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! Gabriella Lutti 1! Aluna : Gabriella Lutti Clínica Médica – Pneumologia Anatomia Pulmonar Divisão •! Pulmão (condução – não ocorre a troca de gases, parte dita como morta e parênquima – onde ocorre a troca de gases) •! Pleura (visceral e parietal) •! Vascularização (pulmonar e brônquica) •! Mediastino OBS : Composto por (aqui é zona de condução) traqueia, carina, brônquio, e bronquíolo, (a partir daqui é zona de troca) bronquíolo terminal, saco alveolar, alvéolo e septo alveolar Os sintomas podem ser divididos entre doenças em vias aéreas superiores (dor localizada nos sinus, menor quantidade de secreção) e inferiores Pulmão direito é divido em três partes enquanto o esquerdo é dividido em duas partes A língula sai do lobo superior do pulmão esquerdo Troca Gasosa A saída do CO2 é muito mais facilitada do que a entrada de O2 no sangue Geralmente a hemoglobina se satura e se liga a hemoglobina rapidamente Parênquima Divididos em lobos e posteriormente em segmentos pulmonares OBS : SARA – doença inflamatória dentro dos alvéolos (devido a uma inflamação grave em algum órgão ou sistema), onde os alvéolos são recobertos por um filtrado difuso, bilateralmente e em todos os lobos Anatomia •! Lóbulo – formado por 3 a 5 ácinos •! Lobo – ventilada por brônquio principal e seu equivalente •! Poros de Kohn – comunica-se com os alvéolos •! Canais de Lambert – comunica bronquíolos com alvéolos Técnica de Imagem •! Identificação normalmente está a direita •! O coração se localiza mais a esquerda ! Gabriella Lutti 2! •! O arco da aorta se localiza mais a esquerda Epitélio da Vias Aéreas •! Traquéia : pseudo estratificado •! Brônquio : ciliar cuboide OBS : A tosse e os cílios fazem parte da defesa do anatômica do pulmão contra invasores Anatomia do Mediastino Superior – mais acometido pelas neoplasias Médio e inferior – mais acometido por problemas de vascularização Limites •! Anterior – esterno •! Posterior – coluna •! Caudal – diafragma tóraco-abdominal •! Cranial – diafragma cérvico-torácico Sistema Respiratória Anamnese Anatomia e Função Vias aéreas superiores •! Fossas nasais •! Nasofaringe •! Orofaringe •! Laringe OBS : Pulmão é um órgão inervado, ou seja não provoca dor O que gera dor são os músculos e os ossos Dor Torácica •! De origem cardíaca •! Músculo-esquelética – parede torácica •! Dor pleurítica – dor ventilatório dependente o! Pneumonias – nos primeiros dias apresenta febre e secreção e logo após a dor (se a pneumonia atingir a pleura) o! Neoplasia o! Pneumonites intersticiais o! Pneumotórax o! Infarto pulmonar •! Vasos, esôfago, mediastino, órgãos abdominais e psicogênica OBS : A pleura parietal é inervada (se localiza juntamente a pleura visceral onde existe um líquido que possibilita a respiração) Tosse •! Mecanismo protetor – receptores em faringe, laringe, traqueia e brônquios •! Fatores desencadeantes : o! Inflamatórios ! Gabriella Lutti 3! o! Mecânicos o! Químicos o! Térmicos •! Caracterizar o! Tipo : quintosa, seca, produtiva o! Duração – até um mês é aguda após é crônica o! Frequência o! Tonalidade o! Intensidade o! Fator desencadeante o! Relação com decúbito o! Presença ou não de expectoração (mais ligada a infecções bacterianas – amarelada) Expectoração •! Resultado de secreção brônquica excessiva, manifestando inflamação ou infecção •! Tipos : o! Hemoptoica o! Purulenta o! Mucosa - transparente o! Serosa – esbranquiçada •! Caracterizar : o! Volume o! Cor o! Odor – normalmente quando ocorre infecção por bactéria anaeróbias em imunodeprimidos o! Transparência o! Consistência Dispneia – desconforto para respirar •! Disfunção de ventilação – Doença pulmonar o! Obstrutivas : edema, secreção e compressão o! Pleurais : dor, comprometimento da expansão pulmonar o! Parenquimatosa : condensação e rarefação •! Alterações com o sangue e seu suprimento o! Cardíacas : congestão passiva do pulmão o! Tecidual – fisiológica : atividade física o! Atmosférica : ar rarefeito •! Alteração de parede torácica o! Tóraco-pulmonar : fratura de arcos costais, cifoescoliose, alterações musculares o! Afecção diafragmática o! Sistema nervoso central-psicogênica •! Caracterizar o! Início o! Relação aos esforços o! Duração o! Variabilidade o! Relação com postura ! Gabriella Lutti 4! LEMBRAR : ortopnéia, DPOC e dispneia paroxística noturna Hemoptise •! Eliminação de sangue pela boca, com a tosse, passando através da glote – aerado – vermelho vivo •! Origem bronquica X origem alveolar •! Hemoptise X Epistaxe (de origem nasal) X Hematêmese (sangue mais escurecido) Sibilância •! Dado de exame físico •! Chio de peito – por redução de calibre da árvore brônquica •! Causas : edema, espasmo, neoplasia e corpo estranho Anamnese LEMBRAR : da disposição do pulmão dentro do tórax, onde o pulmão direito possui três lobos e o esquerdo dois Lobo médio se localiza abaixo da mama direita Linhas torácicas : •! Linha axilar posterior, média e posterior •! Linha escapular •! Linha vertebral Inspeção Estática •! Forma do tórax : o! Em tonel – normalmente ligada a DPOC o! Infundiforme o! Cariniforme o! Cifose o! Escoliose o! Simetria •! Lesões de pele Dinâmica •! Movimentos respiratórios – frequência respiratória •! Ritmo respiratório •! Tiragem intercostal (corresponde ao movimento de retração da musculatura entre as costelas durante a inspiração) Ritmo respiratório ! Gabriella Lutti 5! Palpação Expansibilidade Frêmito tóraco-vocal •! Diminuição FTV : afecções pleurais •! Aumento FTV : condensação com brônquios permeáveis OBS : onjetivo de descobrir se o pulmão está cheio de ar ou de alguma outra substancia Percussão •! Identifica a ressonância do tórax – composição dos tecidos subjacentes •! Som atimpânico – normal •! Na área de projeção do coração, fígado e do baço obtém-se, á percussão, som maciço ou submaciço •! Na área de projeção do fundo do estomago – espaço de Traube – obtém-se som timpânico, semelhante ao obtido quando se percute um tambor •! Nas demais regiões, encontra-se sonoridade pulmonar ou som claro pulmonar, também denominado som claro atimpanico Som claro atimpanico (normal), som claro timpânico, submacicez (pneumonia), macicez (pneumonotórax e derrame pleural) Ausculta •! Avalia o fluxo aéreo pela árvore tráqueo-bronquica Sons normais •! Murmúrio vesicular •! Som traqueal (som da traquéia – ru-ru-ru) •! Respiração brônquica bronco-vesicular (som da região intermediária do pulmão) Observa-se principalmente a intensidade Sons anormais Descontínuos : estertores •! Finos : suaves, breves, agudos, referentes ao bronquíolos e alvéolos (som de arranhadura mais suave) •! Grossos : intensos, graves, menos breves, referentes ás vias aéreas de maior calibre (som de arranhadura mais forte Contínuos •! Roncos – estreitamento em grandes vias •! Sibilos (estreitamento bronquiolar) •! Atrito pleural Asma Brônquica A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas na qual muitas células desempenham um papel, incluindo mastócitos (durante crises agudas), linfócitos e eosinófilos (manutenção da doença crônica). Os sintomas são associados com disseminada, mas variável obstrução ao fluxo aéreo, que é frequentemente reversível espontaneamente ou com o tratamento, e causa um associado aumento da hipersensibilidade das vias aéreas á uma variedade de estímulos OBS : O paciente asmático sofre muito mais com qualquer tipo infecção chamado de hipersensibilidade ! Gabriella Lutti 6! Epidemiologia Afeta de 7 a 10% da população mundial A OMS estima que haja 150 milhões de asmáticos em todo mundo Cerca de 180.000 mortes por ano no mundo É a quarta principal causa de internação no SUS Patologia e PatogeniaMacro : pulmões volumosos e distendidos Brônquios e bronquíolos ocupados por tampões Micro : hipertrofia e hiperatividade das glândulas submucosas •! Rolhas mucosas •! Vaso dilatação •! Hipertrofia da musculatura lisa •! Espessamento da membrana basal •! Edema de mucosa e submucosa •! Infiltrado celular Mecanismos celulares envolvidos •! A mucosa das vias respiratórias fica infiltrada por eosinófilos e linfócitos T ativados e também há ativação dos mastócitos da mucosa •! Uma anormalidade característica é o espessamento da membrana basal em razão da deposição de colágeno sob o epitélio •! O epitélio frequentemente se mostra descamado •! A própria parede das vias respiratórias pode estar espessada e demaciada Relação entre inflamação das Vias aéreas e função Pulmonar Hiperrresponsividade das vias aéreas Obstrução das vias aéreas •! Broncoconstricção aguda •! Edema das vias aéreas •! Formação crônica de rolhas de muco •! Remodelamento das vias aéreas – o processo inflamatório das vias aéreas de forma crônica aumenta o numero de fibroblastos nos brônquios, gerando uma fibrose nos brônquios diminuindo seu diâmetro, se comportando como um DPOC (doença obstrutiva crônica) A diferença entre DPOC e a asma é o fato de que na DPOC acontece estes broncoespasmos mas o brônquio não volta enquanto na asma é frequentemente reversível Inflamação das vias aéreas IgE rompe a membrana dos mastócitos liberando histamina, leucotrienos chamando logo após os linfócitos e ambos chamam os eosinófilos. O eosinófilo que mantem o processo inflamatório •! Existem evidencias claras de que o padrão específico da inflamação esteja relacionada á hiperatividade das vias respiratorias Diagnóstico diferencial ASMA DPOC ! Gabriella Lutti 7! Manifestação inicial precoce Tardia Associado a outras alergias Espectro de enfisema e bronquite crônica Testes cutâneos positivos Negativos Sintomas desaparecem fora da crise Permanecem fora das crises Pode evoluir para DPOC Associado ao tabagismo ACOS – paciente que fica no meio, já possuía asma na infância e depois iniciou o tabagismo, ou seja gera uma sobreposição de ambas as doenças (apresenta um caso mais grave) Fisiopatologia •! A redução do fluxo ventilatório é causada principalmente pela bronco constrição, mas o edema das vias respiratórias, a congestão vascular e a obstrução intraluminar pelo exsudato •! A hiperatividade (HRVR) é a característica da asma, refer-se a resposta broncoconstritora exagerada, sendo objetivo do tratamento diminuir o mesmo Diagnóstico 1.! Clínico – baseia-se em quatro pontos a.! Sintomas compatíveis b.! Sintomas episódicos c.! Resposta a terapia d.! Diagnósticos alternativos excluídos – já que nem tudo que sibila é asma 2.! Funcional a.! Espirometria i.! CVF – capacidade total forcada – diminuição indica doença restritiva ii.! VEF1 – volume inspiratório no primeiro segundo – até 60% obstrução leve, de 40 a 60% moderada e abaixo de 40% é acentuada iii.! Razão entre VEF e CVF – índice de Fenoth – abaixo de 70% obstrução brônquica b.! Hiperresponsividade bronquica – teste de broncoprovocação – positivo é quando o VF1 está abaixo de 20% c.! Teste de exercício d.! PFE seriado – pico de fluxo expiratório ! Gabriella Lutti 8! Diagnóstico Diferencial Anel vascular Fistula traqueoesofágica Apneia obstrutiva do sono Incoordenação da deglutição Aspergilose broncopulmonar alérgica Infecções virais e bacterianas Bronquiectasias – tosse produtiva Insuficiência cardíaca Bronquiolites Carcinoma brônquico Embolia pulmonar Fibrose cística Refluxo gastroesofágico Rinosunite Fatores Precipitantes Piora dos sintomas mesmo com uso correto de fármacos •! Alergenos domésticos •! Asma ocupacional •! Refluxo gastro esofageano •! Asma noturna •! Asma induzida por exercício •! Asma induzida por drogas e corantes •! Infecções •! Rinosinusittes e pólipos nasais •! Poluição •! Fatores psicossociais •! Pólens •! ABPA – aspergilose bronco pulmonar alérgica Classificação da Gravidade ! Gabriella Lutti 9! Classificação quanto aos níveis de controle •! Controlada •! Parcialmente controlada •! Descontrolada Características: sintomas diurnos, limitação de atividades, sintomas noturnos, medicação de resgate/alívio, função pulmonar, exacerbações. Cada característica, se tiver presença ou não, ou se usa o medicamento frequentemente, ou não, se pontua. O paciente controlado é tudo negativo. O controlado é até 2. O acima de 2, descontrolada. Tratamento Consiste em medicação para alívio, resgate, controle e manutenção ! Gabriella Lutti 10! Beta – Agonistas •! Catecolaminas o! Curta duração o! Longa duração Usado para alívio ou juntamente com outros fármacos Mecanismo de ação – ativação da adenilciclase – produção intracelular de AMP cíclico •! Relaxamento da musculatura •! Aceleração da remoção mucociliar Uso clínico e efeitos colaterais •! Preferíveç via inalatória •! Asma aguda de escolha •! Pode gerar tremor e taquicardia Só age na musculatura lisa, não na inflamação, por isso é medicação de alívio, não de controle Metilxantinas Mecanismo de ação – inibe a fosfodiesterase-5 relaxando a musculatura lisa e a fosfodiesterase-3,4 antiinflamatória •! Inibe receptores de adenosina •! Potencializa contratilidade do diafragma •! Estimulação do centro regulador da ventilação Efeitos colaterais •! Nível terapêutico estreito •! Fumo aumenta o metabolismo •! Frebe, IC, hepatopatias, idade – diminuem o metabolismo •! Fenitoína, fenobarbital •! Fenitoína, fenobarbital, carbamazepina e rifampicina – aumentam depuração. •! Arritmias, náuseas, anorexia, insônia, irritabilidade. Janela terapêutica muito estreita. Com aumento de metabolismo, aumenta dose. Diminuição do metabolismo, diminui a dose. Considerada como fármaco de terceira linha, ou seja nunca se inicia o tratamento com este fármaco Anticolinérgicos – Usada em DPOC puro Mecanismo de ação – reduz tônus colinérgicos intrínseco de VA Escolha broncoespasmo por beta-bloqueador Antagonistas dos Leucotrienos (mediador inflamatório) LTC – causam broncoespasmos, edema, hipersecreção de muco, infiltração eosinofílicas •! Mecanismos de ação – inibidor de síntese, antagonista dos receptores Indicado em asma moderada ou grave Efeitos colaterais •! Elevaçãoo de transminases •! Aumento do TAP Corticóides Efeitos sistêmicos quase zero ! Gabriella Lutti 11! Mecanismo de ação – liga-se a um receptor – transportado ao núcleo ligando-se a sequencia de DNA •! Transcriçãoo aumentade de B2 •! Transcriçãoo diminuída de citoquinas, moléculas de adesão e receptores de neurocininas Uso clínico É importante tentar evitar uso de corticoide oral (catarata, diabetes, hipertensão, imunossupressão, obesidade) Corticoide inalatório dá efeitos locais Em crianças foi descoberto um atraso no crescimento, ou seja o paciente cresce até sua estatura prevista mas demora mais para chegar a este número Inibidores de IgE – Omalizumab Anticorpo monoclonal humanizado Pacientes acima de 12 anos Asma persistente grave Níveis séricos de IgE total entre 30 e 700 UI ml Extremamente cara Sem tempo certo para usar Risco de o paciente sofrer choque anafilático Injeções Imunoterapia Nem para todos os pacientes é benéfica Extratos de alergenos específicos através da sensibilização para tentar reduzir a produção de anticorpos contra certas inflamações DBPOC – Bronquite Crônica e Enfisema Definições •! A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma enfermidade respiratória prevenivel e tratável, que se caracteriza por obstrução do fluxo aéreo que não é totalmente reversível •! A obstrução do fluxo aéreo é geralmente progressiva e está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões á inalação de partículas ou gases tóxicos, causada primariamente pelo tabagismo Conjuntode 2 doenças – ENFISEMA X BRONQUITE Patologia •! Bronquite crônica – tosse com catarro na maioria dos dias, durante 3 meses e por 2 anos consecutivos. Afecção definida clinicamente por tosse crônica e expectoração purulenta •! Enfisema – dilatação dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal com destruição da parede alveolar. Distúrbio definido anatomicamente, que se caracteriza por destruição dos alvéolos pulmonares •! A fibrose em torno dessas vias respiratórias parece ser um fator contrinuinte significativo (acumulo exagerado de colágeno) •! A exposição crônica a fumaça de cigarro pode estimular o recrutamento das células inflamatórias para os espaços aéreos terminais do pulmão, essas células ! Gabriella Lutti 12! inflamatórias liberam proteinases elsatolíticas que destroem a matriz celular dos pulmões. A morte celular resulta em stress oxidativo, gerando um reparo ineficaz da matriz extracelular •! Os macrófagos patrulham o espaço aéreo, em caso de exposição prolongada aos oxidantes do cigarro eles se tornam ativados, produzindo proteinases e quimiocinas que atraem outras células inflamatórias •! O tabagismo dos cigarros causa dilatação das glândulas mucosas e hiperplasia das células caliciformes levando a tosse e expectoração de muco que define a bronquite crônica •! Ocorre o aumento da resistência nas vias respiratórias de pequeno calibre, a redução do surfactante pode aumentar a tensão superficial Fatores de Risco •! Fatores ambientais o! Fumo (80-90%) – 15 a 20 anos-maço o! Poluição ambiental o! Poluição dentro de moradias pouco ventiladas que utilizam lenha (biomassa) para cozinhar e para aquecimento OBS : No total de fumantes 20% apresentará DPOC •! Interação entre fatores ambientais e genéticos o! Fatores genéticos – PiZZ - gene que causa a deficiência (diminuição de alfa1 anti-tripsina) – anti-proteases protegem o pulmão de efeitos externos, quando diminuída facilita problemas respiratórios – suspeita-se quando o paciente possui baixa taxa tabágica, menos que 50 anos e ligada a doença hepática o! Asma o! Gênero – mulheres são mais susceptíveis Mecanismos •! Hipersecreção mucosa •! Obstrução das pequenas vias aéreas •! Desequilíbrio protease – antiprotease •! Complicações : hipóxia – apenas em fazer finais e hipercapnia – aumento de CO2 no sangue (cor pulmonale – ventrículo direito hipertrofiado devido a doença pulmonar, já que hipertrofia para vencer a falta de oxigenação sanguínea) A inspiração consegue vencer melhor a obstrução, mas durante a expiração nem tudo consegue sair, sendo então o momento expiratório o mais problemático (maior dificuldade de expiração) gerando então ar no final de cada expiração. Por causa do enfisema, partes do pulmão vão ficando menos elásticas, causando uma maior dificuldade de expirar, permitindo que ainda mais ar fique lá dentro. Fazendo então com que seu parênquima pulmonar fique duro e cheio de ar, por isso o paciente de DPOC possui uma inspiração menor. Durante o exercício a frequência respiratória aumenta piorando então a desinflação pulmonar a cada respiração, fazendo com que o paciente esteja estufado. Maior volume residual quando comparado a um paciente saudável. Demora mais tempo para fazer a troca do espaço morto, enquanto um paciente saudável demora 6 inspirações um paciente com DPOC demora 15 ! Gabriella Lutti 13! Fisiologia •! Os alvéolos ficam mais espessos levando a destruição do mesmo o que dificulta a troca gasosa, diminuindo a oxigenação sanguínea que chega ao coração •! Então nos alvéolos onde já houve destruição dos alvéolos ocorre uma vaso constrição, e nos locais onde os alvéolos estão saudáveis ocorre uma vasodilatação que facilita a roca gasosa em locais onde é possível. Por isso ocorre a hipóxia apenas em casos graves onde este mecanismo não consegue mais suprir a necessidade de oxigenação sanguínea VEF 1 – obstrução brônquica Diagnostico •! Deve ser considerado em qualquer pessoa com : o! Tosse crônica o! Expectoração crônica o! Dispneia o! História de exposição á fatores de risco •! Confirmação diagnostica pela espirometria Suspeita de DPOC 1.! Você tem tosse na maioria dos dias 2.! Você tem catarro todos os dias 3.! Você cansa mais do que uma pessoa da sua idade 4.! Você tem mais de 40 anos 5.! Você é fumante ou ex-fumante Se três respostas forem positivas, é indicada a espirometria Diagnostico Diferencial ! Gabriella Lutti 14! •! Asma •! Insuficiência cardíaca •! Bronquiectasias (purulências e escarros pulmonares) DPOC ASMA Sem atopias Atopia Sem história familiar Historia familiar presente Acima de 40 anos Desde a infância Maior carga tabágica Menor carga tabágica Espiro sem resposta ao BD Espiro com resposta ao BD Características Clínicas e Investigação •! Geralmente acima de 25 anos-maço •! Tosse contínua e após dispneia •! Tosse, produção de catarro e dispneia aos esforços Raio-X •! Alterações tardias o! Sinais de hipersuflação (retificação do diafragma) o! Hipertransparencia - o raio-x do pulmão mostra a trama vascular, como com o DPOC essa trama vascular diminui, fazendo com que o pulmão no raio-x fique mais escuro Espirometria ! Gabriella Lutti 15! Fases do DPOC Tratamento •! Uso cirúrgico de estentis em locais com obstrução, além de cirurgicamente se retirar partes do pulmão para diminuir seu tamanho ! Gabriella Lutti 16! •! Os broncodilatadores são os principais fármacos usados Medicação Faça!o!diagnóstico!e!analise! os!sintomas Para de!fumar Adquirir!um!estilo!de!vida! saudável Imunização Tratar!a!Obstrução Anticolinérgico!inalado!3! vezes Beta2 agonista!se!necessário Considerar!curso!de! corticóide Adicionar!teofilina!!e! considerar!beta2 Considerarr!beta2 oral!de! longa!duração Avalie!a!hipóxia Programa!de!reabilitação Oxigenoterapia!prolongada ! Gabriella Lutti 17! Derrame Pleural Introdução •! Embriogenese – mesenquima •! Função : facilitar o movimento dos pulmões e funciona também como uma barreira •! São dispensáveis •! Sujeitos a doenças e perturbações Avaliação Inicial •! Maligno (metástase) ou benigno (de o derrame estar relacionado a algum tipo de inflamação) •! Exige conduta peculiar (alguma conduta imediata) •! Ha indícios clínicos ou radiológicos da causa •! É necessário investigar a pleura (quando todas acima são negativas) Anatomia •! Serosa que reveste o pulmão, caixa torácica, diafragma e mediastino •! Espaço virtual entre as duas pleuras •! O derrame pleural se forma quando a produção e a absorção desse liquido não estão equilibrados •! Parietal o! Fibras sensitivas – intercostal e frênico o! Artérias sistêmicas o! Drenagem linfática – principal via o! Consegue absorver mais a pressão pleural •! Visceral o! Mais complexa o! Circulação brônquica e pulmonar o! Pressão semelhante a circulação pulmonar o! Pleura visceral é mais seletiva, só absorve líquidos eletrólitos Fisiopatologia •! Liquido pleural – 5 a 15 ml com renovação de 1 a 2l por dia •! O liquido é formado na pleura parietal •! Reabsorção : agua eletrólitos – ambas reabsorvem mas a visceral é mais seletiva – por diferença de pressões, proteínas, hemácias e outras partículas (partículas linfáticas •! Existe uma homeostasia, um equilíbrio, entre formação e a absorção do liquido pleural, para que a situação não saia de fisiológica para patológica •! Mecanismo de acúmulo : o! Aumento do Ph o! Aumento da pressão osmótica (absorção de liquido dentro do espaço pleural devido a uma doença em outro local) o! Aumento da permeabilidade (quando a pleura está doente a permeabilidade fica afetada) o! Distúrbio da drenagem linfática o! Passagem transdiafragmática (ascite, doenças abdominais) ! Gabriella Lutti 18! OBS : transudato – a pleura á envolvida de maneira secundária, ondea pleura não está doenças apenas perturbada. Geralmente sem dor ventilatório dependente Exsudato – quando há alguma perturbação na pleura. Geralmente com dor ventilatório dependente K = coeficiente de permeabilidade DL = drenagem linfática Pc = pressão da circulação Po = pressão ocótica (pressão da proteína) Insuficiência cardíaca – diminuição da drenagem linfática, gerando acumulo no espaço pleural. Geralmente é bilateral e, se unilateral, é direito. È transudato, devido a insuficiência, há acumulo de sangue no coração e aumento da pressão da circulação pulmonar. Hipoproteinemia – devido a diminuição da pressão ocótica, faz então com que no espaço pleural se encontre mais proteínas do que fora, fazendo então com que a agua saia das pleuras visceral e parietal e vá para o espaço pleural. Transudato. Inflamação – coeficiente de permeabilidade aumentado, deixando muito liquido entrar no espaço pleural Neoplasia – alteração do coeficiente de permeabilidade, permitindo muito liquido entrar no espaço pleural, além de a drenagem linfática também estar comprometida Passagem transdiafragmática – devido ao aumento da pressão na cavidade abdominal Etiologia ! Gabriella Lutti 19! •! ICC •! Parapenumonico – em decúbito lateral em raio-x o liquido se espalha •! Malignidade •! TEP o! Todos acima representam mais de 90% das causas de derrame pleural o! Jovens : pneumonia ou tuberculose o! Maiores de 45 anos : ICC, TEP Diagnóstico •! Sintomas : o! Dor torácica o! Tosse o! Dispnéia o! Febre o! Restrição dos movimentos torácicos •! Sinais o! Inspecção : sinal de Hoover (contrario á tiragem intercostal – lado do tórax acometido pelo derrame não expande, devido ao conteúdo maior de líquido o! Palpação : FTV diminuído (devido a presença do liquido) o! Percussão : macicez o! Ausculta : atrito pleural e MV diminuído •! Exames complementares o! Radiografia !! Recesso dependentes !! PA (póstero-anterior) maior que 300ml !! Perfil – apaga seio costofrênico posterior !! Decúbito – maior que 200ml é detectado !! Maciço – desvio do mediastino contra lateral !! Sinal de menisco (presença de liquido na base do pulmão – em forma de triangulo, impedindo o FTV e o MV) !! Sub-pulmonar : quando o liquido se localiza abaixo do pulmão, comprimindo o mesmo para cima !! Aderências – septos : muita produção de fibrinas, gerando fibrose e septos, onde o derrame pleural não fica livre mas sim aprisionado OBS : No raio-x onde se localiza o derrame fica radio- opaca ou seja esbranquiçada o! USG (ultrassonografia) : quantificar e localizar septos ou grumos, orienta a possível gravidade e complicações desse derrame pleural o! TC (tomografia) : lesão periférica de lesão pleural. Abcessos – parede irregular e angulo agudo com a pleura. Empiema loculado – parede regular e angulo ogudo com a pleura o! Toracocentese : função diagnóstica (bioquímica e anatopatológica) e terapêutica (tirar o liquido de dentro). Analisa possíveis complicações, através da analise do liquido (cor). Analise química – bacterioscopia e ! Gabriella Lutti 20! cultura, citologia, proteína, LDH, glicose, pH (se baixo, indica derrame pleural complicado ou que vai complicar), amilase (para suspeita de pancreatite ou infecção intestinal), complemento, lipídios (suspeita de neoplasia) PCR, ADA entre outros como ac. hialuronico Exemplos Práticos ICC •! Pode ser bilateral ( senão com predominância pelo pulmão direito) •! Moderado a volumoso •! Toracocentese o! Amarelo citrino o! Predomínio linfocitário o! Proteínas do liquido sobre o soro : menor que 0,5 o! LDH do liquido sobre o soro : menor que 0,6 o! LDH menor que 200 Ui por litro o! Glicose (normalmente um terço da glicose total) menor que 60 mg por dl Tuberculose •! Uni ou bilateral (sendo normalmente unilateral) •! Com ou sem lesão pulmonar Transudato menor ou!igual!a!!0,5!da!relação!entre!a! proteína!dentro!do!liquido!pleural!e!no!soro a!relação!desidrogenase lática!(LDH)!dentro!do! liquido!pleural!e!no!soro!:!menor!ou!igual!a!0,6 concentração!de!LDH!em!niveis!normais aumento!da!pressão!capilar!sistemica aumento!da!pressão!capilar!pulmonar diminuição!da!pressão!osmótica redução!da!pressão!intrapleural Exsudato maior que!0,5!da!relação!entre!a!proteína! dentro!do!liquido!pleural!e!no!soro a!relação!desidrogenase lática!(LDH)!dentro!do! liquido!pleural!e!no!soro!:!maior!que!!0,6 concentração!de!LDH!maior!que!dois!terços!do! transudato pleura!doente permeabilidade!aumentada!por!alteração! inflamatória drenagem!linfática!prejudicada ! Gabriella Lutti 21! •! Volume moderado •! Toracocentese o! Amarelo o! Predomínio linfocitário o! Proteínas LP/S > 0,5 (mais aqui). o! LDH LP/S > 0,6. o! LDH > 200 UI/l. o! Glicose < 60 mg/dl. o! pH > 7.2. o! ADA > 40 UI/l. o! Células mesenteliais ausentes •! Mantoux positivo –teste intra dérmico Neoplasias •! Unilateral •! Com presença de exsudato •! Volumoso de rápida recidiva •! Toracocentese : o! Predomínio linfocitário o! Hemorrágico o! Proteínas LP/S > 0,5. o! LDH LP/S > 0,6. o! LDH > 200 UI/l (mais aqui). o! Glicose < 60 mg/dl. o! pH > 7,2. o! Muitas células mesoteliais Pneumonia Bacteriana •! Exsudato •! Unilateral •! De volume pequeno a moderado •! Toracocentese : o! Amarelo. o! Proteínas LP/S > 0,5. o! LDH LP/S > 0,6. o! LDH > 200 UI/l. o! Glicose < 60 mg/dl. o! Ph < 7,2. Pneumonia Complicada •! Exsudato •! Unilateral •! Volumoso •! Toracocentese o! Purulento. o! Proteínas LP/S > 0,5. o! LDH LP/S > 0,6. ! Gabriella Lutti 22! o! LDH > 200 UI/l. o! Glicose < 60 mg/dl. o! pH < 7.2. o! ADA baixa. o! Presença de polimorfonucleares. •! Deve ser drenado para evitar a sepse Bronquiectasia OBS : Não gera muita dispneia – já que o parênquima pulmonar está preservado Tosse produtiva com grande quantidade de escarro A doença se inicia na infância a partir de uma doença respiratória mais grave No raio-x se observa um parênquima pulmonar esbranquiçado (frontal) em pequenos ramos Pede-se uma tomografia que permite melhor visualização da dilatação brônquica Os sintomas aparecem na fase adulta Grandes partes das bronquiectasias não possuem causa conhecida Definição •! São dilatações brônquicas permanentes, irreversíveis, geralmente múltiplas •! Em infecções broncopulmonares agudas (ex : pneumonias) pode haver dilatações brônquicas transitórias que revertem com a resolução do processo. Isto não se considera bronquiectasia! •! Há duas características radiológicas definidoras das bronquiectasias : o! O calibre brônquico não se reduz, no sentido da periferia, costumando até aumentar o! Ausência ou redução ou redução das vias laterais devido ao aumento d avia principal Mecanismos •! O brônquio na infância ainda não está totalmente formado, possui uma via aérea muito elástica e com pouca quantidade de colágeno •! Até dos 7 aos 10 anos os brônquios são maleáveis •! Uma infecção até esta idade pode gerar problemas futuros, já que o brônquio ainda não se formou devido a falta do colágeno. E com esta infecção o colágeno não chega totalmente ate os brônquios e então o mesmo se desenvolve deformado •! Alguns microrganismo mostram prevalência a colonização de vias aéreas danificadas como uma saída para escapar da defesa do hospedeiro •! A presença de microrganismos incitaria a persistência de reação inflamatória crônica com dano consequente a parede respiratória Classificação •! Pós-infecciosas o! Sarampo o! Coqueluche o! Adenovírus o! Tuberculose o! Aspergilose broncopulmonar alérgica ! Gabriella Lutti 23! o! Outras infecções •! Associadas a condição subjacente o! Fibrose cística o! Discinesia ciliar o! Síndrome de Young o! Síndrome de Willians-Campbell o! Imunodeficiência o! Fibrose pulmonar o! Obstrução endobrônquica Prevalência •! Sua ocorrência tem ralação diretacom o número e gravidade de infecções respiratórias da comunidade, particularmente em jovens •! Diminui com a introdução de : o! Antibióticos o! Vacinas o! Tratamento precoce das infecções respiratórias Classificações •! Natureza o! Congênitas – ainda se discute a possibilidade de ter um histórico de infecção respiratória prévia o! Adquiridas apos infecções •! Patológica-Radiológica (tipos de dilatações brônquicas) o! Cilíndricas o! Císticas o! Varicosas •! Apresentação clínica o! Supuração crônica (broncorreicas) – produção de escarro aumentado devido a falta de transporte ciliar já que o brônquio possui um formato diferenciado. Então o muco ali produzido não é corretamente eliminado e devido a inflamação já se produz mais muco o! Hemoptise repetidas (broncorrágicas) – devido a mudança na estrutura do brônquio, sua vascularização está prejudicada gerando or vezes rompimento e então secreção sanguinolenta OBS : Em doenças como fibrose cística possui um desenvolvimento muito rápido fazendo com que seja possível uma criança possui bronquiectasia devido ao fato de a doença progredir muito rapidamente O brônquio normalmente diminui seu tamanho apartir da traqueia, coisa que não acontece durante a bronquiectasia Existe sempre uma proporção entre o tamanho dos brônquios e os vasos que os acompanham Manifestações Clínicas •! Sintomas o! Tosse e expectoração, frequentemente volumosa e por longo tempo – usa-se a técnica de toalete brônquica, ensinado os pacientes certas manobras que diminuem o numero de expectorações durante o dia o! Expectoração purulenta ! Gabriella Lutti 24! o! Infecções respiratórias – normalmente uma vez ao ano, devido ao aumento da presença de muco gera uma predisposição para infecções o! Hemoptise de repetição o! Pneumonias de repetição •! Sinais o! Estertores localizados o! Hipocratismo digital •! Bronquiolopatia difusa – quando presente e significativa, agrava o quadro clínico-funcional Quanto maior a gravidade do caso, maior é a chance de colonização e infecção por germes mais difíceis de tratar – chamada de colonização crônica que se instalam na expectoração nos brônquios (pseudomonas, estafilococo, outros gram-negativos) – não consegue provocar uma inflamação maior devido a pequena quantidade de microorganismos Investigação Diagnóstica •! Dados clínicos costumam ser importante •! Raio-x de tórax pode ser aparentemente normal em mais de 50% dos casos, as alterações costumam ser inespecíficas •! O padrão-áureo para o diagnósticos é a tomografia Investigação Funcional •! Resultados da espirometria o! Normal o! Distúrbio ventilatório obstrutivo (de graus variáveis) o! Distúrbio ventilatório restritivo (de graus variáveis) o! Distúrbio ventilatório misto (de graus variáveis •! Resultado da gasometria o! Normal OBS : Estes resultados normalmente vem com diferenças quando o paciente já se encontra em fase adiantada da doença Conduta Terapêutica •! As evidencias para intervenções terapêuticas nas bronquiectasias, salvo nos casos de fibrose cística, são muito limitados •! O tratamento visa acima de tudo melhorar a qualidade de vida do paciente o! Controle dos sintomas o! Tratamento eficaz •! Antibioticoterapia visando o patógeno causador , sendo um tratamento prolongado e frequentemente não bem tolerado •! Higiene brônquica •! Terapia anti-inflamatória – um controle da resposta inflamatória poderia ser benéfico ao paciente Prevenção •! Vacinação (coqueluche, sarampo, influenza) ! Gabriella Lutti 25! •! Pronta solução para corpo estranho aspirado para as vias aéreas inferiores e para outras causas de obstrução brônquica •! Controle adequado de condição predisponente •! Tratamento adequado das infecções respiratórias, particularmente na infância uso criterioso de antibióticos e fisioterapia Câncer de Pulmão •! O câncer é um crescimento celular anormal, incontrolado, que invade os tecidos vizinhos e à distância •! É o único câncer cuja incidência de morte tem aumentado progressivamente, a despeito da melhora e da maior agressividade terapêutica nos últimos anos •! Epidemiologia o! Homens : as taxas de incidência idade ajustada, no homem, atingiu platô e começou declinar em 1980 o! Próstata o! Pulmão e brônquios – decaiu nos últimos anos o! Colón e reto o! Urinário •! Mulheres o! Mama o! Pulmão e brônquios – aumentou nos últimos anos devido ao aumento de mulheres fumantes o! Colo e reto o! Uterino •! Raça o! Em homens negros o risco é 50% maior que nos homens brancos Tabagismo •! 90% dos casos ocorrem em fumantes ou ex-fumantes •! Alterações de genoma causados por : hidrocarbonetos, policíclicos aromáticos, nitrosaminas. Considerados genes oncogênicos, que são ligados a locais do corpo onde neoplasias ocorrem •! Uma característica própria deste câncer de in- cidência alta de mortalidade é a sua causa, que é o hábito de fumar, o qual entretanto, possibilita uma ação profilática concreta e com bons resultados, que é o combate ao tabagismo. Fatores de Risco •! Tabagismo (90% dos casos) •! Poluição atmosférica •! Exposição profissional •! Fatores genéticos •! Asbesto (silicato fibroso) = crisotila – crocidolita – amosita – antofilita •! Metais : cromo – níquel – arsênio – berílio – cádmio – cobre – chumbo •! Radiação ionizante : uranio – Nagasaki e Hiroshima (CA de pequena célula) •! Alimentos : diminuição da vitamina A – gordura – colesterol – café ! Gabriella Lutti 26! Historia Clinica •! Sintomas sistêmicos o! A própria neoplasia causa uma inflamação no sistema corporal o! Sintomas como : astenia, perda de peso, febre, anorexia, perda de apetite, fraqueza, mal estar •! Sintomas respiratórios o! Normalmente se desenvolvem mais tardiamente o! Aparecimento ou mudança do caráter da tosse o! Aparecimento ou piora do grau de dispneia o! Escarro hemático o! Hemoptise o! Pneumonia de repetição no mesmo local !! Acima de três vezes por ano : repetição !! Quando localizada em locais diferentes se pensa em problemas imunológicos !! Quando encontradas no mesmo local, pensamos em corpos estranhos em crianças e em adultos em neoplasia de pulmão (devido ao muco ali encontrado) •! Sintomas por invasão de estruturas contíguas o! Este órgão afetado pode gerar sintomas o! Dor torácica o! Rouquidão ou disfonia o! Soluços o! Paralisia do diafragma •! Sintomas relacionados ás metástases o! Metástase : sitio não contíguo, em uma região que não a primaria. Exemplo : célula cancerígena de pulmão encontrada na próstata se classifica como metástase o! 30% a 40% das neoplasias de pulmão são encontradas devido aos sintomas das metástases o! Ocorrem em um terço dos pacientes o! Cérebro, supra-renal e ossos o! Rouquidão e paralisia do diafragma o! Derrame pleural •! Sintomas relacionados á síndrome paraneoplásica o! Síndromes iniciadas devido a estímulos advindos da neoplasia o! Ocorrem em 10 a 20% dos pacientes o! Exemplo : a neoplasia pulmonar faz com que a suprarrenal produza mais corticoides do que o normal o! Caquexia e anorexia o! Manifestações musculo esqueléticas o! Síndromes hematológicas o! Secreçãoo inapropriada de hormônio diurético o! Hipercalemia o! Sindrome de Cushing o! Osteoartrite hipertrofica •! Assintomático – achado radiológico OBS : Síndrome da veia cava superior ! Gabriella Lutti 27! •! Compressão da VCS pelo próprio tumor ou linfonodos •! Edema de face, pescoço e cintura escapular •! Turgência venosa •! Os sintomas mais comuns são: sensação de aumento de volume da cabeça e dispnéia •! Os principais sinais clínicos incluem dilatação de veias do pesco- ço, circulação colateral na parede torácica anterior, edema facial e, em extremidades superiores Tumor de Pancoast •! Com a invasão de uma ou mais das seguintes estruturas : o! Corpo vertebral ou canal espinal o! Plexo braquial (C8ou acima) •! A síndrome de Pancoast, nos casos de tumor do sulco superior, caracterizada por dor, síndrome de Horner, destruição óssea, a atrofia de músculos da mão. O sulco superior é um sulco criado pela passagem da artéria subclávia até a pleura dos ápices dos lobos superiores. Síndrome de Tobias-Claude Bernard-Horner •! Comprometimento do nervo simpático o! Ptose – queda da pálpebra o! Anisocoria (miose) – diferença entre o tamanho da pupila de um olho para o outro o! Enoftalmia – deslocamento do globo ocular para dentro de sua órbita o! Anidrose – ausência de suor na parte da hemi-face afetada Exame Físico •! Importante para o diagnostico, avaliar a extensão da lesão, determinar a sequencia de investigação e tratamento •! Tumor inoperável o! Paralisia de corda vocal o! Gânglio supraclavicular ou escalenico – nódulo de Virchow o! Derrame pleural o! Paralisia diafragmática Especial •! Estridor : obstrução da traqueia ou brônquios principais em nival de carina •! Sibilos localizados : obstrução dos brônquios mais distais •! Atelectasia : obstrução central Exames Complementares •! Raio-x torácico o! Ainda é a “chave” para detecção de câncer de pulmão. Tem alta sensibilidade para tumores periféricos, baixo custo e risco insignificante. Deve ser pedido sempre nas posições póstero-anterior e perfil. o! As imagens radiológicas são variáveis, e carcinoma de pulmão deve ser considerado como diagnóstico diferencial para qualquer nódulo ! Gabriella Lutti 28! pulmonar não calcificado, em especial, em homens fumantes, lembrando que a presença de cálcio na lesão não é sinônimo de benignidade o! •! Tomografia é um complemento, especifica para diagnosticar neoplasia de pulmão o! Permite avaliação de invasão da pleura o! Método não invasivo para avaliar mediastino o! Não diferencia entre linfonodo benigno e maligno e não diagnostica micrometástases o! Existe correlação entre o tamanho do linfonodo e a presença de malignidade (maior ou igual a 10mm no seu menor eixo) o! Para detecção de doença linfonodal : !! Sensibilidade : 79% !! Especificidade : 86 % o! Valor preditivo negativo : 90% •! Ressonância Magnética o! No momento atual, este exame acrescenta muito pouco à tomografia computadorizada de tórax, e é um equipamento caros o! A principal vantagem é distinguir estruturas vasculares de estruturas sólidas OBS : Calcificação excêntrica sugere malignidade Calcificação arredondadas e com bordas lisas sugerem benignidade BSP sólido – bordas espiculadas – sem calcificação – sugere malignidade •! Opacidade o! Esférica o! Bem circunscrita o! Com tamanho menor que 30mm o! Circunda completamente por pulmão aerado •! Não associado o! Atelectasia, alargamento hilar ou derrame pleural Opacidade de vidro fosco é bem característico de neoplasia de pulmão Nódulos com vascularização em volta são considerados nódulos quentes significa malignidade Nódulos sem vascularização em volta são considerados frios significa benignidade •! PET scan o! Método não invasivo o! Informação funcional o! Baseado na atividade biológica das células neoplásicas o! Captam a glicose injetada, devido a seu alto metabolismo •! Broncoscopia o! Conseguem lavar a lesão e aspiram o liquido, ao centrifugar veem as células neoplásicas o! Quando as lesões são maiores se consegue biopsiar o! É a técnica definitiva para o diagnóstico, pois permite a visualização da lesão, quer seja em traquéia, quer em brônquios, como também colher material em forma de lavado broncoalveolar, escovado brônquico e biópsias brônquicas e transbrônquicas •! Punção guiada por tomografia ! Gabriella Lutti 29! o! Quando as lesões estão bem marginalizadas Estadiamento •! Ver a extensão da doença no paciente •! Serve para realização de estudos científicos mundiais, para comparar doenças enfrentadas em varias partes do mundo •! Carcinoma de não pequenas celulas o! Avaliar grau de extensão da neoplasia. TNM. Tamanho de tumor, acometimento de linfonodo e presença de metástase. o! T: tamanho do tumor – T0 (sem) a T4 (tumor de qualquer tamanho quando acomete órgão primário). o! N: acometimento de linfonodo – N0 (sem) a N3 (linfonodos contralaterais). o! M: presença de metástase – M0 (sem) a M1 (com). •! Carcinoma de pulmão de pequenas células o! O sistema TNM não é aplicado rotineiramente neste grupo. Carcinoma de pulmão de pequenas células são classificados pelo sistema o! Doença localizada: quando o tumor é confinado a o! um hemitórax e os linfonodos comprometidos são os mediastinais, supraclaviculares o! Doença extensa: doença avançada localmente e à distância, incluindo envolvimento de pericárdio e parênquima bilateral •! Performance status: depende do estado do paciente, não vale a pena tratar nem operar, pois não vai morrer da neoplasia de pulmão e, talvez, gere mais riscos. •! Acima de 20 anos / maço, acima de 40 anos de idade, fazer TC anual para estadiamento. Cuidar para os altos níveis de radiação não gerarem câncer. •! Doença evitável, principalmente evitando o fumo. Classificação Histológica •! Carcionoma espinocelular (CPCNP) – carcinoma pulmonar de não pequenas celulas •! Adenocarciona (CPCNP) – costuma ser mais periférico o! Carcionoma de células grandes (CPCNP) •! Carcinoma de células pequenas (CPCP) – possui o pior prognostico devido a sua grande invasão o! Tumores centrais o! Metástases hematogenicas Prognóstico •! A proporção dos pacientes que morrem da doença (taxa de mortalidade) é maior que 90% ! Gabriella Lutti 30! o! Quase nunca cirúrgico, quase sempre maligno, com metástase. Abordagem de tratamento diferente. Tumores centrais, prognostico ruim. Tratamento •! Depende do tipo histológico: CPCNP X CPCP •! Estadiamento “TNM” •! “Performance status” •! Estágios I , II e IIIA: são operáveis •! Modalidade potencialmente curativa •! No diagnóstico apenas 15 a 45% •! Estágio IV: inoperável •! Ressecção cirúrgica é de eleição •! Lobectomia ou Pneumonectomia •! Quimioterapia •! Radioterapia ! Gabriella Lutti 31! Tromboembolismo Pulmonar •! Transporte de coágulos sanguíneos (trombos) desenvolvidos em algum local da circulação venosa sistêmica, com posterior impactação dentro de um ou mais ramos da artéria pulmonar Incidência •! Mais ou menos 500 mil pessoas EUA – 40% morrem por ano •! 30% morrem na primeira hora não diagnosticado •! 1 a cada 10 TVPA (trombose venosa profunda) desenvolvem TEP Estados Pró-Trombóticos •! Contribui para o risco de trombose venosa Epidemiologia e Fisiopatologia •! Hipercoagulabilidade – Formação de trombos em MIMII, MMSS, pelve – Embolia para as artérias pulmonares – obstrução arterial pulmonar + liberação de agentes vasoativos pelas plaquetas – aumento da resistência vascular pulmonar – aumento do espaço morto e redistribuição do fluxo sanguíneo – hiperventilação •! Bronco constrição reflexa – aumento da resistência V.A e edema pulmonar – diminuindo a complacência o! Diminuição da produção dos surfactantes o! Encontro de atelectasias •! Quando trombos venosos se desalojam de seus locais de formação eles embolizam para a circulação arterial pulmonar •! As anormalidades mais comuns da troca gasosa são hipoxemia e aumento do gradiente de tensão alveolar-arterial da O2 que representa a ineficiência da transferência de O2 através dos pulmões •! O espaço morto aumenta, visto que a ventilação para as unidades de troca gasosa excede o fluxo sanguíneo venoso através dos capilares pulmonares o! Aumento da resistência vascular pulmonar o! Comprometimento da troca gasosa o! Hiperventilação alveolar o! Aumento da resistência das vias respiratórias o! Diminuição da complacência pulmonar •! Aumento da pós carga no V.D – disfunção ou isquemia (através da obstrução das coronárias) VD (hipocinesia mal prognostico)o! Demonstra a gravidade do tromboempolismo o! A medida que a resistência vascular pulmonar aumenta, a tensão da parede do VD aumenta e provoca dilatação adicional e disfunção do VD o! A contração do VD continua, mesmo apos o inicio do relaxamento do ventrículo esquerdo o! Em consequência, o septo intreventricular projeta-se para dentro e comprime o ventrículo esquerdo, ocorrendo comprometimento diastólico e diminuição da distensibilidade do VE o! O enchimento incompleto do VE pode levar a uma queda do debito cardiaco o! Pode gerar uma parada cardiorrespiratória ! Gabriella Lutti 32! o! Aumento da pressão intrapulmonar levando a maior quantidade de sangue para o coração direito o! O eletrocardiograma mais serve para retirar outras hipóteses, sendo que normalmente não consegue se ver nada no eletro o! Quando ocorre isquemia, através do eletro já conseguimos ver Fatores de Risco •! Predisposição genética – em um quinto dos casos •! Virchow – trauma do endotélio + hipercoagulabilidade + estase •! Obesidade (alto IMC) - tabagismo pesado, HAS •! Gestação – primeira causa na puérpera •! ACO – risco aumentado de 3x •! Reposição hormonal – aumento de 2x nos riscos (anticoncepcional) •! Neoplasias •! Pós-operatório – 25% entre 15 e 30 dias e 15% apos 30 dia de pós-operatório •! Trauma, cirurgia, imobilização Trombofilia (tendência TE venoso recorrente) •! Pesquisar : anti trombina III; proteína C e proteína S •! Habitualmente : mutação do fator V. Leiden (mais comum, quem tem esse fator possui resistência a proteína - tem hipercoagulação), hiperhomocisteinemia (tratamento com vitamina B – homocicteína elevada leva a hipercoagulação, por dificiencia de vitamina B), anticoagulante lúpico (doença autoimune, genética, que leva a uma hipercoagulação) •! Investigar : o! TEP sem causa aparente o! Viagens recentes (estase) o! Historia familiar de TEP o! TEP maior que 50 anos o! Trombose em sítios não comum o! Trombose venosa maciça o! Episódios recorrentes Diagnostico •! Historia o! Dispnéia – sintoma mais frequente o! Taquipnéia é sinal mais frequente o! Dispneia + síncope + cianose – TEP maciço (as vezes, tem morte súbita – aumento de pós carga do VD leva a uma diminuição de pré carga de VE, diminuindo a sua pos carga, levando a pouca oxigenação, levando a sincope) o! Possui dor torácia ventilatório dependente, dispneia e hemoptise – devido a infartopulmonar (alta probabilidade de TEP) •! Exame Físico o! Disfunção de VD – P2 (bulha da válvula pulmonar) o! Turgência da jugular devido a alta pos carga o! Sopro sistólico na borda cardíaca direita que aumenta durante a inspiração, devido ao aumento do sangue no coração direito o! Pode ser um exame completamente normal ! Gabriella Lutti 33! o! Muitas vezes ocorre diagnostico no consultório, e cabe ao médico direcionar sua suspeita e manter o paciente vivo •! Classificar o paciente em pequena, media e grande possibilidade de TEP •! ECG o! Inversão da onda T – em parede anterior o! Presença de S em D1, Q em D3 e T em D3 – característico de insuficiência ou falência do VD o! Em casos mais grave podemos encontra BRD (bloqueio de ramo direito) ou FA (fibrilação atrial) •! Raio-X de tórax o! 30 a 80% são normais o! Oligoemia – sinal de Westermark (no local da TEP, vai ter uma aérea com circulação dificultada, gerando uma área mais radiotransparente, sem sangue) o! Sinal de Hampton (triangulo de Hampton, consolidação radiopaca, devido a um infarto da área pulmonar, devido a diminuição de fluxo sanguíneo) o! Atelectasias laminares (atelectasias em faixas) ou derrame pleural o! Aumento da artéria pulmonar direita o! Elevação da cúpula frênica no mesmo lado da tromboembolia É importante entender que, devido as múltiplas circulações que o pulmão possui é mais raro o infarto pulmonar. Mas pode ocorrer Exames •! Doppler de membros inferiores – USG venosa •! Gasometria de pulso : hipoxeia ou hipocapnia (devido a hiperventilação) •! Angiotomografia de tórax – TC helicoidal (é o exame ouro, usado com contraste) •! Cintolografia perfusional do pulmão (caiu em desuso, devido a risco de falsos negativos ou positivos dependendo da anatomia já presente no pulmão) •! Ecocardiograma – percebesse 40% das alterações de VD •! Angiografia pulmonar contrastada – Gold Standard (melhor exame, mais invasivo e requer grande habilidade) Tratamento Heparina •! Acelera ação da anti-trombina III (anticoagulante) •! Heparina de baixo peso molecular – novas heparinas •! Retirar a heparina a partir do momento que o anticoagulante oral está funcionando Anticoagulante Oral ! Gabriella Lutti 34! •! Varfarinas •! Grande controle de RNI •! Duração de 3 a 6 meses de uso – depende da causa do TEP para definir o tempo de uso de anticoagulante •! Através de exames sanguíneos consigo ver quando esta funcionando para poder retirar a heparina Trombólise •! Utilizar quando o paciente está : o! Em TEP maciço o! Sincope o! Choque cardiogênico gerando instabilidade cardiodinâmica o! Disfunção do VD •! Quando a PA estiver normal seu uso pode ser questionável Embolectomia por Catéter ou a Céu aberto •! Formação de fibrose ao redor do coágulo exigindo a retirada desse embolo •! Forma fibrina dentro dos vasos, podendo gerar fibrose •! É um procedimento cirúrgico •! Quando se tira, fica como um dedo de luva no vaso •! Usado em casos de TEP crônico Prevenção •! Mecânica – meias elásticas; filtros; compressão pneumática intermitente (durante grandes cirurgias, ocorre a compressão dos membros inferiores de tempo em tempo), deambulação precoce •! Medicamentos – que evitam a formação de trombo funcionando como profilaxia durante viagens e atividades de risco Tuberculose •! É uma doença infecciosa •! Em 85% das vezes se dá no pulmão, mas pode ser encontrada em outros órgãos do corpo •! O bacilo da tuberculose gosta de ar, por isso normalmente os nódulos são encontrados no lóbulo superior do pulmão •! Quando o nódulo está calcificado não transmite mais a doença, nem para o paciente e nem para outras pessoas •! O agente mais comum da doença humana é o M.tuberculosis •! São classificados como bacilos alcool-ácido resistentes (BAAR) Transmissão •! Contagio dá-se através de uma pessoa doente, não tratada, que elimina o bacilo para o meio exterior, contagiando pessoas susceptíveis •! A transmissão da tuberculose dá-se pela inalação do bacilo, eliminado em gotículas respiratórias (gotículas de Flügge). •! As partículas maiores depositam-se no chão, enquanto as menores sofrem uma rápida evaporação, dando origem a um núcleo seco, núcleo de Wells, que contém de um a três bacilos, que após inalados poderão chegar até os alvéolos. ! Gabriella Lutti 35! •! Após a transmissão do BK pela via inalatória, quatro situações podem ocorrer: a eliminação do BK pelas defesas do hospedeiro, o desenvolvimento de uma infecção latente (primo-infecção ou infecção tuberculosa), o desenvolvimento progressivo da tuberculose (tuberculose primária), a ativação da doença vários anos depois (reativação endógena ou tuberculose pós-primária). 1.! Eliminação do bacilo a.! Em algumas circunstâncias, o bacilo inalado pode ser fagocitado e destruído por macrófagos alveolares, antes de se multiplicar e causar qualquer inflamação ou mesmo resposta imunológica do hospedeiro. Essa eliminação do BK depende de sua virulência e de sua viabilidade ao chegar ao alvéolo, da capacidade dos macrófagos, a qual é determinada por fatores genéticos e estímulos inespecíficos que chegaram ao alvéolo em condições prévias 2.! Contaminação – Infecção Latente a.! Quando os bacilos não são eliminados, eles se proliferam no interior dos macrófagos, os quais liberam citocinas e atraem outras células inflamatórias (macrófagos, monócitos e neutrófilos). Essa reação inflamatória local forma o granuloma e coincidecom o surgimento da imunidade celular, caracterizada pela positividade ao teste tuberculínico (PPD). Esse granuloma no pulmão é chamado de foco de Ghon. b.! Persistindo a replicação dos bacilos, eles podem alcançar a drenagem linfática e o gânglio satélite. O conjunto formado pelo foco de Ghon, a linfangite e a adenopatia satélite é chamado de complexo de Ranke.� c.! Nessa situação ocorreu uma disseminação hematogênica ou bacilemia assintomática.� d.! Em função da imunidade celular adquirida, esses bacilos têm sua proliferação controlada, impedindo a progressão para a tuberculose doença em 95% dos pacientes. 3.! Tuberculose Primária a.! Em 5% dos pacientes, a resposta imunológica não é suficiente para impedir a proliferação do BK e a tuberculose primária, também conhecida como da criança, pode se desenvolver. b.! Conceitualmente, considera-se tuberculose primária aquela que se desenvolve nos primeiros cinco anos após a primo-infecção ou infecção tuberculosa. c.! Na maioria do casos, a lesão cicatriza espontaneamente e torna-se evidente apenas na forma de pequeno nódulo calcificado d.! Se distribui na regiões medias e inferior dos pulmões e.! Se encontram consolidações 4.! Reinfecção Endógena a.! Resulta da reativação lenta e progressiva de bacilos que se encontravam quiescentes. Condições de imunossupressão do hospedeiro podem determinar essa reativação endógena, como a infecção pelo HIV, insuficiência renal ou hepática, diabetes, linfoma, corticoterapia, idade avançada etc. b.! Localizasse nos segmentos apicais e posteriores dos lobos superiores c.! Se encontram formas cavitarias ! Gabriella Lutti 36! Infecções Mais Comuns 1.! Pulmonar 2.! Pleura 3.! Mediastino Fatores de Risco •! Fatores endógenos o! Negros o! Altos e magros o! Idade – no final da adolescência e no inicio da idade adulta, e em idosos o! Doenças como AIDS, diabetes, insuficiência renal crônica, desnutrição •! Fatores exógenos o! Residência em áreas de risco o! Residência em locais com grande concentração de pessoas L = numero de bacilos + virulência + hipersensibilidade Imunidade individual + imunidade adquirida Apresentação Clínica •! Emagrecimento •! Sudorese noturna •! Febre vespertina •! Tosse seca inicialmente, mas tende-se a tornar produtiva, com evolução da doença, expectoração purulenta, acompanhada ou não de hemoptoicos •! Em tuberculose pleural a tosse não é produtiva e ocorre dor em relação ao decúbito Alterações Radiográficas •! Filtrado precoce evoluindo para cavitações - o conteúdo necrótico é liberado nas vias aéreas deixando a cavitação •! Consolidações •! Normalmente apical •! Tende a ser unilateral, mas com a progressão da doença o pulmão contra-lateral pode ser envolvido •! A tuberculose miliar é caracterizada por opacidades retículo- micronodulares difusas (Figura 3) decorrentes da disseminação hematogênica •! Tuberculose ganglionar – é encontrado pequenos nódulos satélites ou gânglios mediastinais calcificados Diagnostico •! Analise de escarro ! Gabriella Lutti 37! ο! Tentativa do diagnóstico microbiológico inicia-se com a pesquisa de BAAR (bacilos álcool-ácido resistentes) no escarro ο! Escarro pulmonar ο! Matutino •! PPD o! O PPD é um teste cutâneo realizado com a injeção da tuberculina, extraída de culturas do bacilo da tuberculose, o! A leitura do teste é realizada após 72 a 96 horas da aplicação, medindo- se o maior diâmetro do endurado, formado pela reação de hipersensibilidade celular retardada. o! A classificação da resposta ao PPD é a seguinte: !! Não reator (0 – 4 mm): indivíduo não infectado pelo BK ou outra micobactéria semelhante, não vacinado com BCG, ou em fase de viragem tuberculínica, ou com condição clínica imunossupressora que impede a resposta celular. � !! Reator fraco (5 – 9 mm): indivíduo vacinado com BCG ou infectado pelo BK ou outras bactérias, principalmente se a infecção não for recente. � !! Reator forte (> 10mm): indivíduo vacinado recentemente com o BCG, indivíduo infectado pelo BK (sobretudo se recentemente), doente ou não. � o! Quando a mãe é PPD positiva e dá a luz a um bebe, ate os três meses trata com Hidrazida + Isoniazida, realizar PPD, quando negativo se aplica a vacina se der positivo se trata ate os seis meses o! Quando o bebe é saudável se dá normalmente a vacina na maternidade Vacinação •! Chamada de BBD •! Quando a criança mora com um bacilífero e não possui sintomas a investigação se dá através do PPD o! Ate doís anos apos a vacinação se aceita PPD até 10mm – devido ainda a alta carga viral da vacina o! Depois anos apos a aplicação se aceita até 4mm o! Apos ester números se trata com Hidrazida + Isoniazida por 6 meses (quimioprofilaxia) HIV •! Os casos abaixo são quando não se apresentam sintomas •! Primeiramente não reativo e logo apos reativo até 5mm, se realizada quimioprofilaxia por seis meses •! Primeiramente fortemente reativ e apos negativado (queda da imunidade celular), se realiza a quimioprofilaxia por seis meses •! Primeiramente raio x com lesão cicatricial, mas nega doença prévia pulmonar, então deve receber quimioprofilaxia por seis para não reincidir a doença Tratamento •! Dose fixa combinada o! Rifampicina (6 meses) o! Isoniazida⁄Hidrazida (6 meses) ! Gabriella Lutti 38! o! Etambutol (2 meses) o! Pirazinamida (2 meses) •! Na meningite tuberculosa se usa a Rifampicina e a Isoniazida por 6 meses •! Para tuberculose multi-resistente – normalmente em pacientes que ja realizaram tratamento ou que desistiram do mesmo o! (Tb MR) – é resistente a Hidrazida + Rifampicina o! (Tb XMR) – é resistente a Hidrazida + Rifampicina + Fluor quinolona (amicacina ou gentamicina) A droga mais importante é a Rifampicina e depois a Isomiazida Insuficiência Respiratória Definição •! Incapacidade do sistema respiratório em manter a ventilação e/ou a oxigenação do paciente, que se instala rapidamente. •! O sistema respiratório deve tirar CO2 do corpo e colocar O2. A insuficiência respiratória é o desequilíbrio desse sistema, de maneira aguda. Tradução Gasométrica •! Pa O2 < 60 mmHg e/ou Pa CO2> 50mmHg. Além de afirmar que há ou não insuficiência, pode afirmar a etiologia. Em primeiro momento a Pa de O2 estara baixa devido a pouca capacidade de inspiração, já em segundo momento a pressão de CO2 aumenta devido ao pouco O2 entrando no corpo •! PaO2 < 60 = saturação de 90% da hemoglobina. Abaixo de 90%, cai rapidamente. Observações •! Grande variedades de doenças •! Pa O2 < 60mmHg - diminuição importante Sat O2. •! Doença pulmonar crônica Pa O2 < 60 e Pa CO2 > 50 não significa obrigatoriamente insuficiência respiratória. Diagnostico •! Clínico o! Dispneia e cianose - principais o! Confusão, sonolência ou agitação de início recente •! Gasometria arterial o! Não só é essencial, como também define o seu grau, auxiliando no esclarecimento da sua causa •! Medidas adicionais o! RX de tórax IMPORTANTE •! Se não conseguir diagnosticar a causa, é importante manter esse paciente vivo, para realizar o diagnóstico, depois. Ver se tem que repor sangue (choque), ver se vias aéreas estão livres, ver saturação de O2 (repor, se preciso, IV ou com máscara - melhor), colocar oxímetro de pulso, ver PA, ver se teve algum trauma prévio. ! Gabriella Lutti 39! •! Se necessário, entubar paciente. Classificação Tipo I •! Geralmente por lesão NA TROCA PULMONAR, a nível pulmonar. •! Shunt é um exemplo (oxigênio não chega nos alvéolos, mas sangue passa da direita para a esquerda, normal). •! Difusão é outro exemplo. •! A frequência respiratória funciona bem, então a PaCO2 está normal ou até diminuída •! Causas : o! SHUNT !! Passagem direita/esquerda sem ser ventilado (causado por SARA – um politraumatizado pode evoluir para SARA –resposta inflamatória do pulmão – a insuf. só melhora com o tratamento da causa base ) !! Unidades colapsadas (atelectasias) ou preenchidas por fluidos (como na pneumonia, SARA, hemorragia alveolar) !! Se aumentar oferta de O2 não melhora PO2 !! Gradiente alvéolo/arterial aumentado !! BAIXO V/Q: a ventilação não ocorre (oxigênio não chega nos pulmões) mas o sangue perfunde (passa da direita para a esquerda) !! Mesmo que melhore a ventilação, não melhora a oxigenação. o! Distúrbio V⁄Q !! Alto V/Q: ventila, mas não perfunde. O oxigênio chega, mas há obstrução de vaso. !! Com o tempo, a situação se agrava e a ventilação também diminui (vasoconstrição, vasoespasmos. o! Difusão !! Hipoxemia durante exercício físico, pois aumenta velocidade de fluxo sanguíneo ao redor do alvéolo. !! Pode ocorrer em qualquer doença que altere o endotélio vascular da troca gasosa ! Gabriella Lutti 40! !! PCO2 N por ter maior capacidade de difusão. !! Há aumento do gradiente A/a O2 que melhora com oferta O2. Tipo II •! Pode ser medicamentoso: toma muito benzodiazepínico e, dessa maneira, o centro respiratório do bulbo fica deprimido e não respira. •! Traumas raquimedulares, problemas neuromusculares, síndrome de Guillain- Barré (ascendente, começa em membros inferiores). •! Oxigênio chega bem nos pulmões, mas ele não tem informação para respirar. •! Problemas centrais que não permitem a transmissão da vontade de respirar •! Devido ao problema na ventilação, não ocorre a compensação através da frequência respiratória para diminuir o PaCO2, então a mesma esta aumentada •! Causas: Disfunção do SNC (TCE, intoxicação exógena por barbitúricos, AVC) o! Disfunção do sistema neuromuscular (trauma cervical, poliomielite, miastenia gravis) o! Disfunção da caixa torácica (escoliose, trauma) o! Disfunções das vias aéreas intra e extra torácica (aspiração de corpo estranho, compressão por tumores) o! Problemas pleurais incluindo hidropneumotórax e fibrose Desequilíbrio ventilação⁄perfusão (V⁄Q) •! Desequilíbrio da homeostase do pulmão - normalmente privilegia a perfusão capilar de áreas que estão sendo ventiladas. •! Se ventilação é normal - PaO2 dim. – Sat O2 dim. - PCO2 aum. o! Aumentando a ventilação - PaO2 n. - Sat.O2 n •! Situação grave: PaO2 dim. - Sat.O2 dim. - PCO2 dim. •! Se aumentar oferta O2 - aum. PO2 - aum.Sat.O2 - dim. PCO2 Tratamento •! Medidas em comum o! A - Abordagem inicial ! Gabriella Lutti 41! !! Gasometria arterial !! Cateter O2 - FiO2: 30-35 !! Máscara - FiO2 até 60% o! B - Intubação Oro-traqueal o! C - Tratamento causa básica Distúrbios Respiratórios Relacionados ao Sono •! Objetivos: classificação dos distúrbios do sono Classificação internacional dos distúrbios do sono de 2006 •! Insônia •! Desordens respiratórias relacionadas ao sono •! Hipersonia de origem central •! Desordens do ritmo circadiano •! Parassonias •! Desordens de movimento relacionadas ao sono •! Sintomas isolados – variações da normalidade •! Outras desordens - Seção de pediatria Desordens relacionadas ao sono •! Apnéia central primária •! Padrão respiratório Cheyne-Stokes •! Respiração periódica de alta altitude •! Apneia central – outra condição médica •! Apneia central – droga/substância •! Apneia obstrutiva do adulto •! Hipoventilação alveolar não relacionada a obstrução (idiopática) •! Doença obstrutiva do sono •! Obstrução da via aérea superior durante o sono: spectrum da doença. •! Menos grave: paciente só ronca •! Mais grave: paciente com apneia. •! SAOS: síndrome da apneia obstrutiva do sono. •! Se algum local da via aérea superior for um pouco mais estreita que o normal •! A hipofarínge é o local mais comum de sofrer um estreitamento, a parte posterior da língua até chegar na laringe (cordas vocais). DRS : Ronco •! Obstrução mínima da VAS o! Som vibração das estruturas durante o fluxo •! Ronco primário o! Fragmentação⁄superficialização do sono, ausência de apneia e de dessaturação o! Resistência aumentada da via aérea •! Ronco habitual o! Mais de 4 noites por semana •! Prevalência ! Gabriella Lutti 42! o! 50% dos homens o! 25% das mulheres o! Aumentando com a idades •! Exames o! Polissonografia – exame que monitora o sono durante uma noite •! Associado a : o! HAS o! Doença cardiovascular o! Doença hipertensiva da gravidez o! Disfunção cognitiva⁄acidentes o! Dificuldade de controle do DM •! Gera um sono fragmentado e superficial •! Tratamento o! Controle peso corporal – obesidade central (abdômen e região cervical) o peso devido a gordura ajuda a colabar o! Posição de dormir (decúbito lateral) – dormir com dois travesseiros, evitar comer muito, evitar bebidas alcoólicas a noite o! Desobstrução nasal – o uso de benzodiazepínicos (relaxadores musculare o! Cirurgia VAS o! Aparelho intra-oral DRS : Síndrome da Apneia Obstrututiva do Sono (SAOS) •! Exame padrão o! Polissonografia de noite inteira o! Consegue graduar a doença •! Apnéia o! Cessação completa do fluxo aéreo (obstrutiva, central ou mista) •! Hipopnéia o! Redução do fluxo aéreo seguida de microdespertar ou queda da SpO2 (redução de 25-50% do fluxo) •! Considerado doença a partir de 5 apneia por hora, já que a mesma é comum em sono sadios •! Índice de apneia por hora (IAH⁄h) : o! Menor que 5 vezes por hora = normal o! Entre 5 a 15 por hora = moderada o! Entre 15 a 30 por hora = grave o! Mais que 30 por hora = muito grave •! Prevalência o! Maioria não esta diagnosticada o! SAOS com sonolência diurna excessiva : !! Homens adulto : 9% !! Mulheres adultas : 4% o! Aumenta com a idade e peso corporal •! Fatores de risco o! Excesso de peso corporal – !! 60% dos encaminhados ao laboratório !! Fator de risco mais importante (4x) !! Obesidade central •! Aumento da deposição da gordura para-faringea ! Gabriella Lutti 43! •! Alterações dos mecanismos neurológicos •! Instabilidade do comando ventilarório o! Idade !! %0% dos aultos com mais de 65 anos tem queixas relacionadas ao sono o! Gênero o! Etnia o! Anatomia crânio-facial !! Relação partes moles⁄ósseas na orofaringe !! Retrognata⁄prognata !! Hipertrofia das tonsilas !! Aumento do palato mole !! Macroglossia (aumento da língua) o! Outros !! Consumo de álcool e tabaco !! Diabetes mellitus !! Hipotireodismo !! Gravidez !! Síndrome do ovário policístico •! Sintomas noturnos : o! Ronco o! Apneia observada o! Engasgo o! Insônia o! Despertares frequentes o! Frequência miccional •! Sintomas diurnos : o! Fadiga o! Alterações do humor o! Cefaleia matutina o! Impotência sexual o! Diminuição da atenção, concentração e memoria •! Consequências noturnas o! Sono superficial e fragmentado o! Hipoxemia intermitente o! Aumento da pressão intra-torácica •! Complicações o! HAS o! Arritmia cardíaca o! Mortalidade cardiovascular o! AVC o! Síndrome metabólica : obesidade, inflamação sistêmica, resistência a insulina, dislipidemia e esteatose hepática •! Tratamento o! Corrigir o excesso de peso o! Corrigir variantes anatômicas possíveis o! Posição de dormir o! Pressão positiva na VA – através de um aparelho (PAPs) o! Cirúrgico !! Reconstrução de problemas anatômicos
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