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. 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CFO 
 
 
1 Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como recursos hídricos, segurança, transportes, 
política, economia, sociedade, educação, saúde, cultura, tecnologia, energia, relações internacionais, 
desenvolvimento sustentável e ecologia. .................................................................................................. 1 
 
Questões ......................................................................................................................................... 181 
 
 
 
 
Candidatos ao Concurso Público, 
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas 
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom 
desempenho na prova. 
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar 
em contato, informe: 
- Apostila (concurso e cargo); 
- Disciplina (matéria); 
- Número da página onde se encontra a dúvida; e 
- Qual a dúvida. 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O 
professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. 
Bons estudos! 
 
 
 
Apostila gerada especialmente para: Pedro Henrique Sarassua 052.577.911-61
 
. 1 
 
 
Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante 
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica 
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida 
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente 
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores @maxieduca.com.br 
 
O presente material tem por objetivo apresentar os principais fatos ocorridos e amplamente divulgados 
a partir do segundo semestre de 2016 e primeiro semestre de 2017. Tratam-se de assuntos relacionados 
as mais diversas áreas, em conformidade com o edital. É importante lembrar que alguns dos temas aqui 
abordados ocorreram em 2016, porém tiveram início muito antes disso, e podem também não ter sido 
concluídos, como é o caso da Operação Lava-Jato, que teve início no ano de 2014, continuou durante o 
ano de 2015 e alcançou o ano de 2016, e este adentrando o ano de 2017 
É importante destacar que por conta do grande volume de informações diariamente produzidas pelos 
mais diversos meios de comunicação (televisão, jornal, rádio, redes sociais), alguns temas acabam não 
sendo abordados ou são abordados de maneira superficial. Diante da grande quantidade de conteúdos e 
temas, é importante atentar e acompanhar os meios de comunicação, como telejornais, programas de 
rádio, jornais online, sites, redes sociais, blogs, entre outros, para estar a par dos acontecimentos. 
 
POLÍTICA 
 
Sistema Político Brasileiro 
O sistema político brasileiro tem base nas ideias iluministas do pensador francês Montesquieu. O 
pensador defendeu a divisão do poder político em Legislativo, Executivo e Judiciário em sua obra “O 
Espírito das Leis”. Para ele o poder concentrado na mão do rei leva à tirania, então o Estado deveria 
dividi-lo em poder executivo (executa as leis, o governo), legislativo (cria as leis, o congresso) e judiciário 
(que julga e fiscaliza os poderes). 
No Brasil o voto é universal, ou seja, todo cidadão com a idade mínima de 16 anos pode participar do 
processo político e eleger seus representantes. O país é uma república federativa presidencialista, onde 
o Chefe de Estado, no caso o presidente, é eleito através do voto direto da população e os estados 
possuem autonomia política, com a possibilidade de criar leis específicas. 
Assim como na obra de Montesquieu o país possui a divisão do poder entre Executivo, representado 
pelo presidente da república, Legislativo, que é representado pelo congresso nacional e Judiciário que é 
representado pelo Supremo Tribunal Federal. 
 
Poder Executivo 
O poder executivo é compreendido pelo presidente da república e seus ministros de Estado no sistema 
federativo brasileiro, com atribuições e responsabilidades definidos pela constituição federal. Nos estados 
da federação e no distrito federal, o poder executivo é exercido pelos governadores e seus secretários, 
com atribuições e responsabilidades controlados pela constituição estadual. Nos municípios, os 
representantes do poder executivo são os prefeitos e seus secretários, que também possuem atribuições 
e responsabilidades, definidas na lei orgânica de cada município. 
O presidente, governadores e prefeitos são eleitos através de sufrágio (voto) universal. O eleitor tem 
o direito de escolher aquele que melhor se encaixa em sua visão política. Todos os candidatos devem 
ser filiados a um partido político e, quando eleitos, possuem mandato com tempo determinado. No Brasil 
as funções de presidente, governador e prefeito possuem duração de 4 anos cada, com a possibilidade 
de reeleição. Durante suas campanhas os candidatos discutem seus programas de governo e os rumos 
que pretendem dar ao país. 
1 Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como recursos 
hídricos, segurança, transportes, política, economia, sociedade, 
educação, saúde, cultura, tecnologia, energia, relações 
internacionais, desenvolvimento sustentável e ecologia. 
Apostila gerada especialmente para: Pedro Henrique Sarassua 052.577.911-61
 
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Existem punições ao presidente da república em caso de crime de responsabilidade, como previsto na 
constituição federal, além de punição para infrações penais comuns. Para ser submetido a julgamento o 
presidente precisa ter acusação admitida por pelo menos dois terços da Câmara dos Deputados. Nos 
casos de infrações penais ele é julgado pelo Supremo Tribunal Federal e em caso de crimes de 
responsabilidade é julgado pelo Senado Federal. 
Entre as principais funções do presidente da república estão a execução de leis e expedição de 
decretos e regulamentos; prover cargos e funções públicas; promover a administração e a segurança 
públicas; emitir moeda; elaborar o orçamento e os planos de desenvolvimento econômico e social nos 
níveis nacional, regional e setoriais; exercer o comando supremo das forças armadas; e manter relações 
com estados estrangeiros. 
Além das funções executivas, o presidente conta ainda, em alguns casos, com poder legislativo. O 
poder pode ser aplicado em veto a leis aprovadas pelo Congresso Nacional e a edição de medidas 
provisórias com força de lei de aplicação e execução imediatas. 
Os ministros de estado e auxiliares diretos do presidente podem ser nomeados ou demitidos livremente 
por ele. Para assumir alguma das funções a pessoa deve ter no mínimo 21 anos de idade, brasileiros 
natos, e estar no exercício dos direitos políticos. Os ministros nomeados pelo presidente são responsáveis 
por diversas políticas de governo, em diversos campos de atuação, como educação, economia, cultura, 
finanças e justiça, entre diversos outros. Os ministros podem ser convocados para justificar seus atos 
perante a Câmara dos Deputados, o Senado ou qualquer uma de suas comissões para explicar atos ou 
programas. 
 
Poder Legislativo 
O Poder Legislativo é representado por pessoas que devem elaborar as leis que regulamentam o 
Estado, conhecidos por legisladores. Na maioria das repúblicas e monarquias o poder legislativo é 
formado por um congresso, parlamento, assembleia ou câmara. 
Seu objetivo é elaborar normas de abrangência geral ou em raros casos individual, que são 
estabelecidas aos cidadãos ou às instituições públicas nas suas relações recíprocas. 
Entre as principais funções do poder legislativo estão a de fiscalizar o Poder Executivo, votar 
leis orçamentárias e, em situações específicas, julgar determinadas pessoas, como o Presidente da 
república ou os próprios membros do legislativo. 
No Brasil, o Poder legislativo é exercido em âmbitofederal, estadual e municipal. O Congresso 
Nacional é formados pela Câmara dos Deputados e o Senado Federal e é responsável pelo Poder 
Legislativo federal. Possui a função de elaborar e aprovar as leis do país, e também controlar os atos do 
executivo e impedir abusos pela fiscalização permanente. Nos estados é exercido pelas assembleias 
legislativas e nos municípios pelas câmaras municipais, ou de vereadores 
 
Poder Judiciário 
O Poder Judiciário é exercido pelos juízes e possui a capacidade e a prerrogativa de julgar, de acordo 
com as regras constitucionais e leis criadas pelo poder legislativo em determinado país. 
No Brasil, o judiciário não depende dos demais poderes nem possui controles externos de fiscalização. 
Sua função é a de aplicar a lei a fatos particulares e, por atribuição e competência, declarar o direito e 
administrar justiça. Além disso, pode resolver os conflitos que podem surgir na sociedade e tomar 
decisões com base na constituição, nas leis, nas normas e nos costumes, que adapta a situações 
específicas. 
O poder judiciário possui a divisão entre a União(Federal) e os estados, com a denominação de justiça 
federal e justiça estadual, respectivamente. 
Entre os órgãos que formam o poder Judiciário estão o Supremo Tribunal Federal (STF), Superior 
Tribunal de Justiça (STJ), além dos Tribunais Regionais Federais (TRF), Tribunais e Juízes do Trabalho, 
Tribunais e Juízes Eleitorais, Tribunais e Juízes Militares e os Tribunais e Juízes dos estados e do Distrito 
Federal e Territórios. 
O STF é o órgão máximo do Judiciário brasileiro. Sua principal função é zelar pelo cumprimento da 
Constituição e dar a palavra final nas questões que envolvam normas constitucionais. É composto por 11 
ministros indicados pelo Presidente da República e nomeados por ele após aprovação pelo Senado 
Federal. 
Os juízes que atuam em tribunais superiores são nomeados pelo presidente da república, porem 
precisam de aprovação do Senado. Outros cargos são preenchidos através de concurso público. Os 
juízes têm cargo vitalício, não podem ser removidos e seus vencimentos não podem ser reduzidos. 
 
Apostila gerada especialmente para: Pedro Henrique Sarassua 052.577.911-61
 
. 3 
ENTENDA A OPERAÇÃO LAVA JATO(1)(2) 
Deflagrada em 17 de março de 2014 pela Polícia Federal (PF), a Operação Lava Jato investiga um 
esquema bilionário de desvio e lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobras. A PF estima em R$ 19 
bilhões o prejuízo na estatal. Em balanço divulgado em abril de 2015, a empresa admitiu perdas de R$ 
6,2 bilhões com a corrupção no ano passado. 
Segundo a PF e o Ministério Público Federal (MPF), grandes empreiteiras organizadas em cartel 
pagavam propina a diretores e gerentes da Petrobras e outros agentes públicos. 
Delatores que fizeram acordo com o MPF disseram que a propina chegava a 3% dos contratos 
fechados com a estatal, mas investigadores dizem que o percentual pode ser maior. 
Mais recentemente, as investigações descobriram irregularidades também em contratos do Ministério 
da Saúde, da Caixa Econômica Federal e da Eletronuclear. 
Em 17 fases até agora, a PF já cumpriu centenas de mandados judiciais, que incluem prisões 
preventivas, temporárias, busca e apreensão e condução coercitiva – quando o suspeito é levado a depor. 
Até 24 julho de 2015, o Ministério Público já havia feito 26 denúncias envolvendo 125 pessoas. 
As investigações policiais e do MPF podem resultar ou não na abertura de ações na Justiça. O juiz 
federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância do Judiciário, havia 
aceitado, até o início de julho, denúncia contra 114 suspeitos. Ao todo, 24 ações penais e 5 ações civis 
públicas foram instauradas na Justiça Federal do Paraná. 
São alvos de ações penais as empreiteiras Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, UTC, 
Mendes Júnior, Engevix, OAS e Galvão Engenharia. Respondem a ações civis públicas a Galvão 
Engenharia, Galvão Participações, Sanko Sider, Coesa Engenharia, Jackson Empreendimentos, Mendes 
Júnior Participações, Mendes Júnior Trading e Engenharia e OAS. 
 
1.ª fase (17/03/2014) 
O foco da investigação foi a ação ilegal de doleiros, que utilizariam interpostas pessoas e empresas 
em nome de terceiros, para a prática de crimes contra o sistema financeiro nacional, previstos na Lei 
7492/86. Suas atividades ilícitas seriam desenvolvidas com empresas e contas mantidas no Distrito 
Federal, mas as operações criminosas se estenderiam a diversos pontos do território nacional. 
A operação contou com a participação de aproximadamente 400 policiais federais que deram 
cumprimento a 81 mandados de busca e apreensão, 18 mandados de prisão preventiva, 10 mandados 
de prisão temporária e 19 mandados de condução coercitiva, em 17 cidades dos seguintes estados: PR 
(Curitiba, São José dos Pinhais, Londrina e Foz do Iguaçu), SP (São Paulo, Mairiporã, Votuporanga, 
Vinhedo, Assis e Indaiatuba) DF(Brasília, Águas Claras e Taguatinga Norte), RS (Porto Alegre), SC 
(Balneário Camboriú), RJ (Rio de Janeiro), MT (Cuiabá). 
 
2ª Fase (20/03/2014) 
Apuração da mesma categoria de crimes, com extensão do foco em outros doleiros. Foram cumpridos 
seis mandados de busca e um de prisão temporária. 
 
3ª Fase (11/04/2014) 
Investigação com mesmo propósito decorrente das anteriores, sendo identificada a participação, 
dentre outros, de doleiro hoje colaborador da Justiça, mediante acordo de colaboração com o MPF. Foram 
cumpridos 23 mandados: dois de prisão temporária, seis de condução coercitiva e 15 de busca e 
apreensão nas cidades de São Paulo/SP, Campinas/SP, Rio de Janeiro/RJ, Macaé/RJ e Niterói/RJ. 
 
4ª Fase (11/06/2014) 
Desdobramento técnico das anteriores, cumpriu um mandado de prisão preventiva. 
 
5ª Fase (01/07/2014) 
A PF cumpriu 9 mandados judiciais: sete de busca, um de prisão temporária e um de condução 
coercitiva. 
 
6ª Fase (22/08/2014) 
Desdobramento técnico da fase anterior, com cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão, 
além de uma condução coercitiva no Rio de Janeiro/RJ. 
 
 
(1) http://g1.globo.com/politica/noticia/2014/04/entenda-operacao-lava-jato-da-policia-federal.html 
(2) http://www.pf.gov.br/imprensa/lava-jato/fases-da-operacao-lava-jato 
Apostila gerada especialmente para: Pedro Henrique Sarassua 052.577.911-61
 
. 4 
7ª Fase - Juízo Final (14/11/2014) 
Deflagrada para cumprimento de mandados de prisão cautelar, busca e apreensão e sequestro de 
bens. Foram presos os primeiros empreiteiros e operadores do esquema de distribuição de propinas 
obtidas mediante contratos com a PETROBRAS. Alguns deles tornaram-se colaboradores da Justiça, 
mediante acordo firmado com o MPF, o que, contudo, não impediu suas condenações pelo Juízo de 
primeiro grau. 
Foram cumpridos 85 mandados judiciais: seis de prisão preventiva, 21 de prisão temporária, nove de 
condução coercitiva e 49 de buscas nos estados do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, 
Pernambuco, além do Distrito Federal. 
Decretado o bloqueio de aproximadamente R$ 720 milhões em bens pertencentes a 36 investigados. 
 
8ª Fase - (14/01/2015) 
Desdobramento técnico da anterior, levou ao cumprimento de mandado de prisão de ex-diretor 
internacional da PETROBRAS. 
 
9ª Fase - My Way (05/02/2015) 
Deflagrada para cumprimento de 62 mandados judiciais: um de prisão preventiva, três de prisão 
temporária, 18 de condução coercitiva e 40 de busca e apreensão e sequestro de bens nos estados de 
São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina. 
O aprofundamento das investigações pela Polícia Federal permitiu verificar que o esquema de fraude 
das licitações da PETROBRAS e consequente distribuição de propinas envolvia demais diretorias da 
estatal. 
 
10ª Fase - Que país é esse? (16/03/2015) 
Deflagrada para cumprimento de 18 ordens judiciais: dois de prisão preventiva, quatro de prisão 
temporária e 12 de busca e apreensão nas cidades de São Paulo/SP e Rio de Janeiro/RJ.Entre as prisões 
preventivas, a de um segundo ex-diretor da PETROBRAS, já condenado a 20 anos de reclusão. 
 
11ª Fase - Operação A Origem (10/04/2015) 
A partir da baixa de procedimentos que tramitavam perante o Supremo Tribunal Federal, teve por 
objetivo apurar fatos criminosos atribuídos a três grupos de ex-agentes políticos, 
Deflagrada para cumprimento de mandados judiciais de prisão preventiva de ex-deputados federais. 
Esses ex-parlamentares já foram condenados a penas entre 11 e 20 anos de reclusão. 
Cerca de 80 policiais federais cumpriram 32 mandados judiciais: sete de prisão, nove de condução 
coercitiva e 16 de busca e apreensão nos estados do Paraná, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Pernambuco, 
Rio de Janeiro e São Paulo. 
A partir da representação da Autoridade Policial, foi decretado o sequestro de um imóvel de alto padrão 
na cidade de Londrina-PR. 
A investigação abrange, além de fatos ocorridos no âmbito da PETROBRÁS, desvios de recursos 
ocorridos em outros órgãos públicos federais. 
 
12ª Fase (15/04/2015) 
Destinada a dar cumprimento a mandado de prisão preventiva de tesoureiro de agremiação político-
partidária, identificado como recebedor de vantagens ilícitas decorrentes de fraudes em contratos com a 
PETROBRAS, bem assim para prisão temporária e condução coercitiva de outros associados. O referido 
tesoureiro, já exonerado de suas anteriores funções, já foi condenado a 15 anos de reclusão. 
 
13ª Fase (21/05/2015) 
Constituiu desdobramento técnico da fase anterior, levando à prisão preventiva de operadores do 
esquema desvelado. Converteram-se em colaboradores da Justiça mediante acordo de delação premiada 
com o MPF. 
No total, foram cumpridos 6 mandados judiciais, sendo quatro de busca e apreensão, um de condução 
coercitiva e um de prisão preventiva nos estados do Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. 
 
14ª Fase - Operação Erga Omnes (19/06/2015) 
Expandiu a investigação para os crimes de formação de cartel, fraude a licitações, corrupção, desvio 
de verbas públicas e lavagem de dinheiro para duas grandes empreiteiras com grande atuação no 
mercado nacional e internacional. 
Apostila gerada especialmente para: Pedro Henrique Sarassua 052.577.911-61
 
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Deflagrada para cumprimento de 59 mandados judiciais: oito de prisão preventiva, quatro de prisão 
temporária, 38 de busca e nove de condução coercitiva. 
Entre os presos, o presidente de uma empreiteira. O executivo foi condenado, na primeira ação penal, 
a 19 anos de reclusão. 
 
15ª Fase - Operação Conexão Mônaco (02/07/2015) 
O foco das investigações foi o recebimento de vantagens ilícitas no âmbito da Diretoria Internacional 
da PETROBRAS. 
Foram cumpridos quatro mandados de buscas e um de prisão preventiva. 
 
16ª Fase - Operação Radioatividade (28/07/2015) 
Outra frente da investigação apontou para a formação de cartel e o prévio ajustamento de licitações, 
além do pagamento indevido de vantagens financeiras a empregados da estatal ELETRONUCLEAR. 
A prisão temporária do presidente da estatal foi convertida em preventiva e após decisão do STF o 
caso foi desmembrado e remetido à Justiça Federal do Estado do Rio de Janeiro, onde o investigado se 
encontra hoje em prisão domiciliar. 
Foram cumpridos 30 mandados judiciais, sendo 23 de busca, dois de prisão temporária e cinco de 
condução coercitiva nas cidades de Brasília/DF, Rio de Janeiro/RJ, Niterói/RJ, São Paulo/SP e 
Barueri/SP. 
 
17ª Fase - Operação Pixuleco (03/08/2015) 
Deflagrada para cumprimento de mandados de prisão preventiva de ex-ministro de Estado e de 
temporária em desfavor de outros investigados, após desenvolvimento das investigações por análise de 
material apreendido e informações oferecidas a partir de colaboração premiada. 
Cerca de 200 policiais federais deram cumprimento a 40 mandados judiciais, sendo 26 de busca, três 
de prisão preventiva, cinco de prisão temporária e seis de condução coercitiva no Rio de Janeiro e São 
Paulo, além do Distrito Federal. 
 
18ª Fase - Operação Pixuleco 2 (13/08/2015) 
Desdobramento técnico da fase anterior, com cumprimento de um mandado de prisão temporária e 10 
de busca e apreensão em Brasília/DF, Porto Alegre/RS, São Paulo/SP e Curitiba/PR. 
 
19ª Fase - Operação Nessum Dorma (21/09/2015) 
Os trabalhos decorreram do avanço das investigações nas fases 15, 16 e 17 da Operação Lava Jato. 
Nessa fase, um dos focos é a continuidade da investigação de um denunciado na 15ª Fase – Conexão 
Mônaco e de empreiteiras já investigadas na Operação Lava Jato. 
Foi verificado que uma das empresas sediadas no Brasil recebeu cerca de R$ 20 milhões, entre 2007 
e 2013, de empreiteiras já investigadas na operação, sob a acusação de pagamento de propinas para 
obtenção de favorecimento em contratos com a estatal. 
Ao todo, a Polícia Federal cumpriu 11 mandados judiciais, sendo sete de busca e apreensão, um de 
prisão preventiva, um de prisão temporária e dois de condução coercitiva nas cidades de Florianópolis, 
São Paulo e Rio de Janeiro. 
 
20ª Fase - Operação Corrosão (16/11/2015) 
As ações policiais tiveram como alvo ex-funcionários de uma estatal investigados pelo recebimento 
indevido de valores por parte de representantes de empresas contratadas. 
Em um segundo procedimento, foram cumpridas medidas que apuram a atuação de um novo operador 
financeiro identificado como facilitador na movimentação de recursos indevidos pagos a integrantes da 
diretoria dessa estatal. 
Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, dois de prisão temporária e cinco de condução 
coercitiva nas cidades do Rio de Janeiro/RJ, Rio Bonito/RJ, Petrópolis/RJ, Niterói/RJ e Salvador/BA. 
 
21ª Fase - Operação Passe Livre (24/11/2015) 
As investigações apontaram para complexas medidas de engenharia financeira que foram utilizadas 
pelos investigados com o objetivo de ocultar a real destinação dos valores indevidos pagos a agentes 
públicos e diretores da estatal. 
Cerca de 140 policiais federais deram cumprimento a 25 mandados de busca e apreensão, um de 
prisão preventiva e seis de condução coercitiva nas cidades de São Paulo/SP, Lins/SP, Piracicaba/SP, 
Rio de Janeiro/RJ, Campo Grande/MS, Dourados/MS e Brasília/DF. 
Apostila gerada especialmente para: Pedro Henrique Sarassua 052.577.911-61
 
. 6 
22ª Fase – Operação Triplo X (27/01/2016) 
Nesta etapa se apurou a existência de estrutura criminosa destinada a proporcionar a investigados na 
operação policial a abertura de empresas off-shore e contas no exterior para ocultar e dissimular o produto 
dos crimes de corrupção, notadamente recursos oriundos de delitos praticados no âmbito da 
PETROBRAS. 
Em outro aspecto, a investigação policial apurou a ocultação de patrimônio através de um 
empreendimento imobiliário, havendo fundadas suspeitas de que uma das empreiteiras investigadas na 
Operação Lava Jato teria se utilizado do negócio para repasse disfarçado de propina a agentes envolvidos 
no esquema criminoso da mesma estatal. 
Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, seis de prisão temporária e dois de condução 
coercitiva nas cidades de São Paulo/SP, Santo André/SP, São Bernardo do Campo/SP e Joaçaba/SC. 
 
23ª Fase – Operação Acarajé (22/02/2016) 
O objetivo desta fase era o cumprimento de medidas cautelares relacionadas a três grupos: um grupo 
empresarial responsável por pagamento de vantagens ilícitas, um operador de propina no âmbito de outro 
grupo e, por fim, um grupo recebedor, cuja participação foi confirmada com o recebimento de valores já 
identificados no exterior que ultrapassam os sete milhões de dólares. 
Destinada ao cumprimento de ordens de prisão temporária, depois convertida em preventiva, de 
profissionais do marketing político, de prisão temporária de outros investigados e para busca e apreensão 
em sede de empreiteiras já envolvidas com os delitos apurados. Se imputa aos profissionais da 
propaganda política o recebimento de vantagens econômicas ilegais no exterior, e aos demais 
investigados a responsabilidadepelos referidos pagamentos e a operacionalização dos mesmos 
mediante o já identificado esquema de distribuição de propinas derivadas do desvio de recursos públicos. 
Cerca de 300 policiais federais cumpriram 51 mandados judiciais, sendo 38 de busca, dois de prisão 
preventiva, seis de prisão temporária e cinco de condução coercitiva. Os mandados foram cumpridos nos 
estados da Bahia (Salvador e Camaçari), Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, Angra dos Reis, Petrópolis e 
Mangaratiba) e São Paulo (São Paulo, Campinas e Poá). 
 
24ª Fase – Operação Aletheia (04/03/2016) 
Destinada a esclarecer aparente recebimento de vantagens de empreiteiras implicadas diretamente 
nas investigações da Operação Lava Jato, bem assim eventual ocultação de patrimônio de diversas 
pessoas. 
Foram cumpridas 44 ordens judiciais: 33 de busca e 11 de condução coercitiva nos estados de São 
Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. 
 
25ª Fase – Operação Polimento (21/03/2016) 
Primeira fase internacional da Lava Jato, decorreu do cumprimento da prisão de um luso-brasileiro, 
que estava foragido desde julho de 2015 e é apontado como responsável pelo pagamento de propinas a 
ex-diretores da PETROBRAS. 
 
26ª Fase – Operação Xepa (22/03/2016) 
Os trabalhos desenvolvidos nesta fase são um desdobramento da 23ª fase (Operação Acarajé). 
Verificou-se que um dos grupos empresariais envolvidos possuía um esquema de contabilidade paralela, 
destinado ao pagamento de vantagens indevidas a terceiros, vários deles com vínculos diretos ou 
indiretos com o poder público em todas as esferas. 
Há indícios concretos de que o grupo se utilizou de operadores financeiros ligados ao mercado paralelo 
de câmbio para a disponibilização de tais recursos. 
 
27ª Fase – Operação Carbono 14 (01/04/2016) 
A Polícia Federal realizou diligências como parte da 27ª fase da Operação Lava Jato, intitulada 
Operação Carbono 14, em referência a procedimentos utilizados pela ciência para a datação de itens e a 
investigação de fatos antigos. 
Cinquenta policiais federais cumpriram 12 ordens judiciais, sendo oito mandados de busca e 
apreensão, dois mandados de prisão temporária e dois mandados de condução coercitiva. 
 
28ª Fase – Operação Vitória de Pirro (12/04/2016) 
A Polícia Federal realizou diligências como parte da 28ª fase da Operação Lava Jato, intitulada 
Operação Vitoria De Pirro, em dois estados e no Distrito Federal. 
Apostila gerada especialmente para: Pedro Henrique Sarassua 052.577.911-61
 
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Cerca de 100 policiais federais deram cumprimento a 22 ordens judiciais: 14 mandados de busca e 
apreensão, um mandado de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e cinco mandados 
de condução coercitiva. As medidas foram cumpridas nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, 
Taguatinga e Brasília. 
 
29ª Fase – Operação Repescagem (23/05/2016) 
A Polícia Federal deflagrou a Operação Repescagem, para dar prosseguimento às investigações de 
crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva a ativa, envolvendo verbas 
desviadas do esquema criminoso revelado no âmbito da Petrobras. 
Policiais federais deram cumprimento a seis mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão 
preventiva e dois mandados de prisão temporária nas cidades de Brasília/DF, Rio de Janeiro/RJ e 
Recife/PE. Os mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba/PR. 
 
30ª Fase – Operação Vício (24/05/2016) 
A Polícia Federal deflagrou a Operação Vício. Essa fase, que contou com a participação da Receita 
Federal, tratou de investigações inseridas no esquema de corrupção e lavagem de ativos, decorrentes de 
contratos firmados com a PETROBRAS. 
Cerca de 50 policiais federais e 10 servidores da Receita Federal cumpriram 28 mandados de busca 
e apreensão, dois mandados de prisão preventiva e nove mandados de condução coercitiva, no Rio de 
Janeiro e em São Paulo. 
 
31ª Fase – Operação Abismo 
A Polícia Federal deflagrou a Operação Abismo, que conta com o apoio da Receita Federal, e teve por 
finalidade apurar fraude em processo licitatório e pagamentos de propinas a servidores da Petrobras. 
Cerca de 110 policiais federais e 20 servidores da Receita Federal deram cumprimento a 35 ordens 
judiciais: sete conduções coercitivas, quatro mandados de prisão temporária, um mandado de prisão 
preventiva e 23 mandados de busca e apreensão, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito 
Federal. 
 
32ª Fase – Operação Caça-Fantasmas 
A Polícia Federal deflagrou a Operação Caça-Fantasmas, com o objetivo de investigar instituição 
financeira panamenha e apurar práticas de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, lavagem de 
ativos e organização criminosa transnacional. 
Cerca de 60 policiais federais cumpriram 17 ordens judiciais: sete conduções coercitivas e 10 
mandados de busca e apreensão, nas cidades de Santos, São Bernardo do Campo e São Paulo, todas 
em São Paulo. 
 
33ª Fase – Operação Resta Um 
A Polícia Federal deflagrou a 33ª fase da Operação Lava Jato, intitulada Operação Resta Um, tendo 
como objeto principal a participação da Construtora Queiroz Galvão no chamado “cartel das empreiteiras”, 
grupo de empresas que se organizaram com o objetivo de executar obras contratadas pela Petrobras. 
Aproximadamente 150 policiais federais cumpriram 32 ordens judiciais, sendo 23 mandados de busca 
e apreensão, dois mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária e seis mandados 
de condução coercitiva nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás, Pernambuco 
e Minas Gerais. 
 
34ª Fase – Operação Arquivo X 
A Polícia Federal deflagrou a 34ª fase da Operação Lava Jato, intitulada Operação Arquivo X, com o 
objetivo de investigar fatos relacionados à contratação pela Petrobras de empresas para a construção de 
duas plataformas (P-67 e P70) para a exploração de petróleo na camada do pré-sal, as chamadas Floating 
Storage Offloanding (FSPO's). 
Aproximadamente 180 policiais federais e 30 auditores cumpriram 50 ordens judiciais, sendo 33 
mandados de busca e apreensão, nove mandados de prisão temporária e oito mandados de condução 
coercitiva nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia e Distrito 
Federal. 
 
 
 
 
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35ª Fase – Operação Omertà 
A Polícia Federal, com o apoio da Receita Federal, deflagrou a 35ª fase da Operação Lava Jato, 
intitulada Operação Omertà, com o objetivo de investigar indícios de uma relação criminosa entre um ex-
ministro da Casa Civil e da Fazenda com o comando da principal empreiteira do país. 
Aproximadamente 180 policiais federais e auditores fiscais cumpriram 45 ordens judiciais, sendo 27 
mandados de busca e apreensão, três andados de prisão temporária e 15 mandados de condução 
coercitiva nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso 
do Sul e Distrito Federal. 
 
36ª Fase – Operação Dragão 
A Polícia Federal deflagrou a 36ª fase da Operação Lava Jato, intitulada Operação Dragão, com o 
objetivo de investigar dois importantes operadores financeiros responsáveis pela movimentação de 
recursos de origem ilegal, principalmente oriundos de relações criminosas entre empreiteiras e empresas 
sediadas no Brasil com executivos e funcionários da Petrobras. 
Aproximadamente 90 policiais federais cumpriram 18 ordens judiciais, sendo 16 mandados de busca 
e apreensão e dois mandados de prisão preventiva em cidades dos estados do Ceará, São Paulo e 
Paraná. 
 
37ª Fase – Operação Descobridor 
A Polícia Federal deflagrou a 37ª fase da Operação Lava Jato, intitulada Operação Descobridor. As 
equipes policiais cumpriram 17 ordens judiciais, sendo 14 mandados de busca e apreensão, um mandado 
de prisão preventiva e dois mandados de prisão temporária nas cidades de São Paulo e Santo André, em 
São Paulo, e Rio de Janeiro, Angra dos Reis e Paraíba do Sul, no Rio de Janeiro. 
Os fatos investigadosestão relacionados principalmente a irregularidades de obras no Comperj, 
complexo de Manguinhos e reforma do estádio do Maracanã. 
 
38ª Fase – Operação Deflexão3 
Em 5 de dezembro de 2016, a PF deflagrou uma nova fase que envolveu o atual ministro do Tribunal 
de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo e o deputado federal Marco Maia (PT-RS), ex-presidente da 
Câmara. Os alvos da nova fase são suspeitos de terem negociado propinas com empreiteiros que 
estavam na mira da CPI da Petrobras, instalada no Congresso em maio de 2014. As investigações do 
caso começaram quando o ex-líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral, revelou, em sua 
colaboração premiada, que a CPMI foi utilizada para fazer negociatas. Segundo os investigadores, há 
indícios de que Vital tenha solicitado a empreiteiros 5 milhões de reais para a sua campanha ao governo 
do Estado da Paraíba. A construtora OAS doou metade desse valor ao PMDB nacional, partido ao qual o 
ministro do TCU é filiado. A outra parte foi repassada por meio de caixa dois, numa transferência feita 
pela empreiteira à Construtora Planíce, também alvo de busca e apreensão. Já o deputado federal Marco 
Maia é suspeito de ter recebido 200 000 reais de suborno em espécie. Júlio Camargo teria entregado o 
dinheiro a um operador do ex-presidente da Câmara. 
 
39.ª fase - Operação Eficiência4 
Em 26 de janeiro de 2017, a PF deflagrou uma nova fase que investigou crimes de corrupção ativa e 
passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e na ocultação no exterior de aproximadamente 100 
milhões de dólares (cerca de 340 milhões de reais). Entre os alvos dos mandados está o empresário Eike 
Batista. Um objeto das investigações é o pagamento de um suborno de 16,5 milhões de dólares ao ex-
governador por Eike Batista e Flávio Godinho (preso), do grupo EBX, usando a conta Golden Rock no 
TAG Bank, no Panamá. Segundo o MPF, o valor foi solicitado por Cabral à Eike Batista em 2010. De 
acordo com os procuradores, a remessa de valores de Cabral para o exterior foi contínua entre 2002 e 
2007, quando ele acumulou 6 milhões de dólares. Durante a gestão como governador, ele acumulou mais 
100 milhões de reais em propinas, distribuídas em diversas contas em paraísos fiscais no exterior. Pelo 
menos onze contas foram identificadas. A PF cumpriu mandados de busca e apreensão em cerca 40 
endereços, que são de presos e de pessoas que foram prestar depoimentos e de empresas investigadas 
nesse inquérito. Segundo a PF, o Ministério Público Federal já conseguiu repatriar cerca de 270 milhões 
de reais, que estão à disposição da Justiça Federal em conta aberta na Caixa Econômica Federal. A 
força-tarefa agora solicita cooperação internacional para o bloqueio e repatriação dos valores ainda 
ocultos em outros países. 
 
3 https://pt.wikipedia.org/wiki/Opera%C3%A7%C3%A3o_Lava_Jato 
4 https://pt.wikipedia.org/wiki/Opera%C3%A7%C3%A3o_Lava_Jato 
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PF investiga corrupção dentro do Tribunal de Contas do RJ5 
A Polícia Federal cumpre hoje (29/3), no Estado do Rio Janeiro, uma série de mandados de prisões 
temporárias, conduções coercitivas e buscas e apreensões, além de bloqueios de bens e valores. As 
ações realizadas desde as primeiras horas da manhã foram determinadas pelo Superior Tribunal de 
Justiça, no curso de um Inquérito Judicial que tramita na Corte. Para cumprir as ações determinadas, 
quase 150 policiais federais foram especialmente destacados. 
Os alvos da Operação O Quinto do Ouro são investigados por fazerem parte de um esquema de 
pagamentos de vantagens indevidas que pode ter regularmente desviado valores de contratos com 
órgãos públicos para agentes do Estado, em especial membros do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro. 
As informações que embasaram a decisão do Superior Tribunal de Justiça tiveram origem numa 
colaboração premiada realizada entre dois investigados e a Procuradoria Geral da República, além de 
outros elementos indiciários relacionados à investigação. 
A Operação O Quinto do Ouro tem por objeto a apuração de suposta participação de membros do 
Tribunal de Contas do RJ, os quais seriam responsáveis por zelar pelos atos firmados pelo Estado, no 
recebimento de pagamentos indevidos oriundos de contratos firmados com o Estado do Rio de Janeiro 
em contrapartida ao favorecimento na análise de contas/contratos sob fiscalização no Tribunal. Além 
disso, agentes públicos teriam recebido valores indevidos em razão de viabilizar a utilização do fundo 
especial do TCE/RJ para pagamentos de contratos do ramo alimentício atrasados junto ao Poder 
Executivo do Estado do Rio de Janeiro, recebendo para tal uma porcentagem por contrato faturado. 
No total são mais de 43 mandados, a maioria deles na cidade do Rio de Janeiro, mas também em 
Duque de Caxias e São João do Meriti. Por se tratar de uma investigação que tem como alvos membros 
de um Tribunal de Contas Estadual, os trabalhos correm sob a Presidência de um Ministro do STJ, no 
curso de um Inquérito Judicial. 
O nome da operação é uma referência à figura histórica do “Quinto da Coroa”, um imposto 
correspondente a 20% que a Coroa Portuguesa cobrava dos mineradores de Ouro no período do Brasil 
Colônia. Uma das mais conhecidas formas de recolhimento ocorria mediante a obtenção de certificados 
de recolhimento pelas casas de fundição. Apesar do rigor na criação de urna estrutura administrativa e 
fiscal, visando sobretudo à cobrança dos quintos, o imposto era desviado. Afonso Sardinha, o moço, em 
seu documento (1604) declarou que guardava o ouro em pó em vasos de barro. Outro uso comum era o 
de imagens sacras ocas para esconder o ouro (daí a expressão "santo do pau oco”). 
 
Após vistoria, Adriana Ancelmo deve voltar para casa nesta quarta6 
A ex-primeira dama do Rio Adriana Ancelmo deve deixar a cadeia ainda nesta quarta-feira (29/03). A 
mulher do ex-governador Sérgio Cabral está presa desde o dia 17 de dezembro na ala feminina de Bangu 
8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, onde responde por lavagem de dinheiro 
e organização criminosa. 
Adriana Ancelmo ganhou o benefício de cumprir prisão domiciliar no apartamento do casal, no Leblon, 
na Zona Sul do Rio. Para isto, a justiça determinou que a casa não tivesse telefones fixos nem celulares 
e acesso à internet. Na tarde da terça-feira (28/03), agentes da Polícia Federal fizeram uma vistoria no 
apartamento e no prédio para garantir que o imóvel cumpra os pré-requisitos para a prisão domiciliar. 
Os policiais ficaram pouco mais de uma hora no prédio. Foi possível ver que eles conversaram com 
funcionários e checaram o interfone do imóvel. Na saída, agentes informaram que fizeram a vistoria e que 
agora vão entregar o laudo à Justiça. Um dos policiais chegou a dizer para jornalistas que o imóvel "está 
apto". 
Ré na Lava-Jato e presa desde dezembro do ano passado, a mulher de Sérgio Cabral foi beneficiada 
por uma liminar do Superior Tribunal de Justiça, concedida na sexta-feira (24/03). A ministra Maria 
Thereza de Assis Moura autorizou a prisão domiciliar da ex-primeira-dama, sob a alegação que os dois 
filhos do casal - de 10 e 14 anos - não poderiam ficar privados dos dois pais ao mesmo tempo, já que 
Cabral também está preso. 
A volta de Adriana Ancelmo para casa motivou protestos na esquina da rua onde ela morava com o 
ex-governador Sérgio Cabral, no Leblon. 
Um pequeno grupo fez um panelaço na frente do prédio. Pela manhã, cartazes foram colocados na 
orla, na esquina da Avenida Delfim Moreira com a Rua Aristides Espínola. "Direito iguais para as detentas 
pobres", diz um dos cartazes. "Detenta consumidora", diz outro. 
 
 
 
5 29/03/2017 – Fonte: http://www.pf.gov.br/agencia/noticias/2017/03/pf-investiga-corrupcao-dentro-do-tribunal-de-contas-do-rj 
6 29/03/2017 – Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/apos-vistoria-adriana-ancelmo-deve-voltar-para-casa-nesta-quarta.ghtmlApostila gerada especialmente para: Pedro Henrique Sarassua 052.577.911-61
 
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Papelão e substância cancerígena ou exagero? O que se sabe - e o que é dúvida - na 
Operação Carne Fraca7 
A BBC Brasil conversou com engenheiros de alimentos e especialistas em carnes para esclarecer o 
que pode e o que não pode ser adicionado no processamento de carnes e quais as preocupações que a 
investigação da PF deve despertar no consumidor. 
Para alguns deles, a maneira como a operação foi divulgada acabou gerando uma desconfiança 
"exagerada" sobre a carne brasileira. 
"A polícia agiu mal com a maneira como divulgaram tudo. Acho que houve um certo exagero, para 
precipitar a loucura que foi na imprensa ontem", disse à BBC Brasil o médico veterinário e especialista 
em carnes Pedro Eduardo de Felício, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp. 
A engenheira de alimentos Carmen Castillo, da ESALQ - USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de 
Queiroz), pontua que alguns ingredientes citados nas acusações, como o ácido ascórbico, são 
necessários para o processamento dos alimentos e é preciso tomar cuidado para não "demonizá-los". 
"Não é problema usar esses ingredientes (em alimentos processados e embutidos), o problema é não 
respeitar os níveis permitidos na lei", disse à BBC Brasil. 
De acordo com a Polícia Federal, esse seria um dos delitos cometidos pelas empresas, que utilizavam 
ingredientes no processamento de carnes em quantidades acima do que determina a regulamentação. 
"Eles usam ácidos, outros ingredientes químicos, em quantidades muito superior à permitida por lei 
pra poder maquiar o aspecto físico do alimento estragado ou com mau cheiro", explicou o delegado da 
PF responsável pela investigação, Maurício Moscardi Grillo, em entrevista coletiva na sexta-feira. 
A operação deflagrada pela PF foi a maior de sua história e revelou que empresas do setor, incluindo 
as as gigantes JBS e a BRF, adulteravam a carne que vendiam no mercado interno e externo. 
A investigação também revelou um esquema de propinas e presentes dados pelos frigoríficos a fiscais 
do Ministério da Agricultura, que supostamente recebiam para afrouxar a fiscalização e liberar a 
comercialização de carne vencida e adulterada. 
Sobre as acusações, a JBS se manifestou dizendo que "é a maior interessada no fortalecimento da 
inspeção sanitária no Brasil", ressaltando que "no despacho da Justiça Federal que deflagrou a operação, 
não há qualquer menção a irregularidades sanitárias ou à qualidade dos produtos da JBS e de suas 
marcas." 
A BRF disse que "apóia a fiscalização do setor e o direito de informação da sociedade com base em 
fatos, sem generalizações que podem prejudicar a reputação de empresas idôneas e gerar alarme 
desnecessário na população." 
 
Exagero? 
O delegado Grillo explicou os problemas encontrados na carne das empresas investigadas pela 
operação - que iam desde mudar a data de vencimento e a embalagem de carnes estragadas, que eram 
usadas como matéria-prima para embutidos, até injetar água em frangos para alterar seu peso e mascarar 
a deterioração de carnes com o uso de ácido ascórbico. 
"São dois anos de análise de fatos, desde utilização de papelão por essas empresas - até essas que 
já citei de grande porte (JBS e BRF) - para colocar esse tipo de situação em comidas, pra fazer enlatados, 
e outras coisas que podem prejudicar a saúde humana. (...) Tudo isso mostra que o que interessa para 
esse grupo é o capitalismo, é o mercado, independente da saúde pública", disse. 
"Determinados produtos, cancerígenos até, em alguns casos, eram usados pra poder maquiar as 
características de um produto estragado ou com cheiro." 
Mas alguns especialistas ouvidos pela BBC Brasil avaliam o modo como as informações foram 
divulgadas como "sensacionalista". 
"A divulgação da operação foi muito sensacionalista. Essa é uma questão pontual. Estou nesse 
mercado, estudando e trabalhando, há 30 anos. Uma das empresas que dirijo importava carne do Uruguai 
e da Argentinos até 2012. Hoje, 100% da carne que usamos é produzida no Brasil porque melhorou muito 
a qualidade", afirma Sylvio Lazzarini, dono do restaurante Varanda Grill, em São Paulo. 
Já Felício ressaltou a importância da investigação e disse que a operação revela um problema no 
setor, que "precisa de uma renovação no sistema de fiscalização". Ele destaca, porém, que é preciso 
esclarecer melhor as informações divulgadas sobre ingredientes comuns na indústria de carnes, como o 
ácido ascórbico, "que é utilizado no mundo todo". 
Tanto Felício quanto Lazzarini apontaram o fato de que, ao anunciar a operação, a PF não explicitou 
quais infrações foram cometidas por quais empresas, o que facilitaria uma "generalização" do problema. 
 
7 19/03/2017 – Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/brasil-39317738 
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A BBC Brasil procurou a Polícia Federal, mas não obteve resposta até o fechamento dessa 
reportagem. 
 
Papelão 
Ao anunciar a operação, a PF mencionou que empresas envolvidas no esquema de corrupção 
"usavam papelão para fazer enlatados (embutidos)". 
Em uma das ligações telefônicas citadas no relatório da Polícia, funcionários da BRF falam sobre o 
uso de papelão na área onde produzem CMS (carne mecanicamente separada, comumente usada na 
produção de salsichas). 
No áudio, é possível ouvir: 
Funcionário: o problema é colocar papelão lá dentro do cms também né. Tem mais essa ainda. Eu vou 
ver se eu consigo colocar em papelão. Agora se eu não consegui em papelão, daí infelizmente eu vou ter 
que condenar. 
Luiz Fossati (gerente de produção da BRF): ai tu pesa tudo que nós vamos dar perda. Não vamos 
pagar rendimentos isso. 
Pedro Felício acredita que a referência ao papelão não foi feita como ingrediente para o processamento 
da carne. "Acho muito difícil isso ter acontecido. O que acontece é que tem áreas dentro das indústrias 
que são chamadas de áreas limpas, onde não podem entrar embalagens secundárias, como caixas de 
papelão", diz. 
"Na gravação que ouvi, duas pessoas falavam em entrar com uma embalagem de papelão na área 
limpa. Evitar papelão nessas áreas faz parte das boas práticas de manufatura, mas não fazer isso não é 
o mesmo que usar papelão dentro da salsicha." 
Em nota, a empresa BRF afirmou que "houve um grande mal entendido na interpretação do áudio 
capturado pela Polícia Federal". 
A empresa afirma que um de seus funcionários falava que tentaria embalar a carne em papelão. O 
produto é embalado normalmente em plásticos. 
"Na frase seguinte, ele deixa claro que, caso não obtenha a aprovação para a mudança de embalagem, 
terá de condenar o produto, ou seja, descartá-lo", afirma a empresa. 
 
Ácido ascórbico 
O ácido ascórbico - a popular vitamina C - também foi citado pelo delegado da PF como algo utilizado 
para "maquiar" o aspecto da carne. 
"Eles usam ácido ascórbico e outras substâncias na carne pra maquiar essa imagem ruim que ficaria 
se ela fosse expostas dessa forma. Inclusive cancerígenas. Então se usa esses produtos multiplicados 
cinco, seis vezes pela quantia permitida pela lei para que não dê cheiro, e o aspecto de cor fique bom 
também", disse Grillo. 
A partir daí, muitas pessoas entenderam que o ácido ascórbico é uma substância potencialmente 
cancerígena. 
De acordo com a OMS, ela pode contribuir com distúrbios gastrointestinais, cálculos renais e outros 
problemas de saúde se for consumida em excesso e por longos períodos de tempo, mas não há 
evidências de relação direta com o câncer. 
Falta saber que substâncias cancerígenas estariam sendo usadas e por quais empresas, de acordo 
com a investigação da Polícia Federal. 
Os especialistas alertam que o uso de ácido ascórbico na carne não é problema. 
"O uso dele tem benefícios e não é para mascarar carne adulterada. Ele tem uma função nas carnes 
processadas como antioxidante, ajuda a melhorar a estabilidadedo sabor e reduzir o teor de nitrito 
residual. O nitrito é um aditivo para realizar a cura, que é uma etapa importante no processamento da 
maior parte dos produtos processados. Todo ingrediente não cárneo tem função a cumprir no 
processamento de alimentos", afirmou Carmen Castillo. 
Pedro Eduardo de Felício pontua que o ácido ascórbico "evita que a carne fique com uma coloração 
marrom" e que "isso é feito no mundo todo". 
A substância, segundo Felício, conseguiria mascarar a deterioração da carne no princípio, quando ela 
só tem algumas manchas, mas não quando o estado é mais avançado. 
De qualquer forma, ela só deve ser usada somente em produtos embutidos como parte de seu 
processamento, e não nas carnes que são vendidas como matéria-prima para estes produtos - nem nas 
carnes compradas no supermercado. 
"A carne usada como matéria-prima não deve ter qualquer aditivo, nem o ácido ascórbico. Se a Polícia 
achou isso, não deveria acontecer", diz. 
 
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Salsicha de peru sem peru 
A descoberta de que, no Paraná, alunos da rede pública estadual consumiram salsicha de peru sem 
carne de peru - preenchida com proteína de soja, fécula de mandioca e carne de frango - deu início à 
investigação de dois anos. 
"Muitas vezes verificou-se a falta de proteína, por exemplo, numa merenda escolar, trocada por fécula 
de mandioca ou então a proteína da soja, que é muito mais barata do que a carne, então substituía. 
Muitas vezes até tinha a quantidade de proteína suficiente, mas não era a proteína da carne, era proteína 
de outro alimento, que não traz as mesmas substâncias pro corpo humano como a carne", afirmou o 
delegado. 
O uso de soja e de fécula de mandioca são comuns na produção de embutidos em todo o mundo, 
segundo os especialistas, porém é preciso respeitar as quantidades determinadas pela lei. 
"É preciso observar as quantidades usadas, porque elas só podem ser usadas dentro dos limites da 
lei. Senão, você tem um produto de carne que tem predominância de matérias-primas não cárneas", diz 
Felício. 
 
Injeção de água no frango 
Segundo a PF, fiscais teriam descoberto que frangos da empresa BRF, a maior exportadora de frango 
do mundo, teriam "absorção de água superior ao índice permitido". 
"Injetar água no frango é um problemão com o qual o Brasil vive e luta contra há muito tempo. Há oito 
anos que o Ministério da Agricultura é cobrado pelo Ministério Público que o frango não pode ter mais de 
8% de água", afirma Felício. 
"É uma luta difícil. Eu não duvido que isso aconteça muito por aí, mas existe um esforço para 
combater." 
A prática não chega a ser prejudicial à saúde, mas altera o peso da carne. "É uma fraude econômica", 
diz o engenheiro. 
 
Cabeça de porco 
O uso da carne de cabeça de porco ou de boi em linguiças é discutido em uma das ligações 
interceptadas entre os sócios do frigorífico Peccin e é proibido no Brasil. "Usavam cabeça de porco, animal 
morto, tudo para fazer esse tipo de produtos, principalmente esses derivados, salsicha, linguiça, e outros 
produtos", afirmou Grillo. 
A utilização de cabeça de porco é admitida em outros países, segundo Felício. "Não será a melhor 
linguiça do mundo, mas não é prejudicial à saúde. Será um produto comestível, mas de categoria inferior." 
"No Brasil, essa carne é considerada como matéria-prima nas formulações de embutidos cozidos, 
como mortadela, mas não em linguiças, que são cruas." 
 
O consumidor deve se preocupar? 
Segundo Sylvio Lazzarini, as irregularidades encontradas pela Polícia Federal devem ser punidas, mas 
não representam a totalidade dos produtos feitos no Brasil e vendidos em supermercados e restaurantes. 
"A carne brasileira evoluiu muito nos últimos anos e é muito segura. Senão o Brasil não exportaria para 
os países asiáticos, e muito menos para os EUA, que tem um dos maiores controles fitossanitários do 
planeta", diz Lazzarini. 
Para o empresário, "irregularidades desse nível existem em todo o mundo porque bandidos existem 
em todo lugar". 
O Ministério da Agricultura divulgou nota também para acalmar os ânimos dos consumidores. 
"O Serviço de Inspeção Federal é considerado um dos mais eficientes e rigorosos do mundo. Tem um 
quadro de 2.300 servidores e inspeciona 4.837 unidades produtoras habilitadas para exportação para 160 
países. Foi com este Serviço que construímos uma reputação de excelência na agropecuária e 
conseguimos atender às exigências rigorosas de diferentes nações", afirma a pasta. 
O delegado da PF chegou a ser questionado na coletiva de imprensa se seria correto afirmar que 
"quase nenhum produto no mercado hoje está 100% livre dessas possíveis fraudes". Ele respondeu com 
cautela, mas não escondeu sua preocupação. 
"É possível que a gente tenha consumido alimentos de baixa qualidade, no mínimo, com qualidade 
inferior do que deveria ser fornecido." 
"Hoje é realmente complicado. Tenho ido ao mercado e passeio um bom tempo até escolher um 
produto, mudou esse aspecto na minha vida. É difícil porque a confiança que a gente tem nas empresas, 
pelo menos da minha parte, mudou muito. São empresas que a gente considerava corretas, então 
assusta. Obviamente deve ter empresas sérias, corretas, mas na investigação foi assim, foi aparecendo 
Apostila gerada especialmente para: Pedro Henrique Sarassua 052.577.911-61
 
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uma, depois outra. Acho que a gente pode dizer que todas as empresas que a gente teve o azar ou a 
sorte de investigar tiveram problemas sérios. Foram quase 40." 
Para evitar problemas, Pedro Eduardo de Felício afirma que os consumidores devem conferir se os 
estabelecimentos de onde compram carne vendem produtos com certificação de origem e de inspeção, 
mesmo após as acusações de corrupção de inspetores federais. 
"Este escândalo é de desvio de conduta de 33 funcionários, que foram afastados, entre mais de quatro 
mil inspetores. E o Ministério da Agricultura estar tomando atitudes para corrigir o problema. A partir de 
agora, todo mundo vai ficar alerta." 
"Os erros que foram cometidos devem ser comprovados e punidos, com certeza. Mas eu não acredito 
que essas acusações possam ser generalizadas, acho que esse foi problema localizado e o governo terá 
que resolver", diz. 
 
Seis perguntas para entender a operação Carne Fraca8 
A Polícia Federal deflagrou, na manhã da última sexta-feira (17/03) a operação Carne Fraca, destinada 
a combater a venda ilegal de carnes no país. A operação, a maior já realizada pela PF, contou com o 
trabalho de mais de mil agentes, em sete Estados. Revelou uma extensa rede de corrupção - da qual 
participavam empresários e dezenas de inspetores do governo - criada para garantir a comercialização 
de carnes adulteradas e com data de validade vencida. A investigação implicou mais de 30 empresas, 
entre elas as gigantes JBS e BRF - donas de marcas como Friboi, Sadia e Perdigão. As duas figuram 
entre as maiores exportadoras mundiais de carne. Negam ter cometidos essas irregularidades. 
 
O que houve? 
De acordo com a Polícia Federal, ao menos 30 empresas produtoras de carne no Brasil adulteravam 
a data de validade dos produtos comercializados. Para mascarar a aparência e o cheiro ruim da carne 
vencida, eram usados produtos químicos - o ácido ascórbico e o ácido sórbico. As empresas também 
injetavam água nas peças, para aumentar o peso dos produtos, e acrescentavam papelão no preparo de 
embutidos. As carnes chegavam aos supermercados graças ao pagamento de propina a fiscais do 
Ministério da Agricultura, que afrouxavam a vigilância. Nem sempre a propina envolvia dinheiro - até 
mesmo caixas de carnes, frango e botas foram dadas como forma de pagamento pela vista grossa das 
autoridades. 
 
Havia envolvimento de políticos? 
Segundo a Polícia Federal, a propina paga aos fiscais acabava alimentando os cofres de PP e PMDB. 
A polícia, no entanto, ainda não conseguiu estabelecer por que essa divisão acontecia. Um dos envolvidos 
no casoé o ministro da Justiça Osmar Serraglio (PMDB- PR). Ele aparece em grampos interceptados 
pela PF, conversando com Daniel Golçalves Filho, fiscal agropecuário e líder do esquema criminoso. Na 
época, Serraglio ainda não era ministro, e a PF, apesar dos telefonemas, não encontrou indícios de crime 
em sua conduta. Nas interceptações, também foram citados outros parlamentares do PMDB do Paraná - 
como o deputado federal Sérgio Souza, da Frente Parlamentar da Agropecuária. 
 
Quem comer a carne vencida vai ficar doente? 
Não necessariamente - a carne que já passou da data de validade não tem uma aparência muito 
diferente da carne boa, caso mantida sob refrigeração adequada. O que muda é o gosto, que logo 
denuncia o produto ruim. Segundo especialistas consultados pelo jornal Folha de S. Paulo, haverá 
problema se tiverem se proliferado, no produto, colônias de bactérias potencialmente nocivas, como 
coliformes fecais. Nesse caso, o consumo da carne pode provocar enjoos, vômito e diarreia. 
 
Para onde toda essa carne foi vendida? 
As carnes eram comercializadas em todo o país e também exportadas. A agência de notícias 
Bloomberg destacou que o esquema envolvia inclusive uma carga de carnes contaminada com salmonela 
e que estava a caminho da Europa. 
 
E o mercado externo? Como reagiu? 
Na sexta-feira, quando foi deflagrada a operação, as ações da JBS caíra 10,6% e as da BRF caíram 
7,3%. Em parte, pesou contra elas a má repercussão internacional do caso. O jornal americano The New 
York Times chegou a dizer que o caso abala um dos poucos pilares ainda seguros da instável economia 
brasileira, o agronegócio. 
 
8 18/03/2017 – Fonte: http://epoca.globo.com/brasil/noticia/2017/03/seis-perguntas-para-entender-operacao-carne-fraca.html 
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. 14 
Haverá punições? 
Por ora, a Justiça Federal do Paraná já decretou o bloqueio de R$1 bi em bens das investigadas. A 
Polícia Federal também cumpriu 38 mandados de prisão - 34 deles para funcionários públicos. Foram 
detidos, também, quatro executivos das empresas envolvidas. Entre eles, o gerente de Relações 
Institucionais e Governamentais da BRF Brasil, Roney Nogueira dos Santos, e o diretor da BRF André 
Luiz Baldissera. 
 
Defesa de Temer sinaliza que tentará anular depoimentos da Odebrecht9 
A defesa de Michel Temer já sinalizou na última quarta-feira (01/03) que pode pedir a nulidade dos 
depoimentos de executivos da construtora Odebrecht na ação que corre no Tribunal Superior Eleitoral 
(TSE) e pede a cassação da chapa Dilma-Temer. 
A pedido do advogado do presidente, Gustavo Guedes, foi registrado em ata complementar da 
audiência de Marcelo Odebrecht o que ele chamou de "alerta" sobre a nulidade dos depoimentos de 
executivos da Odebrecht. 
A defesa de Temer apresentou uma questão de ordem, antes do início do depoimento de Marcelo 
Odebrecht, alegando que houve uma mudança de entendimento do tribunal em relação aos depoimentos 
de delatores da Lava Jato. 
Como exemplo, a defesa do presidente cita depoimento de Ricardo Pessoa (ex-UTC) em 2015, que 
foi ouvido pela antiga relatora da ação ministra Maria Thereza quando o sigilo de sua delação havia sido 
revogado pelo Supremo Tribunal Federal. 
O advogado Gustavo Guedes complementou sua argumentação afirmando que a defesa não teve 
acesso prévio à delação de Marcelo Odebrecht por ela estar sob sigilo – e, por isso, não pôde se preparar. 
E, por fim, alegou que os pedidos de depoimentos da Odebrecht na ação teriam sido feitos na ação no 
TSE baseados em vazamentos de trechos delações. 
Por isso, a defesa pediu para registrar que, na sua avaliação, os depoimentos podem se tornar nulos 
 
Temer resiste em avalizar aposentadoria especial para policiais10 
Nas conversas políticas em que participou durante o fim de semana com aliados, o presidente Michel 
Temer demonstrou resistência em relação à proposta de manter uma aposentadoria especial para 
policiais. Essa proposta chegou a ser apresentada por deputados preocupados com a resistência desta 
categoria. 
Temer, entranto, foi claro. Segundo ele, não é possível criar exceções para certas categorias. O 
peemedebista reconheceu o fator risco do exercício da profissão, mas avalia que as compensações 
devem ser feitas enquanto o policial estiver na ativa. 
Nessas conversas do fim de semana também foi proposta a antecipação de pontos da reforma 
trabalhista antes da reforma da Previdência. Temer, porém, ainda não bateu o martelo. 
 
Justiça aceita nova denúncia contra Sérgio Cabral, que passa a ser réu pela 5ª vez11 
O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, aceitou a denúncia feita na tarde desta 
terça-feira (21/02/17) por lavagem de dinheiro contra o ex-governador Sérgio Cabral e mais dois outros 
assessores: Carlos Miranda, apontado como seu operador financeiro; e Ary Filho, o Arizinho, funcionário 
público. Com a decisão judicial, Cabral se torna réu pela quinta vez. 
O ex-governador está preso desde novembro do ano passado. Nesta terça-feira, Sérgio Cabral prestou 
depoimento por teleconferência pelo uso irregular do helicóptero durante o período em que foi governador 
do Rio. 
Sérgio Cabral foi denunciado por mais 148 crimes de lavagem de dinheiro durante a tarde desta terça. 
Em dois processos, o ex-governador responde por 332 atos de lavagem de dinheiro. Todos investigados 
pela Força-tarefa Lava Jato no Rio. 
Através de nota divulgada à imprensa, os procuradores que integram a Força-tarefa Lava Jato, no Rio 
explicam que a nova denúncia contra o ex-governador trata dos crimes praticados no Brasil e que tem 
relação com Ary Filho. 
 
 
 
9 06/03/2017. Fonte: http://g1.globo.com/politica/blog/andreia-sadi/post/defesa-de-temer-sinaliza-que-tentara-anular-depoimentos-da-
odebrecht.html 
10 06/03/2017. Fonte: http://g1.globo.com/politica/blog/blog-do-camarotti/post/temer-resiste-em-avalizar-aposentadoria-especial-para-
policiais.html 
11 22/02/2017 – Fonte - http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/justica-aceita-nova-denuncia-contra-sergio-cabral-que-passa-a-ser-reu-
pela-5-vez.ghtml 
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. 15 
Os crimes de lavagem de dinheiro cometidos pela quadrilha foram descobertos a partir de colaboração 
premiada. Nos depoimentos do colaborador foram apresentadas provas de transações no valor de R$ 
10,17 milhões, ocorridas entre 30 de agosto de 2007 e 28 de setembro de 2015. A conclusão dos 
procuradores, a partir do depoimento e de provas colhidas nas apreensões da Operação Calicute, em 
que o ex-governador Cabral foi preso em novembro passado, é de que os integrantes do grupo 
pretendiam converter a propina em ativos de aparência lícita. 
A denúncia mostra que o grupo lavou R$ 3,4 milhões pagos à GRALC/LRG Agropecuária em 139 
depósitos bancários que, segundo o MPF, tentou justificar, sem sucesso, uma consultoria que não 
aconteceu. Os procuradores e a Polícia Federal descobriram ainda que os integrantes do esquema 
ocultaram ainda a propriedade de dois carros: um Camaro 2SS conversível, avaliado em R$ 222,5 mil e 
de uma Grand Cherokee Limited, avaliada em R$ 212,8 mil. 
Sete imóveis no valor de R$ 6,3 milhões em diferentes bairros do Rio também estão neste esquema 
de lavagem realizado pela quadrilha, de acordo com o MPF. Ary Filho seria o responsável pela entrega 
do dinheiro em espécie, que depois era utilizado pelos colaboradores para pagar os serviços de fachada 
e adquirir os carros e imóveis em nome de suas próprias empresas. 
Os advogados do ex-governador Sérgio Cabral não irão se pronunciar sobre o assunto. O advogado 
Daniel Raizman, que defende Carlos Miranda, disse que o seu cliente "vai esclarecer os fatos no curso 
do processo". Já Marco Aurélio Assef, que defende Ary Filho, destacou que o seu cliente é funcionário 
público concursado e que elenega participação em organização criminosa sobretudo para prática de 
crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. "Não tomamos conhecimento formal da denúncia ainda", 
disse Assef. 
 
Salário de janeiro dos servidores do RJ será pago em seis parcelas12 
O Governo do Rio de Janeiro disse que começará a pagar nesta quarta-feira (22/02/17) os salários 
dos servidores do estado referente ao mês de janeiro. O pagamento do primeiro mês do ano de 2017 
será feito em seis parcelas. 
Nesta quarta, os servidores devem receber a primeira parcela do salário de janeiro no valor de R$ 577. 
No dia 3 de março, R$ 462. A terceira parcela, no valor de R$ 585, será depositada no dia 7. A quarta 
parcela, de R$ 378, será no dia 9 de março, no dia 13 a quinta parcela de até R$ 3.877 e o restante será 
pago no dia 15. 
Servidores da Educação e da Segurança já receberam o salário de janeiro. Os outros 175 mil 
servidores ativos, inativos e pensionistas ainda não receberam o salário. O Ministério Público e a 
Defensoria Pública pediram à Justiça que que impeçam 26 bancos de descontar o empréstimo 
consignado dos servidores. 
 
Juiz peruano ordena prisão de ex-presidente sob acusação de receber propina da Odebrecht13 
Um juiz peruano expediu nesta quinta-feira (9/2) ordem de prisão, nacional e internacional, do ex-
presidente Alejandro Toledo, que governou o país entre 2001 e 2006, por suspeita de envolvimento em 
cobrança de propina de US$ 20 milhões da construtora brasileira Odebrecht. 
O juiz Richard Concepción, titular do Primeiro Juizado de Investigação da Sala Penal Nacional, acolheu 
o pedido de prisão preventiva solicitado pelo promotor Hamilton Castro, que imputa ao ex-presidente os 
crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro. 
Toledo está fora do Peru. Ele tem residência na Califórnia, Estados Unidos, onde trabalha na 
Universidade de Stanford. Aparentemente, esteve no último final de semana em Paris, França. 
A promotoria pediu, na terça (7/2), a um tribunal a prisão por 18 meses do ex-presidente Toledo, 
acusado de receber subornos milionários da Odebrecht. Toledo responde como cidadão comum, pois sua 
imunidade parlamentar como ex-presidente venceu cinco anos após ter deixado o cargo. 
Apoiada em um testemunho do ex-gerente da Odebrecht no Peru, Jorge Barata, sua empresa pagou 
US$ 20 milhões como propina ao governo de Toledo para realizar a construção da estrada interoceânica 
que liga o Peru ao Brasil.Nos documentos do Ministério Público divulgados pela imprensa peruana, Barata 
conta que o intermediário foi o então chefe de segurança de Toledo, o israelense Avraham Dan On. 
Ele assegura que o dinheiro foi depositado nas contas do empresário peruano-israelense Josef 
Maiman, amigo do ex-presidente e que chegou a ser citado na lista da revista Forbes. 
 
 
 
12 22/02/2017 – Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/salario-de-janeiro-dos-servidores-do-rj-sera-parcelado-em-seis-
parcelas.ghtml 
13 10/02/2017 – Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/juiz-peruano-pede-prisao-de-ex-presidente-toledo-sob-acusacao-de-receber-
propina-da-odebrecht.ghtml 
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. 16 
Suborno na América Latina 
A Odebrecht carrega uma dívida cada vez maior desde que seu envolvimento nos crimes apurados na 
operação Lava Jato veio à tona. Em dezembro, o grupo brasileiro reconheceu a prática de suborno na 
América Latina. 
A Odebrecht admitiu o pagamento de US$ 29 milhões a funcionários peruanos em troca de contratos 
para obras no país entre os anos de 2005 e 2014, segundo documentos do Departamento de Justiça dos 
Estados Unidos (DoJ). 
No período, a construtora participou de mais de 40 projetos no Peru, que envolveram cerca de US$ 12 
bilhões em gastos públicos durante os governos de presidentes Alejandro Toledo, Alan García e Ollanta 
Humala. 
 
Propina em 12 países 
Em acordo de leniência firmado com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, derivado das 
investigações da Lava Jato, a Odebrecht admitiu ter pago em propina US$ 788 milhões entre 2001 e 2016 
e a Braskem, US$ 250 milhões entre 2006 e 2014, a funcionários do governo, representantes desses 
funcionários e partidos políticos do Brasil e de outros 11 países. Para o órgão dos EUA, é o "maior caso 
de suborno internacional na história". 
A construtora brasileira pagou propina para garantir contratos em mais de 100 projetos em Angola, 
Argentina, Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Moçambique, 
Panamá, Peru e Venezuela, segundo o Departamento de Justiça dos EUA. Na Colômbia, a empresa 
admitiu ter pago mais de US$ 11 milhões em propina entre 2009 e 2014. 
 
Bombeiros retiram todos os corpos do local do acidente que matou Teori14 
Foram resgatados os dois últimos corpos do acidente envolvendo o avião onde estava o ministro Teori 
Zavascki, em Paraty, Costa Verde do Rio de Janeiro. Trata-se do piloto do avião, Osmar Rodrigues, e de 
uma mulher que estava presa nas ferragens da aeronave. 
Cinco pessoas morreram na queda do avião no mar nesta quinta-feira (19): 
- Teori Zavascki, ministro do Supremo Tribunal Federal 
- Carlos Alberto Fernandes Filgueiras, empresário 
- Osmar Rodrigues, piloto do avião 
- Maira Lidiane Panas Helatczuk, massoterapeuta de Filgueiras 
- Maria Ilda Panas, mãe de Maira 
As identidades das duas mulheres foram confirmadas pelo Hotel Emiliano, o proprietário do avião, 
nesta sexta-feira (20). 
Equipes já tinham recuperado os corpos de Teori, do empresário e de uma das mulheres. Eles 
chegaram no início desta madrugada ao Instituto Médico Legal (IML) de Angra dos Reis (RJ) para perícia. 
As duas últimas vítimas foram levadas para um centro de apoio montado em uma marina às margens da 
rodovia Rio-Santos e posteriormente encaminhadas ao IML. 
Homens da Marinha, Aeronáutica e Bombeiros trabalharam nas buscas dos corpos. Os militares 
realizaram uma operação para estabilizar a aeronave, que tinha parte submersa. 
O avião prefixo PR-SOM era um modelo Hawker Beechcraft King Air C90 e pertencia ao grupo Emiliano 
Empreendimentos. De pequeno porte, tinha capacidade para oito pessoas. 
Segundo a Infraero, a aeronave decolou às 13h01 do Campo de Marte, em São Paulo, com destino a 
Paraty, e caiu próximo à Ilha Rasa, a 2 km de distância da cabeceira da pista do aeroporto da cidade 
fluminense. O acidente ocorreu por volta das 13h45. 
Ainda não está totalmente claro o que ocorreu. Chovia bastante no momento do queda, segundo 
imagens de radar. O mau tempo é um fator que pode comprometer a aproximação do aeroporto de Paraty, 
em que as aterrissagens só podem acontecer em condição visual. 
Testemunhas disseram que não houve explosão. Uma delas afirmou ter visto o avião voando baixo ao 
fazer uma curva e batendo uma das asas no mar. 
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que a documentação da aeronave estava regular. 
O certificado era válido até abril de 2022, e inspeção da manutenção (anual) estava válida até abril de 
2017. 
O piloto Osmar Rodrigues, de 56 anos, era conhecido por ser "muito cuidadoso" e chegou a dar 
palestra para outros pilotos sobre como fazer a rota São Paulo-Paraty, segundo informações do Bom Dia 
Brasil. 
 
14 20/01/2017. Fonte: http://g1.globo.com/rj/sul-do-rio-costa-verde/noticia/2017/01/bombeiros-retiram-todos-os-corpos-do-local-do-acidente-
que-matou-teori.html 
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Investigações 
A apuração das razões técnicas que contribuíram para o acidente, como a influência do mau tempo, 
da aeronave e do piloto, ficam a cargo do Cenipa, que esteve no local da queda na quinta-feira. Ministério 
Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF) irão apurar se houve eventual intenção deliberada de 
derrubar o avião. 
O MPF de Angra dos Reis, no litoral sul do Rio de Janeiro, abriu inquérito a respeito.A responsável é 
a procuradora da República Cristina Nascimento de Melo. 
Na PF, o inquérito está sob responsabilidade do delegado chefe da corporação em Angra, Adriano 
Antonio Soares. O policial aguarda a chegada em Angra de um grupo da PF de Brasília, especializado 
em acidentes aéreos. 
 
FGTS inativo começa a ser liberado em março15 
Os 10,1 milhões de trabalhadores que possuem saldo em contas inativas do Fundo de Garantia do 
Tempo de Serviço (FGTS) poderão sacar os recursos a partir de março. A ordem dos saques deve ser 
baseada no mês de aniversário do trabalhador. A Caixa propôs que a retirada seja feita até julho. O 
ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse ao “Estado” que esse cronograma foi aprovado pelo 
presidente. 
No entanto, outro ministro, sob condição de anonimato, disse que o período pode ser maior, de seis a 
oito meses. “Há problemas operacionais para a Caixa administrar uma demanda tão grande. Isso ainda 
está em discussão”, afirmou. Segundo ele, no entanto, a intenção é que os saques ocorram no menor 
tempo possível, se possível a maior parte no 1.º semestre, para que a injeção de recursos ainda surta 
efeito na retomada da economia ainda neste ano. 
Nesta quinta-feira, 19, o presidente Temer negou que haja qualquer modificação em relação ao 
anúncio que o governo federal havia feito no mês passado sobre liberar o total dos recursos nas contas 
inativas do FGTS. Em discurso durante o lançamento do pré-custeio do Plano Safra 2016/2017, em 
Ribeirão Preto (SP), Temer falou que não há possibilidade de impedir a retirada de dinheiro por parte de 
2% ou 3% das pessoas com recursos retidos no fundo, como foi publicado na imprensa. 
“Quero esclarecer que não houve nenhuma modificação, quem tiver dinheiro nas contas inativas vai 
sacar por inteiro, qualquer valor”, afirmou o presidente. Ele destacou que a medida vai ajudar o 
trabalhador a pagar dívidas e representa mais de R$ 30 bilhões na economia. 
De acordo com dados oficiais, há atualmente 18,6 milhões de contas inativas há mais de um ano, com 
saldo total de R$ 41 bilhões. A estimativa do governo é que 70% das pessoas com direito ao saque 
procurem a Caixa para ter acesso aos saldos das contas. Para os defensores da ideia, os saques não 
vão causar impacto significativo no saldo do FGTS, que é da ordem de R$ 380 bilhões. 
Assim que foi divulgada essa medida, como pacote de presente de Natal do governo, o setor da 
construção criticou a decisão de liberar o saldo total das contas inativas. A primeira ideia do governo era 
limitar entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil. Na última hora, o presidente foi convencido com o argumento de que 
86% dessas contas têm saldo inferior a R$ 880 (salário mínimo de 2016). 
Construtoras e incorporadoras, no entanto, protestaram e disseram que 2% das contas detinham 
valores muito elevados e que esses recursos não seriam injetados na economia rela mas apenas 
aplicados em outros investimentos mais rentáveis. 
A Caixa chegou a propor um teto de 10 salários mínimos atuais (R$ 9.370,00), mas o presidente teria 
decidido imediatamente, segundo relatos de fontes que estavam na reunião, que não colocaria restrição 
ao valor dos saques. 
Para um ministro, é equivocada a ideia de que esses recursos dos trabalhadores que detêm grandes 
volumes nas contas inativas não vão movimentar a economia. Segundo ele, podem ser justamente esses 
trabalhadores que aproveitem a oportunidade para aumentar o consumo de bens de grande valor. 
 
PROCESSO DE IMPEACHMENT DE DILMA16 
Às 13h34 desta quarta-feira (31/08/16), Dilma Rousseff (PT) sofreu impeachment e encerrou seu 
mandato frente à Presidência da República. Em discurso após a votação no Senado, Dilma disse que 
sofreu um segundo golpe e prometeu uma oposição “firme e incansável”. Às 16h49, Michel Temer (PMDB) 
deixou a vice-presidência oficialmente e foi empossado presidente. Mais tarde, na primeira reunião 
ministerial, respondeu aos opositores, prometendo não levar “desaforo para casa”: “golpista é você”. 
 
 
 
15 20/01/2017 – Fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,fgts-inativo-comeca-a-ser-liberado-em-marco,70001635046 
16 31/08/2016 – Fonte: http://especiais.g1.globo.com/politica/processo-de-impeachment-de-dilma/2016/impeachment-de-dilma/ 
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Após 73 horas, o julgamento do impeachment no Senado terminou com o veredicto de condenação de 
Dilma por crime de responsabilidade, pelas "pedaladas fiscais" no Plano Safra e por ter editado decretos 
de crédito suplementar sem autorização do Congresso Nacional. Foram 61 a favor e 20 contrários ao 
impeachment, sem abstenções. Em uma segunda votação, os senadores decidiram manter a 
possibilidade de Dilma disputar novas eleições e assumir cargos na administração pública. 
Governistas surpresos com a segunda votação prometeram recorrer. Segundo o colunista Gerson 
Camarotti, a divisão foi costurada entre PT e PMDB para aliviar Dilma. O senador Aloysio Nunes (PSDB-
SP) decidiu entregar o cargo, mas Temer não aceitou. O senador Fernando Collor, que sofreu 
impeachment em 1992, criticou: "dois pesos, duas medidas”. 
 
Discurso de Dilma 
Em seu primeiro pronunciamento, a agora ex-presidente Dilma Rousseff afirmou que a decisão é o 
segundo golpe de estado que enfrenta na vida e que os senadores que votaram pelo seu afastamento 
definitivo rasgaram a Constituição. Ao lado de aliados, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi 
enfática: "Ouçam bem: eles pensam que nos venceram, mas estão enganados. Sei que todos vamos 
lutar. Haverá contra eles a mais firme, incansável e enérgica oposição que um governo golpista pode 
sofrer. 
 
Posse de temer 
Três horas após o afastamento de Dilma Rousseff, Michel Temer foi empossado o novo presidente da 
República. A cerimônia durou apenas 11 minutos. Ao apertar a mão de Temer, o presidente do Senado, 
Renan Calheiros (PMDB-AL), disse a ele: "Estamos juntos". 
Na primeira reunião ministerial do governo, Temer afirmou que agora a cobrança sobre o governo será 
"muito maior" e rejeitou a acusação de que o impeachment foi um golpe. "Golpista é você, que está contra 
a Constituição", afirmou dirigindo-se a Dilma. 
O novo presidente embarca para a China, onde participa, nos dias 4 e 5, em Hangzhou, da Cúpula de 
Líderes do G20, grupo das 20 principais economias do mundo. Temer afirmou que vai "revelar aos olhos 
do mundo que temos estabilidade política e segurança jurídica." Durante a ausência, assume 
provisoriamente a Presidência o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual presidente da Câmara. 
 
Repercussão e manifestações 
Após a votação final do impeachment, houve protestos a favor e contra Temer pelo país. Na Avenida 
Paulista, um grupo protestava contra o impeachment, enquanto outro comemorava com bolo e 
champagne. 
 
Repercussão internacional 
A rede norte-americana CNN deu grande destaque à notícia em seu site e afirmou que a decisão é 
“um grande revés” para Dilma, mas "pode não ser o fim de sua carreira política". O argentino “Clarín” 
afirma que o afastamento de Dilma marca “o fim de uma era no Brasil”. O “El País”, da Espanha, chamou 
a atenção para a resistência da ex-presidente, que decidiu enfrentar o processo até o final, apesar das 
previsões de que seu afastamento seria concretizado. 
 
E como fica agora?17 
O rito da destituição de Dilma foi consumado e o Partido dos Trabalhadores (PT), que a sustentava, 
passa à oposição, depois de 13 anos no poder. Mas o Senado manteve os direitos políticos dela, o que 
lhe permitirá se candidatar a cargos eletivos e exercer funções na administração pública. 
A saída da presidenta era desejada, segundo as pesquisas, por 61% dos brasileiros, o que não impede 
que tenha sido uma comoção nacional. 
 
Senadores aprovam parecer, Dilma vira ré e vai a julgamento em plenário18 
O Senado aprovou por 59 votos a 21 na madrugada desta quarta-feira (10/08/2016),

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