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Gabriella Lutti ! 1! Aluna : Gabriella Lutti Medicina - XXXIV Anatomia e Fisiologia Cardíaca Características •! Forma de cone •! Tamanho do punho fechado •! Cerca de 12cm de comprimento e 9cm de largura •! Massa de 250g nas mulheres e 300g nos homens A posição do coração é dinâmica, conforme a respiração ele sobe e desce Em pessoas mais gordas o coração é mais achatado e em pessoas mais magras em forma de gota Pericárdio •! Pericárdio reveste e protege o coração o! Pericárdio fibroso o! Pericárdio seroso parietal o! Pericárdio seroso e visceral •! Entre o pericárdio e o coração existe um líquido que evita o seu atrito Faces •! Anterior – esternocostal o! Ventrículo direito – em forma de C •! Diafragmática – inferior o! Ventrículo esquerdo e parcial do VD •! Pulmonar o! Ventrículo esquerdo – impressão cardíaca do pulmão esquerdo Margens •! DIR : átrio direito + veia cava inferior e superior •! INF : ventrículo esquerdo e direito •! ESQ : ventrículo esquerdo e átrio esquerdo •! SUP : átrio esquerdo e direito + artéria aorta + artéria pulmonar LEMBRANDO : O sangue vindo do corpo chega no átrio direito, passando pela valva tricúspide, para o ventrículo direito e para a artéria pulmonar que vai para os pulmões, depois chega ao átrio esquerdo, passando pela valva bicúspide, para o ventrículo esquerdo e para a artéria aorta. Da aorta saem as coronárias que irrigam o coração, a coronária direita é posterior e a esquerda anterior sendo dividida em circunflexa e descendente anterior Complexo Estimulante Nó sinoatrial (células que se auto despolarizam – localizado no lado direito) passando para o nó atrioventricular e depois para o fascículo atrioventricular, onde são dissipadas pelas fibras de Purkinge Despolarização : contração Repolarização : relaxamento Gabriella Lutti ! 2! Novos Conceitos •! Banda miocárdica ventricular Helicoidal •! Descobridor : Dr. Francisco Torrent-Guasp •! Publicação na Espanha de 1998 •! Desvendou a complexa estrutura miocárdica através da diferença entre as fibras de cada estrutura cardíaca, descobriu que todas as partes estão ligadas em apenas uma banda muscular – que vai da artéria pulmonar até a aorta •! Sulco ventricular anterior – a partir deste sulco se percebeu a diferença entre as fibras entre os ventrículos onde com os dedos conseguiu abrir totalmente os ventrículos •! Por causa desta descoberta, foi percebido como o coração se contraia através de suas fibras ascendentes e descendentes •! Durante a sístole o anel contrai as fibras descendentes e relaxa as fibras ascendentes, onde o coração sobe e gira •! Durante o relaxamento, percebe-se um movimento de sucção onde o enchimento rápido dos ventrículos faz parte da diástole (relaxamento) Banda Miocárdica Única Importância : •! Entendimento que a diástole é ativa na fase de enchimento ventricular rápido •! Entendimento do percurso do estimulo elétrico •! Guiar locais de incisão e anastomoses em patologias congênitas Anamnese e Exame Físico Cardiológico Inspeção Geral •! Observe o paciente no leito •! Posição do mesmo •! Se dor, tosse, dispneia, palidez cutânea, cianose, baqueamento digital para gerar uma impressão inical •! Avaliação já começa na apresentação Gabriella Lutti ! 3! Sintomas Fundamentais •! Dispneia •! Dor torácica •! Palpitações •! Edema •! Tosse •! Cianose •! Hemoptise •! Fadiga •! Síncope Dispneia •! Importante diferenciar dispneia cardíaco de pulmonar •! Cardíaca : o! Patologias que aumentem a pressão nos capilares pulmonares (insuficiência cardíaca) – quando a parte esquerda do coração não está funcionando corretamente, o pulmão começa a acumular sangue gerando um edema agudo de pulmão – pode acontecer por causa hipertensiva !! Ortopnéia (ocorre por que quando se deita o coração não relaxa corretamente e não consegue bombear todo o sangue que aumenta sua quantidade bombeada, gerando acumulo no pulmão), dispneia paroxística noturna (durante a noite o edema nos membros inferiores, aumenta a volemia e então aumenta a quantidade de sangue no pulmão, passando plasma para os alvéolos e em casos mais graves sangue gerando uma espuma rosada) o! Equivalente anginoso (duração, relação com esforço e melhora com nitratos) – é entupimento das coronárias mas em vez de gerar dor gera dispneia !! Dispneia aos esforços LEMBRAR : Insuficiência cardíaca esquerda – causa problemas e sintomas pulmonares Insuficiência cardíaca direita – causa problemas e sintomas na extremidades Dor Torácica •! Síndromes coronarianas : o! Opressão ou ardência retroesternal o! Irradiação para dorso, ombro esquerdo, pescoço ou mandíbula o! Duração desde minutos (10-20) a poucas horas o! Dispneia pode ser o primeiro sinal no idoso o! Alívio com nitrato o! Piora com esforço o! Sintomas associados : náuseas, diaforese, vômitos e dispneia Palpitações •! Sensação desconfortável associada a alteração da regularidade, aumento da intensidade dos batimentos cardíacos ou aumento de sua frequência •! Falhas ou saltos : estra-sistólico Gabriella Lutti ! 4! •! Ataques súbitos com frequência cardíaca maior que 120bpm :taquicardia paroxísticas •! Com frequência cardíaca normal : ansiedade •! Ao levantar-se : hipotensão postural Edema •! É a expansão do líquido extravascular •! Edema generalizado : o! I. Cardíaca : aumento da pressão venosa por congestão o! Nefropatia : perda de proteína e diminuição da pressão oncótica o! Hepatopatia : distúrbio na produção metabolização •! Edema localizado : o! Causas obtrutivas : trombose venosa o! Inflamatórias : gota o! Imunológica : artrite reumatóide Tosse •! Tosse acompanhada de secreção rósea o! Edema agudo de pulmão •! Tosse seca acompanhada de dispneia durante esforços : o! ICC ou DPOC •! Tosse seca, irritativa, espasmódica e noturna, que piora ao decúbito : o! Hipertensão venosa pulmonar Cianose •! Coloração azulada da pele e mucosas de grau variável •! Central (altos níveis de hemoglobina reduzida) •! Ou periférica (vasoconstrição por baixo débito •! Resultado aumentado da hemoglobina reduzida no sangue capilar ou hemoglobinas anormais no sangue Hemoptise •! Expectoração de sangue, puro ou associado a secreções, pela tosse •! Hemorragia alveolar secundária a congestão venosa pulmonar •! Edema pulmonar •! Estenose mitral – problema na válvula do coração esquerdo •! Insuficiência ventricular esquerda Fadiga •! Indisposição para realizar tarefas, e não só como fraqueza muscular •! Na ICC : deve-se a diminuição do débito cardíaco com má oxigenação dos músculos esqueléticos •! Fraqueza, cansaço geral, desanimo •! Pouco específico para investigação cardiológica Síncope •! Perda súbita e temporária da consciência e do tônus muscular, seguida de recuperação completa e espontânea o! Arritmias Gabriella Lutti ! 5! o! Disfunção miocárdica o! Hipotensão postural, hipersibilidade do seio carotídeo o! Hiperventilação (psicogênica) – através de respiração em sacos •! O objetivo é que a pessoa se deite e o sangue consiga ir para o cérebro Inspeção •! Pulso venoso o! Estimativa não invasiva da pressão venosa central o! Medido na veia jugular externa o! Paciente deitado 45 graus o! Leve rotação da cabeça o! Medida da altura da coluna em relação ao angulo de Louis OBS : Pressão venosa central – pressão de sangue que chega ao lado direito do coração o! Medida da altura da coluna em relação ao angulo de Louis + 5cm (distancia estimada do átrio direito o! Valor normal até 2 a 3 cm de água acima do angulo de Louis o! Varia com o ciclo respiratório !! Pressões negativa (inspiração) e positiva (expiração) o! Inversão (sinal de Kussmaul) : !! Pericardite construtiva !! Insuficiência cardíaca congestiva descompensada !! Embolia pulmonar !! Infarto agudo do ventrículo direito OBS : Durante a inspiração se gera uma pressão negativano tórax voltando muito sangue para o pulmão e durante a expiração a pressão fica positiva e o sangue passa para o pulmão. Consegue se ver com mais facilidade o pulso venoso quando a pressão do tórax é positiva impedindo a volta facilitada do sangue Reflexo hepatojugular •! Compressão lenta e gradual no andar superior direito do abdome •! Se houver aumento do pulso venoso em mais de 3 cm, há aumento da pressão venosa Palpação •! Pulsos arteriais : o! Frequência cardíaca (numero de batimento em 15s X 4) o! Ritmo : reular ou irregular o! Localização : carotídeo, temporal, braquial, radial, ulnar, abdominal, femoral, poplíteo, tibial posterior e pedioso o! Simetria : comparação da amplitude de pulsos contralaterais Medida da Pressão Arterial Importante •! Bexiga vazia •! Não praticou exercícios físicos •! Não ingeriu bebidas alcoólicas •! Não tomou café •! Não fumou Até 30 min antes da medida Gabriella Lutti ! 6! Pressão Arterial •! Etapas 1.! Manguito 2 a 3 cm acima da fossa cubital 2.! Compreende mais que 40% da circunferência Mais que 80% do comprimento do braço 3.! Braço na altura do coração 4.! Palpar pulso radial e inflar manguito até o seu desaparecimento (estima PA sistólica), desinflar rapidamente 5.! Colocar estestoscópio com a curvatura para a frente 6.! Colocar a campanula sobre a artéria radial Ictus Cordis •! Impulso apical o choque da ponta •! Não é na verdade o ápice do coração •! Características o! Localização o! Extensão o! Duração o! Intensidade o! Forma o! Ritmo o! Componente acessórios •! Localizado entre o 4 e 5 espaço intercostal e um pouco mais medial que a linha hemiclavicular •! Muda conforme o decúbito •! Dificultada em doenças pulmonares como o enfisema pulmonar (tecido pulmonar entre parede torácica e coração •! Extensão de 1 ou 2 polpas digitais, mudando conforme decúbito •! Patologias que aumentam o coração também o aumentam o ictus (cardiomiopatia dilatadas, cardiopatia chagásica crônica) •! Duração : precocemente na sístole, simultâneo ou mesmo preceder o pulso carotídeo •! Aumentado na estense valvar aórtica e cardiomiopatia hipertrófica •! A ausculta da 2 bulha concomitante com a palpação do ictus indica alterações patológicas •! Forma : o! Característica composta de duração e extensão !! Aumento daextensão e duração (miocardiopatias dilatadas) chama-se ictus globoso !! Sem alteração da extensão e localização, mas duração aumentada (estenose aórtica grave e hipertensão) chama-se ictus impulsivo •! Ritmo : avaliado junto com o pulso carotídeo o! Exemplos : fibrilação atrial (enchimento variável do ventrículo) e extrassístoles ventriculares (ictus palpável sem ondas de pulso •! Intensidade : associada ao estado contrátil cardíaco •! Correspondente acessórios : correspondente a 3 e 4 bulhas. Após pulso carotídeo 3 bulha antes do pulso carotídeo 4 bulha Gabriella Lutti ! 7! o! A pulsação paraesternal esquerda aumenta a pressão ou o volume no ventrículo direitto Perfusão periférica o! Avalia se o débito cardíaco é adequado as necessidades do organismo o! Analisa-se as características das extremidade o! Temperatura o! Coloração o! Grau de enchimento das extremidades o! Alterações não cardíacas : contato com água fria, ambiente refrigerado muito frio, anemia, pele escura u ansiedade o! Avaliação : compressão da polpa de um ou mais dígitos o! Liberação e volta-se a coloração dentro de 2 a 3 segundos o! Exemplos : o! Choque cardiogênico : extremidades frias, cianóticas com enchimento lentificado o! Fase inicial do choque séptico > extremidades aquecidas, coradas e enchimento lentificado Percussão precordial •! De valor limitado •! Pouca sensibilidade e especificidade LEMBRAR : primeira bulha – fechamento da valva mitral e tricúspide - sístole Segunda bulha – fechamento da valva pulmonar e aórtica - diástole Terceira bulha – apos a segunda bulha - diástole Quarta bulha – antes da primeira bulha, quase uma em cima da outra – A estenose aórtica irradia para a carótida Estenose – sístole – não fecha corretamente a valva mitral ou tricúspide Regurgitamento – diástole – não fecha corretamente a valva pulmonar ou aórtica Aterosclerose Aterosclerose é uma doença inflamatória crônica de origem multifuncional que ocorre em resposta á agressão endotelial, acometendo principalmente a camada íntima de artérias de médio e grande calibre Substrato das doenças que mais matam e, invalidam os brasileiros – Angina Infarto, insuficiência vascular periférica, acidente vascular cerebral 1 milhão de internações por ano; 300 mil mortes por ano Fatores de Risco •! Hemodinâmico (hipertensão arterial) •! Bio-humoral (dislipidemia) •! Acúmulo de produtos finais da glicação não enzimática (diabetes) •! Irritantes químicos (tabagismo) •! Aminas vasoativas (estresse) •! Infecção •! Geneticos Gabriella Lutti ! 8! A influencia aterogênica desses fatores de risco, isoladamente ou em conjunto, é variável Fisiopatologia Processo inflamatório dos vasos Principal causa : aumento da relação de LDL e HDL Gerando a lesão do endotélio dos vasos (menor proteção) causando então o acumulo de LDL na túnica íntima do vaso Vasos são formados pelas camadas de endotélio, subentolial (tec. Conj) O LDL em altas concentrações encontra partes onde o endotélio está lesado conseguindo então entrar na camada intima do vaso. Como o LDL está em altas concentrações pode ser oxidado ficando ainda mais reativo e logo após entrando na camada íntima do vaso. Os monócitos que também estão na circulação sanguínea, acabam se grudando no endotélio (já que o mesmo está lesado) penetrando então na túnica intima do vaso (diapedese). Após se transforma em macrófago, que reage com o LDL e com LDL oxidado que faz com que o macrófago se transforme em uma célula espumosa que acaba por afetar as células musculares que acabam também se transformando em células espumosas que expelem produtos celulares. Por vezes essas células espumosas se dirigem para o endotélio gerando um rombo que oclui parte da passagem sanguínea. O trombo é formado por células musculares, capa fibrosa (matriz extracelular), centro lipídico (que acaba liberando lipídios dentro da célula) gerando então a formação de tecido necrótico. Este trombo também pode se desprender e então se mover para vasos menores onde pode obstruir totalmente o fluxo sanguíneo. O trombo pode também se romper, dando início a uma trombose que continua a aumentar através de junção com plaquetas e fatores de coagulação que possuem afinidade por lipídios encontrados dentro do trombo Avaliação Laboratorial Dislipidemias •! Colestoreal total (CT) •! Colesterol LDL (LDL-C) •! Colesterol HDL (HDL-C) •! Colesterol VLDL (VLDL-C) •! Triglicerídeos (TG) Coleta dos exames •! Jejum de 12-24 horas •! Dieta habitual e peso estável •! Não praticar exercícios nas ultimas 24 horas Fatores de risco para Aterosclerose que modificam as metas de LDL-C •! Fumo •! Hipertensão arterial sistêmica (menor que 140 por 90) •! HDL-C menor que 40 •! Diabetes mellitus (diabéticos são considerados como portadores de aterosclerose) •! Idade (maior que 45 anos nos homens e maior que 55 anos nas mulheres) Gabriella Lutti ! 9! •! História familiar precoce de aterosclerose (parentes de primeiro grau com menos de 55 anos nos homens e menor que 65 anos nas mulheres) •!HDL-C maior que 6o são considerados uma fator protetor podendo então riscar algum fator de risco citado acima Risco de Doença Coronariana Baixo •! Risco absoluto maior que 10% em 10 anos o! Prevenção primária Médio ou intermediário •! Risco absoluto 10-20% em 10 anos o! Prevenção primária Alto risco Baixo risco Indivíduos com 1 fator de risco (excluindo o diabetes) Médio risco Indivíduos com 2 fatores de risco Alto risco Presença de doença aterosclerótica manifesta clinicamente(alto risco) Doença aterosclerótica Doença cerebrovascular Insuficiencia vascular periférica Síndrome Metabólica Alteração de metabolismo O diagnóstico da síndrome metabólica é feito pela presença de pelo menos 3 dos 5 critérios abaixo : •! Obesidade abdominal (cintura menor que 102cm nos homens e menor que 88 nas mulheres) •! Triglicérides maior ou igual a 150mg •! HDL-C menor que 40 nos homens e manor que 50 nas mulheres •! Pressão areterial menor ou igual a 130 por 85 •! Glicemia menor ou igual 110 Gabriella Lutti ! 10! Novos Marcadores Laboratoriais do Risco Cardiovascular •! Lp(a) •! Fibrinogênio •! Homocistenía •! Marcadores inflamatórios (reativa de alta sensibilidade) Ainda estão sendo estudados para saberem seu total efeito no risco cardiovascular. Usado para restaurar duvidas por vezes deixadas pelos outros exames laboratoriais Novas Metas e Nova Estratificação Baixo risco se atura LDL-C até 160 Alto risco LDL-C menor que 70 Classificação das Dislipidemias Causa primárias : hiperquilomicronemia, hipercolesterolemia, hiperlipidemia combinada,disbetalipoproteinemia, hipertrigliceridemia Gabriella Lutti ! 11! Causas secundárias : DM, obesidade, hipotireoidismo, doenças renais, hepatopatias colestáticas crônicas, por medicamentos (diuréticos, betabloqueadores), tabagismo, etilismo e vida sedentária Desordens Primárias no Metabolismo Primário •! Xantomatose – gordura acumulado nos tendões do corpo Desordens Primárias no metabolismo secundário •! Doenças endócrino- metabólica – diabetes mellitus, hipotireoidismo •! Doenças renais •! Doenças hepáticas –cirrose biliar primária, hepatite aguda •! Induzida por fármacos como tiazidas (aumento de LDL e colesterol), glicocorticoides (aumento de VLDL, LDL e colesterol), beta-bloqueadores (aumento dos triglicerídeos e diminuição do HDL) e esteroides anabólicos (aumento do colesterol e diminuição do HDL) Tratamento da Dispilidemia LDL não é produzido pelo nosso corpo, ele é INGERIDO. Provém de origem animal. Dessa maneira, DEVE-SE CUIDAR COM A INGESTÃO. Óleo de origem vegetal NÃO TEM COLESTEROL, NÃO TEM ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS. O que pode transformar o óleo vegetal insaturado em saturado é o seu AQUECIMENTO. Mas há óleos saudáveis, de origem animal, como os ômegas (PEIXES). Plano Alimentar Gabriella Lutti ! 12! •! Fracionado em seis refeições •! Evitar frituras •! Preferir os grelhados, assados, refogados, cozidos, ensopados ou até mesmo crus •! Os alimentos diet ou light podem indicados no contexto de plano alimentar e não utilizados de forma exclusiva •! Devem-se respeitar as preferencias individuais e o poder aquisitivo do paciente e da família Tratamento da Dislipidemia Vastatinas ou estatinas ou inibidores de HMG-CoA redutase São os medicamentos de escolha para reduzir o LDL-C em adultos (18-55% em média). Elevam também o HDL-C de 5 a 15% e reduzem TG de 7-30%. As vastatinas diminuem eventos isquêmicos coronários, necessidade de revascularização do miocárdio, mortalidade cardíaca e total e AVC (nos estudos de prevenção secundária Fármacos : Lovastatina, Pravastatina, Fluvastatina, Atorvastatina, Gemfibrozil. Muitos são inibidores de Coa redutase, sequestradores de ácido biliar e absorvedores de inibidores de colesterol Fibratos - hipertrigliceridemia São indicados no tratamento da hipertrigliceridemia endógena quando houver falha das MEV ou quando esta for muito elevada (acima de 500mg por dL). As alterações lipídicas com as doses habituais de fibratos (Genfibrosila, Bezafibrato, Etofibrato) Acompanhamento e Monitorização •! CT e frações •! TG •! AST, ALT (ESTATINAS) •! CPK (creatinoquinase) Raros casos de hepatopatia, miopatia, mialgia e rabdomiólise (nefrototoxidade devido à alta liberação de CPK - libera tantas substâncias que obstruem os canalículos renais), com estatinas. Caso Clínico Paciente masculino, 61 anos, hipertenso há 10 anos controlado com atenolol 100mg/dia, hidroclorotiazida 12,5 mg/dia, e losartana 100mg/dia, portador de revascularização do miocárdio há 3 anos, fazendo uso de monocordil 20mg 2 x ao dia, AAS 100 mg/dia, apresentando quadro de dislipidemia mista: Colesterol Total 285mg/dL, HDL-C 32mg/dL, Triglicerídeos 250mg/dL. É diabético tipo 2 fazendo uso de metformina 500 mg 3 x ao dia com bom controle. Nega queixas específicas, refere apenas que faz uso de inúmeros medicamentos e que o custo está alto. É tabagista e “etilista social” de destilados. Vem a consulta médica para definir se há necessidade de tratamento para este distúrbio metabólico, pois já faz dieta restrita de gorduras e açúcar. Discutir: •! A classificação das dislipidemias entre primárias e secundárias. Não é primária, pois ele tem motivo de ter secundária: doença (DM) e medicação (hidroclorotiazida e atenolol). Gabriella Lutti ! 13! •! Neste caso existe algum fator que dificulte o controle metabólico? Sim. Além do álcool, a doença e a medicação. •! O tratamento farmacológico está indicado? Com que drogas? E por quanto tempo? Ou aplica MEV (o que já fez), ou busca estimular atividades físicas, além de readaptação alimentar, visto que os valores não estão bons. Pode corrigir medicação, tentando melhora dos níveis. Como o alvo de colesterol dele é 70, vamos introduzir uma estatina, acompanhar e ver como se comporta os TG, podendo usar, fibrato para diminuição dos triglicerídeos. Usa por toda a vida ou até os valores normalizarem, ou se mudar todo o estilo de vida. •! Quais são os principais efeitos colaterais das drogas hipolipemiantes? E como devem ser monitorizados? Hepatotóxico, muscular (miopatia e mialgia), miopatia grave libera tantas substâncias que obstruem os canalículos renais. Se iniciar a medicação, deve-se pedir, em duas semanas, TGP, TGO e CKP. Hipertensão Arterial Sistêmica Condição clínica multifatorial caracterizada por níveis tensionais elevados e sustentados de pressão arterial Associada frequentemente a alterações funcionais ou estruturas dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a alterações metabólicas, com consequente aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não-fatais Dilata o coração e prejudica o sistema arterial Impacto médico e Social da HAS •! Alta prevalência e baixas taxas de controle •! Principal fator de risco modificável •! Um dois mais importantes problemas de saúde pública •! Mortalidade aumenta progressivamente com a elevação da PA de forma linear, contínua e independente Fisiologia Se manifesta na forma de doenças escleróticas O endotélio traduz em efetivo aumento do endotélio devido a pressão sanguínea A hipertensão estimula a estrada de monócitos e posterior transformação em macrófago dentro do endotélio vascular Prevalência •! No Brasil o! Na população em geral = 30% o! Entre 60 e 69 anos = 50% o! Acima de 70 anos =75% •! Homens 35 % •! Mulheres 30% No Brasil há um controle da PA em somente 20% dos hipertensos Gabriella Lutti ! 14! Fatores de Risco •! Idade •! Gênero e etnia •! Excesso de peso •! Ingestão de sal e álcool •! Sedentarismo •! Fatores socioeconômicos •! Genética •! Estilo de vida Prevenção Primária •! Medida não farmacológicas : o! Alimentação saudável o! Consumo controlado de álcool e sódio o! Ingestão de potássio o! Combate ao sedentarismo o! Combate ao tabagismo •! Medidas medicamentosas : o! Até o presente, nenhum estudo já realizado tem poder suficiente para indicar um tratamento medicamentoso para indivíduos com PA limítrofe sem evidencias de doença cardiovascular o! Para o manejo de indivíduos com comportamento limítrofe da PA recomenda-se considerara o tratamento medicamentoso apenas em condições de risco cardiovascular global alto ou muito alto Diagnóstico e Classificação Equipamentos para Medida da PA •! Técnica auscultatória o! Esfigmomanômetro de mércurio o!Esfignomanômetro aneroide – não são os de primeira escolha, pois descalibram-se mais facilmente •! Técnica oscilométrica o! Aparelhos semiautomáticos digitais de braço Gabriella Lutti ! 15! o! Os aparelhos de medida no punho e no dedo não são recomendados para a prática clínica, embora já existam aparelhos de punho validados o! Para escolha do aparelho semiautomático, recomenda-se consultar os sites Medidas da PA em Crianças, Idosos e Gestantes •! A medida da PA em crianças é recomendada em toda avaliação clínica, após os três anos de idade, pelo menos anualmente, como parte do seu atendimento pediátrico primário PA do Idosos •! Alterações próprias do envelhecimento determinam aspectos diferenciais na PA dessa população, como maior frequência de hiato auscultatório, que consiste no desaparecimento dos sons durante a deflação do manguito, geramente entre o final da fase I e o início da fase II dos sons de Korotkoff, resultando em valores falsamente baixos para a sistólica ou falsamente altos para a diastólica OLHA : Mesmo com alguma obstrução em artérias, a pressão naquela área não aumenta, pois ela não pode ser maior do que a pressão mandada pelo coração, então nessa parte a pressão se encontra menor devido á diminuição do fluxo Obesos •! Manguitos mais longos e largos são necessários em pacientes obesos, para não haver superestimação da pressão arterial •! Em braços com circunferência superior a 50cm, onde não há manguito disponível, pode-se fazer a medida no antebraço e o pulso auscultado deve ser o radial Gestantes •! A pressão arterial deve ser obtida com os mesmos equipamentos e com a mesma técnica recomendada para adultos, entretanto, a PA também pode ser medida no braço esquerdo na posição de decúbito lateral esquerdo em repouso, e esta não deve diferir da posição sentada Medida da PA no consultório •! Na primeira avaliação, as medidas devem ser obtidas em ambos os braços e, em caso de diferença, deve-se utilizar como referência sempre o braço com o maior valor para as medidas subsequentes •! Se apresentar diferenças de pressão entre os membros superiores maiores de 20 por 10 mmHg para as pressões sistólica ou diastólica, respectivamente, deve-se investigar doenças arteriais •! A posição recomendada para a medida da pressão arterial é a sentada •! Pelo menos 3 medidas (começo, meio e fim da consulta) Gabriella Lutti ! 16! •! Recomenda-se, sempre que possível, a medida da PA fora do consultório, para esclarecimento do diagnóstico, identificação da hipertensão do avental branco (HAB) e da hipertensão mascarada (HM) Monitorização da PA •! Medida da PA no consultório •! Automedida da PA (AMPA) : o! Valores alterados acima de 130 por 85mmHg o! Não avalia sono •! Monitorização residencial da PA (MRPA) : o! 3x em jejum e 3x antes do jantar, por 5 dias o! Não avalia o sono •! Monitorização ambulatorial da PA (MAPA) : o! Pessoa com medidor durante 24 horas por dia Comportamento da PA •! Efeito do avental branco : o! É a diferença de pressão obtida entre a medida conseguida no consultório e fora dele, desde que essa diferença seja igual ou superior a 20 mmHg na pressão sistólica ou diastólica 10mmHg na pressão diastólica •! Hipertensão arterial isolada : o! Hipertensão sistólica é definida como comportamento anormal da PA sistólica com PA diastólica normal •! Hipertensão do avental branco : o! Define-se HAB quando o paciente apresenta medidas de PA persistentemente elevadas (maior ou igual a 140 por 90mmHg) no consultório e médias de PA consideradas normais seja na residência, pela AMPA ou MRPA, ou pela MAPA •! Hipertensão mascarada : o! É definida como a situação clínica caracterizada por valores normais de PA no consultório (maior que 140 por 90 mmHg) porém com PA elevada pela MAPA durante o período de vigília ou na MRPA o! Em diversos estudos, a prevalência de HM variou de 8 a 48% o! Esta condição deve ser pesquisada em indivíduos com PA normal mas com sinais de lesões em órgãos-alvo, histórico familiar positivo para HAS, risco cardiovascular alto e medida casual fora do consultório anormal Avaliação Clínica e Laboratorial •! História completa o! Tempo e tratamento prévio de HAs o! Fatores de risco o! Indícios de HAS secundária e lesões de órgãos-alvo o! Aspectos sócio-econômicos Gabriella Lutti ! 17! o! Estilo de vida o! Consumo atual de drogas que podem causar HAS : anti-inflamatórios, anorexígenos, descongestionantes nasais •! Avaliação Clínica o! Medida da PA e FC o! Avaliação de obesidade abdominal – circunferência abdominal acima de 88cm para mulheres e 102cm para homens – NCEP III e Diretriz Brasileira de Síndrome Metabólica o! Exame de fundo de olho, principalmente em pacientes com HAS estágio 3 com DM ou lesão de órgão alvo o! Ìndice tornezelo braquial (ITB) : usado para ver o comprometimento arterial em órgãos alvo Avaliação com Exames Gabriella Lutti ! 18! Racional para Decisão Terapêutica •! Modificações de estilo de vida podem se refletir no retardo do desenvolvimento da HAS em indivíduos com pressão limítrofe •! O período de tempo recomendado para as medidas de modificação de estilo de vida isoladamente em pacientes hipertensos e naqueles com comportamento limítrofe da pressão arterial, com baixo risco cardiovascular, é de, no máximo, seis meses •! Caso os pacientes não estejam respondendo a essas medidas após três meses, uma nova avaliação, em seis meses, deve ser feita para confirmar o controle da PA. Se esse benefício não for confirmado, já está indicada instituição do tratamento medicamentoso em associação •! Em pacientes com riscos médios, altos ou muito altos, independentemente da PA, a abordagem dever combinada (não-medicamentosa) para se atingir a meta preconizada o mais precocemente Decisão Terapêutica Tratamento não-medicamentoso •! Controle de peso o! A relação entre os aumentos de peso e da pressão arterial é quase linear, sendo observada em adultos e adolescentes o! O sucesso do tratamento depende fundamentalmente de mudança comportamental e da adesão a um plano alimentar saudável o! Foi demonstrado que manter IMC abaixo de 25 kg por metro quadrado em 40% o desenvolvimento de HAS em mulheres •! Estilo alimentar (dietas DASH – dietary approaches to stop hypertension, mediterrânea, vegetariana e outras) o! Importante ser rico em frutas, hortaliças, fibras minerais e laticínios com baixos teores de gordura, pois tem importante impacto na redução da PA •! Redução do consumo de sal : o! Indivíduos normotensos com elevada sensibilidade á ingestão de sal apresentaram incidência cinco vezes maior de HAS, em 15 anos, do que aqueles com baixa sensibilidade o! A necessidade nutricional de sódio para os seres humanos é de 500mg (cerca de 1,2g de sal), tendo sido definido recentemente, pela Organização Mundial de Saúde, em 5g de cloreto de sódio ou sal de cozinha (que Gabriella Lutti ! 19! corresponde a 2g de sódio) a quantidade considerada máxima saudável para ingestão alimentar diária o! O consumo médio do brasileiro corresponde ao dobro do recomendado •! Ácidos graxos insaturados (ômega 3) : o! As principais fontes dietéticas de ácidos graxos monoinsaturados (oleico) são óleo de oliva, óleo de canola, azeitona, abacate e oleaginosas (amendoim, castanhas, nozes e amêndoas) •! Fibras : o! Ingestão de 20 a 30g por dia o! 5 a 10g de fibras solúveis (farelo de aveia, frutas e gomas – aveia, cevada, feijão, lentilha, ervilha) •! Proteínas de soja : o! Feijão de soja, queijo de soja (tofu), farinha, leite de soja e o concentrado proteico da soja, O molho de soja (shoyo) industrializado contém elevado teor de sódio, devendo ser evitado •! Laticínios : o! O consumo de duas ou mais porções diárias de laticínios magros correlacionou-se á menor incidência de HAS. Tais benefícios provavelmente estão associadosao maior aporte de cálcio •! Alho : o! Componente ativo é a alicina, que tem ação metabólica, podendo atuar na coagulação, aumentando o tempo de sangramento e promovendo discreta redução de pressão •! Café e chás : o! Os polifenóis contidos no café e em alguns tipos de chás têm potenciais propriedade vasoprotetoras. Os riscos de elevação da PA causados pela cafeína, em doses habituais, são irrelevantes •! Chocolate amargo : o! O chocolate amargo (com alto ter de cacau) pode promover discreta redução da PA, devido ás altas concentrações de polifenóis •! Álcool o! Há associação entre a ingestão de álcool e alterações de PA, dependentes da quantidade ingerida. Claramente, uma quantidade maior de etanol elva a uma maior PA e está associada a maiores morbidade o! E mortalidade cardiovasculares •! Atividade física : o! Ensaios clínicos controlados demonstram que os exercícios aeróbios (isotônicos), que devem ser complementados pelos resistidos, promovem reduções de PA, estando indicados para a prevenção e o tratamento da HAS •! Para manter uma boa saúde cardiovascular e qualidade de vida, todo adulto deve realizar, pelo menor, cinco vezes por semana, 30 minutos de atividade física moderada de forma contínua ou acumulada •! CPAP e outras formas de tratamento da síndrome da apneia ou hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS) : o! O uso do CPAP (pressão positiva contínua nas vias aéreas) está indicando para a correção dos distúrbios ventilatórios e metabólicos da SAHOS grave •! Controle de estresse psicossocial : Gabriella Lutti ! 20! o! Fatores psicossociais, econômicos, educacionais e o estresse emocional participam do desencadeamento e manutenção da HAS e podem funcionar como barreiras para a adesão ao tratamento e mudança de hábitos •! Respiração lenta : o! A utilização da técnica de respiração lenta, com dez respirações por minuto por 15 minutos diários, com ou sem uso de equipamentos, tem mostrado reduções da PA •! Cessação do tabagismo : o! A cessação do tabagismo constitui medida fundamental e prioritária na prevenção primária e secundária das doenças cardiovasculares e de diversas outras doenças o! Não há, entretanto, evidencias de que, para o controle de PA, haja benefícios •! Equipe multiprofissional o! Como a HAS é uma síndrome clínica multifatorial, contar com a contribuição da equipe multiprofissional de apoio ao hipertenso é conduta desejável, sempre que possível Tratamento da Hipertensão Exames Laboratoriais Necessários •! Exame parcial de urina •! Potássio •! Àcido úrico •! Creatinina •! Glicemia de jejum •! Colesterol total •! HDL •! Triglicerídeos ECG Sempre olhar primeiramente a linha de D2 e procurar a existência de linha P •! V1 e V2 – septal Gabriella Lutti ! 21! •! V3 e V4 – anterior •! V5 e V6 – lateral •! D1 e AVL – lateral alta •! D2, D3 e AVF – inferior Cada quadrado grande significa 5 pequenos, e cada pequeno vale 0,04ms Fatores de Risco Adicionais LOA – lesão de órgão alvo DM – diabetes mellitus Eletrocardiograma •! É o registro da atividade alétrica do coração, a passagem de íons para dentro e fora da membrana plasmática formando então uma onda elétrica Aplicações •! Isquemia miocárdica e infarto •! Sobrecargas atriais e ventriculares •! Arritmias •! Efeitos de medicamentos •! Uso de marca-passos mecânicos Condução e Estímulo •! No sinoatrial- no atrioventricular – feixe de his – ventrículos •! Para a contração ocorrer necessita de uma despolarização das células, através dos íons Na e K •! O impulso elétrico vai da direita para esquerda e de cima para baixo •! A repolarização se da através das bombas de sódio e potássio, por ser um processo ativo demora mais já que depende de maior gasto de energia Derivações Gabriella Lutti ! 22! •! Derivações bipolares o! D I o! D II o! D III •! Derivações unipolares o! aVR o! aVL o! aVF Derivações Torácicas V1 e V2 se encontram no quarto espaço intercostal V3 em cima da 5 costela V4, V5 e V6 se encontram no quinto espaço intercostal V1, V2 e V3 estão fora da linha do impulso elétrico normal que vai da direita para esquerda e de cima para baixo V4, V5 e V6 estão na linha do impulso elétrico então são positivos Gabriella Lutti ! 23! •! V1 e V2 representam a parte septal •! V3 e V4 representam a parte anterior •! V5 e V6 representam a parte lateral mais baixa •! D I e aVL representam a parte lateral mais alta •! D II, D III e aVF representam a parte inferior O Papel de Registro do Eletrocardiograma •! O papel é divido em quadrados de 1mm (na vertical e horizontal) •! No eixo horizontal, marca-se o tempo •! Cada quadrado equivale a 0,04 seg •! Cada quadrado na vertical equivale a 0,1 milivolts Intervalos •! PR : 5 quadradinhos = 200ms (milissegundos) •! QRS : 3 quadradinhos = 120ms •! QT : 12 quadradinhos = 480ms Gabriella Lutti ! 24! OBS : Nos exames eletrocardiográficos, se observam cada eixo em três batimentos cardíacos, mas certas arritmias não conseguem ser captadas em apenas 3 batimentos, por isso se convencionou que se faria uma onda mais longa de D II Análise do Ritmo É sinusal quando a onda P em D I e DII á positiva e aVL é negativo Frequência Cardíaca •! O numero de batimentos cardíacos por minuto é igual a 1500 dividido pelo intervalo entre complexos QRS (tem que se escolher a mesma onda no antes e depois) Onda P •! Melhor estudada em D2 (eixo de P) •! Arredondada Intervalo PR •! Medido do inicio da onda p ate o inicio do complexo QRS •! Medir na derivação de com maior amplitude de P e maior duração do complexo QRS •! Tempo de condução do nó AV O ritmo normal é sinusal • Onda P arredondada e monofásica • Onda P precedendo o complexo QRS • A frequência normal : de 50 a 100 bpm o Menor que 50 bpm = bradicardia sinusal e maior que 100bpm = taquicardia sinusal Gabriella Lutti ! 25! •! Normalmente é isoelétrico •! O PRi varia com a idade e com a FC •! Valor normal : de 0,12 seg a 0,20 seg o! Crianças 0,09 seg a 0,20 seg Onda T •! Com a retirada do complexo QRS se veria a onda T que demonstra a repolarização dos átrios mas por ser de menor intensidade é encoberta pelo QRS Complexo QRS •! Representa a ativação ventricular •! Conjunto de ondas pontiagudas •! Composto por 3 vetores o! 1 : despolarização septal o! 2 : resultante da despolarização do ventrículo direito e ventrículo esquerdo) o! 3 : despolarização das porções basais do septo e ventrículos •! Duração : de 0,05seg ate 0,11seg •! Onda R – onda positiva do QRS o! Caso ocorram duas ondas positivas, a primeira será R e a segunda R’ •! S – onda negativa que sucede a onda R •! Q – onda negativa que precede a onda R •! QS – apenas uma onda negativa Determinação do Eixo Elétrico •! Definir a polaridade de D I e aVF •! Procurar pela derivação isodifásica •! Lembre-se : o! D I é perpendicular a aVF o! D II é perpendicular a aVL o! D III é perpendicular a aVR •! Procurar pelo maior vetor Segmento ST •! Fim do QRS e o inicio da onda T o! Ponto J : final do QRS e inicio do segmento ST – usado para diagnostico de infarto, podendo por vezes estar supra ou desnivelado quando comparado ao inicio do QRS o! Faz parte da repolarização ventricular o! Geralmente é isoelétrico (em relação PRs) Onda T •! Representa a repolarização ventricular •! Duração : não se mede •! Amplitude : pouca relevância na clinica •! Morfologia : arredondada e assimétrica – 1 porção mais lenta que a 2 porção •! Pode ser positiva ou negativa •! Em geral positiva de V1 a V6 •! Pode ser negativa em V1 e V2 – mulher jovem e indivíduos melanodérmicos Gabriella Lutti ! 26! •! Em geral negativa : em aVR e D3 Intervalo QT •! Inicio do QRS ao termino da onda T •! Duração total da sístole elétrica ventricular •! Derivaçãode maior amplitude e nitidez (em geral V2 e V3) •! Maior nas mulher quando comparada aos homens •! Varia com a frequência cardíaca •! Valores normais : 0,46 – 0,30seg •! É variável de acordo com a frequência cardíaca calculada através da formula de Bazett Onda U •! Principalmente em V3 e V4 •! Arredondada e pequena •! 5 a 25% da onda T (voltagem) •! polaridade semelhante da onda T OBS : Para ver alguma alteração ambos os eixos daquele local devem estar alterados Critérios de Normalidade • Ritmo – sinusal, D I e D II com onda P positivo e aVR com a onda P negativa • FC : maior que 50 e menor que 100 bpm • Eixo : encontrar primeiro D I e aVF e o eixo normal vai de -30 a mais 90 graus • Intervalos : PR (5 quadradinhos), QRS (3 quadradinhos) e QT (12 quadradinhos) • Segmentos ST e onda T Gabriella Lutti ! 27! Isquemia •!O sangue que chega ao musculo cardíaco é insuficiente para suprir as necessidades de oxigênio do musculo •!Até 70% de obstrução o fluxo ainda é considerado normal, acima disto o fluxo é diminuído •!A partir desse problema na oxigenação, o endocárdio é o primeiro a sofrer os efeitos •!Gerando então uma isquemia subendocárdica, onde percebemos uma onda T apiculada, podendo se localizar em qualquer derivação nos indicando então em que parte do coração a obstrução esta localizada •! Quando a obstrução avança gera uma isquemia subepicárdica, onde a o onda T fica negativa e simétrica •! para confirmar o diagnostico as duas derivações que representam uma parte do coração devem estar alteradas •! Até aqui não ocorre morte celular •! Quando a obstrução chega a quase fechar o vaso, gera um sofrimento muito grande ao endocárdio que começa a gera morte celular naquela parte do musculo •! Gerando então uma corrente de lesão subendocárdica, gerando um infra-desnivelamento do fragmento ST Gabriella Lutti ! 28! •! Quando a obstrução bloqueia todo o fluxo cardíaco, gera então uma corrente de lesão subendocárdica, com supra-desnivelamento do fragmento ST (acima de 1mm) •! Como não há atividade elétrica na direção desta área infartada, o vetor médio do QRS tende a apontar em direção contraria, pois lá não há vetores (ou seja vetores na direção oposta a lesão) •! O diagnostico de infarto do miocárdio é geralmente feito pela presença de ondas Q. Significa uma área já infartada com fibrose •! As ondas Q normalmente são bem pequenas, quando sua presença é muito visível significa área já infartada •! Outro critério útil para identificar uma onda Q patológica é ver se a onda Q alcança um terço do tamanho (altura e profundidade do complexo QRS inteiro. Ou quando a largura da onda Q tem o tamanho de um quadradinho •! Pode ser indicativa em qualquer uma das derivações mostrando onde o infarto (zona inativa) ocorreu •! Não considere a onda aVR Exemplos : Arritmias Cardíacas Definição Alterações elétricas durante ou apos a despolarização cardíaca, evoluindo com frequência cardíaca abaixo de 50bmp ou acima de 100bmp •! causa primaria – problemas cardíacos •! causa secundária – problemas não relacionados ao coração Gabriella Lutti ! 29! Sintomas •! Cansaço •! Falta de ar •! Sincope •! Sudorese •! Palpitação •! Sensação de morte eminente Diagnostico •! Amamnese + exame físico + ECG •! Avaliação : o! Frequência cardíaca o! Algum sintoma relacionado a arritmia Eletrocardiograma •! O ritmo é rápido ou lento •! O complexo QRS é estreito ou largo Bradiarritmias •! Absoluta o! FC menor que 50 bpm •! Relativas o! Choque e FC 70 bpm •! Não patológicas o! Atletas •! Exemplos o! Bradicardia sinusal o! Bradicardia atrial o! Bradicardia juncional o! Bloqueios sinoatriais o! Bloquei atrioventricular •! Distinção entre bradicardia sintomática X assintomática Bradicardia Sinusal •! Os impulsos se originam no nó sino atrial – FC menor que 50bpm •! Onda P positiva antes de cada QRS em D1 e D2 •! Causas : sono, reflexo vagal, drogas, doenças de nó sinusal, hipotireoidismo, hipotermia •! Conduta : retirar causas reversíveis Bloqueio Atrioventricular – BAV 1 grau •! Condução do impulso no nó AV é mais lenta •! Etiologia : fármacos •! ECG : intervalo QRS maior que 0,20s; ritmo sinusal regular; onda P e QRS normais •! PR : prolongado maior que 200ms •! Ritmo sinusal regular •! Onda P e QRS normais Gabriella Lutti ! 30! •! Tratamento : somente se o paciente estiver sintomático Bloqueio Atrioventricular – BAV 2 grau •! Algumas ondas P são bloqueadas •! Mobitz I : o! Alargamento progressivo do iPR ate bloqueio de onda P (fenômeno de Wenckebach o! Etiologia : fármacos, isquemia o! Conduta : casos sintomáticos – Atropina o! PR com prolongamento progressivo o! Frequência atrial maior que a frequência ventricular o! Ritmo regular •! Mobitz II o! Algumas onda P estão bloqueadas o! Também chamado de bloqueio infra- nodal o! Bloqueio súbito de onda P sem aumento progressivo o! Intervalos PR sempre iguais entre si o! Etiologia : síndrome coronariana aguda o! Conduta : implante de marcapasso o! Quando assintomática, primeiro investigar a causa e pesquisar se a síndrome coronariana aguda pode ser reversível OBS : Mobitz II pode evoluir para BAV de 3 grau Bloqueio Atrioventricular – BAV 3 grau ou BAVT •! Lesão ou dano no sistema de condução cardíaco •! Dissociação átrio-ventricular •! Pode ocorrer no no AV, feixe de his e ramos do feixe •! Etiologia : síndrome coronariana aguda, doença degenerativa do sist. de condução - isquemia •! Tratamento : implante de marcapasso •! Dissociação átrio-ventricular •! Frequência ventricular – ritmo de escape •! Ritmo atrial e ventriculares regulares •! QRS largo, indica bloqueio baixo Gabriella Lutti ! 31! OBS : o ritmo NSA : frequência cardíaca entre 50 e 100 bpm O ritmo NAV : frequência cardíaca entre 40 e 50 bpm O ritmo das células musculares : frequência cardíaca entre 30 e 40 bpm Taquiarritmias e Cardioversão Elétrica Taquiarritmias Supraventriculares •! Correspondem a todas as taquicardias acimas do no atrioventricular •! Taquicardias atrias primárias : o! Taquicardia sinusal o! Taquicardia atrial o! Flutter atrial o! Fibrilação atrial •! Taquicardias da junção AV ou via acessoria o! Taquicardia por reentrada nodal AV o! Taquicardia por reentrada AV, através via acessoria rapida (Kent) o! Taquicardia por reentrada AV, atrves via acessória lenta (taquicardia juncional) Classificação Quanto ao QRS •! Complexo QRS estreito (QRS menor que 0,12s ou 3 quadradinhos) – são as supraventriculares que passam ainda pelo sistema eletrico do coração o! Taquicardia sinusal o! Fibrilação atrial o! Flutter atrial o! Reentrada nodal AV o! Via acessoria o! Taquicardia atrial Gabriella Lutti ! 32! o! Taquicardia atrial multifocal o! Taquicardia juncional •! Complexo QRS largo (QRS maior que 0,12s ou 3 quadradinhos) – são infraventriculares não parssam pelo sistema eletrico do coração ou seja demoram mais e o QRS alarga o! Taquicardia ventricular o! Taquicardia supra-ventricular com aberrância OBS : Paciente instável deve ser realizado cardioversão sincroizada •! Arritmias supraventriculares cuja manutenção se faz em porções do coração localizadas acima do feixe de his •! A origem da arritmia pode estar nos atrios, na junção atrioventricular ou numa via aecssória •! Analise de ECG o! Relação entre o ritmo atrial e o ritmo ventricular o! Frequencia atrial o! Localização da onda P (intervalo PR e RP) o! Eixo eletrico da onda P Taquicardia Sinusal •! Arritmia frequente, em geral benigna, e frequentemente secundária •! Causas : febre, anemias, hipovolemia, dor, drogas, disturbios hidroeletrolíticos, doenças sistemicas •! Tratamento : corrigir fator desencadeante FibrilaçãoAtrial •! Desorganização eletrica dos atrios, de tal forma que as depolarizações atriais passam a ocorrer de maneira desordenada e irregular, levando contrações atriais inefetivas •! Impulsos atriais mais rapidos que os impulsos do nó sinoatrial •! Mecanismo de formação do impulso : reentrada •! Devido a não expulsao do sangue dos atrios, é gerado pequenos coágulos na parede dos atrios •! O atrio não consegue se contrair apenas se mexer •! Ritmo irregular (intervalor RR irregulares) •! Ausencia de onda P •! Frequencia atrial : 300 a 400 bpm •! Atividade atrial rápida e irregular – chamadas de onda f •! Etiologia : o! Sindrome coronariana aguda o! Insuficiencia cardíaca congestiva o! Afecção da valvula mitral ou tricuspide o! DPOC ou hipóxia Gabriella Lutti ! 33! o! Troembolismo pulmonar o! Hipertireoidismo o! Miocardiopatias •! Tratamento o! Depende da duração : menor que 48 horas ou maior que 48 horas o! Duração menor que 48 horas o! Controle do ritmo – através da cardioversão quimica !! Amiodarona !! Propafenona !! Procainamida o! Duração maior que 48 horas o! Cardioversao : 200 a 300J o! Anticoagulação - durante 3 a 4 semanas e apos se cardioverte: !! Aguda : •! Heparina IV – (PTTA : 1,5 a 2 vezes o valor basal) •! Enoxaparina SC – 1mg por kg -12 em 12 horas !! Cronica : •! Varfarina VO – (RNI entre 2 e 3) Flutter Atrial •! Impulsos tomam um curso circular ao redor do átrio, estabelecendo as ondas de Flutter •! Impulsos atriais mais rápidos que os impulsos do no nó sinoatrial •! Mecanismo de formação do impulso : reentrada •! Ocorre de maneira paroxística e transitória •! Presença de ondas atriais rápidas F (dente de serra) •! Frequência atrial de 250 a 350 bpm •! Presença de BAV 2:1; frequência ventricular de 150 bpm •! Ritmo regular (ventricular) •! Tratamento : igual ao da fibrilação atrial Taquicardia Paroxística Supraventricular •! Taquicardias não ventricular, sempre começam e terminam subitamente, excluindo as taquiarritmias de origem atrial (taquicardia atrial, FA e FLU) Controle!da! frequencia!cardíaca! acima!de!100!bpm Disfunção!do!VE! menor!que!40% Não BetaGbloqueador Bloqueador de! canal!de!cálcio Sim Digital Gabriella Lutti ! 34! •! Fenômeno de reentrada : os impulsos surgem e se reciclam repetidamente no nó AV •! Etiologia : o! Stress, ansiedade, cafeína o! Tabagismo, privação de sono o! Hipóxia •! Tratamento : o! Adenosina (dose – 6mg em bolus – se não reverter repetir 12mg) o! Se mesmo assim não funcionar : !! Beta-bloqueador !! Digital !! Cardioversão por CC •! Ritmo regular com ausência de onda P •! Frequência cardíaca de 140 a 200 bpm •! Complexo QRS estreito Taquicardia Ventricular !! Taquicardia ventricular é um ritmo que se origina em um dos ventrículos, com frequência maior que 100bpm !! Etiologia : o! Portadores de cardiopatia (disfunção do VE), sendo a principal a cardiopatia isquêmica !! Clinica : o! Palpitações taquicárdicas, síncope, baixo débito cardíaco !! Duração : o! Sustentada : duração maior que 30 segundos o! Não sustentada : duração menor que 30 segundos !! Forma : o! Taquicardia ventricular monomórfica o! Taquicardia ventricular polimórfica TV Monomórfica •! Presença de áreas com fonte de impulsos ectópicos, fazendo com que o impulso tome um curso circular, levando ao fenômeno de reentrada e rápidas despolarizações repetitivas •! Etiologia : o! Síndrome coronariana aguda o! Intervalo QT prolongado (procainamida, digoxina, antidepressivos tricíclicos, anti-histamínicos) •! QRS largo e bizarro (mesma morfologia) •! Onda T ampla com polaridade oposta ao QRS •! Frequência entre 120 a 250 bpm •! Somente atividade ventricular •! Tratamento : Gabriella Lutti ! 35! o! Cardioversão elétrica sincronizada : !! Considere a sedação !! Controle respiratório !! Ligue o desfibrilador !! Conecte os eletrodos ao paciente !! Ligue o modo sincronizado !! Procure os pontos na onda R no monitor !! Selecione o nível de energia !! Posicione as pás e pressione o botão de carga !! Aplique 13 kg de pressão sobre ambas as pás !! Pressione os botões e cheque o monitor o! Se não funcionar usar : !! Amiodarona (classe IIa) •! 150mg IV em 10 min, repetindo se necessário até o máximo de 2,2g em 24 h •! Procainamida, lidocaína, sotalol TV Polimórfica (com QT normal) •! Presença de áreas com impulsos ectópicos (focos irritáveis), estes focos irritáveis ocorrem em múltiplas áreas do ventrículo •! A condução do impulso se torna mais lenta ao redor de múltiplas áreas de lesão, infarto ou isquemia •! Sintomas de baixo débito cardíaco •! Etiologia : o! Síndrome coronariana aguda •! QRS complexo largo e bizarro, com formas variadas •! Frequência ventricular maior que 200 bpm •! Dissociação AV, sem ondas P •! Tratamento : o! Amiodarona (classe IIa) !! 150mg IV em 10 min repetindo se necessário até o máximo de 2,2 g a cada 24 horas o! Procainamida o! Lidocaína o! Sotalol Torsades de Pointes ou TV Polimórfica com QT Longo •! Subtipo da TV polimórfica •! Apresenta QT prolongado previamente, aumentado a probalidade de um foco irritável •! Etiologia : o! Síndrome coronariana aguda o! Intervalo QT prolongado (procainamida, digoxina, antidepressivos tricíclicos) o! Alterações eletrolíticas e metabólicas (hipomagnesemia) •! QRS com padrão fusiforme nodal •! Frequência ventricular maior que 200 bpm •! Intervalo QT longo durante ritmo sinusal •! Tratamento : Gabriella Lutti ! 36! o! Desfibrilação elétrica (não sincronizda) o! Emergência !! Intervalo QT prolongado : •! Tratar isquemia •! Corrigir eletrólitos !! Terapias : •! Magnésio •! Lidocaína OBS : Cardioversão acontece apos uma sincronização Desfibrilação não necessita de sincronização antes do ato Doença Coronariana Fisiopatologia da Isquemia Miocárdica •! O que é isquemia miocárdica : estado em que o fluxo coronariano não é suficiente para suprir a demanda metabólica do tecido miocárdico •! Miocárdio é o tecido de maior demanda metabólica do organismo, devido ao processo de contração repetido e incessante •! Reserva coronariana : o! Capacidade fisiológica do leito arteriolar coronariano de se dilatar, de forma a aumentar a perfusão em situações de aumento de demanda •! Durante o exercício a reserva coronariana é usada •! Pode chegar a 6, ou seja, o fluxo coronariana pode aumentar em até 6x •! O que aumenta o consumo miocárdio de O2 (MVO2) : o! Frequência cardíaca (cronotrópicos) o! Contratilidade miocárdica (inotrópicos) o! Estresse sistólico da parede ventricular (pós-carga) •! Condições que aumentam o MVO2 : o! Exercício físico, sepse, anemia, SIRS, insuficiência cardíaca, estresse cirúrgico, hipovolemia, hipertireoidismo e até stress emocional •! Sua causa mais comum é a doença aterosclerótica Aterosclerose Coronariana – Doença de Base •! Doença crônica progressiva; •! Pequenos, médios e grandes vasos Gabriella Lutti ! 37! Fatores de Risco para Aterosclerose Coronariana 1.! HAS 2.! DM 3.! Tabagismo 4.! Aumento da relação LDL/HDL (>5) 5.! LDL alto 6.! HDL baixo 7.! Obesidade central 8.! Sedentarismo 9.! Idade >55anos homens e >65 nas mulheres 10.!História de doença familiar de coronariopatia precoce •! Alteram as funções normais do endotélio vascular, manutenção da superfície antitrombótica bem como o controle das aderências e diapedese das células inflamatórias •! A perda destas defesas acarreta vasoconstrição inadequada, formação de trombos intraluminais e interações anormais entre as células sanguíneas e ativação do endotélio vascular •! Alterações funcionais no meio vascular acabam por resultar em acumulo de lipídios sob a intima, células musculares lisas, fibroblastos e matriz intracelular que definem a placa aterosclerótica Consequências da Isquemia Miocárdica •! Diminuição da performancecardíaca o! Diminuindo a contratilidade o! Atrasando seu relaxamento o! Reduzindo sua complacência •! Isquemia stress induzida (lesão fixa): o! Atinge especialmente a porção subendocárdica (porção mais distante da coronária) Gabriella Lutti ! 38! A partir de 70% a compensação da dilatação das artérias não é mais suficiente, começando a poder gerar sintomas e problemas isquêmicos Isquemia •! Graus de isquemia: o! Hipocinesia segmentar (pouca velocidade de contração) – diminuição da contratilidade o! Acinesia segmentar (sem contração em uma dos lados do coração) o! Discinesia segmentar (contração contraria ao movimento fisiológico que devia estar acontecendo no momento) •! Cascata isquêmica: 1.! Disfunção contrátil 2.! Alterações no ECG – inversão da onde T 3.! Angina •! Disfunção diastólica: •! No segmento isquêmico causa redução da elasticidade •! Se a área for grande, causa aumento das pressões de enchimento (pré-carga) podendo causar edema agudo do pulmão (insuficiência cardíaca diastólica). •! Sangue vindo do pulmão não consegue ser bombeado pelo coração, se acumula, gerando EAP. •! Quando no ECG vier descrito predominância direita significa que a coronária direita é a mais prejudicada já quando a predominância é esquerda a coronária afetada é a circunflexa •! A lesão a subendocárdica acontece primeiro devido ao fato de se encontrar longe das coronárias Angina Estável Angina Pectoris Gabriella Lutti ! 39! •! 80% dos casos é diagnosticado através da historia clinica •! Placa física e estável •! Qualidade o! Constritiva, aperto, peso, opressão, desconforto, queimação, pontada •! Localização o! Precordial, retroesternal, ombro, epigástrio, cervical, hemitórax e dorso •! Irradiação o! Membros superiores (direito, esquerdo,ambos), ombro, mandíbula,pescoço, dorso, região epigástrica •! Duração o! < 10 min o! Ou seja por vezes o paciente •! Fatores desencadeantes o! Esforço físico, atividade sexual, posição, alimentação, respiração, componente emocional, espontânea •! Fatores de alívio o! Repouso, nitrato sublingual,analgésico, alimentação, antiácido, posição e apneia •! Sintomas associados o! Sudorese, náusea, vômito, palidez, dispneia, o! Hemoptise, tosse, pré-síncope e síncope •! Idade o! Superior a 50 anos nos homens o! Superior a 60 anos nas mulheres •! A gravidade da doença tem razoável correspondência com a limitação do paciente •! Diagnostico diferencial : o! Alterações relacionadas ao esôfago, o! Estômago, o! Pulmão, o! Mediastino, o! Pleura e o! Parede torácica •! Estratégia Gabriella Lutti ! 40! o! História e exame físico: !! Fase 1: presença de doença aterosclerótica significativa ou de seus equivalentes; !! Fase 2: aplicação de escore de risco; !! Fase 3: identificação de fatores agravantes. o! Exames complementares iniciais: !! ECG, RX de Tórax e Laboratório •! Avaliação do risco cardíaco 1.! Na avaliação do risco cardiovascular (escore de risco cardiovascular – tabela de Framingham) ajuda a identificar fator agravante. •! Estratificação de risco de DAC (doença aterosclerótica coronariana) 1.! Após a probabilidade ter sido estimada, ela é categorizada como abaixo: 2.! 10 a 90% risco intermediário, 3.! < 10% de baixa probabilidade e Gabriella Lutti ! 41! 4.! > 90% nos casos de alta probabilidade. •! Sempre se considera o mais alto •! Seguimento 1.! Nos pacientes com baixa probabilidade de DAC: !! Pesquisa de causas não cardíacas para a dor torácica 2.! Nos casos de alta probabilidade de DAC: !! Deve-se seguir com a investigação diagnóstica para estratificação do risco cardíaco (cineangio). Se em um exame de esteira ele começa a passar mal, é alta probabilidade. •! Testes adicionais : 1.! Dentre os testes adicionais, encontra-se uma variedade de métodos hoje disponíveis, como: !! Eletrocardiograma de esforço(teste ergométrico) * !! Ecocardiograma com estresse * !! Cintilografia miocárdica com estresse * !! Tomografia e Ressonância Magnética Cardiovascular (RMC) !! Cineangiocoronariografia (CATE) - INVASIVO. •! *Mais comumente solicitados •! Melhor escolha para cada paciente : 1.! Avaliar o condicionamento físico e a tolerabilidade ao esforço (teste ergométrico) 2.! História previa de doença coronariana, como infarto do miocárdio ou revascularização do mesmo se evita teste de esforço 3.! Avaliar a ocupação do paciente !! Quando o paciente é responsável por outras pessoas se evita brincar com a possibilidade de algo acontecer com o mesmo !! Quando há ausência de socorro medico como quando se é um fazendeiro ou marinheiro, caso ocorra um infarto a probabilidade de óbito aumenta muito Exames Complementares Radiografia de Tórax •! Finalidade principal no diagnóstico diferencial •! Indicação: paciente com DAC e sinais de ICC •! Pior prognóstico: AC, congestão pulmonar, aneurisma VE Gabriella Lutti ! 42! Teste Ergométrico •! É o método não invasivo utilizado com maior frequência na angina estável, visando especialmente à confirmação diagnóstica, à determinação prognóstica e à definição de conduta terapêutica •! Sensibilidade e especificidade proporcionais á gravidade •! Avaliação de risco :Escore de Duke •! Eletrocardiograma •! Utilidade limitada na DAC crônica Importância diagnóstica o! Áreas inativas prévias (QS) o! ARV – isquemia subepicárdica (T negativa, pontiaguda e simétrica) o! ARV – isquemia subendocárdica (T positiva, pontiaguda e simétrica) o! ARV – lesão subendocárdica (infra ponto J e segmento ST) •! Prognóstico: Pior nos pacientes com alteração Ecocardiograma •! Visa principalmente avaliar disfunção sistólica segmentar, tanto em repouso (áreas de acinesia, hipocinesia ou discinesia) como ao stress •! Fornece valiosas informações quanto a função e estrutura cardiacas Cintolografia Miocárdica •! A cardiologia nuclear avalia o coração enfocando os aspectos de perfusão miocárdica, integridade celular, metabolismo miocárdico, contratilidade miocárdica e função ventricular global ou segmentar •! Com contraste radioativo •! Alta sensibilidade e especificidade na DAC •! Excepcional capacidade preditiva (+/-) para eventos cardíacos •! Traçadores: Tecnécio99m - 1a escolha para pesquisa isquemia o! Tálio201- estudo isquemia + miocárdio viável •! Diferenciação entre tecidos normais, isquêmicos e fibróticos •! Tomografia Coronáriana •! Principal utilização do EC é como ferramenta para estratificação de risco cardiovascular •! EC é considerado um fator agravante que, quando presente, reclassifica o indivíduo para um risco cardiovascular mais alto. •! Duas principais modalidades de exame o! Escore de Cálcio (EC) !! A quantificação da calcificação nas artérias coronárias, pelo EC, se correlaciona com a total de carga de aterosclerose !! Altamente correspondente à deposição de gorduras !! Muito utilizada para estratificação de risco o! Angiotomografia coronariana !! Tomografia com contraste endovenoso !! Permite a avaliação da luz das coronárias de maneira não invasiva Gabriella Lutti ! 43! !! Pode gerar algumas complicações, como insuficiência renal – contraste iodado •! Indicação o! Pacientes com suspeita de DAC crônica com: o! Testes de isquemia prévios conflitantes ou inconclusivos; o! Sintomas contínuos e testes de isquemia prévios normais ou inconclusivos o! Discordância entre a clínica e os resultados de testes de isquemia prévios. Ressonância Magnética Cardiovascular •! Avaliação da: !! Anatomia cardíaca e vascular, !! Da função ventricular, !! Da perfusão miocárdica !! A caracterização tecidual de forma acurada •! A RM é o exame padrão-ouro para a quantificação de !! Volumes ventriculares !! FE !! Massa miocárdica Proxima Etapa •! Avalie os resultados de testes não invasivos e risco anual de morte o! Alto risco(> 3% morte/ano) : !! Disfunção grave (<35% FE) do ventrículo esquerdo ao stress ou em repouso. !! Grande área de isquemia (>10%) durante teste de imagem com estresse. !! Escore de risco elevado ao TE (escore de Duke < - 11). o! Moderado risco (1 a 3% morte/ano): !! Leve a moderada disfunção ventricular esquerda em repouso (FE 0,49 a 0,35). !! Risco intermediário no TE (escore de Duke entre 4 e -10). o! Baixo risco (< 1% morte/ano) : !! Escore baixo ao TE (escore de Duke >5). !! Teste normal ou pequenos defeitos de perfusão em repouso ou em teste de imagem com estresse. !! Contração miocárdica normal ou nenhuma mudança em limitada porção do miocárdio durante teste do ecocardiograma com estresse. Etapa Final da Investigação : Teste Invasivo Cineangiocoronorariografia •! Exame diagnóstico padrão-ouro para avaliação das coronárias •! Baixas taxas de complicações (mortalidade de 0,2%) Tratamento Farmacológico Gabriella Lutti ! 44! •! Reduzem os sintomas e melhoram a qualidade de vida (NÃO ALTERAM O CURSO DA DOENÇA) o! Nitratos de ação curta (isordil), o! Antagonistas dos canais de cálcio (anlodipina) o! Trimetazidina (Vastarel® - altera metabolismo de cálcio, deixando-o no meio IC, melhorando a qualidade da contração) o! Ivabradina (Procoralan® - inibidor dos receptores fi, no nodo sinusal – MP sinusal, os bloqueando, baixando a FC) o! * Melhor medicamento para angina: BETA BLOQUEADOR (metoprolol – beta 2, carvedilol – alfa 1 e beta) •! Reduzem a incidência de infarto e aumentam a sobrevida o! Antiagregantes plaquetários (AAS), o! Estatinas (ex:sinvastatina), o! Bloqueadores beta-adrenérgicos (ex:carvedilol) após IAM o! Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina I -iECA (ex:enalapril) Quando a lesão é no tronco e em descendente anterior o tratamento farmacológico é menos eficaz, mas quando a lesão é em qualquer outro local o tratamento farmacalogico apresenta o mesmo risco de probabilidade de morte que a revascularização do miocárdio Gabriella Lutti ! 45! Decisão Terapêutica Invasiva •! Se paciente não tiver lesão de descendente anterior proximal ou tronco da coronária esquerda: o! Não há benefício na mortalidade a longo prazo, comparanto angioplastia ou CRM com tratamento medicamentoso! •! Avaliação do prognóstico após o CATE o! Estenose crítica(>70%), acometendo a ADA proximal: o! em 01 vaso " mortalidade de 2% em 5 anos o! Em 02 vasos " mortalidade de 8% em 5 anos o! Em 03 vasos " mortalidade de 11% em 5anos o! Estenose crítica localizada no TCE, está associada a uma mortalidade de 15% ao ano •! Tratamento clínico (medicação) x reperfusão (angioplastia e cirurgia) o! Objetivo de revascularização em pacientes estáveis: !! Melhorar a sobrevida (em pcte alto risco) . !! Aliviar os sintomas (apesar do tratamento medicamentoso otimizado). Tratamento Invasivo •! Cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) – 3 ou mais ICP(angioplastia) x TMO(terapia medicamentosa otimizada) • Os resultados de ensaios clínicos e revisões sistemáticas de ICP vs. TMO podem ser sintetizados como segue: • ICP reduz a incidência de angina • ICP não demonstrou aumentar sobrevida de pacientes estáveis • ICP aumenta o risco de infarto do miocárdio em curto prazo (stent inflama – corpo estranho) • ICP não diminui o risco de infarto do miocárdio em longo prazo ! Gabriella Lutti ! 46! •! Intervenção percutânea por catéter (ICP) – 1 ou duas lesões (a grosso modo) Protocolo Síndromes Coronarianas Agudas Aterosclerose •! Processo crônico e contínuo caracterizado por uma resposta inflamatória e fibroproliferativa da parede arterial mediada por lesões da superfície arterial •! Caracterizado por acúmulo de lípides e elementos fibróticos Gabriella Lutti ! 47! Fatores de Risco •! Modificáveis o! Dislipidemia o! Sedentarismo o! Tabagismo o! Hipertensão o! Estresse o! Alcool o! Diabetes o! Obesidade •! Não modificáveis o! Historia familiar o! Sexo o! Idade Dor Torácica Não-Cardíaca •! Tromboembolismo pulmonar •! Pericardite •! Dissecção aórtica •! Doenças esofágicas •! Doenças pleurais •! Doenças musculo esqueléticas •! Herpes zoster •! Doenças emocionais Dor •! Considerar o! Localização o! Intensidade o! Caráter o! Irradiação o! Duração o! Fatores desencadeantes e de alívio •! Angina típica o! Desconforto torácico retroesternal (podendo irradiar para os ombros, pescoço, mandíbula e braços) o! Piora ao esforço ou emoção o! Melhora ao repouso e nitrato o! Irradiação para membro superior esquerdo o! Definitiva : 3 características o! Provável : 2 ou 3 características o! Dor torácica não cardíaca : 1 ou nenhuma Apresentações Clínicas •! Angina instável – possui uma capa fibrótica fina, que foi facilmente rompida gerando a formação de um trombo que gera a diminuição ainda maior do fluxo sanguíneo. O equilíbrio entre a demanda e a concentração de oxigênio que chega ao musculo fica desregulado, diminuindo o metabolismo basal das células Gabriella Lutti ! 48! envolvidas (diminuição da função e força), sendo seguida por alterações eletrocardiográficas e então os sintomas. As células ainda não foram rompidas, desde que a isquemia é lenta. SEM RUPTURA CELULAR. Não apresenta alterações nas enzimas, apenas presença de troponina que é uma pequena enzima capaz de permear a membrana celular quando ocorre pouca vascularização do local •! Infarto sem supra ST – oclusão quase total devido ao trombo formado, a oxigenação não é suficiente, e as células estão morrendo por acidose, gerando ruptura das células chamado de INFARTO. Como o sangue ainda está passando mesmo que pouco, então as coronárias ainda conseguem irrigar algumas células perto das mesmas, por isso é uma isquemia subendocárdica. Já ocorrei a ruptura das células, fazendo que tenhamos enzimas positivas para o diagnostico de infarto o! Enzima CK-MB (característica lesão em musculo cardíaco) positiva o! Representa 5% da CPK circulante normalmente por isso temos que medir a CPK total (CK total) para ver se esse aumento corresponde a mais de 5% do total •! Infarto supra ST OBS : Lembrar que a angina estável é uma placa aterosclerótica que ainda permite o fluxo sanguíneo, e a mesma está estável em seu lugar sem provável rompimento Isquemia : é apenas a diminuição da oxigenação sanguínea Infarto : ocorre apos a isquemia gerando uma necrose e morte celular CK MM – é característica de destruição célula de musculo liso CK-BB – é característica de destruição celular de tecido nervoso Angina Instável e IAM Exame Físico Gabriella Lutti ! 49! •! Normal •! No momento da dor: o! Alterações de bulhas (3ª e 4ª), sopro holossistólico mitral (infarto na parede posterolateral do coração, não segura os folhetos da mitral, devido à necrose da parede que sustenta os músculos papilares. •! Sinais de baixo débito: hipotensão, taquicardia,... •! Realização de estratificação de risco em todos os pacientes com precodialgia Exames Complementares •! Primeiro faz anamnese e exame físico. •! ECG (IAM sem supra ST x IAM com supra ST) •! Enzimas cardíacas (CK, CKMB, Tn e Mioglobina) •! Exames gerais (BQ) •! Ecocardiograma (avaliação ventricular – FE) •! Testes provocativos: T. ergométrico, Eco stress, Cintilografia miocárdica •! Angio TC de coronárias •! Cineangiocoronariografia (conservador x intervencionista) OBS : Sopro hilossistólico mitral Os músculos papilares são responsáveis por segurarem o fechamento da válvula mitral durante a sístole, quando ocorre uma isquemia desses músculos, impedindo sua contração correta, gera uma regurgitação do sangue durante a sístole Eletrocardiograma •! Método diagnóstico mais utilizado na avaliação inicial das dores precordiais •! Estabelece a relação entre sintoma clínico e diagnóstico das síndromes coronárias agudas. •! Forneceinformações relevantes para a melhor opção terapêutica e a estratificação prognóstica •! Obs : 50% dos pacientes com IAM apresentam-se no Pronto Atendimento com ECG normal ou não diagnóstico Estratificação Prognóstica Novo bloqueio de ramo esquerdo ou direito é classificado como IAM com supra de ST mesmo não mostrando a mesma coisa no eletrocardiograma Choque cardiogênico também é considerado IAM com supra de ST Gabriella Lutti ! 50! Enzimas Cardíacas Avaliação de Risco Gabriella Lutti ! 51! Estratificação de Risco Tratamento Farmacológico •! Medidas gerais – MOV •! Terapia anti-isquêmica – Nitratos (VD venosa diminuindo pré carca, aliviando o coração), Morfina, Betabloqueador •! Terapia anti-plaquetária – AAS, Clopidogrel, inibidor IIB/IIIA •! Terapia anticoagulante – Heparina não-fracionada ou HBPM •! Outros – I-ECA, Estatinas, Espironolactona Àcido Acetilsalicílico •! Antiagregante plaquetário •! Reduz mortalidade •! Pode ocorrer dispepsia •! Dose 100mg – mastigar 03 comprimidos •! AAS 300 mg Clopidogrel •! Antagonista do ADP plaquetário •! Substituir o AAS nos alérgicos •! Associado ao AAS em pac. de alto risco •! Dose 600 mg dose de ataque •! Manutenção de 75mg •! Clopidogrel 300 mg Beta-Bloqueador •! Admistração VO ou EV •! Cuidado com contraindicações: •! ICC, baixo débito, risco de choque cardiogênico, BAV, Asma •! Atenolol 25-100mg / Propranolol 10-80mg VO 12/12h •! Metoprolol 5 mg EV lento Anticoagulação •! Reduz mortalidade Gabriella Lutti ! 52! •! Heparina não fracionada ou HBPM •! Cuidado com plaquetopenia (crônico), IR e idosos •! Liquemine 60Ui/Kg/peso EV seguido de 12Ui/Kg/h •! Enoxaparina 1mg/Kg/peso SC 12/12h Nitrato •! Não reduz mortalidade •! Dor, IC com congestão e B3, HAS •! Contraindicação IAM VD e Viagra – se usou viagra NÃO PODE, pois vai dilatar demais, paciente choca! •! Nitroglicerina 5-10mcg/min EV •! Isordil 5 – 10mgSL Morfina •! Útil no alívio da dor •! Indicado na congestão e EAP •! Morfina 1-5 mg EV lento Inibidor IIB⁄IIIA •! Indicado em paciente alto risco e IAMSSST •! Administrado na sala de hemodinâmica •! Diminui reinfarto, isquêmia e óbito •! Angioplastia precoce •! Tirofiban •! Eptifibatide •! Abciximab I-ECA e BRA •! HAS apesar de Betabloq. e nitroglicerina •! DM •! Disfunção VE (ECO FE < 40%) •! IAM anterior •! Captopril 25-150 mg •! Enalapril 2,5 - 20mg •! Losartana 25 – 100 mg •! Valsartan 80 - 320mg Estatinas Gabriella Lutti ! 53! Espironolactona Tratamento Angina Instável e Infarto Sem Supra ST •! Medidas Gerais – Pronto Atendimento •! Repouso •! Monitorização •! Acesso venoso •! Oxigênio sob cateter nasal até 3 l/min •! Solicitar exames Farmácos •! AAS 100 mg 2 – 3 cps VO mastigados •! Betabloqueador (VO ou EV) •! Metoprolol – 5mg lento – máximo 15mg •! Após 15 minutos – oral com objetivo de manter FC em 60 bpm •! Clopidogrel 75 mg – 8 comp. VO (600mg) seguido de 75mg/dia •! Nitrato (sub lingual) – dor •! Antitrombínicos o! Heparina não fracionada – 60U/Kg bolus IV e para manutenção 12U/Kg/h (TTPA 1,5 a 2 x o controle) dosar plaquetas o! Heparina de baixo peso molecular – 1mg/Kg SC 12/12 horas •! Analgesia e sedação o! Sulfato de Morfina – 1 a 5mg diluído EV o! Benzodiazepínico •! Inibidor da glicoproteína IIb/IIIa •! Eptifibatide •! Tirofiban •! Abciximab Tratamento do IAM Com Supra de ST •! É a limitação do fluxo sangüíneo de tal magnitude e duração que leva à necrose do músculo cardíaco •! Em 90% dos casos ocorre um evento trombótico, que se instala após a fissura da placa de ateroma •! Todo paciente com dor típica deve ser considerado de risco •! As manifestações clínicas que mais preocupam são: IVE, arritmias e choque •! Os benefícios da reperfusão não se restringem apenas à diminuição da necrose mas, também a um melhor remodelamento ventricular (compensação das outras regiões saudáveis do coração) •! Não adianta só o uso de remédios, já que os mesmos não vão conseguir chegar eficientemente ao local do infarto, então não podemos dar apenas fármacos ja que os mesmo não vão gerar o efeito desejado •! Objetivos o! Abrir o vaso o! Proteger o miocárdio Gabriella Lutti ! 54! o! Tratar complicações o! Reabilitar •! Reperfusão o! Química – trombólise (segundo) o! Mecânica – angioplastia primária o! Cirurgia (aumenta mortalidade, em o! Vigência de infarto. Se deve fazer30 dias depois Indicação de Trombólise •! Infarto agudo do miocárdio até 12 horas •! Tempo porta-balão maior >90 min •! Elevação do segmento ST de pelo menos 0,1 mV em duas derivações contíguas •! Novo bloqueio de ramo esquerdo em paciente com dor típica •! Ausência de contra indicações •! Contra indicação : o! AVC Hemorrágico prévio em qualquer tempo o! AVC Isquêmico ou eventos cardiovasculares nos últimos 12 meses o! Neoplasia intracraniana conhecida o! Sangramento interno ativo o! Suspeita de dissecção de aorta o! Uso há menos de 12 meses de Estreptoquinase Trombolíticos •! Estreptoquinase – SK •! Ativador tecidual do plasminogênio – t-PA •! Reteplase – r-PA •! Tecneteplase – TNK-t-PA •! Estafiloquinase – SAK Critérios de Reperfusão •! Melhora ou desaparecimento da dor •! Queda da elevação do segmento ST •! Pico precoce de CK-MB (12 a 18 h) •! Arritmia de reperfusão Confirmação só ocorre por angiografia! Infarto de Ventrículo Direito •! Habitualmente está relacionado com oclusão da coronária direita antes do seu terço médio, pode acompanhar o infarto de parede inferior •! Depende da dominância do paciente. Normal é CD. •! Observa-se: hipotensão, aumento de jugular SEM estertores pulmonares, PULMÕES LIMPOS. •! O coração fica mais esférico devido a falta de força dos músculos cardiacos OBS : Quando for infarto de ventrículo esquerdo ocorre a possibilidade de presença de estertores finos em ausculta pulmonar devido ao acumulo de sangue no pulmão Classificação de Killip Gabriella Lutti ! 55! Angioplastia Miopatias Conceito •! Miocardiopatias ou Cardiomiopatias: o! São definidas como doenças do miocárdio que se apresentam com disfunção cardíaca. •! Classificação: o! Anátomo-funcional o! Etiopatogênica Classificação Anátomo-Funcional 1. Dilatada 2. Hipertrófica 3. Restritiva 4. Miocardiopatia ventricular direita arritmogênica Classificação Etiopatogênica I •! Inflamatorias o! Infecciosas : virais, bacterianas, parasitárias Gabriella Lutti ! 56! o! Não infecciosas : colagenoses •! Metabólicas o! Nutricionais (Pelagra, Kwashiorkor,Tiamina) o! Endócrinas (Acromegalia, disfunção de tireóide) •! Tóxicas o! Ex. álcool, cobalto, quimioterápicos, insetos, cobras, cocaína •! Infiltrativas o! Ex. amiloidose, hemocromatose, sarcoidose, neoplasia •! Fibroplásticas o! Ex. endomiocardiofibrose, fibroelastose endocárdica •! Hematológicas o! Ex. leucemia, anemia falciforme •! Hipersensibilidade o! Ex. drogas, rejeição a transplante •! Genética o! Ex. miocardiopatia hipertrófica, doenças neuromusculares •! Agentes físicos o! Ex. frio, taquicardia, radiação •! Miscelânea o! Ex. MCP pós-parto, obesidade •! Idiopática Miocardiopatia Dilatada Característica •! Dilatação e hipocontratilidade ventricular Ocorrência •! É a miocardiopatia mais comum Clinica •! Insuficiência cardíaca congestiva progressiva •! Arritmias, •! Morte Súbita •! Tromboembolismo, •! Exame físico: o! Terceira bulha o! Sopro sistólico apical Etiologia •! Famíliar/genética (ex.:D. neuromusculares) •! Inflamatórias o! Infecciosas: bacteriana, viral, parasitária (Chagas) o! Não infecciosas: auto-imune, rejeição, periparto(?) •! Tóxicas: álcool, quimioterápicos, cocaína •! Metabólicas: nutricional, endócrina Gabriella Lutti ! 57! •! Idiopática (pós- viral ?) Características
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