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UNIGRAN – Centro Universitário da Grande Dourados Curso de Pedagogia a Distância Disciplina de Abordagem Didática em Educação de Jovens e Adultos - EJA Aluno(a): |Andressa Guimarães Rodrigues Medeiros RGM: 053.17709 Polo: Santo Antônio da Patrulha Professora: Elizabete Velter Borges Na aula 01, estudamos sobre o conceito histórico de educação: suas origens e reflexões; bem como, o Manifesto dos Pioneiros relacionados a Educação Nova ocorrido em 1932, como forma de reivindicar novas propostas para a educação, visando um sistema de ensino gratuito e laico para todas as pessoas; e, na última seção, a Educação de Jovens e Adultos na perspectiva de Paulo Freire. 1. Sendo assim, descreva abaixo em um texto argumentativo de no máximo 1(uma lauda) sua compreensão do que vem a ser EJA – Educação de Jovens e Adultos, enquanto modalidade de ensino pertencente a Educação Básica. (Valor 1,0) Durante muitos anos, a modalidade EJA não era bem estabelecida e muito menos assegurada como direito dos jovens e adultos. Isso porque, é muito recente a legislação que garante esse direito. A EJA obteve muitos avanços ao longo de sua história, desde 1947. O direito à Educação Básica está totalmente envolvido com aspectos econômicos, culturais, políticos e sociais. A EJA é uma oportunidade de conquista muito grande para aqueles que não tiveram oportunidade de estudar dentro da faixa etária indicada, mas que podem sair do analfabetismo. A mesma foi pensada justamente para combater o analfabetismo no Brasil, pois o analfabeto era considerado um ser incapaz e marginal. Foi necessária toda uma caminhada para a criação de políticas que dessem a importância devida e adequada à EJA. Foram muitos movimentos e manifestos até que a EJA se estabelecesse. Ter a EJA como modalidade de ensino da Educação Básica é mais do que uma conquista, é uma oportunidade de oferecer transformação social e igualdade. Por isso mesmo é que mais ainda na EJA os conhecimentos de vivência dos alunos devem ser respeitadose levados em conta. O aluno que ingressa na EJA já tem suas experiências bem consolidadas, já vive uma vida autônoma, independente e percebe-se uma necessidade de educação básica para ter efetividade, seja no mercado de trabalho ou na vida em sociedade. Nesse sentido, mostra-se a importância de Paulo Freire, que baseou seu método na realidade dos jovens e adultos que estavam dentro de sala. Sua metodologia sugere discutir as vivências conhecidas de seu meio, contextualizando o aprendizado à realidade dos alunos, facilitando assim o processo e envolvendo esses alunos de forma ativa e significativa. A EJA deve ser também respeitosa, não levando em conta raça, distinção social, pois ela promove a inclusão, e todos devem ser valorizados da mesma forma. Referências: BORGES, Elizabete Velter; LIMA, Terezinha Bazé de. Guia de estudos: Abordagem Didática em Educação de Jovens e Adultos. Dourados: UNIGRAN, 2020. Na aula 02, estudamos as legislações educacionais que amparam a Educação de Jovens e Adultos – EJA, conforme prescrito na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN - nº. 9394 de 1996, bem como na Resolução CNE/CEB nº. 1, de 5 de julho de 2000, que estabelece as Diretrizes para a Educação de Jovens e Adultos. 2. Nesse sentido, descreva as três legislações estudadas nesta aula e cite os Artigos e/ou Incisos/Parágrafos que comprovam esta garantia da EJA enquanto modalidade de ensino pertencente a Educação Básica. (Valor 1,0) Atualmente, a Educação de Jovens e Adultos está amparada por três legislações, essas asseguram seu devido funcionamento. São elas: (1) a Constituição Federal de 1988 que diz que a educação é um direito de todos, independente da idade, e a mesma é um dever do Estado, e deve ser oferecida gratuitamente; (2) a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB nº 9394/96, que assegura a EJA como garantia da Educação Básica e como modalidade de ensino e não um projeto isolado; e (3) a Resolução CNE/CEB nº1, de 5 de julho de 2000, que descreve as especificidades que são próprias desta modalidade de ensino, proporcionando acessibilidade e qualidade. Nessas legislações há Artigos, Incisos e Parágrafos que falam especificamente sobre a Educação de Jovens e Adultos, são eles: Constituição Federal de 1988: No Capítulo III Da educação, da cultura e do desporto na Seção I, Da educação, em seu Art. 205: A Educação, direito de todos e dever do Estado e da Família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (Educação como direito de todos, inclusive jovens e adultos) Art. 208: O dever do Estado com a educação será efetivado mediante garantia de: ensino fundamental obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria; Art. 214: A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração plurianual, visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações do poder público que conduzem à: I erradicação do analfabetismo; [...] Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB nº 9394/96: Título V, Capítulo II, seção V Da Educação de Jovens e Adultos Art. 37: A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria. § 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. § 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si. · Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular. § 1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão: I - no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos; II - no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos. § 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames. Título III Do Direito à Educação e do Dever de Educar: Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de: VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola; [...] § 1º Compete aos Estados e aos Municípios, em regime de colaboração, e com a assistência da União: I - recensear a população em idade escolar para o ensino fundamental, e os jovens e adultos que a ele não tiveram acesso; [...] § 3° O Distrito Federal, cada Estado e Município, e, supletivamente, a União, devem: II - prover cursos presenciais ou a distância aos jovens e adultos insuficientemente escolarizados; Resolução CNE/CEB nº 1, de 5 de julho de 2000: Art. 1º as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos a serem obrigatoriamente observadas na oferta e na estrutura dos componentes curriculares de ensino fundamental e médio dos cursos que se desenvolvem, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias e integrantes da organização da educação nacional nos diversos sistemas de ensino, à luz do caráter próprio desta modalidade de educação. Art. 2º, os processos formativos da Educação de Jovens e Adultos como modalidade da Educação Básica nas etapas dos ensinos fundamental e médio, nos termos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em especial dos seus artigos 4º, 5º, 37, 38, e 87 e, no que couber da Educação Profissional. Art. 5º, apresenta os componentescurriculares próprios ao modelo pedagógico da educação de jovens e adultos e expressos nas Propostas Pedagógicas das unidades educacionais que por sua vez, deverão obedecer aos princípios, objetivos e às próprias diretrizes curriculares, seguindo suas respectivas resoluções e as orientações próprias desse sistema de ensino. Parágrafo Único: Como modalidade da Educação Básica, a identidade própria da Educação de Jovens e Adultos considerará as situações, os perfis dos estudantes, as faixas etárias e se pautará pelos princípios de equidade, diferença e proporcionalidade na apropriação e contextualização das diretrizes curriculares nacionais e na proposição de um modelo pedagógico único, de modo a assegurar: I - à equidade, a distribuição específica dos componentes curriculares a fim de propiciar um patamar igualitário de formação e restabelecer a igualdade de direitos e de oportunidades face ao direito à educação; II- à diferença, a identificação e o reconhecimento da alteridade própria e inseparável dos jovens e dos adultos em seu processo formativo, da valorização do mérito de cada qual e do desenvolvimento de seus conhecimentos e valores; III - e à proporcionalidade, a disposição e alocação adequadas dos componentes curriculares face às necessidades próprias da Educação de Jovens e Adultos com espaços e tempos nos quais as práticas pedagógicas assegurem aos seus estudantes identidade formativa comum aos demais participantes da escolarização básica. O Art. 7º desta Resolução, menciona que, seguindo o disposto no Art . 4º,I e VII da LDB, a regra de prioridade para o atendimento a escolarização universal obrigatória, será considerada idade mínima para a inscrição e realização de exames supletivos de conclusão do ensino fundamental a de 15 anos completos. E semelhantemente aos cursos de Educação de Jovens e Adultos de nível médio deverão ser voltados especificamente para alunos de faixa etária superior à própria conclusão deste nível de ensino, ou seja, 17 anos completos. BORGES, Elizabete Velter; LIMA, Terezinha Bazé de; Guia de estudos: Abordagem Didática em Educação de Jovens e Adultos. Dourados: UN IGRAN, 2020.
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