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PROFESSORA L IL IAN SCARPIN MESOTERAPIA APOSTILA APOIO: PRESSURIZADA 1 Você sabe o que é o Intradermoterapia Pressurizada? Com tantas técnicas lançadas recentemente, às vezes é difícil saber o que é e como funciona cada um dos procedimentos estéticos. Por isso, vamos explicar como funciona a intradermoterapia pressurizada sem agulhas pela fisioterapeuta paranaense Lilian Scarpin. Antes de tudo vamos começar falando da história das seringas sem agulhas. As primeiras seringas hipodérmicas foram desenvolvidas pela primeira vez pelo cirurgião francês Charles Gabriel pravaz em 1853, embora haja um pequeno desenvolvimento nas seringas desde então, a tecnologia permaneceu inalterada nos últimos 150 anos. Os sistemas sem agulha foram descritos pela primeira vez por Marshall Lockhart em 1936 em sua injeção de jato de patente. Então, no início da década de 1940, Higson e outros desenvolveram “armas” de alta pressão usando um jato fino de líquido para perfurar a pele e depositar a droga no tecido subjacente. Curiosamente, o diâmetro do orifício é menor que o diâmetro de um cabelo humano. Isso cria um fluxo ultrafino de fluido de alta pressão que penetra na pele sem usar uma agulha. O design do dispositivo tem uma grande influência na precisão da entrega subcutânea e nas tensões impostas ao produto a ser entregue. Estes dispositivos foram usados extensivamente para inocular doenças infecciosas e mais tarde foram aplicados mais genericamente em programas de vacinação em larga escala. Hoje, eles são uma tecnologia em constante desenvolvimento, que promete tornar a administração da medicina mais eficiente e menos dolorosa, e vem sendo altamente estudada na área estética para disfunções corporais e faciais. Para entender essa grande tecnologia, primeiramente vamos falar sobre como a intradermoterapia pressurizada funciona: a aplicação de ativos é feita através de uma pistola de pressão na pele ou no tecido subcutâneo (tecido de gordura) de forma não invasiva. O ativo aplicado é escolhido pelo profissional de acordo com o objetivo do tratamento. Esta técnica é utilizada para introduzir alta concentração de determinados ativos no local de ação, aumentando o resultado desejado. A técnica é indicada para tratamentos de celulite, gordura localizada, estrias, flacidez, alopecias, redução de papadas, rejuvenescimento, efeito preenchedor facial e revitalização da pele da face, em homens e mulheres. O grande sucesso dessa técnica deve-se ao resultado rápido, e também a grande aceitação pelo público que busca saúde e estética. Já com evidências científicas em vários países, agora alguns artigos nacionais começaram a ser publicados e desenvolvidos. O tratamento é contraindicado em casos de doenças de pele no local em que o produto será aplicado, para gestantes, lactantes, cardíacos, pacientes com doenças crônicas e nos casos de alergia às substâncias que são utilizadas no processo. Por isso a consulta e avalição com o profissional é de grande valor na seleção do paciente e indicação do tratamento estético. (profissionais da área da saúde com curso de formação em intradermoterapia pressurizada) No Brasil possuímos várias marcas de injetores com Anvisa, isso torna a técnica um grande coringa dentro dos espaços de estética, afinal pode-se associar com outros tratamentos e equipamentos. Pois, o profissional bem capacitado a trabalhar com técnica possui habilidades específicas para planejar e associar a intradermoterapia a praticamente todos os protocolos clinicos. O dispositivo de intrademoterapia pressuriza sem agulhas funciona com uma base de propulsão do jato de alta velocidade quem rompem o tecido epitelial epidermal conseguindo colocar os ativos sem o uso de agulhas, os ativos utilizados podem conter um conjunto de aminoácidos, vitaminas, 2 lipolíticos, substâncias eutróficas, substratos nutrientes e extrato de enzimas e plantas. O diâmetro do orifício é menor que o diâmetro de um cabelo humano. Isso cria um fluxo ultrafino de fluido de alta pressão que penetra na pele sem usar uma agulha. O design do dispositivo tem uma grande influência na precisão da entrega subcutânea e nas tensões impostas ao produto a ser entregue. Todos que possuem autorização de uso pela ANVISA, hoje além dos fármacos manipulados temos também algumas marcas de grande nome produzindo produtos próprios para a técnica, inclusive produtos com estudos científicos bem apurados. Com finalidades diversas no tratamento estético. Duração do tratamento Os resultados começam a aparecer logo após a primeira sessão, e isto é totalmente dependente do metabolismo de cada paciente e das substâncias usadas, que deve ser devidamente selecionada para cada caso e para cada paciente; a escolha do fármaco utilizado pode variar de acordo com cada objetivo e será escolhido pelo profissional, que deve ser muito bem capacitado e treinado em seus conhecimentos, e duram em média 15 -30 minutos cada uma. Benefícios do tratamento Alguns de seus benefícios são: • A existência de poucos efeitos colaterais, devido a ação do ativo ser localizada, e não haver uma ação sistêmica. • É uma ótima opção para o verão, pois é um tratamento que apresenta efeito mais rápido, devido à aplicação direta do ativo no local a ser tratado; • Promove a perda de 3 a 10 centímetros de gordura a cada sessão; • Ajuda a reduzir a flacidez, as estrias e as celulites; • Promove melhora da hidratação da pele e suavização das rugas em poucas sessões; Alguns Cuidados que devem ser tomados antes, durante e depois das aplicações: É recomendado que o paciente esteja com a pele limpa, livre de vestígios de produtos usados na pele, como hidratantes e maquiagens. O uso de substâncias anticoagulantes também deve ser interrompido dias antes à aplicação, um exemplo dessas substâncias é o ácido acetilsalicílico. Durante e após o tratamento, o paciente deve optar por roupas de tecidos mais leves e suaves (como o algodão), que não vão entrar em atrito com o local que está sendo tratado. Deve-se evitar principalmente usar jeans. Também é recomendável não expor a área ao sol, por pelo menos uma semana. Além de controlar alimentação, evitando alimentos gordurosos, frituras e bebida alcoólica. Como é feita a aplicação: 1. Primeiramente o profissional determina a área a ser tratada, escolhe o produto e a dosagem a ser utilizada de acordo com a disfunção a ser tratada; 3 2. Esterilização do local onde será realizada a aplicação. 3. Marcação da região com lápis dermatográfico, e marcação dos pontos de aplicação. 4. Preparação do produto; 5. Aspiração do produto para a seringa de aplicação; 6. Carregar ou pressurizar o injetor; 7. Selecionar a dosagem no injetor; 8. Colocar a seringa no injetor; 9. Posicionar o injetor na região a ser tratada; 10. Apertar o botão de injeção. Injetável X pressurizada INJETÁVEL PRESSURIZADA • Uso de seringas e agulhas; • Necessita maior habilidade profissional para aplicação; • Riscos de acidentes de trabalho; • Riscos de contaminação; • Necessário associações terapêuticas para pontencializar resultados; • Maior probabilidade de nodulações, caso não realize mobilização do tecido após 24h. • Sem uso de agulhas. • Reduz drasticamente os riscos de acidente de trabalho e contaminação. • Fácil manuseio pelo profissional. • Injetores legais com Anvisa no Brasil. • Produtos próprios para a técnica desenvolvidos por marca Nacional: usados – testados –aprovados para uso da técnica. • Não necessita obrigatoriamente mobilizar a região após 24h, devido aos princípios físicos da técnica. 4 HISTÓRIA DA INTRADERMOTERAPIA 1. Pistor M. What is mesotherapy? Chir Dent Fr. 1976;46:59-60. SISTEMA DE INTRADERMOTERAPIA PRESSURIZADA É uma técnica sem agulhas, não invasiva que consiste em utilizar umapistola por pressurização que entrega diretamente os ativos ate a derme ou ate o tecido subcutâneo. A pistola difunde o produto em um espaço em torno de 2,5 cm e por este motivo a quantidade injetada deve ser maior. Princípios físicos dos injetores a jato: Os injetores a jato têm seu funcionamento com base na propulsão de um jato de alta velocidade, que perfura a pele e consegue administrar o princípio ativo sem uso de agulhas. Basicamente, esses sistemas consistem de uma fonte de energia, um pistão, um compartimento que contém a formulação do fármaco e um bico com um orifício. Princípios físicos dos injetores a jato com base na propulsão de um jato de alta velocidade, que perfura a pele e consegue administrar o princípio ativo sem uso de agulhas. 5 A propulsão a jato e pode ser usada para administração: intradérmica, subcutânea ou intramuscular de medicamentos. A profundidade atingida após a injeção depende das propriedades mecânicas dos injetores. 6 Na pele ocorrem duas fases, a 1a que dura apenas alguns milissegundos, o jato penetra unidirecionalmente, perfurando o tecido cutâneo por mecanismos de erosão e fratura e, na 2a, o fluido é disperso multidirecionalmente através da estrutura porosa da pele. A penetração do jato restrita à epiderme atinge uma profundidade de 100 a 200 μm e diminui o a percepção de dor (nervos e vasos se concentram na derme). 7 8 PRINCIPAIS INDICAÇÕES: CAPILAR ESTRIAS MELASMA FLACIDEZ TISSULAR FACIAL E CORPORAL PAPADA GORDURA LOCALIZADA CELULITES REVITALIZAÇÃO CONTRA-INDICAÇÕES: GESTANTES E LACTANTES; PORTADORES DE DOENÇAS AUTO-IMUNES SENSIBILIDADE AI PRODUTO; HIPERTENSÃO CARDIOPATAS; DISFUNÇÕES LIPIDICAS E FIGADO; INFECÇÕES OU PROCESSO INFLAMATÓRIO AGUDO OU INSTALADO; PORTADORES DE DOENÇAS CRONICAS; EXPOSIÇÃO SOLAR, EM MEDIA 48H APÓS O PROCEDIMENTO. ENTRE OUTROS – VIDE CONFORME AVALIAÇÃO. POSSIVEIS EFEITOS ADVERSOS: EDEMA, COCEIRA, VERMELHIDÃO, DORMENCIA, MUDANÇA COLORAÇÃO LOCAL E POSSIVEL HEMATOMA. INTERCORRENCIAS: 9 Podem ocorrer por contaminação de material esteril, uso de produtos não indicados para a tecnica, uso de materias ilicitos e sem registro da Agencia Nacional de |Vigilancia Sanitária (ANVISA). AVALIAÇÃO: DEFINIR A REGIÃO A SER TRATADA; VERIFICAR DADOS DETALHADOS DO PACIENTE (ANAMNESE); VERIFICAR POSSIVEIS CONTRA-INDICAÇÕES; ESCOLHA DO ATIVOS – PLANEJAMENTO DE TRATAMENTO; EXPLICAR DETALHADAMENTE A TECNICA; FORNECER E EXPLICAR TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO; SEGUIR PADRONIZAÇÃO DE FOTOGRAFIAS (FOTO = DOCUMENTO) Na primeira consulta da paciente, é importante preencher a ficha de anamnese, solicitando para que a paciente informe o mais real (e que tenha conhecimento) do seu estado de saúde, além de informar também se está fazendo uso de algum medicamento (ou se toma com frequência, como anticoncepcionais, anti- hipertensivos, reposição hormonal, etc) inclusive suplementações (seja produtos naturais ou industrializados, utilizados na academia ou para finalidade estética). • Avaliação facial: observar peso, IMC, grau de envelhecimento, desidratação da pele, manchas, tumores faciais, cicatrizes e grau de flacidez. • Avaliação corporal: observar peso atual, IMC, edema, flacidez, celulite, distribuição da gordura. 10 A INTRADERMOTERAPIA POSSUI UMA VASTA VARIEDADE DE ATIVOS QUE PODEM SER UTILIZADOS EM DIFERENTES TRATAMENTOS. A ESCOLHA SERA DE ACORDO COM O OBJETIVO TRAÇADO PELO PROFISSIONAL. E DE ACORDO COM A CLASSE PROFISSIONAL DE CADA UM. VOU LISTAR ALGUMAS CLASSES: EUTROFICOS; LIPOLITICOS. VENOTROPICOS; OUTROS. VALE LEMBRAR QUE A INTRADERMOTERAPIA, PRODUZ EFEITOS LOCAIS, ASSIM SENDO NÃO ACARRETA EM FUNÇÃO SISTEMICA. POIS OS ATIVOS SÃO COLOCADOS PROXIMOS A REGIÃO ALVO, E FICAM RETIDOS NAS ESTRUTURAS ONDE PERMANECEM CONCENTRADOS NA ZONA DE APLICAÇÃO. LIPOLITICOS: possuem a capacidade de quebrar a gordura localizada. E que por diferentes mecansmos de ação conseguem estimular a lipolise e/ou inibir a lipogeneseno nosso organismo. Exemplos: cafeina, silicio organico,L-carnitina, iombina, aminofilina, etc. EUTROFICOS: melhora do tecido conjuntivo. Estimilação na produção das fibras de colageno, reorganização das já existentes e contribuição na formação da matriz extracelulardo tecido conjuntivo. Exemplos: vitamina C, silicio organico, elastina, DMAE, colageno, acido hialronico, fatores de crescimento, etc. VENOTROFICOS: vasodilatadores e estimulantes da circulação periférica. Com efeitos drenantes, podem ser utilizados em tratamentos que visam o melhor funcionamento da microcirculação da pele e áreas edemaciadas. Permitem uma melhor ebsorção e difusão dos outros ativos. Capilares – ativos para o tratamento da alopecia e recuperação da saúde do couro cabeludo. – COMPLICAÇÕES E RECOMENDAÇÕES : Algumas reações podem ocorrer no decorrer do tratamento com as enzimas, sendo: Reações mais comuns: • Dor no local • Eritema (vermelhidão) • Inchaço no local Reações que podem ocorrer (casos isolados): • Febre • Dor no corpo todo • Reação alérgica ao produto aplicado 11 AS PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES A SEREM SEGUIDAS SÃO: • Não ingerir: bebida alcóolica, fritura, carne de porco, frutos do mar e doces no dia e durante 3 dias após a aplicação; • Explicar importância da reeducação alimentar e ingestão de água; • Para aplicação em hipertensos, checar pressão arterial (em casos de hipertensos); • Para tratamento de GL, indicar uso de cintas modeladoras – somente após 48h. • Para aplicação localizada, solicitar que paciente não realize exercícios físicos 48h APOS aplicação; • SOMENTE Após 24 a 48 horas da aplicação das enzimas, PODE-SE realizar drenagem linfática na região tratada ou qualquer outro procedimento estético. CORPORAL ABDOMEN; BRACOS; COXAS; CULOTES; FLANCOS; COSTAS; GLUTEOS; GORDURA LOCALIZADA: O foco é a quebra da celula de gordura atraces da lipólise, no tecido subcutaneo. Utilizamos agentes estimulantes para desencadear este prcesso. Essa ativação da lipolise ocorre pelos receptores da membrana do adipocito. A gordura localizada pode ser definida como uma distribuição regional de gordura que pode ser classificada em ginóide (quando a deposição excessiva está localizada em quadril e coxas) e andróide (quando a deposição excessiva é na área abdominal). Há 8 a 10% mais gordura corporal no sexo feminino do que no masculino, em média. Devemos recordar que nas mulheres a gordura essencial representa entre 9 e 12% e, nos homens, 3%; isso faz uma grande diferença, que é devida à diferenciação hormonal de cada sexo. As mulheres em idade universitária mantêm entre 20 e 25% de seu peso corporal em gordura. As que se mantêm ativas no esporte e possuem uma alimentação saudável e balanceada possuem, em média, entre 15 e 18% de gordura corporal, mas, nas sedentárias, observa-se entre 25 e 27%. O tecido adiposo é, em geral, designado como depósito lipídico ou, simplesmente, depósito de gordura. Sua principal função é o armazenamento de triglicerídios até que estes sejam necessários para fornecer energia em outra parte do corpo. Uma função subsidiária, contudo, é a de proporcionar isolamento térmico do corpo. As células adiposas do tecido adiposo são fibroblastos modificados capazes de armazenar triglicerídios praticamente puros em quantidades iguais a 80 a 95% de seu volume. Elas também podem sintetizar uma quantidade muito pequenade ácidos graxos e triglicerídios a partir dos carboidratos, esta função suplementa a síntese hepática de lipídios. As lipases teciduais estão presentes em grande quantidade no tecido adiposo. Algumas dessas enzimas catalisam a deposição dos triglicerídios derivados dos quilomícrons e de outras proteínas. Outras, quando ativadas por hormônios, promovem clivagem dos triglicerídios das células dos ácidos graxos, os triglicerídios nas células adiposas liberando ácidos graxos 12 livres. Devido às rápidas trocas dos ácidos graxos, os triglicerídios nas células adiposas são renovados, aproximadamente, uma vez a cada 2 a 3 semanas, o que indica que os lipídios armazenados, hoje, nos tecidos não são os mesmos que estavam armazenados mês passado, enfatizando o estado dinâmico dos lipídios armazenados. O tecido adiposo tem como função principal o armazenamento de energia em forma de triglicerídeos, suas células, os adipócitos, apresentam seu desenvolvimento a partir de células semelhantes aos fibroblastos, multiplicam-se durante a infância e adolescência, permanecendo um número constante durante a vida adulta. Sendo que no adulto pode variar a quantidade de lipídio depositado em seu interior. As células adiposas, ou adipócitos, ocorrem isoladamente ou em grupos nas malhas de muitos tecidos conjuntivos, sendo especialmente numerosas no tecido adiposo. À medida que a gordura se acumula, as células aumentam de tamanho e se tornam globulosas, a gordura aparece, primeiramente, como pequenas gotas que, posteriormente, juntam-se para formar uma só gota. A mobilização da gordura está sob o controle nervoso e hormonal que leva à liberação de ácidos graxos e glicerol, os quais passam para o sangue. A noradrenalina liberada nas terminações pós-ganglionares dos nervos simpáticos do tecido adiposo é, particularmente, importante a este respeito, quando o organismo está sujeito a atividades físicas intensas, jejum prolongado ou frio. Acredita-se que os adipócitos evoluam dos fibroblastos, tanto no desenvolvimento normal como em várias circunstâncias patológicas, como no caso da distrofia muscular, onde ocorre a destruição de células musculares e substituição por tecido conjuntivo adiposo. Estas células estão em contato com a porção profunda da derme, sendo que o seu conjunto constitui a hipoderme, e são encontradas sobre a rede de colágeno. Também conhecidas como adipócitos, são agrupadas em forma de “cachos de uva”, os lóbulos adiposos, que são separados por paredes de conjuntivo, os septa lobulares. A troca gasosa entre as células adiposas e a corrente sanguínea é intensa, contribuindo para isso a rica vascularização do tecido conjuntivo. Pelas paredes interlobulares conjuntivas passam os vasos sanguíneos e as terminações nervosas. 13 Aplicação deve ser feita no tecido subcutaneo, em toda região acometida. Sessões podem ser feitas A CADA 7 – 10 DIAS – DE ACORDO COM O TIPO DE PRODUTO UTILIZADO. DISTANCIA ENTRE PONTOS: EM MEDIA 2 DEDOS – 2CM – TRABALHAR COM PONTOS ALTERNADOS. Quantida de sessões: depende da quantidade do gordura. Atividade fisica somente após 48h. Ideal associar com outras terapias para potencializar o resultado. CELULITE: O Fibro Edema Gelóide é popularmente conhecido como celulite, denominação que não traduz a condição fisiopatológica do quadro apresentado pelo doente. O termo celulite vem sendo utilizado há algumas décadas, havendo controvérsias quanto à sua utilização, devido ao sufixo “ite”, indicativo de inflamação, o que não define seu verdadeiro significado. Na verdade, trata-se de uma desordem metabólica localizada no tecido subcutâneo que provoca alterações na forma do corpo, desencadeando modificações na derme, na microcirculação e nos adipócitos. É uma afecção do tecido conjuntivo subcutâneo caracterizado histologicamente por uma infiltração edematosa, não inflamatória, seguida de polimerização da substância fundamental produzindo reações fibróticas, podendo ser até dolorosas no aspecto clínico, e que se manifestam em forma de nódulos ou placas, apresentando alteração em sua topografia localizada, sendo de incidência quase exclusiva do sexo feminino. A celulite não pode ser confundida com obesidade, onde ocorre apenas hipertrofia e hiperplasia de adipócitos. Embora isso, da mesma forma, ocorra em indivíduos com celulite, há também várias alterações estruturais na derme e microcirculação. O FEG é uma disfunção na derme tendo maior incidência nas regiões glúteas e coxas, ocasionado por um déficit do sistema circulatório e uma disfunção no tecido conjuntivo, tornando a pele com a aparência de uma “casca de laranja” e sendo antiestético na atualidade. Portanto, o FEG consiste em uma infiltração edematosa do tecido conjuntivo, seguida de polimerização da substância fundamental que, infiltrando-se nas tramas, produz uma reação fibrótica consecutiva. Essa polimerização (ou processo reativo), resultante de uma alteração no meio interno, é favorecida por causas locais e gerais, em virtude da quais os mucopolissacarídeos que a integram sofrem um processo de gelificação. 14 Sendo assim, o FEG pode ser definido clinicamente como um espessamento não-inflamatório das capas subdérmicas. O FEG é caracterizado por edema no tecido conjuntivo, devido ao acúmulo de proteoglicinas no meio extracelular, que possuem grande quantidade de água. Podendo aumentar de tamanho e número de adipócitos, o que causa compressão do sistema linfático e venoso local. O tecido adiposo possui septos interlobulares fibrosos, eles são finos. No gênero feminino estes septos são perpendiculares provocando a expansão do tecido adiposo areolar para a derme, podendo ocorrer rompimento de fibras elásticas, proliferação das fibras de colágeno, se tornando fibrótico. Com isso, pode comprimir nervos ocasionando algias locais e até quase imobilidade total de membros inferiores. O FEG é uma descompensação histoangiológica advinda de um ciclo vicioso, envolvendo alteração bioquímica do interstício (aumento de viscosidade), estase venulocapilar com hipooxigenação e consequente transformação do tecido adiposo em celulítico, e que evolui em quatro fases, iniciando por uma estase venosa e permeabilidade capilar anormal, progredindo até a fase fibrocicatricial com alteração de capilares. O FEG possui três definições no aspecto clínico, etiopatogênico e histológico: - Definição clínica: é uma forma de nódulos localizados, de extensão variada e espessamento não inflamatório das camadas subepidérmicas e, às vezes, com quadro álgico. - Aspecto etiopatogênico: é um processo reativo com alteração no meio interno, favorecido por causas locais e gerais que fazem com que os glicosaminoglicanas interajam, ocorrendo um processo de hiperpolimerização elevando o hidrofílico e a pressão osmótica intersticial, ocorrendo retenção hídrica na célula podendo comprimir vasos e nervos locais. - Aspecto histológico: é uma infiltração edematosa do tecido conjuntivo, seguida de polimineração da matriz extracelular com uma reação fibrótica consecutiva. A fisiopatologia do FEG possui quatro estágios evolutivos, que são eles: - Primeiro: é marcado por uma alteração esfincteriana arteriolar, pré-capilar, levando a uma modificação da permeabilidade do capilar venoso e ectasia capilar, com transudação e edema pericapilar e interadipocitário. - Segundo: o edema dificulta as trocas metabólicas e desencadeia uma resposta conjuntiva, com consequente hiperplasia e hipertrofia, levando a formação de uma trama irregular de fibrilas. -Terceiro: as fibrilas se agregam em fibras colágenas e se distribuem em arranjos capsulares em torno de grupo de adipócitos, formando os micronódulos. Porém, no quarto estágio, caracterizase por esclerose das traves conjuntivas e formação de macronódulos,pela confluência de muitos micronódulos. O FEG pode ser classificado em graus de severidade, sendo eles: - 1º grau: a celulite só é visível através da compressão do tecido entre os dedos ou da contração muscular voluntária. - 2º grau: as depressões são visíveis mesmo sem a compressão dos tecidos. - 3º grau: o acometimento tecidual pode ser observado quando o indivíduo estiver em qualquer posição. - 4º grau: tem as mesmas características do grau 3 com nódulos mais palpáveis, visíveis e dolorosos, aderência nos níveis profundos e aparecimento de um ondulado óbvio na superfície da pele. Podemos descrever as alterações que ocorrem no nível tecidual em quatro fases histológicas: - Primeira fase: uma fase congestiva simples há um acometimento do sistema circulatório e linfático. Há uma hipertrofia das células adiposas devido ao acúmulo de lipídios, por isso ocorre à diminuição na drenagem intercelular ocasionando o inundamento do tecido. Como consequência, uma compressão dos vasos que se 15 dilatam perante a dificuldade. A dilatação e a distensão das paredes da rede venosa aumentam a sua permeabilidade, o que resulta no escape para o tecido conjuntivo do líquido seroso, aumentando assim a pressão, a congestão e os fenômenos de bloqueio. - Segunda fase: fase exsudativa. O líquido seroso lançado no tecido conjuntivo contém resíduos de diferentes células das regiões vizinhas. Isto provoca reações de defesa no tecido ocorrendo o espessamento dos septos interlobulares, proliferação das fibras colágenas, tornando o tecido numa consistência densa. É o processo de floculação e de precipitação de substância amorfa do tecido conjuntivo. - Terceira fase: considerada a fase nodular. A densificação do meio conjuntivo irrita as fibras do tecido, dissocia-se em fibrilas, provocando sua rápida mutilação. Origina-se um tecido fibroso, que comprime o tecido conjuntivo, artérias, veias e nervos. - Quarta fase: há um espessamento do tecido conjuntivo interadipocitário, tornando o tecido adiposo rígido, sendo irreversível, produzindo uma algia constante em terminações nervosas. Quando há repercussão em nível circulatório periférico, o paciente apresenta sintomas gerais como fadiga, astenia, sensação de peso nas pernas, tensão e às vezes dores espontâneas difusas que aumentam de intensidade com o repouso, podendo chegar a câimbras noturnas. O FEG causa um déficit no retorno venoso de membros inferiores pela presença de teleangectasias, sintomas de parestesias, câimbras, algia a palpação, micro-hemorragias, diminuição de temperatura local e sensação de peso nos membros. O fibro edema gelóide pode atingir qualquer parte do corpo, exceto as palmas das mãos, as plantas dos pés e o couro cabeludo. São atingidas com maior frequência a porção superior das coxas, interna e externamente, a porção interna dos joelhos, região abdominal, região glútea e porção superior dos braços, antero e posteriormente. As mulheres são mais atingidas pelo fibro edema gelóide, por apresentarem duas vezes mais células adiposas que o homem. O aparecimento pode acontecer após a puberdade, em função das alterações hormonais ocorridas nesse período. A falta de exercício diminui a capacidade circulatória, diminuindo a drenagem e a oxidação de toxinas. Aplicação deve ser feita no tecido subcutaneo, em toda região acometida. Sessões podem ser feitas semanalmente – DEPENDENDO DO PRODUTO UTILIZADO. Distancia entre pontos de 2 dedos – 2 cm – TRABALHAR COM PONTOS INTERCALADOS Em media 05 – 10 sessões dependendo do grau da celulite. Ideal associar com outras terapias para potencializar o resultado. FLACIDEZ CORPORAL: A flacidez pode ser definida como estado de relaxamento; ausência total do tônus muscular. Pode ainda ser definida como o estado do que é mole, ou flácido. Tendo a pele comportamento viscoelástico, pode- se concluir que quando o limite elástico da mesma é ultrapassado por algum motivo, como por exemplo, um indivíduo magro que se torna obeso em um curto período de tempo e depois emagrece novamente, ao cessar o estímulo, ela não volta ao seu tamanho original, dando origem a esse “excesso de pele”, denominado flacidez estética. Aplicação deve ser feita na derme, em toda região acometida. Sessões podem ser feitas semanalmente e quinzenal – dependendo do protocolo sugerido Em media 05 – 10 sessões. Ideal associar com outras terapias para potencializar o resultado. 16 BIBLIOGRAFIA: FONSECA, A.; PRISTA, N. L. Manual de terapêutica Dermatológica e cosmetologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1984. FONSECA, A.; SOUZA, M. E. Dermatologia clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1984. JUNQUEIRA, C. L.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 9.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999. MAIO, M. Tratado de medicina estética. v.1 e v.3, São Paulo: Roca, 2004. AZULAY, D. R.; AZULAY, R. D. Dermatologia. 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. TONTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 6.ed. São Paulo: Artmed, 2000. ROSS, M. H.; REITH, E. J.; ROMRELL, L. J. Histologia: Texto e Atlas. 2.ed. São Paulo: Panamericana, 1993. PORTO, C. C. Semiologia médica 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. GUIRRO, E. C. O.; GUIRRO, R. R. J. Fisioterapia dermato-funcional: Fundamentos, Recursos e Patologias. 3.ed. São Paulo: Ed. Manole, 2004. GUIRRO, E. C. O.; GUIRRO, R. R. J. Fisioterapia em estética: fundamentos, recursos e patologias. 3.ed. São Paulo: Ed. Manole, 2004. YAMAGUCHI, C. Procedimentos estéticos minimamente invasivos. ed. Santos, 2005. SILVA. Análise do tratamento de estrias com o uso do gerador de corrente contínua filtrada constante Striat em mulheres entre 15 e 60 anos. 1999. 78 p. Monografia (Graduação em Fisioterapia). Universidade de Tuiuti, Curitiba. PIMENTEL, A.S. Medicina e cirurgia estética no consultório. v. 1, ed. LMP; São Paulo, 2007. DOSE 1 ML 2 ML 4 ML 8 ML 10 ML 0.05 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 17
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