Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Livro Eletrônico Aula 05 Conhecimentos Específicos - Bancário p/ BNB (Analista Bancário) Vicente Camillo 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO Aula 05 Operações de Crédito Bancário (parte 2) Sumário Sumário..................................................................................................................................... 1 Abertura e Movimentação de Contas ............................................................................... 2 Pessoa Física ............................................................................................................................ 7 Capacidade e Incapacidade Civil ................................................................................ 7 Domicílio ............................................................................................................................. 12 Pessoa Jurídica ..................................................................................................................... 14 Títulos de Crédito .................................................................................................................. 24 Princípios ............................................................................................................................. 24 Nota Promissória ................................................................................................................ 26 Duplicata ........................................................................................................................... 27 Cheque .............................................................................................................................. 29 Questões Propostas .............................................................................................................. 37 Gabaritos ........................................................................................................................... 41 Questões Comentadas ....................................................................................................... 42 Considerações Finais ........................................................................................................... 50 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO ABERTURA E MOVIMENTAÇÃO DE CONTAS Os bancos podem abrir três tipos de contas: contas de depósitos à vista, contas de depósitos a prazo e contas salário. Enquanto a primeira faz a guarda de recursos prontamente disponíveis e não os remunera, a segunda fornece remuneração e os prazos mais variados para saque. Lembrando que os indivíduos titulares de contas de depósitos a prazo podem, em geral, sacar seus recursos prontamente, mas não usufruem da remuneração devida quando o saque é feito no vencimento. É o caso da caderneta de poupança. A forma mais popular de poupar no Brasil remunera os correntistas tão somente na data de aniversários da conta, o que acontece mensalmente. Assim, caso você tenha aplicado seus recursos na caderneta de poupança em 10.01.2014, poderá sacar os valores ali depositados mais a remuneração apenas em 10.02.2014, quando é a data de aniversário da conta a prazo. É possível sacar antecipadamente, mas sem remuneração (como o aniversário é dia 10, a remuneração é depositada na conta no dia 10 de cada mês). As contas salário são um tipo especial de conta de registro e controle de fluxo de recursos, destinada a receber salários, proventos, soldos, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares. A "conta salário" não admite outro tipo de depósito além dos créditos da entidade pagadora e não é movimentável por cheques. A abertura e a manutenção de conta de depósito pressupõem contrato firmado entre as partes – instituição financeira e cliente. Desta forma, trata-se de ato voluntário. O banco não é obrigado a abrir ou manter conta de depósito para o cidadão. Este, por sua vez, pode escolher a instituição que lhe apresente as condições mais adequadas para firmar tal contrato. Para abertura de conta de depósito, é necessário preencher a ficha-proposta de abertura de conta com a qualificação do depositante e apresentar os originais dos seguintes documentos: 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO Pessoa Física: Nome completo, filiação, nacionalidade, data e local do nascimento, sexo, estado civil, nome do cônjuge, se casado, profissão, documento de identificação (tipo, número, data de emissão e órgão expedidor) e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF Pessoa Jurídica: Razão social, atividade principal, forma e data de constituição, documentos, contendo as informações referidas na alínea anterior, que qualifiquem e autorizem os representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta, número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ e atos constitutivos, devidamente registrados, na forma da lei, na autoridade competente Além dos referidos documentos, a ficha proposta deve conter também: Endereços residencial e comercial completos Número do telefone e código DDD; Fontes de referência consultadas; Data da abertura da conta e respectivo número; Assinatura do depositante Como já citado, trata-se tão somente de regras que precisam ser assimiladas, dispensando maiores comentários. A pessoa física, obviamente , deve apresentar documentos que comprovem sua situação de registro junto ao registro geral e ao Ministério da Fazenda (CPF), seus dados pessoais e outras informações afins. A pessoa jurídica, como não poderia ser diferente, deve comprovar a mesma sorte de informações, adicionadas às suas informações comerciais. Algumas regras adicionais devem ser memorizadas: Se a conta de depósitos for titulada por menor ou por pessoa incapaz (adiante iremos tratar deste tema), além de sua qualificação, também deverá ser 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO identificado o responsável que o assistir (para correntista entre 16 e 18 anos) ou o representar (para correntista menor de 16 anos). A ficha-proposta relativa à conta de depósitos à vista deverá conter cláusulas sobre: Saldo exigido para manutenção da conta Condições estipuladas para fornecimento de talonário de cheques Obrigatoriedade de comunicação, devidamente formalizada pelo depositante, sobre qualquer alteração nos dados cadastrais e nos documentos referidos Inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF) – como o nome sugere, é o cadastro que reúne os emitentes de cheques sem fundos –, nos termos da regulamentação em vigor informação de que os cheques liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser destruídos Procedimentos a serem observados com vistas ao encerramento da conta de depósitos Por fim, algumas vedações e faculdades regem as regras de abertura e movimentação de contas: Proibida a abertura de conta sob nome abreviado ou de qualquer forma alterado, inclusive mediante supressão de parte ou partes do nome do depositante. Vedado o fornecimento de talonáriode cheques ao depositante enquanto não verificadas as informações constantes da ficha-proposta ou quando, a qualquer tempo, forem constatadas irregularidades nos dados de identificação do depositante ou de seu procurador Vedada a estipulação de cláusulas na ficha-proposta que, em qualquer hipótese, impeçam ou criem limitações à sustação de pagamento de cheques (não se aplica à cobrança de tarifas, desde que previstas na ficha proposta) Proibido o fornecimento de talonário de cheques ao depositante enquanto figurar no CCF 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO Facultada à instituição financeira a abertura, manutenção ou encerramento de conta de depósitos à vista cujo titular figure ou tenha figurado no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF) Adicionalmente, cumpre citar importante Resolução recente do CMN, que prevê a abertura e encerramento de contas de depósito por meio eletrônico. Bom, a Resolução do CMN estabelece os requisitos a serem observados pelas instituições financeiras e pelas demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil na abertura e no encerramento de contas de depósitos por meio eletrônico. Os meios eletrônicos considerados são aqueles utilizados para comunicação e troca de informações, sem contato presencial, entre clientes e as instituições. Ressalta-se que a telefonia por voz não é considerada como meio eletrônico para fins da Resolução. Ou seja, não é possível a abertura e encerramento de constas de depósito por este canal. É claro que a internet é a natural candidata para a realização deste procedimento. É importante também ressaltar que este novo instrumento de abertura e encerramento de contas de depósitos é aplicável apenas às pessoas físicas. Ou seja, pessoas jurídicas não podem se valer desta modalidade. Alguns procedimentos de segurança devem ser adotados, como: As instituições mencionadas devem adotar procedimentos e controles que permitam confirmar e garantir a identidade do proponente, a autenticidade das informações exigidas, bem como adequar os procedimentos relativos à prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, inclusive mediante confrontação das informações com as disponíveis em bancos de dados de caráter público ou privado; Os procedimentos e as tecnologias utilizadas para a abertura e o encerramento de contas de depósito por meio eletrônico devem ser descritos em manual específico da instituição e submetidos a testes periódicos pela auditoria interna, consistentes com os controles internos da instituição; 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO Os procedimentos e as tecnologias utilizados na abertura e no encerramento de contas de depósitos por meio eletrônico devem assegurar: i. integridade, autenticidade e confidencialidade das informações e dos documentos eletrônicos utilizados; ii. proteção contra o acesso, o uso, a alteração, a reprodução e a destruição não autorizados das informações e documentos eletrônicos; iii. produção de cópia de segurança das informações e dos documentos eletrônicos; e iv. rastreamento e auditoria dos procedimentos e das tecnologias empregados no processo. E, por fim, aplicam-se às contas de depósito abertas por meio eletrônico, as disposições regulamentares a serem observadas para as contas de depósitos, inclusive as relativas à situação cadastral, a tarifas, ao fornecimento de informações cadastrais, à adequação de produtos e serviços financeiros e à prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo. 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO PESSOA FÍSICA A pessoa física é definida como homens e mulheres aptos a titularizar direitos e obrigações e autorizados à prática dos atos jurídicos em geral. Atualmente homens e mulheres são pessoas físicas, pois o direito positivo lhes concede aptidão para titularizarem direitos e deveres, bem como autorização para a prática dos atos e negócios jurídicos em geral, salvo os expressamente proibidos. Assim como concede, poderá vir a retirar tanto a aptidão como a autorização de alguns deles. Muito simples. O direito cria o conceito de que homens e mulheres, em regra, podem, por si só, contraírem direitos e deveres, além de poderem praticar atos jurídicos em geral. Da mesma forma, o direito pode retirar estas condições. Atenção ao termo em regra. As exceções a esta regra resultam em casos em que os indivíduos não possuem total independência para a contração de direitos e deveres, necessitando de representantes para agirem desta forma. Isto origina a ideia de que todas as pessoas naturais têm personalidade, mas nem todas são capazes. Ou seja, nem todas possuem capacidade (autodeterminação) na prática de seus atos de maneira independente. Capacidade e Incapacidade Civil As pessoas físicas, por outras palavras, dividem-se em capazes e incapazes. As capazes podem praticar os atos e negócios jurídicos sem o auxílio ou a intervenção de outra pessoa. Já as incapazes não podem praticar atos e negócios jurídicos a não ser com o auxílio ou a intervenção de mais alguém. Assim, a impossibilidade da pessoa física agir de maneira independente a contextualiza como incapaz. A melhor definição de capacidade, é dada por Clóvis Beviláqua: “é a aptidão de alguém para exercer por si os atos da vida civil” 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO A pessoa capaz pode praticar os atos e negócios jurídicos por si, isto é, diretamente, independentemente de auxílio ou intervenção de outra pessoa. Ela é considerada, pelo direito, como dotada de condições psíquico-físicas suficientes à compreensão das consequências dos seus atos. Considera a lei, por isso, que a pessoa natural capaz sabe sopesar convenientemente seus interesses e, em função disso, nortear suas decisões. Tem maturidade, experiência de vida e hábeis meios de comunicação que afastam, presumivelmente, a possibilidade de vir a praticar ato ou negócio jurídico prejudicial aos seus direitos ou interesses. O resultado é o seguinte: a pessoa capaz pode diretamente comprar, vender, contrair dívidas, dar quitação, renunciar a direitos disponíveis, etc.; Basta-se a si mesma, para todos os efeitos jurídicos. Essa desenvoltura, porém, vem acompanhada de contrapartida: ela é responsável pelas consequências de seus atos. Se negociar mal, perder dinheiro ou deixar de ganhar o que projetara, fizer opções desacertadas ou arriscar-se em demasia, não poderá reclamar nada de ninguém. A regra geral é a capacidade das pessoas físicas. Para que um homem ou mulher seja considerado incapaz, é necessária expressa previsão legal. Não há, por exemplo, restrição nenhuma à capacidade dos deficientes visuais. Desse modo, se o cego comparece sozinho a cartório para vender seu imóvel mediante a outorga da escritura pública de compra e venda, o tabelião não poderá recusar-se a lavrar o documento a pretexto de faltar capacidade àquela pessoa. As pessoas são, por princípio, capazes e podem, assim, praticar os atose negócios por si mesmas. A incapacidade é uma situação excepcional prevista expressamente em lei com o objetivo de proteger determinadas pessoas. Os incapazes são considerados, pela lei, não inteiramente preparados para dispor e administrar seus bens e interesses sem a mediação de outra pessoa (representante ou assistente). E a previsão da incapacidade no ordenamento legal não é algo sem sentido, pois se destina a proteger a pessoa do incapaz. 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO Considera-se, por exemplo, que alguns, por não terem ainda alcançado certa idade, não estão suficientemente amadurecidos para tomar decisões, por si mesmos, atinentes à disponibilização ou administração de bens ou interesses. A incapacidade não é restrição à personalidade. O incapaz continua genericamente autorizado a praticar os atos e negócios jurídicos para os quais não esteja expressamente proibido. Em princípio, o incapaz pode praticar os mesmos atos ou negócios jurídicos que a pessoa capaz Em resumo, a diferença entre ter ou não capacidade diz respeito à mediação dos atos e negócios jurídicos. Só a pessoa capaz pode praticá-los imediatamente. O incapaz só pode praticar o ato ou negócio por meio de seu representante ou mediante o auxílio de seu assistente. Mesmo assim, nas hipóteses delimitadas em lei. Desta forma, a prática de atos pelo incapaz é mediata, ou seja, é indireta (exige a participação de terceiro para se concretizar). Da mesma forma, incapacidade não se confunde com ilegitimidade. A pessoa física, capaz ou incapaz, pode não ter legitimidade para realizar certo ato ou negócio jurídico sem o concurso da vontade de outra pessoa, ou seja, sem a anuência ou concordância de terceiros Por exemplo: a pessoa casada é capaz, mas, dependendo do regime de bens do casamento, ela não pode, sem a autorização do cônjuge, vender imóvel de sua propriedade (CC, art. 1.647, I). Para legitimar-se a esse ato em particular, a pessoa casada deve contar com a autorização do cônjuge. Assim, estar-se-ia diante de capaz não legitimado. Continuando, existem os seguintes tipos de incapacidade: ABSOLUTA Considera-se o incapaz sem nenhuma condição para decidir se determinado ato ou negócio jurídico lhe aproveita. Sua opinião é juridicamente irrelevante e a vontade do sujeito de direito será formada exclusivamente pela manifestação exteriorizada por outrem (o representante). 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO São absolutamente incapazes: a) Homens e mulheres com menos de 16 anos de idade: Até alcançar 16 anos, os humanos são considerados, pelo direito brasileiro, desprovidos de suficiente maturidade intelectual ou psicológica para decidir sozinhos sobre o que lhes interessa ou não. A pessoa física, até alcançar 16 anos de idade, é absolutamente incapaz. b) Os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem discernimento necessário para a prática de atos da vida civil: A pessoa com deficiência mental é absolutamente incapaz quando não tem o necessário discernimento para aferir a utilidade dos negócios jurídicos aos seus interesses. É o caso da deficiência profunda ou severa, que torna os deficientes totalmente dependentes da assistência alheia até a morte. É também o da maioria dos casos de deficiência moderada. Já se a deficiência mental é leve e não inibe, por completo, o discernimento, o deficiente será relativamente incapaz. Distinguem-se, quanto ao nível de inteligência do deficiente, três níveis de deficiência mental: profunda ou severa (Quociente de Inteligência até 35), moderada (QI entre 36 e 52) e leve (QI entre 53 e 70). O mentalmente enfermo só perde a capacidade se a enfermidade o houver privado do discernimento necessário para a prática dos atos civis. Caso conserve essa faculdade, a doença não é causa para a interdição. A enfermidade mental é causa de incapacidade absoluta apenas quando subtrai do enfermo o discernimento necessário para a prática dos atos civis. A incapacidade jurídica do deficiente mental, ainda que absoluta, não significa exclusão. Se não tem discernimento necessário à prática de atos da vida civil, ele não deixa de ser, antes disso, um cidadão com direitos assegurados pela ordem jurídica: acesso a serviços de saúde, à educação adequada à sua condição etc. c) Os que não puderem exprimir sua vontade, temporária ou permanentemente 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO RELATIVA Se reconhece no incapaz alguma aptidão psíquico-física para decidir sobre o que lhe interessa. Sua opinião é relevante para o direito e sem sua vontade ou contra ela o negócio jurídico não se constitui. Precisará, contudo, do auxílio juridicamente indispensável de outra pessoa (o assistente). São relativamente incapazes: a) Homens e mulheres com mais de 16 e menos de 18 anos de idade: Entre 16 e 18 anos, o menor é relativamente incapaz. Sua opinião acerca da conveniência dos negócios jurídicos tem já alguma relevância. Se o jovem entender que não lhe convém praticar determinado negócio, ele verá respeitada pelo direito sua opinião. Isso porque, sem exteriorizar sua concordância, nenhum ato ou negócio jurídico se pode praticar em nome dele. Não se vinculará, desse modo, a direito ou obrigação contra a sua vontade, ou a despeito dela. Quer dizer, mesmo que o assistente (pais ou tutor) esteja convencido da utilidade do negócio para o menor, não compartilhando este da mesma opinião, nada se realizará. Quando o menor púbere considera do seu interesse praticar determinado negócio jurídico, mas o assistente tem opinião contrária. Nesse caso, o negócio não se realiza, pois, sem a assinatura dos pais ou do tutor exercendo a assistência, o menor não pode praticá-lo. b) Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos: O vício é fundamento para interdição da pessoa em dois casos: a embriaguez habitual e o consumo de tóxicos. O relativamente incapaz perde o discernimento necessário à participação com desenvoltura do comércio jurídico, porque lhe turvam a mente o álcool em excesso ou os tóxicos. Não é só isso que preocupa a lei, porém. A incapacidade dos viciados guarda relação com a dos pródigos, no sentido de procurar proteger também os familiares do incapaz. O vício é sempre causa de incapacidade relativa. Por mais grave que seja a situação do viciado, particularmente do toxicômano, não há base legal para o juiz 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO interditá-lo como absolutamente incapaz. Mas a interdição pode ser parcial, circunscrita aos mesmos atos que a lei menciona na delimitação da incapacidade do pródigo: emprestar, transigir, dar quitação, hipotecar, demandar ou ser demandado e praticar atos que não sejam de mera administração. c) Os que, por deficiência mental, têm reduzido discernimento e os excepcionais sem desenvolvimento mental completo. d) Os pródigos: Pródigo é a pessoa que gasta sem os critérios normalmente encontráveis em pessoas de mesma condição moral, cultural e econômica. É o perdulário, que dilapida o próprio patrimônio realizandodespesas fúteis, porque lhe faltam freios emocionais ou morais. A prodigalidade é algo como uma deficiência de caráter, que revela não estar a pessoa inteiramente dotada dos recursos psíquicos para sopesar o proveito ou prejuízo dos negócios jurídicos. O pródigo é incapaz apenas para os atos de conteúdo patrimonial listados no art. 1.782 do CC: emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, demandar ou ser demandado e os atos que não sejam de mera administração. Para os demais atos da vida civil — casar, adotar, reconhecer filhos, testar, doar órgãos para retirada em vida ou manifestar sua recusa expressa em ser doador, submeter-se a esterilização voluntária e outros —, a assistência do curador é desnecessária, podendo o pródigo praticar o negócio jurídico diretamente. Domicílio O domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para exercer direitos e responder por obrigações. Quando se trata de pessoa física, regra geral é que o domicílio é o lugar em que reside com ânimo definitivo. Quem possui mais de uma residência, em que viva alternadamente, tem em qualquer delas seu domicílio. Quem, por outro lado, não tiver residência habitual, tem o domicílio no lugar em que for encontrada. Nas relações pertinentes à profissão, a pessoa física é domiciliada onde a exerce. 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO Domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para responder por suas obrigações ou exercer os direitos que titulariza. A regra geral para a definição do domicílio é o da ampla liberdade. Ou seja, o indivíduo escolhe livremente o local do seu domicílio. Mas, como tudo em direito, há exceções à regra geral de ampla liberdade: Além de autoexplicativas, são as seguintes: O incapaz tem o mesmo domicílio de seu representante ou assistente. O servidor público é domiciliado no lugar em que exerce suas funções permanentemente. O domicílio do militar depende da Força a que pertence; sendo do Exército, será onde servir; sendo da Marinha ou da Aeronáutica, será o lugar do comando a que se encontrar imediatamente subordinado. O marítimo domicilia-se no navio em que for matriculado. O preso, onde estiver cumprindo pena. 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO PESSOA JURÍDICA A pessoa jurídica é, para o direito, um ser não humano. Existe tão somente no plano dos conceitos jurídicos com a finalidade de servir à melhor composição dos interesses das pessoas naturais que vivem em sociedade. O instituto da pessoa jurídica é uma técnica de separação patrimonial. Os membros dela não são os titulares dos direitos e obrigações imputados à pessoa jurídica. Tais direitos e obrigações formam um patrimônio distinto do correspondente aos direitos e obrigações imputados a cada membro da pessoa jurídica. Como sujeito de direito, a pessoa jurídica tem aptidão para titularizar direitos e obrigações. Por ser personificada, está autorizada a praticar os atos em geral da vida civil — comprar, vender, tomar emprestado, dar em locação etc. —, independentemente de específicas autorizações da lei. Finalmente, como entidade não humana, está excluída da prática dos atos para os quais o atributo da humanidade é pressuposto, como casar, adotar, doar órgãos e outros. A mais relevante consequência dessa conceituação das pessoas jurídicas é sintetizada no princípio da autonomia. As pessoas jurídicas não se confundem com as pessoas que a integram. Desse modo, se Antonio, Benedito e Carlos contratam uma sociedade empresária designada ABC Transportes Ltda., dão nascimento a um novo sujeito de direito personificado. De três passam a quatro pessoas, cada uma com seus direitos e obrigações, seu próprio patrimônio. Assim como o direito de Antonio não pode ser exercido por Benedito, ou a obrigação de Carlos não pode ser cobrada de Antonio, porque são pessoas diferentes, também o direito de ABC Transportes Ltda. 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO não pode ser exercido por Carlos, nem a obrigação dela pode ser imputada a Benedito1. Em razão do princípio da autonomia da pessoa jurídica, é ela mesma parte dos negócios jurídicos. Faz-se presente à celebração do ato, evidentemente, por meio de uma pessoa física que por ela assina o instrumento. É ela (e não os seus integrantes) que participa dos negócios jurídicos de seu interesse e titulariza os direitos e obrigações decorrentes. Também é ela quem demanda e é demandada em razão de tais direitos e obrigações. Finalmente, é apenas o patrimônio da pessoa jurídica (e não o de seus integrantes) que, em regra, responde por suas obrigações. As pessoas jurídicas classificam-se de acordo com vários critérios. Três são os de maior interesse: a) Critério legal Subdividem-se em pessoas jurídicas de direito público ou de direito privado. O que as distingue não é a origem dos recursos empregados em sua constituição (públicos ou de particulares), mas o regime jurídico a que se submetem. Cada uma dessas categorias de pessoa jurídica está sujeita a um regime específico. O de direito público caracteriza-se pela supremacia dos interesses titularizados pelas pessoas a ele sujeitas. É o regime da desigualdade jurídica, que outorga prerrogativas às pessoas de direito público, subtraídas das de direito privado. As pessoas jurídicas de direito privado, a seu turno, submetem-se ao regime da igualdade jurídica. Se a lei tratar diferentemente duas pessoas jurídicas de direito privado iguais, ela é inconstitucional por afronta ao princípio da isonomia. Quando a lei, assim, concede uma prerrogativa a determinada pessoa jurídica de direito privado, isto só tem validade se for o meio de estabelecer a igualdade na relação. b) Quantidade de fundadores e de membros Podem ser singulares ou coletivas, de acordo com a quantidade de pessoas que as constituem. 1 Retirado de Fábio Ulhoa Coelho. “Curso de Direito Civil - Parte Geral” 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO Singulares são as constituídas por uma só pessoa; coletivas, as constituídas por duas ou mais. As autarquias e as sociedades anônimas subsidiárias integrais são singulares. As associações e demais sociedades são coletivas. c) Modo de constituição Classificam-se em contratuais ou institucionais. As primeiras são constituídas por um contrato entre os seus fundadores. Entre eles estabelecem-se vínculos contratuais. Nessa categoria se enquadra a maioria dos tipos de sociedades (simples, nome coletivo, comandita simples e limitada). As pessoas jurídicas institucionais são constituídas por manifestação de vontade de seus fundadores, mas sem que se vinculem contratualmente. O ato constitutivo da pessoa jurídica contratual chama-se contrato social, e o da institucional, estatuto. São os documentos disciplinares da organização da pessoa jurídica, bem assim das relações dela com os seus membros. Agora, podemos passar aos tipos de pessoa jurídica existentes em nossoregime jurídico: Sociedade: Configura-se como sociedade um conjunto de pessoas físicas que se unem para a prática de determinada atividade, visando a obtenção de lucros que deverão ser partilhados entre os membros. Segundo a definição do Código Civil de 2002: Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. Ressalta-se que existem dois tipos de sociedade: empresarial e simples. Sociedade Empresarial: São pessoas jurídicas com fins empresariais, marcadas pelo caráter profissional de sua gerência, que visam a busca pelo lucro. Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Sociedade Simples: Executam, também, atividades econômicas. Porém, se caracterizam pela exploração de atividade de prestação de serviços decorrentes de atividade intelectual e de cooperativa. Como previsto pelo Artigo 966 parágrafo único do CC 2002, as atividades empresariais não se incluem nas propostas deste tipo de sociedade: È importante mencionar que não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. Associação: Em geral, contam com um grande número de pessoas, perseguindo fins não lucrativos, como atividades artísticas, desportivas ou de lazer. O estatuto da associação, documento que a constitui, deve conter: I - a denominação, os fins e a sede da associação; II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados; III - os direitos e deveres dos associados; IV - as fontes de recursos para sua manutenção; V - o modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos e administrativos; V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução. VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. Por fim, cabe comentar que os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com vantagens especiais. A exclusão do 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto. Fundação: Em termos gerais, uma fundação consiste na reserva de determinado patrimônio para o atingimento de um interesse humano. Por isto, para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. È importante saber que a fundação somente poderá constituir-se para fins religiosos, morais, culturais ou de assistência. Em relação às formas de tributação, temos: • Lucro Real Apurado com base em contabilidade real, o lucro resulta da diferença da receita bruta menos as despesas operacionais, mediante rígidos critérios contábeis ou fiscais de escrita, exigindo-se o arquivo de documentos comprobatórios de tais receitas e despesas. É o lucro líquido do período- base, ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela lei fiscal. A apuração pelo lucro real é obrigatória para as empresas indicadas em lei (Lei n. 9.718/98) e opcional às demais. As obrigadas são as seguintes: I - cuja receita total no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses; II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta; III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; IV - que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto; V - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa; VI - que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring). VII - que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio. Com respaldo nesse sistema, as pessoas jurídicas podem optar pelo pagamento por estimativa, consistente no pagamento mensal de um valor do imposto de renda aferido com base em um lucro estimado fixado em lei (mesmo critério usado para apurar o lucro presumido – ver a seguir), formalizando-se, no final do ano, um ajuste anual, por meio do qual será abatido o valor que foi pago mensalmente por estimativa durante o ano- base. • Lucro Presumido Trata-se de sistema opcional pela pessoa jurídica não obrigada por lei à apuração pelo lucro real. Consiste na presunção legal de que o lucro da empresa é aquele por ela estabelecido com base na aplicação de um percentual sobre a receita bruta desta, no respectivo período de apuração. Exemplo: percentual de 16% para prestação de serviços de transportes 85057401572 - JAQUELINE 1 Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO (exceto cargas), 8% para prestação de serviços de transportes de cargas ou 32% para prestação de serviços gerais. A pessoa jurídica cuja receita bruta total no ano-calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses, poderá optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido. A opção pela tributação com base no lucro presumido será definitiva em relação ao todo o ano-calendário. • Lucro Arbitrado Decorre da impossibilidade de se apurar o lucro da pessoa jurídica pelo critério real ou presumido em razão do não cumprimento de obrigações tributárias acessórias, tais como: não apresentação regular dos livros fiscais ou comerciais; não apresentação do sistema de escrituração de arquivos de documentos na forma da lei; e não apresentação do Livro Contábil Razão. Resulta, portanto,de imposição da autoridade fiscal, em face de prática irregular do contribuinte. Todavia, desde o advento da Lei n. 8.981/95, é possível à pessoa jurídica comunicar ao Fisco a impossibilidade de apuração do imposto de renda pelo lucro real ou presumido, de forma espontânea, optando por sujeitar-se à tributação do lucro arbitrado no período • Simples Nacional O Simples Nacional é forma de apuração tributária diferenciada e favorecida a ser dispensada às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, especialmente no que se refere: I - à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de arrecadação, inclusive obrigações acessórias; II - ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive obrigações acessórias; 85057401572 - JAQUELINE b Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO III - ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas aquisições de bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão. Consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e II - no caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais). O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições: I - Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ; II - Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI; III - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL; IV - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS; V - Contribuição para o PIS/Pasep; VI - Contribuição Patronal Previdenciária - CPP para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, exceto no caso da microempresa e da empresa de pequeno porte que se dedique às atividades de prestação de serviços; VII - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS; VIII - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS. Ë interessante notar que, enquanto nos forma de tributação lucro presumido e lucro real, a apuração de impostos e pagamento é feita individualmente (tributo por tributo), no Simples Nacional ela é feita mediante documento único de arrecadação para os tributos acima citados. Isto confere redução 85057401572 - JAQUELINE 9 Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO de burocracias e menor ônus tributário às pessoas jurídicas enquadradas neste regime. Por fim, vamos finalizar nosso estudo de pessoa jurídica com o tema Mandatos e Procurações. O Código Civil conceitua o mandato como o negócio jurídico pelo qual uma pessoa, chamada mandatário, recebe poderes de outra, chamada mandante, para, em nome desta última, praticar atos ou administrar interesses. Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato. Bom, a partir das definições acima já fica claro que mandato é diferente de procuração. O mandato é o contrato que “transfere” poderes de uma pessoa a outra, ou seja, é a causa do vínculo jurídico que une dois sujeitos e disciplina a realização de uma determinada conduta, de interesse de ambos, a saber, a prática de atos ou administração de interesses. Já a procuração é o documento que oficializa este ato, por meio do qual uma pessoa estabelece quais são os poderes outorgados a outrem, para que possa praticar atos ou administrar negócios, em seu interesse. É interessante utilizarmos as palavras de alguns doutrinadores sobre o assunto, pois assim temos uma definição mais precisa. Sobre as definições e diferenças entre mandato e procuração, Orlando Gomes2 esclarece que: “O mandato é a relação contratual pela qual uma das partes se obriga a praticar, por conta da outra, um ou mais atos jurídicos. O contrato tem a finalidade de criar essa obrigação e regular os interesses dos contratantes, formando a relação interna, mas, para que o mandatário possa cumpri-la, é preciso que o mandante lhe outorgue o poder de representação; se tem 2 GOMES, Orlando. Contratos, 24. ed., Rio de Janeiro: Forense, 2001 85057401572 - JAQUELINE d Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO ademais, interesse em que aja em seu nome, o poder de representação tem projeção exterior, dando ao agente, nas suas relações com terceiras pessoas, legitimidade para contratar em nome do interessado, com o inerente desvio dos efeitos jurídicos para o patrimônio deste último. A atribuição desse poder é feita por ato jurídico unilateral, que não se vincula necessariamente ao mandato e, mais do que isso, que tem existência independente da relação jurídica estabelecida entre quem o atribui e quem o recebe. Esse ato unilateral carece, em nossa terminologia jurídica, de expressão que o designe inconfundivelmente. O termo procuração, que o definiria melhor, é empregado comumente para designar o instrumento do ato concessivo de poderes, mas tecnicamente é o vocábulo próprio. Até os que conceituam a procuração erroneamente como instrumento do mandato, admitem que possa ser verbal, embora confundindo-a com o mandato, isto é, sem que tenha a forma instrumental. Justamente porque se faz essa confusão e não há vocábulo próprio para qualificar o negócio jurídico unilateral de atribuição de poderes de representação, este denominado também mandato, como se não fosse coisa diferente do contrato que tem esse nome. O resultado dessa sinonímia absurda é a confusão entre mandato e representação, que leva à falsa ideia de que toda representação voluntária é mandato. Há que distinguir, pois, o contrato do ato jurídico unilateral, o mandato da procuração em sentido técnico. A própria contextura da procuração denuncia o caráter unilateral do negócio jurídico nela consubstanciada, pois, nesse ato, o representante não intervém” (grifos meus) 85057401572 - JAQUELINE 1 Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO TÍTULOS DE CRÉDITO Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado. Esta é a definição jurídica de título de crédito. O desenvolvimento das operações de crédito por qualquer pessoa vem acompanhado de documento que se presta ao exercício do direito do crédito nele mencionado. Como documento, ele reporta um fato, ele diz que alguma coisa. Em outrostermos, o título prova a existência de uma relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de outras. Se alguém assina um cheque e o entrega a você, o título documenta que você é credor daquela pessoa. A nota promissória e a duplicata, as quais veremos mais a frente, também possuem o mesmo significado, também representam obrigação creditícia. É importante notar algumas características dos títulos de crédito. Em primeiro lugar, ele se refere unicamente a relações creditícias. Em segundo, à facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o direito de promover a execução judicial do seu direito. Em terceiro lugar, o título de crédito ostenta o atributo da negociabilidade, ou seja, está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado. Esta característica é muito importante, pois confere liquidez ao crédito, ou seja, permite que o mesmo seja transferido entre interessados. Princípios Do regime jurídico disciplinador dos títulos de crédito, podem-se extrair três princípios: cartularidade, literalidade e autonomia das obrigações cambiais. 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO Cartularidade O exercício dos direitos representados por um título de crédito pressupõe a sua posse. Somente quem exibe a cártula (isto é, o papel em que se lançaram os atos cambiários constitutivos de crédito) pode pretender a satisfação de uma pretensão relativamente ao direito documentado pelo título. Quem não se encontra com o título em sua posse, não se presume credor. Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a terceiros. Literalidade Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos lançados no próprio título de crédito. Atos documentados em instrumentos apartados, ainda que válidos e eficazes entre os sujeitos diretamente envolvidos, não produzirão efeitos perante o portador do título. O princípio da literalidade projeta consequências favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do documento Autonomia Pelo princípio da autonomia das obrigações cambiais, os vícios que comprometem a validade de uma relação jurídica, documentada em título de crédito, não se estendem às demais relações abrangidas no mesmo documento. As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu direito prejudicado. 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO Tendo em vista os conceitos básicos acima apresentados, podemos passar ao estudo das 3 modalidades de títulos de crédito solicitadas pelo Edital: nota promissória, duplicata e cheque. Destaco que o tema “cheque” já foi discutido em aula anterior. Aqui seguem apenas os conceitos relativos ao direito comercial, que destacam a característica do cheque como título de crédito. Nota Promissória A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do beneficiário da promessa (credor). O primeiro é referido por subscritor (embora não esteja incorreto chamá-lo sacador, emitente ou promitente); e o segundo é o tomador (por vezes chamado também de sacado). Pela nota promissória, o subscritor assume o dever de pagar quantia determinada ao tomador, ou a quem esse ordenar. A nota promissória é uma promessa do subscritor de pagar quantia determinada ao tomador, ou à pessoa a quem esse transferir o título. Ninguém está obrigado ao saque da nota promissória, e o credor não pode impor ao devedor essa específica alternativa de documentação da relação jurídica que os vincula (salvo se o obrigado houvera assumido o compromisso de sacar a nota, em contrato). São os seguintes os requisitos da nota promissória: a) a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua utilizada para a sua redação; b) b) a promessa incondicional de pagar quantia determinada; c) c) nome do tomador; d) d) data do saque; e) e) assinatura do subscritor; e 85057401572 - JAQUELINE ==1b9d1== Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO f) f) lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor. Para que produza os efeitos de uma nota promissória, o documento deve atender a determinados requisitos. Somente se revestido da formalidade prescrita por lei, o instrumento escrito poderá ser transferido e cobrado, sob o regime do direito cambiário. Não produzirá efeitos cambiais a nota promissória emitida ao portador, já que o nome do tomador é exigido. Também não poderá ser considerada nota o título que sem indicação de valor líquido, ou que sujeite a exigibilidade da promessa a qualquer sorte de condição, suspensiva ou resolutiva. Uma nota, portanto, redige-se assim: “aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do subscritor”. Em resumo, todas os requesitos supracitados devem estar presentes na nota promissória para que ela se configure como tal. Faço apenas parêntese, pois a falta de menção à época e local de pagamento não desnatura o documento como nota promissória, na medida em que, faltando época do pagamento, reputa-se o título à vista; e, faltando o lugar, considera-se pagável no local do saque ou no mencionado ao lado do nome do subscritor Duplicata A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Em um contexto histórico, impunha aos comerciantes atacadistas, na venda aos varejistas, a emissão da fatura ou conta — isto é, a relação por escrito das mercadorias entregues. O instrumento devia ser emitido em duas vias (“por duplicado”), as quais, assinadas pelas partes, ficariam uma em poder do comprador, e outra do vendedor. A conta assinada pelo comprador, por sua vez, era equiparada aos títulos de crédito, inclusive para fins de cobrança judicial. Nos dias atuais, a duplicata possui o mesmo princípio, pois é um título de crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillowww.estrategiaconcursos.com.br 28 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento da duplicata, ainda que não a assine. De acordo com a sistemática prevista pela lei — que, hoje, se encontra parcialmente em desuso —, o comerciante, ao realizar qualquer venda de mercadorias, deve extrair a fatura ou a nota fiscal-fatura. A duplicata será emitida com base nesse instrumento. Emitida a fatura, no mesmo ato poderá ser extraída a duplicata, obedecido o padrão fixado pelo Conselho Monetário Nacional (LD, art. 27; Res. BC n. 102/68) e atendidos os seguintes elementos: a) a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação do título por endosso; b) data de emissão, que deve ser igual à da fatura; c) os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda; d) data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de vencimento a certo termo; e) nome e domicílio do vendedor (sacador); f) nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do comprador (sacado); g) importância a pagar, em algarismos e por extenso; h) local de pagamento; i) declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado; j) assinatura do sacador. Se o título é emitido à vista, o comprador, ao recebê-lo, deve proceder ao pagamento da importância devida; se a prazo, ele deve assinar a duplicata, no campo próprio para o aceite, e restituí-la ao sacador, em 10 dias. 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO Outro ponto interessante sobre a duplicata é o aceite, que não pode ocorrer por simples vontade do sacado. Dispõe o art. 8º da lei das duplicatas que a recusa deste título só pode ocorrer nos seguintes casos: a) avaria ou não recebimento das mercadorias, quando transportadas por conta e risco do vendedor; b) vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade; c) divergência nos prazos ou preços combinados. As possibilidades de recusa da duplicata pelo devedor implicam que, mesmo com aceite obrigatório, ele não é irrecusável. Quando o vendedor não cumpriu satisfatoriamente suas obrigações, o comprador pode se exonerar do cumprimento das suas. A recusa do aceite cabe nessa situação e nas demais citadas acima. Caso o vendedor cumpra com suas obrigações, a falta de aceite é motivo de protesto da duplicata, assim como a devolução ou falta de pagamento. Em outros termos, a duplicata recusada, retida e não paga será protestada uma só vez; pouco importa o tipo de protesto, porque os seus efeitos são idênticos, em qualquer hipótese. O lugar do pagamento é também o do protesto. Os cartórios devem, por isso, recusar a protocolização quando verificada — no exame formal prévio, de caráter indispensável — a discrepância entre a base territorial de sua competência e o constante na duplicata. O protesto deve ser providenciado, pelo credor, no prazo de 30 dias, seguintes ao vencimento da duplicata, sob pena de perda do direito creditício contra os codevedores do título e seus avalistas. Cheque Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo). 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso). Nesse sentido, são essenciais ao cheque: a) a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua redação; b) a ordem incondicional de pagar quantia determinada; c) o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado); d) data do saque; e) lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente; f) assinatura do emitente (também chamado de sacador). Como visto, para que o título de crédito possa ser considerado como cheque faz- se necessário o atendimento dos termos acima citados. Não é possível, portanto, a pessoa preencher uma folha em branco como se esta fosse uma folha de cheque. O primeiro requisito (a) corresponde à “cláusula cambial”, no sentido que o emitente se obriga por título a pagar a quantia ali prevista. Ninguém está obrigado a documentar sua dívida por cheque; se o faz, concorda em vir a pagar, eventualmente, o valor do título a terceiro, mesmo que tenha razões juridicamente válidas para questionar a existência ou extensão da dívida, perante o credor originário. No atendimento ao segundo requisito (b), o cheque precisa do valor que o banco sacado deve pagar ao credor do título. Em caso de divergência entre indicação por extenso e em algarismos, a primeira prevalece. O nome do banco a quem a ordem de pagamento é dirigida deve constar também do título (correspondente ao item c). A data do saque (d) deve ser expressa pelo dia, mês e ano em que o sacador preencheu o cheque. Como se trata de ordem de pagamento à vista, não caberia, em princípio, a inserção de qualquer outra data no instrumento. 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO O lugar do saque (e) é aquele em que se encontra o sacador, no momento em que preenche o cheque. Sua importância é fundamental, porque o prazo para a apresentação do título ao banco sacado varia de acordo com a coincidência, ou não, entre o município do local do saque e o da agência pagadora. Quando coincidentes, o cheque se considera da mesma praça e deve ser apresentado ao sacado nos 30 dias seguintes ao da emissão; se não coincidentes, ele é de praças diferentes, e o prazo de apresentação se alarga para 60 dias. Portanto, lembre-se do seguinte: cheques da mesma praça devem ser pagos em 30 dias; cheques de praças diferentes, em 60 dias. Também é requisito essencial do cheque a assinatura do emitente (f), que pode ser mecânica, ou por processo equivalente, por exemplo eletrônico. Há, ainda, um requisito essencial do direito brasileiro, para os cheques superiores a R$ 100,00, que é a identificação do tomador, da pessoa em favor de quem é passada a ordem de pagamento. Cheques ao portador somente são liquidados se o valor é de até R$ 100,00, inclusive. Existem 4 modalidades de cheque, sendo 3 delas interessante ao nosso certame: Visado O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito correspondente. É evidente que esta modalidade de cheque confere mais garantias quando ao seu pagamento, tendoem vista o visamento e provisão de fundos realizados. 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO Administrativo O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para liquidação por uma de suas agências. Nele, emitente e sacado são a mesma pessoa. Ou seja, a instituição financeira ocupa, simultaneamente, a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário Serve também essa modalidade de cheque ao aumento da segurança no ato de recebimento de valores. Afinal, é improvável (mas não impossível) que o banco emita um cheque sem fundos. Cruzado O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado Claro que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago ao banco mencionado no interior dos dois traços Para se levar em conta Prazos 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO Como já salientado, a apresentação de cheque para pagamento deve respeitar dois prazos, dependendo da identidade entre praça de emissão e praça de compensação. O cheque deve ser apresentado, pelo credor, ao banco sacado, para liquidação, dentro do prazo assinalado pela lei. Cheques da mesma praça”, o prazo é de 30 dias; cheques de praças diferentes, 60. Como referido acima, a definição de uma ou outra categoria de cheque é feita pela comparação entre o município que consta como local de emissão e o da agência pagadora. Se coincidentes, o cheque é considerado “da mesma praça”; caso contrário, de “praças diferentes”. A inobservância do prazo de apresentação acarreta a perda do direito de executar os endossantes do cheque, e seus avalistas, se o título é devolvido por insuficiência de fundos. Ou seja, caso o portador do cheque não o apresente na data, ele perde o direito de cobrar judicialmente estes valores do ENDOSSANTE do cheque e de seus eventuais avalistas, no caso de devolução do cheque por insuficiência de fundos. É importante notar que o cheque, mesmo após o transcurso dos 30 ou 60 dias da lei, ainda poderá ser apresentado ao banco sacado, para fins de liquidação, pois este prazo importa para a execução do endossante e avalistas. Apenas depois de prescrita a execução — quer dizer, ultrapassados 6 meses do término do prazo de apresentação —, o sacado (banco pagador) não poderá mais receber e processar o cheque. Por fim, falta tratar dos cheques pós-datados, espécie tipicamente brasileira de pagamento a prazo. Esta espécie de cheque serve como instrumento de concessão de crédito ao consumidor. O consumidor, ao efetuar a compra a prazo, coloca a data do cheque na mesma data de vencimento da parcela da compra. Embora a pós-datação não produza efeitos perante o banco sacado, na hipótese de apresentação para liquidação, ela representa um acordo entre tomador e 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO emitente. A apresentação precipitada do cheque significa o descumprimento do acordo. Este fato enseja reparação por danos morais, que pode ser pleiteada pelo emitente contra o portador do cheque. No entanto, o banco, nessa hipótese, não pode se negar a liquidar os cheques se houver, em conta, recursos disponíveis. O consumidor terá, contudo, direito de demandar contra o fornecedor os prejuízos que sofrer em decorrência da quebra do contratado entre eles Endosso O cheque tem cláusula chamada de “à ordem”. Ou seja, o referido título pode ser transmitido normalmente mediante endosso. O ato de endosso é realizado pelo credor de um título de crédito, que através da utilização da cláusula à ordem, transmite os seus direitos a outra pessoa. O endosso introduz duas novas situações jurídicas: a do endossante e a do endossatário. Na primeira, encontra-se o credor do título que resolve transferi-lo a outra pessoa; na segunda situação jurídica, para quem o crédito foi passado. Em outros termos, pelo endosso, o endossante deixa de ser o credor do título de crédito, que passa às mãos do endossatário. Logicamente, não se cuida de ato gratuito: o endossante irá receber do endossatário pelo menos uma parte do valor do título de crédito. O endosso pode ser em branco, ou em preto. No primeiro caso, o ato de transferência da titularidade do crédito não identifica o endossatário, podendo ser realizado pela (i) simples assinatura do credor no verso do título ou pela (ii) assinatura do credor, no verso ou no anverso, sob a expressão “pague-se”, ou outra equivalente. 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO No segundo, o endossatário é identificado. Pode ser realizado pela assinatura do credor, no verso ou no anverso, sob a expressão “pague-se a Fulano” (sendo este o endossatário). Por fim, cumpre citar que o endossante torna-se codevedor do título e está sujeito à execução, caso o cheque seja devolvido pelo banco sacado por insuficiência de fundos. Mas, o endosso do cheque admite a cláusula “sem garantia”, pela qual o endossante não assume, em relação ao título, nenhuma responsabilidade. Compensação As regras de compensação estão definidas pelo Banco Central. Para facilitar a compreensão, segue quadro e explicações abaixo que resumem tudo sobre o tema: Valor-limite Valor estabelecido pelo Banco Central do Brasil que serve para selecionar os documentos em relação ao prazo de bloqueio. Como visto na tabela, o atual valor limite é de R$ 299,99. 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO Prazos de Bloqueio Prazos máximos para compensação, dependendo do valor limite. Os prazos indicados serão acrescidos de um dia útil, se ocorrer, durante o período normal de bloqueio, feriado local na praça onde localizada a dependência sacada. Atenção! Valores depositados que sofrerem bloqueio por prazos superiores aos divulgados neste documento devem ser remunerados, por dia de excesso, pela Taxa Selic. Desbloqueio de Valores Os valores depositadosem cheques ficam disponíveis para compensar débitos, nas respectivas conta-correntes dos depositantes, na noite do último dia do prazo de bloqueio, podendo ser sacados, diretamente no caixa do remetente, no dia útil seguinte ao término desse prazo. Cheques Devolvidos O cheque devolvido deve ser entregue ao depositante na dependência (agência ou Posto de Atendimento Cooperativo) de seu relacionamento. Atenção! O cheque pode ser devolvido em outra dependência, que não a de relacionamento do cliente, mediante acordo entre o cliente e o remetente (instituição financeira que acolhe o cheque em depósito), não estando a devolução do documento ao cliente sujeita a prazo regulamentar. Cheques devolvidos por problemas operacionais do remetente ou do destinatário (instituição financeira contra a qual o cheque é sacado) não podem ser devolvidos ao cliente nem ter seu prazo de bloqueio alterado. Os depósitos em cheques de outra dependência do mesmo participante observam os mesmos prazos máximos de bloqueio e de devolução previstos para os cheques de outro participante, podendo ser reduzidos, de acordo com os critérios de cada participante. 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO QUESTÕES PROPOSTAS Questão 01 01. CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010 Para a abertura de conta de depósitos, é obrigatória a completa identificação do depositante. As informações que devem constar na ficha-proposta para a abertura da conta incluem I qualificação do depositante. II endereços residencial e comercial completos. III data da abertura da conta e respectivo número. IV taxa de juros de remuneração da conta de depósito. V assinatura do depositante. Estão certos apenas os itens A I, II, III e IV. B I, II, III e V. C I, II, IV e V. D I, III, IV e V. E II, III, IV e V. Questão 02 02. CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2009 Em relação a abertura, manutenção, movimentação e encerramento de contas de depósitos, tarifas de serviços e cheque: 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO A rescisão do contrato de conta de depósito à vista ou o encerramento da conta de depósito à vista, por iniciativa de qualquer das partes, prescinde de comunicação prévia e formal. Questão 03 03. CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2009 Em relação a abertura, manutenção, movimentação e encerramento de contas de depósitos, tarifas de serviços e cheque: É permitida a abertura de conta sob nome abreviado ou de qualquer forma alterado, inclusive mediante supressão de parte ou partes do nome do depositante. Questão 04 04. CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2009 Em relação a abertura, manutenção, movimentação e encerramento de contas de depósitos, tarifas de serviços e cheque: A instituição financeira não pode, em nenhuma hipótese, abrir conta de depósitos à vista para titular que figure ou tenha figurado no cadastro de emitentes de cheques sem fundos. Questão 05 05. CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2009 Em relação a abertura, manutenção, movimentação e encerramento de contas de depósitos, tarifas de serviços e cheque: Mesmo enquanto o depositante figurar no cadastro de emitentes de cheques sem fundos, é permitido fornecer-lhe talonário de cheques. Questão 06 06. CESPE - TJ TRT10/Administrativa/2004 Acerca das pessoas naturais e jurídicas, julgue o seguinte item. 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO A capacidade jurídica da pessoa natural é limitada, pois uma pessoa pode ter o gozo de um direito, sem ter o seu exercício, por ser incapaz. Questão 07 07. CESPE - TJ TJDFT/2013 Em relação a pessoas jurídicas, pessoas naturais e bens, julgue o item a seguir. A interdição do pródigo irá restringir-lhe a prática de atos, tanto patrimoniais quanto pessoais. Questão 08 08. CESPE - AUFC/Controle Externo/Auditoria Governamental/2008 Para a realização dos negócios jurídicos e para a discussão dos questionamentos deles advindos, é de suma importância o estabelecimento do domicílio das pessoas naturais ou jurídicas. Acerca desse tema, cada um dos próximos itens apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. Ranulfo, auditor-fiscal lotado na Delegacia da Receita Federal em Boa Vista-RR, foi nomeado para o cargo em comissão de diretor financeiro de uma autarquia com sede em Brasília. Nessa situação, durante o período em que ele estiver exercendo esse cargo, Ranulfo passará a ter por domicílio a Capital Federal, configurando-se o que se denomina domicílio necessário. Questão 09 09. CESPE - AUD (TCU)/2007 Dois municípios vizinhos, integrantes da mesma unidade federativa, constituíram, em 2006, um consórcio para racionalizar os gastos com a aquisição e a utilização de um ônibus para o transporte escolar de alunos do ensino fundamental residentes na zona rural daqueles municípios. Para custear o empreendimento, foram despendidos recursos do FUNDEF. No referido ano, a União repassou recursos do FUNDEF a ambos os municípios, recursos estes que representaram, no ano considerado, apenas 5% do FUNDEF de cada um dos municípios. A respeito da situação hipotética acima descrita, e sabendo, ainda, que uma lei complementar do estado-membro onde se situam os aludidos municípios atribui 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO competência ao Ministério Público estadual para oficiar em todos os processos do tribunal de contas dos municípios daquele estado, julgue os itens seguintes. De acordo com dispositivo do Código Civil, os alunos referidos, se menores de 16 anos de idade, têm como domicílio necessário o dos seus representantes legais, ainda que tais representantes não residam na zona rural daquele município; se tiverem entre 16 e 18 anos de idade, têm como domicílio necessário o do seus assistentes legais, ainda que tais assistentes não residam na zona rural daqueles municípios. Questão 10 10. CESPE - TJ TJDFT/2013 Em relação a pessoas jurídicas, pessoas naturais e bens, julgue o item a seguir. Os direitos da personalidade não se aplicam à pessoa jurídica. Questão 11 11. CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010 Em relação ao cheque cruzado: O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços paralelos no anverso do título. Questão 12 12. CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010 Em relação ao cheque cruzado: O cruzamento é geral se, entre os dois traços, não houver nenhuma indicação ou se existir apenas a indicação “banco”, ou outra equivalente. Questão 13 13. CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010 Em relação ao cheque cruzado: O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco. 85057401572 - JAQUELINE Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ BANCO DO NORDESTE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 05 – PROF. VICENTE CAMILLO Questão 14 14. CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010 Em relação ao cheque cruzado: O cheque com cruzamento geral pode ser pago em espécie,
Compartilhar