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Hipersensibilidade tipo 2 e tipo 3 HIPERSENSIBILIDADE TIPO II É uma hipersensibilidade provocada por anticorpos dirigidos contra antígenos de superfície de células/tecidos ou matriz extracelular. Sendo esses anticorpos do isotipo IgM ou IgG. AUTOIMUNE sempre. Exemplos: Rejeição hiperaguda ou aguda Purpura trombocitopênica – o antígeno alvo é a proteína da membrana das plaquetas, sendo que o mecanismo dessa doença é relacionado à opsonização e fagocitose dessas plaquetas. A manifestação clínicopatológica é a hemorragia. Síndrome de Goodpasture – o indivíduo produz anticorpos dirigidos contra moléculas colagenosas da lâmina basal do glomérulo renal e dos pulmões (são fenestrados e passíveis de reconhecimento errôneo), tendo como mecanismo a inflamação mediada pelo sistema complemento (relação com a via clássica). A manifestação clínicopatológica é a nefrite e a hemorragia pulmonar. Febre reumática – tem como antígeno alvo as células do miocárdio em mimetismo molecular com o antígeno de parede celular de Streptoccocus pyogenes beta-hemolítico do grupo A (amigdalite). Elas fazem a deposição de cálcio em regiões específicas. O mecanismo se dá pela inflamação, opsonização e ativação de macrófagos. E a manifestação clínicopatológica é a miocardite e a artrite. Miastenia grave – o antígeno alvo é o receptor de acetilcolina (Ach), que provoca um efeito biológico nessa musculatura que recebe o sinal, com isso, a pessoa perde a capacidade de controlar os movimentos, já que os neurônios não conseguem mais induzir os impulsos de contração, ou seja, afeta também o Sistema Nervoso Somático. Assim, seu mecanismo se dá quando o Ig inibe a ação da Ach, reduzindo a modulação do receptor. A manifestação clínicopatológica é a fraqueza muscular e a paralisia. Doença de Graves – o alvo sistema imune são os receptores de TSH (hormônio tireotrófico), o que faz com que a tireoide entenda um estímulo constante, produzindo muito T3 e T4 e promovendo a queda de TSH, representando seu mecanismo. Tem como manifestação clínicopatológica o hipertireoidismo. Diabetes mellitus insulino resistente – o antígeno alvo é o receptor de insulina, tendo como mecanismo a inibição da ação da insulina pelo Ig (IgG ou IgM). A manifestação clínicopatológica é a hiperglicemia e a cetoacidose. Pênfigo vulgar – tem como antígeno alvo a proteína das junções intercomunicantes das células epidérmicas (desmogleina – encontradas nos desmossosmos), fazendo com que a pele perca sua resistência e sua elasticidade. Seu mecanismo é a inflamação e o rompimento das junções comunicantes. A manifestação clínicopatológica afeta principalmente a pele e as mucosas, formando bolhas como se fossem queimaduras. São observadas a clivagem suprabasal e a acantólise acentuada. (Células acantolíticas, que são arredondadas, com citoplasma eosinofílico, núcleo picnótico e halos perinucleares, passam a ser frouxamente unidas). HIPERSENSIBILIDADE TIPO III É uma hipersensibilidade provocada por excesso de complexos Ag-Ig precipitados, produzindo inflamação local. São produzidos anticorpos (IgG ou IgM) contra antígenos solúveis no plasma sanguíneo. O plasma leva vários elementos e substâncias, o que pode resultar em um acúmulo das mesmas em certos locais da corrente sanguínea, precipitando. Exemplos: Lúpus Eritematoso Sistêmico – tem como antígeno alvo os ANAs (anticorpos anti-nucleares), o que leva a produção de anticorpos contra DNA, histonas, proteínas não-histona de RNA e antígenos nucleares. Tem como manifestação clínicopatológica o Rash Malar, a nefrite e a vasculite. Poliarterite nodosa Glomerulonefrite pós-estreptocócica Doença do Soro X Remoção de complexos imunes – tem como antígeno alvo (Doença do Soro) as proteínas do soro não próprias. A manifestação clínicopatológica é a artrite, a vasculite e a nefrite. → Sistema complemento também tem a função de remover os complexos imunes. Quando pequenos: o macrófago apenas envolve o complexo e o destrói, sendo facilmente removidos. Porém, quando há uma resposta exacerbada, com uma grande quantidade de complexos imunes, as hemácias, junto com o sistema complemento, conseguem remover esses complexos, por meio do “afrouxamento” do complexo pela união entre hemácias e sistema complemento, e por meio da clivagem do CR1 (receptor do sistema complemento), impedindo que ele atue na participação de uma nova remoção.
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