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Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV Paula Shiroma 1 Hipersensibilidade Resposta imunológica adaptativa exagerada ou inapropriada a um estímulo produzido por um antígeno, que causa dano/lesão tecidual ou doença Causas de hipersensibilidade Autoimunidade: - quebra de tolerância central ou periférica que induz a ativação de cels T ou linf B Reações a antígenos expressos por microrganismos(MO): - podem acontecer após infecções por MO Reações a antígenos ambientais não microbianos: - respostas alérgicas mediadas por igE(hipersensibilidade tipo 1) Reações a antígenos teciduais/celulares heterólogos(aloantígenos): - inserção dentro de um organismo células ou tecidos provenientes de outro organismo (ex transplantes, tranfusoes sanguíneas) Tipos de hipersensibilidade Mediadas por ig= tipo I (imediata) Mediadas por anticorpos não igE= tipo II Mediadas por imunocomplexos= tipo III Mediadas por células T (sem participação de anticorpos) = tipo IV (tardio Tipos de hipersensibilidade: classificação (segundo mecanismos celulares e moleculares que as produzem) TIPO 1-hipersensibilidade imediata - mediação por anticorpos IgE - direcionados a antígenos solúveis - principal mecanismo envolve ativação de mastócitos, podendo ter envolvimento de basófilos - 2 a 30 minutos para aparecer sintomatologia - asma, eczema, anafilaxia sistêmica, rinite alérgica TIPO 2- hipersensibilidade citotóxica - anticorpos citotóxicos IgM e IgG(e seus receptores específicos presentes na superfície de células, como de fagócitos e células NK) - presença de plaquetas e complemento ajudando na citotoxicidade - antígeno associado a matriz celular ou membrana celular - 5 a 8 horas - transfusões de sangue inapropriadas; alergias a drogas TIPO 3- hipersensibilidade por imunocomplexos - mediada por imunocomplexos solúveis de antígeno anticorpo, às vezes antígeno complemento → complexos, dependendo de seu tamanho, podem ser depositados em membranas vasculares e gerarem patologia das doenças tipo 3 - IgG - antígeno solúvel - 2 a 8 horas - lúpus eritematoso sistêmico TIPO 4- hipersensibilidade tardia - mediação por células TCD4 (maioria e associados a antígenos solúveis), Th1, Th17, TCD8( antígenos associados às células- citotoxicidades) - 24 a 72 horas - diabetes tipo 1(autoimune), esclerose múltipla Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV Paula Shiroma 2 HIPERSENSIBILIDADE TIPO 1 Estímulos ambientais + pré disposição genética (atopia)= alergias Alergias direcionadas tanto a alimentos, quando a elementos do ar (pó, poeira, ácaros) → estímulos ambientais( geralmente inócuos) podem conduzir a efeitos de resposta exagerada de sistema imune, gerando as alergias Nem todos indivíduos desenvolvem alergia, pois 40% das pessoas têm predisposição genética para maior resposta imune (atopia) Características comuns aos alérgenos Alérgenos: substâncias inócuas que normalmente não trazem doença - são proteínas: induzem resposta de células T - contém peptídeos de MHC II: ativação de linfócitos T - atividade enzimática: funcionam como proteases - em baixas doses, por tempo contínuo: favorece ativação de células Th2, principais envolvidas nos processos alérgicos - baixo peso molecular : facilita difusão através de muco - altamente solúvel: alérgeno pode ser prontamente eluído de partículas - estável: permanecem por muito tempo em partículas dessecadas junto ao meio ambiente Mecanismo da alergia Reações alérgicas têm seus sintomas após re- exposições a um mesmo alérgeno Fase 1- primeira exposição // sensibilização - alérgeno atravessa barreira epitelial, alcança células apresentadoras de antígenos, que apresentam os antígenos aos linfócitos **pessoas com predisposição genética, ativam fatores de ativação de células dendríticas que levam a ativação de células Th2 - linfócitos Th2 são os principais envolvidos e ativados pelas APC, produzirão IL-4,IL-5,IL- 13,IL-21 → IL-4 ativam linfócitos B, que produzem anticorpos igM mas rapidamente trocam para IgE + ativação de eosinófilos - IgE produzidas encontram células que possuem receptores para IgE, encontra-se basófilos circulantes, mastócitos, eosinófilos → células “prendem essa IgE” e tornam-se células armadas - indivíduo fica sensibilizado a esses alérgenos - cels th2 de memorias tambem produzidas Fase 2- reexposição //desencadeamento de reação Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV Paula Shiroma 3 - já possui células armadas com receptores de IgE alérgeno especificas → maior produção de igE também é induzida - alérgeno liga-se a 2 moleculas de igE uma ao lado da outra, pode haver ligação cruzada, que produz sinais, e faz com que célula comande ativadores que promovem a degranulação do mastócito e liberação de citocinas e mediadores que levam aos sintomas - desencadeia-se a reação alérgica propriamente dita, com reativação de células armadas por igE - resposta imediata: “espirro”, Vasodilatação, Oclusão de vasos, Espasmo muscular - resposta tardia: Edema, Secreção de muco, Infiltração de leucócitos, Lesão tecidual Mastócitos ativados - liberação de histamina já sintetizados, nos grânulos e leucotrienos recém sintetizados → vasodilatação e aumento de permeabilidade vascular → maior saída de células dos vasos aos tecidos, inicialmente neutrófilos e posteriormente eosinófilos - produção de TNF que ativa neutrófilos recém recrutados dos vasos aos tecidos inflamatórios - TGF- beta e fatores de crescimento de fibroblastos produzidos → promovem a cicatrização e fibrose em situações inflamatórias mais adiantadas - histamina, prostaglandina e proteases: interações em células nervosas provocando dor, e musculatura lisa provocando broncoconstricção, e TGI movimentos peristálticos (vômito, diarreia) - citocinas produzidas para manutenção de células B produtoras de IgE, ativação de eosinófilos Fases da reexposição/ desencadeamento 1- Fase imediata: mediadores já pré formados, mediada principalmente por histamina; mediadores lipídicos =prostaglandinas e leucotrienos; mastócitos são degranulados → edema e congestão vascular 2- Fase tardia: 8h após iniciada a degranulação mastocitária; também, presença de citocinas e quimiocinas; eosinófilos/ neutrófilos; associada a asma Ativação de mastócitos Inicialmente: degranulação, liberação de histamina, heparina, serotonina → histamina leva a vasodilatação Sinais de ativação da fosfolipase A2 sobre ácido araquidônico → gera mediadores lipídicos (prostaglandinas e leucotrienos), que sustentam a vasodilatação e aumentam a permeabilidade vascular Ativação de fatores nucleares e a produção e secreção de citocinas IL5 IL13 envolvidas na fase mais tardia com a ativação de eosinófilos e produção de muco Síntese e secreção de citocinas como TNF Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV Paula Shiroma 4 Sintomas como consequência de mastócitos e liberação dos mediadores na resposta imediata Sintomas variam do local de entrada e exposição ao alérgeno: - via TGI: aumento de secreção de fluidos, de movimentos peristálticos que conduzem a expulsão de conteúdo gastrointestinal = diarreia e vômito - via aérea: diminuiçãodo diâmetro da arvore respiratória, maior contratibilidade das vias, aumento de secreção de muco que favorece obstrução (congestão e bloqueio de vias aéreas) = espirro, tosse, expectoração, inchaço de vias nasais - via vasos sanguíneos: diretamente introduzido via intravascular ou alcançou vasos após absorção intestinal por exemplo em caso de alergia alimentar; vasodilatação e aumento de edema, fluxo sanguíneo, permeabilidade = edema local, aumento de fluido para todos tecidos com queda de pressão, problemas de ventilação, hipoxia e atingir demais órgãos como coração e rins, e pode levar até a choque Atuam na fase tardia, sobretudo envolvidos na asma crônica Destaque a colagenases, IL5 IL3 para ativarem mais eosinófilos, quimiocinas CXCL8 aumento de eosinófilos na fase tardia; Doenças associadas a hipersensibilidade tipo 1: •RINITE ALÉRGICA •ASMA ALÉRGICA •ALERGIA ALIMENTAR •CHOQUE ANAFILÁTICO •CONJUNTIVITE ALÉRGICA •URTICÁRIA E ANGIOEDEMA (MEDIADA POR IgE) •DERMATITE ATÓPICA Alergias a alimentos Alérgenos que levam a alergias alimentares têm como porta de entrada as mucosas gastrointestinais Absorvemos alimentos que dão origem a peptídeos antigênicos e que funcionam como alérgenos Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV Paula Shiroma 5 Sistema imune importante para ambiente tolerogênico a antígenos alimentares → preponderância de células Treg naturais e induzidas que produzem citocinas como TGF beta e IL10 que mantém ambiente tolerogênico e impedindo que haja ativação de células TCD4 contra antígenos alimentares Apresentação desses antígenos por céls dendríticas promovem a liberação de citocinas que induzem a produção de Treg, que produz citocinas e realimenta esse ambiente tolerogênico ALERGIA: quebra de tolerância com entrada dos alérgenos Entrada de alérgenos(por nozes, amendoins, crustáceos) , que atravessa a mucosa intestinal e são capturados por céls dendríticas, que produzem citocinas que levam a ativação de cels Th2 Cels Th2 ativadas produzem principalmente IL4, que alimenta a produção de Th2 (expansão clonal local) e inibem as céls Treg, e promovem ativação de cels B que fazem troca de Ig para igE, que encontrará mastócitos e gerará a sensibilização dos quadros alérgicos Ao mesmo tempo da entrada de alérgenos, essas células dendríticas podem estar suscetíveis a PAMPs oriundos do ambiente, também rico em bactérias → possibilidade de ativação via PAMPs → citocinas que favorecem a ativação de Th2, e ativação de grupo de céls linfoides inatas que produzem IL4 e IL13( que bloqueiam ativação de Treg e favorecem ativação de Th2) Consequência de alergia a alimentos: - reações imediatas (urticárias) - situações mais graves: individuo já sensibilizado, alto limiar de sensibilização, pode acontecer que a reexposição aos mesmo alérgenos gere uma reação sistêmica (reação do choque anafilático) → ativação de mastócitos, liberação rápida de componentes vasodilatadores já sintetizados, seguida de liberação de recém sintetizados a partir do metabolismo de ácido araquidônico, gerando vasodilatação e aumento de permeabilidade vascular, edema, e constrição do musculo liso → dilatação local de vasos: diarreia, vomito Choque anafilático Reação alérgica sistêmica, rápida e severa, com diminuição de pressão arterial, taquicardia, distúrbios gerais de circulação sanguínea, podendo haver ou não o edema de glote; pode resultar em morte se não tratado; raro se por causa alimentar, mais comum ocorrer por introdução direta e sistêmica do alérgeno ou hipersensibilização por picada de abelha (portadores de seringas de adrenalina) DIAGNÓSTICO DE ALERGIA In vitro 1- Dosagem de igE total Para rastrear se há maior produção de igE 2- Quantificação de eosinófilos Cuidado: eosinófilos não aumentam apenas em alergias, podem aumentar em infestações por helmintos 3- ELISA Detecção de igE alérgeno específica (antigamente RAST, mas este esta sendo excluído) In vivo Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV Paula Shiroma 6 1- Teste de provocação brônquica Mede capacidade respiratória do individuo ou extensão de dano pulmonar 2- Teste cutâneo: Prick- test Tenta descobrir alérgenos para os quais os indivíduos apresenta reações alérgicas Normalmente se introduzem volumes pequenos. Em pontos separados, introduz-se potenciais alérgenos em diferentes soluções antigênicas → verificar se há formação de pápula mole, e em que pontos TRATAMENTO DE ALERGIAS 1- Tratamentos sintomáticos - Por bloqueio de receptores - Anti histamínicos: alívio imediato - Anti leucotrienos - anticorpos específicos contra citocinas, como IL4 que ativaria linfócitos B, e IL13 e IL5 que ativariam eosinófilos(diminui produção de muco e ativação de céls de musculatura lisa) - Broncodilatadores beta agonistas: “bombinhas” 2- Evitar a degranulação de mastócitos - Fármacos cromolin sódico , que inibe o influxo de cálcio → grânulos citoplasmáticos não extrosam - Fármacos teofilinas : Fosfodiesterases evitam que grânulos eliminam mediadores histamínicos, principalmente 3- Imunoterapia Inibe proliferação de células pró alérgenas - Administração de anti-igE: reconhecem igE pelo Fc e impedem fixação no mastócito ~ omalizumab - Hipossensibilização( dessensibilização): induz a substituição de resposta Th2 por Treg -glicocorticóides podem ser ou não usados com imunoterapia→ usados em doses que os tornam imunossupressores e impedem a conversão de céls naive em Th2, e processo de geração de B e produção de igE alérgeno especifica - Corticoide usado para longo prazo, dim de resp inflamatória Objetivos da imunoterapia: - qualidade de vida - diminuição de sintomas e diminuição de fármacos usados - menor número e intensidade de reações alérgicas - prevenção na progressão da alergia - prevenir novas sensibilizações - diminiu citocinas Th2 - aumento de citocinas Th1, e do número de cels Treg HIPERSENSIBILIDADE TIPO II Reações causadas pela presença de anticorpos contra antígenos expressos em tecidos ou presentes na superfície de células (antígenos que estão acoplados a alguma superfície, podendo ser expressos por matriz extracelular, células de tecidos ou células solúveis/sanguíneas) Participação de igG e igM, geralmente afeta tecidos específicos Reações classificadas em: - doenças em que há destruição de células/tecidos: ativação de complemento, ou fagocitose de células( no caso de cels solúveis) - doenças em que a presença de anticorpos e ligação leva a alteração da função de receptores expressos por células ou alterações de moléculas de superfície expressas por essas células → interfere com funcionamento das células/tecidos Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV Paula Shiroma 7 Mecanismo de dano tecidual/celular quando antígenos reconhecidos como estranhos Antígenos na superfície de células em suspensão (Hemácias, fragmentos de plaquetas, leucócitos sanguíneos em suspensão) - geram a prod de anticorpos que se ligam a esses antígenos → ativa via clássica do complemento → formação do complexo de ataque a membrana(MAC) ou gera opsonização por fragmentos C3b e anticorpos já ligados → cels passam pelo baço, são reconhecidas por macrófagos residentes, que possuem receptores para complemento ou receptores Fc, reconhecem essas células, fagocitam e posteriormentehá a destruição dessas células → remocao de plaquetas, hemácias, leucócitos da circulação Antígenos expressos na matriz extracelular - antígenos expressos ou que compõem essa matriz extracelular → reconhecidas como estranho → prod de anticorpos → ligação antígeno anticorpo e há ativação da via clássica de complemento, não há geração de MAC mas há a geração de anafilatoxinas C3a, C5a , que caem na circulação e atraem ao local leucócitos circulantes (neutrófilos princ), que reconhecem os anticorpos via receptores Fc → ativação de neutrófilos, liberação de enzimas e espécies reativas de oxigênio( EROs) → inflamação e dano celular Antígenos expressos na superfície das céls do tecido - antígeno reconhecido como estranho → anticorpos → complemento e via clássica → MAC → destruição das células Ou - gera anafilatoxinas e atrai para local neutrófilos, macrófagos que reconhecem essas cels via receptor Fc→ liberação de EROS, enzimas → inflamação e destruição de células no local e células vizinhas Antígenos com papel de receptores expressos em superfície de célula do tecido - receptores hormonais ou de neurotransmissores, por exemplo → anticorpos (dependendo da classe, há ou não ativação de complemento) → anticorpos que podem ter 2 ações (alterando a função da célula): * agonista: ao se ligar ao receptor, simula ligação do ligante do receptor→ estimula a célula, que produzira e secreta hormônios, por exemplo *antagonista: se liga ao receptor e bloqueia a função da célula Doenças causadas por hipersensibilidade tipo II Reações transfusionais aguda Ocorrem em casos de transfusões sanguíneas de sangue cujas hemácias expressam antígenos não compatíveis aos do receptor Relacionadas aos sistemas ABO, Rh, entre outros sistemas de antígenos de hemácias No sistema ABO: - nascemos, e após a colonização pela microbiota, há a produção de anticorpos naturais, que são igM direcionados contra alguns carboidratos expressos por MO comensais, mas que tem a mesma estrutura de glicoproteínas expressas em nossas hemácias: antígenos tipo A, B → tipos sanguíneos A, AB, B , O - ao receber sangue com antígeno não compatível, de um tipo sanguíneo diferente, os anticorpos naturais já pre formados e na circulação, reconhecem esses antígenos das hemácias transfundidas → ligação e ativação de complemento na superfície dessas hemácias - ativação de cascata de complemento, liberação de fatores inflamatórios, anafilatoxinasC3a,C5a → ativação de células do sistema imune(mastócitos, Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV Paula Shiroma 8 monócitos) ou de cels endoteliais → liberação de citocinas e quimiocinas por essas células: essas citocinas são citocinas inflamatórias + ativação do endotélio → dano do endotélio, aum de permeabilide vascular, vasodilatação → hipotensão, febre e coagulação intravascular disseminada - finalização da cascata do complemento: MAC e destruição de hemácias transfundidas → liberação de heme, Hb → hemoglobinemia, hemoglobinúria, prejudica sistema de filtração renal: vasoconstriccao renal , inflamação do rim, inflamação e necrose aguda dos túbulos renais, remocao de NO devido a ativação endotelial, insuficiência renal Reação transfusional tardia - formação de anticorpos não igM, igG contra antígenos expressos de hemácias transfusionais → algumas hemácias que continuam no sistema circulatório ativam a mudança de classe - igg: ativação incompleta do complemento (menos eficiente de igM)→ opsonização por essa própria igG ou por C3→ hemácia opsonizada no baço: fagocitose por macrofafos e destruição dessas hemácias + formação de esferócitos por perda de Hb + hemólise liberada heme, que será metabolizada e formará a bilirrubina não conjugada → conjugação no figado e secreção de esferocitos e bilirrubina conjugada na forma de urobilinogenio e estercobilinogenio // se a excreção e conjugação não estiverem adequadas, ocorre icterícia - destruição de hemácias → ANEMIA (também porque individuo ainda não recuperou da sua falta de hemácias antes) Púrpura trombocitopênica autoimune - geração de autoanticorpo, geralmente da classe igG, que reconhece antígenos na superfície de plaquetas → opsonização e fagocitose das plaquetas - amplificação da resposta pode ocorrer porque antígenos dessas plaquetas serão apresentados para linf TCD4 que serao estimulados, haverá cooperação com linfocitos B e produção de mais anticorpos →Autoanticorpos amplificam a destruição de plaquetas e ao mesmo tempo, geram-se anticorpos que reconhecem antígenos presentes na superfície dos megacariócitos(precursores de plaquetas), podendo ter interferência na produção/ maturação destes → diminuição ainda maior de plaquetas na circulação - linfócitos T CD8 citotóxicos: diminuição/ inibição de diferenciação de megacariócitos (mecanismo ainda não bem descrito) - diagnostico: diminuição de plaquetas de forma isolada - tratamento: transfusão de plaquetas para recuperação imediata + glicocorticoides para diminuir resp infl, proliferação dos linf T e B e menor prod de anticorpos; ig intravenosa, dim prod de anticorpos (IVIG); remoção de baço para menor fagocitose de plaquetas pelos macrófagos(esplenectomia); agonistas de receptor de tromoipoietina (estimulo a prod de plaquetas na medula óssea); imunoterápicos (rituximab – anticorpo monoclonal que reconhece e destrói linf B) IVIG: imunoglobulinas de vários doadores de sangue; por que deve-se administrar anticorpos a esse paciente? Alguns anticorpos reagem com anticorpos próprios, formam-se poucos imunocomplexos e podem se ligar a receptores Fc do plasmócito e há inibição a produção de anticorpos; diminui-se o tempo de IG autoreativas pq não são estocados Eritoblastose fetal- doença hemolítica do recém nascido - mãe rh-; criança rh+ - 1 gravidez sem problemas, geralmente - parto: passagem de hemácias fetais que entram em contato com a circulação da mae →hemacias fetais rh+ reconhecidas como estranhas e sensibilização da mae e prod de resp imune com a produção de anticorpos igG→ anticorpos e plasmócitos prod desses anticorpos permanecem no corpo da mae - 2 gravidez: criança rh+ → passagem de anticorpos igG anti rh da mãe para feto pela placenta → reconhecimento das hemácias da criança pelos anticorpos → destruição massiva e anemia hemolítica(pode variar de grau); complicações= hidropsia fetal, acumulo de bilirrubina(pode levar a alterações cognitivas na criança- Kernicterus fetal) Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV Paula Shiroma 9 - diagnostico: tipagem sanguínea da mae e da criança; testes de coombs de 2 tipos: **coombs direto= verifica se hemácias da criança estão opsonizadas com anticorpos maternos; qnd nasce ou ainda na gestação, pega-se sangue do cordão e se hemácias estiverem com anticorpos anti rh e na adição de anticorpos anti anticorpo houver aglutinação → teste positivo **coombs indireto= para saber se mae tem anticorpos ant rh: coleta soro da mae, adição de hemácias rh+ no tubo de ensaio – se tiver anticorpos, com a adição do anticorpo anti anticorpo: ocorrerá aglutinação - hoje toma-se mais precaução com a sensibilização de mae rh- → administração, após o parto da 1 crianca, de anticorpos anti rh na mae em soro → anticorpos destroem hemácias rh+ por fagocitose ou ativação de complemento, e não há tempo de fazer a sensibilização da mae Doenças mediadas por anticorpos contra receptores ou proteínas expressas na superfície celular, mas não há destruição dessas células,mas da perda de função das proteínas ou perda de função das células Pênfigo Nas junções intercelulares de células epiteliais, há os desmossomos constituídos de proteínas desmogleína e desmocolina → interações CIS entre outras desmogleinas e interações TRANS com as desmocolinas ou desmogleinas expressas em outras células Produção de anticorpos que reconhecem desmogleína e anticorpos podem ter 3 funções que alteram a função da desmogleína: - ligação direta com a desmogleína → deslocamento estérico (ocupação de espaço molecular, o que impede interação cis ou trans das moléculas de desmogleina) → desmossomo não formado de maneira adequada - anticorpos se liga a desmogleinas →impede sinalização intracelular nas cels epiteliais e altera citoesqueleto dessas células e prejudica ainda mais as juncoes intracelular - anticorpos se ligam a desmogleínas e inibem montagem de desmossomos e causam endocitose das moléculas de desmogleina → menor qntd de desmogleina entre desmossomos e impede ligação entre as células Mecanismo imunopatológico: - doença multifatorial, autoimune: componentes genéticos(alguns HLA com predisposição) + quebra de tolerância central ( na circulação, tem-se anticorpos que reconhece proteínas da desmogleina) + quebra de mecanismos de tolerância periférica Formas de pênfigo 1- Pênfigo vulgar 2- Pênfigo foliáceo: 2 tipos → comum ou endêmico(“fogo salvagem”; componente genético muito forte; associado a picada de mosquito Lutzomyia longipalpis, gera-se anticorpo contra saliva do mosquito, mas esse anticorpo reconhece em parte a DSG 1) Nos pênfigos vulgar e foliáceo: Linfócitos TCD4+ direcionados a Th2 , que produz IL4: participa da cooperação com linf B específicos, colabora com IL10(prod pelas TReg1) → mudança para igG4 (não ativa complemento) - não há destruição de células, apenas bloqueia funções de formação de junções intercelulares → acantólise 3- pênfigo paraneoplásico - associado a indivíduos que apresentam tumores - participa Th1 além de Th2 - bloqueio de funcoes de desmogleina e do desmossomo + estimulação de células T → Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV Paula Shiroma 10 acantólise + dermatite de interface com queratinócitos em apoptose Características dos pênfigos Desmogleinas expressas em qntd dif em dif tecidos: - mucosa: DSG 3 > DSG1 - pele DSG 1> DSG3 DSG 1: - expressa em porcoes mais superficiais do epitelio DSG 3: - expressas em camadas mais basais de epitelio Pênfigo vulgar mucoso dominante: lesoes princ na mucosa , baixa lesoes na pele - baixa prod de anti DSG 1 - anti DSG 3 produzido Pênfigo vulgar mucocutaneo: lesoes na pele e na mucosa - produção de DSG 1 e DSG 3 Pênfigo foliáceo: - anti DSG 1, mas não contra DSG 3 - lesoes de pele Pênfigo paraneoplasico: - anti DSG 3 :lesoes mais importantes na mucosa - anti DSG 1 menor: lesoes menos importantes na pele - infiltrado de células T Manifestações clínicas Lesões em poucas áreas no inicio, mas rapidamente progride para áreas do corpo todo Espalha-se e quebra de barreira epitelial, deprendimento fácil entre camadas de pele → teste de sinal de Nikolsky positivo Pênfigo vulgar(princ mucocutaneo): mucosa oral,princ , e pele Pênfigo foliáceo: pele Pênfigo paraneoplasico: acomete mucosa, princ mucosa oral Diagnostico: primeiro olha-se manifestações clinicas, mas usa- se também exames laboratoriais para confirmação Histopatologia: Histologia pênfigo vulgar: acantólise ocorre principalmente entre camada basal e espinhosa; camada mais profunda Histologia pênfigo foliáceo: separação de epiderme, entre camada granular e camada espinhosa; mais superficial Pênfigo paraneoplasico: infiltrado de linfocitos na pele do paciente TAMBÉM: imunofluorescência direta → corte histológico em que há observação de deposição de igg4 nos desmossomos → coloca-se anti anticorpo com fluorescência que reage com igg4 Tratamento: - glicorticoides sistêmicos em alta dose, com função imunossupressora além de anti inflamatória - imunossupressores: interferem com a proliferação de linfocitos – micofenolato mofetil, azatioprina - rituximab - IVIG - plasmaferese: remocao de anticorpos pela passagem do plasma por um equipamento DOENÇA DE GRAVES Hipertireoidismo Doença autoimune : geração de anticorpos que se ligam a receptores do TSH TSH baixo pq está sendo inibido e T3,T4 altos Peptideos derivados do TSH são capturados por APC, apresentados a linf Th1 , coopera com linf B, ocorre prod de plasmócitos produtores desses anticorpos anti receptor de TSH com função AGONISTA(ao se ligarem a receptores nas cels foliculares da tireoide, Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV Paula Shiroma 11 induz o aumento de secreção de hormônios tireoideanos T3,T4 livres) → proliferação, hiperplasia (por fatores de crescimento) das células da tireoide e aumento da produção de hormônios tireoidianos Diagnostico: Suspeita de hipertireoidismo, exclui-se que sejam nódulos → dosagem de T3,T4 livres → T4 livre alto e TSH baixo → hipertireoidismo → dosagem de anticorpos anti TSHR → se der negativo, pode-se fazer testes auxiliares como testes de captação de iodo radioativo: se for difuso, doença de graves; se baixa ou ausente, investigar outras causas de hipertireoidismo Tratamento: não trata com drogas anti inflamatórias nem imunossupressores, mas diminuindo a função da tireoide - drogas antitireoidianas: tionamidas - iodo radioativo com destruição de cels de tireoide - remocao da tireoide - reposição hormonal MIASTENIA GRAVIS Doença autoimune com produção de anticorpos direcionados contra receptores de neurotransmissores que atuam na transmissão de sinais nas placas motoras Neurônio libera acetilcolina, que atua em receptores e induz a contração de fibras musculares, mas na miastenia gravis, anticorpos anti receptor de acetilcolina → bloqueio de ligação de ach com receptor e não há sinalização (função antagonista) ou anti corpos anti ach, que leva a ativação de complemento, MAC e dano em membrana pos sináptica, e menor sinalização e pode levar a aumento de internalização e degradação do receptor do ach, diminuindo o número de receptores; outros pacientes, geram anticorpos contra outros tipos de proteínas, como anti MuSK e anti LRP4, e reduzem numero de receptores de ach - MuSK, LRP4 são proteínas expressas na superfície da cel muscular responsáveis pela agregação de receptores de ach na superfície da cel muscular Consequência: liberação de ach ocorre, mas não há o receptor de ach na cel muscular → falta de contração muscular: flacidez muscular - inicialmente fraqueza muscular de pálpebras - dificuldade de fala, deglutição etc - paralisia flácida, e até morte Diagnostico: - critérios clínicos - testes de fadiga muscular - detecção de anticorpos anti AChR e anti MuSK - testes de condução nervosa (EMG) - teste com inibidores de acetilcolinesterase: para que se recupere o movimento rapidamente - investigar alterações tímicas (timoma): grande parte tem isso associado// ind tem neoplasia no timo, desregula seleção negativa quebra de tolerância central Tratamento: depende da gravidade - inibidores de colinesterase - timectomia: no caso de timoma → geralm com timectomia, há regressão de sintomas - glicocorticoides e podem ser subst. Por imunossupressores em casos mais graves - IVIG - plasmaferese Exemplos de fármacos que induzem a hipersensibilidade tipo II Algunscausam tb tipo I Células alvo eritrócitos: penicilina, clorpromazina, fenacetina Célula alvo granulócitos: quinidina, amidopiridina Célula alvo plaquetas: sulfonamidas, tiazidas Drogas se associam a proteínas expressas por algumas cels, levam a modif de proteínas, que passam a ser reconhecias como estranhas e levam a Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV Paula Shiroma 12 produção de anticorpos que podem levar a destruição dessas células Penicilina Molécula de baixo peso molecular Pode induzir a reações alergias (tipo I): penicilina atua como hapteno (molécula que qnd interage com proteínas próprias, modifica estrutura dessas proteínas e formam-se neoantígenos) → complexo penicilina carreador; produção de igE; sensibilização de mastócitos na primeira exposição; mastócitos já armados e manifestações alérgicas desde mais leves a reações mais graves Pode induzir hiperss tipo II → interação penicilina com proteínas expressas em superfície de hemácias → neoantígenos reconhecidos pelo sistema imune, prod de igg e destruição direta por complemento via clássica, ou opsonização e fagocitose → anemia hemolítica, trombocitopenia (penicilina se ligando a plaquetas) e posteriormente púrpura// as vezes não precisa de reexposição pq hemácia tem via longa, penicilinas conseguem induzir resp imune após 1 ou 2 semanas após aplicação de penicilina Pode induzir hiperss tipo III: mediada por imunocomplexos→ penicilina+ carreador solúveis e há prod de anticorpos contra ele → formação de imunocomplexos, que podem se depositar em vasos, resp inflamatória com atracao de neutrófilos, dano endotelial, vasculite, doença do soro, reação de arthus Devido às características de algumas reações de hipersensibilidade causadas pela penicilina, alguns indivíduos podem manifestar os sintomas mesmo na primeira aplicação (não necessitando de exposição prévia). Isso ocorre devido ao fato de que as proteínas modificadas podem permanecer por tempo suficiente na circulação para promoverem ativação da resposta imune adaptativa HIPERSENSIBILIDADE TIPO III Mecanismos de hipersensibilidade tipo III Anticorpos contra antígenos solúveis, que podem ser próprios e não próprios Anticorpos da classe igG Anticorpos igG associados a antígenos solúveis formarão os imunocomplexos, que dependendo do tamanho e solubilidade, podem se depositar em vasos (imunocomplexos de tamanho médio)→ podem levar ativação do sistema complemento pela via clássica Complemento atua como atrator de neutrófilos ( ANAFILAXIA C5a,c3a) e polimorfonucleares pro local onde está depositado o imunocomplexo, que causarão a reação inflamatória Mecanismos de dano tecidual Complexos imunes formados se ligam avidamente à membrana basal, de vasos sanguíneos e glomérulos renais Imunocomplexos, por meio da porcao Fc da ig, podem se ligar a superfície de leucócitos neutrófilos → ativam essas células, que liberam citocinas inflamatórias que cooperam com a lesão observada nos vasos e glomérulo, pq com esses mediadores pró inflamatórios, aumenta-se a permeabilidade vascular e o fluxo sanguíneo, tem-se maior chegada e deposição de imunocomplexos junto a essas membranas basais ,que estão expostas em certos tipos de vasos. Ao mesmo tempo, temos a ativacao do sistema complemento , que gera a atracao de plomorfonucleares e a liberacao de granulos, enzimas e EROs pelos neutrófilos, gerando lesão tecidual. Como consequência dessa inflamação Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV Paula Shiroma 13 constante, temos a lesao tecidual. Nesse mecanismo, nao ocorre a fagocitose de imunocomplexos. Causas de hipersensibilidade III **Infecção persistente: Presença de antígenos (bactérias, vírus, parasitas etc) de maneira constante porque não são eliminados→ produção de anticorpos contra eles e formação de imunocomplexos em alta quantidade, que não são eliminados e permanecem depositados em vasos; acomete rins e o órgão infectado Doenças associadas Doença do soro - lesões cutâneas, sistêmicas - hoje mais rara porque soros não tratados não são mais tao utilizados na soroterapia Lúpus Eritematoso Sistêmico (Les o u Lúpus) Doença autoimune inflamatória crônica e sistêmica, e seus sintomas podem surgir em diversos órgãos e com gravidades diversas: - lento e progressivo, em meses - rápido, em semanas Pessoas são afetadas de maneira não continua, apresentando fases de manifestação franca da doença, com manifestações não evidentes( fases de remissão ) Doença mais frequente em mulheres entre puberdade e menopausa que sugerem influencia hormonal importante no seu desencadeamento e existem algumas etnias em que existem maior frequência do lúpus Doença multigênica: Vários genes contribuem para o desenvolvimento da doença na maioria dos pacientes com Les, não há única deficiência: deve-se ter associado contexto ambiental + combinação gênica(gatilhos): - base de doenças autoimunes: deficiência no controle de resposta imune de clones autorreativos contra antígenos próprios, existe falha na tolerância central ou na tolerância periférica - predisposição genética: relacionadas a genes produtores de fatores inflamatórios → fatores que levam a transcrição maior de IFN gama e IRF5, implicados no aumento de níveis de moléculas de família IFN tipo 1 (observado em resp inata) ~quebra de tolerância, com predomínio de autoanticorpos, observados basicamente para 98% dos pacientes, anticorpos anti núcleo(aparecem em outras doenças também) - fatores ambientais: exposição a luz UV(dano celular), infecções pelo vírus Epstein BARR, fatores hormonais( pró-inflamatório), múltiplas drogas Mecanismos imunopatogênicos : Início com resposta do sistema inato: - participação de células dendríticas plasmocitóides, que são imaturas e fazem papel de vigilância para Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV Paula Shiroma 14 detecção de modificações(aparecimento de DAMPS decorrentes de apoptoses defeituosas, ou podem surgir de PAMPS vindos de infecções) em um ambiente fisiologicamente sadio - células plasmocitóides possuem sensores e TLRs para esses damps, pamps( TLR 7 e 9 identificam mais substancias como ácidos nucleicos e proteínas do que os outros TLR) → são ativadas, se transformam em cels dendríticas maduras capazes de produzir citocinas inflamatórias IFN tipo 1, e tb adquirem função de apresentação de antígenos, importantes para RESP IMUNE ADQUIRIDA Em situações de pro inflamação provocadas pelo FIN 1, cels não hematopoiéticas tb apresentam sensores para esses damps e serem utilizados para identificar a presença deles e essas cels epiteliais passam a ser ativadas e produzirem tb IFN 1 → AMBIENTE PRÓ INFLAMATÓRIO Criação de condições para resposta imune adaptativas: - clones autorreativos propensos a serem influenciados por este ambiente pró inflamatório e serem ativados - aumento de clones autorreativos de células T e B, produtores de resposta anticorpos contra antígenos próprios(anti DNA, anti RAN, anti componentes nucleares) - cels TCD4 que fazem reconhecimento de antígenos DAMPS, apresentados por cels dendríticas maduras, e ativam esses clones autorreativos contra antígenos próprios **clones autorreativos Th1 contribuem com clones autorreativos de células B para troca de classe e produção de anticorpos, que serao agora da classe igG contraos ácidos nucleicos - existem mutações que favorecem de cels T e expressão aumentada de CD40l , que favorecem a ligação com CD40 e produção excessiva de autoanticorpos no lúpus - cels B apresentam favorecimento de ativação por mutações em determinados genes que permitem que haja ativação preferencial de cels B autorreativas e manutenção pela presença do BAFF aumentada ; ind com lúpus alteram fator BAFF e há maior produção, favorecendo a maturação de cels B - Th17 aumentados no lúpus; relacionados com aumento de citocinas inflamatórias, e esse ambiente pro infl ajuda na atracao de neutrófilos Resultado final: produção de altas quantidades de auto anticorpos que se unem aos autoantígenos produzindo os imunocomplexos, que se depositam na membrana de vaso, ativam complemento, e pela anafilaxia, há atração e ativação de neutrófilos que colaboram com a lesão de hipersensibilidade tipo III Aspectos clínicos diversos no Les; doença sistêmica - 50% deficiência neurológica simples ou podem ser graves, com deficiências cognitivas importantes; complicações gastrointestinais; complicações hematologicas - 70% com febre, manifestações cutâneas e de mucosas - 40% com deficiência em pulmão - 20% com pericardites , fenômeno de Raynaud( dearticulação junto a articulação de dedos de mãos, juntas moles) - 30% com manifestações renais (em lúpus crônico, complicações mais importantes)- glomerulonefrites - 85% complicações em articulações e musculo esqueléticas Acomete diferentes órgãos, em diferentes indivíduos, e depende da fase em que se encontra a doença (em atividade ou em remissão) Sintomas: Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV Paula Shiroma 15 1- Pele - manchas avermelhadas no rosto , asas de borboletas( Rash malar), mas não deixam cicatrizes - lesões discoides bem delimitadas, podem deixar cicatrizes - vasculites: manchas doloridas - lesões em mucosas - manchas aumentam com a exposição a raios UV, pois são fotossensíveis - pode ocorrer queda de cabelo 2- articulações - punhos, mãos , joelhos e pés - dolorosos, podem se espalhar, períodos de piora e melhora 3- inflamação de membranas - pleurites e pericardites: dores de peito 4- nefrite - imunocomplexos se deposita, ao longo dessas membranas glomerulares e se cronificar, terá comprometimento dos rins e pode até parar de funcionar **ao desconfiar de paciente com lúpus, verificar a presença de proteinúria e no sangue PCR aumentado, busca de anticorpos anti nucleares 5- manifestações clinicas graves - inchaço nas pernas, urina espumosa com alta qntd de proteina 6- alterações neuro psiquiátricas - menos frequentes - psicoses - convulsões etc 7- alterações de sangue - formação de imunocomplexos levariam a destruição de hemacias, plaquetas, leucopenia etc -anemia com fadiga intensa, palidez em pele e mucosas, hematomas, sangramento gengival - geralmente diminuição de glob brancos assimtomatica Diagnóstico de Les Dependem de vários critérios clínicos(principal, mas dependa da fase da doença e dif sintomas entre dif indivíduos) e laboratoriais associados, 4 de 11 devem aparecer: - fator FAN/ ANA: imunofluorescência, em que anticorpos aparecem Exemplos de exames que podem ajudar no diagnóstico : - proteína C reativa pode estar aumentada - velocidade de hemossedimentação VHS: estaria aumentada no lúpus devido a presença de imunocomplexos circulantes - dosagem de complemento em situações mais prolongadas e crônicas de lúpus em função do seu consumo para formação de imunocomplexos - testes laboratoriais para a pesquisa de autoanticorpos contra fat nucleares - painel para autoanticorpos para fat nucleares: deve ser positivo **FAN/NA Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV Paula Shiroma 16 **detecção de anti-dsDNA( para autoanticorpos para fita dupla de DNA) e de anticorpos anti- C1q podem auxiliar em avaliar comprometimento renal *Sm: mais específicos, sem correlação com a evolução da doença e menos frequentemente detectados ** anti histonas não muito especifico **anticorpos antifosfolipídios - urina: importante em casos de proteinúria, indicando grau avançado da doença e indica lesão renal - exame de sangue: leucopenia - biopsia renal quando há suspeita de doenças mais evoluída, após detecção de proteinúria e hematúria TRATAMENTO LES Variável, individualizado, devido a diferentes quadros clínicos, e varia se esta em fase ativa ou não 1-supressão de processo inflamatório - indução e manutenção de remissão, preservar função do órgão evitando lesoes 2- supressão de resposta imune (que gera processo inflamatório exacerbado) - inibe ativação de B para prod de autoanticorpos, e inibir ativação de neutrófilos - para evitar o processo inflamatório 3- controlar/ prevenir toxicidade relacionada a drogas usadas, na modulação da resposta imune: - Corticoides em doses baixas para controle de sintomas - antimaláricos como anti inflamatórios - imunossupressores: corticoides em altas doses, azatioprina, ciclofosfamida etc - fotoprotetores para evitar danos celulares(geração de DAMPs) por raios UV - corticoesteroides em creme, ou tacrolimus para aplicação cutânea Controle de sintomatologia: - analgésicos - anti inflamatórios - se mais graves: corticoides em doses mais elevada - se usar imunossupressores em casos graves, cuidado com novas infecções ambientais, ou reincidência (ex. tuberculose) - hidroxicloroquina nas formas leves e graves, e pode ser mantido mesmo com remissão; interferem na sinalização de sensores citoplasmáticos TLRs Imunoterapias anti células B - BELIMUMAB: anticorpo monoclonal contra fator BAFF, sendo que em ind com lúpus, esse fator ta sendo produzido em maiores qntd, e maior ativação de linf B e produção de autoanticorpos; opção para pacientes sem comprometimento renal e doença ativa em SNC Reações de hipersensibilidade IV/ Hipersensibilidade do tipo TARDIO(HTT) características Causadas por reações exacerbadas de linfócitos T, sem a participação de anticorpos na resposta de modificação tecidual Mediados por linfocitos TCD4, que ativa outras células , ou importância do TCD8 pelos mecanismos de citotoxicidade Tempo prolongado para se desenvolver → testes de HTT de 24 a 72 horas Enduração (infiltrado de células) → usado para diagnostico Mecanismo de dano tecidual 1- Inflamação por citocinas TDC4 ativados contra microrganismos, desenv exacerbado, produção de citocinas, ativação de Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV Paula Shiroma 17 outros tipos celulares e causando resposta inflamatória, associados a Th1 e Th17 , Th2 , causando alterações como: - dano tecidual - remodelamento tecidual, e geralmente leva a alteração de função desses tecidos - granuloma, quando há incapacidade de eliminar o corpúsculo antigênico 2- citotoxicidade mediada por linfócitos T TCD8 participa pelo reconhecimento de antígenos na superfície de células especificas e levando a destruição dessas células causando: - dano tecidual - alteração de função de tecidos e órgãos Doenças Granulomas - resposta inflamatória crônica com linf Th1, com produção de IFN gama e TNF alfa, atraem para local e ativam monócitos que se diferenciam em macrófagos, que formarao estrutura esférica para tentar conter partícula/corpo estranho → centro:células gigantes, cels epitelioides, em volta com monócitos não diferenciados, e por fora, linfocitos T, geralmente Th1 que mantem o granuloma pela formação de citocinas - podem ser inócuos, ou alterar a função de órgãos - ex. paracoccidioidomicose Dermatite de contato Alergias a bijouterias, brincos, relógios etc → mas não é alergia em si, clássica(medicada por igE, anticorpos), pois apenas alguns sintomas semelhantes Resposta exacerbada a haptenos (molecular por si so não imunogênicas, mas se associar-se a proteínas próprias do organismo, cria-se um neoantígeno reconhecido como estranho) a) Neoantígenos Geralmente adentram pelo epitelio, onde se associam a proteínas próprias, e os neoantigenos serao capturados por cels langerhans ou dendríticas → transportadas por linfonodo → dif de linfocitos TCD4 efetores, que retornam ao tecido infectado → no tecido: TCD4 produz citocinas, principalmente IFN – gama, ativa macrófagos, e EROS e enzimas proteolítica são produzidas → infiltrado inflamatório: lesão em células epiteliais e infiltrado inflamatório que irá formar enduração→ lesão tecidual, com eritema b) Resposta inata mais importante que linf T (resp adaptativa) - associado por haptenos associados a plantas (alcalóides de plantas) - sem alteração de proteínas próprias, mas hapteno estimulará células epiteliais a produzirem citocina INTERLEUCINA 1ALFA, que ativa células células residentes a produzirem mediadores e citocinas, e leucotrienos produzidos induzem ativação de endotélio, atracao de células , produção de mais citocinas → aumento de permeabilidade vascular, edema e formação de vesículas - reação que não depende de sensibilização e não há ativação de linfocitos T específicos - formação de vesículas, bolhas de água Diagnostico Basicamente clinico, mas pode ser usado o Patch- test (teste cutâneo tardio - adesivos com vários haptenos colados nas costas do paciente por 24 a 72h) Tratamento - remocao de agente causador - evitar contato, hidratação da pele - glicorticoesteroides tópicos Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV Paula Shiroma 18 - glicocorticosteroides sistêmicos → em casos grave, doses baixas com efeito anti inflamatório Diabetes tipo 1 Maior incidência em países desenvolvidos Ao contrário de outras doenças autoimunes, a incidência é maior em crianças entre 5 a 15 anos Doença multifatorial com predisposição genética, associada a HLA e outros polimorfismos gênicos, com quebra de tolerância central e periférica, geralmente envolvidas com fatores ambientais que quebram essa tolerância (ex. composição de microbiota) Imunopatologia Linfocito TCD4, TCD8 autorreativos que são ativados por células dendríticas que carregam antígenos derivados de células beta (produtoras de insulina, presentes na ilhota pancreática) Papel de destruição de células beta:TCD8 reconhecem antígenos na superfície das celulas beta pancreáticas, em MHC I , e causa a destruição dessas células, especificamente → consequência: hiperglicemia Produção de autoanticorpos, mas eles não têm papel na patologia Estágios Estágio 1 com presença de autoanticorpos, usados para detectar pacientes que ainda não tem os sintomas, mas já tem predisposição para desenv de DM 1 → já com perda de células beta pancreáticas, mas sem sintomas pq níveis de insulina ainda suficientes Estagio 2: pré sintomática→ já com hiperglicemia mas sem sintomas claros Estagio 3: numero de células beta já quase zerado → sintomas começam a ser apresentados, e nesse estagio é feito diagnostico Diagnostico 1-Avaliação clinica: poliúria, polidipsia, perda de peso, dores abdominais, dores de cabeça 2- Testes laboratoriais: - Nível de glicose em jejum (8 horas) >126mg/dL - Nível de glicose >200mg/dL após 2 horas de sobrecarga de glicose. - Hemoglobina glicada (HbA1c) >6,5%. - Nível de glicose (medido aleatoriamente) >200mg/dL em paciente com sintomatologia clássica 3- Testes adicionais (não necessários, mas possíveis): - Dosagem de peptídeo C: indica se insulina esta sendo produzidas pn - Dosagem de autoanticorpos (anti-GAD65, anti-IA-2, anti-ICA512)→ Autoanticorpos não apresentam papel patológico, mas podem estar presentes meses antes do início dos sintomas Esclerose Múltipla Doença autoimune e com maior incidência em países desenvolvidos/ em desenvolvimento Mais frequente em mulheres do que em homens, e normalmente afeta mulheres em idades a partir da 2, 4 decada de vida Perda de bainha de mielina e lesoes no SNC Classificada com tipo de progressão: 1- Síndrome clínica isolada (SCI) Raro, com único surto 2- Surto remissão Forma mais frequente → aparecem sintomas, que regridem espontaneamente, e depois, sintoma reaparece, novas remissões que podem afetar novas áreas do SNC e diferentes sintomas Geralmente evolui para secundaria progressiva 3- Secundária progressiva Sintomas progredindo, se somando, evolui da forma surto remissão 4- Primária progressiva Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV Paula Shiroma 19 Forma rara, mais grave → individuo com evolução constante dos sintomas, evolução com pior prognostico Fatores associados Causa multifatorial, associada a: - fatores de risco ambientais( Fumo (ativo/passivo) Vitamina D baixa Baixa exposição solar Trabalho noturno Exposição solventes orgânicos Obesidade na adolescência Infecção viral (EBV/CMV) - genes + quebra de tolerância central e quebra de tolerância periférica → clones de T autorreativos ativados Mecanismo imunopatológico Quebra da barreira hematoencefálica que expõe SNC (antígenos) a células do sistema imune → antígenos transportados para órgãos linfoides fora do SNC, apresentação desses antígenos a TCD4,TCD8 e linfocitos B → linfocitos recrutados ao SNC por mediadores solúveis do processo inflamatório no SNC Entrada dessas células do SNC → reativação dessas células, TH1,TH17 produtores de IL17 IFN gama → ativação de macrófagos que produzem reativos de oxigênio(ou produção pela mciroglia também), degradação da bainha de mielina + ativação de CD8 que contribuem para destruição de oligodendrócitos Produção de autoanticorpos pelos linfócitos B + complemento→ tem papel secundário na destruição Inibição da transmissão de sinais, pela morte dos oligodendrócitos, desmielinização e iniciam-se os sintomas Paciente tem resolução de sintoma, após o tempo em que barreira é refeita Nova quebra de barreira: novo processo inflamatório, maior destruição de neurônios → cada vez maior acumulo de células do sistema imune no SNC e formação de órgão linfoide ectópico/terciário no SNC → mesmo com a reconstituição da barreira hematoencefálica, já não há mais remissão → forma secundária progressiva (linfócito B com papel importante para manutenção de resposta, como célula apresentadora de antígenos, para linfocitos efetores e principalmente nas fases mais tardias da doença) Manifestacoes clinicas Doença heterogênea, cada paciente com diferentes sintomas, depende do local afetado do SNC - neurite ótica: alterações visuais por inflamação do nervo óptico, normalmente afeta um dos olhos → Perda de acuidade visual, dor orbital (piora com movimento), discromatopsia, visão central borrada. - Vertigem, perda auditiva. - Perda de sensibilidade de membros e facial - Parestesias em membros ou tronco (assimétrica). - Déficits motores → paresia, perda de força, espasticidade (assimétrica) - Disfunção de esfíncteres. - Disfunção sexual. DiagnosticoDifícil, pode ate levar alguns anos Surto remissão= distribuição no tempo e no espaço e ressonância magnética Primaria progressiva= diagnostico clinicamente por ressonância magnética, mas com progressão ininterrupta com 1 ano de alteração + critérios da ressonância( regiões periventriculares, cortical/justacortical ou infratentorial, medula espinhal afetadas- locais mais acometidos; outros critérios) Para diagnostico complementar, também podem ser utilizadas bandas oligoclonais no liquor - eletroforese de proteínas: em indivíduos normais, não há ig no liquor // em indivíduos com esclerose múltipla, no liquor aparecem bandas únicas visíveis – bandas oligoclonais aparecem porque há produção de anticorpos dentro do espaço do liquor, e anticorpos tem regiões com mesma sequencia de aminoácidos, porque se ligam a mesmo antígeno Tratamento Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV Paula Shiroma 20 - Glicocorticosteroides sistêmicos - IFN-beta - Acetato de Glatiramer: conjunto de aminoácidos que competem com peptídeos derivados de bainha de mielina e diminui-se resposta imunológica - Teriflunomida: inibe síntese de nucleotídeos, inibe proliferação de linf T principalmente - Alemtuzumab ou ocrelizumab: anticorpos monoclonais contra linfocitos B, visando diminuir apresentação de antígenos por linf B - Fingolimode - Natalizumab: anticorpo monoclonal que bloqueia migração de células para SNC; problema: pode haver reativação de Vírus JC → Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva Esclerose sistêmica (esclerodermia) Incidência muito menor que DM 1 e esclerose múltipla Muito mais frequente em mulheres Manifestações clinicas Caráter heterogêneo Fibrose de tecidos, principalmente pele Fibrose de regiões perivasculares 1- Esclerose sistêmica cutânea limitada(CREST) Fibrose de pele, principalmente de mãos; esclerodactilia; telangiectasia e calcinose. Progressão lenta, raramente afeta pulmões e rins Pode apresentar Hipertensão Pulmonar 2- Esclerose sistêmica cutânea difusa Fibrose proximal de pele Progressão mais rapida, pode acomenter rins, coração e pulmões 3- Esclerose sistêmica sem esclerodermia Mais rara, sem envolvimento de pele; acomete rins e pulmão Fatores associados Ambientais(ainda pouco determinados) + genética + quebra de tolerância central e periférica Imunopatologia Mecanismo de disparo que leva dano a células endoteliais, com geração de resposta inflamatória com geração de EROS: estresse oxidativo baixo transiente que inicia apoptose de cels endoteliais → cels endoteliais liberam DAMPS, induzem produção de mediadores inflamatórios, e acumulo de células mononucleares*(monócitos e linfocitos) na estrutura da parede dos vasos → produção de citocinas e fat de crescimento, aumenta estresse oxidativo, que se torna persistente → remodelamento tecidual pelos linfocitos Th2( tgf beta, IL13), pela proliferação de fibro e miofibroblastos e aumento na produção de matriz extracelular(participação de plaquetas: colágeno se deposita ao redor dos vasos e fibrose perivascular) → obstrução dos vasos e leva a hipoxia e perda de função dos órgãos irrigados pelos vasos → inicialmente problemas de pele, mas depois vários órgãos começam a ter processo de fibrose, hipoxia e perda de função Manifestações clinicas: Fenômeno de Raynaud: vasoespasmo principalmente em vasos de dedos das mãos promovido por queda de temperatura; palidez acentuada de dedos das mãos → cianose → vermelhidão / hiperemia Diagnóstico complexo, por pontuação ACR- EULAR Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV Paula Shiroma 21 Presença de anticorpos específicos detectado por FAN (células marcadas com padrões distintos) - padrão nuclear pontilhado, nucleolar homogêneo, anti centrômero Asma não alérgica e alérgica Fase tardia de ambas asma, há hipersensibilidade IV Células inflamatórias, fatores de crescimento, enzimas proteolíticas → remodelamento de tecidos, aumento de produção de muco→ contração e diminuição da luz de vasos Uso das reações de hipersensibilidade do tipo tardio HTT utilizados para diagnostico - usadas para avaliar exposição prévia (memoria a agente patogênicos) → PPD(tuberculose), Lepromina (hanseníase), Reacao de Montenegro (leishmaniose) - avaliar status da resposta imune mediada por linfocitos T: usa-se antígenos comum, que “todos já tiveram contato” - inquéritos epidemiológicos: exposição a patógenos Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV Paula Shiroma 22
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