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TÉCNICAS AUDIOVISUAIS

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TÉCNICAS AUDIOVISUAIS
Didatismo e Conhecimento 1
TÉCNICAS AUDIOVISUAIS
6. - TÉCNICAS AUDIOVISUAIS
6.1 EQUIPAMENTOS FOTOGRÁFICOS 
CONVENCIONAIS DE USO UNIVERSAL
6.2 DISPOSITIVOS DA CÂMERA 
FOTOGRÁFICA CONVENCIONAL
As câmeras fotográficas convencionais ou analógicas são na 
sua forma mais clara os equipamentos mais modernos de fotogra-
fia antes do surgimento do equipamento digital.
Por anos os avanços das tecnologias analógicas colocaram em 
questão se o surgimento do digital seria bem aceito na fotografia.
Não tem como se falar em equipamentos fotográficos sem um 
breve histórico de como eles surgiram e os avanços obtidos através 
do tempo.
O primeiro equipamento considerado máquina fotográfica, 
embora rústico ainda, foi o daguerreótipo (1839) e foi o primeiro 
a ser fabricado em escala industrial na história.
Em 1888 a Kodak nº 1 foi a primeira câmera a utilizar filme 
de rolo, destinada ao fotógrafo amador.
Em 1910 em um avanço um pouco maior, a Debrie Sept foi 
o primeiro equipamento usado tanto para o registro de imagens 
fixas, como para sequências cinematográficas.
Em 1913 a Ur-Leica foi um protótipo de câmera 35 milíme-
tros, projetada por Oskar Barnack.
Em 1932 a Contax I foi uma câmera 35mm, criada para com-
petir com a Leica e que apresentou vários avanços tecnológicos.
A Kwanon (1934) foi a primeira câmera 35mm (protótipo) do 
Japão, precedente da Canon que conhecemos hoje.
Em 1936 a Hansa Canon foi a primeira câmera 35mm fabri-
cada em série do Japão.
Em 1947 a Polaroid Model 95 foi a primeira câmera com 
filme instantânea da história, projetada por Edwin Land.
Em 1948 surgia a Nikon I, o primeiro equipamento da fabri-
cante Nikon.
A Kapsa “Pinta Vermelha” surgiu em 1950 e foi fabricada 
no Brasil.
Em 1958 a Leica MP2 foi a primeira câmera com motor elé-
trico acoplado.
Em 1959 a Canonflex foi a primeira SLR da Canon.
Em 1967 a Olympus Trip 35 foi a câmera compacta mais 
popular da década de 70.
Em 1975 a Kodak Sasson foi o protótipo da primeira câmera 
fotográfica sem filme da história.
A Pentax K1000 foi uma popular câmera SLR fabricada por 
mais de 20 anos e muito utilizada por estudantes e profissionais de 
fotografia.
A partir daí os avanços foram muitos e as câmeras profissio-
nais ou semi-profissionais utilizavam rolos de filmes fotográficos 
de 35mm com até 36 poses.
A fotografia convencional sobreviveu bem até meados dos 
anos 2000 onde as digitais passaram a dominar e as analógicas 
foram virando resquícios da história.
OS DISPOSITIVOS PADRÃO DE UMA MÁQUINA 
FOTOGRÁFICA
Todos ficamos encantados com o funcionamento de uma má-
quina digital. Com um clique você registra um momento para sem-
pre. Porém nada disso é mágica ou algo parecido, é funcionalidade 
de equipamentos e acessórios que juntos registram a cena e fazem 
a fotografia acontecer.
Existem componentes importantes em qualquer câmera, seja 
ela digital ou analógica, profissional ou amadora, que fazem a 
“magia” da fotografia acontecer.
Vamos seguir o caminho que a luz percorre ao entrar na má-
quina e entender como funciona.
- Corpo da câmera: onde estão o sensor, o obturador, o visor 
e todos os encaixes (para objetivas, flash e cabos).
- Objetiva: é, nada mais nada menos que, a alma da câmera 
fotográfica. Através da passagem da luz pelo seu conjunto de len-
tes, os raios luminosos são orientados de maneira ordenada para 
sensibilizar a película fotográfica, ou o sensor, e formar a imagem!
- Diafragma: o diafragma fotográfico é uma estrutura que se 
encontra no interior de todas as objetivas, ele tem o papel de con-
trolar a quantidade de luz que passa através dela.
- Obturador: é um dispositivo mecânico que controla a 
quantidade de luz que incide no sensor através de uma “cortina”. 
Ao acionarmos o disparador, o obturador permite que a luz passe 
e seja captada pelo sensor digital ou pelo filme, por um tempo 
ajustável. Quanto maior o tempo, mais luz alcançará o elemento 
sensível.
- Visor: é a única parte da câmera que nós somos responsáveis 
pela magia, permite ver a cena que vamos fotografar, e varia 
segundo o tipo de câmera. Se falamos de uma SLR, o visor é uma 
pequena janela na qual, através de uma série de lentes e espelhos 
colocados estrategicamente, pode-se ver a cena exatamente como 
ela será fotografada, pois os raios de luz são provenientes direta-
mente da objetiva. Em câmeras amadoras, e em algumas SLR, há 
o modo LiveView, no qual o sensor é responsável por capturar a 
cena e nos mostrar, em tempo real, a imagem no LCD da câmera 
(câmeras digitais).
- Sensor: O sensor, assim como o filme fotográfico, é o local 
para onde se direciona toda a luz recolhida pela objetiva, onde pi-
xels sensível à luz captam a cena.
Como funciona uma câmera SLR
O funcionamento das câmeras fotográficas é muito interes-
sante.
Os raios de luz passam pela objetiva, se refletem no espelho 
móvel a 45º – que se situa logo atrás da objetiva – e se refletem 
num bloco de espelhos penta prismáticos em 2 pontos. O último 
espelho do bloco leva a imagem ao visor. O foco é formado numa 
tela despolida, situada na posição horizontal entre o espelho móvel 
e o bloco penta prismático. Esta tela está posicionada na mesma 
distância do sensor.
Didatismo e Conhecimento 2
TÉCNICAS AUDIOVISUAIS
Quando apertamos o disparador, um conjunto de mecanismos 
move-se em total sincronia. O diafragma se fecha na posição pré-
-selecionada ou calculada pelo processador, no caso da câmera es-
tar em automático, o espelho móvel se levanta, fechando a passa-
gem da luz ao visor (por isto que há um escurecimento do visor no 
momento) e o obturador se abre durante o tempo pré-selecionado 
ou calculado pelo processador.
Após completar a exposição, tudo volta à posição inicial!
A figura ilustra o funcionamento de uma SLR:
MAIS SOBRE AS CÂMERAS CONVENCIONAIS E 
SEUS DISPOSITIVOS
Uma câmera fotográfica precisa, a rigor, compor-se de apenas 
alguns componentes básicos, necessários e suficientes ao processo 
de fotografia. É claro que a própria evolução dos tempos, desde 
o invento da primeira câmera, foi introduzindo novos conceitos, 
sistemas e materiais, os quais acabaram por tornar-se também in-
dispensáveis ao processo de fotografia moderno.
Embora não seja escopo do presente trabalho fazer um estudo 
pormenorizado da evolução tecnológica das câmeras fotográficas 
através dos tempos, começaremos nosso estudo através da descri-
ção de uma câmera básica esquemática, a fim de que se possa en-
tender o processo de uma forma ampla e genérica, bem como os 
principais termos utilizados.
A concepção de qualquer câmera fotográfica é a mesma. Tra-
ta-se simplesmente de uma caixa, com um pedaço de filme numa 
face e uma abertura na outra. Esta abertura é construída de forma 
a permitir que a luz entre na caixa, atingindo a superfície quimica-
mente sensível do filme. É assim que produz-se a fotografia. Todas 
as câmeras, da mais primitiva à mais sofisticada funcionam dessa 
forma. A diferença de um tipo e outro está na eficiência e simplici-
dade com que desempenham sua função.
No trabalho profissional da fotografia de produtos, são uti-
lizados todos os tipos e formatos de câmaras acompanhando as 
necessidades específicas de cada caso. Apesar do expresso acima, 
determinações de qualidade, definição e utilização final do mate-
rial fotográfico, existem alguns formatos mais apropriados para a 
fotografia de produtos com fins publicitários. Uma câmera básica 
precisa compor-se de um corpo, um visor, uma objetiva (ou lente), 
um obturador, um diafragma, o filme e um sistema de transporte do 
mesmo, e um controle de foco.
As câmaras de GRANDE FORMATO são as mais 
utilizadas pelos estúdios categorizados, fundamentalmente porque 
são câmaras que permitem basculamentos e movimentos de 
compensação de forma e perspectivajunto a rígidos controles na 
profundidade de campo.
Por outro lado, as câmaras de grande formato fornecem nega-
tivos e cromos de tamanhos que melhoram a qualidade da repro-
dução em comparação direta com as de médio e pequeno formato. 
As marcas mais conhecidas são SINAR, PLAUBEL, CAMBO, 
LINHOF, CALUMET, S&K etc.
FORMATO MÉDIO – São as câmaras com negativos de 6 × 
6 cm, 6 × 7 cm, 6 × 4,5 cm e 6 × 9 cm, etc. As marcas mais utiliza-
das e conhecidas são: HASSELBLAD, ROLLEYFLEX, BRON-
CA, MAMIYA etc.
FORMATO PEQUENO – São as câmaras conhecidas tam-
bém pelo nome de 35 mm, que utilizam filmes em rolo de 24 × 36 
mm de área, pouco utilizadas em fotos de produtos, porém, com 
uma enorme versatilidade e rapidez de manuseio, graças a um ver-
dadeiro sistema de acessórios para qualquer tipo de evento.
1 – Câmera de Visor Direto
Esse tipo de máquina compõe-se apenas de um corpo, uma ob-
jetiva de foco fixo e um obturador, mesmo se dispusesse de apenas 
uma velocidade de obturador e uma abertura, ela ainda seria ideal 
para instantâneos desde que fosse mantida a luminosidade. Nesses 
tipos de câmeras compactas, simples, pequenas, quase sempre dis-
cretas, leves e relativamente baratas, porém são suficientes para os 
temas que não fujam muito do convencional, como os instantâneos 
tirados durante as férias, por exemplo.
Então, são chamadas de câmeras de visor, aquelas máquinas 
em que o sistema de visor é independente do sistema de lentes 
componentes da objetiva. Observa-se a imagem por um ponto da 
câmera e fotografa-se a mesma imagem por outro ponto da câ-
mera. Por ser independente e fixo, o sistema de visor é projetado 
(calibrado) para apenas um tipo de objetiva, que é aquela que vem 
com a câmera, o qual não poderá ser cambiado em função da ne-
cessidade de uma diferente distância focal, por exemplo.
Apesar disso, a maior desvantagem apresentada pelas câme-
ras de visor direto, reside no problema denominado de ERRO DE 
PARALAXE. O erro de Paralaxe ocorre quando há uma diferença 
entre o tamanho da imagem vista através do visor e o tamanho da 
imagem captada pelas lentes da objetiva.
Esse fenômeno pode resultar em acidentes clássicos, como 
o corte da cabeça de uma pessoa na parte superior da fotografia 
por exemplo, já que o fotógrafo vê a cena através de um ângulo 
diferente daquele que o filme irá registrar. Só este tipo de câmera 
apresenta um defeito de paralelismo, isto é, o campo de visão do 
fotógrafo por um ponto da câmera difere do campo de visão do 
outro ponto da câmera. O fotógrafo olha uma imagem e fotografa 
outra imagem que está em paralelo da focada.
Didatismo e Conhecimento 3
TÉCNICAS AUDIOVISUAIS
O erro de paralaxe, ou seja, a omissão acidental de partes da 
cena, é um problema comum em câmeras compactas. Para evitá-
-lo, em algumas máquinas de visor de desenho mais complexo, 
isso pode ser corrigido até certo ponto, graças à uma moldura que 
foi incorporada ao visor, que se move ligeiramente durante o pro-
cesso de focalização da imagem. Basta utilizar as marcas de cor-
reção presentes no visor, pois para ajudar o fotógrafo, a maioria 
das câmeras apresentam marcas de correção no próprio visor, in-
dicando a área da cena que ficará dentro do quadro; ou então, mo-
dificar levemente a posição da câmera na hora do enquadramento. 
Tal moldura resulta da existência de um telêmetro incorporado ao 
sistema de visor.
2 – Câmera MonoReflex, Reflex de Duas Objetivas ou Ob-
jetivas Gêmeas
A câmera reflex de objetivas gêmeas (TLR – Twin Lens Re-
flex), permite trabalhar de maneira que a imagem seja projetada 
em uma superfície plana. São câmeras mais antigas que trabalham 
sempre com duas objetivas, uma em cima da outra. O fotógrafo 
olha a imagem refletida num espelho por uma das objetivas e a 
outra objetiva é que fotografa a imagem. A objetiva situada na par-
te superior permite a visualização pelo fotógrafo da cena, sendo 
portanto a objetiva de visor. A objetiva situada na parte inferior é 
responsável pela captação da imagem e registro no filme fotográ-
fico, sendo portanto a objetiva de registro. Em virtude da objetiva 
de visor não interferir diretamente na qualidade da imagem final na 
fotografia, ela não precisa ter a mesma qualidade óptica da objetiva 
de registro, apesar de que as duas objetivas devem necessariamen-
te ter distâncias focais iguais.
Tais câmeras possuem um espelho que reflete a imagem para a 
tela de focalização. Entretanto esse sistema é fixo, o que exige uma 
lente para a câmera e outra para o visor. A objetiva visor da câmera 
reflex de 2 objetivas envia a imagem do campo de visão (da cena) 
para uma tela de vidro despolido. A imagem na tela fica invertida 
em sentido lateral. Ambas, as objetivas, ficam muito próximas uma 
da outra, tornando mínimo o erro de paralaxe. Alguns modelos têm 
um indicador para a correção desse erro. Alguns modelos profis-
sionais possuem objetivas intercambiáveis, mas como é preciso 
trocar as duas ao mesmo tempo, o equipamento acaba custando 
muito caro. Além disso, esse tipo de câmera utiliza um obturador 
concêntrico, e por esse motivo, todas as lentes situadas na parte 
inferior têm seu próprio obturador embutido.
O filme usado na câmera reflex de 2 objetivas é o de rolo 
(120), do qual se obtém negativos 6 × 6 cm.
3 – Câmera Reflex ou Mono-Objetivas
A câmera mono-reflex ou “SRL – Sigle Lens Reflex”, repre-
senta o projeto mais versátil e bem sucedido de todos. A melhor 
maneira de se ver com precisão o que está sendo focalizado pela 
câmera é obviamente, olhar através da própria objetiva, enqua-
drando o motivo com exatidão e saber exatamente qual porção está 
em foco. Basta apenas uma objetiva para tirar a fotografia e tam-
bém fazer as vezes de visor, eliminando assim o problema de erro 
de paralaxe. Além disso, como o visor mostra automaticamente a 
imagem da maneira exata como ela será registrada, torna-se muito 
fácil trocar as objetivas.
É possível adaptar as máquinas reflex monobjetivas para qua-
se todos os tipos de trabalhos especiais pela facilidade de troca 
das objetivas, mesmo com a máquina carregada com filme. Seu 
funcionamento depende de um mecanismo complexo acarretando 
desvantagens óbvias, porém insignificantes. Na maioria das reflex 
mono-objetivas são utilizados filmes de 35 mm, mas o fotógrafo 
pode contar com máquinas desse tipo, em modelos de grande 
formato – como a Hasselblad, a Bronca e a Mamiya – que utili-
zam-se filmes em rolo de 120 mm, para negativos em tamanhos 
4,5 × 6, 6 × 6 e 6 × 7 cm, sendo que estas constituem o projeto mais 
aperfeiçoado atualmente.
O mecanismo reflex são dotados de um espelho reflex e um 
penta-prisma. Compõe-se de um espelho colocado a um ângulo de 
45 graus, exatamente atrás da objetiva e trabalha com o reflexo da 
imagem em outros espelhos internos. Ele envia a luz para cima, 
sobre uma retícula de focalização, a fim de formar uma imagem 
sobre a retícula de focalização. Um obturador de plano focal, situa-
do atrás do espelho, protege o filme durante o processo de focali-
zação. Depois, na maioria dos casos, a luz passa por um prisma de 
cinco fases (pentaprisma) e chega aos olhos do fotógrafo, no visor 
de contato visual direto. O penta-prisma, colocado diretamente so-
bre a retícula, reflete a imagem através da ocular e a inverte, de 
modo que sua posição é corrigida, tanto horizontalmente (direita/
esquerda) como verticalmente (para cima / para baixo), assim apa-
rece a imagem real, não invertida.
A fim de assegurar que a imagem formada sobre a retícula seja 
luminosa o suficiente para permitir não só a focalização correta 
como também uma visão clara, quase todas as máquinas mono-
-reflex são equipadas com um diafragma automático: ao invés de 
só fechar logo depois do anel da abertura ser girado, ele permanece 
completamente aberto até o momento de se bater a foto. Quando 
o disparador épressionado, tem início uma complicada sequência 
de acontecimentos no interior da câmera. Em primeiro lugar, o 
diafragma fecha-se até a abertura previamente escolhida; o espelho 
então recua, desobstruindo o caminho para a passagem da luz, por 
isso escurecendo o visor durante alguns instantes; o obturador se 
abre e expõe o filme de acordo com a velocidade selecionada; por 
fim, o espelho retorna à posição original e o diafragma abre-se 
mais uma vez.
4 – Câmera de Studio ou 4 × 5
Embora muitas vezes possuam uma quantidade assustadora de 
botões de controle, em especial no caso dos modelos profissionais 
como a Sinar, a aparência das câmeras de estúdio ainda lembra 
o formato básico das câmeras do tipo caixão, rudimentares. São 
câmeras grandes e pesadas que registram a imagem numa chapa e 
Didatismo e Conhecimento 4
TÉCNICAS AUDIOVISUAIS
que geralmente são fixas dentro dum estúdio. Elas são compostas 
por um painel dianteiro, onde se encaixa a objetiva; uma retícu-
la de focalização, situada na parte de trás (que é substituída pelo 
chassi do filme no momento de fazer a exposição); e por um fole 
vedado à luz, espécie de sanfona preta, que é o corpo da câmera, 
localiza-se entre o plano do filme e o plano da objetiva e liga essas 
duas extremidades. Em geral, tanto a parte da frente quanto a parte 
posterior da câmera são acopladas a um monotrilho. O conjunto 
de todos esses dispositivos montados exige um tripé ou outro tipo 
de apoio.
Usa-se com essas máquinas, filmes planos de formato grande, 
como o de 4 × 5 polegadas, ou até de 8 × 10 polegadas. Apesar da 
alta qualidade das emulsões fotográficas de formato menor fabri-
cadas hoje, ainda se obtém negativos com definição muito melhor 
com esses tipos de filme. A principal vantagem da câmera de estú-
dio sobre as demais reside em sua flexibilidade e no controle sobre 
a imagem.
A máquina de estúdio deve a sua flexibilidade ao movimen-
to independente de seus diversos componentes, num total de 18 
movimentos para se trabalhar com a imagem. Eles permitem criar 
mudanças na perspectiva e no foco da imagem. Em determinadas 
situações, é possível usá-los também para conseguir uma gran-
de profundidade de campo. A imagem é focada sobre um visor 
de vidro despolido, situado na parte de trás da câmera. Uma vez 
determinada a composição da foto, e efetuados todos os ajustes, 
substitui-se essa peça pelo chassi do filme, onde existe uma tampa 
corrediça vedada à luz e destinada a protegê-lo, antes e depois da 
exposição.
Geralmente, não se trabalha com a objetiva e sim com o fole. 
A lente “normal” de uma câmera 4 × 5 polegadas tem cerca de 
150 mm de distância focal. Entretanto, a pequena profundidade de 
campo dessas lentes, muitas vezes pode ser corrigida pelos movi-
mentos da câmera (báscula). Dispõe-se de uma grande variedade 
de lentes intercambiáveis, e cada uma é provida de seu próprio 
obturador central. Nestas câmeras de estúdio a luz vinda da cena 
atravessa a objetiva e incide numa tela de focalização, localizada 
na parte de trás da câmera. A imagem vista pelo fotógrafo é uma 
projeção direta da objetiva, ela está invertida (direita/esquerda) e 
de cabeça para baixo. No visor dessa câmera, tem gravadas finas 
linhas, formando um quadriculado para auxiliar a composição.
Corpo da Câmera
O Corpo da Câmera – É uma caixa que abriga as várias par-
tes e protege o filme de toda a luz, exceto a que entra através da 
lente quando se tira a fotografia.
Ocular do Visor – O visor mostra a cena que será captada em 
geral por meio de um conjunto de lentes ou da própria objetiva da 
câmera. É através desse sistema que o fotógrafo visualiza e com-
põe a cena a ser fotografada. É também através do visor que o fo-
tógrafo controlará o processo de focalização, entendendo-se foco 
como sendo o ponto em que os raios de luz, que passam através das 
lentes se convergem para formar uma imagem da cena.
O sistema de visor pode ou não ser diretamente ligado ao sis-
tema de lentes da objetiva, por hora, chamaremos de câmera de 
visor qualquer câmera cujo sistema de visor se componha de uma 
pequena janela indicativa de seu campo de visão. Um telêmetro, 
basicamente, consiste de um dispositivo óptico para medir distân-
cias e, quando é acoplado a janela comum do visor, a câmera passa 
a ser chamada de “Câmera de Visor Telemétrico”. Em virtude das 
diferenças mínimas na aparência desses dois tipos de câmeras, o 
uso dos termos visor e telêmetro tende a ser indiscriminado.
Penta-Prisma – É uma saliência que fica na parte superior 
da câmera.
Armador da Máquina, Avanço do Filme ou Sistema de Trans-
porte do Filme – Após ser feita uma foto, existe um sistema que 
transporta o filme a fim de que uma nova foto possa ser tirada (re-
petição do processo). Esse sistema pode ser manual ou automático. 
Em geral, trata-se de uma alavanca encontrada no lado direito e em 
cima da máquina. Sua função é avançar o filme de um carretel para 
o outro em câmeras de filme em rolo ou cartucho. Esse mecanismo 
consiste em armar a máquina ao mesmo tempo em que avança o 
filme. Em outros tipos, nas de chapas, há uma tenda onde se coloca 
uma chapa para cada fotografia. Algumas máquinas possuem uma 
segunda alavanca logo abaixo do armador que possibilita a sobre-
posição de fotos. Acionada esta alavanca, ela retorna ao modo ini-
cial no momento em que for armada novamente.
Alavanca de Rebobinagem – Do lado oposto ao dispositivo 
de avança do filme, existe um outro que retorna o filme para a 
bobina depois de ter terminado. Existe uma trava que solta o filme 
para que este corra livremente para a bobina sem ser danificado 
(rebobinamento do filme). A localização do sistema de transporte 
do filme varia conforme o equipamento.
Contador de Exposições
Disparador e Disparador Automático – É um dispositivo 
que, quando pressionado, aciona o mecanismo de propulsão ou ex-
posição da câmera fotográfica. Em algumas câmeras, esse disposi-
tivo possui uma trava de segurança; em outras pode ainda possuir 
um estágio que aciona um estágio de fotometragem. A função do 
disparador é acionar o obturador nas máquinas mais simples. Nas 
máquinas mais complexas o disparador aciona todo o mecanismo 
para possibilitar que a luz atinja o filme, além de acionar o obtura-
dor. Já o disparador automático auxilia o fotógrafo no caso em que 
haja dificuldade de acionar o disparador sem que a foto saia tremi-
da, e também no caso em que o fotógrafo deseja ser fotografado.
Alguns modelos de máquinas possuem um dispositivo interno 
do disparador que possibilita a conexão de um propulsor de dispa-
ro. Propulsor para uso fotográfico. Instruções de uso:
a) Os propulsores são usados para eliminar qualquer vibração.
b) Estando disponíveis em vários tamanhos 30, 50 e 75 cm.
c) Para utilizá-lo basta rosqueá-lo acima do botão de disparo 
da câmera.
d) Lembramos que não são todas as câmeras que possibilitam 
o uso deste acessório.
Plano do Filme – É uma linha onde corre o filme. Localiza-se 
atrás da câmera em paralelo com a objetiva.
Seletor de Asa ou Marcador de Sensibilidade do Filme – 
Todo filme já vem de fábrica com uma sensibilidade que é escolhi-
da pelo fotógrafo na hora da compra. ao carregar a máquina com 
Didatismo e Conhecimento 5
TÉCNICAS AUDIOVISUAIS
o filme, o fotógrafo, numa atitude que tem que se tornar mecânica, 
deverá colocar no anel de sensibilidade o valor correspondente 
com o filme comprado. Esta sensibilidade é medida por uma escala 
americana conhecida por ISO, ou uma outra escala alemã conheci-
da por DIN, que veremos mais tarde. A mais utilizada no Brasil é 
a escala ISO ou ASA. E a escala mais encontrada nas máquinas é: 
20, 32, 64, 100, 200, 400, 800, 1.600, 3.200.
Ponto Nodal – Ponto Nodal é o ponto que se tem a inversão 
da imagem, todas as imagens convertem para o mesmo ponto.
Distância Focal – É adistância física que existe entre o plano 
do filme e o ponto nodal. Numa objetiva de 50 mm, por exemplo, 
a distância do ponto nodal até o plano do filme é de mais ou menos 
5 centímetros.
Anel de Controle de Foco – Este anel encontra-se, normal-
mente, na extremidade da objetiva e tem como função, deixar a 
imagem principal, a ser fotografada, nítida e sem borrões. O fotó-
grafo tem que ter em mente que o foco é uma medida de precisão 
e este é um fato do qual o fotógrafo poderá explorar para obter 
vantagens. Essa vantagem é o foco estimado pela distância. Para 
nos auxiliar no foco, algumas máquinas possuem um recurso que 
chamamos de telêmetro.
Sapata do Flash – Encontra-se no extremo superior da má-
quina e serve como suporte para o flash ao mesmo tempo em que 
promove o contato que dispara o flash automaticamente. Caso o 
fotógrafo use um flash que não utiliza o contato de disparo, algu-
mas máquinas dispõe de um ponto de encaixe do cabo de sincro-
nismo.
Obturador – O obturador é um dispositivo que permite e con-
trola o tempo durante o qual o filme fica exposto à luz. Quanto 
mais tempo o obturador permanece aberto, mais luz atinge o fil-
me. Ele se consiste de um sistema, em geral posicionado na frente 
do plano do filme ou entre as lentes, que se abre e fecha com o 
acionamento do propulsor da câmera, fazendo desta forma que a 
luz refletida da cena a ser fotografada atinja o filme fotográfico e 
nele processe as alterações químicas responsáveis pela formação 
da imagem.
Quando o obturador está fechado, o filme não é atingido pela 
luz; porém quando se aciona o propulsor, ele se abre durante um 
tempo que pode ser especificado pelo fotógrafo em câmeras com 
mais recursos (geralmente sendo uma fração de segundo), permi-
tindo a exposição do filme à luz. A função do obturador é regular a 
luz que atinge o filme de maneira que o fotógrafo tenha a possibi-
lidade de fotografar em condições de muita ou pouca luz. A velo-
cidade do obturador controla o tempo de exposição à luz do filme 
fotográfico. O obturador não controla a luz sozinho, o controle de 
luz pelo obturador se faz de acordo com o tempo que este fica 
aberto. Através do ajuste da velocidade do obturador, ou seja, da 
velocidade de abertura e fechamento do mesmo, pode-se controlar 
o registro do movimento da cena.
Ele pode “congelar” o movimento dos objetos focados, ou 
“borrar” a trajetória desse movimento. Em outras palavras, quando 
se está fotografando um objeto em movimento, a utilização de uma 
alta velocidade de obturador, permite que se registre uma imagem 
tanto quanto possível instantânea, ou “congelada”, do objeto. Caso 
se utilize uma baixa velocidade de obturador para se fotografar um 
objeto em alta velocidade, o filme registrará a imagem do mesmo 
em várias posições de sua trajetória, pois ele andou um certo es-
paço durante o tempo em que o obturador permaneceu aberto, e 
portanto, o filme registrará uma imagem “borrada” do objeto em 
questão.
Obturador no Controle do Movimento – Sempre que um obje-
to se move em frente a uma câmera fotográfica, sua imagem, pro-
jetada sobre o filme, também se move. Se o movimento do objeto 
é rápido ou se o obturador fica aberto por tempo relativamente lon-
go, essa imagem em movimento será registrada como um borrão, 
um tremor ou uma forma confusa. Se o tempo de obturação for 
reduzido, o borrão também será reduzido ou até eliminado.
Não é apenas a velocidade com que o objeto se move que 
determina o quanto a fotografia ficará tremida ou borrada. O que 
importa é a rapidez com que a imagem percorre o filme durante a 
exposição (direção do movimento). Esse tipo de imagem pode ser 
utilizada como efeito: Efeito Movimento – um tempo de exposição 
longo pode ser usado deliberadamente para acentuar o borrão ou 
tremor, sugerindo uma sensação de movimento. Efeito Congelar – 
um tempo de exposição curto pode “paralisar” o movimento de um 
objeto, mostrando sua posição num dado momento.
Geralmente as velocidades assinaladas, na maioria das câme-
ras fotográficas modernas, obedecem uma sequência determinada 
que baseia-se na redução da exposição pela metade em cada ponto. 
A velocidade é expressa através dos números:
1s., 1/2s., 1/4s., 1/8s., 1/15s., 1/30s... 1/1000s., 1/1800s., 
1/2000s. T, B, X.
Cada número indica uma fração de segundo, respectivamente: 
o número 1 trabalha com 1 segundo; o número 2 trabalha com 
meio (1/2) segundo; o número 4 trabalha com um quarto (1/4) de 
segundo; ...; o número 1.000 trabalha com um milésimo (1/1000) 
de segundo, assim por diante. A cada ponto que subimos na escala 
de tempo, corresponde à metade do tempo anterior e analogamente 
a cada ponto que descemos, dobramos o tempo que o obturador 
permanecerá aberto. Existem pequenas irregularidades em virtu-
de de arredondamento dos números por questões de conveniência; 
por exemplo: 1/15 ao invés de 1/16. As discrepâncias são mínimas, 
entretanto.
Frequentemente encontram-se dois sinais suplementares na 
escala de velocidades do obturador: T (tempo) e B (breve). Eles 
permitem ao fotógrafo usar velocidades inferiores àquelas assina-
ladas na escala contínua. Quando o obturador é colocado em B, 
ele permanece aberto enquanto o seu propulsor for pressionado. O 
sinal T, por outro lado, indica que o obturador vai se abrir quando 
o propulsor for acionado pela primeira vez, permanecendo nessa 
posição até que o propulsor seja acionado novamente. Utilizando o 
obturador em T, o fotógrafo pode se afastar da câmera durante uma 
exposição muito demorada, por exemplo.
Tipos de obturadores – As câmeras modernas utilizam dois 
tipos principais de obturador, o obturador de plano focal (cortina) 
e o obturador concêntrico (central ou entre-as-lentes).
Didatismo e Conhecimento 6
TÉCNICAS AUDIOVISUAIS
Obturador Concêntrico ou Central – O obturador central 
consiste em pequenas lâminas que se sobrepõem quando o dispa-
rador é acionado. Estas se abrem e fecham no tempo determinado 
pelo fotógrafo, portanto, têm a forma de um diafragma. Normal-
mente o obturador central é colocado exatamente atrás da lente, no 
caso de uma objetiva simples, ou no seu interior (entre as lentes) 
na própria objetiva, próximo ao diafragma, no caso de uma obje-
tiva composta. O obturador concêntrico compõe-se de um jogo de 
lâminas de metal que são abertas e fechadas por meio de uma mola 
movimentada pelo mecanismo de transporte do filme, e este não 
possibilita grandes velocidades de obturação.
Obturador de Plano Focal ou Obturador de Cortina – Di-
ferente do obturador central, o obturador de plano focal está loca-
lizado no corpo da máquina, logo em frente ao filme, nos dando a 
vantagem de olhar através da lente facilitando a focalização. Outra 
vantagem é a de permitir a passagem da luz através da lente de 
forma que ela chegue ao visor, sem que para isso o filme tenha que 
ser exposto. Funcionam através de um sistema de duas “cortinas” 
(borracha ou metal) divididas por uma abertura em forma de fen-
da, que formam uma fresta variável de acordo com a velocidade 
selecionada pelo fotógrafo. Trabalham sempre juntas, no momento 
em que se aperta o dispositivo para a fotografia. Existem obtura-
dores de cortina que correm horizontal ou verticalmente na frente 
do plano do filme.
Obturador Dissetor – Chamado também de “palhetinha”, 
encontra-se em câmeras fotográficas simples.
Fotômetro – Para que se consiga uma fotografia bem expos-
ta, ou seja, que chegue o mais próximo possível da realidade em 
termos de tons e cores, é imprescindível que o fotógrafo use um re-
curso existente na maioria das máquinas fotográficas, o Fotômetro. 
O Fotômetro é um dispositivo destinado a medir a luminosidade da 
cena a ser fotografada com exatidão. Na sua construção, utilizam-
-se materiais como selênio, sulfeto de cádmio e silício. Os fotôme-
tros podem ser manuais (vendidos como acessórios,independente 
da câmera) ou embutidos (construídos no corpo da máquina). Os 
profissionais preferem os manuais, sobretudo quando pretendem 
um controle preciso da exposição. O fotômetro manual pode ser 
utilizado de duas maneiras:
Luz Incidente – Medindo a luz que incide sobre o tema a ser 
fotografado; e Luz Refletida – Medido na posição da máquina a 
luz refletida pelo tema. Esse último é utilizado pelas câmeras fo-
tográficas com fotômetros embutidos. Os fotômetros energizados 
por baterias funcionam de maneira que a corrente produzida pela 
pilha flua através de uma célula de sulfeto de cádmio. Atuando 
como um resistor, essa célula deixa passar maior ou menor corren-
te elétrica, conforme a luz que a atinge.
A maneira mais fácil de usar um fotômetro de luz refletida 
consiste em apontá-lo na direção da cena. Esse processo funciona 
quando os tons claros e escuros têm aproximadamente a mesma 
distribuição, pois o fotômetro indica a exposição média. No entan-
to se houver predominância de tons claros ou escuros, a exposição 
indicada pode falhar no registro de detalhes dos tons minoritários. 
O caso acima exposto é o erro de fotometragem. O fotógrafo deve 
ter cuidado também com uma medição que pode causar um outro 
erro: o contraluz.
Caso o fotômetro indique a primeira situação, ou seja, super 
exposta, então você deverá girar o anel de tempo do obturador (di-
minuindo o tempo de exposição), até que o fotômetro, esteja indi-
cando a fotometragem correta. E, caso indique a segunda, ou seja, 
subi exposta, aumente o tempo de obturação. Um número cada 
vez maior de câmeras inclui seus próprios sistemas de fotometra-
gem (medida de luminosidade). Entre eles, o mais sofisticado é 
o fotômetro de leitura direta, através da lente denominada TTL. 
Este sistema tem ligação direta com os controles do obturador e 
do diafragma, determinando a exposição por meio de um processo 
inteiramente automático.
O fotômetro manual avulso representa uma alternativa para 
os fotômetros embutidos no interior das câmeras. São de melhor 
qualidade e proporcionam maior precisão, mesmo em níveis muito 
baixos de luz. Funcionando basicamente com luz incidente, dão a 
leitura da cena desejada com bastante precisão. Já a leitura através 
de fotômetros embutidos do tipo TTL pode resultar em erros. A 
leitura com eles depende apenas do lugar para onde foi apontado. 
deste modo, se uma grande área do céu, por exemplo, for incluída 
na cena cuja luz está sendo medida pelo fotômetro, a luminosidade 
média provavelmente será muito maior do que a apresentada por 
essa mesma cena sem o céu. Nesse caso, o fotômetro indicará uma 
exposição inferior à necessária e a fotografia ficará sub-exposta.
Tipos de Fotometragem Direta Através da Lente
LEITURA MÉDIA OU INTEGRAL – Duas células fotos-
sensíveis medem a luz sobre quase toda área da retícula de fo-
calização. Esquematicamente, o sistema de funcionamento de um 
fotômetro de leitura integral, de uma câmera MonoReflex é o se-
guinte: a luz que atravessa o objetiva é refletida pelo espelho para 
o prisma. Duas células de sulfeto de cádmio, montadas uma de 
cada lado do visor, medem a luz refletida pela cena. Cada uma 
cobre metade da área do visor. Elas estão interligadas, de forma a 
fornecer uma leitura média da luz de ambas as metades da cena. 
Para determinar a exposição correta, o fotógrafo em geral observa 
um ponteiro que aparece no visor, a seguir, ajusta o diafragma ou 
a velocidade. Quando o ponteiro se alinha com um referencial, a 
exposição está corretamente regulada.
AÇÃO CENTRAL – A leitura é predisposta em relação à 
intensidade de luz no centro do visor. Num fotômetro centralizado 
típico, a luz entra na câmera através da lente, chega ao espelho 
inclinado e é refletida até o prisma, como ocorre no caso do fotô-
metro de leitura integral. Para que as áreas medidas se sobrepo-
nham, há um pequeno prisma diante de cada célula de sulfeto de 
cádmio, inclinado para o centro em relação ao prisma principal. 
Didatismo e Conhecimento 7
TÉCNICAS AUDIOVISUAIS
Desse modo, a luz que provém do centro da cena alcança ambas as 
células, predominando assim no medida do fotômetro. Como no 
caso do fotômetro de leitura integral, o fotógrafo obtém a exposi-
ção correta ajustando o diafragma ou a velocidade do obturador, 
até a agulha que aparece no visor ficar centralizada ou alinhada 
com a outra agulha.
AÇÃO RESTRITA OU SPOT – Lê apenas uma área limi-
tada no centro do quadro fugindo a quaisquer outras influências. 
Num fenômeno “spot” típico, a luz penetra na câmera através da 
lente e chega até um espelho inclinado, que tem ao centro uma 
pequena área sem prata, transparente. A maior parte da luz é re-
fletida para o visor; uma reduzida porcentagem atravessa a seção 
transparente do espelho e é dirigida para baixo, por outro espelho, 
até uma célula de sulfeto de cádmio. Esta só se sensibiliza com a 
pequena área central da foto que lhe é permitido “ver”. Na maioria 
das câmeras equipadas com um fotômetro “spot” embutido, a re-
gulagem é feita como nos de leitura integral e centralizado: ajusta-
-se o diafragma ou a velocidade do obturador, até que a agulha no 
visor indique que a exposição está correta.
6.3 EQUIPAMENTOS DE ILUMINAÇÃO: 
CARACTERÍSTICAS DA FONTE, LUZ AR-
TIFICIAL PERMANENTE, LUZ ULTRA-
-RÁPIDA (FLASH), VALORES E QUALIDADE 
DA FONTE, TEMPERATURA DE COR, MEDI-
ÇÃO E ACESSÓRIOS, VALORES QUALITATI-
VOS DO FLUXO, CORREÇÃO DE LUZ
A luz na fotografia é essencial, não só para que o processo 
aconteça, como também para criar climas, volumes e texturas. Na 
luz natural, o horário definirá a inclinação dos raios luminosos 
em relação ao objeto fotografado e dela resultará um determinado 
efeito. Com a iluminação artificial de um estúdio fotográfico, o 
efeito desejado dependerá do posicionamento das diversas fontes 
de luz e do equilíbrio entre elas. Vou falar um pouco sobre como 
podemos criar e trabalhar essas fontes de luz.
Flash ou flache:
É um instrumento utilizado em fotografia que dispara luz em 
simultâneo com a abertura do obturador. Usado em situações de 
pouca luz ou mesmo com bastante luz, ao sol por exemplo, para 
preenchimento de sombras muito fortes evitando o contraste exa-
gerado, o chamado fill flash.
Nos primeiros flash eram utilizadas lâmpadas similares as in-
candescentes de hoje, com a diferença que seu filamento era bem 
fino e muito longo que ao receber uma descarga elétrica se queima-
va. Ou seja, para cada foto era utilizada uma lâmpada. Observe em 
filmes anteriores a 1950 em que fotógrafos após a foto retiravam 
a lâmpada (normalmente de baioneta) para colocar uma nova pro-
videnciada em seu bolso do paletó — cena comum dos fotógrafos 
de jornais!
O flash eletrônico surgiu por volta de 1949. Tinha o tama-
nho de uma mala, pesava quase 8 quilogramas e utilizava 5.000 
volts de energia, por isso eram usados com cautela. Num período 
de mais ou menos 10 anos do seu surgimento usaram bobinas de 
ignição, acumuladores (baterias) para motocicletas e válvulas ele-
trônicas (tubos).
Neste período conseguiram produzir tubos que funcionavam 
com 300 ou 500 volts. Início dos anos 50, começaram a aparecer 
tubos (lâmpadas) em “U” ou circulares o que melhorou muito a 
eficiência. Em 1950 surgiu o “Sevoblitz” o primeiro flash com o 
refletor incluído. Ao surgirem as baterias de níquel-cádmio come-
çaram a fabricar os primeiros “flash de bolso”, o que reduziu em 
muito as dimensões, aliado ao aperfeiçoamento dos refletores.
Os flash se tornaram tão populares que as próprias câmeras, 
principalmente as amadoras, já os tem incorporados, alimentados 
por uma ou duas pilhas AA ou AAA, comuns, alcalinas ou recar-
regáveis.
Mais recentemente, com o surgimento ao consumo das câme-
ras digitais (segunda metade da década de 1990), os flash sempre 
estão incorporados. Nas câmeras profissionaisé opção os flash 
TTLs, inteligentes que “conversam” com a câmera ajustando seus 
disparos de acordo com os dados de abertura, velocidade, ISO, 
distância e outros. Tudo isso a velocidade de processamento de 
um chips. Chegam a disparar mais de uma vez em uma única foto, 
primeiro para calcular a luminosidade, um possível segundo dis-
paro (quando programado) para evitar o “olho vermelho” (quando 
a pupila do fotografado se “ajusta” a luminosidade) e o segun-
do ou terceiro disparo para iluminar a cena com vistas a imagem 
pretendida. Mesmo pequenos flash TTLs, possuem um “poder” de 
iluminação de 15 ou mais metros, enquanto os flash incorporados 
raramente ultrapassam a iluminação de 4 metros.
Comum também, em uso profissional, são as “tochas”, são 
flash mais fortes isolados da câmera e disparados por sinais de 
rádios ou fotocélulas (hoje quase não usadas). É comum também 
em eventos, como casamentos, e onde é exigido mais iluminação, 
os profissionais utilizarem de dois ou mais flash, conduzidos por 
auxiliares (pessoas) e disparados simultaneamente pelo rádio que é 
incorporado na câmera e envia o sinal para esses flash.
Número Guia do Flash: A capacidade de um flash é medida 
pelo chamado número guia, ou em inglês guide number, resultado 
do produto entre a distância entre a objetiva e o assunto fotogra-
fado, e a abertura necessária para correta exposição com o flash 
operando em sua potência plena.
Por exemplo, se um flash em sua potência total permite foto-
grafar um objeto a 10m com abertura 4.0, teremos: número guia = 
4.0 × 10 = 40
Similarmente, o número guia pode ser calculado em pés, ao 
invés de metros.
Ao se aplicarem filtros ou modificadores de luz (ex.: gels, 
sombrinhas, colméias, softboxes) o número guia da iluminação 
será diferente do apresentado pelo flash original (sem modifica-
ções).
Tochas eletrônicas (flashes):
Este é o nome pelo qual são conhecidos os flashes utilizados 
em diversos trabalhos profissionais. Cada tocha eletrônica é com-
posta por dois tipos de lâmpada. Uma lâmpada halógena ou de 
tungstênio conhecida como luz piloto ou lâmpada de modelagem. 
A outra, uma lâmpada de pirex ou quartzo, é o flash propriamente 
dito. A luz piloto é uma luz contínua, de temperatura de cor baixa, 
Didatismo e Conhecimento 8
TÉCNICAS AUDIOVISUAIS
e que têm por principal função simular a luz do flash propriamente 
dito. Ela fica acesa durante todo o processo de preparação da foto, 
para que o fotógrafo possa posicionar a luz e montar os devidos 
acessórios de iluminação, de forma a conseguir o resultado de-
sejado. O flash só é acionado no momento em que o obturador 
da câmera é disparado. As tochas são normalmente conectadas a 
unidades geradoras de potência.
Geradores de potência:
Unidade eletrônicas às quais podem ser conectadas até três 
tochas eletrônicas (flashes). São capazes de gerar potências que 
podem chegar a até 5000 watts. Os geradores podem ser simétricos 
ou assimétricos. Os simétricos dividem igualmente a potência de 
saída para cada uma das tochas conectadas. Já os geradores assi-
métricos possuem diferentes combinações de potência entre suas 
tochas. A conexão com a câmera é feita, normalmente, através de 
um cabo de sincronismo. Ao acionar o obturador da câmera, um 
sinal eletrônico é imediatamente enviado ao gerador que, por sua 
vez, dispara as tochas a ele conectadas.
Modificadores de iluminação:
Tão importante quanto os flashes sãos os modificadores de 
iluminação. Eles são acessórios que podem ser conectados às to-
chas eletrônicas, no intuito de alterar suas características de ilumi-
nação e, com isso, adaptar a luz do flash ao tipo de luz necessária 
para aquele trabalho. O mais comuns são:
Softbox: Acessório muito utilizado em fotografia de estúdio, 
podendo ser encontrado em diversos tamanhos e formas. Possui 
um tecido translúcido externo e, em grande parte das vezes, um 
outro tecido interno. A luz do flash, ao passar por esses dois teci-
dos, torna-se bastante suave, sendo excelente tanto para fotografia 
de produtos quanto de pessoas. Suas sombras são igualmente sua-
ves, o que possibilita grande riqueza de detalhes na imagem.
Sombrinha: A sombrinha é montada na tocha de forma que a 
luz seja direcionada à parte interna da primeira, sendo então reba-
tida e retornando ao ambiente. É muito utilizada quando se deseja 
uma luz geral, pois seu ângulo de cobertura é bastante extenso. 
Quando o interior da sombrinha é branco, a característica da sua 
luz será bastante suave, semelhante ao hazy-light. Quando pratea-
da ou dourada, a sombrinha proporcionará uma luz mais dura, sen-
do que, no último caso, a luz terá um tom mais quente (temperatura 
de cor mais baixa).
Refletor parabólico: Proporciona uma iluminação mais dire-
cionada, limitando a propagação da luz em torno da cena.
Colméia: Acoplada ao refletor, além de dar uma iluminação 
mais concentrada, proporciona uma rápida passagem entre a re-
gião iluminada e a região escura da área fotografada, criando uma 
área de iluminação arredondada e bastante definida. Este efeito é 
mais perceptível quanto mais fechado for o ângulo de seus favos.
Barn-door: Também conhecido como bandeira quádrupla, é 
também conectado ao refletor e permite direcionar e limitar a pro-
pagação da luz. Permite, ainda, o uso de gelatinas coloridas cuja 
função é alterar a temperatura de cor das fontes luminosas.
Snoot: Acessório em formato de cone que funciona como um 
concentrador de luz, muito utilizado para iluminação de pequenos 
objetos ou para pequenas áreas da cena. Pode também ser usado 
com colméias.
Rebatedores: Podem ser industrializados, em formatos diver-
sos, e nas cores branco, prateado e dourado. O primeiro proporcio-
na luzes mais suaves. O segundo, luzes um pouco mais duras, tal 
como o terceiro, que acrescenta à imagem um tom mais quente. 
Sua função é, uma vez posicionado, rebater a luz principal de for-
ma a diminuir as regiões de sombra ou, ao menos, trazer detalhes 
para as mesmas. Isopores e espelhos são também muito utilizados 
como rebatedores.
6.4 LUZ NATURAL, CARACTERÍSTICAS 
DA FONTE, VARIAÇÕES, CORREÇÃO E 
MEDIÇÃO DOS VALORES QUALITATIVOS 
DO FLUXO
Luz e fotografia
considerações iniciais
 
 Tudo o que a câmera registra se deve à luz, natural ou arti-
ficial. A própria palavra “fotografia” significa “registro da luz”. É 
um conceito tão óbvio que costuma ser esquecido, causando de-
cepções entre os amantes da fotografia. 
 Como regra geral, quando uma fotografia é sugestiva, isso se 
deve mais à luz que envolve a cena do que ao próprio tema. Pode-
-se comprovar esse fato observando-se uma mesma cena ao longo 
do dia e da noite. O motivo é praticamente igual, mas seu interesse 
varia conforme a luz que o ilumina. 
Por causa da luz, a aparência das pessoas e das coisas sofre 
uma mudança radical. Então, sem levar isso em conta, pode-se per-
der a chance de uma boa foto. 
 
A luz natural
 Em fotografia, chama-se luz natural a luz diurna emitida pelo 
Sol. Luz artificial é a que procede de fontes criadas pelo homem. 
Por ser tão acessível e gratuita, a luz natural é a mais empregada 
por amadores. Mas também tem seus inconvenientes para o fotó-
grafo: o resultado do trabalho é, às vezes, irregular. 
 Quando se trabalha em exteriores, as condições de ilumina-
ção da cena costumam variar bastante em poucos minutos. O fotó-
grafo deve adaptar-se a elas e aproveitá-las em seu favor. 
 
Qualidades da luz natural
 Do ponto de vista fotográfico, as qualidades mais importantes 
da luz são: quentura, frieza, suavidade e dureza. Diz-se que a luz 
é quente ou é fria conforme predominem as cores alaranjadas ou 
azuladas, respectivamente. 
Diz-se que a luz é suave ou é dura segundo a menor ou maior 
intensidade das sombras que ela produz. 
Didatismo e Conhecimento 9
TÉCNICAS AUDIOVISUAIS
 Asqualidades da luz natural dependem da hora do dia, das 
condições atmosféricas, da época do ano e da localização geográ-
fica do lugar fotografado. 
 Considera-se que a luz deve cumprir quatro requisitos bási-
cos: 
 
1. ILUMINAR A PESSOA OU A CENA. 
Ao incidir sobre o motivo, a luz produz sobre ele determina-
dos efeitos que permitem um bom registro; 
2. DAR INFORMAÇÃO PRECISA SOBRE O MOTIVO.
É a luz que informa acerca da textura, do tamanho, da forma e 
do entorno do motivo. A informação sobre esses elementos permite 
a correta combinação deles para um resultado mais interessante; 
3. CRIAR UM CARÁTER E DAR CLIMA À FOTOGRA-
FIA.
A luz põe em relevo as qualidades do motivo. Sugere estados 
de espíritos e cria a atmosfera de acordo com as necessidades ex-
pressivas do fotógrafo; 
4. TRANSMITIR EMOÇÕES.
A combinação adequada e sugestiva de luz e tema produz no 
observador o efeito emocional procurado. 
 
A iluminação adequada
 Uma vez analisadas as condições de luz em uma situação 
concreta, há dois aspectos fundamentais sobre os quais é preciso 
decidir, antes de bater a foto: 
1. SE A FOTOGRAFIA É TECNICAMENTE POSSÍVEL, 
de acordo com as características do filme disponível e as condições 
de trabalho existentes (clima, movimento das pessoas,...) 
2. SE A QUALIDADE DA LUZ FORNECE UMA ILUNI-
NAÇÃO CORRETA, para o caráter que se quer dar à fotografia. 
A quantidade de luz para uma tomada pode ser suficiente, mas 
quando se pretende obter um clima ou um efeito especial, pode 
acontecer de a luz não ser apropriada, embora esta avaliação não 
possa ser feita segundo critérios objetivos e quantificáveis. 
 
Ainda que seja difícil modificar as condições da luz em exte-
riores, sempre se pode variar a posição da câmera. É diferente ter 
a luz solar por trás ou pela frente, à direita ou à esquerda. Essas 
variáveis precisam ser consideradas porque, em exteriores, deter-
minar a posição da máquina significa decidir de onde virá a luz que 
vai ser utilizada na fotografia, naquele momento. 
 
A luz – uma questão física
 
 Não é necessário SABER FÍSICA para fazer boas fotografias. 
Mas é necessário a compreensão dos princípios básicos em que 
assenta a fotografia e o equipamento fotográfico para permitir uma 
melhor e mais flexível abordagem. A LUZ: pode ser manipulada 
para formar imagens. Até com uma folha de cartão com um furo 
no centro, se pode formar uma imagem.
Para usar em fotografia, deveremos compreender acerca da 
luz: 
1- características básicas da luz; 
2- efeitos da luz sobre os objetos; 
3- efeitos da luz quando se usam filtros e lentes; 
4- luz e cor; 
5- como funciona o filme fotográfico ao captar a luz; 
6- como o olho humano percebe a luz; 
7- como o equipamento percebe a luz. 
 
Propriedades físicas da luz 
 
 A luz é elemento fundamental para a fotografia. O próprio 
termo FOTOGRAFIA, quer dizer: 
FOTO = luz GRAFIA = escrever
O uso da luz permite mostrar certos aspectos de um dado obje-
to diante da câmera e suprimir outros. A luz é que canaliza a infor-
mação visual através da objetiva para o material sensível (filme). 
 Mas o que é a luz? Poderemos considerar a luz como um flu-
xo de energia radiante proveniente do sol (luz natural), ou de outra 
fonte radiante (luz artificial). 
 
Como fotógrafos, devemos sempre lembrar que a luz: 
1- se comporta como se propagasse na forma de ondas, à se-
melhança de ondas na superfície das águas; 
2- que possui diferentes comprimentos de ondas, o que dá aos 
olhos a sensação de diferentes cores; 
3- que se propaga sempre em linha reta - dentro de uma subs-
tância vulgar, de composição uniforme - podemos ver isso nos 
pontos e linhas luminosas da luz do sol; 
4- propaga-se a grande velocidade (cerca de 300km/s). Pro-
paga-se em menor velocidade no ar e menos ainda na água ou no 
vidro; 
5- comporta-se como se consistisse de fótons. Estes causam 
alterações nos materiais sensíveis fotográficos, despigmenta co-
rantes,... 
 
Os comprimentos de ondas e as cores da luz
 A luz que percebemos é apenas uma parte (espectro visível) 
da chamada faixa de radiação eletromagnética. Esta radiação en-
globa um enorme conjunto de raios, que vai do raio-x até às ondas 
de TV e microondas. 
 Os olhos humanos são sensíveis apenas a uma estreita faixa 
de radiação, que chamamos de espectro visível. Porém, existem 
equipamentos fotográficos especiais que captam imagens em ou-
tras faixas e algumas formas de radiação afetam os materiais utili-
zados em fotografia. 
 Quando uma mistura relativamente uniforme de todos os 
comprimentos de ondas é produzida, temos a luz branca. Na ver-
dade, sempre haverá o predomínio de uma outra onda, mas o olho 
humano é capaz de adaptar-se a estas flutuações. O equipamento 
fotográfico não consegue o mesmo.
Espectro visível
Raios 
– X
Raios 
UV Azul Verde Vermelho Infra-red
Ondas 
de 
RTV
Didatismo e Conhecimento 10
TÉCNICAS AUDIOVISUAIS
COMPRIMENTOS DE ONDAS E SUA CORES
400nm a 450nm Violeta – púrpuro escuro
450nm a 500nm AZUL
500nm a 580nm AZUL/VERDE
580nm a 600nm AMARELO
De 600nm a 650nm
VAI SE TORNANDO 
LARANJA ATÉ ATINGIR 
OS 700NM E FICAR 
VERMELHO
Nm (nanômetro) = igual a 1mm (um milímetro) dividido por 
1000 (mil)
A luz viaja sempre em linha reta, e, se compõe de oscilações 
eletromagnéticas de diferentes comprimentos de onda, perceptí-
veis pelo olho humano como cores distintas. Em fotografia, as fon-
tes luminosas basicamente são: 
SOL (luz natural) 
FLASH e LÂMPADAS (luzes artificiais) 
 
 O olho humano é sensível a três comprimentos de ondas, que 
chamamos de cores primárias: 
AZUL 
VERDE 
VERMELHO 
O olho é capaz de distinguir 10mil tons de cor e mais de 100 
tons de cinza. Nenhum equipamento fotográfico é capaz de chegar 
a este ponto. 
Quando os três sensores existentes no olho são estimulados 
igualmente, vemos isso como luz branca. Se há um desequilíbrio, 
por exemplo, com mais ondas (longas) vermelhas do que ondas 
(curtas) azuis, veremos o objeto avermelhado. O mesmo conceito 
de sensores de cores do olho humano é usado nos filmes em cores 
e nas câmeras de vídeo. 
 Mas para que deveremos saber tanto sobre o espectro visível? 
É preciso entender e memorizar a sequência do espectro visível, 
pois isso será útil quando precisarmos compreender como os 
filmes preto e branco reagem à luz ou quando usarmos filmes e 
filtros em cores e filtros no laboratório. 
 Vale ressaltar que TODOS os filmes fotográficos são sensí-
veis aos raios UV (ultravioletas), cujo efeito pode ser observado 
em imagens de paisagens distantes. Os raios-x e todas as outras 
radiações mais curtas, como os raios gama e outros raios cósmicos 
também afetam as películas fotográficas. 
 Alguns filmes fotográficos são produzidos para reagirem es-
pecificamente aos raios infravermelhos provenientes de ondas de 
calor, geradas por todos os seres vivos e por metais aquecidos. 
Estes filmes são empregados em aerofotografias, investigações 
científicas e operações militares. No Brasil sua venda é proibida. 
 
As sombras e a luz
 A fotografia emprega a luz diretamente emitida da fonte, cha-
mada de luz incidente, ou a luz refletida sobre um corpo, luz re-
fletida. E tão importante quanto a luz será a sombra que esta luz 
produz. 
 Se tivermos uma luz direta, de uma fonte relativamente 
“compacta” - como o sol em céu claro, uma vela ou uma lâmpada 
- esta luz será DURA e áspera e os objetos apresentam sombras de 
grande CONTRASTE.
Se antepormos uma superfície que disperse a luz, ou a refli-
ta, suavizando-a, teremos sombras também SUAVES, graduais, e, 
quanto mais perto estiver o DIFUSOR, menos contrastada ficará 
a sombra.
Isso se deve ao fato de que a luz proveniente de uma grande 
superfície não pode ser completamente obstruída pelo objeto; qua-
se todas aspartes previamente nas sombras, recebem agora pelo 
menos alguma iluminação. Isso também é válido para uma luz re-
batida numa superfície branca fosca.
A diferença entre LUZ DURA e LUZ SUAVE é o 1o degrau 
na compreensão da iluminação para fotografia, pois as sombras 
influenciam o aspecto do que se fotografa.
Quando a luz atinge a superfície
Quando a luz incide na superfície de qualquer material, o que 
ocorre dependerá:
1- do tipo de material que compõe a superfície;
2- da textura da superfície e de sua cor;
3- do ângulo de incidência da luz;
4- da composição da luz
Os objetos existentes na natureza podem ser OPACOS ou 
TRANSPARENTES. Os corpos opacos refletem parte da luz e ab-
sorvem a outra parte. Esta luz absorvida transforma-se em fraca 
energia calorífica (calor). Quanto mais escuro for o material, me-
nor será a proporção da luz refletida.
Materiais opacos e coloridos refletem os comprimentos de ab-
sorvem a maior parte dos outros comprimentos de onda presentes 
na luz, como no esquema abaixo:
Este conhecimento é extremamente necessário para entender-
mos o uso e funcionamento dos FILTROS fotográficos.
Acabamento da superfície
O acabamento da superfície a ser fotografada gera grande in-
fluência no modo como a luz se reflete. A partir desse acabamento, 
a luz pode ser:
1- absorvida
2- refletida especularmente
3- refletida difusamente
4- transmitida diretamente
5- transmitida difusamente
6- transmitida seletivamente
7- refratada
8- dispersada
Luz absorvida:
Surge toda vez que a luz atinge uma superfície negra, transfor-
mando-se em ondas de calor.
Didatismo e Conhecimento 11
TÉCNICAS AUDIOVISUAIS
Luz refletida:
Se a luz incidir numa superfície brilhante, teremos uma REFLEXÃO ESPECULAR. Se a superfície for fosca e/ou rugosa, a REFLE-
XÃO será DIFUSA. Na reflexão especular, o raio de luz é refletido no mesmo ângulo de incidência, já na reflexão difusa, os raios são refle-
tidos uniformemente, em quase todas as direções.
Se a luz incidir na superfície brilhante na perpendicular, refletirá no mesmo sentido. Nesse caso obteremos uma mancha ofuscante. Isso 
ocorre quando se fotografa com o FLASH montado na câmera e este é disparado diretamente contra um vidro ou outra superfície brilhante.
Se a luz incidir num ângulo oblíquo, seu ângulo de reflexão será também oblíquo. Deve-se usar LUZ OBLÍQUA para evitar o reflexo 
ofuscante das superfícies brilhantes.
As superfícies originam uma grande diferença no aspecto das coisas. É a partir do acabamento desta que surgem as cores, por exemplo:
Branco: surge quando os objetos refletem em todo (ou em grande parte) a luz recebida
Preto: surge quando os objetos absorvem toda a luz recebida
Cinza: se produz quando todos os raios visíveis de luz se refletem em menor intensidade.
Uma superfície negro-brilhante poderá parecer BRANCA se refletir diretamente a luz do sol (ou outra fonte) para a câmera. Se for 
iluminada a partir de um ângulo diferente, surgirá como negro, mais profundo do que uma superfície NEGRO-FOSCO.
Luz transmitida
Ocorre quando a luz “passa” através de objetos transparentes ou translúcidos. A transmissão pode ser:
- direta: quando se tratar de água, vidro, ar;
- difusa: no caso de plásticos, vidro despolido, acrílico, papel vegetal;
- seletiva: quando o raio de luz passa por um objeto translúcido colorido.
Didatismo e Conhecimento 12
TÉCNICAS AUDIOVISUAIS
Refração da luz
Ocorre quando a luz incide obliquamente num meio mais denso. No caso da luz incidir perpendicularmente, há redução da velocidade 
da luz, mas não se altera o traçado.
Dispersão da luz
Ocorre quando há uma separação dos diversos comprimentos de onda (prisma).
IMPORTANTE:
É devido à REFRAÇÃO que as lentes das objetivas desviam (inclinam) a luz, formando assim a imagem. Os objetos têm o aspecto que 
vemos devido à mistura de efeitos que produzem sobre a luz.
Intensidade da luz e a distância
A luz, principalmente quando proveniente de uma fonte pontual, tende a diminuir sua intensidade na medida em que a distância entre 
esta fonte e o objeto aumenta. Isso não ocorre com a luz solar, pois consideramos que todos os objetos sobre a face da terra estão à mesma 
distância desta fonte. A intensidade da luz é inversamente proporcional ao quadrado da distância da fonte de luz.
Isso quer dizer que se dobramos a distância, reduzimos em quatro vezes a intensidade da iluminação, porque a luz se dispersa por 4 
vezes a área.
Uma solução consiste em afastar a fonte luminosa, de modo que a relação entre a distância mais próxima e a situada mais longe tenha 
um valor mais baixo; ou substituir por outra fonte de luz difusa e maior, que provoque um menor efeito de “queda” (menos contraste entre 
as partes iluminadas e as sombras). No caso do sol, não ocorrerá este problema. Mas se fotografarmos em interiores, com uma janela como 
fonte (luz do sol penetrando pela janela), é como se tivéssemos uma lâmpada do tamanho da janela.
Didatismo e Conhecimento 13
TÉCNICAS AUDIOVISUAIS
6.5 OBJETIVAS PARA O REGISTRO 
FOTOGRÁFICO: TIPOS, CARACTERÍSTICAS 
SEGUNDO O ÂNGULO, DISTÂNCIA FOCAL, 
ABERTURA MÁXIMA E MÍNIMA RELATIVA, 
ABERRAÇÕES, PODER DE RESOLUÇÃO E 
CAMADA DE COBERTURA
LENTES OBJETIVAS: BREVE HISTÓRICO, CONCEI-
TOS E FUNCIONAMENTO BÁSICO
Uma objetiva (também conhecida como lente fotográfica, len-
te de câmera ou objetiva fotográfica) é uma lente óptica ou con-
junto de lentes usada em conjunto com um corpo de câmera e um 
mecanismo para reproduzir imagens em um filme fotográfico ou 
em outra mídia capaz de armazenar uma imagem quimicamente 
ou eletronicamente. É o elemento óptico que foca a luz da imagem 
no material sensível (filme fotográfico ou sensor digital) de uma 
câmara fotográfica.
Embora, em princípio, uma lente convexa simples seja sufi-
ciente, na prática uma lente composta constituída por um número 
de elementos de lente óptica é necessária para corrigir (sempre 
que possível) as muitas aberrações ópticas que aparecem. Algumas 
aberrações estarão presentes em qualquer sistema de lentes. É o 
trabalho do projetor de lentes equilibrar estas aberrações e produ-
zir um design que seja adaptável para uso fotográfico e possivel-
mente para produção em massa.
Não há muita diferença no princípio entre lente usada para 
uma câmera fotográfica, uma câmera de vídeo, um telescópio, um 
microscópio ou outros aparelhos, mas o design e construção deta-
lhados são diferentes.
Uma lente pode ser permanentemente fixa a uma câmera ou 
pode ser cambiável com lentes de diferentes distâncias focais, 
aberturas e outras propriedades.
As primeiras imagens permanentes produzidas por Daguerre e 
Fox Talbot em 1830 foram quase certamente feitas utilizando uma 
lente convexa dupla simples a qual era de uso comum na época 
em Câmeras escuras. Como a fotografia foi se desenvolvendo, as 
lentes simples foram substituídas por pares acromáticos tirados de 
objetivas de telescópios. Em 1840 Chevalier, um óptico parisiense, 
e Wollaston na Grã-Bretanha desenvolveram os meniscos acromá-
ticos. Contudo em 1841 a Voigtländer e o professor Petzval de 
Viena desenvolveu e vendeu comercialmente a primeira lente de 
retrato que compreendia um dístico planoconvexo cimentado sepa-
rado por um diafragma fixo de um dístico no fundo. Modificações 
deste design rapidamente entraram em produção por Dallmeyer e 
Grubb. Em 1885, as lentes que possuíam um dístico intermediário 
em vez de um diafragma foram introduzidas e se tornaram o mo-
delo para o tripleto de Dallmeyer que teve a inspiração para muitas 
lentes desde então.
As objetivas podem estar embutidas no corpo da câmara 
(como numa câmara compacta) ou podem ser intermutáveis (como 
em câmaras SLR). A objetiva permite controlar a intensidade da 
luz que a atravessa (abertura) através do diafragma, permitindo 
maiores ou menores exposições à luz. A aberturaé medida em nú-
meros-f. f/2, f/2.8, f/4, f/5.6, f/8, f/11, f/16, f/22 (números maiores 
correspondem a menores aberturas). A distância focal (medida em 
milímetros) de uma objetiva indica o seu grau de ampliação da 
imagem e o seu ângulo de visão. Uma objetiva de 50mm, diz-se 
uma objetiva normal e corresponde aproximadamente ao ângulo 
de visão do olho humano. Todas as distancias focais abaixo de 
50mm são consideradas grande angular, pois oferecem um maior 
ângulo de visão, e todas as distancias focais acima dos 50mm são 
consideradas teleobjetiva, pois têm um ângulo de visão inferior e 
aproximam a imagem. As objetivas podem ter apenas uma distân-
cia focal, comumente chamadas de “focal fixa” ou simplesmente 
“fixas”, ou permitir um intervalo de distâncias focais, como por 
exemplo 28-80mm. Estas últimas denominam-se zoom.
LENTES E OBJETIVAS
Tipos de Lentes
Lentes são elementos ópticos, feitos de vidro ou plástico, ca-
pazes de dirigir ou desviar os raios de luz. Existem dois tipos bá-
sicos de lentes:
Lentes Convergentes (positivas)
Dirigem os raios de luz para um ponto central. Quanto mais 
espessa e curva for a superfície de uma lente, maior será sua capa-
cidade de desviar a luz. Isto é medido como sua distância focal – a 
distância do centro da lente até o ponto no qual convergem os raios 
paralelos nela incidentes. Quanto menor for a distância focal da 
lente, mais desviada será a luz.
Lentes Divergentes (negativas)
Desviam os raios de luz a partir de um ponto central para um 
ângulo mais aberto.
Objetivas
A objetiva é um acessório da câmera fotográfica e um dis-
positivo óptico composto de um conjunto de lentes utilizado no 
processo de focalização ou ajuste de foco da cena a ser fotogra-
fada. Ela é responsável pela angulação do enquadramento e pela 
qualidade ótica da imagem. A objetiva á a interface entre a cena e 
o filme fotográfico e suas características implicarão diretamente na 
qualidade da fotografia.
Do conjunto de lentes componentes, resultará uma distância 
focal resultante, a qual será a distância focal da objetiva.
Ela é a parte mais importante de qualquer câmera. para uma 
boa fotografia é indispensável uma boa objetiva. Sua qualidade é 
avaliada pela sua definição e nitidez da imagem. Embora uma ob-
jetiva seja de boa qualidade, pode não se prestar ao que se pretende 
realizar com ela.
A característica que mais distingue uma objetiva de outra é a 
distância focal - distância existente entre a objetiva e o plano de 
foco, quando a objetiva está focada para o infinito (uma grande 
distância, da qual os raios de luz chegam na objetiva praticamen-
te paralelos). É comum definir-se uma objetiva por sua distância 
focal ou por sua distância focal relativa (normal, curta e longa).
A distância focal da objetiva também controla a ampliação 
(tamanho da imagem produzida pelas lentes) e o ângulo de visão 
(a porção de cena inclusa na imagem). Uma objetiva de curta dis-
tância focal (lente mais fina), desvia bastante os raios de luz. estes 
Didatismo e Conhecimento 14
TÉCNICAS AUDIOVISUAIS
focam, portanto, bem perto da objetiva e formam uma imagem pe-
quena do objeto focado. Já uma objetiva de grande distância focal 
(lente mais grossa), desvia pouco os raios de luz, portanto, maior 
será a ampliação da imagem e mais longe das lentes ela se formará.
Ao se utilizar uma objetiva de grande distância focal, teremos 
um ângulo de visão menor e, portanto, maior será o tamanho re-
lativo do objeto focalizado. Com uma objetiva de menor distância 
focal, teremos um maior ângulo de visão e, portanto, a fotografia 
abrangerá uma maior porção de cena na qual o objeto focalizado 
aparecerá com um tamanho relativo mais reduzido.
Para entender tal fenômeno, pode-se pensar naquilo que acon-
tece quando fazemos um círculo utilizando nosso polegar e o dedo 
indicador. À medida que afastamos o círculo de nossa vista, vamos 
reduzindo nosso ângulo de visão, abrangendo, desta forma, uma 
porção de cena cada vez menor. Já, à medida que o aproximamos 
da vista, mais porção de cena conseguimos ver através dele, pois o 
ângulo de visão é maior.
Basicamente, existem três tipos de objetivas:
- as grande-angulares que, quando radicais, levam o nome de 
olho-de-peixe (fish eye),
- as normais
- e as teleobjetivas.
Também existem lentes especiais Zoom e Macro.
Para saber classificá-las, é necessário descobrir a objetiva nor-
mal, mas, para isso, temos que aprender o que é distância focal. 
Quando a imagem entra na câmera escura, ocorre sua inversão e 
é desse ponto até o plano do filme que medimos a distância focal 
de uma objetiva.
Se calcularmos a diagonal no fotograma que a janela do obtu-
rador produz e transportarmos essa medida para a distância focal, 
teremos uma normal, ou seja, uma objetiva onde as relações de 
distância não se alteram. Ex.: A diagonal do fotograma 35 mm é 
de, aproximadamente, 43 milímetros; assim, sua objetiva normal 
seria uma 43 mm, mas no caso da 35 mm, aceita-se a 50 mm como 
normal por uma questão de mercado e pela sua facilidade de cons-
trução.
Uma vez descoberta a normal, toda objetiva que tiver uma 
distância focal maior será uma tele e a que tiver distância focal 
menor será uma grande-angular.
Sempre que se fala em fotografia de produtos, fala-se em qua-
lidade e muito deste conceito está contido na escolha apropriada 
das objetivas.
Como se sabe, uma objetiva será normal para seu formato de 
câmara, quando a distância focal (DF) da mesma é aproximada-
mente igual ao valor da diagonal do formato, ou seja, em uma 4 × 
5 sua normal terá 150 mm de distância focal, numa 5 × 7 a normal 
será de 210 mm de DF e para 8 × 10 a DF normal será de 300 mm.
Nas câmaras de formato médio são normais objetivas com 
distâncias focais de 75 mm, 90 mm, respectivamente para forma-
tos de 6 × 6 cm e 6 × 9 cm. Nos pequenos formatos, 50 mm é a 
distância focal normal.
Na escolha de objetivas para produtos, devemos possuir uma 
normal, uma grande angular média e algumas de distâncias focais 
maiores que a normal (TELES).
Todas as objetiva deverão ser tratadas para correção cromá-
tica, assim como corrigidas todas as aberrações fundamentais 
(esférica etc.). Uma boa definição e luminosidade acrescentarão 
qualidade e maneabilidade no trabalho diário.
Quando falamos de características, cada objetiva, por sua 
construção, tem as seguintes diferenças:
Distorção de borda: Causada pelo arredondamento das 
lentes.
Profundidade de Campo: Alterada pela mudança de distancia-
mento ou aproximação do enquadramento.
Luminosidade: Para uma objetiva ser bastante luminosa, é ne-
cessário que ela tenha um diafragma bem aberto, mas, para isso, 
é preciso que ela seja construída com material de boa qualidade 
(portanto, mais cara), caso contrário, não será possível uma grande 
abertura.
Foco mínimo: É a menor distância na qual se obtém foco.
Relação de planos: As objetivas alteram a relação de distância 
de acordo com o enquadramento escolhido.
Em geral, uma típica objetiva fixa possui dois anéis: o de 
abertura (o mais próximo do corpo da câmera), e o de foco que 
mostra as distâncias em que o motivo está da câmera (em metros 
e polegadas). A escala de profundidade de campo fica localizada, 
geralmente, entre esses dois anéis. Dessa forma, assim que se re-
gula a abertura e o foco de uma cena, já se pode ter uma noção da 
extensão que ficará em foco na frente e atrás do motivo principal.
Explicando melhor: depois de escolher o motivo, faça o foco 
e selecione uma abertura, por exemplo F=16. Procure em seguida, 
na escala de foco, os números que indicam as distâncias relativas 
à abertura F=16: uma delas deve indicar a distância mais próxima 
e a outra, a mais distante. Dentro destes dois intervalos, qualquer 
coisa deverá ficar em foco.
Anel de Escala de Abertura do Diafragma: 2 – 2.8 – 4 – 5.6– 
8 – 11 – 16 – 22
Anel de Escala de Profundidade de Campo: 22, 16, 8, 4 <> 4, 
8, 16, 22
Escala de Distância – foco em metros (m): 0.45 – 0.5 – 0.6 – 
0.8 – 1 – 1.5 – 2 – 3 – 10
Escala de focos em pés (ft). Um (1) metro é igual a 3.28 pés e 
1 pé é igual a 0,3048 metros:
1.55 (0,5 m) – 1.8 (0,55 m) – 2.2 (0,7 m) – 3 (0,9 m) – 4 (1,2 
m) – 6 (1,8 m) – 8 (2,4 m) – 15 (4,6 m)
Tipos de Objetivas
Como já dissemos, a principal característica que distingue 
uma objetiva de outra é a sua distância focal. Neste sentido, exis-
tem três tipos básicos de objetivas: normal, teleobjetiva e grande 
angular.
Normal ou Padrão:
Quando a distância focal de uma objetiva (linha pontilhada) 
é aproximadamente igual à diagonal do negativo (linha traceja-
da), considera-se esta objetiva “normal”. Quando apontada para 
Didatismo e Conhecimento 15
TÉCNICAS AUDIOVISUAIS
um motivo (que está simbolizado, no desenho, através do círculo), 
capta raios luminosos num ângulo de aproximadamente 50° – o 
mesmo do olho humano projetando-os contra o filme sob o mesmo 
ângulo.
A objetiva normal (ou Standart) possui uma distância focal 
(linha pontilhada) aproximadamente igual à diagonal do filme ou 
negativo utilizado (linha tracejada). Por exemplo, uma objetiva de 
50 mm é normal para uma câmera de 35 mm, cuja diagonal do 
negativo mede cerca de 45 mm. Quando apontada para o motivo, 
capta raios luminosos num ângulo de aproximadamente 46° graus 
– o mesmo ângulo útil do olho humano – projetando-os contra o 
filme sob o mesmo ângulo.
São as objetivas de 35 mm, 45 mm, 50 mm e 55 mm. Geral-
mente para as objetivas de 50 mm, mais ou menos 3 metros já é 
considerado infinito.
Teleobjetiva ou Objetiva de Foco Longo:
Numa teleobjetiva, a distância focal (linha pontilhada) é con-
sideravelmente maior que a diagonal do filme ou negativo utiliza-
do (linha tracejada). Assim, a luz entra na máquina segundo um 
ângulo mais agudo que o da visão humana, o que permite obter 
uma imagem muito aumentada de uma pequena área. O ângulo de 
visão é mais restrito. Para uma câmera de 35 mm, por exemplo, 
uma lente de 135 mm proporciona um ângulo de visão de cerca 
de 16° graus.
As teleobjetivas aproximam as cenas (aumentam o tamanho 
da imagem) e reduzem a quantidade de cena que será incluída no 
filme, permitindo trabalhos a longas distâncias. A profundidade de 
campo é bastante reduzida e também é diminuída a sensação de 
perspectiva entre os planos da cena.
Para as câmeras de 35 mm, usam-se muito e com bons resul-
tados: lentes de 105 mm; enquanto para as máquinas Reflex 6 × 6 
cm a teleobjetiva correspondente é a de 200 mm. São as objetivas 
de 210 mm até 2.000 mm. O ângulo de visão é fechado. A Teleob-
jetiva é usada para integrar um indivíduo ao ambiente.
Grande-Angular:
Aqui, a distância focal da objetiva (linha pontilhada) é cerca 
de 2/3 da diagonal do negativo (linha tracejada). Isto a define como 
uma grande angular, pois proporcionam um maior ângulo de visão. 
As objetivas do tipo grande angular tem um ângulo de visão de 75° 
graus, ou cerca de 50% mais do que o olho pode ver nitidamente 
olhando o mesmo objeto. A distância focal mais comum de uma 
grande angular para uma câmera 35 mm é de 28 mm; para uma 
Reflex de duas objetivas, seria de 55 mm. Por exemplo, uma obje-
tiva de 28 mm para uma câmera de 35 mm, o ângulo de visão é de 
cerca de 73% graus.
A relação acima implica em uma profundidade de campo 
maior em comparação a uma objetiva normal, além do que pers-
pectivas mais acentuadas, podendo, em alguns casos, distorcer os 
cantos da imagem. É importante notar que uma objetiva de 50 mm, 
que é normal para uma câmera 35 mm, é uma grande angular para 
uma câmera 120.
São as objetivas de 4 mm, 6 mm, 12 mm, 16 mm, 18 mm, 20 
mm, 24 mm, 28 mm e 40 mm. Usada para ambientes amplos inter-
nos ou externos. A mais usada é a objetiva de 28 mm, que fotografa 
um ângulo de quase 90 graus.
Didatismo e Conhecimento 16
TÉCNICAS AUDIOVISUAIS
As objetivas de grande-angular são usadas para se fotogra-
far uma imagem com ângulo grande e na qual não se tem muito 
espaço físico para se trabalhar. Em fotos com grande-angular é 
preferível usar uma objetiva fixa ao invés de outra com zoom, pois 
pode-se tremer ao fotografar a imagem.
Semi-Teleobjetiva:
São as objetivas de 60 mm, 70 mm, 100 mm, 105 mm, 120 
mm, 135 mm, 180 mm, 200 mm. Perfeitas para capturar fotos de 
um ângulo mais alto, ou ainda quando se quer capturar os detalhes 
de um assunto sem ter que se aproximar demais.
Aberração óptica
As aberrações em sistemas ópticos (lentes, prismas, espelhos 
ou uma série destes com a finalidade de produzir uma imagem 
nítida) geralmente levam a uma degradação da imagem. Ocorrem 
quando a luz proveniente de um ponto de um objeto não converge 
para (ou não diverge de) um único ponto, em seguida, transmitidos 
através do sistema. Os instrumentistas precisam corrigir estes sis-
temas para compensar as aberrações.
Perspectiva geral
As aberrações dividem-se em duas categorias:
Aberrações monocromáticas, que são produzidas sem disper-
são. Estas incluem aberrações em superfícies refletoras de qual-
quer cor (ou comprimento de onda, de acordo com a região do 
espectro eletromagnético em que se está trabalhando), e as aber-
rações de luz monocromática de um único comprimento de onda.
Aberrações cromáticas: onde um sistema dispersa os diferen-
tes comprimentos de onda da luz.
Poder de resolução das Lentes Objetivas
Em óptica, poder de resolução ou poder resolvente refere-se 
à capacidade que as lentes têm de separar as imagens de objetos 
próximos (por exemplo, duas linhas paralelas). O poder de reso-
lução de um microscópio é estimado pelo seu limite de resolução, 
ou seja a menor distância entre dois pontos para que eles apareçam 
individualizados.
As objetivas são formadas por uma associação de lentes in-
seridas num suporte metálico e têm gravadas na parte externa a 
sua abertura numérica e a ampliação. A ampliação proporcionada 
pelo microscópio óptico deve-se em geral a uma conjugação do 
poder de sistemas de objetivas e do sistema ocular a ser usado; 
ex: 40x objetiva, 10x oculares, dá 40x10 = 400x de ampliação. A 
ampliação que se pode utilizar é limitada pelo poder de resolução, 
além do qual as imagens começam a perder qualidade. Calcula-se 
o limite de resolução d com a fórmula de Abbe d = λ /(2NAobj), 
sendo:
a) λ o comprimento de ondas electromagnéticas de luz que 
atinge a objetiva (a luz visível varia entre o violeta a 400 nm e o 
vermelho a 700 nm, em que 1 nm = 0,001 μm), e
b) NA a abertura numérica (NA) da objetiva. A NA é uma 
característica específica dos sistemas de lentes, e calcula-se pela 
fórmula NA = n. sen(α), sendo n o índice de refração do meio 
percorrido pela luz entre o foco e a lente, e α o semiângulo de 
abertura do feixe de luz que atinge a lente colocada à distância 
focal do objeto.
Assim, com luz visível e uma objetiva com NA 1,40, o limite 
de resolução teórico será entre 0,14 e 0,25 μm (em rigor, o valor 
de λ de referência para material de vidro é 589 nm, por isso o 
limite de resolução correspondente seria 0,21 μm). Para atingir-se 
o valor nominal desta NA, porém, é necessário que o meio entre 
o objeto e a objetiva tenha o índice de refração semelhante ao do 
vidro, para isso usando-se óleo de imersão, cujo n é 1,51, (nar = 
1, baixando a NA para 0,93, donde limites entre 0,21 e 0,38 μm), 
por isso estas objetivas têm gravada a palavra “Oil”. A maioria 
dos meios de montagem especializados (glicerina, PVP, e resinas 
hidrofóbicas como o Bálsamo do Canadá, DPX e Entellan) têm n 
cerca de 1,5, contribuindo também para atingir-se o limite nominal 
(n
água
 = 1,333).
Também se melhora a qualidade da imagem colocando um 
filtro azul antes do condensador, que corrige a radiação incidente 
rica em tons

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