível de serviço) que não existia e que 
foi criado para o cliente. Isso é parte da missão da Logística que está relacionada à satisfa-
ção das necessidades dos clientes internos e externos, viabilizando operações relevantes 
de Produção e Marketing, minimizando tempo e custos, dadas as condições de cada elo 
da cadeia de suprimentos, tornando a Logística uma estratégica nas empresas (FARIA e 
COSTA, 2005).
Para Novaes (2001), todos os elementos do processo logístico devem ter foco na 
15UNIDADE I Introdução a Logística 
satisfação das necessidades e preferências dos consumidores finais. Por isso, todos os 
processos que integram a cadeia logística devem conhecer as necessidades dos clientes 
internos (departamentos e setores) e clientes externos (integrantes da cadeia) durante todo 
o processo, gerando fluxos que sejam ágeis, confiáveis e rápidos, e que tenham custos 
reduzidos, trazendo competitividade para cadeia. 
 
Resumindo, a Logística atual visa:
• Prazos previamente acertados e cumpridos ao logo da Cadeia de Suprimento;
• Integração efetiva entre todos os setores da organização;
• Integração efetiva e estreita com fornecedores e clientes;
• Busca da otimização global, trazendo racionalização e redução de custos por 
toda a Cadeia e Suprimentos;
• Satisfação total do cliente, mantendo o nível de serviço preestabelecido e ade-
quado.
Ching (1999) identifica como principais missões da Logística:
• Fornecer a quantidade desejada dos serviços ao cliente, com o objetivo de 
alcançar custos baixos e competitivos.
• Proporcionar condições para que se movimentem de maneira rápida e eficaz.
• Contribuir para a gestão comercial da organização, através da confiabilidade 
e eficácia da movimentação dos materiais, bem como nos prazos e metas de 
atendimento aos pedidos feitos pelos clientes.
16UNIDADE I Introdução a Logística 
4 - SUPPLY CHAIN MANAGEMENT
Sabemos que todo processo de elaboração de um produto não existe isoladamen-
te. Por exemplo, quando você compra uma resma de sulfite, sabe que sem uma sequência 
de atividades para produzir e disponibilizar aquele papel na loja em que você o adquiriu 
isso não seria possível. O processo se inicia com o corte de uma árvore, o processamento 
da madeira, e como produto final a celulose. A operação segue com a fabricação do papel, 
a embalagem em resmas e o transporte até os distribuidores, que venderão esse produto 
para os varejistas, que por fim venderá a resma a você. Esse processo todo que envolve 
o produto desde o início até o consumidor final é o que chamamos de Gestão da Cadeia 
de Suprimentos, ou também conhecida como Suplly Chain Management (SCM) (PLATT, 
2010).
A competitividade dos mercados devido a fatores como inovações na tecnologia de 
informação que têm trazido muitos avanços principalmente no comércio eletrônico, além 
do aumento das exigências dos clientes e consumidores por produtos e serviços cada vez 
mais customizados tem feito com que as empresas mudem seu foco para o que realmente 
precisa fazer para agradar seu consumidor final.
Para que isso acontecesse, foi necessário que as empresas mudassem seus siste-
mas e seus conceitos de produção, deixando de ser responsável por várias das atividades 
necessárias para elaborar o produto. Surge a necessidade de abertura, exigindo um melhor 
relacionamento da empresa com as demais empresas envolvidas no processo, como for-
17UNIDADE I Introdução a Logística 
necedores, transportadores e distribuidores. As informações precisam ser rápidas para que 
todas as empresas envolvidas consigam planejar e executar as operações de forma sincro-
nizada e atendendo às necessidades de qualidade e características do produto, volume e 
prazo (BOWERSOX, CLOSS E COOPER, 2007).
A gestão da cadeia de abastecimentos engloba o conjunto de processos que são 
necessários para obter materiais, agregar-lhes valor de acordo com a concepção dos clien-
tes e consumidores e disponibilizar os produtos para o lugar (onde) e para a data (quando) 
os clientes e consumidores desejarem. Apesar de ser um processo bastante extenso, a 
cadeia apresenta modelos que variam de acordo com as características do negócio, do 
produto e das estratégias adotadas pelas empresas para que o produto chegue até as 
mãos dos clientes e consumidores (BERTAGLIA, 2016).
Faria e Costa (2005) diz que a Cadeia de Suprimentos é constituída pelo conjunto 
de organizações que mantêm relações mutuas do inicio ao final da cadeia logística, criando 
valor aos produtos e serviços, começando no fornecedor e indo até o consumidor final. 
Este conceito é ligado a um conjunto de fluxos físicos e de informações entre uma empresa 
e seus parceiros (fornecedores e clientes) que é gerenciado sob o princípio da busca e 
sustentação da vantagem competitiva pelas organizações envolvidas.
Na Cadeia de Suprimentos, os parceiros atuam de forma estratégica buscando 
sempre os melhores resultados econômicos, reduzindo custos e agregando valores para 
o consumidor final. A Logística na Cadeia de Suprimentos é a ligação entre seus membros 
(COSTA e FARIA, 2005).
Podemos dizer que o conceito sofreu evoluções muito importantes durante os últi-
mos anos. A cadeia de abastecimento apresenta uma visão mais ampla do que se conhece 
como cadeia logística, é mais limitada à obtenção e movimento de materiais e à distribuição 
física do produto (BERTAGLIA, 2016).
Para Christopher (2007 apud PLATT, 2007), diz que a Cadeia de Suprimentos se 
constituiu de uma rede de organizações e processos que criam valor na forma de produtos 
e serviços que são entregues aos usuários finais. As organizações dependem uma das 
outra, seja na venda ou compra de bens, serviços ou informações.
Alguns pontos são importantes de serem ressaltados:
• As matérias (matérias-primas, produtos ou documentos) existem em qualquer 
organização, seja ela indústria, prestadora de serviço ou comercio.
• Agregar valor aos produtos para atender às exigências dos clientes, tende a ser 
um desperdício todas as atividades que não são percebidas pelo cliente como 
18UNIDADE I Introdução a Logística 
importantes.
• A conectividade entre as empresas, formando redes de informação, materiais e 
serviços.
Com os conceitos apresentados até agora, podemos perceber que o valorentregue 
aos clientes é resultado da sinergia entre os participantes de todo processo, levando em 
conta o fluxo de informações, produtos, serviços, recursos financeiros e conhecimento. 
Além disso, esse processo conecta a empresas aos fornecedores, distribuidores e clientes, 
sendo necessário que todo esse processo seja alinhado e administrado desde o início ao 
ponto final (PLATT, 2010).
Começamos a viver a era da otimização da cadeia de abastecimento aliada à 
gestão de relacionamento com o cliente (CRM, que vem do inglês Customer Relationship 
Managemente), e as empresas que não se atentarem a estas iniciativas terão muitas difi-
culdades para sobreviver no mercado (BERTAGLIA, 2016).
Grandes organizações procuram ter maior visibilidade e reduzir tempo e custo ao 
longo da cadeia de abastecimento para obter resposta mais efetiva às necessidades do 
consumidor. Por isso, novas medidas precisam ser empregadas para atender às expecta-
tivas dos clientes. Processos internos e externos devem ser amplamente estudados, visto 
que cada passo dado no processo pode significar custo adicional ou atraso em potencial, 
trazendo resultados que não agregam valor algum. Os canais de distribuição e os fornece-
dores precisam ser monitorados e medidas de desempenho devem ser implantadas para 
o sucesso do processo como um todo, assim como medidas voltadas também para as 
operações de manufatura. Porém, essas medidas citadas não podem ser realizadas de 
forma isolada, mas integradas com os procedimentos financeiros, a gestão de clientes e os 
processos internos da organização (BERTAGLIA, 2016).
19UNIDADE I Introdução a Logística 
O objetivo da cadeia de abastecimento é possibilitar que os produtos certos, na 
quantidade certa, estejam nos pontos de venda no momento certo, com o menor custo 
possível. Esta expressão “estar em todos os lugares com produtos acessíveis para todos 
os consumidores”, devem ser analisadas com cuidado, pois estar em todos os lugares pode 
significar um aumento no custo logístico se comparado a um baixo volume de vendas. É 
preciso uma análise para ponderar as vantagens e desvantagens de se estar em todos 
lugares (BERTAGLIA, 2016).
Quando as empresas optam por esse modelo de Cadeia de Suprimentos elas de-
vem levar em consideração (PLATT, 2010):
• Mercado: atividades consideradas de baixo valor agregado pelo consumidor 
final devem ser terceirizadas.
• Operações: com a terceirização das atividades, a organização deve concentrar 
seus esforços em integrar suas operações, tendo em vista a ampliação de 
oferecer novos produtos e diluir seus custos logísticos com pedidos, estoques, 
armazenagem e transporte.
• Empresa: deve direcionar seus recursos para suas atividades chave e agir com 
seu sistema logístico buscando eficiência em um conjunto de indicadores de 
desempenho pré-estabelecidos.
20UNIDADE I Introdução a Logística 
4.1 - BENEFICIOS DA GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
Os autores Ching (1999), Ballou (2006) e Novaes (2001), citam seis grupos de 
benefícios que são agregados às empresas com a implantação da Gestão da Cadeia de 
Suprimentos.
• Redução de custos: o alinhamento dos planos estratégicos das organizações 
envolvidas permite que os esforços sejam compartilhados buscando minimiza-
ção de custos de ser processos, algo que seria difícil se fosse feito de forma 
isolada.
• Possibilidade de oferecer fornecimento global: a integração na cadeia, com 
base na confiança, responsabilidade, riscos e recompensas traz segurança 
para ampliar as operações em novas oportunidades.
• Agregar valor ao cliente: a cadeia gerenciada de forma coesa e integrada permi-
te oferecer garantias do produto e prazos de entregas acordados.
• Customização e velocidade do atendimento: a orientação pelo mercado pos-
sibilita à cadeia a flexibilidade para se ajustar às variações da demanda, se 
adaptando rapidamente às exigências do cliente.
• Informações compartilhadas: a integração permite estabelecer um sistema que 
a informação flua entre o cliente final e os demais integrantes da Cadeia, ace-
lerando as decisões e a velocidade de resposta às solicitações dos processos 
e do mercado.
21UNIDADE I Introdução a Logística 
• Oferta de níveis de serviço diferenciados: com uma Cadeia sincronizada e ágil 
é possível processar e montar pedidos de forma mais rápida e consistente, 
possibilitando disponibilizar entregas pontuais e variadas aos clientes.
Desta forma podemos observar que gerir a cadeia de suprimentos é a forma mais 
adequada de atingir os objetivos da Logística Empresarial, pois possibilita um controle sobre 
todas as partes do processo de obtenção e fluxo de materiais, processo de armazenagem e 
produção, estocagem do produto acabado e distribuição até o consumidor final.
22UNIDADE I Introdução a Logística 
4.2 - IMPLANTAÇÃO DA GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
Existem vários benefícios que resultam de uma gestão e operação integrada de 
um conjunto de empresas organizadas em uma Cadeia de Suprimentos. Antes de iniciar 
o processo, as empresas precisam compreender o que caracterizará esse novo tipo de 
aliança entre elas (PLATT, 2010).
• Complexidade logística: além da estruturação e sincronização dos fluxos de 
materiais, serviços, informações e financeiros entre as empresas, é preciso lidar 
com as diferenças culturais e seus diferentes modelos de gestão.
• Combinação de atividades: focando nas atividades que realiza melhor, as em-
presas envolvidas podem atingir níveis de competitividade mais alto somando 
seus esforços, trazendo ganhos na qualidade do produto, tempo e custos.
• Integração: tanto dentro da organização como com os demais envolvidos, in-
cluindo sistemas de informação e custeio conectados e transparentes, trazendo 
agilidade, no processo decisório e operacional.
• Flexibilidade: refere-se às condições de fornecer respostas ágeis e velozes às 
variações do mercado e às flutuações de demanda.
Mesmo sendo muitas as vantagens de uma gestão e operação integrada entre as 
empresas, existem barreiras que dificultam a implementação das práticas, pois exigem que 
elas quebrem barreiras organizacionais, muitas vezes o gerenciamento de funções que 
acabam travando processos que são fundamentais para que os processos sejam eficientes. 
23UNIDADE I Introdução a Logística 
Além disso, os hábitos, valores e costumes das pessoas podem comprometer iniciativas de 
integração da Cadeia. Pode ocorrer também problemas nos relacionamentos entre os for-
necedores, pois enquanto não haver uma integração total não é possível o funcionamento 
da Cadeia. Pode acontecer também dificuldade de encontrar bons parceiros ou até mesmo 
ausência de critérios definidos para determinar quais são os mais indicados.
24UNIDADE I Introdução a Logística 
4.3 - ESTRUTURA DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
Para se montar uma estrutura de Cadeia de Suprimentos, inicialmente deve-se 
identificar os integrantes da Cadeia. Em seguida, precisa verificar quais são as organiza-
ções que participam diretamente do processo de comercialização. As organizações devem 
ser dividas em primárias e secundárias para que seja possível identificar onde estão as 
atividades chaves. Organizações primárias são responsáveis pelas atividades operativas, 
que transformam recursos de entrada em recursos com valor agregado para o cliente final. 
Organizações secundárias fornecem para as organizações primárias, conhecimento, servi-
ços e recursos. Sendo que algumas organizações desempenham as duas funções, dentro 
da cadeia de suprimentos (AZEVEDO, 2002).
No Gerenciamento da Cadeia de Suprimento, temos os componentes que se cons-
tituem nas variáveis de gestão e que são classificados em dois tipos, componentes físicos 
e técnicos: são mais visíveis, tangíveis, mensuráveis e possíveis de serem trocados, como 
estrutura de comunicação, informação e fluxo de materiais etc., e componentes e ges-
tão e comportamento: que são menos tangíveis, visíveis,mensuráveis e compreendidos, 
podendo ser os que mais dificultam o processo de implementação de uma cadeia, como 
estruturas de poder e liderança (NOVAES, 2001).
Ainda segundo Novaes (2001), a estrutura pode ser vertical em relação aos níveis 
no processo de transformação e transporte ao longo da Cadeia, e horizontal, que aponta a 
quantidade de fornecedores ou clientes em cada nível da Cadeia, podendo ser curta (com 
poucas empresas em cada nível) ou larga (com muitas empresas em cada nível).
25UNIDADE I Introdução a Logística 
SAIBA MAIS
Área da Administração dedicada em organizar os processos de produção da empre-
sa, a Logística empresarial propõe caminhos para melhorar a operação de produção 
da empresa, de maneira que aumente a eficiência do trabalho feito e consequente-
mente a demanda e a oferta do produto. Responsável por quatro funções básicas do 
processo de produção: as de aquisição, movimentação, armazenamento e entrega 
de produtos, ajudando as empresas a terem maior eficiência na sua produção, além 
de ser uma forma de destacar a atividade da empresa no mercado competitivo e 
influenciando diretamente no processo chamado de cadeia de suprimentos de um 
produto (supply chain) (COSTA e FARIA, 2005) .
REFLITA
Tudo o que nos cerca, a roupa que estamos usando e todo nosso alimento provém de 
uma ação logística, tudo estava a centenas de kilomentros de nós, muitas vezes em 
outro países, e agora está tudo ao nosso alcance. Não eram neste mesmo formato 
e nem tinham o mesmo toque ou o mesmo gosto, porém, após vários processos 
de transformação estão agora ao nosso dispor, como isso pode ser possível? você 
acredita em mágica? Eu acredito em logística.
26UNIDADE I Introdução a Logística 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro (a) aluno (a), aqui encerramos a primeira unidade, onde estudamos juntos so-
bre essa atividade espetacular que é a Logística, tivemos a oportunidade de conhecer sua 
origem, remota da antiguidade como atividade, mas como conceito extremamente recente, 
vinda da arte da guerra para se tornar uma ferramenta de gerenciamento importantíssima 
para a sobrevivência das empresas no atual cenário mundial. 
Podemos acompanhar seu desenvolvimento ao longo da história, buscando sempre 
a redução de custos e qualidade de produto e processo, de fragmentada em seus processos 
a uma atividade integrada nos dias atuais, entendemos também que o desenvolvimento da 
Logística se deu mais intensamente, por fatores que levaram as empresas a enfrentar si-
tuações financeiras difíceis a nível mundial, ou seja, a atividade Logística se torna uma das 
mais importantes no cenário mundial como fator de competitividade para que as empresas 
se destacassem num mercado globalizado.
Como foi interessante conceituar a Logística, uma atividade completa, que planeja, 
executa e controla o fluxo de todo o tipo de materiais e informações dentro da cadeia de 
suprimentos, do ponto de origem até o ponto de destino, desta forma, ficou bem claro a 
importância da Logística Empresarial no mundo moderno, uma atividade que se tornou o 
diferencial competitivo num mercado extremamente concorrido, quem conseguir a melhor 
integração dos seus processos terá um produto mais atrativo para ser ofertado ao consu-
midor final. 
E por fim, começamos a entender o que é o SUPPLY CHAIN MANAGEMENT ou 
cadeia de suprimentos, e que o controle desta cadeia é fundamental para o sucesso de 
qualquer empresa na atualidade, pois a redução de custos, a exigência de novos produtos 
e velocidade do atendimento do consumidor final depende totalmente da integração de 
todas as etapas desta cadeia. 
Bem vindo agora ao mundo da Logística, tenho certeza que sua visão de todas as 
coisas será diferente agora, pois ao comprar um produto irá pensar em tudo o que esta 
atrás para que esse produto estivesse disponível no ponto de venda.
27UNIDADE I Introdução a Logística 
Material Complementar
LIVRO
Título: Logística Evolução na Administração – Desempenho e 
Flexibilidade
Autor: Edelvino Razzolini Filho
Editora: Juruá
Sinopse: Este livro é o único no Brasil que apresenta um históri-
co da logística e de sua evolução, focalizando-a em um contexto 
atual, explicitando as razões pelas quais ela tem sido um dos as-
suntos dominantes no universo empresarial. Estabelece um con-
ceito para Supply Chain Management, que é tema recorrente na 
logística, embora nem sempre compreendido adequadamente.
Aborda-se também o nível de serviço ao cliente, a avaliação de 
desempenho dos sistemas logísticos e a caracterização dos ser-
viços e seu significado para os processos de avaliação de desem-
penho. A obra também apresenta um tema extremamente atual e 
relevante para as organizações do século XXI: a flexibilidade dos 
sistemas logísticos.
O cenário competitivo e os estudos realizados apontam para uma 
alternativa cada vez mais viável e desejável: a flexibilidade.
FILME
Título: Cavalo de Guerra
Ano: 2011
Sinopse: Em 1914, com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, 
Joey, um belo cavalo de pelo avermelhado e uma cruz branca na 
fronte, é vendido para o Exército inglês e enviado para frentes de 
batalha na França. Lá, o destemido cavalo enfrenta o inimigo e vê 
de perto o horror das violentas batalhas. Mesmo em meio à deso-
lação das trincheiras, a coragem e a determinação de Joey sensi-
bilizam os soldados do front e ele consegue encontrar consolo e 
esperança. Seu coração, contudo, sofre com a saudade que sente 
do jovem Albert, que ele foi obrigado a abandonar... Será que ele 
nunca mais voltará a ver seu verdadeiro dono e amigo?
28UNIDADE I Introdução a Logística 
Filme
https://youtu.be/83vDQmlxGCg
Título: A Logística na Segunda Guerra Mundial
Ano: 2016
Sinopse: Relata a importância da Logística na segunda guerra mundial, focando no deslo-
camento, abastecimento e estratégias de guerras com base nas ações que garatiam todo 
o suporte para o campo de batalha.
29UNIDADE I Introdução a Logística 
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Jovane Medina. Cadeia de abastecimento no Comércio Eletrônico sob a ótica 
de redes flexíveis: um método de estruturação. 2002. 289 f. Tese (Doutorado em Engenharia 
de Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade 
Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002.
BALLOU, Ronald H. Logística empresarial. São Paulo: Atlas, 1993.
BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. 3. Ed. 
São Paulo: Saraiva, 2016.
BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J.; COOPER, M. Bixby. Logística empresarial: o 
processo de integração da cadeia de suprimentos. São Paulo: Atlas, 2007.
CHING, Yong Y. Gestão de estoques na cadeia de logística integrada: supply chain. São 
Paulo: Atlas, 1999.
CHRISTOPHER, Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: estratégias 
para redução de custos e melhoria de serviços. São Paulo: Pioneira, 1997.
FARIA, Ana Cristina de; COSTA, Maria de Fatima Gameiro da. Gestão de Custos Logísticos. 
São Paulo: Atlas, 2005.
FLEURY, Paulo Fernado et al. (Orgs.). Logística empresarial: a perspectiva brasileira. São 
Paulo;Atlas, 2000.
NOVAES, Antônio G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição: estratégia, ope-
rações e avaliação. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
PLATT, Allan Augusto. Logística e cadeia de suprimentos. Florianópolis: Departamento de 
Ciências da Administração/UFSC, 2010.
30
Plano de Estudo:
- Cadeia Logística
- Logística de Suprimentos
- Logística Interna
- Logística de Distribuição
- Canal de distribuição
Objetivos da Aprendizagem:
- Entender como se forma a Cadeia Logística 
- Compreender a Logística de Suprimentos
- Compreender a Logística Interna
- Compreender a Logística de Distribuição
- Identificar a importância do canal de distribuição
UNIDADE II
Logística e Canal de Distribuição
Professor Me. Antonio Carlos Lázaro Sanches
31UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição
INTRODUÇÃO
Caro (a) aluno (a), a cadeia de suprimentos aqui estudada nos permitirá entender 
queesta corrente formada ao longo de todo o segmento, quando bem integrada, oferece 
um diferencial competitivo às empresas, fazendo com que elas se destaquem no mercado 
globalizado. Bom, esta integração se dá pelos acordos comerciais e alinhamentos de inte-
resses e estratégias, passando a ser objetivo de toda a cadeia a satisfação plena do cliente 
final.
Uma vez alinhado esse processo, para que ele aconteça de forma a garantir o 
objetivo de toda a cadeia, surge a Logística, como forma de garantir que tudo se movimente 
dentro desta cadeia, do ponto de origem até o ponto de destino, podendo ser materiais, 
insumos, produtos em processo, produtos acabados e informações.
Essa é a finalidade da Logística suprir as necessidades dentro da cadeia de supri-
mentos, na hora certa, na quantidade certa, na qualidade certa, ao menor custo possível, 
garantido o fluxo contínuo. A essa integração no Brasil se deu o nome de Cadeia Logística.
Convido você agora a se aprofundar nesse mundo da Logística e dar mais um 
passo na busca de sua compreensão e no entendimento de sua abrangência.
32UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição
1 – CADEIA LOGÍSTICA
Falamos até aqui da cadeia de suprimentos ou Suplly Chain Management, nosso 
estudo nos permite agora entendermos que o alinhamento de fornecedores, empresa e 
cliente, trará total satisfação e sucesso ao empreendimento. Alinhar através de estratégias 
comerciais todos os elos da cadeia, ajustando qualidade, confiabilidade, velocidade e re-
dução de custos, garantirá que a parceria seja efetiva. A função da Logística dentro desta 
cadeia, de acordo com seu conceito, é o planejamento, implementação e o controle, do 
fluxo e armazenagem de materiais e informações, de forma econômica, eficiente e efetiva, 
satisfazendo as necessidades e preferências dos clientes, do ponto de origem até o ponto 
de destino (NOVAES, 2001).
Podemos dizer então que a Logística é a grande responsável por fazer algo chegar 
ao lugar certo na hora certa, podendo ser informações, materiais ou até mesmo a movimen-
tação financeira, caracterizando assim o fluxo logístico dentro da cadeia de suprimentos, 
conforme figura 04.
33UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição
Figura 04: Fluxo Logístico
Fonte: Novaes (2001, p. 38)
Essa integração do Suplly Chain Management ou cadeia de suprimentos com 
a logística resultou no que chamamos no Brasil de Cadeia Logística. Dentro da Cadeia 
Logística temos a Logística com missão de integrar os processos que vincula a empresa a 
seus clientes e fornecedores, criando assim um novo termo chamado de Logística Integra-
da. A Logística Integrada recebe as informações dos clientes e as distribuem para que a 
empresa possa organizar suas atividades em forma de vendas, previsões e pedidos, assim 
gerando suas necessidades de compras e de produção, agregando valor aos materiais 
pelo processo de produção que é finalizado com a transferência do produto acabado aos 
clientes. Temos aqui dois processos inter-relacionados, que caracterizam bem claramente 
a Logística Integrada: Fluxo de materiais e Fluxo de informações (BOWERSOX e CLOSS, 
2001).
34UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição
Figura 05: Integração Logística
Fonte: Bowersox e Closs (2001, p. 44)
O fluxo de materiais está relacionado ao gerenciamento da Logística em relação à 
movimentação e armazenagem de materiais e produtos acabados, inicia com a expedição 
inicial de um material ou componente por um fornecedor e termina com a entrega do pro-
duto pronto ao cliente, já o fluxo de informações tem por finalidade a identificação de algum 
tipo de necessidade dentro da Cadeia Logística que precise ser atendida (BOWERSOX e 
CLOSS, 2001).
Segundo Farias e Costa, (2005), com uma melhor forma de gerir dentro da Cadeia 
Logística esses fluxos de materiais e informações, a Logística Integrada que é um ma-
croprocesso, se divide em três processos básicos, sendo eles: Logística de Suprimentos, 
Logística Interna e Logística de Distribuição.
35UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição
2 – LOGÍSTICA DE SUPRIMENTOS
A Logística de suprimentos é um conjunto de atividades operacionais que englobam 
atividades como o transporte, a movimentação, a estocagem e o fluxo de informações, e 
que se repetem várias vezes ao longo do canal pelo qual as matérias primas vão sendo 
transformadas em produto acabado, aos quais se agrega valor ao consumidor. Uma vez 
que as fontes de matérias primas, fábricas, locais de venda em geral não possuem a mes-
ma localização e o canal representa uma sequência de etapas de produção, as atividades 
logísticas podem ser repetidas várias vezes até o produto chegar ao mercado (BALLOU, 
2006).
 Por isso, as atividades logísticas se repetem à medida que os produtos usados são 
transformados. Uma única empresa não tem condições de controlar integralmente seu fluxo 
de produtos da fonte de matéria prima até os pontos de consumo. Desta forma a logística 
empresarial tem em cada empresa, um controle esperando o máximo de gerenciamento 
sobre os canais físicos imediato de suprimentos e distribuição, como se mostra na figura 
06.
36UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição
Figura 06: Canais Físicos de Suprimento e Distribuição
Fonte: Ballou, 2006
Canal físico de suprimentos se refere à lacuna em tempo e espaço entre as fontes 
de materiais imediatas da empresa e seus pontos de processamento. Já o canal físico de 
distribuição se refere à lacuna de tempo e espaço entre os pontos de processamento da 
empresa e seus respectivos clientes (BALLOU, 2006).
Segundo Bowersox e Closs, (2001), a logística de suprimentos é a área que trata 
dos fluxos de matéria-prima e de produtos para a organização, sendo seu objetivo satis-
fazer às necessidades de materiais da operação. Uma boa administração da logística de 
suprimentos significa coordenar os movimentos dos suprimentos com as exigências da 
operação.
O termo logística de suprimentos representa produtos ou suprimentos que se des-
locam ao longo da seguinte cadeia:
• Fornecedores
• Fabricantes
• Distribuidores
• Lojistas 
• Clientes
A logística de suprimentos engloba todos os estágios envolvidos, de forma direta ou 
indiretamente, no atendimento de um pedido de um cliente, se inicia com o pedido de um 
cliente e termina quando o cliente satisfeito paga pela compra.
Observemos aqui que a Logística de Suprimentos não é responsável pelas negocia-
ções com os fornecedores, pois essa operação é resultante do processo de compras, mas 
sim por todo o fluxo de informações, que gera a necessidade de compras, porém, a partir da 
compra da matéria prima ou insumo, se torna responsável pelo transporte, armazenagem 
37UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição
e movimentação desta matéria prima ou insumo ao longo do processo produtivo e também 
pelo produto acabado (FARIA e COSTA, 2005).
Alguns conceitos que são empregados na logística de suprimentos são a matéria 
prima e o insumo. Matéria prima é todo o material que sofre alguma transformação, ou seja, 
o material que precisa ser transformado para que o produto seja produzido. Por exemplo, o 
algodão, que se transforma em fio e depois vira alguma peça de roupa. A matéria prima é o 
principal componente utilizado na fabricação dos produtos. Já o insumo é o tipo de material, 
máquina ou equipamento que vai servir como suporte para que o produto final seja feito, 
(BALLOU, 2006).
Os suprimentos de matéria prima e insumo são aplicados na maioria das cadeias, 
seja indústria de alimentos, automobilística e outras. A aquisição dos materiais funciona 
basicamente no planejamento de diferentes cenários antes mesmo do pedido da matéria 
prima ser feito. Avaliar os fornecedores na interação de serviços de compra, planejamento 
na previsão do tempo até a chegada do pedido e também da demanda dos materiais, ou 
seja, fazer uma análise sistêmica no pedido dos materiais que serão necessários (BERTA-
GLIA,2016). 
Algumas empresas utilizam o conceito just in time (produto certo, na quantidade 
certa e na hora da certa) como estratégia de aquisição de materiais e insumos, garantindo 
assim menores estoques, menores investimentos no processo de compra e armazenagem 
(BALLOU, 2006).
Na figura 07, podemos entender melhor o processo:
Figura 07: Fluxo dos materiais/produtos na Logística de Suprimentos
Fonte: Adaptado de Ballou, (2006)
38UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição
Entrada: O suprimento entra na cadeia como matéria prima ou insumo.
Processo: Ocorre o início da produção e pelo processo produtivo com uso do insu-
mo e da matéria prima se obtém o produto acabado.
Saída: a fase final do processo é a entrega ao consumidor, ou seja, a resposta da 
promessa da entrega referente ao valor pago pelo produto solicitado.
Feedback: É o retorno sobre a satisfação do cliente em relação ao produto adqui-
rido.
2.1 - A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA DE SUPRIMENTOS
A logística trata da criação de valor – valor este para os clientes e fornecedores da 
empresa, e valor para aqueles que têm interesses direto nela. Esse valor é manifestado 
primariamente em termos de tempo e lugar. Produtos e serviços não tem valor, a menos que 
estejam em poder dos seus clientes quando e onde eles pretendem consumi-los. Podemos 
citar como exemplo, os bares que servem bebidas e lanches em estádios de esportes. Eles 
não terão valor algum aos consumidores se não forem de fácil acesso para este público, 
em eventos esportivos e artísticos, e possuam estoques correspondentes às demandas 
característica nestas ocasiões (BALLOU. 2006).
Uma boa administração logística entende que cada atividade na cadeia de supri-
mentos como contribuinte do processo de agregação do valor. Quando se pode agregar 
pouco valor, se torna questionável a existência de determinada atividade. Porém, agre-
ga-se valor quando o consumidor está disposto a pagar, por um produto ou serviço, mais 
que o custo de colocá-lo ao alcance deles. Por isso, a logística vem se transformando num 
processo cada vez mais importante de agregação de valor (CHRISTOPHER, 2007).
As empresas gastam bastante tempo buscando formas de diferenciar suas ofertas 
de produtos em relação aos produtos da concorrência. Quando a administração reconhece 
que a Logística de suprimentos afeta uma significativa parcela dos custos da empresa e 
que o resultado das decisões tomadas quanto aos processos da cadeia de suprimentos 
proporciona diferentes níveis de serviços ao cliente, atinge uma condição de entrar de 
maneira eficaz em novos mercados, aumentar sua fatia do mercado e aumentar novos lu-
cros. Uma boa gestão da cadeia de suprimentos pode gerar vendas e não apenas somente 
reduzir custos (BALLOU, 2006).
Qualquer produto ou serviço perde quase todo seu valor quando não está no al-
cance dos clientes no momento e lugar adequado ao seu consumo. Quando a empresa 
submete-se aos custos para levar ao cliente um produto antes indisponível ou de tornar-se 
39UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição
um estoque disponível no tempo certo, cria para o cliente valor que antes não existia (BER-
TAGLIA, 2003).
A atividade empresarial cria quatro tipos de valor em produtos ou serviços: forma, 
tempo, lugar e posse. Dos quatro valores, dois são criados pela logística. A produção cria o 
valor de forma à medida que transforma insumos em resultados, ou seja, matérias primas 
convertidas em produtos acabados. A logística controla os valores de tempo e lugar, por 
meio de transporte, fluxos de informação e do estoque. O valor de posse é de responsa-
bilidade do marketing, engenharia e finanças, é criado ao induzir os clientes a adquirir o 
produto por meio de mecanismos como publicidade, suporte técnico e condições de venda. 
Como o gerenciamento da cadeia de suprimentos já engloba a produção, três desses 
quatro valores podem ser considerados de responsabilidade do gerente de Logística de 
Suprimentos (BALLOU, 2006).
Podemos entender que a Logística de Suprimentos está presente dentro de toda a 
Cadeia de Suprimentos, que tem como finalidade que o produto certo esteja na hora certa 
disponível ao cliente. Desta forma, para um melhor desempenho da Logística Integrada, 
com ganhos de valores e foco de eficiência, ela se integra a Logística Interna e a Logística 
de Distribuição que garantem um melhor fluxo de suprimentos dentro da Cadeia de Su-
primentos. Sendo assim a Logística de Suprimentos assume a função de abastecimento, 
englobando as atividades realizadas para colocar os materiais e insumos disponíveis à 
produção ou a distribuição (FARIA e COSTA, 2005).
40UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição
3 – LOGÍSTICA INTERNA
Logística interna envolve todas as atividades realizadas no suporte logístico à pro-
dução, envolvendo todo o fluxo de materiais e componentes na manufatura dos produtos 
em processo, até a entrega dos produtos acabados para a Logística de Distribuição. A 
logística interna também é definida como atividades associadas ao recebimento, ao ar-
mazenamento, controle de estoque, programação de frota, veículos e devolução para os 
fornecedores (FARIA e COSTA, 2005).
Segundo Porter (1989, p. 36) as principais características da logística interna são:
• Atendimento aos funcionários: a logística interna é responsável pelo atendimen-
to dos recursos materiais utilizados dentro da organização;
• Otimização das tarefas: a logística interna permite que haja redução no tempo 
entre as tarefas desenvolvidas pelos funcionários da empresa eliminando espa-
ços e entrega na quantidade correta;
• Interação dos demais setores da organização: quando existe necessidade 
do levantamento de recursos materiais utilizados em cada um dos setores da 
organização, propiciando dentro dos limites a padronização destes recursos, a 
logística interna aproxima os setores e discute a aplicação e o uso dos produtos 
deles na execução das tarefas.
41UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição
A figura 08 ilustra as funções da logística interna:
Figura 08: Funções da Logística Interna
Fonte: Moura (1998, p.10)
De acordo com os planejamentos de produção, esses materiais são manuseados 
e movimentados para o abastecimento das linhas de produção ou de montagem. Como 
exemplo de montagem, podemos citar o motor de um caminhão ou a entrega de sub-
conjuntos como painel de um carro à linha de produção de uma indústria automobilística, 
envolvendo processos de armazenagem, transportes e movimentação interna (FARIA e 
COSTA, 2005).
Podemos entender que uma vez recebido os materiais e insumos pelo setor de 
recebimento da empresa, fruto de uma ação da Logística de Suprimentos, é dever da 
Logística Interna, conferir, inspecionar a qualidade, armazenar e garantir o fluxo destes 
materiais e insumos, além de todas as atividades de suporte logístico, com a finalidade de 
que o planejamento de produção elaborado pela empresa seja executado, finalizando suas 
atividades na entrega do produto pronto para a Logística de Distribuição (BOWERSOX e 
CLOSS, 2001).
42UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição
4 – LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO
A Distribuição é um processo que costuma estar associado ao movimento do 
produto de um ponto de produção ou armazenagem até o cliente. Estas atividades abran-
gem as funções de gestão de controle de estoque, manuseio de materiais ou produtos 
acabados, transporte, armazenagem, administração de pedidos, analises de locais e redes 
de distribuição e outros. O retorno de produtos em bom ou mau estado também faz parte 
desse processo (BERTAGLIA, 2016).
A Distribuição é uma parte do composto de marketing (produto, preço, promoção e 
distribuição), e que através da armazenagem e transporte procura uma forma estratégica de 
agregar valor ao cliente. A Logística de Distribuição é bastante significativa nas empresas 
comerciais e industriais e tem seu processo inicial com a armazenagem, pois recebee faz 
a estocagem dos produtos acabados oriundos da fábrica, como também as embalagens 
adquiridas de terceiros (FARIA e COSTA, 2005).
Quando é feita uma venda, se inicia a primeira fase do processamento do pedido, 
ainda na área de vendas/marketing, que recebe a solicitação do pedido e o integra em uma 
sistema de informação utilizado, onde é possível verificar o estoque disponível e o crédito 
do cliente. Caso o produto não esteja disponível no estoque, o sistema de informação 
realiza a programação da produção, para que a empresa possa suprir a falta do produto 
(BOWERSOX e CLOSS, 2001).
Após efetuado o pedido, o sistema logístico de distribuição é acionado, no momento 
43UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição
em que a informação é transferida à armazenagem. Com isso, se inicia a segunda fase do 
processo do pedido, envolvendo atividades como: emissão das etiquetas de identificação 
do cliente e código de barras dos itens a serem separada, separação, conferência, embala-
gem, emissão do conhecimento de frete, faturamento, consolidação de carga e expedição 
(FARIA e COSTA, 2005).
Concluída a segunda etapa, damos início à terceira fase do processamento do pe-
dido, executada pelo transporte, que engloba as atividades a seguir para seu cumprimento: 
carregamento dos produtos, trânsito até o centro de distribuição regional, desconsolidação 
da carga, transferência croos docking (lojas que são supridas por armazéns centrais, que 
agem como coordenadores no processo de suprimentos) para transporte e entrega do 
pedido ao cliente. Assim, encerra-se o ciclo do processamento do pedido, e também as 
atividades da Logística de Distribuição (FARIA e COSTA, 2005).
O processo de distribuição tem sido foco permanente das organizações, visto que 
seus custos são elevados e as oportunidades são muitas. São discutidos modelos de dis-
tribuição para se obter vantagem competitiva e colocar os produtos, principalmente bens 
de consumo, ao alcance dos clientes. As características de distribuição apresentadas por 
setores como de bebidas e sorvetes, possuem custo alto devido a quantidade e dispersão 
dos pontos de vendas, somando-se ainda o fato de que características de temperaturas 
precisam ser relevadas, principalmente para sorvetes ou outros produtos congelados 
(BERTAGLIA, 2016).
Falando em nível de Brasil, tem-se observado grande evolução no aspecto de 
distribuição com empresas muito profissionais, tanto na armazenagem como no transporte. 
Porém, nossa infraestrutura para transporte e distribuição continua ainda centralizada em 
rodovias, e por isso aumenta os custos de transporte pela necessidade de se procurar 
meios alternativos e combinados para efetuar a distribuição dos produtos por via marítima, 
rodoviária, ferroviária e aérea (BERTAGLIA, 2016).
Surgi aqui a figura do Operador Logístico, empresas terceirizadas que buscam 
tornar parte do processo Logístico mais eficaz para as empresas, levando em conta que o 
negócio da empresa não é transporte e armazenagem, mas sim agregar valor a sua mar-
ca. Estes operadores logísticos, para serem caracterizados assim, precisam oferecer no 
mínimo três serviços: armazenagem, controle de estoques e transportes. Muitas empresas 
já terceirizam todo o seu processo logístico para operadores logístico, como o caso do MC 
Donald’s, que se utiliza da empresa Martin-Brower.
A Martin-Brower é responsável pela Gestão de compras e estoques, atendimento 
aos restaurantes, armazenagem, distribuição e transporte, transferências a outros centros 
44UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição
de distribuição no país, gestão financeira da cadeia, planejamento logístico, planejamento 
fiscal, serviço de campo e coordenação das operações de abastecimento na cadeia. Para 
efetuar essas operações, a Martin-Brower, além da estrutura de armazenagem, possui uma 
frota exclusiva de veículos com palm-tops para fornecer informações sobre a entrega, e 
uma equipe própria para essa operação, contando com todo um sistema integrado com 
fornecedores, gerenciando a operação de entrega. Todos os pedidos dos restaurantes são 
recebidos, processados e automaticamente alimentam o sistema interno da empresa para o 
abastecimento e a distribuição física aos restaurantes, além de gerar todas as informações 
necessárias para fornecedores, históricos de vendas, estatísticas e apoio a marketing.
Leia mais em: https://logisticaconcreta.blogspot.com/2016/11/a-logistica-do-mcdo-
nalds.html. Acesso em 24 de maio de 2019.
https://logisticaconcreta.blogspot.com/2016/11/a-logistica-do-mcdonalds.html
https://logisticaconcreta.blogspot.com/2016/11/a-logistica-do-mcdonalds.html
45UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição
5 - CANAL DE DISTRIBUIÇÃO
Para falarmos em canal de distribuição vamos entender primeiro que distri-
buição física é o ramo da logística empresarial que trata da movimentação, estocagem 
e processamento de pedidos dos produtos finais da empresa. É de grande relevância, 
pois seus custos representam 2/3 dos custos totais logísticos. Isto decorre das atividades 
exercidas na distribuição, que, em linhas gerais, tem a sua principal função de garantir a 
disponibilidade dos produtos finais aos clientes (BALLOU, 1993). 
Segundo Bertaglia, (2003), a distribuição física se resume a três atividades princi-
pais: recebimento, armazenagem e expedição. Sendo assim a vantagem competitiva de 
uma empresa pode estar, em como ela faz para que seu produto chegue de forma mais 
rápida, com o menor custo e com a melhor qualidade até o consumidor final.
Desta forma, a distribuição física está relacionada diretamente com a eficiência do 
transporte desenvolvido por esta empresa, que é uma atividade que não agrega valor ao 
produto, mais que vai retirar do preço de venda uma boa parcela como despesa, porém, 
contribui de forma a não diminuir o valor já agregado, disponibilizando o produto na hora 
certa, na qualidade certa e preservando sua integridade (VIANA, 2000).
Convém destacar que o que traz ao cliente satisfação, não são os custos envolvi-
dos, que precisam ser gerenciados para oferecer um preço aceitável pelo mercado, mas 
sim os níveis de serviços ofertados, esses são percebidos pelo cliente. Níveis de serviços 
em relação à disponibilidade do produto, qualidade preservada, apresentação do produto, 
46UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição
assistência técnica e serviços de atendimentos ao consumidor. O nível de serviço ofertado 
ao cliente é o resultado do sistema logístico desenvolvido pela empresa (LAMBERT e STO-
CK, 1993).
Para Viana (2000) a escolha da modalidade do transporte varia em função de 
diversos fatores, tais como: 
Tempo - que varia simplesmente pelas características de cada transporte. Custo 
- cada modalidade tem o seu próprio componente de custos, o qual implicará no valor do 
frete. 
Manuseio - cada transporte possui suas operações de carga e descarga e a emba-
lagem pode facilitar o manuseio e reduzir perdas.
Rotas de viagem - cada modalidade de transportes possui um número maior ou 
menor de viagens, a empresa pode mesclar o tipo de transporte sempre que necessário.
Sendo o transporte uma das funções mais importantes do nível de serviço logístico, 
pois este tem a finalidade de garantir o fluxo de bens entre a origem o destino da Cadeia 
Logística, a eficiência do transporte dependerá da escolha certa do modal de transporte. 
Modal de transporte é a modalidade escolhida para que o produto chegue do ponto de 
origem ao ponto de destino, e muitas vezes, se fará necessário à integração de modais 
para que essa finalidade seja atendida (BOWERSOX, CLOSS e COOPER, 2007).
Os modais de transportes segundo Platt (2010) são destacados da seguinte forma:
Rodoviário: Modal de alta flexibilidade, pois oferece o serviço porta a porta, porém 
com capacidade limitada de carga de acordo com a lotação do caminhão, recomendado para 
distâncias médias de 300 quilômetros. Apresentacusto elevado, pois precisa de motorista 
para cada veículo, além do alto consumo de combustível, sendo que a má conservação 
das estradas provoca maior desgaste e consequentemente maior manutenção. Em geral 
atende todo o tipo de mercadorias.
Hidroviário: Podendo ser classificado em: fluvial que é o transporte feito em rios, 
Lacustre que é o transporte feito em lagos e Marítimo que é o transporte feito pelo mar, 
podendo ser de Cabotagem feito entre portos de um mesmo país, ou internacional feito 
entre portos de países diferentes. De custo bem mais baixo do que as outras modalidades, 
porém, com baixa velocidade e dependente de integração com outras modalidades de 
transportes, pois o navio só chega ao porto e precisa de uma integração para que sua 
carga chegue ao destino final. Sua capacidade de transporte é bem grande e pode se usar 
o tempo de transporte como uma forma de armazenagem em trânsito.
Aéreo: Limitação de carga e custo alto caracteriza este modal, porém, para car-
gas urgentes ou produtos com alto valor agregado é muito indicado, pois apresenta uma 
47UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição
significante redução no tempo de transporte. Tendo como limitação os aeroportos precisa 
de integração de outros modais, quase sempre o rodoviário para que a carga chegue ao 
seu destino final. Esta modalidade reduz o tempo de armazenagem e administração de 
estoques.
Ferroviário: Não é um modal com muita agilidade, porém, garante custos bem 
menores que o rodoviário, além de uma concentração de carga muito grande, ótimo para 
transportes de longa distância e grandes quantidades, mas também depende de integração 
com outros modais, como o hidroviário e rodoviário.
Dutoviário: Pode ser usado para transportes de grãos, líquidos e gases, funcionam 
24 horas por dia e nos sete dias da semana. Caracteriza-se por um custo alto de construção 
e manutenção, porém depois de construídos não sofrem interrupções por fatores climáticos, 
e apresentam índices muitos baixos de perdas e danos aos produtos.
Conforme a figura 09 a matriz de transportes de cargas no Brasil se apresenta da 
seguinte forma:
Figura 09 – Matriz de Transporte de cargas no Brasil
Fonte: http://www.ilos.com.br/web/tag/matriz-de-transportes/
 Acesso em 24 de maior de 2019.
Nota-se que no Brasil temos a predominância do modal de transporte rodoviário, 
o que não contribui para que nossos custos de transportes caiam, tornando nossos pro-
dutos mais atrativos no mercado externo. A falta de investimentos nos modais ferroviários 
http://www.ilos.com.br/web/tag/matriz-de-transportes/
48UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição
e hidroviários faz com que estas opções, mesmo sendo mais baratas, não se tornem uma 
vantagem de custos de transportes para muitas empresas. 
5.1 – CONCEITO DE CANAL DE DISTRIBUIÇÃO
Segundo Novaes (2001, p. 108), os canais de distribuição constituem “conjuntos 
de organizações interdependentes envolvidas no processo de tornar o produto ou serviço 
disponível para uso ou consumo”, e que a distribuição física de produtos na realidade é 
definida a partir da escolha dos canais de distribuição referentes a determinado produto.
Na verdade sabemos que nenhuma empresa consegue isoladamente, colocar seu 
produto diretamente no ponto de venda, existe dentro deste processo de logística de distri-
buição, uma integração de várias organizações que tem uma única finalidade, a satisfação 
do cliente final. Formando uma rede logística de: “armazéns, centros de distribuição, estoque 
de mercadorias, meios de transporte utilizados, e a estrutura de serviços complementares” 
(NOVAES, 2001, p.112).
5.2 – TIPOS DE CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO
Segundo Novaes (2001), com o intuito de fazer com que o produto chegue até o 
consumidor final, os canais de distribuição são caracterizados como: verticais, híbridos e 
múltiplos. 
Os canais verticais: Compreendem um modelo em que a responsabilidade de 
cada elemento da cadeia de suprimento era vista verticalmente, ou seja, essa estrutura era 
baseada na transferência de responsabilidades de um canal a outro.
 Na figura 10 podemos verificar como se dá essa transferência de responsabilidade 
dentro dos canais verticais, ou seja, a responsabilidade vai transferindo de forma vertical 
para cada componente da cadeia. 
49UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição
Figura 10 – Fluxo de Canal Vertical
Fonte: http://universodalogistica.blogspot.com/2008/10/canais-verticais.html
Acesso: 24 de maio de 2019.
Os canais híbridos: Constituem uma estrutura menos rígida, considerando que 
algumas funções podem ser realizadas em paralelo por dois ou mais elementos da cadeia. 
Um problema apresentado neste tipo de canal se refere à duplicidade de atuação em al-
guns segmentos, como ocorre quando o distribuidor de uma determinada fábrica é também 
distribuidor de outra. Por ocorrer maior receita de uma fabrica em relação à outra, poderá 
ocasionar mais atenção à determinada fábrica e, consequentemente, maior comprometi-
mento com aquela.
Conforme podemos observar na figura 11.
Figura 11 – Fluxo de Canal Híbrido
Fonte: Novaes (2004, p. 115) 
http://universodalogistica.blogspot.com/2008/10/canais-verticais.html
50UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição
Os canais múltiplos: Se caracteriza pela utilização de mais de um canal de distri-
buição referente à cadeia de suprimento, em função dos diversos tipos de consumidor. Por 
exemplo, existem consumidores que preferem adquirir seus produtos pela internet, outros 
preferem dirigirem-se as lojas e obter atendimento e informações personalizadas acerca de 
um determinado produto. Sendo assim, as organizações devem adequar o tipo de canal 
de distribuição à sua realidade, bem como às suas necessidades de aperfeiçoamento e 
crescimento no mercado. 
Entenderemos melhor analisando a figura 12.
Figura 12 – Fluxo de Canal Múltiplo
Fonte: Novaes (2004)
A realidade da logística empresarial mostra que não existe o modelo certo, nada é 
definitivo, porém somente um estudo mais aprofundado pode levar a otimização de como 
chegar de forma mais eficiente ao cliente final. 
Destacam-se também os vários tipos de canais de distribuição definidos por Seme-
nenik e Bamossy (2009, apud Oliveira, 2012): 
Fabricante\Consumidor Final – É também conhecido como Canal Direto e não 
há, neste caso, a presença de intermediários. Aqui, o fabricante assume todas as respon-
sabilidades pela qualidade na negociação. Por um lado, existe a vantagem de o fabricante 
conhecer muito bem seu produto e ter absoluto controle sobre suas atividades de marketing. 
Por outro lado, a desvantagem consiste em um custo maior por precisar contar com uma 
51UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição
força de vendas própria. 
Fabricante\Varejista\Consumidor Final – Esse Canal Indireto é direcionado para 
fabricantes que trabalham com produtos perecíveis, produtos com demanda sazonal, ves-
tuário, livros e eletrodomésticos. Esse canal proporciona um controle maior do fabricante 
sobre seus produtos. Por um lado, existem vantagens como esforço de vendas concen-
trado, eliminação da concorrência entre fabricante e varejista, propaganda e promoção 
do produto, muito mais acessíveis ao consumidor. Por outro lado, existem desvantagens 
como responsabilidade pela distribuição física dos produtos, manutenção de estoques e 
possíveis dificuldades no processamento dos pedidos. 
Fabricante\Atacadista\Varejista\Consumidor Final – Este Canal Indireto é ideal 
para o fabricante que deseja uma grande quantidade de consumidores dispostos em uma 
grande área geográfica. Este canal tem a grande vantagem de forçar os atacadistas e va-
rejistas a trabalharem juntos com o objetivo de proporcionarem, da melhor forma possível, 
a satisfação do cliente. 
Fabricante\Agente\Atacadista\Varejista\Consumidor Final – Este Canal Indireto 
é considerado o canal mais longo na cadeia de distribuição. A principal diferença para o 
canalanterior consiste no fato de que, nesta alternativa, é função do agente intermediar a 
negociação junto ao atacadista. 
Na figura 13 fica bem claro o conceito de canal direto e indireto.
Figura 13 – Canal Direto e Indireto de Distribuição
Fonte: http://marcusmarques.com.br/estrategias-de-negocio/canais-distribuicao-melhores-caminhos-cliente-
-final/. Acesso em 24 de maior de 2019.
http://marcusmarques.com.br/estrategias-de-negocio/canais-distribuicao-melhores-caminhos-cliente-final/
http://marcusmarques.com.br/estrategias-de-negocio/canais-distribuicao-melhores-caminhos-cliente-final/
52UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição
Ainda segundo Semenenik e Bamossy (2009, apud Oliveira, 2012), temos ainda 
quatro modalidades de distribuição: 
Distribuição Extensiva – Modalidade na qual o fabricante procura distribuir seus 
produtos pelo maior número de pontos de vendas do mercado. Distribuição Exclusiva 
– Neste caso, o fabricante concede exclusividade para um intermediário distribuir seus 
produtos em uma determinada região. Distribuição Seletiva – O fabricante escolhe um de-
terminado número de intermediários, aos quais estabelece a exclusividade de um território, 
com determinação de cotas de vendas. 
Distribuição Intensiva – Esta modalidade complementa a distribuição extensiva e 
seletiva, uma vez que, quando necessário, frente a uma campanha promocional, concentra 
esforços e capital em dados momentos e em certos canais de distribuição. 
Destacamos aqui a importância dos canais de distribuição para o sucesso da 
empresa, que através de um processo de Benchmarking, deve buscar sistematicamente 
mensurar e comparar suas atividades, desempenhos, produtos e serviços com os padrões 
de empresas líderes no mercado e com seus concorrentes, fazendo com que seu foco seja 
a eficiência de atendimentos de seus clientes.
SAIBA MAIS
Serviço em logística é aquilo que agrega valor ao produto, porém, somente agrega 
valor se o produto estiver disponível ao usuário na hora e lugar onde é demandado. 
Essa relação “utilidade de tempo e lugar” que faz com que o cliente perceba o nível de 
serviço ofertado, porém, quanto mais serviços são ofertados ao consumidor, maiores 
serão os custos, então encontrar o equilíbrio é o grande desafio (LAMBERT, STOCK 
e VANTINE, 1998). 
53UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição
REFLITA
Fonte: www.antf.org.br/informacoes-gerais/ 
Analisando nossa matriz de transportes de cargas com de outros países de mesmo 
porte territorial, podemos ver que os investimentos aqui foram na modalidade ro-
doviária ao passo que nos outros países os investimentos maiores foram na malha 
ferroviária, será que isso justifica os autos custo de transportes que apresentamos?
http://www.antf.org.br/informacoes-gerais/
54UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição
Caro (a) aluno (a), aqui encerramos a segunda unidade, como já avançamos no 
entendimento da Cadeia Logística, partindo que esse termo surge de uma total integração 
conhecida como Logística Integrada, que tem como finalidade garantir o fluxo contínuo den-
tro da cadeia de suprimentos, na busca de uma melhor eficiência a Logística Integrada se 
divide em três áreas de atuação: Logística de Suprimentos, Logística Interna e Logística de 
Distribuição. Com a formação da Cadeia Logística surgem alianças e parcerias, permitindo 
trocas e compartilhamento de informações, que possibilitam planejamento e execução de 
processos com maior rapidez e segurança, trazendo benefícios como redução de custos, 
maior velocidade de atendimento dos pedidos, e oferta de níveis de serviços mais adequa-
dos às necessidades do cliente. 
Dentro da administração da distribuição física, que gere todo o fluxo de pedido dos 
clientes, encontramos a maior parte de custos logísticos, e apreendemos que o transporte 
é o grande vilão em termos de custo. E que a escolha da modalidade de transportes pode 
significar um diferencial de custos, porém, no Brasil temos várias limitações quanto à esco-
lha de modal pela indisponibilidade de modais, como o hidroviário e o ferroviário. Por fim, 
conhecemos o canal de distribuição, que dentro da distribuição física, tem a finalidade de 
fazer o produto chegar ao cliente final.
Em relação à escolha do melhor canal de distribuição quando feita com o auxilio da 
ferramenta chamada Benchmarking, garante a melhor forma de como a empresa colocará 
seu produto a disposição do cliente final, tendo sucesso e superando os seus concorrentes 
diretos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
55UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição
Material Complementar
LIVRO
Título: Logística e Gerenciamento da cadeia de Suprimentos
Autor: Martin Christopher
Editora: Cengage Learning
Sinopse: Cada vez mais se compreende a importância da gestão 
da cadeia de suprimentos excluindo o papel de ser apenas ex-
tensão da gestão da logística. O ambiente de negócios tornou-se 
muito menos previsível, exigindo que as cadeias de suprimentos 
sejam capazes de mudar rapidamente. Diante dessas premissas, 
esta obra traz reflexões atualizadas sobre a nova gestão das 
empresas baseada na demanda, anteriormente fundamentada em 
previsões; traz a sustentabilidade na cadeia de suprimentos e a 
cadeia de suprimentos do futuro, além de estudos de casos que 
garantirão a lucratividade nos negócios e a vantagem competitiva. 
As reflexões contidas nesta obra discutem um novo ambiente de 
negócios e fazem dela referência para o gerenciamento na cadeia 
de suprimentos.
FILME
Título: O Senhor das Armas
Ano: 2005
Sinopse: Yuri Orlov (Nicolas Cage) é um traficante de armas que 
realiza negócios nos mais variados locais do planeta. Estando 
constantemente em perigosas zonas de guerra, Yuri tenta sempre 
se manter um passo a frente de Jack Valentine (Ethan Hawke), um 
agente da Interpol, e também de seus concorrentes e até mesmo 
clientes, entre os quais estão alguns dos mais famosos ditadores 
do planeta.
56UNIDADE II Logística e Canal de Distribuição
REFERÊNCIAS
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/Logística empresarial. Porto 
Alegre: Bookman, 2006.
BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. 3. Ed. 
São Paulo: Saraiva, 2016.
BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São 
Paulo: Saraiva, 2003.
BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J. Logística empresarial: O processo de integração 
da cadeia de suprimentos. São Paulo: Atlas, 2001.
BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J.; COOPER, M. Bixby. Logística empresarial: O 
processo de integração da cadeia de suprimentos. São Paulo: Atlas, 2007.
CHRISTOPHER, Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos. São Paulo: 
Cengage Learning, 2007.
FARIA, Ana Cristina de; COSTA, Maria de Fatima Gameiro da. Gestão de Custos Logísticos. 
São Paulo: Atlas, 2005.
LAMBERT, Douglas; STOCK, James R. Strategic logistic management. 3. Ed. Chicago: 
Irwin/McGraw-Hill, 1993.
LAMBERT, Douglas; STOCK, James R; VANTINE, José G. Administração estratégica da 
logística. São Paulo: Vantine Consultoria, 1998.
NOVAES, Antônio G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição: estratégia, ope-
rações e avaliação. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
PLATT, Allan Augusto. Logística e cadeia de suprimentos. Florianópolis: Departamento de 
Ciências da Administração/UFSC, 2010.
PORTER, Michael E. Vantagem competitiva: Criando e sustentando um desempenho supe-
rior. São Paulo: Campus, 1989.
VIANA, João J. Administração de materiais: Um enfoque prático. São Paulo; Atlas, 2000.
OLIVEIRA, Alexandre da Silva de. Canais de distribuição como fator de competitividade. 
2012. 72 f. Trabalho de Conclusão de Curso - Universidade Federal de Minas Gerais, Es-
cola de Engenharia. Belo Horizonte, 2012.
57
Plano de Estudo:
- Logística Reversa 
- Logística e Sistemas de Informação
Objetivos da Aprendizagem:
- Compreender a Logística Reversa
- Compreender como os Sistemas de Informação auxiliam na Logística
- Identificar

Outros materiais

Outros materiais