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Imunologia de reações de hiperssensibilidade tipo I,II,III,IV

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Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV 
 
Paula Shiroma 1 
 
Hipersensibilidade 
Resposta imunológica adaptativa exagerada ou 
inapropriada a um estímulo produzido por um 
antígeno, que causa dano/lesão tecidual ou doença 
 
Causas de hipersensibilidade 
Autoimunidade: 
- quebra de tolerância central ou periférica que 
induz a ativação de cels T ou linf B 
Reações a antígenos expressos por 
microrganismos(MO): 
- podem acontecer após infecções por MO 
Reações a antígenos ambientais não microbianos: 
- respostas alérgicas mediadas por 
igE(hipersensibilidade tipo 1) 
Reações a antígenos teciduais/celulares 
heterólogos(aloantígenos): 
- inserção dentro de um organismo células ou 
tecidos provenientes de outro organismo (ex 
transplantes, tranfusoes sanguíneas) 
Tipos de hipersensibilidade 
Mediadas por ig= tipo I (imediata) 
Mediadas por anticorpos não igE= tipo II 
Mediadas por imunocomplexos= tipo III 
Mediadas por células T (sem participação de 
anticorpos) = tipo IV (tardio 
Tipos de hipersensibilidade: 
classificação 
(segundo mecanismos celulares e moleculares que 
as produzem) 
 TIPO 1-hipersensibilidade imediata 
- mediação por anticorpos IgE 
- direcionados a antígenos solúveis 
- principal mecanismo envolve ativação de 
mastócitos, podendo ter envolvimento de basófilos 
- 2 a 30 minutos para aparecer sintomatologia 
- asma, eczema, anafilaxia sistêmica, rinite alérgica 
 TIPO 2- hipersensibilidade citotóxica 
- anticorpos citotóxicos IgM e IgG(e seus receptores 
específicos presentes na superfície de células, como 
de fagócitos e células NK) 
- presença de plaquetas e complemento ajudando 
na citotoxicidade 
- antígeno associado a matriz celular ou membrana 
celular 
- 5 a 8 horas 
- transfusões de sangue inapropriadas; alergias a 
drogas 
TIPO 3- hipersensibilidade por imunocomplexos 
- mediada por imunocomplexos solúveis de antígeno 
anticorpo, às vezes antígeno complemento → 
complexos, dependendo de seu tamanho, podem ser 
depositados em membranas vasculares e gerarem 
patologia das doenças tipo 3 
- IgG 
- antígeno solúvel 
- 2 a 8 horas 
- lúpus eritematoso sistêmico 
TIPO 4- hipersensibilidade tardia 
- mediação por células TCD4 (maioria e associados a 
antígenos solúveis), Th1, Th17, TCD8( antígenos 
associados às células- citotoxicidades) 
- 24 a 72 horas 
- diabetes tipo 1(autoimune), esclerose múltipla 
 Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV 
 
Paula Shiroma 2 
 
HIPERSENSIBILIDADE 
TIPO 1 
Estímulos ambientais + pré disposição genética 
(atopia)= alergias 
 
Alergias direcionadas tanto a alimentos, quando a 
elementos do ar (pó, poeira, ácaros) → estímulos 
ambientais( geralmente inócuos) podem conduzir a 
efeitos de resposta exagerada de sistema imune, 
gerando as alergias 
Nem todos indivíduos desenvolvem alergia, pois 40% 
das pessoas têm predisposição genética para maior 
resposta imune (atopia) 
Características comuns aos alérgenos 
Alérgenos: substâncias inócuas que normalmente 
não trazem doença 
- são proteínas: induzem resposta de células T 
- contém peptídeos de MHC II: ativação de linfócitos 
T 
- atividade enzimática: funcionam como proteases 
- em baixas doses, por tempo contínuo: favorece 
ativação de células Th2, principais envolvidas nos 
processos alérgicos 
- baixo peso molecular : facilita difusão através de 
muco 
- altamente solúvel: alérgeno pode ser prontamente 
eluído de partículas 
- estável: permanecem por muito tempo em 
partículas dessecadas junto ao meio ambiente 
Mecanismo da alergia 
Reações alérgicas têm seus sintomas após re-
exposições a um mesmo alérgeno 
 
Fase 1- primeira exposição // sensibilização 
- alérgeno atravessa barreira epitelial, alcança 
células apresentadoras de antígenos, que 
apresentam os antígenos aos linfócitos 
**pessoas com predisposição genética, 
ativam fatores de ativação de células 
dendríticas que levam a ativação de células 
Th2 
- linfócitos Th2 são os principais envolvidos e 
ativados pelas APC, produzirão IL-4,IL-5,IL-
13,IL-21 → IL-4 ativam linfócitos B, que 
produzem anticorpos igM mas rapidamente 
trocam para IgE + ativação de eosinófilos 
- IgE produzidas encontram células que 
possuem receptores para IgE, encontra-se 
basófilos circulantes, mastócitos, eosinófilos 
→ células “prendem essa IgE” e tornam-se 
células armadas 
- indivíduo fica sensibilizado a esses alérgenos 
- cels th2 de memorias tambem produzidas 
Fase 2- reexposição //desencadeamento de 
reação 
 Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV 
 
Paula Shiroma 3 
 
- já possui células armadas com receptores de 
IgE alérgeno especificas → maior produção 
de igE também é induzida 
- alérgeno liga-se a 2 moleculas de igE uma ao 
lado da outra, pode haver ligação cruzada, 
que produz sinais, e faz com que célula 
comande ativadores que promovem a 
degranulação do mastócito e liberação de 
citocinas e mediadores que levam aos 
sintomas 
- desencadeia-se a reação alérgica 
propriamente dita, com reativação de células 
armadas por igE 
- resposta imediata: “espirro”, Vasodilatação, 
Oclusão de vasos, Espasmo muscular 
- resposta tardia: Edema, Secreção de muco, 
Infiltração de leucócitos, Lesão tecidual 
 
Mastócitos ativados 
- liberação de histamina já sintetizados, nos grânulos 
e leucotrienos recém sintetizados → vasodilatação e 
aumento de permeabilidade vascular → maior saída 
de células dos vasos aos tecidos, inicialmente 
neutrófilos e posteriormente eosinófilos 
- produção de TNF que ativa neutrófilos recém 
recrutados dos vasos aos tecidos inflamatórios 
- TGF- beta e fatores de crescimento de fibroblastos 
produzidos → promovem a cicatrização e fibrose em 
situações inflamatórias mais adiantadas 
- histamina, prostaglandina e proteases: interações 
em células nervosas provocando dor, e musculatura 
lisa provocando broncoconstricção, e TGI 
movimentos peristálticos (vômito, diarreia) 
- citocinas produzidas para manutenção de células B 
produtoras de IgE, ativação de eosinófilos 
Fases da reexposição/ desencadeamento 
1- Fase imediata: mediadores já pré 
formados, mediada principalmente por 
histamina; mediadores lipídicos 
=prostaglandinas e leucotrienos; 
mastócitos são degranulados → edema 
e congestão vascular 
2- Fase tardia: 8h após iniciada a 
degranulação mastocitária; também, 
presença de citocinas e quimiocinas; 
eosinófilos/ neutrófilos; associada a 
asma 
Ativação de mastócitos 
 
Inicialmente: degranulação, liberação de histamina, 
heparina, serotonina → histamina leva a 
vasodilatação 
Sinais de ativação da fosfolipase A2 sobre ácido 
araquidônico → gera mediadores lipídicos 
(prostaglandinas e leucotrienos), que sustentam a 
vasodilatação e aumentam a permeabilidade 
vascular 
Ativação de fatores nucleares e a produção e 
secreção de citocinas IL5 IL13 envolvidas na fase 
mais tardia com a ativação de eosinófilos e produção 
de muco 
Síntese e secreção de citocinas como TNF 
 Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV 
 
Paula Shiroma 4 
 
 
Sintomas como consequência de 
mastócitos e liberação dos mediadores 
na resposta imediata 
Sintomas variam do local de entrada e exposição ao 
alérgeno: 
- via TGI: aumento de secreção de fluidos, de 
movimentos peristálticos que conduzem a expulsão 
de conteúdo gastrointestinal = diarreia e vômito 
- via aérea: diminuiçãodo diâmetro da arvore 
respiratória, maior contratibilidade das vias, 
aumento de secreção de muco que favorece 
obstrução (congestão e bloqueio de vias aéreas) = 
espirro, tosse, expectoração, inchaço de vias nasais 
- via vasos sanguíneos: diretamente introduzido via 
intravascular ou alcançou vasos após absorção 
intestinal por exemplo em caso de alergia alimentar; 
vasodilatação e aumento de edema, fluxo 
sanguíneo, permeabilidade = edema local, aumento 
de fluido para todos tecidos com queda de pressão, 
problemas de ventilação, hipoxia e atingir demais 
órgãos como coração e rins, e pode levar até a 
choque 
 
 
Atuam na fase tardia, sobretudo envolvidos na asma 
crônica 
Destaque a colagenases, IL5 IL3 para ativarem mais 
eosinófilos, quimiocinas CXCL8 aumento de 
eosinófilos na fase tardia; 
Doenças associadas a hipersensibilidade tipo 1: 
•RINITE ALÉRGICA 
•ASMA ALÉRGICA 
•ALERGIA ALIMENTAR 
•CHOQUE ANAFILÁTICO 
•CONJUNTIVITE ALÉRGICA 
•URTICÁRIA E ANGIOEDEMA 
(MEDIADA POR IgE) 
•DERMATITE ATÓPICA 
Alergias a alimentos
 
Alérgenos que levam a alergias alimentares têm 
como porta de entrada as mucosas gastrointestinais 
Absorvemos alimentos que dão origem a peptídeos 
antigênicos e que funcionam como alérgenos 
 Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV 
 
Paula Shiroma 5 
 
Sistema imune importante para ambiente 
tolerogênico a antígenos alimentares → 
preponderância de células Treg naturais e induzidas 
que produzem citocinas como TGF beta e IL10 que 
mantém ambiente tolerogênico e impedindo que 
haja ativação de células TCD4 contra antígenos 
alimentares 
Apresentação desses antígenos por céls dendríticas 
promovem a liberação de citocinas que induzem a 
produção de Treg, que produz citocinas e realimenta 
esse ambiente tolerogênico 
ALERGIA: quebra de tolerância com entrada dos 
alérgenos 
 
Entrada de alérgenos(por nozes, amendoins, 
crustáceos) , que atravessa a mucosa intestinal e são 
capturados por céls dendríticas, que produzem 
citocinas que levam a ativação de cels Th2 
Cels Th2 ativadas produzem principalmente IL4, que 
alimenta a produção de Th2 (expansão clonal local) e 
inibem as céls Treg, e promovem ativação de cels B 
que fazem troca de Ig para igE, que encontrará 
mastócitos e gerará a sensibilização dos quadros 
alérgicos 
Ao mesmo tempo da entrada de alérgenos, essas 
células dendríticas podem estar suscetíveis a PAMPs 
oriundos do ambiente, também rico em bactérias → 
possibilidade de ativação via PAMPs → citocinas que 
favorecem a ativação de Th2, e ativação de grupo de 
céls linfoides inatas que produzem IL4 e IL13( que 
bloqueiam ativação de Treg e favorecem ativação de 
Th2) 
Consequência de alergia a alimentos: 
- reações imediatas (urticárias) 
- situações mais graves: individuo já sensibilizado, 
alto limiar de sensibilização, pode acontecer que a 
reexposição aos mesmo alérgenos gere uma reação 
sistêmica (reação do choque anafilático) → ativação 
de mastócitos, liberação rápida de componentes 
vasodilatadores já sintetizados, seguida de liberação 
de recém sintetizados a partir do metabolismo de 
ácido araquidônico, gerando vasodilatação e 
aumento de permeabilidade vascular, edema, e 
constrição do musculo liso → dilatação local de 
vasos: diarreia, vomito 
Choque anafilático 
 
Reação alérgica sistêmica, rápida e severa, com 
diminuição de pressão arterial, taquicardia, 
distúrbios gerais de circulação sanguínea, podendo 
haver ou não o edema de glote; pode resultar em 
morte se não tratado; raro se por causa alimentar, 
mais comum ocorrer por introdução direta e 
sistêmica do alérgeno ou hipersensibilização por 
picada de abelha (portadores de seringas de 
adrenalina) 
DIAGNÓSTICO DE ALERGIA 
In vitro 
1- Dosagem de igE total 
Para rastrear se há maior produção de igE 
2- Quantificação de eosinófilos 
Cuidado: eosinófilos não aumentam apenas em 
alergias, podem aumentar em infestações por 
helmintos 
3- ELISA 
Detecção de igE alérgeno específica 
(antigamente RAST, mas este esta sendo excluído) 
In vivo 
 Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV 
 
Paula Shiroma 6 
 
1- Teste de provocação brônquica 
Mede capacidade respiratória do individuo ou 
extensão de dano pulmonar 
2- Teste cutâneo: Prick- test 
 
Tenta descobrir alérgenos para os quais os 
indivíduos apresenta reações alérgicas 
Normalmente se introduzem volumes pequenos. Em 
pontos separados, introduz-se potenciais alérgenos 
em diferentes soluções antigênicas → verificar se há 
formação de pápula mole, e em que pontos 
TRATAMENTO DE ALERGIAS 
1- Tratamentos sintomáticos 
- Por bloqueio de receptores 
- Anti histamínicos: alívio imediato 
- Anti leucotrienos 
- anticorpos específicos contra citocinas, como IL4 
que ativaria linfócitos B, e IL13 e IL5 que ativariam 
eosinófilos(diminui produção de muco e ativação de 
céls de musculatura lisa) 
- Broncodilatadores beta agonistas: “bombinhas” 
2- Evitar a degranulação de mastócitos 
- Fármacos cromolin sódico , que inibe o influxo de 
cálcio → grânulos citoplasmáticos não extrosam 
- Fármacos teofilinas : Fosfodiesterases evitam que 
grânulos eliminam mediadores histamínicos, 
principalmente 
3- Imunoterapia 
Inibe proliferação de células pró alérgenas 
- Administração de anti-igE: reconhecem igE pelo Fc 
e impedem fixação no mastócito ~ omalizumab 
- Hipossensibilização( dessensibilização): induz a 
substituição de resposta Th2 por Treg 
-glicocorticóides podem ser ou não usados com 
imunoterapia→ usados em doses que os tornam 
imunossupressores e impedem a conversão de céls 
naive em Th2, e processo de geração de B e 
produção de igE alérgeno especifica 
- Corticoide usado para longo prazo, dim de resp 
inflamatória 
Objetivos da imunoterapia: 
- qualidade de vida 
- diminuição de sintomas e diminuição de fármacos 
usados 
- menor número e intensidade de reações alérgicas 
- prevenção na progressão da alergia 
- prevenir novas sensibilizações 
- diminiu citocinas Th2 
- aumento de citocinas Th1, e do número de cels 
Treg 
HIPERSENSIBILIDADE 
TIPO II 
Reações causadas pela presença de anticorpos 
contra antígenos expressos em tecidos ou presentes 
na superfície de células (antígenos que estão 
acoplados a alguma superfície, podendo ser 
expressos por matriz extracelular, células de tecidos 
ou células solúveis/sanguíneas) 
Participação de igG e igM, geralmente afeta tecidos 
específicos 
Reações classificadas em: 
- doenças em que há destruição de células/tecidos: 
ativação de complemento, ou fagocitose de células( 
no caso de cels solúveis) 
- doenças em que a presença de anticorpos e 
ligação leva a alteração da função de receptores 
expressos por células ou alterações de moléculas de 
superfície expressas por essas células → interfere 
com funcionamento das células/tecidos 
 Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV 
 
Paula Shiroma 7 
 
Mecanismo de dano tecidual/celular 
quando antígenos reconhecidos como 
estranhos 
Antígenos na superfície de células em suspensão 
(Hemácias, fragmentos de plaquetas, leucócitos 
sanguíneos em suspensão) 
- geram a prod de anticorpos que se ligam a esses 
antígenos → ativa via clássica do complemento → 
formação do complexo de ataque a 
membrana(MAC) ou gera opsonização por 
fragmentos C3b e anticorpos já ligados → cels 
passam pelo baço, são reconhecidas por macrófagos 
residentes, que possuem receptores para 
complemento ou receptores Fc, reconhecem essas 
células, fagocitam e posteriormentehá a destruição 
dessas células → remocao de plaquetas, hemácias, 
leucócitos da circulação 
Antígenos expressos na matriz extracelular 
- antígenos expressos ou que compõem essa matriz 
extracelular → reconhecidas como estranho → prod 
de anticorpos → ligação antígeno anticorpo e há 
ativação da via clássica de complemento, não há 
geração de MAC mas há a geração de anafilatoxinas 
C3a, C5a , que caem na circulação e atraem ao local 
leucócitos circulantes (neutrófilos princ), que 
reconhecem os anticorpos via receptores Fc → 
ativação de neutrófilos, liberação de enzimas e 
espécies reativas de oxigênio( EROs) → inflamação e 
dano celular 
Antígenos expressos na superfície das céls do 
tecido 
- antígeno reconhecido como estranho → anticorpos 
→ complemento e via clássica → MAC → destruição 
das células 
Ou 
- gera anafilatoxinas e atrai para local neutrófilos, 
macrófagos que reconhecem essas cels via receptor 
Fc→ liberação de EROS, enzimas → inflamação e 
destruição de células no local e células vizinhas 
Antígenos com papel de receptores expressos em 
superfície de célula do tecido 
- receptores hormonais ou de neurotransmissores, 
por exemplo → anticorpos (dependendo da classe, 
há ou não ativação de complemento) → anticorpos 
que podem ter 2 ações (alterando a função da 
célula): 
* agonista: ao se ligar ao receptor, simula ligação do 
ligante do receptor→ estimula a célula, que 
produzira e secreta hormônios, por exemplo 
*antagonista: se liga ao receptor e bloqueia a função 
da célula 
Doenças causadas por 
hipersensibilidade tipo II 
 
Reações transfusionais aguda 
Ocorrem em casos de transfusões sanguíneas de 
sangue cujas hemácias expressam antígenos não 
compatíveis aos do receptor 
Relacionadas aos sistemas ABO, Rh, entre outros 
sistemas de antígenos de hemácias 
No sistema ABO: 
- nascemos, e após a colonização pela microbiota, há 
a produção de anticorpos naturais, que são igM 
direcionados contra alguns carboidratos expressos 
por MO comensais, mas que tem a mesma estrutura 
de glicoproteínas expressas em nossas hemácias: 
antígenos tipo A, B → tipos sanguíneos A, AB, B , O 
- ao receber sangue com antígeno não compatível, 
de um tipo sanguíneo diferente, os anticorpos 
naturais já pre formados e na circulação, 
reconhecem esses antígenos das hemácias 
transfundidas → ligação e ativação de complemento 
na superfície dessas hemácias 
- ativação de cascata de complemento, liberação de 
fatores inflamatórios, anafilatoxinasC3a,C5a → 
ativação de células do sistema imune(mastócitos, 
 Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV 
 
Paula Shiroma 8 
 
monócitos) ou de cels endoteliais → liberação de 
citocinas e quimiocinas por essas células: essas 
citocinas são citocinas inflamatórias + ativação do 
endotélio → dano do endotélio, aum de 
permeabilide vascular, vasodilatação → hipotensão, 
febre e coagulação intravascular disseminada 
- finalização da cascata do complemento: MAC e 
destruição de hemácias transfundidas → liberação 
de heme, Hb → hemoglobinemia, hemoglobinúria, 
prejudica sistema de filtração renal: vasoconstriccao 
renal , inflamação do rim, inflamação e necrose 
aguda dos túbulos renais, remocao de NO devido a 
ativação endotelial, insuficiência renal 
Reação transfusional tardia 
- formação de anticorpos não igM, igG contra 
antígenos expressos de hemácias transfusionais → 
algumas hemácias que continuam no sistema 
circulatório ativam a mudança de classe 
- igg: ativação incompleta do complemento (menos 
eficiente de igM)→ opsonização por essa própria igG 
ou por C3→ hemácia opsonizada no baço: fagocitose 
por macrofafos e destruição dessas hemácias + 
formação de esferócitos por perda de Hb + hemólise 
liberada heme, que será metabolizada e formará a 
bilirrubina não conjugada → conjugação no figado e 
secreção de esferocitos e bilirrubina conjugada na 
forma de urobilinogenio e estercobilinogenio // se a 
excreção e conjugação não estiverem adequadas, 
ocorre icterícia 
- destruição de hemácias → ANEMIA (também 
porque individuo ainda não recuperou da sua falta 
de hemácias antes) 
Púrpura trombocitopênica autoimune 
- geração de autoanticorpo, geralmente da classe 
igG, que reconhece antígenos na superfície de 
plaquetas → opsonização e fagocitose das plaquetas 
- amplificação da resposta pode ocorrer porque 
antígenos dessas plaquetas serão apresentados para 
linf TCD4 que serao estimulados, haverá cooperação 
com linfocitos B e produção de mais anticorpos 
→Autoanticorpos amplificam a destruição de 
plaquetas e ao mesmo tempo, geram-se anticorpos 
que reconhecem antígenos presentes na superfície 
dos megacariócitos(precursores de plaquetas), 
podendo ter interferência na produção/ maturação 
destes → diminuição ainda maior de plaquetas na 
circulação 
- linfócitos T CD8 citotóxicos: diminuição/ inibição de 
diferenciação de megacariócitos (mecanismo ainda 
não bem descrito) 
- diagnostico: diminuição de plaquetas de forma 
isolada 
- tratamento: transfusão de plaquetas para 
recuperação imediata + glicocorticoides para 
diminuir resp infl, proliferação dos linf T e B e menor 
prod de anticorpos; ig intravenosa, dim prod de 
anticorpos (IVIG); remoção de baço para menor 
fagocitose de plaquetas pelos 
macrófagos(esplenectomia); agonistas de receptor 
de tromoipoietina (estimulo a prod de plaquetas na 
medula óssea); imunoterápicos (rituximab – 
anticorpo monoclonal que reconhece e destrói linf B) 
IVIG: imunoglobulinas de vários doadores de sangue; 
por que deve-se administrar anticorpos a esse 
paciente? Alguns anticorpos reagem com anticorpos 
próprios, formam-se poucos imunocomplexos e 
podem se ligar a receptores Fc do plasmócito e há 
inibição a produção de anticorpos; diminui-se o 
tempo de IG autoreativas pq não são estocados 
Eritoblastose fetal- doença hemolítica 
do recém nascido 
- mãe rh-; criança rh+ 
- 1 gravidez sem problemas, geralmente 
- parto: passagem de hemácias fetais que entram em 
contato com a circulação da mae →hemacias fetais 
rh+ reconhecidas como estranhas e sensibilização da 
mae e prod de resp imune com a produção de 
anticorpos igG→ anticorpos e plasmócitos prod 
desses anticorpos permanecem no corpo da mae 
- 2 gravidez: criança rh+ → passagem de anticorpos 
igG anti rh da mãe para feto pela placenta → 
reconhecimento das hemácias da criança pelos 
anticorpos → destruição massiva e anemia 
hemolítica(pode variar de grau); complicações= 
hidropsia fetal, acumulo de bilirrubina(pode levar a 
alterações cognitivas na criança- Kernicterus fetal) 
 Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV 
 
Paula Shiroma 9 
 
- diagnostico: tipagem sanguínea da mae e da 
criança; testes de coombs de 2 tipos: 
**coombs direto= verifica se hemácias da criança 
estão opsonizadas com anticorpos maternos; qnd 
nasce ou ainda na gestação, pega-se sangue do 
cordão e se hemácias estiverem com anticorpos anti 
rh e na adição de anticorpos anti anticorpo houver 
aglutinação → teste positivo 
**coombs indireto= para saber se mae tem 
anticorpos ant rh: coleta soro da mae, adição de 
hemácias rh+ no tubo de ensaio – se tiver 
anticorpos, com a adição do anticorpo anti 
anticorpo: ocorrerá aglutinação 
- hoje toma-se mais precaução com a sensibilização 
de mae rh- → administração, após o parto da 1 
crianca, de anticorpos anti rh na mae em soro → 
anticorpos destroem hemácias rh+ por fagocitose ou 
ativação de complemento, e não há tempo de fazer 
a sensibilização da mae 
Doenças mediadas por anticorpos 
contra receptores ou proteínas 
expressas na superfície celular, mas 
não há destruição dessas células,mas 
da perda de função das proteínas ou 
perda de função das células 
 
Pênfigo 
Nas junções intercelulares de células epiteliais, há os 
desmossomos constituídos de proteínas 
desmogleína e desmocolina → interações CIS entre 
outras desmogleinas e interações TRANS com as 
desmocolinas ou desmogleinas expressas em outras 
células 
Produção de anticorpos que reconhecem 
desmogleína e anticorpos podem ter 3 funções que 
alteram a função da desmogleína: 
- ligação direta com a desmogleína → deslocamento 
estérico (ocupação de espaço molecular, o que 
impede interação cis ou trans das moléculas de 
desmogleina) → desmossomo não formado de 
maneira adequada 
- anticorpos se liga a desmogleinas →impede 
sinalização intracelular nas cels epiteliais e altera 
citoesqueleto dessas células e prejudica ainda mais 
as juncoes intracelular 
- anticorpos se ligam a desmogleínas e inibem 
montagem de desmossomos e causam endocitose 
das moléculas de desmogleina → menor qntd de 
desmogleina entre desmossomos e impede ligação 
entre as células 
Mecanismo imunopatológico: 
- doença multifatorial, autoimune: componentes 
genéticos(alguns HLA com predisposição) + quebra 
de tolerância central ( na circulação, tem-se 
anticorpos que reconhece proteínas da desmogleina) 
+ quebra de mecanismos de tolerância periférica 
Formas de pênfigo 
1- Pênfigo vulgar 
2- Pênfigo foliáceo: 2 tipos → comum ou 
endêmico(“fogo salvagem”; componente genético 
muito forte; associado a picada de mosquito 
Lutzomyia longipalpis, gera-se anticorpo contra 
saliva do mosquito, mas esse anticorpo reconhece 
em parte a DSG 1) 
 Nos pênfigos vulgar e foliáceo: Linfócitos TCD4+ 
direcionados a Th2 , que produz IL4: participa da 
cooperação com linf B específicos, colabora com 
IL10(prod pelas TReg1) → mudança para igG4 (não 
ativa complemento) 
- não há destruição de células, apenas bloqueia 
funções de formação de junções intercelulares → 
acantólise 
3- pênfigo paraneoplásico 
- associado a indivíduos que apresentam tumores 
- participa Th1 além de Th2 
- bloqueio de funcoes de desmogleina e do 
desmossomo + estimulação de células T → 
 Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV 
 
Paula Shiroma 10 
 
acantólise + dermatite de interface com 
queratinócitos em apoptose 
Características dos pênfigos 
Desmogleinas expressas em qntd dif em dif tecidos: 
- mucosa: DSG 3 > DSG1 
- pele DSG 1> DSG3 
DSG 1: 
- expressa em porcoes mais superficiais do epitelio 
DSG 3: 
- expressas em camadas mais basais de epitelio 
Pênfigo vulgar mucoso dominante: lesoes princ na 
mucosa , baixa lesoes na pele 
- baixa prod de anti DSG 1 
- anti DSG 3 produzido 
Pênfigo vulgar mucocutaneo: lesoes na pele e na 
mucosa 
- produção de DSG 1 e DSG 3 
Pênfigo foliáceo: 
- anti DSG 1, mas não contra DSG 3 
- lesoes de pele 
Pênfigo paraneoplasico: 
- anti DSG 3 :lesoes mais importantes na mucosa 
- anti DSG 1 menor: lesoes menos importantes na 
pele 
- infiltrado de células T 
 
Manifestações clínicas 
Lesões em poucas áreas no inicio, mas rapidamente 
progride para áreas do corpo todo 
Espalha-se e quebra de barreira epitelial, 
deprendimento fácil entre camadas de pele → teste 
de sinal de Nikolsky positivo 
Pênfigo vulgar(princ mucocutaneo): mucosa 
oral,princ , e pele 
Pênfigo foliáceo: pele 
Pênfigo paraneoplasico: acomete mucosa, princ 
mucosa oral 
Diagnostico: primeiro olha-se manifestações clinicas, 
mas usa- se também exames laboratoriais para 
confirmação 
Histopatologia: 
Histologia pênfigo vulgar: acantólise ocorre 
principalmente entre camada basal e espinhosa; 
camada mais profunda 
Histologia pênfigo foliáceo: separação de epiderme, 
entre camada granular e camada espinhosa; mais 
superficial 
Pênfigo paraneoplasico: infiltrado de linfocitos na 
pele do paciente 
TAMBÉM: imunofluorescência direta → corte 
histológico em que há observação de deposição de 
igg4 nos desmossomos → coloca-se anti anticorpo 
com fluorescência que reage com igg4 
Tratamento: 
- glicorticoides sistêmicos em alta dose, com função 
imunossupressora além de anti inflamatória 
- imunossupressores: interferem com a proliferação 
de linfocitos – micofenolato mofetil, azatioprina 
- rituximab 
- IVIG 
- plasmaferese: remocao de anticorpos pela 
passagem do plasma por um equipamento 
DOENÇA DE GRAVES 
Hipertireoidismo 
Doença autoimune : geração de anticorpos que se 
ligam a receptores do TSH 
TSH baixo pq está sendo inibido e T3,T4 altos 
Peptideos derivados do TSH são capturados por APC, 
apresentados a linf Th1 , coopera com linf B, ocorre 
prod de plasmócitos produtores desses anticorpos 
anti receptor de TSH com função AGONISTA(ao se 
ligarem a receptores nas cels foliculares da tireoide, 
 Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV 
 
Paula Shiroma 11 
 
induz o aumento de secreção de hormônios 
tireoideanos T3,T4 livres) → proliferação, hiperplasia 
(por fatores de crescimento) das células da tireoide e 
aumento da produção de hormônios tireoidianos 
Diagnostico: 
 Suspeita de hipertireoidismo, exclui-se que sejam 
nódulos → dosagem de T3,T4 livres → T4 livre alto e 
TSH baixo → hipertireoidismo → dosagem de 
anticorpos anti TSHR → se der negativo, pode-se 
fazer testes auxiliares como testes de captação de 
iodo radioativo: se for difuso, doença de graves; se 
baixa ou ausente, investigar outras causas de 
hipertireoidismo 
Tratamento: não trata com drogas anti inflamatórias 
nem imunossupressores, mas diminuindo a função 
da tireoide 
- drogas antitireoidianas: tionamidas 
- iodo radioativo com destruição de cels de tireoide 
- remocao da tireoide 
- reposição hormonal 
MIASTENIA GRAVIS 
Doença autoimune com produção de anticorpos 
direcionados contra receptores de 
neurotransmissores que atuam na transmissão de 
sinais nas placas motoras 
Neurônio libera acetilcolina, que atua em receptores 
e induz a contração de fibras musculares, mas na 
miastenia gravis, anticorpos anti receptor de 
acetilcolina → bloqueio de ligação de ach com 
receptor e não há sinalização (função antagonista) 
ou anti corpos anti ach, que leva a ativação de 
complemento, MAC e dano em membrana pos 
sináptica, e menor sinalização e pode levar a 
aumento de internalização e degradação do receptor 
do ach, diminuindo o número de receptores; outros 
pacientes, geram anticorpos contra outros tipos de 
proteínas, como anti MuSK e anti LRP4, e reduzem 
numero de receptores de ach 
- MuSK, LRP4 são proteínas expressas na superfície 
da cel muscular responsáveis pela agregação de 
receptores de ach na superfície da cel muscular 
Consequência: liberação de ach ocorre, mas não há 
o receptor de ach na cel muscular → falta de 
contração muscular: flacidez muscular 
- inicialmente fraqueza muscular de pálpebras 
- dificuldade de fala, deglutição etc 
- paralisia flácida, e até morte 
Diagnostico: 
- critérios clínicos 
- testes de fadiga muscular 
- detecção de anticorpos anti AChR e anti MuSK 
- testes de condução nervosa (EMG) 
- teste com inibidores de acetilcolinesterase: para 
que se recupere o movimento rapidamente 
- investigar alterações tímicas (timoma): grande 
parte tem isso associado// ind tem neoplasia no 
timo, desregula seleção negativa quebra de 
tolerância central 
Tratamento: depende da gravidade 
- inibidores de colinesterase 
- timectomia: no caso de timoma → geralm com 
timectomia, há regressão de sintomas 
- glicocorticoides e podem ser subst. Por 
imunossupressores em casos mais graves 
- IVIG 
- plasmaferese 
Exemplos de fármacos que induzem a 
hipersensibilidade tipo II 
Algunscausam tb tipo I 
Células alvo eritrócitos: penicilina, clorpromazina, 
fenacetina 
Célula alvo granulócitos: quinidina, amidopiridina 
Célula alvo plaquetas: sulfonamidas, tiazidas 
Drogas se associam a proteínas expressas por 
algumas cels, levam a modif de proteínas, que 
passam a ser reconhecias como estranhas e levam a 
 Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV 
 
Paula Shiroma 12 
 
produção de anticorpos que podem levar a 
destruição dessas células 
Penicilina 
Molécula de baixo peso molecular 
Pode induzir a reações alergias (tipo I): penicilina 
atua como hapteno (molécula que qnd interage com 
proteínas próprias, modifica estrutura dessas 
proteínas e formam-se neoantígenos) → complexo 
penicilina carreador; produção de igE; sensibilização 
de mastócitos na primeira exposição; mastócitos já 
armados e manifestações alérgicas desde mais leves 
a reações mais graves 
Pode induzir hiperss tipo II → interação penicilina 
com proteínas expressas em superfície de hemácias 
→ neoantígenos reconhecidos pelo sistema imune, 
prod de igg e destruição direta por complemento via 
clássica, ou opsonização e fagocitose → anemia 
hemolítica, trombocitopenia (penicilina se ligando a 
plaquetas) e posteriormente púrpura// as vezes não 
precisa de reexposição pq hemácia tem via longa, 
penicilinas conseguem induzir resp imune após 1 ou 
2 semanas após aplicação de penicilina 
Pode induzir hiperss tipo III: mediada por 
imunocomplexos→ penicilina+ carreador solúveis e 
há prod de anticorpos contra ele → formação de 
imunocomplexos, que podem se depositar em vasos, 
resp inflamatória com atracao de neutrófilos, dano 
endotelial, vasculite, doença do soro, reação de 
arthus 
Devido às características de algumas reações de 
hipersensibilidade causadas pela penicilina, alguns 
indivíduos podem manifestar os sintomas mesmo na 
primeira aplicação (não necessitando de exposição 
prévia). Isso ocorre devido ao fato de que as 
proteínas modificadas podem permanecer por 
tempo suficiente na circulação para promoverem 
ativação da resposta imune adaptativa 
 
 
 
HIPERSENSIBILIDADE 
TIPO III 
Mecanismos de hipersensibilidade tipo 
III 
Anticorpos contra antígenos solúveis, que podem ser 
próprios e não próprios 
Anticorpos da classe igG 
Anticorpos igG associados a antígenos solúveis 
formarão os imunocomplexos, que dependendo do 
tamanho e solubilidade, podem se depositar em 
vasos (imunocomplexos de tamanho médio)→ 
podem levar ativação do sistema complemento pela 
via clássica 
Complemento atua como atrator de neutrófilos ( 
ANAFILAXIA C5a,c3a) e polimorfonucleares pro local 
onde está depositado o imunocomplexo, que 
causarão a reação inflamatória 
Mecanismos de dano tecidual 
 
Complexos imunes formados se ligam avidamente à 
membrana basal, de vasos sanguíneos e glomérulos 
renais 
Imunocomplexos, por meio da porcao Fc da ig, 
podem se ligar a superfície de leucócitos neutrófilos 
→ ativam essas células, que liberam citocinas 
inflamatórias que cooperam com a lesão observada 
nos vasos e glomérulo, pq com esses mediadores pró 
inflamatórios, aumenta-se a permeabilidade vascular 
e o fluxo sanguíneo, tem-se maior chegada e 
deposição de imunocomplexos junto a essas 
membranas basais ,que estão expostas em certos 
tipos de vasos. Ao mesmo tempo, temos a ativacao 
do sistema complemento , que gera a atracao de 
plomorfonucleares e a liberacao de granulos, 
enzimas e EROs pelos neutrófilos, gerando lesão 
tecidual. Como consequência dessa inflamação 
 Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV 
 
Paula Shiroma 13 
 
constante, temos a lesao tecidual. Nesse 
mecanismo, nao ocorre a fagocitose de 
imunocomplexos. 
Causas de hipersensibilidade III 
 
**Infecção persistente: Presença de antígenos 
(bactérias, vírus, parasitas etc) de maneira constante 
porque não são eliminados→ produção de 
anticorpos contra eles e formação de 
imunocomplexos em alta quantidade, que não são 
eliminados e permanecem depositados em vasos; 
acomete rins e o órgão infectado 
Doenças associadas 
 
Doença do soro 
 
- lesões cutâneas, sistêmicas 
- hoje mais rara porque soros não tratados não são 
mais tao utilizados na soroterapia 
Lúpus Eritematoso Sistêmico (Les o u 
Lúpus) 
Doença autoimune inflamatória crônica e sistêmica, 
e seus sintomas podem surgir em diversos órgãos e 
com gravidades diversas: 
- lento e progressivo, em meses 
- rápido, em semanas 
Pessoas são afetadas de maneira não continua, 
apresentando fases de manifestação franca da 
doença, com manifestações não evidentes( fases de 
remissão ) 
Doença mais frequente em mulheres entre 
puberdade e menopausa que sugerem influencia 
hormonal importante no seu desencadeamento e 
existem algumas etnias em que existem maior 
frequência do lúpus 
Doença multigênica: Vários genes contribuem para o 
desenvolvimento da doença na maioria dos 
pacientes com Les, não há única deficiência: deve-se 
ter associado contexto ambiental + combinação 
gênica(gatilhos): 
- base de doenças autoimunes: deficiência no 
controle de resposta imune de clones autorreativos 
contra antígenos próprios, existe falha na tolerância 
central ou na tolerância periférica 
- predisposição genética: relacionadas a genes 
produtores de fatores inflamatórios → fatores que 
levam a transcrição maior de IFN gama e IRF5, 
implicados no aumento de níveis de moléculas de 
família IFN tipo 1 (observado em resp inata) ~quebra 
de tolerância, com predomínio de autoanticorpos, 
observados basicamente para 98% dos pacientes, 
anticorpos anti núcleo(aparecem em outras doenças 
também) 
- fatores ambientais: exposição a luz UV(dano 
celular), infecções pelo vírus Epstein BARR, fatores 
hormonais( pró-inflamatório), múltiplas drogas 
Mecanismos imunopatogênicos : 
Início com resposta do sistema inato: 
- participação de células dendríticas plasmocitóides, 
que são imaturas e fazem papel de vigilância para 
 Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV 
 
Paula Shiroma 14 
 
detecção de modificações(aparecimento de DAMPS 
decorrentes de apoptoses defeituosas, ou podem 
surgir de PAMPS vindos de infecções) em um 
ambiente fisiologicamente sadio 
- células plasmocitóides possuem sensores e TLRs 
para esses damps, pamps( TLR 7 e 9 identificam mais 
substancias como ácidos nucleicos e proteínas do 
que os outros TLR) → são ativadas, se transformam 
em cels dendríticas maduras capazes de produzir 
citocinas inflamatórias IFN tipo 1, e tb adquirem 
função de apresentação de antígenos, importantes 
para RESP IMUNE ADQUIRIDA 
Em situações de pro inflamação provocadas pelo FIN 
1, cels não hematopoiéticas tb apresentam sensores 
para esses damps e serem utilizados para identificar 
a presença deles e essas cels epiteliais passam a ser 
ativadas e produzirem tb IFN 1 → AMBIENTE PRÓ 
INFLAMATÓRIO 
Criação de condições para resposta imune 
adaptativas: 
- clones autorreativos propensos a serem 
influenciados por este ambiente pró inflamatório e 
serem ativados 
- aumento de clones autorreativos de células T e B, 
produtores de resposta anticorpos contra antígenos 
próprios(anti DNA, anti RAN, anti componentes 
nucleares) 
- cels TCD4 que fazem reconhecimento de antígenos 
DAMPS, apresentados por cels dendríticas maduras, 
e ativam esses clones autorreativos contra antígenos 
próprios 
**clones autorreativos Th1 contribuem com clones 
autorreativos de células B para troca de classe e 
produção de anticorpos, que serao agora da classe 
igG contraos ácidos nucleicos 
- existem mutações que favorecem de cels T e 
expressão aumentada de CD40l , que favorecem a 
ligação com CD40 e produção excessiva de 
autoanticorpos no lúpus 
- cels B apresentam favorecimento de ativação por 
mutações em determinados genes que permitem 
que haja ativação preferencial de cels B 
autorreativas e manutenção pela presença do BAFF 
aumentada ; ind com lúpus alteram fator BAFF e há 
maior produção, favorecendo a maturação de cels B 
- Th17 aumentados no lúpus; relacionados com 
aumento de citocinas inflamatórias, e esse ambiente 
pro infl ajuda na atracao de neutrófilos 
Resultado final: produção de altas quantidades de 
auto anticorpos que se unem aos autoantígenos 
produzindo os imunocomplexos, que se depositam 
na membrana de vaso, ativam complemento, e pela 
anafilaxia, há atração e ativação de neutrófilos que 
colaboram com a lesão de hipersensibilidade tipo III 
Aspectos clínicos diversos no Les; 
doença sistêmica 
 
- 50% deficiência neurológica simples ou podem ser 
graves, com deficiências cognitivas importantes; 
complicações gastrointestinais; complicações 
hematologicas 
- 70% com febre, manifestações cutâneas e de 
mucosas 
- 40% com deficiência em pulmão 
- 20% com pericardites , fenômeno de Raynaud( 
dearticulação junto a articulação de dedos de mãos, 
juntas moles) 
- 30% com manifestações renais (em lúpus crônico, 
complicações mais importantes)- glomerulonefrites 
- 85% complicações em articulações e musculo 
esqueléticas 
Acomete diferentes órgãos, em diferentes 
indivíduos, e depende da fase em que se encontra a 
doença (em atividade ou em remissão) 
Sintomas: 
 Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV 
 
Paula Shiroma 15 
 
1- Pele 
- manchas avermelhadas no rosto , asas de 
borboletas( Rash malar), mas não deixam cicatrizes 
- lesões discoides bem delimitadas, podem deixar 
cicatrizes 
- vasculites: manchas doloridas 
- lesões em mucosas 
- manchas aumentam com a exposição a raios UV, 
pois são fotossensíveis 
- pode ocorrer queda de cabelo 
2- articulações 
- punhos, mãos , joelhos e pés 
- dolorosos, podem se espalhar, períodos de piora e 
melhora 
3- inflamação de membranas 
- pleurites e pericardites: dores de peito 
4- nefrite 
- imunocomplexos se deposita, ao longo dessas 
membranas glomerulares e se cronificar, terá 
comprometimento dos rins e pode até parar de 
funcionar 
**ao desconfiar de paciente com lúpus, verificar a 
presença de proteinúria e no sangue PCR 
aumentado, busca de anticorpos anti nucleares 
5- manifestações clinicas graves 
- inchaço nas pernas, urina espumosa com alta qntd 
de proteina 
6- alterações neuro psiquiátricas 
- menos frequentes 
- psicoses 
- convulsões etc 
7- alterações de sangue 
- formação de imunocomplexos levariam a 
destruição de hemacias, plaquetas, leucopenia etc 
-anemia com fadiga intensa, palidez em pele e 
mucosas, hematomas, sangramento gengival 
- geralmente diminuição de glob brancos 
assimtomatica 
Diagnóstico de Les 
Dependem de vários critérios clínicos(principal, mas 
dependa da fase da doença e dif sintomas entre dif 
indivíduos) e laboratoriais associados, 4 de 11 
devem aparecer: 
 
- fator FAN/ ANA: imunofluorescência, em que 
anticorpos aparecem 
Exemplos de exames que podem ajudar 
no diagnóstico : 
- proteína C reativa pode estar aumentada 
- velocidade de hemossedimentação VHS: estaria 
aumentada no lúpus devido a presença de 
imunocomplexos circulantes 
- dosagem de complemento em situações mais 
prolongadas e crônicas de lúpus em função do seu 
consumo para formação de imunocomplexos 
- testes laboratoriais para a pesquisa de 
autoanticorpos contra fat nucleares 
- painel para autoanticorpos para fat nucleares: deve 
ser positivo 
**FAN/NA 
 Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV 
 
Paula Shiroma 16 
 
**detecção de anti-dsDNA( para autoanticorpos 
para fita dupla de DNA) e de anticorpos anti- C1q 
podem auxiliar em avaliar comprometimento renal 
*Sm: mais específicos, sem correlação com a 
evolução da doença e menos frequentemente 
detectados 
** anti histonas não muito especifico 
**anticorpos antifosfolipídios 
- urina: importante em casos de proteinúria, 
indicando grau avançado da doença e indica lesão 
renal 
- exame de sangue: leucopenia 
- biopsia renal quando há suspeita de doenças mais 
evoluída, após detecção de proteinúria e hematúria 
TRATAMENTO LES 
Variável, individualizado, devido a diferentes 
quadros clínicos, e varia se esta em fase ativa ou não 
1-supressão de processo inflamatório 
- indução e manutenção de remissão, preservar 
função do órgão evitando lesoes 
2- supressão de resposta imune (que gera processo 
inflamatório exacerbado) 
- inibe ativação de B para prod de autoanticorpos, e 
inibir ativação de neutrófilos 
- para evitar o processo inflamatório 
3- controlar/ prevenir toxicidade relacionada a 
drogas usadas, na modulação da resposta imune: 
- Corticoides em doses baixas para controle de 
sintomas 
- antimaláricos como anti inflamatórios 
- imunossupressores: corticoides em altas doses, 
azatioprina, ciclofosfamida etc 
- fotoprotetores para evitar danos celulares(geração 
de DAMPs) por raios UV 
- corticoesteroides em creme, ou tacrolimus para 
aplicação cutânea 
 
Controle de sintomatologia: 
- analgésicos 
- anti inflamatórios 
- se mais graves: corticoides em doses mais elevada 
- se usar imunossupressores em casos graves, 
cuidado com novas infecções ambientais, ou 
reincidência (ex. tuberculose) 
- hidroxicloroquina nas formas leves e graves, e pode 
ser mantido mesmo com remissão; interferem na 
sinalização de sensores citoplasmáticos TLRs 
Imunoterapias anti células B 
- BELIMUMAB: anticorpo monoclonal contra fator 
BAFF, sendo que em ind com lúpus, esse fator ta 
sendo produzido em maiores qntd, e maior ativação 
de linf B e produção de autoanticorpos; opção para 
pacientes sem comprometimento renal e doença 
ativa em SNC 
Reações de 
hipersensibilidade IV/ 
Hipersensibilidade do 
tipo TARDIO(HTT) 
características 
Causadas por reações exacerbadas de linfócitos T, 
sem a participação de anticorpos na resposta de 
modificação tecidual 
Mediados por linfocitos TCD4, que ativa outras 
células , ou importância do TCD8 pelos mecanismos 
de citotoxicidade 
Tempo prolongado para se desenvolver → testes de 
HTT de 24 a 72 horas 
Enduração (infiltrado de células) → usado para 
diagnostico 
Mecanismo de dano tecidual 
1- Inflamação por citocinas 
TDC4 ativados contra microrganismos, desenv 
exacerbado, produção de citocinas, ativação de 
 Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV 
 
Paula Shiroma 17 
 
outros tipos celulares e causando resposta 
inflamatória, associados a Th1 e Th17 , Th2 , 
causando alterações como: 
- dano tecidual 
- remodelamento tecidual, e geralmente leva a 
alteração de função desses tecidos 
- granuloma, quando há incapacidade de eliminar o 
corpúsculo antigênico 
2- citotoxicidade mediada por 
linfócitos T 
TCD8 participa pelo reconhecimento de antígenos na 
superfície de células especificas e levando a 
destruição dessas células causando: 
- dano tecidual 
- alteração de função de tecidos e órgãos 
Doenças 
 
Granulomas 
- resposta inflamatória crônica com linf Th1, com 
produção de IFN gama e TNF alfa, atraem para local 
e ativam monócitos que se diferenciam em 
macrófagos, que formarao estrutura esférica para 
tentar conter partícula/corpo estranho → centro:células gigantes, cels epitelioides, em volta com 
monócitos não diferenciados, e por fora, linfocitos T, 
geralmente Th1 que mantem o granuloma pela 
formação de citocinas 
- podem ser inócuos, ou alterar a função de órgãos 
- ex. paracoccidioidomicose 
Dermatite de contato 
Alergias a bijouterias, brincos, relógios etc → mas 
não é alergia em si, clássica(medicada por igE, 
anticorpos), pois apenas alguns sintomas 
semelhantes 
Resposta exacerbada a haptenos (molecular por si so 
não imunogênicas, mas se associar-se a proteínas 
próprias do organismo, cria-se um neoantígeno 
reconhecido como estranho) 
a) Neoantígenos 
Geralmente adentram pelo epitelio, onde se 
associam a proteínas próprias, e os neoantigenos 
serao capturados por cels langerhans ou dendríticas 
→ transportadas por linfonodo → dif de linfocitos 
TCD4 efetores, que retornam ao tecido infectado → 
no tecido: TCD4 produz citocinas, principalmente IFN 
– gama, ativa macrófagos, e EROS e enzimas 
proteolítica são produzidas → infiltrado 
inflamatório: lesão em células epiteliais e infiltrado 
inflamatório que irá formar enduração→ lesão 
tecidual, com eritema 
 b) Resposta inata mais importante que linf T 
(resp adaptativa) 
- associado por haptenos associados a plantas 
(alcalóides de plantas) 
- sem alteração de proteínas próprias, mas hapteno 
estimulará células epiteliais a produzirem citocina 
INTERLEUCINA 1ALFA, que ativa células células 
residentes a produzirem mediadores e citocinas, e 
leucotrienos produzidos induzem ativação de 
endotélio, atracao de células , produção de mais 
citocinas → aumento de permeabilidade vascular, 
edema e formação de vesículas 
- reação que não depende de sensibilização e não há 
ativação de linfocitos T específicos 
- formação de vesículas, bolhas de água 
Diagnostico 
Basicamente clinico, mas pode ser usado o Patch-
test (teste cutâneo tardio - adesivos com vários 
haptenos colados nas costas do paciente por 24 a 
72h) 
Tratamento 
- remocao de agente causador 
- evitar contato, hidratação da pele 
- glicorticoesteroides tópicos 
 Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV 
 
Paula Shiroma 18 
 
- glicocorticosteroides sistêmicos → em casos grave, 
doses baixas com efeito anti inflamatório 
 
Diabetes tipo 1 
Maior incidência em países desenvolvidos 
Ao contrário de outras doenças autoimunes, a 
incidência é maior em crianças entre 5 a 15 anos 
Doença multifatorial com predisposição genética, 
associada a HLA e outros polimorfismos gênicos, 
com quebra de tolerância central e periférica, 
geralmente envolvidas com fatores ambientais que 
quebram essa tolerância (ex. composição de 
microbiota) 
Imunopatologia 
Linfocito TCD4, TCD8 autorreativos que são ativados 
por células dendríticas que carregam antígenos 
derivados de células beta (produtoras de insulina, 
presentes na ilhota pancreática) 
Papel de destruição de células beta:TCD8 
reconhecem antígenos na superfície das celulas beta 
pancreáticas, em MHC I , e causa a destruição dessas 
células, especificamente → consequência: 
hiperglicemia 
Produção de autoanticorpos, mas eles não têm 
papel na patologia 
Estágios 
Estágio 1 com presença de autoanticorpos, usados 
para detectar pacientes que ainda não tem os 
sintomas, mas já tem predisposição para desenv de 
DM 1 → já com perda de células beta pancreáticas, 
mas sem sintomas pq níveis de insulina ainda 
suficientes 
Estagio 2: pré sintomática→ já com hiperglicemia 
mas sem sintomas claros 
Estagio 3: numero de células beta já quase zerado → 
sintomas começam a ser apresentados, e nesse 
estagio é feito diagnostico 
Diagnostico 
1-Avaliação clinica: poliúria, polidipsia, perda de 
peso, dores abdominais, dores de cabeça 
2- Testes laboratoriais: 
- Nível de glicose em jejum (8 horas) >126mg/dL 
 - Nível de glicose >200mg/dL após 2 horas de 
sobrecarga de glicose. 
- Hemoglobina glicada (HbA1c) >6,5%. 
- Nível de glicose (medido aleatoriamente) 
>200mg/dL em paciente com sintomatologia clássica 
3- Testes adicionais (não necessários, mas possíveis): 
- Dosagem de peptídeo C: indica se insulina esta 
sendo produzidas pn 
- Dosagem de autoanticorpos (anti-GAD65, anti-IA-2, 
anti-ICA512)→ Autoanticorpos não apresentam 
papel patológico, mas podem estar presentes meses 
antes do início dos sintomas 
Esclerose Múltipla 
Doença autoimune e com maior incidência em 
países desenvolvidos/ em desenvolvimento 
Mais frequente em mulheres do que em homens, e 
normalmente afeta mulheres em idades a partir da 
2, 4 decada de vida 
Perda de bainha de mielina e lesoes no SNC 
Classificada com tipo de progressão: 
1- Síndrome clínica isolada (SCI) 
Raro, com único surto 
2- Surto remissão 
Forma mais frequente → aparecem sintomas, que 
regridem espontaneamente, e depois, sintoma 
reaparece, novas remissões que podem afetar novas 
áreas do SNC e diferentes sintomas 
Geralmente evolui para secundaria progressiva 
3- Secundária progressiva 
Sintomas progredindo, se somando, evolui da forma 
surto remissão 
4- Primária progressiva 
 Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV 
 
Paula Shiroma 19 
 
Forma rara, mais grave → individuo com evolução 
constante dos sintomas, evolução com pior 
prognostico 
Fatores associados 
Causa multifatorial, associada a: 
- fatores de risco ambientais( Fumo (ativo/passivo) 
Vitamina D baixa Baixa exposição solar Trabalho 
noturno Exposição solventes orgânicos Obesidade na 
adolescência Infecção viral (EBV/CMV) 
- genes 
+ quebra de tolerância central e quebra de 
tolerância periférica → clones de T autorreativos 
ativados 
Mecanismo imunopatológico 
Quebra da barreira hematoencefálica que expõe SNC 
(antígenos) a células do sistema imune → antígenos 
transportados para órgãos linfoides fora do SNC, 
apresentação desses antígenos a TCD4,TCD8 e 
linfocitos B → linfocitos recrutados ao SNC por 
mediadores solúveis do processo inflamatório no 
SNC 
Entrada dessas células do SNC → reativação dessas 
células, TH1,TH17 produtores de IL17 IFN gama → 
ativação de macrófagos que produzem reativos de 
oxigênio(ou produção pela mciroglia também), 
degradação da bainha de mielina + ativação de CD8 
que contribuem para destruição de oligodendrócitos 
Produção de autoanticorpos pelos linfócitos B + 
complemento→ tem papel secundário na destruição 
Inibição da transmissão de sinais, pela morte dos 
oligodendrócitos, desmielinização e iniciam-se os 
sintomas 
Paciente tem resolução de sintoma, após o tempo 
em que barreira é refeita 
Nova quebra de barreira: novo processo 
inflamatório, maior destruição de neurônios → cada 
vez maior acumulo de células do sistema imune no 
SNC e formação de órgão linfoide ectópico/terciário 
no SNC → mesmo com a reconstituição da barreira 
hematoencefálica, já não há mais remissão → forma 
secundária progressiva (linfócito B com papel 
importante para manutenção de resposta, como 
célula apresentadora de antígenos, para linfocitos 
efetores e principalmente nas fases mais tardias da 
doença) 
Manifestacoes clinicas 
Doença heterogênea, cada paciente com diferentes 
sintomas, depende do local afetado do SNC 
- neurite ótica: alterações visuais por inflamação do 
nervo óptico, normalmente afeta um dos olhos → 
Perda de acuidade visual, dor orbital (piora com 
movimento), discromatopsia, visão central borrada. 
- Vertigem, perda auditiva. 
- Perda de sensibilidade de membros e facial 
- Parestesias em membros ou tronco (assimétrica). 
- Déficits motores → paresia, perda de força, 
espasticidade (assimétrica) 
- Disfunção de esfíncteres. 
- Disfunção sexual. 
DiagnosticoDifícil, pode ate levar alguns anos 
Surto remissão= distribuição no tempo e no espaço e 
ressonância magnética 
Primaria progressiva= diagnostico clinicamente por 
ressonância magnética, mas com progressão 
ininterrupta com 1 ano de alteração + critérios da 
ressonância( regiões periventriculares, 
cortical/justacortical ou infratentorial, medula 
espinhal afetadas- locais mais acometidos; outros 
critérios) 
Para diagnostico complementar, também podem ser 
utilizadas bandas oligoclonais no liquor 
- eletroforese de proteínas: em indivíduos normais, 
não há ig no liquor // em indivíduos com esclerose 
múltipla, no liquor aparecem bandas únicas visíveis – 
bandas oligoclonais aparecem porque há produção 
de anticorpos dentro do espaço do liquor, e 
anticorpos tem regiões com mesma sequencia de 
aminoácidos, porque se ligam a mesmo antígeno 
Tratamento 
 Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV 
 
Paula Shiroma 20 
 
- Glicocorticosteroides sistêmicos 
- IFN-beta 
- Acetato de Glatiramer: conjunto de aminoácidos 
que competem com peptídeos derivados de bainha 
de mielina e diminui-se resposta imunológica 
- Teriflunomida: inibe síntese de nucleotídeos, inibe 
proliferação de linf T principalmente 
 - Alemtuzumab ou ocrelizumab: anticorpos 
monoclonais contra linfocitos B, visando diminuir 
apresentação de antígenos por linf B 
- Fingolimode 
- Natalizumab: anticorpo monoclonal que bloqueia 
migração de células para SNC; problema: pode haver 
reativação de Vírus JC → Leucoencefalopatia 
Multifocal Progressiva 
Esclerose sistêmica (esclerodermia) 
Incidência muito menor que DM 1 e esclerose 
múltipla 
Muito mais frequente em mulheres 
Manifestações clinicas 
Caráter heterogêneo 
Fibrose de tecidos, principalmente pele 
Fibrose de regiões perivasculares 
1- Esclerose sistêmica cutânea 
limitada(CREST) 
Fibrose de pele, principalmente de mãos; 
esclerodactilia; telangiectasia e calcinose. 
Progressão lenta, raramente afeta pulmões e rins 
Pode apresentar Hipertensão Pulmonar 
2- Esclerose sistêmica cutânea difusa 
Fibrose proximal de pele 
Progressão mais rapida, pode acomenter rins, 
coração e pulmões 
3- Esclerose sistêmica sem esclerodermia 
Mais rara, sem envolvimento de pele; acomete rins e 
pulmão 
Fatores associados 
Ambientais(ainda pouco determinados) + genética + 
quebra de tolerância central e periférica 
Imunopatologia 
Mecanismo de disparo que leva dano a células 
endoteliais, com geração de resposta inflamatória 
com geração de EROS: estresse oxidativo baixo 
transiente que inicia apoptose de cels endoteliais → 
cels endoteliais liberam DAMPS, induzem produção 
de mediadores inflamatórios, e acumulo de células 
mononucleares*(monócitos e linfocitos) na estrutura 
da parede dos vasos → produção de citocinas e fat 
de crescimento, aumenta estresse oxidativo, que se 
torna persistente → remodelamento tecidual pelos 
linfocitos Th2( tgf beta, IL13), pela proliferação de 
fibro e miofibroblastos e aumento na produção de 
matriz extracelular(participação de plaquetas: 
colágeno se deposita ao redor dos vasos e fibrose 
perivascular) → obstrução dos vasos e leva a hipoxia 
e perda de função dos órgãos irrigados pelos vasos 
→ inicialmente problemas de pele, mas depois 
vários órgãos começam a ter processo de fibrose, 
hipoxia e perda de função 
Manifestações clinicas: 
 
Fenômeno de Raynaud: vasoespasmo 
principalmente em vasos de dedos das mãos 
promovido por queda de temperatura; palidez 
acentuada de dedos das mãos → cianose → 
vermelhidão / hiperemia 
Diagnóstico complexo, por pontuação ACR- EULAR 
 Imunologia – Reações de hipersensibilidade I,II,III,IV 
 
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Presença de anticorpos específicos detectado por 
FAN (células marcadas com padrões distintos) 
- padrão nuclear pontilhado, nucleolar homogêneo, 
anti centrômero 
Asma não alérgica e alérgica 
Fase tardia de ambas asma, há hipersensibilidade IV 
Células inflamatórias, fatores de crescimento, 
enzimas proteolíticas → remodelamento de tecidos, 
aumento de produção de muco→ contração e 
diminuição da luz de vasos 
Uso das reações de hipersensibilidade 
do tipo tardio HTT utilizados para 
diagnostico 
- usadas para avaliar exposição prévia (memoria a 
agente patogênicos) → PPD(tuberculose), 
Lepromina (hanseníase), Reacao de Montenegro 
(leishmaniose) 
- avaliar status da resposta imune mediada por 
linfocitos T: usa-se antígenos comum, que “todos já 
tiveram contato” 
- inquéritos epidemiológicos: exposição a patógenos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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