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1 
 
 
 
 
 
 
 
Prefeitura de Boa Vista-RR 
Conhecimentos de assuntos atuais e relevantes nas áreas da política, economia, transporte, 
sociedade, meio ambiente, educação, saúde, ciência, tecnologia, desenvolvimento sustentável, 
segurança pública, energia, relações internacionais, suas inter-relações e vinculações 
históricas .................................................................................................................................. 1 
 
 
 
 
Olá Concurseiro, tudo bem? 
 
Sabemos que estudar para concurso público não é tarefa fácil, mas acreditamos na sua dedicação e por 
isso elaboramos nossa apostila com todo cuidado e nos exatos termos do edital, para que você não 
estude assuntos desnecessários e nem perca tempo buscando conteúdos faltantes. Somando sua 
dedicação aos nossos cuidados, esperamos que você tenha uma ótima experiência de estudo e que 
consiga a tão almejada aprovação. 
 
Pensando em auxiliar seus estudos e aprimorar nosso material, disponibilizamos o e-mail 
professores@maxieduca.com.br para que possa mandar suas dúvidas, sugestões ou 
questionamentos sobre o conteúdo da apostila. Todos e-mails que chegam até nós, passam por uma 
triagem e são direcionados aos tutores da matéria em questão. Para o maior aproveitamento do Sistema 
de Atendimento ao Concurseiro (SAC) liste os seguintes itens: 
 
01. Apostila (concurso e cargo); 
02. Disciplina (matéria); 
03. Número da página onde se encontra a dúvida; e 
04. Qual a dúvida. 
 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhar em e-mails separados, pois facilita 
e agiliza o processo de envio para o tutor responsável, lembrando que teremos até cinco dias úteis para 
respondê-lo (a). 
 
Não esqueça de mandar um feedback e nos contar quando for aprovado! 
 
Bons estudos e conte sempre conosco! 
Apostila gerada especialmente para: Valdirene de Alencar 000.969.372-62
 
1 
 
 
 
 
 
Bolsonaro e Damares trocam integrantes da Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos1 
 
Mudança ocorre dias após órgão declarar que Fernando Santa Cruz, opositor do regime militar, foi 
morto pelo Estado. Presidente afirmou, sem apresentar provas, que militante foi assassinado por 
organização de esquerda. 
O presidente Jair Bolsonaro trocou quatro dos sete integrantes da Comissão sobre Mortos e 
Desaparecidos Políticos. A mudança ocorreu uma semana após o colegiado declarar que a morte, 
durante a ditadura militar, do pai do atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi 
provocada pelo Estado. Segundo Bolsonaro, ele foi morto pelo grupo de esquerda do qual fazia parte. 
A alteração na comissão foi publicada no “Diário Oficial da União” desta quinta-feira (01/08), com a 
assinatura do presidente e da ministra Damares Alves, da pasta da Mulher, da Família e dos Direitos 
Humanos. Segundo Bolsonaro, a mudança ocorreu porque mudou o presidente da República. 
"O motivo [é] que mudou o presidente, agora é o Jair Bolsonaro, de direita. Ponto final. Quando eles 
botavam terrorista lá [na comissão], ninguém falava nada. Agora mudou o presidente. Igual mudou a 
questão ambiental também", afirmou Bolsonaro nesta manhã na saída do Palácio da Alvorada. 
De acordo com o decreto publicado nesta quinta-feira, estas são as alterações feitas na composição 
da Comissão sobre Mortos e Desaparecidos: 
- Marco Vinicius Pereira de Carvalho substitui Eugênia Augusta Gonzaga Fávero, atual presidente do 
colegiado 
- Weslei Antônio Maretti substitui Rosa Maria Cardoso da Cunha 
- Vital Lima Santos substitui João Batista da Silva Fagundes 
- Filipe Barros Baptista de Toledo Ribeiro substitui Paulo Roberto Severo Pimenta 
 
No último dia 24, atestado de óbito emitido pela comissão apontou que a morte de Fernando Santa 
Cruz, pai do atual presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, se deu de forma “não natural, violenta, causada 
pelo Estado brasileiro”. Nesta segunda-feira (29/07), Bolsonaro afirmou que "um dia" contaria ao filho de 
Santa Cruz como o pai dele desapareceu durante a ditadura militar (1964-1985). 
Horas após a declaração, Bolsonaro afirmou, sem apresentar provas, que a morte não foi causada 
pelos militares, mas pelo "grupo terrorista" — nas palavras de próprio presidente — Ação Popular do Rio 
de Janeiro, do qual Santa Cruz pai fazia parte. 
Além do atestado de óbito emitido pela Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, relatório da 
Comissão Nacional da Verdade destaca que documentos da Marinha e da Aeronáutica apontam que 
Fernando Santa Cruz foi preso e desapareceu enquanto estava sob custódia das Forças Armadas, em 
1974. 
 
Assessor de Damares presidirá comissão 
O novo presidente da Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, Marco Vinicius Pereira de 
Carvalho, é filiado ao PSL, partido de Bolsonaro, e assessor especial de Damares. Ele foi funcionário da 
prefeitura de Taió (SC). 
A presidente substituída do colegiado, primeira na lista de trocas, havia criticado Bolsonaro na 
segunda-feira pelas declarações relacionadas a Santa Cruz. "Consideramos extremamente grave pela 
dor dos familiares, mas também pelo fato de ser um presidente da República de um país que vem 
assumindo essas mortes desde 1995, pelo menos", afirmou Eugênia Gonzaga. 
Questionada pela TV Globo sobre ter sido retirada da comissão nesta quinta-feira, Eugênia disse que 
"já esperava". 
 
1 Vitor Sorano e Felipe Néri. Bolsonaro e Damares trocam integrantes da Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. G1 Política. 
https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/08/01/bolsonaro-e-damares-trocam-integrantes-da-comissao-sobre-mortos-e-desaparecidos-
politicos.ghtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=g1. Acesso em 01 de agosto de 2019. 
Conhecimentos de assuntos atuais e relevantes nas áreas da política, economia, 
transporte, sociedade, meio ambiente, educação, saúde, ciência, tecnologia, 
desenvolvimento sustentável, segurança pública, energia, relações 
internacionais, suas inter-relações e vinculações históricas 
 
Política 
saúde 
Apostila gerada especialmente para: Valdirene de Alencar 000.969.372-62
 
2 
 
"Eu ainda não tinha visto. Eu já esperava desde a caminhada do silêncio. Lamento muito também, mas 
ia acontecer mais cedo ou mais tarde”, declarou a presidente substituída da Comissão sobre Mortos e 
Desaparecidos Políticos. 
Em nota, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos disse que as trocas promovidas 
na comissão, "apesar de concluídas agora, foram solicitadas em 28 de maio". De acordo com a pasta, a 
iniciativa foi para "otimizar os trabalhos". 
"O interesse deste Ministério é acelerar o serviço para que os familiares requerentes obtenham a 
respostas sobre o paradeiro de seus entes queridos", disse o ministério no texto. 
 
Comissão criada em 1995 
A Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos foi criada em 1995, durante o governo de 
Fernando Henrique Cardoso. 
A lei nº 9.140 estabelece que o colegiado realizará o reconhecimento de desaparecidos por atividades 
políticas entre 1961 e 1979, período que engloba parte da ditadura militar até o ano em que foi promulgada 
a Lei da Anistia. 
A legislação também estabelece que os sete membros da comissão devem ser de livre escolha do 
presidente da República, sendo que quatro deles devem ser escolhidos: 
- dentre os membros da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados 
- dentre as pessoas com vínculo com os familiares das pessoas referidas em lista divulgada pelo 
governo federal em 1995 
- dentre os membros do Ministério Público Federal 
- dentre os integrantes do Ministério da Defesa (este item se referia, inicialmente, a integrantes das 
Forças Armadas, o que foi alterado em lei de 2004) 
 
Relembre o caso 
Na segunda-feira (29/07), Bolsonaro disse que "um dia" contaria para o presidente da OAB como o pai 
havia morrido. "Ele não vai querer saber a verdade", disse Bolsonaro. 
Felipe Santa Cruz respondeu que acionaria o Supremo para que o presidente esclarecessea fala. 
Santa Cruz afirmou, ainda, que Bolsonaro agiu como um "amigo do porão da ditadura". 
O presidente da OAB também disse, em carta de repúdio divulgada pela entidade, que Bolsonaro 
demonstra "traços de caráter graves em um governante: a crueldade e a falta de empatia" e que todas as 
autoridades do país devem "obediência à Constituição Federal". 
Mais tarde, Bolsonaro afirmou que o pai do presidente da OAB foi morto pelo "grupo terrorista" Ação 
Popular do Rio de Janeiro, e não pelos militares. 
O atestado de óbito de Fernando, incluído no último dia 24 no sistema da Comissão de Mortos e 
Desaparecidos, diz que ele foi morto pelo Estado brasileiro. 
A presidente substituída da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos classificou a 
fala de Bolsonaro como "extremamente grave". 
O presidente da OAB entrou com interpelação no STF para que Bolsonaro conte o que diz saber sobre 
o pai dele. 
O ministro do Supremo Luis Roberto Barroso, relator do caso na Corte, vai notificar Bolsonaro, que 
não é obrigado a responder as perguntas. Só depois que Felipe Santa Cruz decidirá se entra com uma 
ação por crime como injúria, calúnia ou difamação. 
 
Gustavo Montezano toma posse como presidente do BNDES2 
 
Engenheiro e economista foi escolhido há um mês para substituir Joaquim Levy à frente do banco 
público. Bolsonaro participou da cerimônia de posse, no Palácio do Planalto. 
O novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), Gustavo Montezano, 
tomou posse nesta terça-feira (16/07) em cerimônia no Palácio do Planalto com a presença do 
presidente Jair Bolsonaro e ministros. 
Engenheiro e economista, Montezano foi escolhido no mês passado para presidir o banco no lugar 
de Joaquim Levy, que pediu demissão após Bolsonaro falar que ele estava com a "cabeça a prêmio". 
Bolsonaro exigiu de Levy a saída do diretor de Mercado de Capitais do BNDES, Marcos Barbosa Pinto. 
O diretor foi chefe de gabinete de Demian Fiocca na presidência do BNDES (2006-2007). 
 
2 Guilherme Mazui e Luiz Felipe Barbiéri. Gustavo Montezano toma posse como presidente do BNDES. G1 Política. 
https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/07/16/gustavo-montezano-toma-posse-como-presidente-do-bndes.ghtml. Acesso em 16 de julho de 2019. 
Apostila gerada especialmente para: Valdirene de Alencar 000.969.372-62
 
3 
 
Fiocca era considerado, no governo federal, um homem de confiança de Guido Mantega, ministro da 
Fazenda nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Após a declaração de Bolsonaro, o 
próprio Barbosa Pinto pediu demissão – e depois Levy. 
 
Perfil 
Gustavo Montezano é graduado em engenharia pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e tem 
mestrado em finanças pelo Ibmec. 
O novo presidente do BNDES tem 17 anos de carreira no mercado financeiro e foi sócio do Banco 
Pactual, onde atuou como diretor-executivo da área de commodities em Londres e como responsável 
pela área de crédito, resseguros e "project finance". 
Antes de assumir a presidência do BNDES, posto na equipe do ministro Paulo Guedes (Economia), 
Montezano era o secretário especial adjunto de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da 
Economia. 
À frente do BNDES, Montezano terá entre suas prioridades privatizações, investimentos em 
infraestrutura, saneamento e reestruturação financeira de estados e municípios. 
Quando Montezano teve o nome anunciado, o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, 
declarou que o governo deseja que o BNDES devolva recursos para o Tesouro Nacional e que seja aberta 
a “caixa-preta do passado” da instituição. 
Desde a campanha eleitoral Bolsonaro critica empréstimos concedidos pelo BNDES a países como 
Cuba e Venezuela. 
 
Reforma da Previdência: entenda ponto a ponto a proposta aprovada em primeiro turno3 
 
Aprovação ocorreu nesta quarta-feira (10/07); veja como podem ficar as novas regras para as 
aposentadorias e pensões. 
O texto-base da reforma da Previdência foi aprovado em primeiro turno no plenário da Câmara nesta 
quarta-feira (10/07). Foram 379 votos favoráveis e 131 contrários. 
O projeto terá que ser aprovado também em segundo turno e ainda poderá sofrer modificações. 
Depois, se for aprovada, a reforma terá que ser apreciada também pelo Senado. 
A proposta de emenda à Constituição (PEC) para mudar as regras de aposentadoria foi apresentada 
pelo governo Bolsonaro no dia 20 de fevereiro. 
A comissão especial da Câmara aprovou o texto com mudanças na semana passada, a partir do 
parecer do relator Samuel Moreira (PSDB-SP). Foi esse o texto aprovado também no plenário, nesta 
quarta. Agora, a próxima etapa é votar os destaques, propostas para alterar o texto-base. 
A proposta aprovada no plenário reduz a previsão de economia para os cofres públicos com a reforma 
para R$ 990 bilhões em 10 anos, segundo cálculos do secretário especial de Previdência e Trabalho, 
Rogério Marinho. O projeto enviado pelo governo ao Legislativo previa, inicialmente, uma economia de 
R$ 1,236 trilhão em 10 anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 G1. Reforma da Previdência: entenda ponto a ponto a proposta aprovada em primeiro turno. https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/07/05/reforma-da-
previdencia-entenda-ponto-a-ponto-a-proposta-que-vai-ao-plenario-da-camara.ghtml. Acesso em 11 de julho de 2019. 
Apostila gerada especialmente para: Valdirene de Alencar 000.969.372-62
 
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Entenda, ponto a ponto, o texto aprovado no plenário da Câmara: 
 
Idade mínima e tempo de contribuição 
 
 
 
A proposta cria uma idade mínima de aposentadoria. Ao final do tempo de transição, deixa de haver a 
possibilidade de aposentadoria por tempo de contribuição. A idade mínima de aposentadoria será de anos 
para mulheres e de 65 para homens. 
O tempo mínimo de contribuição será de 20 anos para homens e de 15 anos para mulheres. Para os 
servidores, o tempo de contribuição mínimo será de 25 anos. 
Professores, policiais federais, agentes penitenciários e educativos terão regras diferenciadas. 
As novas regras não valerão para os servidores estaduais e dos municípios com regime próprio de 
Previdência, uma vez que o projeto aprovado pela comissão especial tirou a extensão das regras da 
reforma para estados e municípios. 
 
Regras de transição 
A proposta prevê 5 regras de transição para os trabalhadores da iniciativa privada que já estão no 
mercado. Uma dessas regras vale também para servidores – além disso, esta categoria tem uma opção 
específica. Para todas as modalidades vão vigorar por até 14 anos depois de aprovada a reforma. Pelo 
texto, o segurado poderá sempre optar pela forma mais vantajosa. 
 
Transição 1: sistema de pontos (para INSS) 
A regra é semelhante à formula atual para pedir a aposentadoria integral, a fórmula 86/96. O 
trabalhador deverá alcançar uma pontuação que resulta da soma de sua idade mais o tempo de 
contribuição, que hoje é 86 para as mulheres e 96 para os homens, respeitando um mínimo de 35 anos 
de contribuição para eles, e 30 anos para elas. A transição prevê um aumento de 1 ponto a cada ano, 
chegando a 100 para mulheres e 105 para os homens. 
 
Transição 2: tempo de contribuição + idade mínima (para INSS) 
Nessa regra, a idade mínima começa em 56 anos para mulheres e 61 para os homens, subindo meio 
ponto a cada ano. Em 12 anos acaba a transição para as mulheres e em 8 anos para os homens. Nesse 
modelo, é exigido um tempo mínimo de contribuição: 30 anos para mulheres e 35 para homens. 
 
 
Apostila gerada especialmente para: Valdirene de Alencar 000.969.372-62
 
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Transição 3: pedágio de 50% – tempo de contribuição para quem está próximo de se aposentar 
(para INSS) 
Quem está a dois anos de cumprir o tempo mínimo de contribuição que vale hoje (35 anos para homens 
e 30 anos para mulheres) ainda pode se aposentar sem a idade mínima, mas vai pagar um pedágio de 
50% do tempo que falta. Por exemplo, quem estiver a um ano da aposentadoria deverá trabalhar mais 
seis meses, totalizando um anoe meio. O valor do benefício será reduzido pelo fator previdenciário, um 
cálculo que leva em conta a expectativa de sobrevida do segurado medida pelo IBGE, que vem 
aumentando ano a ano. 
 
Transição 4: por idade (para INSS) 
É preciso preencher dois requisitos. Homens precisam de ter 65 anos de idade e 15 anos de 
contribuição. Mulheres precisam ter 60 anos de idade e 15 de contribuição. Mas, a partir de janeiro de 
2020, a cada ano a idade mínima de aposentadoria da mulher será acrescida de seis meses, até chegar 
a 62 anos em 2023. Além disso, também a partir de janeiro de 2020, a cada ano o tempo de contribuição 
para aposentadoria dos homens será acrescido de seis meses, até chegar a 20 anos em 2029. 
 
Transição 5: pedágio de 100% (para INSS e servidores) 
Para poder se aposentar por idade na transição, trabalhadores do setor privado e do setor público 
precisarão se enquadrar na seguinte regra: idade mínima de 57 anos para mulheres e de 60 anos para 
homens, além de pagar um "pedágio" equivalente ao mesmo número de anos que faltará para cumprir o 
tempo mínimo de contribuição (30 ou 35 anos) na data em que a PEC entrar em vigor. 
Por exemplo, um trabalhador que já tiver a idade mínima mas tiver 32 anos de contribuição quando a 
PEC entrar em vigor terá que trabalhar os 3 anos que faltam para completar os 35 anos, mais 3 de 
pedágio. 
 
Transição específica para servidores 
Para os servidores públicos, está prevista também uma transição por meio de uma pontuação que 
soma o tempo de contribuição mais uma idade mínima, começando em 86 pontos para as mulheres e 96 
pontos para os homens. 
A regra prevê um aumento de 1 ponto a cada ano, tendo duração de 14 anos para as mulheres e de 9 
anos para os homens. O período de transição termina quando a pontuação alcançar 100 pontos para as 
mulheres, em 2033, e a 105 pontos para os homens, em 2028, permanecendo neste patamar. 
O tempo mínimo de contribuição dos servidores será de 35 anos para os homens e de 30 anos para 
as mulheres. A idade mínima começa em 61 anos para os homens. Já para as mulheres, começa em 56 
anos. 
 
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Cálculo do benefício 
O valor da aposentadoria será calculado com base na média de todo o histórico de contribuições do 
trabalhador (não descartando as 20% mais baixas como feito atualmente). 
Com 20 anos de contribuição (o mínimo para os trabalhadores privados do regime geral), a pessoa 
terá direito a 60% do valor do benefício integral, que irá subir 2 pontos percentuais para cada ano a mais 
de contribuição. O trabalhador terá direito a 100% do benefício com 40 anos de contribuição. 
Quem se aposentar pelas regras de transição terá o teto de 100%. Quem se aposentar já pela regra 
permanente não terá esse teto, podendo receber mais de 100% do benefício integral, se contribuir por 
mais de 40 anos. O valor, no entanto, não poderá ser superior ao teto (atualmente em R$ 5.839,45), nem 
inferior a um salário mínimo. 
 
 
 
 
 
 
 
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8 
 
O texto também garante o reajuste dos benefícios pela inflação. 
 
 
Para servidores que ingressaram até 31 de dezembro de 2003, a integralidade da aposentadoria será 
mantida para quem se aposentar aos 65 anos (homens) ou 62 (mulheres). Para quem ingressou após 
2003, o critério para o cálculo do benefício é igual ao do INSS. 
 
Aposentadoria rural 
Pelo texto, a idade mínima fica mantida em 55 anos para mulheres e 60 para homens. O tempo mínimo 
de contribuição também fica em 15 anos para mulheres e para homens. A proposta atinge, além de 
trabalhadores rurais, pessoas que exercem atividade economia familiar, incluindo garimpeiro e pescador 
artesanal. 
 
Benefício de Prestação Continuada (BPC) 
O texto a ser votado permite que pessoas com deficiência e idosos em situação de pobreza continuem 
a receber 1 salário mínimo a partir dos 65 anos, mas prevê a inclusão na Constituição do critério para 
concessão do benefício. Essa regra já existe atualmente, mas consta de uma lei ordinária, passível de 
ser modifica 
da mais facilmente que uma norma constitucional. 
 
Apostila gerada especialmente para: Valdirene de Alencar 000.969.372-62
 
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Mudança na alíquota de contribuição 
A proposta prevê uma mudança na alíquota paga pelo trabalhador. Os trabalhadores que recebem um 
salário maior vão contribuir com mais. Já os recebem menos vão ter uma contribuição menor, de acordo 
com a proposta. 
Haverá também a união das alíquotas do regime geral – dos trabalhadores da iniciativa privada – e do 
regime próprio – aqueles dos servidores públicos. 
Pelo texto, as alíquotas efetivas (percentual médio sobre todo o salário) irão variar entre 7,5% e 
11,68%. Hoje, variam de 8% a 11% no INSS. 
 
Para os servidores públicos, irão as alíquotas efetivas irão variar de 7,5% a mais de 16,79%. 
Atualmente, o funcionário público federal paga 11% sobre todo o salário, caso tenha ingressado antes de 
2013. Quem entrou depois de 2013 paga 11% até o teto do INSS. 
 
 
 
Aposentadoria por incapacidade permanente 
Pela proposta, o benefício, que hoje é chamado de aposentadoria por invalidez e é de 100% da média 
dos salários de contribuição para todos, passa a ser de 60% mais 2% por ano de contribuição que exceder 
20 anos. Em caso de invalidez decorrente de acidente de trabalho, doenças profissionais ou do trabalho, 
o cálculo do benefício não muda. 
 
 
 
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10 
 
Pensão por morte 
Pela proposta, o valor da pensão por morte ficará menor. Tanto para trabalhadores do setor privado 
quanto para o serviço público, o benefício familiar será de 50% do valor mais 10% por dependente, até o 
limite de 100% para cinco ou mais dependentes. O texto garante benefício de pelo menos 1 salário mínimo 
nos casos em que o beneficiário não tenha outra fonte de renda. 
Quem já recebe pensão por morte não terá o valor de seu benefício alterado. Os dependentes de 
servidores que ingressaram antes da criação da previdência complementar terão o benefício calculado 
obedecendo o limite do teto do INSS. 
 
Limite de acumulação de benefícios 
Hoje, não há limite para acumulação de diferentes benefícios. A proposta prevê que o beneficiário 
passará a receber 100% do benefício de maior valor, somado a um percentual da soma dos demais. Esse 
percentual será de 80% para benefícios até 1 salário mínimo; 60% para entre 1 e 2 salários; 40% entre 2 
e 3; 20% entre 3 e 4; e de 10% para benefícios acima de 4 salários mínimos. 
Ficarão fora da nova regra as acumulações de aposentadorias previstas em lei: médicos, professores, 
aposentadorias do regime próprio ou das Forças Armadas com regime geral. 
 
Abono salarial 
O pagamento do abono salarial fica restrito aos trabalhadores com renda até R$ 1.364,43. Hoje, é 
pago para quem recebe até 2 salários mínimos. 
 
Salário-família e auxílio-reclusão 
O texto define que os beneficiários do salário-família e do auxílio-reclusão devem ter renda de até R$ 
1.364,43. 
 
Aposentadoria de policiais e agentes penitenciários 
A proposta atinge apenas policiais federais, agentes penitenciários e educativos; para policiais 
militares, policiais civis e bombeiros ficam mantidas as regras atuais, com exigências próprias 
determinadas por cada estado. 
A regra mantém a idade mínima da aposentadoria em 55 anos, mas mantém em vigor uma lei de 1985 
que determina pelo menos 30 anos de contribuição, e 25 na função para ambos os sexos. 
Ficou de fora do texto, o trecho que determinava que policiais militares e bombeiros teriam as mesmas 
regras de aposentadoria e pensão das Forças Armadas - que não estão contempladas na proposta de 
reforma do governo federal – até que uma lei complementar local defina normas para essas corporações. 
O governo apresentouno dia 30 de março a proposta específica de reforma da previdência dos 
militares, que terá um outro trâmite no Congresso - ou seja, a aprovação dessa PEC não muda nada para 
eles. 
 
Aposentadorias dos professores 
Pelo texto, as professoras poderão se aposentar com 57 anos de idade e 25 anos de contribuição; os 
professores, com 60 de idade e 25 anos de contribuição. Para os servidores da rede pública, as regras 
são as mesmas, com a exigência de ao menos 10 anos de serviço público e 5 no cargo. 
 
Aposentadoria de magistrados 
A proposta do governo não tratava especificamente do assunto. Mas o texto aprovado pela comissão 
especial propõe retirar da Constituição a possibilidade da aplicação da pena disciplinar de aposentadoria 
compulsória. 
 
Um dia antes da votação da Previdência, governo libera mais de R$ 1 bi em emendas 
 
Governo publicou 37 portarias no 'Diário Oficial da União' para liberação de recursos do orçamento em 
emendas parlamentares, cuja aplicação é indicada por deputados e senadores. 
Um dia antes do início da votação da reforma da Previdência no plenário da Câmara dos Deputados, 
o governo liberou R$ 1,135 bilhão em emendas parlamentares vinculadas à área da saúde. 
A previsão de recursos está em 37 portarias publicadas em edição extra do "Diário Oficial da União" de 
segunda-feira (08/07). 
Segundo as portarias, os recursos são para incremento temporário do limite financeiro da Assistência 
de Média e Alta Complexidade e do piso da Atenção Básica. 
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As emendas parlamentares são recursos previstos no Orçamento da União, cuja aplicação é indicada 
por deputados e senadores. O dinheiro tem de ser empregado em projetos e obras nos estados e 
municípios. Quando ocorre o empenho, o valor da emenda fica registrado em "contas a pagar", e o 
Executivo é obrigado efetuar o pagamento. 
Com a aprovação do orçamento impositivo, o governo passou a ser obrigado a liberar todo ano a verba 
prevista para as emendas. No entanto, o Palácio do Planalto pode decidir como fará a distribuição ao 
longo dos meses. 
Segundo levantamento da ONG Contas Abertas, só nos primeiros cinco dias de julho foram 
empenhados R$ 2,551 bilhões em emendas. O valor dos cinco primeiros dias de julho é superior ao 
empenhado durante todo o primeiro semestre de 2019. De janeiro a junho o valor das emendas 
impositivas empenhadas foi de R$ 1,773 bilhão. 
Segundo Gil Castelo Branco, secretário-geral da Contas Abertas, o valor até o quinto dia de julho é 
superior ao empenhado em julho de 2017 em meio às denúncias apresentadas contra o ex-presidente 
Michel Temer. 
"Esse é o idioma das conversas entre o Executivo e o Legislativo. Podem acontecer outras 
negociações, mas a liberação de emendas nunca deixa de acontecer. Não há irregularidade, visto que as 
emendas são obrigatórias. Mas os governos as liberam estrategicamente às vésperas de votações 
importantes. Sempre foi assim, e agora não parece diferente", afirmou Castelo Branco. 
 
Votação 
A votação da reforma da Previdência é considerada prioritária pelo governo para sanar as contas 
públicas, a proposta de reforma da Previdência que altera as regras de aposentadoria foi aprovada na 
semana passada pela comissão especial. 
A expectativa é a de que a votação seja iniciada nesta terça-feira (09/07) no plenário da Câmara. Por 
se tratar de uma emenda à Constituição, são necessários dois turnos de votação com o apoio de ao 
menos 308 dos 513 deputados, antes de seguir para o Senado. 
Em rápida entrevista nesta terça, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a Câmara vai aprovar a 
reforma da Previdência com "toda a certeza" em dois turnos antes do recesso parlamentar, marcado para 
começar no dia 18 de julho. 
"Segundo informações de vocês mesmos [da imprensa], o Rodrigo Maia é o nosso general dentro da 
Câmara, agora, para aprovar com toda a certeza antes do recesso os dois turnos dessa nova 
Previdência”" disse o presidente, após uma visita ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. 
 
Oposição 
Uma reunião entre líderes partidários da Câmara na manhã desta terminou sem acordo sobre o passo 
a passo da votação da reforma no plenário da Casa. 
Parlamentares a favor da proposta queriam convencer a oposição a não apresentar o chamado "kit 
obstrução" (requerimentos regimentais com o objetivo de atrasar os trabalhos). 
Em troca, as sessões desta terça seriam destinadas apenas aos debates, deixando o início da votação 
para quarta (09/07). Além disso, a oposição se comprometeria a apresentar somente dois requerimentos 
de obstrução. 
A oposição, porém, não acatou a sugestão e vai discutir uma estratégia em uma reunião a portas 
fechadas. 
Ao chegar à reunião, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a intenção é tentar 
votar o texto principal ainda nesta terça, para deixar os destaques para quarta (10/07). 
 
Voto evangélico 
Segundo a colunista do G1 Andréia Sadi, em meio à articulação por votos pela reforma da Previdência, 
parlamentares da bancada evangélica conseguiram uma sinalização nos últimos dias do governo de que 
haverá mudanças na declaração de receitas e despesas de Igrejas à Receita Federal. Os evangélicos 
somam 108 deputados e 10 senadores. 
Igrejas são isentas de todos os tributos pela Constituição, assim como partidos e sindicatos, mas 
precisam informar à Receita Federal receitas e despesas a cada três meses. 
De acordo com o deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), vice-líder da frente evangélica no 
Congresso, a demanda que será atendida pelo governo não tem a ver com os votos para a reforma da 
Previdência, apesar de ocorrer neste momento. 
 
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Senado aprova pacote anticorrupção com punição para abuso de autoridade4 
 
Texto de 2016 foi modificado e prevê detenção para juízes e procuradores em caso de abuso; também 
cria o crime de caixa 2 eleitoral. Projeto voltará à Câmara para nova análise. 
O Senado aprovou nesta quarta-feira (26/06) o projeto que estabelece um pacote de medidas 
anticorrupção no qual foi incluída a punição para juízes e integrantes do Ministério Público que cometerem 
abuso de autoridade. 
O projeto foi aprovado pela Câmara em 2016 e como sofreu alterações no Senado terá de ser 
reanalisado pelos deputados. 
A proposta tem origem em um texto de iniciativa popular apresentado em 2015 e defendido 
pelo Ministério Público, conhecido como o projeto das 10 medidas contra a corrupção. 
O pacote recebeu mais de 2 milhões de assinaturas de apoio. Quando passou pela Câmara, foi 
alterado por deputados. À época, as mudanças foram alvo de críticas, e a Câmara foi acusada de 
desfigurar o projeto. 
Desde 2017, o texto estava parado no Senado. Há duas semanas, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-
MG) apresentou relatório ao texto, modificando vários pontos. 
Esse parecer foi aprovado mais cedo, nesta quarta, pela Comissão de Constituição e Justiça do 
Senado e seguiu para análise do plenário. 
A análise do projeto acontece três semanas depois de o The Intercept revelar mensagens atribuídas 
ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, e a integrantes da Lava Jato. Segundo o site, as mensagens mostram 
que Moro, ainda como juiz, orientou a atuação de procuradores, o que ele e o Ministério Púbico negam. 
 
Abuso de autoridade 
Pelo texto aprovado pelo Senado, o magistrado incorrerá em abuso de autoridade se: 
 
- proferir julgamento quando impedido por lei; 
- atuar com "evidente" motivação política; 
- expressar opinião, por qualquer meio de comunicação, no meio do processo (só poderá se manifestar 
por meio do voto ou decisão); 
- exercer outro cargo (ser professor está autorizado); 
- for sócio de empresas (pode ser somente acionista); 
- receber recompensa (financeira, por exemplo) por atuação em processos. 
 
O projeto prevê que integrantes do Ministério Público cometerão abuso de autoridade se: 
- instaurarem processosem provas e indícios suficientes; 
- recusarem a praticar sua função; 
- receberem incentivo financeiro no decorrer do processo; 
- atuarem como advogados; 
- expressarem, por qualquer meio de comunicação, "juízo de valor indevido" no meio de processo que 
ainda não foi concluído (o integrante do MP poderá fazer críticas nos autos, em obras técnicas ou ao dar 
aulas); 
- atuarem com "evidente" motivação político-partidária. 
O texto também prevê punição para juízes e procuradores que violarem alguns direitos de advogados, 
como o de se comunicar com o cliente reservadamente. 
 
Punições previstas 
Conforme o texto aprovado pelo senado: 
- a autoridade que violar as regras estará sujeita à pena de detenção de 6 meses a 2 anos, além de 
multa; 
- a detenção será aplicada em condenações mais leves e não admitirá o início do cumprimento em 
regime fechado. 
Pela proposta, estará configurado o crime de abuso de autoridade quando o juiz ou o procurador atuar 
com a finalidade específica de prejudicar uma pessoa ou de beneficiar a si mesmo ou a terceiros, por 
"mero capricho ou satisfação pessoal". 
O texto determina ainda que a divergência na interpretação da lei e das provas não configurará abuso. 
Na prática, esse item visa evitar a chamada "criminalização de hermenêutica" ou seja, da interpretação 
das leis. 
 
4 Sara Resende e Gustavo Garcia. Senado aprova pacote anticorrupção com punição para abuso de autoridade. G1 Política. 
https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/06/26/senado-pacote-anticorrupcao-abuso-de-autoridade.ghtml. Acesso em 27 de junho de 2019. 
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Outros pontos 
Ainda de acordo com o projeto: 
- qualquer pessoa poderá denunciar um magistrado se identificar abuso de autoridade; 
- se a pessoa não tiver documentos que comprovem o crime, precisará indicar o local onde as provas 
podem ser encontradas; 
- os crimes de abuso de autoridade serão processados por ação penal pública; 
- a pessoa que se sentir lesada poderá apresentar queixa subsidiária se o Ministério Público não 
intentar a ação pública no prazo legal (ou seja, poderá prestar queixa na Justiça se, após denunciar o 
abuso, o MP não apurar o caso). 
 
Repercussão 
Em uma rede social, o coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, criticou 
o projeto, chamando a proposta de "retrocesso". Disse que a redação tem "pegadinhas" e citou o trecho 
sobre queixa subsidiária. 
Para Dallagnol, esse ponto cria a possibilidade de o investigado "investigar e acusar o próprio 
investigador". 
À colunista do G1 e da GloboNews Andréia Sadi, o relator Rodrigo Pacheco (DEM-MG) negou que a 
proposta tenha "pegadinha". Afirmou que o texto "pune excessos". 
 
Pacote anticorrupção 
No trecho referente às medidas de combate à corrupção, o projeto tipifica o crime de caixa 2 eleitoral. 
A prática consiste em o candidato não declarar à Justiça o recebimento de doação para a campanha. 
Atualmente, não há legislação que defina esse crime. Quando um político o comete, é enquadrado em 
artigo do Código Eleitoral sobre falsidade ideológica, com pena de até cinco anos de reclusão. 
O crime, conforme o projeto, acontecerá quando: "Arrecadar, receber ou gastar o candidato, o 
administrador financeiro ou quem de fato exerça essa função, ou quem atuar em nome do candidato ou 
partido, recursos, valores, bens ou serviços estimáveis em dinheiro, paralelamente à contabilidade exigida 
pela lei eleitoral". 
A punição, de acordo com o projeto, será: 
- reclusão de dois a cinco anos; 
- se a fonte do dinheiro for ilegal, a pena aumentará de um a dois terços. 
 
Corrupção como crime hediondo 
O texto inclui a corrupção e outros crimes na lista dos hediondos, cujas penas são mais severas. 
Segundo a proposta, serão considerados crimes hediondos: 
- peculato (desvio de recursos públicos por político ou funcionário que o administra); 
- corrupção ativa (oferecer dinheiro ou bens para o político fazer algo em troca); 
- corrupção passiva (solicitar ou receber vantagem indevida); 
- corrupção ativa em transação comercial internacional; 
- inserção de dados falsos em sistema de informações; 
- concussão (exigir vantagem indevida); 
- excesso de exação qualificado pelo desvio (exigência, por funcionário público, de pagamento 
indevido); 
- quando a vantagem ou o prejuízo para a administração pública for igual ou superior a dez mil salários 
mínimos vigentes à época do fato. 
 
Compra de votos 
O projeto também criminaliza a compra de votos. O texto inclui no Código Eleitoral reclusão de um a 
quatro anos e multa para quem "negociar ou propor a negociação" de voto em troca de "dinheiro ou 
qualquer outra vantagem". 
 
Saiba como foi a sessão 
Os senadores debateram a proposta por mais de duas horas na sessão desta quarta-feira. O relator, 
Rodrigo Pacheco, subiu à tribunal para dizer que o objetivo do projeto não é inibir a atividade de juízes e 
de procuradores. 
"Evidentemente que não há a compreensão, e nem se pretende que se aceite, de que o abuso de 
autoridade seja algo a inibir a atividade daqueles que legitimamente atuam como juízes, como membros 
do Ministério Público", disse Pacheco. 
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"Só se caracterizará abuso de autoridade nas hipóteses ali elencadas se houver uma finalidade 
daquele que o pratica de prejudicar alguém, ou de se beneficiar, ou de beneficiar terceiros, ou, então, por 
capricho e satisfação pessoal", completou o relator. 
O líder do Podemos, Alvaro Dias (PR), afirmou que o combate à corrupção, intenção original da 
proposta das 10 medidas, não tinha conexão com a criminalização do abuso de autoridade. Ele 
acrescentou a proposta pode limitar a atuação de juízes e de procuradores. 
"As dez medidas de combate à corrupção, que nasceram da vontade popular, não chegaram até o 
Senado. Elas ficaram nos escaninhos da Câmara, porque lá, numa madrugada trágica, o projeto foi 
mutilado, foi adulterado, foi estraçalhado e chegou ao Senado como o verdadeiro Frankenstein da 
legislação brasileira. Morreu. Ficou no túmulo do esquecimento até agora", disse. 
“E agora ressuscita sob os auspícios daqueles que querem, certamente, de boa ou de má-fé, limitar a 
ação dos investigadores e dos julgadores no momento em que a Operação Lava Jato é alvejada por 
violentas agressões com o objetivo de comprometer o seu êxito, o seu desdobramento e os seus 
resultados”, concluiu Alvaro Dias. 
 
Cidades brasileiras têm transporte público parcialmente parado e protestos nesta sexta-feira5 
 
Mobilização foi convocada contra cortes na educação e a reforma da Previdência. Por volta de 9h, ao 
menos 20 estados e o DF tinham sido afetados. 
Cidades brasileiras registram protestos e paralisações em serviços públicos na manhã desta sexta-
feira (14/06). Trabalhadores cruzaram os braços contra os cortes do governo na educação e a reforma 
da Previdência. Por volta de 9h, ao menos 20 estados e o DF tinham sido afetados. 
No início da manhã, os efeitos da paralisação eram sentidos nas grandes cidades principalmente no 
transporte público e com o fechamento de vias. Somente parte das linhas de ônibus, trem ou metrô 
funcionavam em capitais como São Paulo, João Pessoa, Curitiba, Maceió e Salvador. No Rio, protestos 
bloquearam vias da cidade. 
 
Resumo 
- No Rio, vias foram bloqueadas por manifestantes, e a PM chegou a usar bomba de efeito moral para 
dispersar protesto, mas o transporte público não parou 
- Em SP, somente algumas linhas do metrô paralisaram, e houve bloqueio de vias importantes por 
protestos 
- Em Salvador, ônibus foram atacados por pedras 
- Escolas e universidades amanheceram fechadas em locais como Goiás, São Paulo, Sergipe Distrito 
Federal, Minas Gerais e Pará 
- Até 8h05, 43 cidades de 14 estados tinham registrado protesto 
- Até 8h15, 31 cidades haviam registrado paralisação de serviços em 15 estados e no DF 
 
Comissão do Senado aprovaprojeto que derruba decreto de armas de Bolsonaro6 
 
Decisão ainda precisa passar pelo plenário e pela Câmara; votação deve ocorrer ainda nesta quarta-
feira (12/06). 
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira a derrubada dos 
decretos do presidente Jair Bolsonaro que flexibilizaram o porte de armas, com o argumento de que 
Bolsonaro extrapolou suas funções ao editá-los. Na semana passada, a CCJ já havia demonstrado que 
o resultado poderia ser desfavorável ao governo. Para ter validade, a decisão ainda precisa passar pelo 
plenário, o que deve ocorrer ainda nesta quarta, e pela Câmara dos Deputados. 
A CCJ analisou conjuntamente sete projetos de decretos legislativos (PDLs) que pedem a revogação 
dos decretos. O relator, Marcos do Val (PPS-ES), foi contrário aos projetos e defendeu sua manutenção. 
Seu relatório, no entanto, foi rejeitado por 15 votos a 9. No seu lugar, foi aprovado simbolicamente um 
voto em separado apresentado por Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB). 
Ainda nesta quarta-feira, a CCJ incluiu na pauta, de última hora, um projeto que tipifica o crime de 
abuso de autoridade. A discussão sobre o tema acontece em meio à crise provocada pela divulgação da 
suposta troca de mensagens entre o ministro Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol. 
 
5 G1. Cidades brasileiras têm transporte público parcialmente parado e protestos nesta sexta-feira. G1 Política. 
https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/06/14/cidades-brasileiras-tem-paralisacoes-em-servicos-publicos-nesta-sexta-feira.ghtml. Acesso em 14 de junho de 2019. 
6 Amanda Almeida. Daniel Gullino. Comissão do Senado aprova projeto que derruba decreto de armas de Bolsonaro. O Globo. 
https://oglobo.globo.com/brasil/comissao-do-senado-aprova-projeto-que-derruba-decreto-de-armas-de-bolsonaro-23734402. Acesso em 13 de junho de 2019. 
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Prevendo a derrota na questão relativa às armas, Marcos do Val tentou sensibilizar os senadores com 
uma história pessoal: ele relatou que sua irmã sofreu ameaças de morte recentemente e que, por isso, 
está pedindo a flexibilização das regras. 
— É a única maneira que ela está encontrando de garantir a vida dela. A segurança pública não tem 
condição de estar em todos os lugares em todos os momentos. Minha irmã nunca tocou em arma na vida 
dela. Depois dessa ameaçava, ela está se preparando. Não é o que ela queria, mas é a oportunidade que 
ela está tendo, por esse decreto, de proteger a vida dela. Eu peço para vocês, por favor, não tirem esse 
direito dela. 
Diversos senadores ressaltaram que não estavam debatendo a flexibilização ou não do porte de 
armas, mas sim a maneira pela qual ela foi feita, ou seja, por meio de decreto. Espiridião Amin (PP-SC), 
por exemplo, votou pela derrubada do decreto, mas defendeu que o Legislativo debata essa questão em 
breve. 
— Voto por considerar que este decreto exorbita, reconhecendo que será muito apropriado que o 
Legislativo trate desde assunto na forma constitucional e legal devida. 
Mesmo na discussão do mérito, houve discordância sobre os efeitos do decreto. Para o senador Flávio 
Bolsonaro (PSL-RJ), ele é necessário porque a política desarmamentista falhou em evitar homicídios. 
— O que mais em impressiona é como parece que estamos vivendo em um paraíso de segurança 
pública. Estou vendo os senadores defendendo um modelo falido. O Brasil é recordista mundial por 
homicídio cometido por arma de fogo. Por causa dessa política desarmamentista. 
Já Alessandro Vieira (PPS-ES) ressaltou a possibilidade da flexibilização facilitar o desvio de armas e 
munição. 
— O desordenamento que está sendo promovido pelo decreto, a desregulamentação excessiva, a 
concessão de calibres absurdos, quantidade de munição absurdas, ele só ajuda ao fabricante de arma e 
ao criminoso. 
 
Bolsonaro determinou que Defesa faça as 'comemorações devidas' do golpe de 64, diz porta-
voz7 
 
Golpe que deu início a ditadura militar no Brasil completará 55 anos no próximo dia 31. Segundo Otávio 
Rêgo Barros, para Bolsonaro movimento militar de 1964 não foi golpe. 
O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou nesta segunda-feira (25/03) 
que o presidente Jair Bolsonaro determinou ao Ministério da Defesa que faça as "comemorações devidas" 
pelos 55 anos do golpe que deu início a uma ditadura militar no país. 
O golpe militar que depôs o então presidente João Goulart ocorreu em 31 de março de 1964. Após o 
ato, iniciou-se uma ditadura que durou 21 anos. No período, não houve eleição direta para presidente. O 
Congresso Nacional chegou a ser fechado, mandatos foram cassados e houve censura à imprensa. 
Na semana passada, Rêgo Barros havia dito que não haveria nenhum tipo de comemoração 
relacionada à data. Nesta segunda, porém, o porta-voz mudou o discurso. 
"O nosso presidente já determinou ao Ministério da Defesa que faça as comemorações devidas com 
relação a 31 de março de 1964, incluindo uma ordem do dia, patrocinada pelo Ministério da Defesa, que 
já foi aprovada pelo nosso presidente", afirmou Rêgo Barros durante entrevista coletiva no Palácio do 
Planalto. 
Questionado por jornalistas sobre o que seriam as "comemorações devidas", Rêgo Barros respondeu: 
"Aquilo que os comandantes acharem dentro das suas respectivas guarnições e dentro do contexto em 
que devam ser feitas". Ele afirmou que não há previsão de nenhum tipo de ato no Palácio do Planalto no 
próximo dia 31. 
Desde o período em que foi deputado federal, Bolsonaro sempre defendeu que o Brasil não viveu uma 
ditadura entre 1964 e 1985, mas, sim, um "regime com autoridade". De acordo com o porta-voz da 
Presidência, o agora presidente da República não considera que houve um golpe militar em 1964. 
"O presidente não considera 31 de março de 1964 um golpe militar. Ele considera que a sociedade, 
reunida e percebendo o perigo que o país estava vivenciando naquele momento, juntou-se, civis e 
militares, e nós conseguimos recuperar e recolocar o nosso país em um rumo que, salvo o melhor juízo, 
se isso não tivesse ocorrido, hoje nós estaríamos tendo algum tipo de governo aqui que não seria bom 
para ninguém", disse. 
 
7 Guilherme Mazui. Bolsonaro determinou que Defesa faça as 'comemorações devidas' do golpe de 64, diz porta-voz. G1 Política. 
https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/03/25/bolsonaro-determinou-que-defesa-faca-as-comemoracoes-devidas-do-golpe-de-64-diz-porta-
voz.ghtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=g1. Acesso em27 de março de 2019 
Apostila gerada especialmente para: Valdirene de Alencar 000.969.372-62
 
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Ao votar a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff, Bolsonaro homenageou em 
plenário o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, reconhecido pela Justiça de São Paulo como torturador 
durante o regime militar. Para Bolsonaro, Ustra é um "herói brasileiro". 
Segundo a Comissão da Verdade, 434 pessoas foram mortas pelo regime ou desapareceram durante 
o período – somente 33 corpos foram localizados. 
Diante disso, a comissão entregou em 2014 à então presidente Dilma Rousseff um documento no 
qual responsabilizou 377 pessoas pelas mortes e pelos desaparecimentos durante a ditadura. 
 
Reforma da Previdência 
Na mesma entrevista, Rêgo Barros afirmou que Bolsonaro está “disposto” e “aberto” a realizar a 
interlocução com deputados e senadores para aprovar a reforma da Previdência no Congresso Nacional. 
“O presidente fará todos os esforços necessários para que a proposta da Previdência avance, sob a 
batuta agora do Congresso Nacional, mas entendendo que ele é parte dessa solução”, disse. 
Nos últimos dias, Bolsonaro e Maia travaram um duelo de declarações sobre a responsabilidade pela 
articulação e aprovação da reforma. O porta-voz disse que o presidente pretende buscar a paz na relação 
com os parlamentares. 
“Embora não tenha sido boina azul, ele [Bolsonaro] tem como lema ‘tudo pela paz’. Então,ele 
procurará, como sempre procurou, a paz a fim de, por meio da interlocução convencer e até aceitar ser 
convencido. 
 
Embaixada em Israel 
O porta-voz foi perguntando se Bolsonaro cogita anunciar durante viagem a Israel, a partir de sábado 
(30/03), a transferência da embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém, uma das promessas que fez 
após ter sido eleito. 
Rêgo Barros afirmou que Bolsonaro defende mais tempo para avaliar a questão. “Nosso presidente 
vem advogando que merece um estudo um pouco mais aprofundado, que ele o fará ao longo do tempo e 
no tempo necessário”, disse. 
 
Michel Temer e Moreira Franco são presos pela Lava Jato do RJ8 
 
Mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da Justiça Federal do Rio de Janeiro. Procurada 
pela G1, a defesa do ex-presidente não atendeu. 
O ex-presidente Michel Temer foi preso em São Paulo na manhã desta quinta-feira (21/03) pela força-
tarefa da Lava Jato do Rio de Janeiro. Os agentes também prenderam o ex-ministro Moreira Franco no 
Rio. A PF cumpre mandados contra mais seis pessoas, entre elas empresários. 
Preso, Temer será levado para o Aeroporto de Guarulhos, onde vai embarcar em um voo e será levado 
ao Rio de Janeiro em um avião da Polícia Federal. O ex-presidente deve fazer exame de corpo de delito 
do IML em um local reservado e não deve ser levado à sede da PF de São Paulo, na Lapa. 
Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, 
responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro. A prisão de Temer é preventiva. 
Temer falou por telefone ao jornalista Kennedy Alencar, da CBN, no momento em que havia sido 
preso. O ex-presidente afirmou que a prisão "é uma barbaridade". 
Desde quarta-feira (20/03), a PF tentava rastrear e confirmar a localização de Temer, sem ter sucesso. 
Por isso, a operação prevista para as primeiras horas da manhã desta quinta-feira atrasou. 
O G1 ligou para a defesa de Temer, mas até a última atualização desta reportagem os advogados não 
haviam atendido a ligação. 
O G1 falou às 11h40 com o advogado Rafael Garcia, que defende o ex-ministro de Minas e Energia 
Moreira Franco em um dos inquéritos contra ele no STF, mas ele disse que não estava autorizado a falar 
e orientou a procurar o advogado Antônio Pitombo. A reportagem ligou para o escritório de Pitombo, mas 
não conseguiu falar com ele. 
O MDB, partido do ex-presidente, divulgou uma nota. "O MDB lamenta a postura açodada da Justiça 
à revelia do andamento de um inquérito em que foi demonstrado que não há irregularidade por parte do 
ex-presidente da República, Michel Temer e do ex-ministro Moreira Franco. O MDB espera que a Justiça 
restabeleça as liberdades individuais, a presunção de inocência, o direito ao contraditório e o direito de 
defesa", diz o texto. 
 
 
 
8 A, Guimarães. Soares, P. R. Martins, M. A. Michel Temer e Moreira Franco são presos pela Lava Jato do RJ. https://g1.globo.com/rj/rio-de-
janeiro/noticia/2019/03/21/forca-tarefa-da-lava-jato-faz-operacao-para-prender-michel-temer-e-moreira-franco.ghtml. Acesso em 21 de março de 2019 
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17 
 
Inquéritos contra Temer 
Temer é um dos alvos da Lava Jato do Rio. A prisão teve como base a delação de José Antunes 
Sobrinho, dono da Engevix. O empresário disse à Polícia Federal que pagou R$ 1 milhão em propina, a 
pedido do coronel João Baptista Lima Filho (amigo de Temer), do ex-ministro Moreira Franco e com o 
conhecimento do presidente Michel Temer. A Engevix fechou um contrato em um projeto da usina de 
Angra 3. 
Além deste inquérito, o ex-presidente Michel Temer responde a nove inquéritos. Cinco deles 
tramitavam no Supremo Tribunal Federal (STF), pois foram abertos à época em que o emedebista era 
presidente da República e foram encaminhados à primeira instância depois que ele deixou o cargo. Os 
outros cinco foram autorizados pelo ministro Luís Roberto Barroso em 2019, quando Temer já não tinha 
mais foro privilegiado. Os inquéritos foram enviados à primeira instância. 
Michel Temer (MDB) foi o 37º presidente da República do Brasil. Ele assumiu o cargo em 31 de agosto 
de 2016, após o impeachment de Dilma Rousseff, e ficou até o final do mandato, encerrado em dezembro 
do ano passado. 
Eleito vice-presidente na chapa de Dilma duas vezes consecutivas, Temer chegou a ser o coordenador 
político da presidente, mas os dois se distanciaram logo no começo do segundo mandato. 
Formado em direito, Temer começou a carreira pública nos anos 1960, quando assumiu cargos no 
governo estadual de São Paulo. Ao final da ditadura, na década de 1980, foi deputado constituinte e, 
alguns anos depois, foi eleito deputado federal quatro vezes seguidas. Chegou a ser presidente do PMDB 
por 15 anos. 
 
Senado aprova multa para empregador que pagar salário diferente para homem e mulher 
 
Proposta pretende assegurar igualdade de remuneração entre gêneros. Antes de virar lei, texto ainda 
terá que ser votado pela Câmara dos Deputados e sancionado pelo presidente. 
O Senado aprovou nesta quarta-feira (13/03) uma proposta que prevê multa para o empregador que 
não pagar o mesmo salário para homens e mulheres que exercem a mesma função. 
A proposta, que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), segue agora para a análise da 
Câmara. Se for aprovado pelos deputados, o texto também terá que ser sancionado pelo presidente da 
República para virar lei. 
Pela proposta, a empresa que descumprir a regra será multada em valor correspondente ao dobro da 
diferença salarial verificada, calculada sobre cada mês em que ocorreu o pagamento desigual. O valor da 
multa, segundo o projeto, será repassado à vítima da discriminação. 
A igualdade salarial entre homens e mulheres é prevista na CLT, que diz que "a todo trabalho de igual 
valor corresponderá salário igual, sem distinção de sexo". No entanto, defensores da proposta afirmam 
que a regra nem sempre é seguida. 
"A diferença salarial entre homem e mulher fere o princípio da isonomia consagrado em nossa 
Constituição e legislação vigente. Contudo, e apesar das inúmeras políticas de igualdade de gênero 
promovidas pelas mais diversas organizações, sejam públicas ou privadas, ainda se registram casos de 
discriminação contra a mulher no que se refere a remuneração", escreveu o autor do projeto, senador 
Fernando Bezerra (MDB-PE), na justificativa da proposta. 
O texto também prevê multa para o empregador que, além do sexo, considerar a idade, a cor ou 
situação familiar como variável determinante para fins de remuneração, formação profissional e 
oportunidades de ascensão profissional. 
 
Governo publica decreto que concede indulto para presos com doenças graves9 
 
Presidente assinou decreto de perdão de pena restrito e humanitário para doentes graves e terminais 
nesta sexta-feira (08/02). Decreto foi publicado no 'Diário Oficial da União' nesta segunda. 
O governo federal publicou nesta segunda-feira (11/02), no "Diário Oficial da União", indulto 
humanitário (perdão de pena) para presos brasileiros e estrangeiros com doenças graves e terminais. O 
decreto proíbe indulto a condenados por corrupção, crimes hediondos e de tortura, entre outros. 
Bolsonaro assinou o decreto na sexta-feira (08/02), no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde 
está internado desde o dia 28 de janeiro em razão de uma cirurgia para retirar a bolsa de colostomia e 
religar o intestino. 
 
9 G1. Governo publica decreto que concede indulto para presos com doenças graves. G1 Política. https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/02/11/decreto-que-
concede-indulto-para-presos-com-doencas-graves-e-publicado-no-diario-oficial.ghtml. Acesso em 11 de fevereiro de 2019. 
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De acordo com o decreto, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça e da 
Segurança Pública, Sérgio Moro, caberá ao juiz de cada caso a decisão de conceder ou não o indulto,depois de ouvir o Ministério Público e a defesa do condenado. 
 
O texto prevê indulto nos seguintes casos: 
- por paraplegia, tetraplegia ou cegueira adquirida posteriormente à prática do delito ou dele 
consequente, comprovada por laudo médico oficial, ou, na falta do laudo, por médico designado pelo juízo 
da execução; 
- por doença grave, permanente, que, simultaneamente, imponha severa limitação de atividade e que 
exija cuidados contínuos que não possam ser prestados no estabelecimento penal, desde que 
comprovada por laudo médico oficial, ou, na falta do laudo, por médico designado pelo juízo da execução; 
ou 
- por doença grave, neoplasia maligna ou síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids), desde 
que em estágio terminal. 
 
O indulto fica proibido nos seguintes casos: 
- Condenados por crimes hediondos; 
- Crimes com grave violência contra pessoa; 
- Crimes de tortura; 
- Envolvimento com organizações criminosas; 
- Terrorismo; 
- Violação e assédio sexual; 
- Estupro de vulnerável; 
- Corrupção de menores; 
- Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente; 
- Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou 
de vulnerável; 
- Peculato; 
- Concussão; 
- Corrupção passiva; 
- Corrupção ativa; 
- Tráfico de influência; 
- Vender/transportar ou se envolver com drogas; 
 
O indulto é geralmente concedido todos os anos, em período próximo ao Natal. A prática está prevista 
na Constituição como atribuição exclusiva do presidente da República. 
Depois de eleito, em novembro do ano passado, Bolsonaro afirmou em rede social que não concederia 
indulto a presos em seu governo. 
 
Decreto polêmico 
No fim do ano passado, o ex-presidente Michel Temer decidiu não editar o decreto de indulto de Natal. 
O indulto concedido por ele em 2017 está em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). 
O julgamento foi interrompido em novembro do ano passado por um pedido de vista. Seis ministros 
votaram a favor do decreto e dois contras. Faltam os votos de outros três ministros. 
Na época da assinatura do indulto, o coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, 
procurador Deltan Dallagnol, chegou a dizer que o decreto de Temer era um "feirão de natal para 
corruptos". 
 
Lula é condenado por Gabriela Hardt a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção e lavagem de 
dinheiro no sítio de Atibaia10 
 
A juíza federal Gabriela Hardt, da Operação Lava Jato, condenou nesta quarta-feira, (06/02), o ex-
presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa, passiva 
e lavagem de dinheiro na ação penal que envolve o sítio Santa Bárbara, em Atibaia. O petista foi 
sentenciado por supostamente receber R$ 1 milhão em propinas referentes às reformas do imóvel, que 
 
10 Brandt, R. Vassallo, Affonso, J. Macedo, F. Lula é condenado por Gabriela Hardt a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no sítio de 
Atibaia. Estadão Política. https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/gabriela-hardt-condena-lula-a-12-anos-e-11-meses-de-prisao-por-corrupcao-e-
lavagem-de-dinheiro-no-sitio-de-atibaia/?utm_source=twitter:newsfeed&utm_medium=social-organic&utm_campaign=redes-
sociais:022019:e&utm_content=:::&utm_term=. Acesso em 07 de fevereiro de 2019. 
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está em nome de Fernando Bittar, filho do amigo de Lula e ex-prefeito de Campinas, Jacó Bittar. Segundo 
a sentença, as obras foram custeadas pelas empreiteiras OAS e Odebrecht. 
A pena é maior do que a imposta pelo ex-juiz federal Sérgio Moro. Em julho de 2017, o então 
magistrado da Lava Jato condenou o ex-presidente no caso triplex a 9 anos e seis meses de prisão. 
A sentença de Gabriela Hardt tem 360 páginas. Também foram condenados os empresários José 
Adelmário Pinheiro Neto, o Léo Pinheiro, ligado a OAS, a 1 ano, 7 meses e 15 dias, o pecuarista José 
Carlos Bumlai a 3 anos e 9 meses, o advogado Roberto Teixeira a 2 anos de reclusão, o empresário 
Fernando Bittar (proprietário formal do sítio) a 3 anos de reclusão e o empresário ligado à OAS Paulo 
Gordilho a 3 anos de reclusão. 
A juíza condenou os empresários Marcelo Odebrecht a 5 anos e 4 meses, Emilio Odebrecht a 3 anos 
e 3 meses, Alexandrino Alencar a 4 anos e Carlos Armando Guedes Paschoal a 2 anos. O engenheiro 
Emyr Diniz Costa Junior recebeu 3 anos de prisão. Todos são delatores e, por isso, vão cumprir as penas 
acertadas em seus acordos. 
Gabriela Hardt absolveu Rogério Aurélio Pimentel, o ‘capataz’ das obras do sítio. 
A Lava Jato afirma que o sítio passou por três reformas: uma sob comando do pecuarista José Carlos 
Bumlai, no valor de R$ 150 mil, outra da Odebrecht, de R$ 700 mil e uma terceira reforma na cozinha, 
pela OAS, de R$ 170 mil, em um total de R$ 1,02 milhão. 
 
Propriedade 
A juíza federal Gabriela Hardt afirmou que a família do petista ‘usufruiu do imóvel como se dona 
fosse’. “Inclusive, em 2014, Fernando Bittar alegou que sua família já não o frequentava com assiduidade, 
sendo este usado mais pela família de Lula”, anotou a juíza. A magistrada afirmou, no entanto, que a 
ação penal não ‘passa pela propriedade formal do sítio’. 
Em sentença, Hardt considerou que o valor de R$ 1 milhão empregado 
por OAS, Schahine Odebrecht no Sítio Santa Bárbara foram propinas em benefício do ex-presidente. Ela 
ressalta que a denúncia oferecida pela Operação Lava Jato narra “reforma e decoração de instalações e 
benfeitorias” que teriam sido realizadas em benefício de Luiz Inácio Lula da Silva e família. 
“O registro da propriedade do imóvel em que realizadas tais reformas está em nome de Fernando 
Bittar, também réu nos presentes autos, pois a ele imputado auxílio na ocultação e dissimulação do 
verdadeiro beneficiário”, anotou. 
De acordo com a magistrada. ‘os proprietários dos dois imóveis são pessoas que possuem vínculo 
com a família do ex-presidente, vínculo esse afirmado por todos os envolvidos’. “Ainda, as operações 
contaram com a participação do advogado Roberto Teixeira, pessoa também vinculada de forma próxima 
a Luiz Inácio Lula da Silva, sendo lavradas as duas escrituras pelo mesmo escrevente, em seu escritório”. 
“Fato também incontroverso é o uso frequente do sítio pela família de Luiz Inácio Lula da Silva, sendo 
que, ao menos em alguns períodos, também resta incontroverso que a família do ex-presidente chegou 
a usá-lo até mais do que a família Bittar”, escreveu. 
 
Depoimentos e alegações 
Em interrogatório, Bumlai declarou não ter pago ‘nem um real’. O sítio de Atibaia está em nome do 
empresário Fernando Bittar, filho de Jacó Bittar, amigo de longa data do ex-presidente. 
Em depoimento, Fernando Bittar negou que tenha pago a obra. “Eu não sei dizer se eles (Lula e 
Marisa) pagaram. Mas na minha cabeça…” 
Apontado por delatores como o homem de confiança do ex-presidente que tocou a obra do sítio, o ex-
segurança de Lula Rogério Aurélio Pimentel afirmou ter sido o ‘capataz’ das reformas no imóvel e 
confirmou os pagamentos da Odebrecht. 
Em alegações finais, a defesa do ex-assessor da Presidência da República afirmou que se ele ‘não 
sabia sequer as quantias que continham nos envelopes, tampouco possa se esperar que soubesse de 
eventual origem ilícita dos valores’. 
Na sentença, Gabriela Hardt anotou que se exige de um presidente da República ‘um comportamento 
exemplar’. “Luiz Inácio Lula da Silva responde a outras ações penais, inclusive perante este Juízo, mas 
sem trânsito em julgado, motivo pelo qual deve ser considerado como sem antecedentes negativos. A 
culpabilidade é elevada. O condenado recebeu vantagem indevida em decorrência do cargo de 
Presidente da República, de quem se exige um comportamento exemplar enquanto maior mandatário da 
República”, afirmou. 
A juíza afirmou também ‘o esquema de corrupção sistêmica criado tinha por objetivo também, de forma 
espúria, garantir a governabilidade e a manutenção’ doPT no Poder. 
“O crime foi praticado em um esquema criminoso mais amplo no qual o pagamento de propinas havia 
se tornado rotina. Consequências também devem ser valoradas negativamente, pois o custo da propina 
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foi repassado à Petrobrás, através da cobrança de preço superior à estimativa, aliás propiciado pela 
corrupção, com o que a estatal ainda arcou com o prejuízo no valor equivalente”, anotou. 
“Reputo passível de agravamento neste tópico os motivos do crime, pois o esquema de corrupção 
sistêmica criado tinha por objetivo também, de forma espúria, garantir a governabilidade e a manutenção 
do Partido no Poder.” 
 
Petrobrás 
Ao sentenciar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 12 anos e 11 meses de prisão por supostas 
propinas de R$ 1 milhão referentes às reformas do sítio em Atibaia, a juíza federal Gabriela Hardt afirmou 
que o petista tinha o papel de ‘dar suporte à continuidade do esquema de corrupção havido na Petrobrás’, 
ainda que não tenha sido ‘comprovada sua participação específica em cada negociação realizada nessas 
contratações’. 
“Comprovado ainda que o réu Luiz Inácio Lula da Silva teve participação ativa neste esquema, tanto 
ao garantir o recebimento de valores para o caixa do partido ao qual vinculado, quanto recebendo parte 
deles em benefício próprio. Tais verbas foram solicitadas e recebidas indevidamente em razão da função 
pública por ele exercida, pouco importando pelo tipo penal se estas se deram parcialmente após o final 
do exercício de seu mandato”, anotou. 
De acordo com a magistrada, o ‘fato de sua responsabilidade não ter sido apurada em auditorias 
internas ou externas da Petrobras, ou o fato das nomeações de Diretores passarem pelo crivo do 
Conselho da Administração não afastam sua responsabilidade’. “Como já dito em outros julgamentos, 
auditorias são limitadas, e nem sequer identificaram à época oportuna o grande esquema de corrupção 
já desvendado”. 
 
Ação 
O sítio Santa Bárbara é pivô da terceira ação penal da Lava Jato, no Paraná, contra o ex-presidente – 
além de sua segunda condenação. O petista ainda é acusado por corrupção e lavagem de dinheiro por 
supostas propinas da Odebrecht – um terreno que abrigaria o Instituto Lula e um apartamento vizinho ao 
que morava o ex-presidente em São Bernardo do Campo. 
 
Prisão 
O ex-presidente já cumpre pena de 12 anos e um mês de prisão no caso triplex, em ‘sala especial’, na 
sede da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba, desde 7 abril de 2018, por ordem do então juiz federal 
Sérgio Moro. 
Lula foi sentenciado pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região pelos crimes de corrupção passiva 
e lavagem de dinheiro envolvendo suposta propina de R$ 2,2 milhões da OAS referente às reformas do 
imóvel. 
 
Saiba quem é Davi Alcolumbre, o novo presidente do Senado11 
 
Aos 41 anos, senador do DEM foi eleito neste sábado (02/02) para comandar a Casa pelos próximos 
dois anos. Ele começou como vereador de Macapá e foi deputado federal três vezes. 
O novo presidente do Senado é aliado do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), que, 
nos bastidores, articulava apoio a ele. A mulher de Lorenzoni, Denise Verbeling, trabalha no gabinete do 
Alcolumbre. 
Embora seja de um partido posicionado mais à direita no espectro político, Alcolumbre tem entre seus 
principais conselheiros o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que é de esquerda. 
Os dois apoiaram a candidatura de Clécio Luis (Rede), atual prefeito de Macapá, em 2016. Em 2018, 
Randolfe apoiou a candidatura de Alcolumbre ao governo do Amapá. 
Casado e pai de dois filhos, Alcolumbre nasceu em Macapá (AP) em 19 de junho de 1977. É o quarto 
filho do mecânico José Tobelem e da empresária Julia Alcolumbre. 
Começou a trabalhar no comércio da família. Iniciou o curso de ciências econômicas no Centro de 
Ensino Superior do Amapá (Ceap), mas não concluiu e resolveu seguir o caminho da política. 
 
Trajetória política 
A trajetória política se iniciou como vereador na cidade de Macapá. Exerceu o mandato por dois anos 
(de 2001 a 2002), quando deixou o cargo na metade para assumir o primeiro mandato como deputado 
federal. 
 
11 Gustavo Garcia. Saiba quem é David Alcolumbre, o novo presidente do Senado. G1 Política. https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/02/02/saiba-quem-e-davi-
alcolumbre-o-novo-presidente-do-senado.ghtml. Acesso em 04 de fevereiro de 2019. 
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Reelegeu-se duas vezes para a Câmara dos Deputados, totalizando três mandatos consecutivos. 
Nas eleições de 2014, foi eleito senador para um mandato de oito anos. Em 2018, concorreu ao 
governo de Amapá, mas ficou em terceiro lugar. 
Na ocasião, declarou à Justiça Eleitoral ter R$ 770 mil em bens. Com a derrota, retomou o mandato 
de senador. 
Conseguiu chegar à Presidência do Senado ao vencer, com 42 votos, uma eleição marcada por 
polêmicas. 
 
Atuação legislativa 
Desde 2015 no Senado, Alcolumbre participou de votações importantes e polêmicas na Casa. O 
parlamentar do Amapá votou, por exemplo, a favor da reforma trabalhista em 2017. 
No mesmo ano, ajudou o Senado a derrubar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que afastou 
o então senador Aécio Neves (PSDB-MG), hoje deputado federal. 
O tucano foi afastado pelo Supremo após ser denunciado pela Procuradoria Geral da República, com 
base nas delações da JBS, pelos crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa. Com os votos 
de 44 senadores, Aécio pôde retomar as atividades parlamentares. 
No ano passado, Alcolumbre votou a favor do reajuste para ministros do STF. Por 41 votos, o Senado 
aprovou reajuste de 16% nos salários dos magistrados. O vencimento passou de R$ 33,7 mil para R$ 
39,2 mil. 
Em 2016, votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, que perdeu o mandato e 
deu lugar a Michel Temer no Palácio do Planalto. 
 
Governo Bolsonaro se 'desassociará' do pacto da ONU para migração, diz futuro ministro12 
 
Ernesto Araújo publicou informação no Twitter; pacto foi assinado nesta segunda por cerca de 160 
países. Para futuro chanceler, política de migração deve respeitar a soberania de cada país. 
O futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, informou nesta segunda-feira (10/12) pelo 
Twitter que o governo de Jair Bolsonaro se "desassociará" do pacto mundial da Organização das Nações 
Unidas (ONU) para a migração. 
O pacto foi assinado nesta segunda-feira por cerca de 160 países e pretende reforçar a cooperação 
internacional para uma migração "segura, ordenada e regular". O pacto foi assinado no Marrocos. 
"Governo Bolsonaro se desassociará do Pacto Global de Migração que está sendo lançado em 
Marraqueche, um instrumento inadequado para lidar com o problema. A imigração não deve ser tratada 
como questão global, mas sim de acordo com a realidade e a soberania de cada país", publicou o ministro 
no Twitter. 
Outros países já decidiram deixar o pacto, entre os quais Estados Unidos – por considerá-lo contrário 
à política migratória de Donald Trump –, Hungria e Áustria. 
Segundo Ernesto Araújo, a imigração será "bem-vinda" no futuro governo, mas não deve ser 
"indiscriminada". 
Ainda de acordo com o futuro chanceler, é preciso haver critérios para garantir a segurança dos 
migrantes e dos cidadãos do país de destino. 
"A imigração deve estar a serviço dos interesses nacionais e da coesão de cada sociedade", escreveu 
Ernesto Araújo. 
 
Venezuelanos 
Na série de mensagens publicadas no Twitter nesta segunda-feira, Ernesto Araújo afirmou, ainda, que 
o Brasil seguirá acolhendo os cidadãos venezuelanos que deixam o país em busca de uma vida melhor 
no Brasil. 
A Venezuela vive uma crise econômica, política e social, e milhares de cidadãos têm migrado para o 
Brasil, principalmente por Roraima. 
O governo do estado já pediu o fechamento da fronteira, mas a ministra do Supremo Tribunal Federal(STF) Rosa Weber negou, entendendo que a decisão cabe ao presidente da República – Michel Temer 
já afirmou que a medida é "incogitável". Roraima está sob intervenção federal. 
 
 
 
 
12 Felipe Matoso. Governo Bolsonaro se ‘desassociará do pacto da ONU para migração, diz futuro ministro. G1 Política. 
https://g1.globo.com/politica/noticia/2018/12/10/governo-bolsonaro-se-desassociara-do-pacto-da-onu-para-migracao-diz-futuro-ministro.ghtml. Acesso em 11 de 
dezembro de 2018. 
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'Preservação do princípio nacional' 
Em um blog mantido na internet, Ernesto Araújo publicou em 25 de setembro um texto chamado "O 
que está em jogo" no qual afirmou que a "gigantesca luta mundial" é a "pela preservação do princípio 
nacional". 
No mesmo texto, Araújo afirma também que essa "luta" é "contra a emergência de um mundo 
globalizado, sem fronteiras e sem identidades" e "pela democracia efetiva e contra a reemergência do 
bolivarianismo na América Latina". 
"As opções reais de política externa são: ou aliar-se aos países e forças que lutam contra o globalismo, 
ou deixar que o Brasil, junto com todas as nações, desapareça na geleia geral de um mundo 
desnacionalizado e desespiritualizado", escreveu o futuro ministro no blog. 
 
Bolsonaro 
Durante a campanha eleitoral, Jair Bolsonaro disse que, se eleito, iria retirar o Brasil da ONU. 
Afirmou, também, que iria retirar o Brasil do Acordo de Paris, assinado por 195 países e que prevê a 
adoção de medidas para reduzir o aquecimento global. Depois, o presidente eleito disse que manterá o 
Brasil no Acordo de Paris. 
 
Temer sanciona reajuste dos ministros do STF, e Fux revoga auxílio-moradia para juízes e MP13 
 
Temer tinha até esta semana para sancionar ou vetar o reajuste, aprovado pelo Senado no dia 07/11. 
Fim do auxílio-moradia foi solução encontrada para reduzir impacto nas contas públicas. 
O presidente Michel Temer sancionou nesta segunda-feira (26/11) o reajuste para ministros do 
Supremo Tribunal Federal (STF). Com isso, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux 
revogou o auxílio-moradia para juízes, integrantes do Ministério Público, Defensorias Públicas e tribunais 
de contas. 
O reajuste para ministros do STF, de R$ 33 mil para R$ 39 mil, foi aprovado no Senado no dia 7 de 
novembro. Temer tinha até esta semana para sancionar ou vetar. 
Embora o Supremo tenha recursos no próprio orçamento para pagar o reajuste, o aumento causou 
preocupação no governo federal e na equipe do próximo presidente, Jair Bolsonaro, que temiam o impacto 
nas contas públicas. 
Isso porque o reajuste de ministros do STF gera um "efeito cascata" nas carreiras do funcionalismo, já 
que dispara um aumento automático para a magistratura e para integrantes do Ministério Público. O 
salário de ministro do Supremo funciona como teto para o serviço público. 
O fim do auxílio-moradia foi uma alternativa negociada entre o Palácio do Planalto e o STF para reduzir 
o impacto do reajuste. 
Fux já havia dito em entrevista à TV Globo, no começo de novembro, que os juízes não receberiam 
cumulativamente o reajuste nos salários e o auxílio-moradia. Segundo ele, quando o aumento fosse 
confirmado, o benefício do auxílio-moradia – nos moldes como é concedido atualmente – seria revogado. 
O auxílio-moradia atualmente pago a juízes de todo o país é de R$ 4,3 mil. 
Segundo Fux, o fim do pagamento do auxílio só ocorrerá quando o reajuste salarial previsto para os 
ministros do STF chegar efetivamente à folha salarial. 
 
Valores 
Segundo estimativa feita por consultorias da Câmara e do Senado Federal, o reajuste para ministros 
do Supremo terá um impacto de R$ 1,375 bilhão nas contas da União no ano que vem (R$ 4 bilhões 
incluindo estados e municípios). 
De acordo com estimativa da comissão de Orçamento, no Congresso, o gasto da União com auxílio-
moradia para juízes e integrantes do Ministério Público é de R$ 450 milhões por ano. 
 
Medida 'muito justa' 
Na noite desta segunda-feira, Fux participou de em um evento em uma faculdade de Avaré (SP). 
Questionado sobre a sanção do reajuste, afirmou que a medida é "muito justa". 
"Eu tive conhecimento de que foi sancionado o aumento, que era uma defasagem de muitos anos. O 
percentual que foi [sancionado] foi de 16%, enquanto a defasagem era de 41%. Eu achei muito justa essa 
revisão, só que tendo em vista o fenômeno, a crise pela qual estamos passando, não era possível pagar 
 
13 Marcos, L. Mariana, O. Temer sanciona reajuste dos ministros do STF, e Fux revoga auxílio moradia para juízes e MP. G1 Política. 
https://g1.globo.com/politica/noticia/2018/11/26/temer-sanciona-reajuste-dos-ministros-do-stf-e-fux-extingue-auxilio-moradia-para-juizes.ghtml. Acesso em 28 de 
novembro de 2018. 
Apostila gerada especialmente para: Valdirene de Alencar 000.969.372-62
 
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as duas verbas: aumento e auxílio-moradia. Então, resolvi revogar o auxílio-moradia e dar ensejo à 
incidência do aumento, que desonera o orçamento do Estado", afirmou. 
 
Ensino Superior vai para Ciência e Tecnologia; saiba quais são os 15 ministérios definidos por 
Bolsonaro14 
 
Educação, Esportes e Cultura serão reunidos numa só pasta; Direitos Humanos fica em 
Desenvolvimento Social 
RIO - A estrutura do futuro Ministério do governo Jair Bolsonaro (PSL) já está quase totalmente 
definida. Até agora, segundo interlocutores da equipe do presidente eleito, já estão definidas 15 pastas, 
o que significa uma redução de quase 50% das atuais 29 pastas do governo Michel Temer (MDB). Este 
número, conforme informações de aliados, ainda pode chegar a até 17. 
O 'superministério' de Infraestrutura, englobando Transporte e Minas e Energia, foi descartado nesta 
quarta-feira pelo vice-presidente eleito General Hamilton Mourão. Segundo ele, Minas e Energia seguirá 
como uma pasta autônoma. 
Seguem como ministérios independentes Defesa, Saúde, Trabalho, Relações Exteriores e o Gabinete 
de Segurança Institucional. 
Confira como devem ser os ministérios de Bolsonaro: 
1) Casa Civil - assumindo funções do Governo 
2) Economia - fusão de Fazenda, Planejamento e Indústria, Comércio Exterior 
3) Defesa 
4) Saúde 
5) Ciência e Tecnologia (com ensino superior) 
6) Educação, Esportes e Cultura 
7) Trabalho 
8) Minas e Energia 
9) Justiça e Segurança 
10) Integração Nacional (com Cidades e Turismo) 
11) Infraestrutura, englobando Transportes 
12) Gabinete de Segurança Institucional 
13) Desenvolvimento Social (com Direitos Humanos) 
14) Relações Exteriores 
15) Agricultura e Meio Ambiente 
 
O Brasil escolhe Jair Bolsonaro 
 
Vitória de ex-capitão defensor do regime militar marca volta da extrema direita brasileira ao poder e 
sucesso de campanha antissistema com estrutura heterodoxa. Resultado também é novo fracasso para 
ex-presidente Lula15. 
Após quatro anos de crise política e econômica, casos rumorosos de corrupção e uma campanha tensa 
que demoliu antigos padrões eleitorais, os brasileiros elegeram neste domingo (28/10) um militar 
reformado de extrema direita para o cargo máximo do país. Jair Bolsonaro (PSL), um deputado que por 
mais de duas décadas foi considerado um pária no mundo político brasileiro, mas que soube aproveitar 
o sentimento antissistema e antipetista de parte do eleitorado, foi eleito presidente com 55,13% dos votos 
válidos. Seu adversário, o petista Fernando Haddad, que substituiu o ex-presidente Lula ao longo da 
campanha, recebeu 44,87%. 
O resultado representa um terremoto nos padrões de campanha no Brasil, explicita mais uma vez as 
divisões do país e deve abrir um novo período de incerteza. Nunca desde a redemocratização um 
candidato que expressa ideias autoritárias como Bolsonaro havia chegado tão longe. Ao longo da 
campanha, ele prometeu aniquilar e exilar adversários e perseguir a imprensa, além de promover temas 
controversos como a facilitação do acesso a armas de fogo, o aumento da violência policial e a 
militarização da educação e de

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