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REDAÇÃO INSTRUMENTAL - TRABALHO AV1

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REDAÇÃO INSTRUMENTAL JULIA ALVES DA SILVA - 201701128144 
 
9. Leia o texto e responda as questões. 
A reclamada contratou o reclamante para exercer a função de marceneiro 
no setor de produção de cozinhas moduladas. O reclamante, ao 
desempenhar sua atividade profissional, foi pregar um gabinete duplo, um 
dos componentes da cozinha modulada, quando o prego se soltou da madeira 
ao sofrer a batida do martelo. O prego atingiu em cheio o olho direito do 
trabalhador reclamante, perfurando-o. Esse infortúnio ocorreu por culpa 
exclusiva da reclamada, porque esta não ofereceu óculos de proteção ao 
obreiro. Trata-se de um trágico e irremediável acidente de trabalho que 
pôs fim não somente a qualquer perspectiva de ascensão 
profissional do reclamante, mas também o deixou deficiente visual para o 
resto de sua vida. 
a) A linguagem forense utilizada pelo advogado na exposição dos fatos 
no caso em questão teve como objetivo produzir uma certa reação 
emocional no receptor (juiz) por meio e uma engenhosa seleção 
vocabular. Comente a escolha lexical intencional do advogado, 
considerando os valores semânticos de algumas palavras utilizadas 
na construção desse parágrafo. 
A linguagem utilizada no texto narrativo pelo defensor tem como objetivo de 
defender persuasivamente os direitos do seu cliente perante o Poder Judiciário, 
no qual expôs detalhadamente os fatos do ocorrido. 
 
b) Identifique, no parágrafo acima, uma informação ou versão que a 
parte contrária não teria narrado. Justifique a sua resposta. 
A Reclamada contratou o Reclamante para a função de marceneiro em um 
serviço de produção de cozinhas moduladas. O Reclamante ao 
desenvolver sua atividade, foi pregar um gabinete duplo, quando o prego 
se soltou da madeira ao sofrer a batida com o martelo. O prego atingiu o 
olho direito do trabalhador reclamante, perfurando-o. Esse infortúnio 
ocorreu por procedência do autor, visto que a empresa não autorizou o 
inicio das atividades, uma vez que houve um recém contrato no qual o 
autor não havia recebido os materiais de segurança necessários para o 
desempenho do serviço. 
10. Leia os casos concretos que seguem e responda à questão. 
Caso concreto 1 
 O caso ocorreu em Teresópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro, no ano 
de 2005. Uma mulher de 36 anos, desempregada, estava casada com um 
mecânico, também desempregado. Os dois moravam em um barraco de 10 
metros quadrados, junto com seus três filhos. O mais velho tinha seis anos de 
idade; o filho do meio, quatro; o caçula, um ano e meio. É importante 
mencionar que essa mulher, Marcela, estava gestando o quarto filho. No mês 
de fevereiro daquele ano, em decorrência das fortes chuvas, um 
deslizamento de terra arrastou, ladeira abaixo, o lar em que vivia essa 
família. A mãe conseguiu salvar os dois filhos mais velhos, entretanto o 
caçula, ainda aprendendo a andar, não conseguiu sair a tempo. Morreu 
soterrado. Por tudo o que aconteceu, Marcela entrou em trabalho de parto. 
Chegou ao hospital público mais próximo e foi submetida a uma cesariana. 
Assim que ouviu o choro do bebê, prematuro, pediu para segurá-lo um 
pouco no colo. A enfermeira o permitiu. Marcela beijou a criança e 
jogou-a para trás. O menino caiu no chão, sofreu traumatismo craniano e 
morreu. Perguntada por que tomara aquela atitude, disse que não gostaria 
que seu filho passasse por tudo o que os demais estavam passando: fome e 
miséria. Um exame realizado no Instituto Médico Legal apontou que Marcela se 
encontrava em estado puerperal no momento em que matou o próprio filho. 
Caso concreto 2 
 Este segundo caso ocorreu em São Paulo. A secretária Adriana Alves 
engravidou do namorado e, sem saber explicar por qual motivo, não contou 
o fato para ele; também não contou para mais ninguém. Seus pais, com 
quem morava, não sabiam de sua gravidez. Não compartilhou esse 
segredo com amigas ou colegas de trabalho. Definitivamente, ninguém 
conhecia a gestação de Adriana. Com o passar dos meses, Adriana não 
recebeu qualquer tipo de acompanhamento ou cuidado pré-natal especial; 
escondia a barriga com cintas e usava roupas largas. No mês de 
dezembro de 2006, quando participava de uma festa de final de ano, no 
escritório em que trabalha, sentiu-se mal e foi para casa. Sua intenção era 
realizar o parto sozinha e jogar a criança em um rio próximo à sua casa. 
Ocorre, porém, que o parto não transcorreu tranquilamente. Adriana teve 
complicações e teve de puxar à força a criança. Depois, matou-a afogada na 
bacia de água quente que separou para realizar o parto. Para se livrar da 
justiça, jogou a criança, já morta, no rio, enrolada em um saco preto. Muito 
debilitada, foi a um hospital buscar ajuda para si, mas não soube explicar o que 
aconteceu. Após breve investigação da Polícia, Adriana confessou tudo o que 
fizera. Exames comprovaram que ela não estava sob o estado puerperal. 
a) Indique os elementos da narrativa dos casos lidos. 
Caso 1: 
O quê? Marcela, gestando seu quarto filho, perdeu sua casa devido a um 
deslizamento de terra, a mesma conseguiu salvar os dois filhos mais 
velhos, entretanto o caçula, ainda aprendendo a andar, morreu soterrado, a 
mesma precisou se submeter a uma cesariana, logo após ter segurado o 
prematuro, o matou. 
Quem? Uma mulher chamada Marcela, de 36 anos, desempregada, estava 
casada com um mecânico, também desempregado. 
Onde? Ocorreu em Teresópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro. 
Quando? No ano de 2005 
Como? Marcela jogou o prematuro para trás que consequentemente morreu 
por traumatismo craniano. 
 
Por quê? Estava traumatizada por todo que estava passando, ter perdido a 
casa, um dos filhos, além de ela e o marido estarem desempregado e 
passando por necessidade. 
 
Caso 2: 
O quê? Adriana engravidou do namorado e escondeu a gravidez de todos. Ao 
sentir-se mal durante uma festa de final de ano no seu trabalho, ela foi para 
casa para realizar o parto e jogar o bebê no rio, contudo, após complicações, 
matou o bebê e depois jogou a criança no rio. 
Quem? Adriana Alves, secretária. 
Onde? Ocorreu em São Paulo. 
Quando? No mês de dezembro de 2006. 
 
Como? Matou a criança afogada na bacia de água quente que separou para 
realizar o parto. Para se livrar da justiça, jogou a criança, já morta, no rio, 
enrolada em um saco preto. 
 
Por quê? Não queria que ninguém soubesse de sua gravidez. 
 
b) Ao perceber que as circunstâncias como a conduta é praticada 
influenciam substancialmente o crime imputado ao agente, o profissional do 
direito deve estar atento para selecionar todas as informações que não podem 
deixar de constar de sua exposição dos fatos. Identifiquem nos dois casos 
concretos quais informações não podem deixar de ser narradas e as indique 
em tópicos. 
Caso 1: 
1. Mulher de 36 anos, desempregada, casada com um mecânico também 
desempregado; 
2. Ambos moravam em um barraco de 10 metros quadrados com três 
filhos; 
3. Ocorreu um deslizamento de terra que arrastou a casa da família; 
4. O filho caçula de um ano e meio morreu soterrado; 
5. O bebê nasceu prematuro e jogado para trás por Marcela quando o 
pegou nos braços. 
6. Marcela se justiçou dizendo que não gostaria que seu filho passasse por 
tudo que a família estava passando. 
 
Caso 2: 
1. Adriana engravidou de seu namorado e não queria que ninguém 
soubesse até mesmo seus pais, no qual morava com eles; 
2. Não fez acompanhamento algum da gravidez ou cuidado; 
3. Foi para casa depois de uma festa, no qual passou mal, já programando 
o parto sozinha e logo após jogar o recém-nascido no rio próximo a sua 
casa. 
 
c) Quais crimes praticaram Marcela e Adriana? 
Marcela praticou ocrime de Infanticídio, a mesma estava sob o estado 
puerperal, portanto, cometeu o crime devido aos traumas recentes em sua v 
ida. 
 
Adriana praticou Homicídio Doloso com ocultação de cadáver. Adriana não 
soube justificar o motivo do crime, contudo, desde o início da gravidez não 
contou a ninguém sobre o fato.

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