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DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior DESENHO DE CONJUNTO Paralelepípedo retângulo ligado em uma canaleta: 3 possibilidades e deslocamento. Corpo livre: 12 possibilidades de deslocamento, isto é, 6 graus de liberdade dos quais 3 em translação segundo os eixos cartesianos x,y,z, e 3 em rotação em torno destes mesmos eixos. Apoio plano simples: movimento qualquer no plano e acima dele. Apoio plano com centragem: movimento de rotação e possível translação em um único sentido. Apoio plano com guia prismática trapezoidal: somente translação ao longo da direção da guia. Apoio plano com guia prismática paralela: translação ao longo da direção da guia ou para o alto. União prismática: somente translação na direção do eixo. União cilíndrica: translação na direção do eixo e rotação 21 DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior DESENHO DE CONJUNTO União cônica: translação em um sentido e rotação. No caso representado na figura, o anel elástico impede somente a translação e a união resulta provisória. Conexão indireta por obstáculo obtida empregando uma lingüeta. Conexão indireta por obstáculo realizado com cavilhas cilíndricas. União mediante perfil acanalado: somente translação na direção do eixo. A cavilha da manivela é rebatida após a montagem, obtendo assim uma conexão completa por obstáculo. CONEXÕES POR OBSTÁCULO MEDIANTE ÓRGÃOS PADRONIZADOS Conexão indireta por obstáculo efetuada mediante contra-pino e copilha. Conexão indireta ou completa por obstáculo obtida mediante rebitagem. 22 DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior DESENHO DE CONJUNTO Conexão cubo-eixo mediante chaveta longitudinal. Imobilização completa eixo-cubo de roda mediante chaveta transversal, parafuso e porca. Imobilização completa eixo-cubo de roda mediante parafuso sem cabeça, com hexágono encaixado na extremidade de ponta cônica. Imobilização em translação e liberdade em rotação. A chaveta transversal e o encunhamento no eixo imobilizam completamente o eixo com o cubo d roda. Imobilização completa eixo-cubo de roda mediante pino elástico. Exemplos de ligações de duas peças com p Parafuso, porca e anel calibrado. Parafus Imobilização completa anel-eixo mediante pino cônico. Imobilização em rotação e liberdade em translação mediante parafusos de extremidade cilíndrica e canaletas. osicionamento relativo mediante: o calibrado e porca. Parafuso, porca e bucha calibrada. Imobilização em translação e liberdade em rotação. 23 DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior DESENHO DE CONJUNTO A solução a) não é correta porque esta conexão não permite a distribuição uniforme do jogo entre os diâmetros d1 e d2 do eixo e do tampão, o que é obtido somente com a solução b). Exemplo de junta rígida a discos: a) A conexão é obtida fechando entre os dois discos um anel intermediário em dois pedaços mediante uma coroa de parafusos calibrados. b) As forças de atrito que se geram desta serragem entre as faces dos discos devem ter o máximo braço possível, com o fim de transmitir o máximo momento de torção em relação à tensão exercida pelos parafusos. Trata-se ainda de uma conexão típica mista por atrito dos parafusos e por obstáculo dos dois semi-anéis de centragem. 24 DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior DESENHO DE CONJUNTO 25 DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior DESENHO DE CONJUNTO 18 01 PORCA M8 17 01 CHAVETA 10 X 8 X 56 16 01 EIXO PINHÃO AÇO NB 1040 34 06 PINO NBR6430 6 X 15 15 01 VEDADOR SNH 207 IC 33 01 PORCA FIX KM 10 14 01 TAMPA ROLAM FOFO 32 01 TAMPA ROLAM FOFO 13 01 CAIXA FOFO 31 01 EIXO COROA AÇO NB 1030 12 04 PORCA SEX M16 30 01 CHAVETA PAR 12 X 8 X 80 11 04 ARRUELA A 16 29 01 VEDADOR FEL SNH 209 TC 10 04 PARAF CAB SEX M16 X 70 28 01 ARRUELA TRAV MB 10 09 01 TAMPA FOFO 27 01 ROLAM AUT CO 1211 E 08 12 PARAF CAB SEX M10 X 35 26 01 TAMPA ROLAM FOFO 07 01 PARAF ARGOLA M20 25 01 ROLAM RIGIDO SKF 6209 06 01 BUJÃO ½” 24 01 CORÔA AÇO NBR 4524 05 06 PARF. CAB ESC M3 X 12 23 01 ROLAM RIGIDO 6211 04 01 VISOR ACRILICO 22 01 CHAVETA PAR 18 X 11 X 50 03 01 MOLDURA AÇO NB 1020 21 01 TAMPA ROLAM FOFO 02 12 PARF. CAB. SEX M8 X 35 20 01 ROLAM AUT CO 1209 E 01 01 BUJÃO ¾” 19 01 ARRUELA TRAV M8 X 8 POS QDE DENOMINAÇÃO MATERIAL/DIM. POS QDE DENOMINAÇÃO MATERIAL/DIM 26 DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior REPRESENTAÇÃO E DESIGNAÇÃO DE ROSCAS TRAPEZOIDAL EM DENTE DE SERRA REDONDA RETANGULAR TRIANGULAR TIPOS DE PERFIL CILINDRICA CÔNICA EXTERIOR (MACHO) INTERIOR (FÊMEA) DE FIXAÇÃO MOVIMENTO ESPECIAL UNIFILAR MULTIFILAR DIREITA FORMAS DE SUPERFÍCIE POSIÇÃO MODO DE UTILIZAÇÃO Nº DE FIOS SENTIDO DA HÉLICE ROSCA ESQUERDA 27 DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior REPRESENTAÇÃO E DESIGNAÇÃO DE ROSCAS TRIANGULAR TRAPEZOIDAL EM DENTE DE SERA TIPOS DE PERFIL FORMAS DE SUPERFÍCIE CILINDRICA CÔNICA RETANGULAR 28 Universidade São Francisco DESENHO TÉCNICO MECÂNICO Ivo Giannini CCET AUXILIADO POR COMPUTADOR Rosangela De Sordi Afonso REPRESENTAÇÃO E DESIGNAÇÃO DE ROSCAS EXTERIOR (MACHO) U POSIÇÃO INTERIOR (FÊMEA) DE FIXAÇÃO MOVIMENTO MODO DE TILIZAÇÃO ESPECIAL 29 Universidade São Francisco DESENHO TÉCNICO MECÂNICO Ivo GianniniCCET AUXILIADO POR COMPUTADOR Rosangela De Sordi Afonso REPRESENTAÇÃO E DESIGNAÇÃO DE ROSCAS UNIFILAR Nº DE FIOS MULTIFILAR DIREITA ESQUERDA SENTIDO DA HÉLICE 30 Universidade São Francisco DESENHO TÉCNICO MECÂNICO Ivo Giannini CCET AUXILIADO POR COMPUTADOR Rosangela De Sordi Afonso REPRESENTAÇÃO E DESIGNAÇÃO DE ROSCAS ROSCA É UM CANAL COM FORMATO HELICOIDAL APLICADO EM EIXOS, PARAFUSOS, HASTES, ETC... QUE POSSIBILITA FIXAÇÕES DESMONTÁVEIS, TRANSMISSÃO DE MOVIMENTO E FORÇA ALÉM DE OUTRAS APLICAÇÕES. CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS S N s F N A im R R Obtemos uma hélice cilíndrica, combinando o movimento de rotação do cilindro com o de translação de um ponto numa geratriz. Como os dois movimentos são uniformes e simultâneos, temos: A0A1 = p = A1A2 = A2A3 = .... Elementos característicos de uma rosca: - d= diâmetro do cilindro - p= passo - α= ângulo entre os flancos do filete - dn= diâmetro do núcleo - b= comprimento da rosca ÉRIES DE UM SISTEMA DE ROSCAS Tome-se um cilindro girando e uma ferramenta de perfil ou seção triangular cortando-o. O resultado será uma rosca externa. as NORMAS DE ROSCAS encontramos valores de passos variáveis. Para um mesmo diâmetro, a érie de maior passo denomina-se COMUM e as outras de menor passo, são chamadas de Séries INAS. ORMAS OU SISTEMAS DE ROSCAS s roscas diferenciam-se pelo sistema de unidade de medidas e pela forma de perfil. Em uma norma, é portante a forma correta de ESPECIFICAÇÃO, ou seja, como indicar a ROSCA NO DESENHO, e sua EPRESENTAÇÃO SIMPLIFICADA. EPRESENTAÇÃO SIMPLIFICADA DE ROSCAS. 31 Universidade São Francisco DESENHO TÉCNICO MECÂNICO Ivo Giannini CCET AUXILIADO POR COMPUTADOR Rosangela De Sordi Afonso REPRESENTAÇÃO E DESIGNAÇÃO DE ROSCAS Uma rosca é caracterizada pelo diâmetro nominal e pelo passo. Qualquer tipo de rosca é representado graficamente da mesma forma, portanto o que finaliza a sua representação é a designação, que faz parte da cotação e deve ser feita conforme norma. Representação simplificada de roscas Rosca externa Rosca externa em corte Rosca interna passante Rosca interna não passante Montagem O sistema de rosca métrica ISO (NBR 9527) apresenta quatro séries, sendo a série 1 de passo normal e as 2,3 e 4 de passo fino. Quando a rosca designada for de passo fino deve-se informar o passo na designação. Exemplos de cotação 32 Universidade São Francisco DESENHO TÉCNICO MECÂNICO Ivo Giannini CCET AUXILIADO POR COMPUTADOR Rosangela De Sordi Afonso DENOMINAÇÕES E PERFIS DE ROSCAS ROSCAS PADRONIZADAS NAS NORMAS BRASILEIRAS (Transcrição parcial da norma NBR 11701) DENOMINAÇÃO PERFIL (DESENHO) SÍMBOLOS / EXEMPLOS DE DESIGNAÇÃO NORMA BRASILEIRA DIÂMETROS EM MM OU TAMANHOS APLICAÇÃO PRINCIPAL OUTRAS NORMAS CORRESPONDENTES Rosca métrica ISO M(A) M8-LH M8 NBR 9527 1,6mm a 300mm Elementos de fixação (parafusos e porcas). ISO 68, 262, 965, 724. DIN 13 BS 3643 Rosca para tubos onde a vedação é feita pela rosca R, Rp ou Rc. R 1/2 (B) Rp 1/2 Rc 1/2 NBR 6414 1/16” a 6” Tubos conexos fundidos roscados, bujões e metais sanitários. ISO R7/1 DIN 2999 BS 21 JIS B 0203 Rosca para tubos onde a vedação não é feita pela rosca G ou G...A G1/2 (interna) G1/2 A (externa) NBR 8133 1/16” a 6” Eletrodutos, conexões roscadas e metais sanitários. ISO 228/1 DIN ISO 228/1(D) BS 2779 JIS B 0202 Rosca métrica cônica M... cônica M8x2 cônica ou M8x2PB981 PB-981 6mm a 60mm Graxeiras, bujões e conexões de alta pressão. DIN 158 Rosca Edson E E27 EB 42 14mm a 27mm Lâmpadas e fusíveis. DIN 40400 BS 98 Rosca trapezoidal Tr Tr40x14 Tr40x7P7(D) NBR 5868 8mm a 300mm Rosca de movimento ISO 2401 a 2404 DIN 103 BS 5346 JIS B 0221 Rosca auto- atarraxante ST ST3,5 PB-353 1,5mm a 9,5mm Parafusos auto- atarraxantes para chapas e plásticos. ISO 1478 DIN 7970 BS 4174 Rosca NPT para tubos NPT ½ - 14NPT NBR12912 1/16” a 24” Tubos, conexões e similares. ANSI / ASME B.1.20.1 (A) Para rosca esquerda usar o símbolo internacional LH = Lefthand (B) A norma ISO exige a citação da Norma da rosca, p.ex., R1/2 ISO7,para evitar confusão com a antiga DIN 259. (C) Após o símbolo e o diâmetro nominal ou tamanho da rosca segue o avanço Ph, seguido da letra P e o passo da rosca em mm. 33 Universidade São Francisco DESENHO TÉCNICO MECÂNICO Ivo Giannini CCET AUXILIADO POR COMPUTADOR Rosangela De Sordi Afonso 34 (D) Esta Norma substitui a DIN 259 EXERCÍCIOS Completar o desenho e cotar as roscas seguindo as indicações 1. Furo roscado passante M12 2. Furo roscado passante M10 x 1 3. Furo roscado não passante M16 – profundidade da rosca 20mm 4. Furo roscado não passante M18 x 1,5 – profundidade da rosca 20mm 5. Rosca externa métrica fina – série 3, comprimento roscado 20mm Rosca externa métrica normal 6. Furo roscado passante, rosca métrica normal Φ 14mm 7. Furo roscado passante, rosca métrica normal Φ 14mm DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior ELEMENTOS NORMALIZADOS São elementos de construção mecânica freqüentemente utilizados, para os quais foram elaboradas normas técnicas que fixam suas características, dentre elas formas e dimensões. Os Elementos Normalizados são representados nos desenhos de conjunto, designados nas listas de componentes e não necessitam de desenho de detalhe. Na designação ou denominação destes elementos devem constar: • Nome, • Norma técnica e • Dimensão(ões) de especificação (De). EXEMPLOS • Parafuso com cabeça sextavada e rosca total Norma técnica: NBR 10107 De: diâmetro nominal da rosca x comprimento Parafuso com cabeça sextavada e rosca total NBR 10107 M16 x60 • Parafuso com cabeça sextavada e rosca parcial Norma técnica: NBR 10087 De: diâmetro nominal da rosca x comprimento Parafuso com cabeça sextavada e rosca parcial NBR 10087 M10x40 • Parafuso de cabeça cilíndrica com sextavado interno Norma técnica: NBR 10112 De: diâmetro nominal da rosca x comprimento Parafuso de cabeça cilíndrica com sextavado interno NBR 10112 M8 x30 • Parafuso de cabeça cilíndrica com fenda Norma técnica: NBR 10113 De: diâmetro nominal da rosca x comprimento Parafuso de cabeça cilíndrica com fenda NBR 10113 M6 x20 • Parafuso prisioneiro Norma técnica: NBR 13251 De: diâmetro nominal da rosca x comprimento Parafuso prisioneiro NBR 13251 M12 x80 35 DESENHO TÉCNICO II Cláudioda Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior • Porca sextavada 8852 Porca sextavada NBR 8852 M20 Arruela lisa : NBR 12657 a Arruela lisa NBR 12657 - 8 Arruela de pressão 854 minal da rosca Arruela de pressão NBR 5854 A 10 Anel de retenção para eixos x espessura Anel de retenção NBR 10096 – 40 x 1,75 Anel de retenção para furos x espessura Anel de retenção NBR 10097 – 36 x 1,5 Pino cilíndrico BR 6430 al x comprimento Pino cilíndrico NBR 6430 A 10 x 50 Chaveta paralela 6375 x comprimento Chaveta NBR 6375 – A 10 x 8 x 36 Norma técnica: NBR De: diâmetro nominal da rosca • Norma técnica De: diâmetro nominal da rosc • Norma técnica: NBR 5 Forma: A ou B De: diâmetro no • Norma técnica: NBR 10096 De: diâmetro nominal do eixo • Norma técnica: NBR 10097 De: diâmetro nominal do furo • Norma técnica: N Forma: A, B ou C. De: diâmetro nomin • Norma técnica: NBR Forma: A, B ou C. De: largura x altura 36 DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior EXERCÍCIOS . Completar o desenho do rasgo de chaveta (forma B) do eixo. do. . Fixar os dois flanges através de parafusos cabeça sextavada diâmetro 10mm, arruela lisa e porca gnação dos itens normalizados. 1 Cotar o alojamento da chaveta. Especificar o elemento normaliza 2 sextavada. Fazer a desi 37 DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior TOLERÂNCIAS E AJUSTES (SISTEMA ISO) NBR 6158 GENERALIDADES O sistema ISO de tolerâncias e ajustes é relativo às tolerâncias para dimensões de peças uniformes e os ajustes correspondem a sua montagem. Para simplificar, somente as peças de seção circular são previstas explicitamente. No entanto tudo que se diz a respeito deste tipo de peças aplica-se integralmente a todas peças uniformes. Em particular “furo” e “eixo” são termos convencionalmente utilizados para designar características internas ou externas de uma peça qualquer: largura de um rasgo, espessura de uma chaveta, etc. TOLERÂNCIA Pela inevitável imprecisão dos processos de fabricação, uma peça não pode ser executada rigorosamente a um dimensão fixa, mas para que ela cumpra a sua função, é suficiente que ela esteja entre dois limites admissíveis e a diferença entre eles constitui a tolerância. DEFINIÇÕES Dimensão Número que expressa em uma unidade particular o valor numérico de uma dimensão linear. Dimensão nominal Dimensão a partir da qual são derivadas as dimensões limites pela aplicação dos afastamentos superior e inferior. Dimensão efetiva Dimensão de um elemento obtido pela medição. Dimensões limites Dimensões máxima e mínima admissíveis de um elemento dentre as quais se encontra a dimensão efetiva. Elemento Parte em observação de uma peça. Afastamentos fundamentais Diferença algébrica entre uma dimensão (dimensão efetiva, dimensão limite, etc.) e a correspondente dimensão nominal. Afastamento superior Furo: ES = Dmax - Dnom Eixo: es = Dmax - Dnom Afastamento inferior Furo: EI = Dmin - Dnom Eixo: ei = Dmin - Dnom Afastamento fundamental Afastamento que define a posição do campo de tolerância com base na linha zero. Linha zero Na representação gráfica é a materialização da cota nominal. Por convenção, já que a linha zero é uma reta desenhada horizontalmente, os afastamentos positivos são mostrados acima e os negativos abaixo da mesma. Campos de tolerância Em uma representação gráfica das tolerâncias, é o campo compreendido entre as duas linhas, representando as dimensões máxima e mínima, é definido pela magnitude da tolerância e sua posição relativa à linha zero. 38 DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior TOLERÂNCIAS E AJUSTES (SISTEMA ISO) NBR 6158 TOLERÂNCIA Diferença entre a dimensão máxima e a mínima, ou seja, diferença entre o afastamento superior e o afastamento inferior. A tolerância é um valor absoluto, sem sinal. Tolerância padrão (IT) Qualquer tolerância pertencente a este sistema. O símbolo IT significa International Tolerance Graus de tolerância padrão (IT) Grupo de tolerâncias considerado como correspondente ao mesmo nível de precisão para todas as dimensões nominais. Os graus de tolerância padrão são designados pelas letras IT e por um número. O sistema prevê um total de 20 graus de tolerância padrão, IT1, IT2, ..., IT18 são de uso geral. IT01 e IT0 são dadas para fim de informação. Valores dos graus de tolerância padrão. Para furos e eixos, ver tabela 1. Posição dos campos de tolerância A posição é definida pelo valor normalizado dos afastamentos fundamentais e é função da dimensão nominal, mas na maioria dos casos a posição do campo de tolerância é independente do grau de tolerância padrão. Furos O valor do afastamento fundamental é representado por letras maiúsculas (uma, ou por vezes duas) A, B, C, CD, ..., Z, ZA, ZB, ZC. Eixos O valor do afastamento fundamental é representado por letras minúsculas (uma, ou por vezes duas) a, b, c, cd, ..., z, za, zb, zc. Observações: O afastamento fundamental é nulo para as posições H e h. As letras I, i, L, l, O, o, Q, q, não são usados para evitar confusão com 1 ou 0 (zero). Para JS e js : afastamentos limites ( ES e EI ou es e ei ) são iguais ao grau de tolerância padrão dividido por dois, ou seja, + ITn/2 O quadro ao lado apresenta a representação esquemática dos afastamentos fundamentais. Valores dos afastamentos fundamentais. Para eixos, ver tabela 2. Para furos, ver tabela 3. 39 DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior TOLERÂNCIAS E AJUSTES (SISTEMA ISO) NBR 6158 Classe de tolerância Combinação de letras representando o afastamento fundamental, seguida por um número representando o grau de tolerância padrão. Exemplo: H7 (furos), h7 (eixos). Valores dos afastamentos superior e inferior Ver tabelas das páginas 8 e 9. Eixos Furos ei = es – IT ou es = ei + IT ES = EI + IT ou EI = ES – IT AJUSTES Relação resultante da diferença, antes da montagem, entre as dimensões de dois elementos a serem montados. Ajuste com folga Ajuste no qual sempre ocorre uma folga entre o furo e o eixo quando montados, isto é, a dimensão mínima do furo é sempre maior ou, em caso extremo, igual à dimensão máxima do eixo. Ajuste com interferência Ajuste no qual ocorre uma interferência entre o furo e o eixo quando montados, isto é, a dimensão máxima do furo é sempre menor ou, em caso extremo, igual à dimensão mínima do eixo. Ajuste incerto Ajuste no qual pode ocorrer uma interferência ou uma folga entre o furo e o eixo quando montados, dependendo das dimensões efetivas do furo e do eixo, isto é, os campos de tolerância do furo e do eixo se sobrepõem parcialmente ou totalmente. SISTEMA DE AJUSTES Sistema compreendendo eixos e furos pertencentes a um sistema de tolerâncias. Eixo-base Sistema de ajustes no qual as folgas ou interferênciasexigidas são obtidas pela associação de furos de várias classes de tolerâncias com eixos de uma única classe de tolerância. Neste sistema a dimensão do eixo é idêntica à dimensão nominal, isto é, o afastamento superior é zero. Furo-base Sistema de ajustes no qual as folgas ou interferências exigidas são obtidas pela associação de eixos de várias classes de tolerâncias com furos de uma única classe de tolerância. Neste sistema a dimensão mínima do furo é idêntica à dimensão nominal, isto é, o afastamento inferior é zero. 40 DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior 41 COTAÇÃO As tolerâncias devem ser escritas imediatamente após a cota nominal, acima e levemente destacadas da linha de cota, disposta de modo a serem lida pela base ou pelo lado direito do desenho e com caracteres de altura menor que os da cota. No desenho as folgas jamais são representadas. Se as tolerâncias são indicadas por símbolos ISO os elementos da cota devem ser escritos na seguinte ordem: cota nominal - símbolo ISO - valores dos desvios, entre parênteses, se necessário. Os desvios devem ser escritos um sobre o outro, levando em consideração que se deve escrever o desvio superior acima e o desvio inferior abaixo, seja para os furos como para os eixos. Nos desenhos de fabricação é conveniente indicar, além do símbolo ISO da tolerância, também o valor dos desvios. Se as tolerâncias são indicadas mediante valores numéricos os elementos da cota devem ser escritos na seguinte ordem: cota nominal - valores dos desvios. Os desvios devem ser escritos um sobre o outro, levando- se em consideração que se deve escrever o desvio superior acima e o desvio inferior abaixo, tanto para furos como para eixos. Se os desvios da tolerância estão dispostos simetricamente em relação à cota nominal, escreve-se uma só vez o valor absoluto dos dois desvios precedidos pelo sinal ±. Os desvios são, em regra, indicados na mesma unidade de medida da cota nominal. Se os desvios são indicados com unidade de medida diferente da adotada para a cota nominal, deve ser escrita em seguida aos valores dos desvios a unidade supra e indicar a unidade de medida também após a dimensão nominal. DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior AJUSTES USUALMENTE UTILIZADOS Furos H6 H7 H8 H9 H11 Casos para emprego Eixos (afastamento) Eixos (IT) c 9 11 Peça onde o funcionamento necessite de uma grande folga. (dilatação, mau alinhamento, etc) d 9 11 e 7 8 9 Casos comuns de peças que giraram ou deslizam em anéis ou guias. (deve-se assegurar boa lubrificação) f 6 6-7 7 P eç as m óv ei s um a em re la çã o à ou tra Peças com guia precisa para movimentos de pequena amplitude g 5 6 h 5 6 7 8 Montagem possível à mão js 5 6 k 5 Desmontagem e remontagem possível sem danificar as peças O acoplamento não pode transmitir esforços Montagem por golpe m 6 Montagem com prensa p 6 s 7 u 7 x 7 P eç as im óv ei s um a em re la çã o à ou tra Desmontagem impossível sem danificar as peças O acoplamento pode transmitir esforços Montagem com prensa ou por dilatação z 7 Graus de tolerância padrão mais utilizados 42 DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior TABELA 1 – Graus De Tolerância Padrão DIMENSÕES GRAUS DE TOLERÂNCIA PADRÃO PARA DIMENSÕES ATE 3150 mm > ≤ 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 0 3 0,8 1,2 2 3 4 6 10 14 25 40 60 100 140 250 400 600 1000 1400 3 6 1 1,5 2,5 4 5 8 12 18 30 48 75 120 180 300 480 750 1200 1800 6 10 1 1,5 2,5 4 6 9 15 22 36 58 90 150 220 360 580 900 1500 2200 10 14 1,2 2 3 5 8 11 18 27 43 70 110 180 270 430 700 1100 1800 2700 14 18 1,2 2 3 5 8 11 18 27 43 70 110 180 270 430 700 1100 1800 2700 18 24 1,5 2,5 4 6 9 13 21 33 52 84 130 210 330 520 840 1300 2100 3300 24 30 1,5 2,5 4 6 9 13 21 33 52 84 130 210 330 520 840 1300 2100 3300 30 40 1,5 2,5 4 7 11 16 25 39 62 100 160 250 390 620 1000 1600 2500 3900 40 50 1,5 2,5 4 7 11 16 25 39 62 100 160 250 390 620 1000 1600 2500 3900 50 65 2 3 5 8 13 19 30 46 74 120 190 300 460 740 1200 1900 3000 4600 65 80 2 3 5 8 13 19 30 46 74 120 190 300 460 740 1200 1900 3000 4600 80 100 2,5 4 6 10 15 22 35 54 87 140 220 350 540 870 1400 2200 3500 5400 100 120 2,5 4 6 10 15 22 35 54 87 140 220 350 540 870 1400 2200 3500 5400 120 140 3,5 5 8 12 18 25 40 63 100 160 250 400 630 1000 1600 2500 4000 6300 140 160 3,5 5 8 12 18 25 40 63 100 160 250 400 630 1000 1600 2500 4000 6300 160 180 3,5 5 8 12 18 25 40 63 100 160 250 400 630 1000 1600 2500 4000 6300 180 200 4,5 7 10 14 20 29 46 72 115 185 290 460 720 1150 1850 2900 4600 7200 200 225 4,5 7 10 14 20 29 46 72 115 185 290 460 720 1150 1850 2900 4600 7200 225 250 4,5 7 10 14 20 29 46 72 115 185 290 460 720 1150 1850 2900 4600 7200 250 280 6 8 12 16 23 32 52 81 130 210 320 520 810 1300 2100 3200 5200 8100 280 315 6 8 12 16 23 32 52 81 130 210 320 520 810 1300 2100 3200 5200 8100 315 355 7 9 13 18 25 36 57 89 140 230 360 570 890 1400 2300 3600 5700 8900 355 400 7 9 13 18 25 36 57 89 140 230 360 570 890 1400 2300 3600 5700 8900 400 450 8 10 15 20 27 40 63 97 155 250 400 630 970 1550 2500 4000 6300 9700 450 500 8 10 15 20 27 40 63 97 155 250 400 630 970 1550 2500 4000 6300 9700 500 560 9 11 16 22 32 44 70 110 175 280 440 700 1100 1750 2800 4400 7000 11000 560 630 9 11 16 22 32 44 70 110 175 280 440 700 1100 1750 2800 4400 7000 11000 630 710 10 13 18 25 36 50 80 125 200 320 500 800 1250 2000 3200 5000 8000 12500 710 800 10 13 18 25 36 50 80 125 200 320 500 800 1250 2000 3200 5000 8000 12500 800 900 11 15 21 28 40 56 90 140 230 360 560 900 1400 2300 3600 5600 9000 14000 900 1000 11 15 21 28 40 56 90 140 230 360 560 900 1400 2300 3600 5600 9000 14000 1000 1120 13 18 24 33 47 66 105 165 260 420 660 1050 1650 2600 4200 6600 10500 16500 1120 1250 13 18 24 33 47 66 105 165 260 420 660 1050 1650 2600 4200 6600 10500 16500 1250 1400 15 21 29 39 55 78 125 195 310 500 780 1250 1950 3100 5000 7800 12500 19500 1400 1600 15 21 29 39 55 78 125 195 310 500 780 1250 1950 3100 5000 7800 12500 19500 1600 1800 18 25 35 46 65 92 150 230 370 600 920 1500 2300 3700 6000 9200 15000 23000 1800 2000 18 25 35 46 65 92 150 230 370 600 920 1500 2300 3700 6000 9200 15000 23000 2000 2240 22 30 41 55 78 110 175 280 440 700 1100 1750 2800 4400 7000 11000 17500 28000 2240 2500 22 30 41 55 78 110 175 280 440 700 1100 1750 2800 4400 7000 11000 17500 28000 2500 2800 26 36 50 68 96 135 210 330 540860 1350 2100 3300 5400 8600 13500 21000 33000 2800 3150 26 36 50 68 96 135 210 330 540 860 1350 2100 3300 5400 8600 13500 21000 33000 Graus de tolerância padrão IT 14 a IT 18 não devem ser utilizados para dimensões menores ou iguais a 1 mm 43 DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior 44 TABELA 2 – Afastamentos fundamentais para eixos DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior 45 TABELA 3 – Afastamentos fundamentais para furos DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior TOLERÂNCIAS E AJUSTES (SISTEMA ISO) NBR 6158 EXEMPLOS DE CÁLCULO DE AJUSTES Acoplamento 45 H8/g7 Dimensão nominal: D = d = 45 mm Furo:45 H8 Grau de tolerância padrão: IT8 = 39 µm = 0,039 mm (Tab. 1) Calculo do afastamento: T = ES-EI Afastamento inferior: EI = 0 (Tab. 3) Afastamento Superior: ES = 38 µm = 0,038 mm Eixo:45 g7 Grau de tolerância padrão: IT7 = 25 µm = 0,025 mm (Tab. 1) Calculo do afastamento: T = es-ei Afastamento Superior: es = -9 µm = 0,009 mm (Tab. 2) Afastamento inferior: ei = -34 µm = 0,034 mm Ajuste 45 H8/g7 - Ajuste com folga Fmax = ES – ei = 39 – (-34)= 73 µm = 0,073 mm Fmin = EI – es = 0 – (-9)= 9 µm = 0,009 mm Acoplamento 30 G7/k6 Dimensão nominal: D = d = 30 mm Furo:30 G7 Grau de tolerância padrão: IT7 = 21 µm = 0,021 mm (Tab. 1) Calculo do afastamento: T = ES-EI Afastamento inferior: EI = 7 (Tab. 3) Afastamento Superior: ES = 28 µm = 0,028 mm Eixo:30 k6 Grau de tolerância padrão: IT6 = 13 µm = 0,013 mm (Tab. 1) Calculo do afastamento: T = es-ei Afastamento Superior: es = 15 µm = 0,015 mm Afastamento inferior: ei = 2 µm = 0,002 mm (Tab. 2) Ajuste 30 G7/k6 – Ajuste Incerto Fmax = ES – ei = 28-2 = 26 µm = 0,026 mm Imax = es – EI = 15 – 7= 8 µm = 0,008 mm Acoplamento 120 K8/js7 Dimensão nominal: D = d = 30 mm Furo:120 K8 (Regra especial para furos) Grau de tolerância padrão: IT8 = 54 µm = 0,054 mm (Tab. 1) Calculo do afastamento: T = ES-EI Afastamento Superior: ES = -3 + ∆ = -3+19 = 16 µm (Tab 3) Afastamento Inferior: EI = 38 µm = 0,038 mm Eixo:120 js7 Grau de tolerância padrão: IT7 = 35 µm = 0,035 mm (Tab. 1) Calculo do afastamento: T = es-ei Afastamento Superior: es = IT7/2= 35/2 = 17µm = 0,017 mm Afastamento inferior: ei =- IT7/2= -35/2 = -17µm =- 0,017 mm Ajuste 120 K8/js7 – Ajuste Incerto Fmax = ES – ei = 16-(-17) = 33 µm = 0,033 mm Imax = es – EI = 17 –(-38) = 55 µm = 0,055 mm 46 DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior TOLERÂNCIAS E AJUSTES (SISTEMA ISO) NBR 6158 EXEMPLOS DE CÁLCULO DE AJUSTES Acoplamento 22 E6/k5 Dimensão nominal: D = d = 22 mm Furo:22 E6 Grau de tolerância padrão: IT6 = 13 µm = 0,013 mm (Tab. 1) Calculo do afastamento: T = ES-EI Afastamento inferior: EI = 40 µm = 0,040 mm (Tab. 3) Afastamento Superior: ES = 53 µm = 0,053 mm Eixo:22 k5 Grau de tolerância padrão: IT5 = 9 µm = 0,009 mm (Tab. 1) Calculo do afastamento: T = es-ei Afastamento inferior: ei = 2 µm = 0,002 mm (Tab 2) Afastamento Superior: es = 11 µm = 0,011 mm Ajuste 22 E6/k5 - Ajuste com folga Fmax = ES – ei = 53 –2 = 51 µm = 0,051 mm Fmin = EI – es = 40 – 11= 29 µm = 0,029 mm Acoplamento 850 H8/g7 Dimensão nominal: D = d = 850 mm Furo:850 H8 Grau de tolerância padrão: IT8 = 140 µm = 0,140 mm (Tab. 1) Calculo do afastamento: T = ES-EI Afastamento inferior: EI = 0 (Tab. 3) Afastamento Superior: ES = 140 µm = 0,140 mm Eixo:850 g7 Grau de tolerância padrão: IT7 = 90 µm = 0,090 mm (Tab. 1) Calculo do afastamento: T = es-ei Afastamento Superior: es = -26 µm = -0,026 mm (Tab. 2) Afastamento inferior: ei = -116 µm = 0,116 mm Ajuste 850 H8/g7 - Ajuste com folga Fmax = ES – ei = 140 – (-116)= 256 µm = 0,256 mm Fmin = EI – es = 0 – (-26)= 26 µm = 0,026 mm Acoplamento 1500 G7/k7 Dimensão nominal: D = d = 1500 mm Furo:1500 G7 Grau de tolerância padrão: IT7 = 125 µm = 0,125 mm (Tab. 1) Calculo do afastamento: T = ES-EI Afastamento Inferior: EI = 30 µm = 0,030 mm (Tab 3) Afastamento Superior: ES = 155 µm = 0,155 mm Eixo:1500 k7 Grau de tolerância padrão: IT7 = 125 µm = 0,125 mm (Tab. 1) Calculo do afastamento: T = es-ei Afastamento inferior: ei = 0 (Tab 2) Afastamento Superior: es = 125 µm = 0,125 mm Ajuste 1500 G7/k7 – Ajuste Incerto Fmax = ES – ei = 155-0 = 155 µm = 0,155 mm Imax = es – EI = 125 –30 = 95 µm = 0,095 mm 47 DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior EXERCÍCIOS Cavilha de centragem Referencia com pino Cavilha de centragem 48 DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior EXERCÍCIOS Ajuste Biela-bronzina Chave e cabeça parafuso Ponteiro 49 DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior 50 EXERCÍCIOS Engrenagem motriz Engrenagem louca Polia lisa DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS (Tolerâncias de forma e Tolerâncias de posição) NBR 6409 OBJETIVO O objetivo essencial deste método de tolerância é assegurar condições corretas de funcionamento e emprego dos produtos acabados. Ele fixa as definições geométricas necessárias. GENERALIDADES • Uma tolerância geométrica de um elemento (ponto, linha, superfície ou plano mediano) define o campo em cujo interior deve estar situado esse elemento. • Salvo indicação em contrário especificada, a tolerância se aplica a todo o comprimento ou superfície do elemento considerado. Quadro de tolerância • A forma do elemento de referência (ao qual se reportam às tolerâncias de posição, de orientação e de batimento) deve ser suficientemente precisa para que possa ser utilizada como tal. Sendo assim necessário, por vezes, prescrever tolerâncias de forma para os elementos de referência. • As superfícies reais das peças podem se afastar da forma geométrica especificada desde que permaneçam enquadradas no interior da tolerância dimensional e do campo de precisão especificado. Se os erros de forma se encontrarem no interior de outros limites, então dever-se-á especificar uma tolerância de forma adequada para essa condição. • Uma tolerância geométrica pode ser especificada ainda que nenhuma tolerância dimensional for prescrita. INDICAÇÃO NOS DESENHOS Posiçãoem relação ao elemento No contorno No prolongamento da linha de cota No eixo Elemento Tolerado Quando o quadro de tolerância não puder ser ligado ao elemento de tolerância Elemento de referência 51 DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior SÍMBOLOS E DENOMINAÇÕES EXEMPLOS DE APLICAÇÃO SÍMBOLOS E DENOMINAÇÕES Indicação no desenho Interpretação Retilineidade de uma linha ou eixo O eixo do cilindro de onde a cota é realizada ao quadro de tolerância deve estar compreendido em uma zona cilíndrica de 0,03mm. Planesa (planaridade) de uma superfície A superfície real deve estar compreendida entre dois planos paralelos distantes no máximo 0,05mm entre si. Circularidade de um disco, de um cilindro, de um cone, etc. Toda seção reta deve ter o contorno situado no interior de uma coroa circular de largura 0,02mm. E le m en to s is ol ad os Cilindricidade A superfície do cilindro real deve estar compreendida entre dois cilindros cujos raios diferem de 0,05mm. Forma de uma linha qualquer Cada seção paralela ao plano de projeção ,o perfil considerado deve estar compreendida entre duas linhas que envolvam círculos de φ0,08mm e seus centros estão situados em uma linha com o perfil geométrico correto. To le râ nc ia d e fo rm a E le m en to s is ol ad os o u as so ci ad os Forma de uma superfície qualquer A superfície considerada deve estar compreendida entre duas superfícies que envolvam esferas de Φ0,03mm e seus centros estão situados em uma superfície de forma geométrica correta. Paralelismo de uma linha (eixo), de uma superfície com relação a uma reta ou plano de referência. O eixo do furo do lado direito deve estar compreendido em uma zona cilíndrica de Φ0,1mm paralela ao eixo do lado esquerdo A (que constitui a referência). Perpendicularidade de uma linha (eixo), de uma superfície com relação a uma reta ou plano de referência. O eixo do cilindro em cujo diâmetro é indicada a tolerância de orientação deve estar compreendido em uma zona cilíndrica de Φ0,06mm perpendicular a superfície de referência A. To le râ nc ia d e or ie nt aç ão Inclinação de uma linha (eixo), de uma superfície com relação a uma reta ou plano de referência. O eixo do furo deve estar compreendido entre duas retas paralelas distantes de t = 0,1mm e formar com o plano de referência um ângulo de 60º. Localização de linhas, eixos ou superfícies entre eles ou com relação a um ou mais elementos. O eixo do furo deve estar compreendido em uma zona cilíndrica de Φ0,05mm, cujo eixo coincide com a posição teórica individuali- zada pelas cotas enquadradas. Concentricidade e coaxialidade de um eixo ou de um ponto com relação a um eixo ou um ponto de referência. O eixo do cilindro em cujo diâmetro é indicada a tolerância deve estar compreendido em uma zona cilíndrica de Φ0,03mm e coaxial com o eixo comum de referência A. To le râ nc ia d e po si çã o Simetria de um plano mediano ou de uma linha mediana (eixo) com relação a uma reta ou plano de referência. O plano de simetria do rasgo deve estar compreendido entre dois planos paralelos distantes de 0.06mm e dispostos simetrica- mente em relação ao plano médio do elemento de referência A To le râ nc ia d e ba tim en to E le m en to s as so ci ad os Batimento de um elemento sobre o eixo de revolução. O batimento radial não deve ultrapassar 0.02mm em cada plano de medida durante uma revolução completa em torno do eixo de referência A-B. 52 DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior 53 EXERCÍCIOS Indicar nos desenhos a tolerância geométrica especificada. Especificação Representação gráfica Indicação no desenho PLANARIDADE A superfície real deve estar compreendida entre dois planos paralelos distantes no máximo 0,01 mm entre si. CILINDRICIDADE A superfície do cilindro real deve estar compreendida entre dois cilindros cujos raios diferem de 0,02 mm. CIRCULARIDADE Toda seção reta deve ter o contorno situado no interior de uma coroa circular de largura 0,01 mm. ORTOGONALIDADE A superfície vertical deve estar compreendida entre dois planos paralelos distantes entre si de 0,05 mm e perpendiculares à superfície ortogonal de referência. ORTOGONALIDADE O eixo do cilindro em cujo diâmetro é indicada a tolerância de orientação deve estar compreendido em uma zona cilíndrica de diâmetro, 0,01 mm perpendicular à superfície de referência. PARALELISMO O eixo do furo inferior deve estar compreendido em uma zona cilíndrica de diâmetro 0,05mm paralela ao eixo superior, que constitui a reta de referência. PARALELISMO O eixo do furo deve estar compreendido entre dois planos distantes de 0,04mm e paralelos ao plano de referência. DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior ESTADO DE SUPERFÍCIES (Indicação de estado de superfícies em desenho técnico) NBR 8404 GENERALIDADES A aptidão de uma peça cumprir sua função depende de um conjunto de fatores e à medida que aumenta a precisão de ajuste entre peças a serem acopladas, a precisão dimensional e a geométrica não são suficientes para garantir a funcionalidade do conjunto, tornando-se assim necessário, às vezes, o estudo das irregularidades microgeométricas das superfícies resultantes dos processos de fabricação, normalmente formadas por sulcos e arranhões. O estado de uma superfície é função do tipo de acabamento ou processo de produção, para a analise dos desvios da superfície real em relação à superfície geométrica deve-se considerar: Erros macrogeométricos, já vistos em tolerância geométrica, que podem ser medidos com instrumentos de medição convencional; Erros microgeométricos ou rugosidade, que só podem ser medidos com instrumentos especiais como, rugosímetros, perfilógrafos, perfiloscópios, etc. DEFINIÇÕES Superfície real Superfície que limita um corpo e o separa do meio ambiente. Superfície geométrica Superfície ideal prescrita em projeto, na qual não existem erros de forma macrogeométricos ou microgeométricos. Superfície efetiva Superfície obtida por aparelhos analisadores de superfície. Aproxima-se da superfície real com o aumento da precisão da medição. Sistemas de medida diferentes podem resultar em superfície efetivas diferentes, para uma mesma superfície real. Perfil real Interseção da superfície real com o plano perpendicular à superfície geométrica. Perfil geométrico Interseção da superfície geométrica com o plano perpendicular a ela. Perfil efetivo Interseção da superfície efetiva com o plano perpendicular à superfície geométrica. Irregularidade da superfície Saliências e reentrâncias existentes na superfície real. Passo das irregularidades Média das distâncias entre as saliências mais pronunciadas do perfil efetivo, situadas no comprimento de amostragem. Comprimento de amostragem Comprimento medido na direção geral do perfil, suficiente para avaliar os parâmetros de rugosidade. 54 DESENHO TÉCNICO IICláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior MEDIDA DA RUGOSIDADE ( Ra) Conforme a normalização brasileira, defini- se medida da rugosidade como o valor médio aritmético, dos valores absolutos das ordenadas do perfil efetivo em relação à linha média, em um comprimento de amostragem, expresso em micrometros. ∫ == L 0 a L Adxy L 1R Expressão matemática ∑ = = = ni 1i ia yn 1RExpressão aproximada Parâmetros Normalizados Ra (em micrometros) 0,008 0,010 0,012 0,016 0,020 0,025 0,032 0,040 0,050 0,063 0,08 0,10 0,12 0,16 0,20 0,25 0,32 0,40 0,50 0,63 0,8 1,0 1,25 1,6 2,0 2,5 3,2 4,0 5,0 6,3 8,0 10 12,5 16 20,0 25,0 32,0 40,0 50,0 63,0 80,0 100,0 Relação aproximada com o sistema antigo Ra ~ acima de 12 µm Ra ~ 3 - 9 µm Ra ~ 0,8 – 1,5 µm Ra ~ 0,1 – 0,3 µm RELAÇÃO ENTRE TOLERÂNCIA ISO E ESTADO DE SUPERFÍCIE Dimensão (mm) 3 3–18 18-80 80-250 >250 IT Ra (em micrometros) 6 0,2 0,3 0,5 0,8 1,2 7 0,3 0,5 0,8 1,2 2 8 0,5 0,8 1,2 2 3 9 0,8 1,2 2 3 5 10 1,2 2 3 5 8 11 2 3 5 8 12 12 3 5 8 12 20 13 5 8 12 20 - 14 8 12 20 - - Conforme indicações da norma italiana UNI-3963 APLICAÇÕES TÍPICAS DE RUGOSIDADE SUPERFICIAL Ra Aplicações 0,01 Blocos-padrão, réguas e guias de alta precisão. 0,02 Aparelhos de precisão, superfícies de medida em micrômetro. 0,03 Calibradores, elementos de válvulas de alta pressão. 0,04 Agulhas de rolamentos, super acabamento de camisas de blocos de motores. 0,05 Pistas de rolamentos, peças de aparelhos de alta precisão. 0,06 Válvulas giratórias de alta pressão, camisas de blocos de motores. 0,08 Agulhas de rolamentos de grandes dimensões, colos de virabrequim. 0,1 Assentos cônicos de válvulas, eixos montados sobre mancais de bronze, teflon, etc., a velocidades médias, superfícies de cames a baixas velocidades. 0,15 Pistas de rolamentos de dimensões médias, colos de rotores de turbinas e redutores. 0,2 Mancais de bronze, náilon, etc., cones de cubos sincronizadores de caixas de câmbio. 0,3 Flancos de engrenagens, guias de mesa de máquinas ferramenta. 0,4 Superfície de guia de elementos de precisão 0,6 Válvulas de esfera, tambores de freio. 1,5 Assentos de rolamentos em eixos com carga pequena, eixos e furos para engrenagens. 2 Superfícies usinadas em geral, eixos, alojamento de rolamentos, chavetas de precisão. 3 Superfícies usinadas em geral, superfícies de referência, de apoio, etc. 4 Superfícies desbastadas em geral por usinagem 5 a15 Superfícies fundidas ou estampadas > 15 Peças fundidas, forjados e laminados. 55 DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior INDICAÇÃO NOS DESENHOS TÉCNICOS Sinal gráfico convencional para indicação do estado de superfícies. SÍMBOLOS CO h H1 H2 3,5 5 10 5 7 14 7 10 20 10 14 18 14 20 40 20 28 56 h= altura da letra maiúscula Sinal gráfi p e Sí m bo l o Orientação dos sulcos = Os sulcos devem ser nte ao orientados paralelame traço da superfície sobre o qual o símbolo se apoia no desenho. Os sulcos devem ser orientados em direção normal ao traço da superfície sobre o qual o símbolo se apoia no desenho. X Os sulcos devem ser orientados segundo duas direções cruzadas. As setas indicam as direçõ Classe N1 Rugosidade Ra µm 50 Sinal gráfico a ser empregado para superfícies obtidas com extração de aparas. co a ser empregado ara superfícies obtidas sem xtração de aparas. a = valor da rugosidade R , em a b = método de fabricação, tratamento ou revestimento. comprimento da amostra, em mm d = direção da e = sobremetal para usin em mm f = outros parâ µm c = s estrias agem, metros de rugosidade 56 NVENCIONAIS PARA INDICAÇÃO DA ORIENTAÇÃO DOS SULCOS Esboço Indicaçã d Orientação dos Esboço Indicaçã d o no esenho Sí m bo l o sulcos o no esenho M Os sulcos devem ser cionais ) orientados segundo várias direções. ( sulcos multidire C Os sulcos devem ser m aproximadamente concêntricos e relação ao centro da superfície à qual o símbolo se refere R Os sulcos devem ser orientados segundo direções aproxi- madamente radiais em relação ao centro da superfície à qual o símbolo se refere. ontrolada a ruges segundo as quais deve ser c osidade CARACTERÍSTICAS DA RUGOSIDADE R A 2 N11 N10 N9 N8 N7 N6 N5 N4 N3 N2 N1 25 12,5 6,3 3,2 1,6 0,8 0,4 0,2 0,1 0,05 0,25 DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior EXEMPLOS O sinal gráfico da rugosidade deve ser marcado no traço que representa, no desenho, a superfície do objeto. A posição das diversas indicações (a, b, c,...) deve ser sempre a mesma em relação ao sinal gráfico. Se a indicação da rugosidade se refere somente a uma parte da superfície, esta deve ser precisada mediante cota ou mediante linha mista grossa paralela ao traço da superfície. Nos corpos de revolução o sinal gráfico é marcado em somente uma geratriz e só uma vez. Ele se refere a toda a superfície representada pelo traço para cuja indicação é referido, salvo diferentes especificações. Para os detalhes representados em vista e corte, o sinal gráfico é marcado somente na vista ou na seção onde a superfície interessada é cotada. Para a indicação da rugosidade das superfícies dos lados dos dentes de uma engrenagem, que não estão representados no desenho, coloca-se os sinais gráficos na circunferência primitiva ou na seção axial ou na vista. Para as roscas a eventual indicação da rugosidade dos lados dos filetes deve ser colocada em correspondência ao diâmetro das mesmas. Nestes casos a rugosidade não deve ser entendida senão para eventuais porções planas de diâmetro que permaneçam após a execução da rosca. Quando um detalhe apresenta a mesma rugosidade em todas as suas partes indistintamente, a indicação respectiva é colocada uma só vez no canto inferior esquerdo do desenho ou ao lado do número do item da peça. Quando em uma peça existe a predominância de uma mesma rugosidade com exceção de algumas superfícies, a indicação relativa à rugosidade predominante é posta uma só vez no canto inferior esquerdo ou ao lado do número do item da peça, seguida pelos sinais gráficos que são colocados nos traços que representam as superfícies interessadas, entre parênteses. 57 DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior ESTADO DE SUPERFÍCIES EXEMPLOS EXEMPLOS DESCRIÇÃO Geralmente a indicação da rugosidade para duas superfícies de contato se relaciona uma só vez se é requerido o mesmo. Se, ao invés, são exigidos valores diferentes, devemos marcar as indicações relativas a cada uma das superfícies ao lado do detalhe a que se referem. Para a indicação da rugosidade das superfícies dos lados dos dentes de uma engrenagem que não estão representados no desenho, colocam-se os sinais gráficos na circunferência primitiva ou na seção axial da vista. Para a filetagem, a eventual indicação da rugosidade dos lados dos filetes, deve ser colocada em correspondência ao diâmetro de filetagem. Nesses casos a qualidade da superfície indicada pelo parâmetro de rugosidade, deve ser entendida como a rugosidade da superfície cilíndrica que permaneceapós a usinagem da rosca. Exemplos de indicações da rugosidade nos desenhos. 58 DESENHO TÉCNICO II Cláudio da Silva Andretta Rosangela De Sordi Afonso Valdemir Alves Junior EXERCÍCIO O desenho abaixo refere-se a uma engrenagem de dentes retos, que teve todas as suas superfícies obtidas através de usinagem. A rugosidade das superfícies que não tiverem seu estado de superfície especificado é de 6 µm. 1. Utilizando a simbologia da norma NBR 8404 informar no desenho o estado das superfícies cotadas e das demais. 2. Expressar numericamente as tolerâncias dimensionas apresentadas na forma ISO. 3. Interpretar as tolerâncias geométricas especificadas. ................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................ 59
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