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03/02/2020 1 Estrutura física e organização da UTI neonatal Histórico da UTI neonatal Indicação e finalidade da UTI neonatal; Profª: Emmanuela Medeiros Histórico da UTI neonatal 1878 Tarnier idealizou a 1ª incubadora aquecida, melhorada por Budin permitindo o controle térmico dos recém nascidos; 1882 Paris, Dr. Pirre Budin cria o Ambulatório de Puericultura no Hospital Charité; 1888 lança a primeira publicação sobre neonatologia; 1888, Karl Siegmend Crédé, introduziu o nitrato de prata para prevenção da conjuntivite neonatal, utilizado até hoje no RN de parto natural; Profª.: Emmanuela Medeiros 1 2 03/02/2020 2 Histórico da UTI neonatal 1914 Chicago, Dr. Julius Hess cria o primeiro centro de RNPT no Hospital Michel Reese; 1922 Hess e Evelyn Lundeen, preconizam a manipulação mínima do RN e a importância da higienização frequente das mãos; 1947 Chicago, criação de um centro de cuidados ao RN com alojamento para genitoras e salas de treinamentos para médicos e enfermeiros; Profª.: Emmanuela Medeiros Histórico da UTI neonatal Entre 1949 e 1959, a doença da membrana hialina foi identificada e reconhecida como imaturidade funcional pulmonar, devido à falta de síntese do surfactante pulmonar; 1953, Virgínia Apgar cria o boletim de avaliação do recém – nascido no 1º e 5º minutos de vida; 1970 e 1980, marca a disseminação das UTI neonatais; 1992, primeira UTI neonatal na PB. Profª.: Emmanuela Medeiros 3 4 03/02/2020 3 Indicação e finalidade da UTIN Baixo peso, <1800g, GIG ou PIG; Pré-termo; Filho de mãe diabética; Malformação; Suspeita de infecção congênita; Icterícia não-fisiológica; Pós-maturidade; Profª.: Emmanuela Medeiros Indicação e finalidade da UTIN Asfixia perinatal; Duração do parto ativo: PRIMÍPARA: +24h, MULTÍPARA: + de 12h; Anomalias congênitas importantes; Anemia Aguda; Síndrome Hemorrágicas; Convulsões; Pré e pós-operatório; Profª.: Emmanuela Medeiros 5 6 03/02/2020 4 Indicação e finalidade da UTIN Prolapso de Cordão Umbilical; Sofrimento fetal crônico, subagudo, ou agudo; Placenta prévia ou descolamento de placenta; Parto difícil ou tocotraumatismo; Gravidez múltipla; Parto cesárea (observação); Parto pélvico (observação); Profª.: Emmanuela Medeiros Indicação e finalidade da UTIN Oligo e polidrâmio; Membrana Hialina ou outra dificuldade respiratória; Sepses; Doença hemolítica; Cardiopatia congênita; RN sintomático. Maiores de 29 dias de vida à 14 anos de idade; RN de 0 hora de vida à 28 dias de vida. Profª.: Emmanuela Medeiros 7 8 03/02/2020 5 Indicação e finalidade da UTIN/ PED Admitir recém – nascidos e menores graves, recuperáveis, e com chance de sobrevida; Proporcionar assistência neonatal e pediátrica especializada e contínua; Reduzir a morbimortalidade neonatal e infantil. Profª.: Emmanuela Medeiros Definição Tipos; Componentes Higienização Cuidados importantes. Profª.: Emmanuela Medeiros Manejo da incubadora aquecida (IA) 9 10 03/02/2020 6 Definição Profª.: Emmanuela Medeiros Manejo da incubadora aquecida (IA) Equipamento médico hospitalar utilizado com a função de auxiliar na manutenção do equilíbrio térmico de recém-nascidos prematuros. Além disso, controla o teor de oxigênio e a umidade do ar circulante no interior da câmara, emiti uma luz e nível sonoro apropriado para o recém nascido. Definição Profª.: Emmanuela Medeiros Manejo da incubadora aquecida (IA) O ar é aquecido por convecção forçada, ou seja, pela circulação de ar quente em alta velocidade, mantendo o ambiente estável. A incubadora favorece o desenvolvimento, crescimento, resistência a doenças e sobrevivência dos recém-nascidos. 11 12 03/02/2020 7 Tipos Profª.: Emmanuela Medeiros Manejo da incubadora aquecida Incubadora de parede simples: a temperatura da parede da incubadora é 2 a 4°C menor que a temperatura do ar em seu interior, propiciando perda de calor por radiação. Para minimizar essa perda, nos pequenos RN prematuros, recomenda-se o uso de incubadora de dupla parede. Tipos Profª.: Emmanuela Medeiros Manejo da incubadora aquecida Incubadora de parede dupla: a parede interna rodeada por ar quente diminui a perda de calor por radiação. É um equipamento útil no transporte e nos cuidados aos RN prematuros de muito baixo peso. Propicia melhor estabilidade térmica, com menor perda e necessidade de produção de calor e menor consumo de oxigênio pelo RN, em comparação com a incubadora de parede simples, mas não influencia no prognóstico do RN prematuro. 13 14 03/02/2020 8 Tipos Profª.: Emmanuela Medeiros Manejo da incubadora aquecida Incubadora umidificada: as incubadoras modernas têm sofisticados sistemas de vaporização, que podem proporcionar temperatura e umidificação elevadas, sem condensação de água (o que aumenta o risco de infecção). É a melhor opção para RN prematuros extremos, que geralmente necessitam de temperatura ambiental elevada (36°C ou mais) e, se a umidade relativa do ar for baixa, apresentam grande perda trans-epidérmica de água. Cúpula: Isola o recém-nascido do meio externo, faz com que o ar circule apenas em seu ambiente fechado. É feita de acrílico transparente para possibilitar a visualização do recém-nascido; Portinholas: entradas laterais e frontais permitindo acesso ao recém-nascido para a introdução de eletrodos, tubo para ventilação pulmonar, entre outros; Componentes da IA Manejo da Incubadora Aquecida Profª.: Emmanuela Medeiros 15 16 03/02/2020 9 Circuito de monitoramento da temperatura: um sensor é colocado onde o ar tem acesso a cúpula e sensores sobre a pele do recém-nascido. Além de terem os dispositivos de controle, todas as incubadoras possuem termostatos de segurança que a desligam automaticamente, acionando alarmes de segurança sempre que sua temperatura atingir 38° c. Componentes da IA Manejo da Incubadora Aquecida Profª.: Emmanuela Medeiros Sistema de circulação de ar: O ar quente acessa a região próxima a dos pés do recém-nascido; Filtro; Entrada de O2; Circuito de Alarme; Umidificador; Controle de posicionamento; Fonte de alimentação, chave geral e cabos de energia. Componentes da IA Manejo da Incubadora Aquecida Profª.: Emmanuela Medeiros 17 18 03/02/2020 10 Deve ser realizada com produto padronizado pela CCIH e seguindo as orientações do fabricante com compressas; Não utilizar álcool nas estruturas acrílicas, apenas no colchão; Realizar troca do filtro a cada nova internação ou a cada 3 meses, conforme orientação da CCIH ; Retirar circuitos elétricos antes da assepsia; Realizar a limpeza de cada parede separadamente. Higienização Manejo da Incubadora Aquecida Profª.: Emmanuela Medeiros Não expor a luz solar diretamente; Proteger com filmes, quando não estiverem em uso; Deixar sempre conectada a energia elétrica; Ter cuidado ao abrir e fechar as portinholas; Realizar troca das IA do setor a cada 7 dias ou conforme orientação da CCIH; Realizar a troca do filtro; Observar e testar aquecimento correto e sistema de alarmes. Cuidados importantes Manejo da Incubadora Aquecida Profª.: Emmanuela Medeiros 19 20 03/02/2020 11 Manejo da Incubadora Aquecida IA de Hess em 1915 Profª.: Emmanuela Medeiros Manejo da Incubadora Aquecida Profª.: Emmanuela Medeiros 21 22 03/02/2020 12 Manejo da Incubadora Aquecida Profª.: Emmanuela Medeiros 23 24 03/02/2020 13 25 26 03/02/2020 14 27 28 03/02/2020 15 29 30 03/02/2020 16 31 32 03/02/2020 17 33 34 03/02/2020 18 35 36 03/02/2020 19 Hipotelorismo 37 38 03/02/2020 20 39 40 03/02/2020 21 41 42 03/02/2020 22 43 44 03/02/2020 23 45 46 03/02/2020 24 47 48 03/02/2020 25 49 50 03/02/2020 26 51 52 03/02/2020 27 53 54 03/02/2020 28 55 56 03/02/2020 29 57 58 03/02/2020 30 59 60 03/02/2020 31 61 62 03/02/2020 32 63 64 03/02/2020 33 65 66 03/02/2020 34 67 68 03/02/2020 35 69 70 03/02/2020 36 Assistênciade Enfermagem no controle térmico do recém-nascido Introdução Hipotermia Definição Fatores de risco Quadro Clínico Complicações Intervenções de Enfermagem Profª.: Emmanuela Medeiros Introdução Profª.: Emmanuela Medeiros A superfície corporal do recém-nascido é grande em relação ao peso, motivo pelo qual ele pode perder calor rapidamente, sobretudo no caso de RNPT. A hipotermia pode causar hipoglicemia, acidose metabólica e ocasionar a morte do recém - nascido. O corpo utiliza energia rapidamente a fim de manter-se quente; assim, quando a criança arrefece, necessita de mais O2. Em consequência, a hipotermia faz com que o fornecimento de O2 aos tecidos possa ser insuficiente (BERCOW, 2009). 71 72 03/02/2020 37 Hipotermia Profª.: Emmanuela Medeiros A Organização Mundial da Saúde (OMS), define como faixa de normalidade a temperatura do RN de 36,5 a 37°C e classifica a hipotermia conforme a gravidade (BRASIL, 2010): ✓ Potencial estresse do frio (hipotermia leve): temperatura entre 36,0 e 36,4°C. ✓ Hipotermia moderada: temperatura entre 32,0 e 35,9°C. ✓ Hipotermia grave: temperatura menor que 32,0°C. Definição Recém – nascido: Idade gestacional; Peso de nascimento; Asfixia; Prematuridade; Neonatos nas primeiras 8 – 12 horas de vida. Profª.: Emmanuela Medeiros Fatores de risco Ambientais: Baixa temperatura na sala de parto; Transporte neonatal; Controle inadequado do ambiente térmico; Defeitos na IA ou BA. Hipotermia 73 74 03/02/2020 38 Profª.: Emmanuela Medeiros Quadro Clínico Sucção débil; Hipotonia; Letargia; Taquipneia ou apneia; Taquicardia ou bradicardia; Tremores; Quedas na saturação de O2 Acidose; Vasoconstrição Pele; Edema ou esclerema. Hipotermia Complicações ↑ da necessidade de O₂ Hipoxemia; Metabolismo anaeróbico; Hemorragia intraventricular; Acidose Respiratória; Profª.: Emmanuela Medeiros ↓ da irrigação sanguínea intestinal; Enterocolite necrotizante; Ganho de peso lento; Hipoglicemia; Bradicardia. Hipotermia 75 76 03/02/2020 39 Intervenções de Enfermagem ↑ da T da IA ou BA; Aquecimento do RN com saco plástico ou filmes de polietileno; Colocar gorro de algodão; Contato pele a pele; Uso de colchões térmicos; Controle rigoroso da temperatura do ambiente; Profª.: Emmanuela Medeiros Hipotermia Intervenções de Enfermagem Só transportar os RN em IA de transporte; Preaquecimento de fluídos intravenosos, principalmente em grandes volumes; Manutenção da integridade da pele; Realizar o exame físico sob fonte de calor; Manter o sensor de temperatura na pele do RN. Profª.: Emmanuela Medeiros 77 78 03/02/2020 40 Assistência de Enfermagem no controle térmico do recém-nascido Hipertermia Definição Causas Quadro clínico Complicações Intervenções de Enfermagem Profª.: Emmanuela Medeiros Definição Hipertermia Profª.: Emmanuela Medeiros É o aumento da temperatura corporal acima de 37, 5ºC, menos comum que a hipotermia, mas com igual potencial deletério para o organismo. A hipertermia pode ter sua causa distribuída em três grupos: ✓ Condições associadas a febre materna; ✓ Condições do RN; ✓ Condições Ambientais. 79 80 03/02/2020 41 Causas Hipertermia Profª.: Emmanuela Medeiros Condições associadas a febre materna: anestesia peridural, corioamnionite, ITU; Condições do RN: infecções, desidratação, disfunção do sistema nervoso central, medicações; Condições Ambientais: ambientes muito quentes, falha no servo controle da IA ou BA ou falha nos alarmes. IA com defeitos ; IA próximas a janela com muito sol; Septicemia; Uso de prostaglandina; Síndrome da abstinência. Profª.: Emmanuela Medeiros Fatores de risco Hipertermia 81 82 03/02/2020 42 Irritabilidade Intolerância alimentar Rubor Choro fraco ou ausente Taquicardia Taquipnéia Hipotensão Profª.: Emmanuela Medeiros Quadro Clínico Hipertermia Convulsões; Paralisia cerebral; Perda de peso; Risco de encefalopatia; Profª.: Emmanuela Medeiros Complicações Hipertermia 83 84 03/02/2020 43 Observar os alarmes da IA/BA; Aferir temperatura do RN de 03/03 horas; Controle rigoroso da temperatura dos RNs sob fototerapia; Observar débito urinário; Atentar para bom funcionamento de sensores de temperatura; Observar sinais de estresse ; Observar atividade e reatividade do RN. Profª.: Emmanuela Medeiros Intervenções de Enfermagem Hipertermia Assistência de Enfermagem ao Rn no controle da dor Introdução Fisiologia da dor. Controle e prevenção da dor. Intervenções farmacológicas e não farmacológicas para o controle da dor. Profª: Emmanuela Medeiros 85 86 03/02/2020 44 Assistência de Enfermagem ao Rn no controle da dor Introdução Na UTIN podemos destacar inúmeras situações adversas que contribuem para o desarranjo da homeostasia do organismo do RNPT. Entre elas, a luminosidade e temperatura artificial do ambiente, o barulho incômodo e estressante, a quantidade de manipulações realizadas nestes pacientes, em geral, agressivas e dolorosas. Profª: Emmanuela Medeiros Assistência de Enfermagem ao Rn no controle da dor Introdução Sendo assim, o RNPT fica exposto à realização de técnicas e procedimentos invasivos e potencialmente dolorosos, que poderão impactar em sua qualidade de vida e desenvolvimento neuropsicomotor. O desequilíbrio na fisiologia do organismo pode acarretar a queda na SpO2, ↑ das FC e Fr, o estresse, além das consequências em longo prazo, tais como o comprometimento do crescimento, desenvolvimento, diminuição do limiar de dor e hiperalgia. Profª: Emmanuela Medeiros 87 88 03/02/2020 45 Assistência de Enfermagem ao Rn no controle da dor Fisiologia da Dor Antes mesmo do nascimento o feto é capaz de perceber e processar estímulos. As terminações nervosas surgem na região perioral já na 7ª semana de gestação, seguindo para face, palma da mãos e planta dos pés, ao redor da 20ª à 24ª semanas as sinapses nervosas estão completas para percepção da dor (TAMEZ, 2011). Profª: Emmanuela Medeiros Assistência de Enfermagem ao Rn no controle da dor Receptores nervosos sensoriais ❑ Receptores mecânicos: captam informações táteis; ❑ Receptores térmicos: detectam informações térmicas; ❑ Receptores químicos: olfato, paladar e alterações bioquímicas do sg; ❑ Receptores eletromagnéticos: detectam informações transmitidas pela luz e pelo som.; ❑ Receptores da dor ou terminações nervosas livre: detectam lesões tanto físicas como químicas ao nível dos tecidos. Profª: Emmanuela Medeiros 89 90 03/02/2020 46 Assistência de Enfermagem ao Rn no controle da dor Sistema Endócrino Os hormônios relacionados a este sistema estão divididos em dois grupos: os neurotransmissores e os moduladores neurológicos. ❑ Neurotransmissores: responsáveis pela transmissão dos impulsos através das sinapses. São eles a epinefrina, norepinefrina, dopamina e acetilcolina, esse processo ocorre por volta da 16ª à 21ª semana de gestação. Profª: Emmanuela Medeiros Assistência de Enfermagem ao Rn no controle da dor Sistema Endócrino Os hormônios relacionados a este sistema estão divididos em dois grupos: os neurotransmissores e os moduladores neurológicos. ❑ Neuromoduladores(ENDORFINAS): consideradas um opiáceo natural produzido pelo corpo, possuindo ação similar à morfina, impedindo a transmissão do impulso da dor, bloqueando a liberação dos neurotransmissores Profª: Emmanuela Medeiros 91 92 03/02/2020 47 Assistência de Enfermagem ao Rn no controle da dor Efeitos imediatos da dor ❑ Redução do volume-minuto e capacidade vital dos pulmões com ↑ do CO2 e das necessidades de O2 , acidose metabólica. ❑ ↑ FC e PA ❑ ↑ do metabolismo, levando a um desbalanço do sistema endócrino: ↑glicose sanguínea, lactato, ácido graxos. Profª: Emmanuela Medeiros Assistência de Enfermagem ao Rn no controle da dor Efeitos imediatos da dor ❑ Resposta do SNS levando a ↓ PA ou ↑PA, mudança na perfusão periférica, hiper ou hipotermia; ❑ Liberação de endorfinas no processo tambémpode levar a hipotensão e apneia; ❑ ↓ da liberação da insulina levando a uma ↓ do ganho de peso Profª: Emmanuela Medeiros 93 94 03/02/2020 48 Assistência de Enfermagem ao Rn no controle da dor Avaliação da dor no RN A avaliação da dor deve ser considerada como o “quinto sinal vital”. No recém-nascido, no qual a comunicação verbal é inexistente torna-se para nós profissionais um grande desafio avaliar a dor, por esse motivo temos alguns instrumentos ou indicadores para essa avaliação da dor que levam em consideração as alterações comportamentais e fisiológicas do RN. Profª: Emmanuela Medeiros Assistência de Enfermagem ao Rn no controle da dor Alterações comportamentais da dor ❑ Choro (incluindo o choro não vocalizado); ❑ Fronte saliente ❑ Olhos espremidos; ❑ Sulco nasolabial aprofundado; ❑ Lábios entreabertos; ❑ Boca esticada; ❑ Lábios franzidos; ❑ Língua tensa; Profª: Emmanuela Medeiros 95 96 03/02/2020 49 Assistência de Enfermagem ao Rn no controle da dor Alterações comportamentais da dor ❑ Tremor de queixo; ❑ Movimento excessivo de membros; ❑ Rigidez torácica; ❑ Tensão muscular; ❑ Indisponibilidade ao contato visual e auditivo; ❑ Sono por tempo prolongado; ❑ Manutenção do estado de vigília. Profª: Emmanuela Medeiros Assistência de Enfermagem ao Rn no controle da dor Alterações fisiológicas da dor ❑ ↑ FC; ❑ ↑ Fr; ❑ ↓ SpO2 ❑ ↑ PA; ❑ ↑ PIC; ❑ ↓ Tônus vagal; ❑ Sudorese palmar; ❑ Tremores e dilatação pupilar. STOP Profª: Emmanuela Medeiros 97 98 03/02/2020 50 Assistência de Enfermagem ao Rn no controle da dor Escalas de Avaliação da dor no RN ❑ CRIES: validada para medir a dor no pós-operatório do neonato; ❑ NIPS (Neonatal Infant Pain Scale) : indicada para RNPT e a termo, nas primeiras 6 semanas após o nascimento, utilizada para avaliar a dor do neonato que foram submetidos à punção capilar calcânea; Profª: Emmanuela Medeiros Assistência de Enfermagem ao Rn no controle da dor Escalas de Avaliação da dor no RN ❑ NFCS (Neonatal Facial Coding System): avaliação das expressões faciais à dor; ❑ PIPP (Perfil da Dor no Prematuro): avaliação da dor aguda e propõe refletir sobre as diferenças entre estímulos dolorosos e não dolorosos. Profª: Emmanuela Medeiros 99 100 03/02/2020 51 Assistência de Enfermagem ao Rn no controle da dor Escalas de Avaliação da dor no RN CRIES – AVALIAÇÃO DA DOR NEONATAL 0 1 2 TOTAL CHORO NÃO AGUDO INCONSOLÁVEL OXIGÊNIO NÃO < 30% > 30% AUMENTO SSVV NENHUM < 20% > 20% EXPRESSÃO FACIAL NENHUM CONTRAÍDA CONTRAÍDA SONO NÃO ACORDADO EM INTERVALOS FREQUÊNTES ACORDADO CONSTANTEMENTE Profª: Emmanuela Medeiros SISTEMA DE CODIFICAÇÃO FACIAL (NFCS) MOVIMENTO FACIAL 0 1 FRONTE SALIENTE AUSENTE PRESENTE OLHOS ESPREMIDOS AUSENTE PRESENTE SULCO NASOLABIAL APROFUNDADO AUSENTE PRESENTE BOCA ESTICADA AUSENTE PRESENTE LABIOS FRANZIDOS AUSENTE PRESENTE LÍNGUA TENSA AUSENTE PRESENTE TREMOR DE QUEIXO AUSENTE PRESENTE Profª: Emmanuela Medeiros 101 102 03/02/2020 52 Escalas de Avaliação da dor no RN ESCALA DE DOR NEONATAL (NIPS) INDICADOR 0 1 2 EXPRESSÃO FACIAL RELAXADA CONTRAÍDA ________ CHORO AUSENTE RESMUNGOS VIGOROSO RESPIRAÇÃO REGULAR IRREGULAR _________ BRAÇOS RELAXADOS FLETIDOS/ESTENDIDOS _________ PERNAS RELAXADAS FLETIDAS/ESTENDIDAS _________ ESTADOS DE ALERTA DORMINDO E/OU CALMO DESCONFORTÁVEL/IRRITADO _________ Profª: Emmanuela Medeiros Assistência de Enfermagem ao Rn no controle da dor Controle e Prevenção da dor no RN Objetivos: ❑Reduzir o estresse; ❑Facilitar a recuperação do RN; ❑Diminuir o tempo de internação; ❑Reduzir a morbidade e mortalidade; ❑Proporcionar conforto; Profª: Emmanuela Medeiros 103 104 03/02/2020 53 Assistência de Enfermagem ao Rn no controle da dor Intervenções farmacológicas e não farmacológicas Não – farmacológico: ❑ Ambiente; ❑ Contenção facilitada, procedimento em dupla; ❑ Sucção não nutritiva, amamentação; ❑ Solução glicosada 25% ou sacarose 25%; ❑ Contato pele a pele (método Canguru); ❑ Manipulação mínima; ❑ Intervenção postural. Profª: Emmanuela Medeiros 105 106 03/02/2020 54 107 108 03/02/2020 55 Contato pele a pele Profª: Emmanuela Medeiros Sucção não – nutritiva/ amamentação Profª: Emmanuela Medeiros 109 110 03/02/2020 56 Solução glicosada à 25%/Sacarose à 25% Deve ser administrada 2 minutos antes de procedimentos doloroso. Oferecer 1ml ao RN a termo, 0,4ml ao RNPT, estimula a liberação de endorfina. Profª: Emmanuela Medeiros Contenção Facilitada/ Procedimento em dupla Profª: Emmanuela Medeiros 111 112 03/02/2020 57 Intervenções Farmacológicas Os agentes farmacológicos analgésico devem ser administrados mesmo antes que se apresentem sinais de alterações fisiológicas da dor. Devemos considerar sempre para os seguintes procedimentos doloroso: PICC, dissecção venosa, dreno de tórax, pós-operatório, pacientes sob VM, infecções abdominais, fraturas, entre outros. Profª: Emmanuela Medeiros Intervenções Farmacológicas Analgésicos não opióides e opiódes: ❑Paracetamol (10-15mg/Kg/dose); ❑Morfina (0,5-0,1mg/Kg EV, 0,01 a 0,02mg/Kg/hora infusão continua); ❑Fentanil (1-4 mcg/Kg EV, 1-1,5mcg/Kg/hora infusão contínua, diluído em Soro Glicosado à 5% ou S.F 0,9%. Profª: Emmanuela Medeiros 113 114 03/02/2020 58 Intervenções Farmacológicas Sedativos/Hipnóticos: ❑Midazolam (0,05-0,1mg/Kg EV, 0,1- 0,6mcg/Kg/minuto diluído em Glicosado 5% ou SF 0,9% em BIC); ❑Hidrato de cloral (30-75mg/Kg/dose VO pós alimentação); ❑Tiopental (anestesia geral). Profª: Emmanuela Medeiros Assistência de Enfermagem nos distúrbios respiratórios Introdução Taquipneia Transitória do RN Síndrome da Aspiração de Mecônio. Síndrome do desconforto respiratório (SDR) Surfactante Pulmonar Apneia da Prematuridade. Profª: Emmanuela Medeiros 115 116 03/02/2020 59 Assistência de Enfermagem nos distúrbios respiratórios Introdução O pulmão fetal contém em seu interior líquido secretado pelo epitélio respiratório desde o período canalicular (17ª semana gestacional). O líquido pulmonar exerce pressão de disten- são sobre as vias aéreas, que é um estímulo essencial para seu desenvolvimento e cresci- mento, em particular da porção respiratória ou ácino. Ao final da gestação, a sua produção é de 4 a 5 mL/kg por hora, alcançando o volume de 25 a 30mL/kg. Profª: Emmanuela Medeiros 117 118 03/02/2020 60 Assistência de Enfermagem nos distúrbios respiratórios Introdução Durante o processo de nascimento ocorrem alterações cardiopulmonares importantes. Cessa a produção e secreção do líquido pulmonar, que é substituído por ar. A absorção do líquido pulmonar inicia-se antes do nascimento, com o início do trabalho de parto, por mecanismos ainda pouco conhecidos. Estima-se que cerca de 70% do líquido seja reabsorvido antes do nascimento. Durante a passagem pelo canal de parto, são eliminados cerca de 5 a 10% do líquido pulmonar e o restante é absorvido nas primeiras horas de vida pelos vasos linfáticos e capilares pulmonares. Profª: Emmanuela Medeiros Assistência de Enfermagem nos distúrbios respiratórios Taquipneia Transitória do Rn Conhecida como “síndrome do pulmão úmido”, ocorre pela retenção do fluido pulmonar fetal. Quando o recém – nascido realiza os primeiros movimentos respiratórios, ocorre a entrada de ar e saída do fluido pulmonar que estava circulando dentro dos pulmões na vida fetal. Nos casos em que esses fluidos não saem totalmente dos pulmões, esses fluidos causaram alterações respiratórias, levando à ↓da complacência do pulmão e ↑a resistência das vias aéreas. Profª: Emmanuela Medeiros 119 120 03/02/2020 61 Taquipneia Transitória do RN Incidência Rn a termo ou perto do termo; Rn nascidos sob cesariana; Parto prematuros; Sedação materna excessiva; Sobrecarga hídrica materna; Asfixia perinatal; Filhos de mãe diabética; Macrossomia. Profª: Emmanuela Medeiros Taquipneia Transitória do RN Quadro Clínico Gemidos expiratórios e cianose;Taquipneia, fr > 100 irpm; Taquipneia persistente sem dispneia; Retrações intercostais mínimas ou ausentes; Respiração gemente e BAN; Spo2 dentro dos parâmetros normais. Profª: Emmanuela Medeiros 121 122 03/02/2020 62 Taquipneia Transitória do RN Diagnóstico Exame físico Avaliação do quadro clínico; Rx de tórax; GSA. Profª: Emmanuela Medeiros Taquipneia Transitória do RN Tratamento Oxigenoterapia; Manter SpO2 entre 90 e 95%; Manter a temperatura nos parâmetros normais; Hidratação EV; Manter o Rn em jejum se a Fr > 60 irpm; Na maioria dos casos se resolve em 48 a 72H. Profª: Emmanuela Medeiros 123 124 03/02/2020 63 Assistência de Enfermagem nos distúrbios respiratórios Síndrome da aspiração de mecônio (SAM) São citados como fatores predisponentes o sofrimento fetal, a compressão mecânica do abdome durante o trabalho de parto e a maturidade fetal, entre outros. Acredita-se que a aspiração possa ocorrer intra-útero quando o bem-estar fetal é interrompido com a instalação da hipoxemia. Desencadeiam-se então movimentos respiratórios tipo gasping, com entrada de líquido amniótico meconial no interior da árvore respiratória, também pode ocorrer após o nascimento, com as primeiras respirações. Profª: Emmanuela Medeiros Assistência de Enfermagem nos distúrbios respiratórios Síndrome da aspiração de mecônio (SAM) A aspiração do mecônio leva a fenômenos obstrutivos e inflamatórios. Quando o mecônio é muito espesso, pode ocorrer obstrução de grandes vias aéreas, levando a quadro de sufocação. Quando as partículas são menores, há obstrução de vias aéreas distais, com aparecimento de atelectasias. Em muitas unidades alveolares a obstrução segue um padrão valvular que permite a entrada de ar, mas não sua saída. Profª: Emmanuela Medeiros 125 126 03/02/2020 64 Assistência de Enfermagem nos distúrbios respiratórios Síndrome da aspiração de mecônio (SAM) A ação inflamatória local do mecônio resulta em pneumonite química e necrose celular. Além disso, o mecônio parece conter substâncias que induzem à agregação plaquetária, com formação de micro- trombos na vasculatura pulmonar e liberação de substâncias vasoativas pelas plaquetas ali agregadas, com consequente constrição do leito vascular e hipertensão pulmonar. Esse quadro decorre também da hipoxemia, hipercapnia e acidose. Finalmente, a presença de mecônio nas vias aéreas distais altera a função do surfactante, inativando-o na superfície alveolar. Profª: Emmanuela Medeiros Síndrome da Aspiração de Mecônio (SAM) Fatores de Risco ✓ Pós termo; ✓ Doenças maternas: HAS, eclampsia ou pré eclampsia, DM; ✓ Tabagismo materno; ✓ Insuficiência placentária; ✓ Oligoidrâmnios; ✓ Retardo no crescimento intra uterino; ✓ Sofrimento fetal. Profª: Emmanuela Medeiros 127 128 03/02/2020 65 Síndrome da Aspiração de Mecônio (SAM) Quadro Clínico ✓ Coloração amarelada da pele, cordão umbilical e sob as unhas (quando a eliminação de mecônio ocorreu pelo menos 4 ou 6 horas antes do nascimento); ✓ Características de gestação pós termo ( unhas longas, pele seca, enrugada e sem vérnix); ✓ PIG devido ao retardo do crescimento intra – uterino; ✓ Coto umbilical com presença de mecônio; ✓ Gemidos expiratórios; ✓ Hipoatividade e hiporreatividade ao manuseio; ✓ Convulsões focais. Profª: Emmanuela Medeiros Síndrome da Aspiração de Mecônio (SAM) Diagnóstico ❑ Exame físico; ❑ Avaliação do quadro clínico; ❑ Rx de tórax; ❑ GSA. Profª: Emmanuela Medeiros 129 130 03/02/2020 66 Síndrome da Aspiração de Mecônio (SAM) Tratamento ❑ VMI; ❑ ATB terapia; ❑ Aspiração das VAS e VAI; ❑ Surfactante pulmonar; ❑ Sedação e analgesia; ❑ Monitorizar acidose (GSA); ❑ Induzir hipotermia para proteção neurológica Profª: Emmanuela Medeiros Assistência de Enfermagem nos distúrbios respiratórios Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR) A síndrome do desconforto respiratória (denominada antigamente doença da membrana hialina) é um distúrbio respiratório no qual os alvéolos dos pulmões do recém-nascido não permanecem abertos por causa da elevada tensão superficial resultante da produção insuficiente de surfactante. A SDR é a afecção respiratória mais frequente no RN pré-termo, sendo mais comum nos RN prematuros com menos de 28 semanas de gestação. Profª: Emmanuela Medeiros 131 132 03/02/2020 67 Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR) Quadro Clinico ❑Dispneia ou respiração superficial; ❑ Imediatamente após o parto ou nas primeiras 6 horas, ocorre insuficiência respiratória com piora progressiva; ❑ Taquicardia; ❑ TIC, TSC, BAN e retrações esternais; ❑ Cianose central; ❑ Apneia; ❑ Gemidos; ❑ Palidez; ❑ Acidose mista. Profª: Emmanuela Medeiros Síndrome do Desconforto Respiratório Diagnóstico ❑ Exame físico; ❑ Rx de tórax; ❑ História clínica da mãe ❑GSA. Profª: Emmanuela Medeiros 133 134 03/02/2020 68 Síndrome do Desconforto Respiratório (DMH) Tratamento ❑ VMI ❑ Surfactante pulmonar (100mg/Kg); ❑ Corrigir acidose (GSA); ❑Manter temperatura; ❑Manter equilíbrio hidroeletrolítico e glicose (SG a 10 ou 5%, volume de 60 a 80ml/Kg; ❑ Fornecer aporte calórico de no mínimo 120cal/Kg/dia; Profª: Emmanuela Medeiros Assistência de Enfermagem nos distúrbios respiratórios Surfactante Pulmonar É uma lipoproteína encontrada na parte distal das vias aéreas e nos alvéolos, contribui para manutenção da tensão nos pulmões, aumenta a complacência pulmonar e promove a estabilidade alveolar . A terapia de reposição de surfactante, principalmente para os RNPT, com estresse respiratório é preconizado como tratamento (TAMEZ, 2011). Profª: Emmanuela Medeiros 135 136 03/02/2020 69 Surfactante Pulmonar Logo após a administração do surfactante observa-se aumento da capacidade residual funcional (CRF), graças à estabilização dos alvéolos ainda abertos e ao recrutamento dos atelectásicos. O aumento da CRF propicia maior superfície para as trocas gasosas, melhorando a relação ventilação-perfusão, diminuindo o shunt intrapulmonar e, consequentemente, corrigindo a hipoxemia. Profª: Emmanuela Medeiros Surfactante Pulmonar Princípios para o uso •Estimular o uso de corticóide antenatal em gestantes de risco para parto prematuro. •Implementar recursos suficientes de pessoal, equipamentos e laboratório para o cuidado de RN com insuficiência de múltiplos órgãos. Além disso, manter vigilância constante da qualidade do atendimento a esses pacientes. •Preferir os preparados contendo surfactante endógeno de animais •Iniciar com dose de 100mg/kg de fosfolípides. Nas situações em que há lesão inflamatória extensa, considerar o uso de doses maiores, próximas a 150mg/kg de fosfolípides. • Recomenda-se intervalos mínimo de 6H entre as doses; Profª: Emmanuela Medeiros 137 138 03/02/2020 70 Surfactante Pulmonar Princípios para o uso • Tomar cuidado com a manipulação da droga. Seguir cuidadosamente as instruções do fabricante. Aquecer o frasco segurando-o nas mãos durante 8 minutos. Após o aquecimento, se o frasco não for utilizado, deve-se recolocá-lo no refrigerador. Este poderá ser aquecido mais uma vez, antes de sua utilização. Para homogeneizar o produto, virar o frasco de cabeça para baixo por duas vezes, sem agitá-lo, para evitar a formação de espuma e inativação do surfactante. Retirar o surfactante do frasco com seringa de 3 ou 5mL e agulha de tamanho 25 x 38, sempre utilizando técnicas de assepsia adequadas. Profª: Emmanuela Medeiros Surfactante Pulmonar Indicação • SDR : o RN deve estar sob VMI com FiO2 ≥ 40% para manter PaO2 entre 50 e 70 mmHg ou SpO2 entre 86 e 93%; • RNPT com PN < 1000g: instilar a droga na primeira hora de vida, indepen- dente do quadro respiratório ou radiológico, desde que o RN permaneça em ventilação mecânica. A cada 6 horas, reavaliar a necessidade de doses adicionais. • Outras situação: SAM, pneumonia congênita, SDRA, hemorragia pulmonar e hérnia diafragmática congênita. Profª: Emmanuela Medeiros 139 140 03/02/202071 Surfactante Pulmonar Cuidados Antes da Instilação •Certificar-se da posição da extremidade da cânula traqueal por meio de ausculta pulmonar ou, preferencialmente, pela radiografia de tórax. Deve ser mantida entre a 1a e a 3a vértebras torácicas. •Se necessário, aspirar a cânula traqueal cerca de 10 a 15 minutos antes da instilação do surfactante. • Evitar a desconexão do respirador para instilar o surfactante. De preferência, não inter- romper a ventilação mecânica, utilizando uma cânula de duplo lúmen para administrar o surfactante. Profª: Emmanuela Medeiros Surfactante Pulmonar Cuidados Antes da Instilação •Monitorizar a FC, a oximetria de pulso, a perfusão periférica e a PA para verificar se as condições hemodinâmicas estão adequadas. Na presença de hipotensão e/ou choque, procurar corrigir e estabilizar o paciente antes da instilação do surfactante. •Ajustar os parâmetros do ventilador: FiO2: não alterar, exceto se houver necessidade de interrupção da ventilação mecânica. Tempo inspiratório: manter entre 0,3 e 0,5 segundo. Tempo expiratório: manter acima de 0,5 segundo, PEEP manter entre 4 e 6 cmH2O. Profª: Emmanuela Medeiros 141 142 03/02/2020 72 Surfactante Pulmonar Cuidados Durante a Instilação •Monitorizar continuamente a FC, a PA e a oximetria de pulso. Observar se ocorre refluxo da droga pela cânula traqueal ou pela boca do paciente. • Administrar a dose total em, no máximo, duas alíquotas, com a cabeça do RN em posição neutra. Instilar cada fração da droga em 30 a 60 segundos. • Caso ocorra bradicardia (FC < 80bpm) e/ou hipoxemia (SatO2 < 85%), interromper a administração da droga. Verificar a posição da cânula traqueal e estabilizar o paciente ajustando os parâmetros do ventilador ou utilizado ventilação manual com oxigênio a 100% antes de continuar a instilação do surfactante. Profª: Emmanuela Medeiros Surfactante Pulmonar Cuidados Após a Instilação •Não aspirar a cânula traqueal na primeira hora subsequente à instilação do surfactante, exceto se houver evidência clínica de obstrução da cânula. • Monitorizar a oximetria de pulso e gasometria arterial, a FC e a PA. • Ajustar os parâmetros ventilatórios para manter SpO2 entre 86 e 93%, PaCO2 entre 40 e 60mmHg, FC entre 120 e 140 bpm e PAM entre 30 e 40mmHg. • FiO2: o cuidado imediato após a instilação do surfactante deve ser diminuir a oferta de oxigênio. Reduzir a FiO2 em 5 a 10% por vez, de acordo com a oximetria de pulso. Profª: Emmanuela Medeiros 143 144 03/02/2020 73 Apneia da Prematuridade Definição Ocorre quando existem alterações no centro de controle da respiração pelos quimiorreceptores; normalmente observada nos prematuros, devido à imaturidade. Considera-se apneia a cessação dos movimentos respiratórios por mais de 15 a 20”, acompanhada de bradicardia ou cianose. Profª: Emmanuela Medeiros Apneia da Prematuridade Etiologia❑ Infecção; ❑ SDRA, hipóxia, asfixia; ❑ Convulsão, hemorragia craniana intraventricular, malformações; ❑ Cardiopatias congênitas; ❑ Enterocolite necrosante, perfuração intestinal, refluxo; ❑ Hipotermia; ❑ Anemia; ❑ Hipocalemia, hipoglicemia, hiponatremia, hipermagnesemia ❑Medicamentos administrados à mãe: narcóticos, anestesia geral Profª: Emmanuela Medeiros 145 146 03/02/2020 74 Apneia da Prematuridade Etiologia ❑Medicamentos administrados ao neonato: morfina, fentanil, midazolan, prostaglandina E; ❑Ambiente quente; ❑Dor; ❑ Evacuações ❑ Em RN a termo não é comum e pode está associada à doenças intracranianas, asfixia perinatal ou depressão respiratória por medicações. Profª: Emmanuela Medeiros Apneia da Prematuridade Classificação ❑ Obstrutiva: secreções nas VA´s, queda de língua, flexão ou hiperextensão da cabeça, refluxo gastroesofágico, obstrução das fossas nasais por secreção ou sondas. ❑Central: ocorre pela imaturidade do centro respiratório. ❑Mista: possui componentes dos dois tipos anteriores. Profª: Emmanuela Medeiros 147 148 03/02/2020 75 Apneia da Prematuridade Quadro Clínico ❑ Bradicardia; ❑Cianose; ❑Letargia. Diagnóstico ❑ Observação; ❑ USG transfontanela ❑ Ecocardiograma; Profª: Emmanuela Medeiros Apneia da Prematuridade Tratamento ❑ Aminofilina; ❑ Citrato de cafeína; ❑ Estimulação tátil; ❑ VPP, CPAP, VMI; ❑Manter as Va´s pérvias; ❑Manter ambiente térmico neutro; ❑ Elevar decúbito; ❑Monitorar SSVV; Profª: Emmanuela Medeiros 149 150 03/02/2020 76 Assistência de Enfermagem no suporte ventilatório em unidades de terapia intensiva neonatal e pediátrica. ❖Pronga nasal ❖CPAP nasal ❖Oxyhood / Hood ❖VMI Profª: Emmanuela Medeiros Assistência de Enfermagem no suporte ventilatório em unidades de terapia intensiva neonatal e pediátrica. Pronga nasal A pronga nasal é o dispositivo de conexão às vias aéreas mais utilizado devido à maneira simples de ofertar CPAP, menos invasiva, disponível em diferentes tamanhos e constituída de material leve e flexível. Profª: Emmanuela Medeiros 151 152 03/02/2020 77 Assistência de Enfermagem no suporte ventilatório em unidades de terapia intensiva neonatal e pediátrica. CPAP nasal Pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) é o modo de assistência ventilatória em que pressão transpulmonar positiva é aplicada continuamente nas vias aéreas durante um ciclo respiratório, com o objetivo de evitar a completa eliminação do gás inspirado, mantendo a capacidade residual funcional, aumentando a pressão intra-alveolar e sua estabilidade, permitindo, então, a melhora das trocas gasosas e impedindo o colapso das vias aéreas durante o esforço inspiratório. CPAP nasal ✓Estabiliza a caixa torácica e otimiza a função do diafragma. ✓ Previne o colapso alveolar e melhora a complacência pulmonar. Em consequência, aumenta o volume corrente efetivo, estabiliza a ventilação- minuto e diminui o trabalho respiratório. ✓Aumenta a capacidade residual funcional (CRF), adequando os distúrbios da relação ventilação/perfusão. Como resultado, diminui o shunt intrapulmonar e melhora a oxigenação arterial. ✓ Conserva a função do surfactante alveolar, prevenindo os ciclos repetidos de colapso e insuflação das vias aéreas distais. Profª: Emmanuela Medeiros 153 154 03/02/2020 78 CPAP nasal ✓Redistribui o líquido pulmonar, melhorando a mecânica respiratória. ✓Estabiliza e aumenta o diâmetro das vias aéreas superiores, prevenindo sua oclusão e diminuindo sua resistência. ✓Reduz a resistência inspiratória por dilatação das vias aéreas, o que torna possível a oferta de maior volume corrente para uma determinada pressão, diminuindo, assim, o trabalho respiratório. Profª: Emmanuela Medeiros CPAP nasal Indicação ❑ RN com peso inferior a 1.500g, na presença de qualquer sinal de aumento do trabalho respiratório. Nesse caso, instalar a CPAP precocemente, se possível desde o nascimento. ❑ RN com peso superior a 1.500g mantendo SpO2 abaixo de 89% em oxigênio igual ou superior a 40%. ❑ Pós-extubação traqueal para todos os RN com peso inferior a 1.500g. ❑ Apneia neonatal. Profª: Emmanuela Medeiros 155 156 03/02/2020 79 CPAP nasal Cuidados ❑ Aplicar a CPAP utilizando pronga nasal. Deve-se escolher o tamanho da pronga de tal forma que não haja escape de gases pelas narinas. ❑ Evitar a CPAP com cânula traqueal, principalmente no RN de muito baixo peso. ❑Montar e checar o sistema. Profª: Emmanuela Medeiros CPAP nasal Cuidados ❑ Colocar a parte distal do circuito dentro de um recipiente contendo água até a altura de 7cm. O tubo deve ficar imerso a uma profundidade de 5cm (para gerar uma pressão positiva de 5cm H2O). ❑ Posicionar o RN em posição supina (decúbito dorsal), com a cabeça elevada aproximadamente a 30 graus. ❑ Colocar um pequeno rolo de pano ao redor da cabeça do RN. ❑ Colocar um gorro na cabeça do RN, com o crânio alojado completamente no fundo da touca, para fixar adequadamente o circuito da CPAP. ❑ Certificar-se de que a umidificação e o aquecimento dos gases estão adequados(36°C). Profª: Emmanuela Medeiros 157 158 03/02/2020 80 CPAP nasal Cuidados ❑ Aspirar previamente a oro e a nasofaringe e instalar uma sonda gástrica nº 8 ou 10, mantendo-a aberta para descompressão do estômago (exceto quando o RN estiver sendo alimentado). ❑ Escolher o tamanho apropriado da pronga nasal de acordo com o peso e a idade gestacional do RN: •0 para RN com peso menor que1kg. •1 para RN pesando 1kg. •2 para RN pesando 2kg. • 3 para RN pesando aproximadamente 3kg. • 4 para RN com peso acima de 3kg. Profª: Emmanuela Medeiros CPAP nasal Cuidados ❑Molhar a pronga nasal com água ou solução salina; colocar a pronga com a curvatura para baixo e para dentro da cavidade nasal. ❑ Ajustar os dois lados do circuito de tubos à face e à cabeça do bebê, mantendo a cânula nasal afastada do septo nasal. ❑ Verificar periodicamente a adaptação da pronga às narinas, a permeabilidade das vias aéreas superiores, a posição do pescoço e o aspecto das asas e do septo nasal quanto à presença de isquemia e necrose. Profª: Emmanuela Medeiros 159 160 03/02/2020 81 Profª: Emmanuela Medeiros Profª: Emmanuela Medeiros 161 162 03/02/2020 82 Profª: Emmanuela Medeiros Oxyhood ou Hood Indicação Fornece oxigênio em baixa concentração, utilizado na neonatologia e pediatria. ➢Rn respirando espontaneamente ➢Rn a termo sem grande esforço respiratório; ➢Hipoxemia sem hipercapnia; ➢Desmame de CPAP nasal. Profª: Emmanuela Medeiros 163 164 03/02/2020 83 Oxyhood ou Hood Cuidados ➢Proteger a região auricular do Rn; ➢Manter o hood bem encaixado e sem escapes de ar; ➢Observar as válvulas redutoras de oxigênio e ar - comprimido; ➢Manter o Rn confortável . Profª: Emmanuela Medeiros Oxyhood ou Hood Cuidados Fluxo de Oxigênio: 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Fluxo de Ar: 8 7 6 5 4 3 2 1 0 FiO2 resultante: 21% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% (MARTIN, 2003) Profª: Emmanuela Medeiros 165 166 03/02/2020 84 Ventilação Mecânica Invasiva Modalidade Ventilatórias Assistida/controlada (A/C). Ventilação mandatória intermitente sincronizada (SIMV). Pressão de suporte (PS). Volume garantido (VG). Profª: Emmanuela Medeiros Ventilação Mecânica Invasiva Modalidade Ventilatórias ❑Modo A/C: o aparelho fornece suporte ventilatório com picos de pressão ou volumes correntes e tempos inspiratórios predeterminados em resposta ao esforço respiratório espontâneo (ciclos assistidos). Se o RN não realizar esforço inspiratório em um determinado período de tempo, o respirador fornece ventilações mecânicas controladas na frequência predeterminada (ciclos controlados). No modo A/C, todos os ciclos respiratórios são mecânicos. A princípio, é o paciente quem comanda a frequência, mas se a frequência espontânea cair abaixo da “frequência de apoio”, o aparelho entra com os ciclos controlados até que a frequência do paciente supere a “frequência de apoio” Profª: Emmanuela Medeiros 167 168 03/02/2020 85 Ventilação Mecânica Invasiva Modalidade Ventilatórias ❑ A SIMV é uma modificação técnica da IMV convencional, na qual o aparelho libera as ventilações assistidas, na frequência predeterminada, imediatamente após o início do esforço inspiratório espontâneo do paciente. Se, no entanto, o esforço respiratório não for detectado dentro de um certo tempo estabelecido, o aparelho fornece ventilações mecânicas controladas na frequência predeterminada. Na SIMV, ao contrário da A/C, os ciclos respiratórios assistidos são constantes e intercalados com as respirações espontâneas. Profª: Emmanuela Medeiros Ventilação Mecânica Invasiva Modalidade Ventilatórias ❑A ventilação com PS é uma forma de suporte ventilatório que auxilia o paciente durante a respiração espontânea, facilitando o esforço respiratório durante a fase inspiratória, quando o aparelho fornece uma determinada pressão positiva. Na ventilação com PS, o paciente inicia e termina o ciclo respiratório assistido. A utilização clínica desta estratégia visa a diminuir o trabalho respiratório com menor sobrecarga muscular, assim como menor risco de fadiga. Atualmente, no período neonatal, essa técnica tem sido empregada em conjunto com a SIMV na fase de retirada da ventilação mecânica, com o objetivo de diminuir os episódios de hipoxemia e bradicardia. Profª: Emmanuela Medeiros 169 170 03/02/2020 86 Ventilação Mecânica Invasiva Modalidade Ventilatórias ❑No VG, o aparelho fornece suporte ventilatório para alcançar volume corrente predeterminado. Tal ajuste é realizado a cada oito ciclos assistidos por meio da análise do volume corrente expirado. Para alcançar o volume preestabelecido, o aparelho ajusta automaticamente o pico de pressão inspiratória. Profª: Emmanuela Medeiros Ventilação Mecânica Invasiva Cuidados ✓Níveis de umidificação e aquecimento dos gases e condições da cânula traqueal, como permeabilidade, fixação e posição de sua extremidade distal nas vias aéreas, periodicamente. ✓ Sinais clínicos de aumento do trabalho respiratório (agitação e retrações da caixa torácica) e cianose. ✓ Estado hemodinâmico: pulsos, perfusão periférica, pressão arterial, débito urinário e frequência cardíaca. ✓ Gasometria arterial: a análise dos gases sanguíneos, aliada aos parâmetros clínicos é, ainda, o melhor indicador da necessidade de modificações do suporte ventilatório. 171 172 03/02/2020 87 Ventilação Mecânica Invasiva Cuidados ✓Valores da GSA: ❑ pH > 7,20 nas primeiras seis horas de vida e, a seguir, acima de 7,25. ❑ PaCO2 entre 40 e 60mmHg. ❑ PaO2 entre 50 e 70mmHg ou SpO2 entre 86 e 93%. ✓Radiografia de tórax: observar se a extremidade da cânula traqueal está entre a 1a e a 3a vértebras torácicas. Profª: Emmanuela Medeiros Ventilação Mecânica Invasiva Cuidados ✓Verificar a permeabilidade das vias aéreas: posição da cânula traqueal e secreção. ✓Verificar se o volume pulmonar (VP) atinge entre oito e nove costelas posteriores no nível da linha hemiclavicular direita. ✓Instituir protocolo de manipulação mínima; ✓ Avaliar e sugerir a necessidade da instalação de analgesia e/ou sedação; ✓ Observar e sugerir ajustes ventilatórios; Profª: Emmanuela Medeiros 173 174 03/02/2020 88 Ventilação Mecânica Invasiva Protocolo de Extubação ❑ Considerar a extubação traqueal se o RN mantiver quadro respiratório estável por no mínimo 6 horas, com os seguintes parâmetros ventilatórios: FR < 20cpm, PIP < 20cmH2O, PEEP de 4cmH2O e FiO2 < 0,40. ❑O RN deve estar estável em relação aos seguintes sistemas: ▪Hemodinâmico: PA, perfusão periférica e FC devem situar-se nos limites da normalidade sem suporte ou sob infusão mínima de drogas vasoativas. ▪Infeccioso: quadros infecciosos controlados. ▪ Hematológico: o RN deve ter hematócrito mínimo de 35% para preservar a capacidade carreadora de oxigênio. Profª: Emmanuela Medeiros Ventilação Mecânica Invasiva Protocolo de Extubação ▪Metabólico: o neonato deve estar euglicêmico e com níveis normais de sódio, potássio, cálcio e magnésio. ▪ Neurológico: verificar se o RN é capaz de manter a respiração espontânea de maneira rítmica e regular. ▪Utilizar citrato de cafeína (5 a 8mg/kg por dia, por via oral ou endovenosa) para estímulo do centro respiratório, aumento da contratilidade da musculatura respiratória e diminuição do risco de DBP nos RN prematuros com peso ao nascer inferior a 1.000g, logo após a estabilização das condições cardiorrespiratórias (entre 3º e 5º dia de vida). Profª: Emmanuela Medeiros 175 176 03/02/2020 89 Ventilação Mecânica Invasiva Protocolo de Extubação ▪Administrar corticosteróide para prevenir edema de laringe e/ou subglótico nos RN que permaneceram intubados por períodos superiores a duas semanas ou que apresentaram falha em extubação prévia. Iniciar com dexametasona 0,1mg/kg por dose, 3 doses, sendo a primeira cerca de 4 horas antes da extubação e as duassubsequentes a cada 8 horas após a extubação. ▪ Nos casos de extubação não planejada, ministrar a primeira dose logo após a extubação e as duas doses subsequentes a cada 8 horas. Profª: Emmanuela Medeiros Ventilação Mecânica Invasiva Protocolo Pós - Extubação ❑Manter jejum por cerca de 2 horas após o procedimento. ❑ Realizar inalação com 1,0mL de solução milesimal de L-adrenalina pura, imediatamente após a extubação e depois a cada 4 horas, conforme indicação clínica. Monitorizar cuidadosamente o RN, em relação aos efeitos sistêmicos da adrenalina, como taquicardia, arritmias cardíacas e hipertensão arterial, entre outros. ❑Utilizar os seguintes parâmetros ventilatórios após a extubação traqueal: ▪ Se o peso do RN for inferior a 1.500g, colocá-lo em CPAP nasal com pressão de 4 a 6cmH2O e FiO2 suficiente para manter a SpO2 entre 86 e 93%. Profª: Emmanuela Medeiros 177 178 03/02/2020 90 Ventilação Mecânica Invasiva Protocolo Pós - Extubação ▪Se o RN apresentar episódios de apneias mesmo com os ajustes da CPAP, considerar uso de ventilação não invasiva. Ajustar os parâmetros ventilatórios nos seguintes níveis: PIP entre 15 a 20cmH2O, FR entre 15 e 20cpm, PEEP entre 4 e 6cmH2O e FiO2 suficiente para manter a SatO2 entre 86 e 93%. ▪ Se o peso do RN for superior a 1.500g, optar por CPAP nasal, oxigênio na incubadora ou cateter de O2 nasal, de acordo com a evolução da doença de base, o grau de desconforto respiratório, as alterações gasométricas e o estado hemodinâmico. Profª: Emmanuela Medeiros Profª: Emmanuela Medeiros Assistência de Enfermagem nos distúrbios hematológicos Hiperbilirrubinemia Neonatal Classificação da hiperbilirrubinemia neonatal Causas Complicações Diagnóstico Tratamento Cuidados de Enfermagem 179 180 03/02/2020 91 Profª: Emmanuela Medeiros Hiperbilirrubinemia Neonatal Definição Aumento da bilirrubina total, causando icterícia que se caracteriza pela coloração amarelada da pele, esclerótica e membranas mucosa do Rn. A icterícia é uma situação clínica muito comum, acometendo 80% de todos os recém – nascidos na primeira semana de vida, principalmente os prematuros Profª: Emmanuela Medeiros Hiperbilirrubinemia Neonatal Definição A bilirrubina é o produto final do catabolismo dos aminoácidos e hemoproteínas que contém o grupamento heme. A hemoglobina dos eritrócitos é responsável por 80% da produção da bilirrubina. A bilirrubina é formada no fígado e no baço e pode ser não conjugada (BI) solúvel em lipídeos (fígado) ou conjugada (BD) solúvel em água (bile/intestino); após a conjugação, ela é excretada dos hepatócitos para as vias biliares intra e extra-hepática. Podendo também ser absorvida e excretada pelos rins na forma de urobilinogênio. 181 182 03/02/2020 92 Profª: Emmanuela Medeiros Hiperbilirrubinemia Neonatal Definição Profª: Emmanuela Medeiros Hiperbilirrubinemia Neonatal Classificação Icterícia Fisiológica; Icterícia Patológica; Icterícia associada à amamentação; Icterícia do leite materno; 183 184 03/02/2020 93 Profª: Emmanuela Medeiros Hiperbilirrubinemia Neonatal Classificação Icterícia Fisiológica: ocorre após 48H do nascimento, tem evolução benigna, atinge maior intensidade no 4º D.V no Rn a termo e no 5º ou 6º D.V no pré- termo. Devido à imaturidade eritrocitária, hepática e gastrintestinal, é mais intensa no prematuro. Etiologia: ↓da captação da bilirrubina pelo fígado; ↑ da circulação êntero- hepática da bilirrubina; excreção hepática deficiente. Profª: Emmanuela Medeiros Hiperbilirrubinemia Neonatal Classificação Icterícia Patológica: ocorre nas 24 ou 48H de vida e pode estar associada à produção de bilirrubina, diminuição da captação, conjugação e excreção de bilirrubina e mecanismos mistos. Causas: doenças hemolíticas; hemorragia; policetemia; galactosemia; hipotireoidismo; atresia biliar; sangue deglutido; filho de mãe diabética. 185 186 03/02/2020 94 Profª: Emmanuela Medeiros Hiperbilirrubinemia Neonatal Classificação Icterícia da amamentação: ocorre nos primeiros 3 a 5 D.V do Rn amamentado exclusivamente ao seio. Relacionado à: deficiência calórica e menor quantidade de eliminação de mecônio Icterícia do leite materno:manifesta-se mais tardiamente e estende-se por 1 ou 2 meses, possui fator etiológico desconhecido. Profª: Emmanuela Medeiros Classificação CLASSIFICAÇÃO DAS ZONAS, CONFORME A ÁREA DO CORPO CLASSIFICAÇÃO ÁREA DO CORPO NÍVEL DE BILIRRUBINA ZONA I CABEÇA E PESCOÇO 4,3 A 7,8mg/dL ZONA II TRONCO ATÉ UMBIGO 5,4 A 12,2mg/dL ZONA III INFRAUMBILICAL ATÉ AS COXAS 8,1 A 16,5mg/dL ZONA IV JOELHOS E COTOVELOS ATÉ TORNOZELOS E PUNHOS 11,1 A 18,8mg/dL ZONA V MÃOS E PÉS >15mg/dL 187 188 03/02/2020 95 189 190 03/02/2020 96 Profª: Emmanuela Medeiros Hiperbilirrubinemia Neonatal DIFERENÇA ENTRE A ICTERÍCIA NEONATAL FISIOLOGICA E A PATOLÓGICA ICTERÍCIA FISIOLOGICA ICTERÍCIA PATOLÓGICA OCORRE APÓS 48H DO NASCIMENTO CLINICAMENTE DETECTÁVEL NAS PRIMEIRAS 24H DE VIDA VISIVEL AO ATINGIR 5 OU 6mg/dL BILIRRUBINA SÉRICA AUMENTADA MAIS DE 5mg/dL AO DIA BILIRRUBINA NÃO PASSA DE 10 OU 12mg/Dl BILIRRUBINA TOTAL EXCEDE 15mg/dL ATINGE MAIOR INTENSIDADE NO 4º D.V DO RN A TERMO E NO 6ºD.V DO RNPT ICTERÍCIA PERSISTE POR MAIS DE UMA SEMANA EM RN A TERMO OU 2 SEMANAS NO RNPT EVOLUÇÃO BENIGNA CAUSA NO RN HIPOATIVIDADE, SUCÇÃO DÉBIL, HEPATOESPLENOMEGALIA, ANEMIA E ANASARCA. 191 192 03/02/2020 97 Profª: Emmanuela Medeiros Hiperbilirrubinemia Neonatal Causas Doença hemolítica; Policitemia; Sangue deglutido; Diminuição da motilidade intestinal; Lesões hepáticas; Genitoras diabéticas; Causas obstrutivas. Profª: Emmanuela Medeiros Hiperbilirrubinemia Neonatal Complicações Kernicterus: síndrome neurológica causada pela deposição de bilirrubina nas células cerebrais, que ocorre quando os níveis de bilirrubina são maiores que 25mg/dL, com evidência de lesão neural. Quadro clínico: 193 194 03/02/2020 98 Profª: Emmanuela Medeiros Hiperbilirrubinemia Neonatal Complicações Fases do Quadro clínico: Fase I: hipotonia, letargia, má-sucção, choro agudo durante algumas horas; Fase II: hipertonia, opistótono e febre; Fase III: aparente melhora no final da 1ª semana; Fase IV: paralisia cerebral por encefalopatia bilirrubínica, perda de audição. Profª: Emmanuela Medeiros Hiperbilirrubinemia Neonatal Complicações 195 196 03/02/2020 99 Profª: Emmanuela Medeiros Hiperbilirrubinemia Neonatal Diagnóstico ❑ Exame Físico; ❑ Histórico materno e neonatal de nascimento; ❑ BTF; ❑ Hemograma; ❑ Tipagem sanguínea do Rn e da genitora; ❑ Reticulócitos. Profª: Emmanuela Medeiros Hiperbilirrubinemia Neonatal Tratamento ❑ Fototerapia ❑Medicamentoso; ❑ Exsanguíneotransfusão. 197 198 03/02/2020 100 Profª: Emmanuela Medeiros Hiperbilirrubinemia Neonatal Exsanguíneotransfusão - Complicações ❑ Tromboembolismo; ❑ Enterite necrosante; ❑ Perfuração vascular; ❑ Hemorragia; ❑ Distúrbio hidroeletrolítico; ❑ Infecção Profª: Emmanuela Medeiros Hiperbilirrubinemia Neonatal Fototerapia ❑Fotoisomerização: fragmentação estrutural da bilirrubina que é excretada na bile. ❑ Fotoxidação: produção de complexos pirrólicos que são solúveis em água e excretados pela urina. 199 200 03/02/2020 101 Profª: Emmanuela Medeiros Hiperbilirrubinemia Neonatal Fototerapia Profª: Emmanuela Medeiros Hiperbilirrubinemia Neonatal Fototerapia 201 202 03/02/2020 102 Profª: Emmanuela Medeiros Hiperbilirrubinemia Neonatal Fototerapia Profª: Emmanuela Medeiros Hiperbilirrubinemia Neonatal Fototerapia - Complicações ❑ Diarréia; ❑ Desidratação; ❑ Erupções cutâneas; ❑ Eritema; ❑ Síndrome do bebê bronzeado; ❑ Queimaduras; ❑ Hipotermia; ❑ Hipertermia. 203 204 03/02/2020 103 Profª: Emmanuela Medeiros Hiperbilirrubinemia Neonatal Cuidados de Enfermagem ❑ Fazer exame físico minucioso; ❑Monitorar SSVV; ❑ Proteger os olhos do RN; ❑ Despir o máximo possível o Rn; ❑ Realizar BH; ❑ Observaras eliminações vesicais e intestinais; ❑ Realizar mudança de decúbito; ❑ Não utilizar cremes, emolientes ou óleos na pele. Profª: Emmanuela Medeiros Assistência de Enfermagem nos distúrbios digestórios Administração de nutrição enteral e parenteral Nutrição Parenteral; Indicação Vias de Administração Componentes da Nutrição Parenteral Cuidados e controles 205 206 03/02/2020 104 Profª: Emmanuela Medeiros Administração de nutrição enteral e parenteral Nutrição Parenteral Dependendo do estado geral do neonato, o sistema digestório pode não permitir a alimentação enteral. Recomenda-se iniciar a nutrição parenteral ao redor do 2º ou 3º dia de vida. Profª: Emmanuela Medeiros Administração de nutrição enteral e parenteral Indicação Neonatos prematuros com peso < 1500Kg cuja combinação de nutrição enteral e parenteral será < 90cal/Kg na 1ª semana após nascimento; Neonato que nasceram há mais de uma semana e que não recebam mais que 80 – 90 Kcal/Kg/dia (enteral e parenteral combinada); Pós – operatório em que não será iniciada nutrição enteral por mais de 3 – 5 dias; 207 208 03/02/2020 105 Profª: Emmanuela Medeiros Administração de nutrição enteral e parenteral Indicação Pacientes com patologias digestórias que afetem a possibilidade da nutrição enteral. Exemplo: síndrome do intestino curto, enterocolite necrotizante, atresias intestinais e má formações do sistema digestório (gastrosquise/onfalocele). Profª: Emmanuela Medeiros Administração de nutrição enteral e parenteral Vias de Administração Cateteres periféricos: as concentrações de glicose não devem exceder 12,5% e proteínas 2%; Cateteres centrais: indicado quando houver necessidade de uma concentração de glicose > 12,5%, tempo de nutrição parenteral maior que 2 semanas. 209 210 03/02/2020 106 Profª: Emmanuela Medeiros Administração de nutrição enteral e parenteral Componentes da nutrição parenteral Glicose: inicia-se a 6 – 8mg/Kg/min, aumentando diariamente de 0,6 – 1,2mg/Kg/min, ou seja, 1,0 – 2,0g/Kg/dia, de acordo com a tolerância do neonato; Aminoácidos/prateínas: inicia-se com 0,5 – 1,5g/Kg/dia com o máximo de 3,0 – 3,5g/Kg/dia´; Lipídeos: 0,5g/Kg/dia e aumenta-se para 3g/Kg/dia para prematuros, e 4g/Kg/dia para os neonatos a termo, em incremento de 0,5g/Kg/dia. Profª: Emmanuela Medeiros Administração de nutrição enteral e parenteral Cuidados e controles Peso diário; Monitorar SSVV; Controle glicêmico; Coletar exames laboratoriais: HMG, triglicerídeo, ionograma, preoteínas totais e frações, BTF, albumina, fosfatase alcalina e enzimas hepáticas; Proteger da incidência da luz as NPP com presença de lipídeos (equipe fotossensível). 211 212 03/02/2020 107 Profª: Emmanuela Medeiros Administração de nutrição enteral e parenteral Nutrição enteral É a administração dos nutrientes pela via digestória, devendo ser iniciada assim que o neonato esteja estável. A privação da alimentação enteral causa alterações no intestino, levando a atrofia dos hormônios digestivos e aumentando a vulnerabilidade ao crescimento de organismos patogênicos no intestino, tendo como consequência a enterocolite necrotizante. Profª: Emmanuela Medeiros Administração de nutrição enteral e parenteral Nutrição enteral Tipos: ✓Leite materno; ✓Leite materno pasteurizado; ✓Leite artificiais: para RnPT, Rn a termo, à base de soja, hidrolisado de proteínas; ✓Alimentação (hipocalórica) trófica; ✓Gavagem intermitente. 213 214 03/02/2020 108 Profª: Emmanuela Medeiros Nutrição enteral Observar: ✓ Circunferência abdominal a cada 12H; ✓ Distensão abdominal; ✓ RG > 30% do valor total da dieta administrada; ✓ RG de aspecto bilioso; ✓ Alças intestinais visíveis e palpáveis; ✓ Vômito; ✓ Irritabilidade; Letargia; ✓ Fezes liquidas e/ou com odor; Presença de sg visível ou oculto. Profª: Emmanuela Medeiros Administração de nutrição enteral e parenteral Intervenções de Enfermagem ✓ Lavar as mãos; ✓ Selecionar a sonda de acordo com o peso do Rn; ✓ Identificar com data, rubrica pós cateterismo gástrico; ✓ Realizar a troca a cada 72H; ✓Checar RHA, distensão ou alças intestinais visíveis ou palpáveis; ✓ Administrar a dieta lentamente 20 a 30`; ✓ No final da administração da dieta por gavagem injetar de 1 – 2ml de ar; 215 216 03/02/2020 109 Profª: Emmanuela Medeiros Malformação da parede abdominal Gastrosquise Definição; Diagnóstico; Tratamento; Cuidados de Enfermagem Profª: Emmanuela Medeiros Malformação da parede abdominal - Gastrosquise Definição A gastrosquise ou laparosquise é uma malformação congênita em que ocorre exteriorização das vísceras através de um defeito na parede abdominal. 217 218 03/02/2020 110 Profª: Emmanuela Medeiros Malformação da parede abdominal - Gastrosquise Etiologia ✓ Medicamentos; ✓ Infecções maternas; ✓Uso de drogas durante a gestação; ✓ Tabagismo; ✓ Prematuridade. Profª: Emmanuela Medeiros Malformação da parede abdominal - Gastrosquise Diagnóstico ✓USG durante a gestação; 219 220 03/02/2020 111 Profª: Emmanuela Medeiros Malformação da parede abdominal - Gastrosquise Tratamento✓ Cirúrgico; ✓ ATB terapia; ✓ NPT; Profª: Emmanuela Medeiros Malformação da parede abdominal - Gastrosquise Tratamento ✓ Cirúrgico; 221 222 03/02/2020 112 Profª: Emmanuela Medeiros Malformação da parede abdominal - Gastrosquise Tratamento ✓ Cirúrgico; Profª: Emmanuela Medeiros Malformação da parede abdominal - Gastrosquise Cuidados de Enfermagem – Pré-operatório ✓ Verificar se há autorização dos pais para o procedimento cirúrgico; ✓ Verificar sinais vitais e realizar o exame físico antes de encaminhar ao centro cirúrgico; ✓Colocar o RN em IA para transporte; ✓Puncionar acesso venoso, colher sangue para exames, manter jejum de 8 horas; 223 224 03/02/2020 113 Profª: Emmanuela Medeiros Malformação da parede abdominal - Gastrosquise Cuidados de Enfermagem – Pré-operatório ✓Administrar medicações pré-anestésicas conforme prescrição médica; ✓Confirmar a identificação do paciente (pulseira) antes de encaminhar ao centro cirúrgico; ✓Pesar o paciente; ✓Manter o aporte de oxigênio necessário; ✓Encaminhar o RN ao centro cirúrgico. Profª: Emmanuela Medeiros Malformação da parede abdominal - Gastrosquise Cuidados de Enfermagem – Pós-operatório ✓Preparar o leito para receber o RN; ✓ Organizar material para reanimação, aspirador montado e testado, IA preparada; ✓Receber plantão da equipe da cirurgia; ✓Instalar monitorização cardíaca, oxímetria de pulso; ✓ Instalar suporte ventilatório; ✓Verificar sinais vitais a cada 15 minutos na primeira hora; 225 226 03/02/2020 114 Profª: Emmanuela Medeiros Malformação da parede abdominal - Gastrosquise Cuidados de Enfermagem – Pós-operatório ✓Manter a estabilidade térmica; ✓Observar o curativo; ✓ Realizar a troca do curativo diariamente e sempre que necessário; ✓Permitir que os pais acompanhem o neonato assim que possível, envolvê-los no cuidado e responder todas as dúvidas. 227 228 03/02/2020 115 Profª: Emmanuela Medeiros Malformação da parede abdominal - Onfalocele Definição Defeito congênito da parede abdominal, onde exterioriza órgãos da cavidade abdominal, mas a diferença da gastrosquise é que há uma membrana avascularizada transparente cobrindo as estruturas do abdômen. A herniação do intestino médio para dentro do cordão umbilical ocorre entre a 6ª e 10ª semanas de gestação, onde intestino e outras vísceras permanecem dentro do cordão umbilical. Profª: Emmanuela Medeiros Malformação da parede abdominal - Onfalocele Incidência ❑ 1:3000 a 1: 10000 nascimentos vivos. ❑Malformações associadas (30 a 80% casos): ❑Cardiovascular (35%) ❑Cromossômicas (20%) ❑Trato gastrintestinal (80%). 229 230 03/02/2020 116 Profª: Emmanuela Medeiros Malformação da parede abdominal - Onfalocele Diagnóstico pré - natal ❑USG; Profª: Emmanuela Medeiros Malformação da parede abdominal - Onfalocele Cuidados pós - natal ❑ Proteção do sacoperitoneal com compressas úmidas e mornas e recobertas por filme plástico (de PVC), para evitar perda de calor e umidade. ❑ Hidratação venosa (80ml/kg/dia); ❑ Sonda orogástrica ❑ Verificar diurese (sonda vesical de demora) ❑ Antibióticoterapia (amplo espectro) ❑ Ecocardiograma e ecografia renal; 231 232 03/02/2020 117 Profª: Emmanuela Medeiros Malformação da parede abdominal - Onfalocele Cuidados de Enfermagem ❑Cobrir com compressa úmida com soro fisiológico morno as estruturas e envolver em plástico estéril próprio para esse procedimento; ❑Utilizar técnica asséptica e utilizar cobertor, lençol estéril no leito do RN; ❑Monitorar sinais vitais com frequência; ❑Não ventilar o RN com máscara para prevenir distensão abdominal; Profª: Emmanuela Medeiros Malformação da parede abdominal - Onfalocele Cuidados de Enfermagem ❑Manter balanço hídrico rigoroso, ❑Puncionar acesso venoso, ❑Manter sonda gástrica aberta para drenagem, ❑Administrar analgésico conforme prescrição médica, ❑Agrupar os cuidados, ❑Observar coloração da pele e perfusão, ❑Orientar os pais sobre equipamentos envolvidos no cuidado com RN. 233 234 03/02/2020 118 Profª: Emmanuela Medeiros Malformação da parede abdominal - Onfalocele Tratamento ❑ ATB profilática; ❑Cirúrgico: ❑Fechamento primário – quando a onfalocele é pequena e o fechamento primário da aponeurose não causa síndrome compartimental; Profª: Emmanuela Medeiros Malformação da parede abdominal - Onfalocele Tratamento ❑ Cirúrgico: ❑Fechamento estagiado – colocação de tela de silicone sobre o defeito, confeccionando uma “chaminé de silástico”, isso permite a redução gradual das alças intestinais para a cavidade abdominal. Em geral essa redução é realizada a cada 24/48 h até que seja possível fechar a aponeurose sem aumento significativo da pressão intra-abdominal. 235 236 03/02/2020 119 Profª: Emmanuela Medeiros Malformação da parede abdominal - Onfalocele Tratamento ❑ Cirúrgico: ❑Tratamento conservador – só é utilizado nos raros casos em que não são possíveis os outros dois tipos de fechamento. O saco herniário é pincelado com uma substância anti-séptica (álcool a 70%). Até que se torne uma “carapaça” e seja gradualmente epitelizado, resultando em uma grande hérnia ventral que será corrigida posteriormente. Profª: Emmanuela Medeiros Malformação da parede abdominal - Onfalocele Tratamento ❑ Cirúrgico: 237 238 03/02/2020 120 Profª: Emmanuela Medeiros Malformação da parede abdominal - Onfalocele Tratamento ❑ Cirúrgico: Profª: Emmanuela Medeiros Malformação da parede abdominal - Onfalocele Tratamento ❑ Cirúrgico: 239 240 03/02/2020 121 Profª: Emmanuela Medeiros Cardiopatias Congênitas; Embriologia Cardiovascular; Fisiologia da Circulação Fetal Mudanças Circulatórias Neonatais; Cardiopatias com “shunt” E - D; Cardiopatias Acianogênicas Cardiopatias Cianogênicas Assistência de Enfermagem nos distúrbios cardiovasculares Profª: Emmanuela Medeiros Cardiopatias Congênitas Anormalidades do coração e dos grandes vasos, presentes ao nascimento. Esses defeitos ocorrem enquanto o feto está se desenvolvendo no útero e pode afetar cerca de 1 em cada 100 crianças, segundo dados da American Heart Association. Defeito congênito mais comum e uma das principais causas de óbito relacionados a malformações congênitas. Segundo dados da sociedade brasileira de cardiologia no Brasil nascem em torno de 23 mil crianças com problemas cardíacos. 241 242 03/02/2020 122 Profª: Emmanuela Medeiros Embriologia Cardiovascular O desenvolvimento do sistema cardiovascular fetal se inicia na 3ª semana de gestação e termina próximo à 8ª semana; O tubo embrionário cardíaco dobra-se sobre si mesmo. A rotação cardíaca geralmente se dá para direita; Os coxins endocárdicos dão origem à porção distal do septo intratrial (septum primum), à proximal do septo interventricular (via de entrada) e às porções septais das valvas atrioventriculares, e são responsáveis pela septação do tronco arterioso; Profª: Emmanuela Medeiros Embriologia Cardiovascular Após a septação atrial, uma abertura persiste na sua porção média, o “foramen ovale”. Através dele, sangue proveniente da placenta é direcionado para AE na vida intra – uterina; O modo de fusão em espiral do tronco arterioso explica a posição da aorta em relação a artéria pulmonar ao emergir do coração; Uma comunicação entre a aorta e a artéria pulmonar é mantida através do canal arterial. 243 244 03/02/2020 123 Profª: Emmanuela Medeiros Embriologia Cardiovascular Assistência de Enfermagem nos distúrbios cardiovasculares Profª: Emmanuela Medeiros Fisiologia da Circulação Fetal A placenta exerce a função de “pulmão do feto”; Os pulmões fetais oferecem alta resistência ao fluxo sanguíneo; Apenas 7% do DC total circula pelos pulmões; O restante do DC do VD é desviado pelo canal arterial; O VD apresenta um DC (60%) superior ao DC do VE; Apenas 10% do DC total circula pelo istmo da aorta; O retorno venoso da VCI equivale a 70% do DC total e tem a maior saturação de O2 (+/- 70%) 245 246 03/02/2020 124 Profª: Emmanuela Medeiros Fisiologia da Circulação Fetal Assistência de Enfermagem nos distúrbios cardiovasculares Uma parte do sangue da VCI (33%) é desviada, através do FO para o AE, indo oxigenar a parte superior do corpo do feto; Existem 4 “shunts fisiológicos”: a placenta, o ducto venoso, o forame oval e o canal arterial; Os ventrículos trabalham “em paralelo”. Profª: Emmanuela Medeiros Principais Mudanças Circulatórias Neonatais Retirada brusca da placenta; Fechamento do ducto venoso; Queda na pressão e resistência vascular pulmonar; Aumento do fluxo sanguíneo pulmonar; Fechamento do canal arterial; Aumento do retorno venoso pulmonar; Aumento da pressão média do átrio esquerdo; Fechamento do forame oval; Aumento da pressão e resistência vascular sistêmica; Início da circulação “em série” da vida extra-uterina 247 248 03/02/2020 125 Profª: Emmanuela Medeiros Principais Mudanças Circulatórias Neonatais Assistência de Enfermagem nos distúrbios cardiovasculares Profª: Emmanuela Medeiros Principais Mudanças Circulatórias Neonatais Assistência de Enfermagem nos distúrbios cardiovasculares 249 250 03/02/2020 126 Profª: Emmanuela Medeiros Cardiopatia com Shunt E-D; Definição; Persistência do Canal Arterial (PCA); Comunicação Interatrias (CIA); Comunicação Interventriculares (CIV); Defeitos do Septo Atrioventricular Cardiopatias Congênitas Profª: Emmanuela Medeiros Cardiopatia com Shunt E-D; Definição; Persistência do Canal Arterial (PCA); Comunicação Interatrias (CIA); Comunicação Interventriculares (CIV); Defeitos do Septo Atrioventricular Cardiopatias Congênitas 251 252 03/02/2020 127 Profª: Emmanuela Medeiros Definição Cardiopatias congênitas onde o quadro clinico é determinado principalmente por um desvio de sangue da circulação sistêmica para a circulação pulmonar. Cardiopatias Congênitas Cardiopatia com Shunt E-D Profª: Emmanuela Medeiros Persistência do Canal Arterial (PCA) Definição: É a comunicação entre a Ao e o ramo esquerdo da artéria pulmonar. Perfil epidemiológico: • 12% das cardiopatias congênitas; • Sexo feminino; Cardiopatia com Shunt E-D Etiologia: •Rubéola Congênita. 253 254 03/02/2020 128 Profª: Emmanuela Medeiros Persistência do Canal Arterial (PCA) Quadro Clínico: a criança pode ser assintomática, apresentar infecções respiratórias de repetição ou ainda, em alguns casos, quadro de IC. Exame físico: • Palpação: pulsos amplos, frêmito sistólico; • Ausculta: bulhas normais e há sopro contínuo de intensidade moderada, melhor auscultado no 2º e 3º EIE; Cardiopatia com Shunt E-D Profª: Emmanuela Medeiros Persistência do Canal Arterial (PCA) Exame complementares: • Rx de tórax; hiperfluxo pulmonar e ↑ das câmaras esquerdas; • ECG: sobrecarga atrial e ventricular esquerda; • ECO: Avaliação do tamanho do canal e a magnitude do shunt(repercussão hemodinâmica); Cardiopatia com Shunt E-D 255 256 03/02/2020 129 Profª: Emmanuela Medeiros Persistência do Canal Arterial (PCA) Cardiopatias Congênitas Cardiopatia com Shunt E-D Profª: Emmanuela Medeiros Persistência do Canal Arterial (PCA) Tratamento: • Digitálicos; • Diuréticos; • Vasodilatadores; • RNPT: indometacina, ibuprofeno; • Cirúrgico: realizada após o 6º mês de vida; Cardiopatia com Shunt E-D 257 258 03/02/2020 130 Profª: Emmanuela Medeiros Persistência do Canal Arterial (PCA) Cardiopatias Congênitas Cardiopatia com Shunt E-D Profª: Emmanuela Medeiros Persistência do Canal Arterial (PCA) Complicações: • ICC; • Hipertensão arterial pulmonar; • Endocardite bacteriana. Cardiopatia com Shunt E-D 259 260 03/02/2020 131 Profª: Emmanuela Medeiros Persistência do Canal Arterial (PCA) Cardiopatias Congênitas Cardiopatia com Shunt E-D Profª: Emmanuela Medeiros Comunicação Interatrial (CIA) Definição: Comunicação entre o AD e o AE. Epidemiologia: • 10% dos casos; • Gênero feminino Cardiopatia com Shunt E-D 261 262 03/02/2020 132 Profª: Emmanuela Medeiros Comunicação Interatrial (CIA) Tipos: • Defeito da fossa oval ou CIA tipo ostium secundium: 70% dos casos, decorrente da presença de orifícios em sua lâmina; • CIA tipo seio venoso: localizado na maioria dos casos, próximo a VCS e comumente associado à drenagem anômala da veia pulmonar superior direita, diretamente na VCS. Pode também se localizar próximo à VCI, forma rara. Cardiopatia com Shunt E-D Profª: Emmanuela Medeiros Comunicação Interatrial (CIA) Tipos: • CIA tipo seio coronário: está relacionado a uma deficiência na parede entre o seio coronário e o AE; • CIA tipo ostium primum: corresponde a 20% dos casos de CIA e está relacionado com defeito da formação dos coxins endocárdicos, localizado na porção inferior do septo interatrial. Cardiopatia com Shunt E-D 263 264 03/02/2020 133 Profª: Emmanuela Medeiros Comunicação Interatrial (CIA) Quadro Clínico: • Geralmente assintomático; • Pode apresentar: déficit de crescimento, infecções das VA de repetição e raramente sinais de IC. Cardiopatia com Shunt E-D Exame físico: •Ausculta: desdobramento fixo de B2, que tem intensidade aumentada, secundário ao hiperfluxo pulmonar, sopro sistólico suave em bordo esternal esquerdo baixo. Profª: Emmanuela Medeiros Comunicação Interatrial (CIA) Exames Complementares: • Rx de tórax: hiperfluxo pulmonar, abaulamento do tronco pulmonar. A área cardíaca pode ser normal ou ↑ às custas das câmaras direita; • ECG: BRD incompleto; • ECO: visualização, classificação anatômica, mensuração do defeito e avaliação da repercussão hemodinâmica. Cardiopatia com Shunt E-D 265 266 03/02/2020 134 Profª: Emmanuela Medeiros Comunicação Interatrial (CIA) Cardiopatias Congênitas Cardiopatia com Shunt E-D Profª: Emmanuela Medeiros Comunicação Interatrial (CIA) Tratamento: • O fechamento espontâneo no 1º ano de vida; • Cirúrgico: com repercussão hemodinâmica. Cardiopatia com Shunt E-D Complicações: • Infecções respiratórias • Baixo ganho de peso ponderal; • Hipertensão pulmonar na vida adulta (5 – 10%). 267 268 03/02/2020 135 Profª: Emmanuela Medeiros Comunicação Interatrial (CIA) Cardiopatias Congênitas Cardiopatia com Shunt E-D Profª: Emmanuela Medeiros Comunicação Interventricular (CIV) Definição: Comunicação entre o VD e o VE. Epidemiologia: • A mais comum 10% dos casos; • Sem relação com gênero. Cardiopatia com Shunt E-D 269 270 03/02/2020 136 Profª: Emmanuela Medeiros Comunicação Interventricular (CIV) Quadro Clínico: depende da magnitude e do shunt E-D e das pressões da artéria pulmonar: • CIV pequena: paciente assintomático; • CIV moderada: infecções respiratórias frequêntes; • CIV grande: IC e infecções respiratórias de repetição. Cardiopatia com Shunt E-D Profª: Emmanuela Medeiros Comunicação Interventricular (CIV) Exame físico: • CIV pequena: frêmito sistólico no BEEB, precórdio normal, sopro; • CIV moderada: frêmito, sopro B2 tem componente pulmonar hiperfonético; • CIV grande: não observamos frêmito, B2 hiperfonética. Cardiopatia com Shunt E-D 271 272 03/02/2020 137 Profª: Emmanuela Medeiros Comunicação Interventricular (CIV) Exame Complementares Pequena: • Rx: hiperfluxo pulmonar leve, área cardíaca normal; • ECG: normal; • ECO: determina a posição da CIV, o volume do shunt E-D e as pressões na artéria pulmonar. Cardiopatia com Shunt E-D Profª: Emmanuela Medeiros Comunicação Interventricular (CIV) Cardiopatias Congênitas Cardiopatia com Shunt E-D 273 274 03/02/2020 138 Profª: Emmanuela Medeiros Comunicação Interventricular (CIV) Exame Complementares Moderada e Importante: • Rx:↑ da área cardíaca às custas das câmaras esquerdas, hiperfluxo pulmonar; • ECG: sobrecarga atrial e ventricular esquerda ou biventricular; • ECO: determina a posição da CIV, o volume do shunt E-D e as pressões na artéria pulmonar; Cardiopatia com Shunt E-D Profª: Emmanuela Medeiros Comunicação Interventricular (CIV) Exame Complementares Moderada e Importante: •CATE: indicado quando há hiperfluxo pulmonar para avaliar a resistência vascular pulmonar e a resposta ao uso de oxigênio e óxido nítrico Cardiopatia com Shunt E-D 275 276 03/02/2020 139 Profª: Emmanuela Medeiros Comunicação Interventricular (CIV) Tratamento: •Possibilidade de fechamento espontâneo 50 – 60%; • Cirúrgico: repercussão hemodinâmica e proximidade com o folheto aórtico e em CIV profilaxia da endocardite bacteriana Cardiopatia com Shunt E-D Complicações: • Endocardite Bacteriana; • Hipertensão arterial pulmonar; • Insuficiência Aórtica. Profª: Emmanuela Medeiros Comunicação Interventricular (CIV) Cardiopatias Congênitas Cardiopatia com Shunt E-D 277 278 03/02/2020 140 Profª: Emmanuela Medeiros Defeito do Septo Atrioventricular Definição: A valva atrioventricular comum pode ter um orifício único ou orifício separados (D e E), o que define as denominações de defeitos completos (totais) ou parciais, respectivamente. Também chamado de defeito de coxim endocárdico ou canal atrioventricular, o mesmo apresenta associação com a síndrome de Down. Cardiopatia com Shunt E-D Profª: Emmanuela Medeiros Defeito do Septo Atrioventricular Cardiopatias Congênitas Cardiopatia com Shunt E-D 279 280 03/02/2020 141 Profª: Emmanuela Medeiros Defeito do Septo Atrioventricular Cardiopatia com Shunt E-D Quadro Clínico depende do tipo da variação anatômica: CIA ostium pirimum (forma parcial) apesar de semelhante ao da CIA ostium secundum (forma total) quanto à ausculta, onde observamos um desdobramento fixo e amplo de B2 de intensidade ↑ e sopro em bordo esternal esquerda (BEE) alto, a tipo ostium primum é mais comum o retardo do crescimento. Profª: Emmanuela Medeiros Defeito do Septo Atrioventricular Cardiopatia com Shunt E-D Quadro Clínico depende do tipo da variação anatômica: Já na forma total há um maior comprometimento hemodinâmico com o desenvolvimento de ICC nos primeiros meses (taquicardia, taquipneia, hepatomegalia) podendo evoluir para hipertensão arterial pulmonar precoce, principalmente nos portadores de síndrome de Down. 281 282 03/02/2020 142 Profª: Emmanuela Medeiros Defeito do Septo Atrioventricular Cardiopatia com Shunt E-D Exame físico: Precórdio hiperdinâmico, acentuação da B1 (valva AV única) e B2 na presença de hipertensão pulmonar. Sopro sistólico rude em BEE baixo. Profª: Emmanuela Medeiros Defeito do Septo Atrioventricular Cardiopatia com Shunt E-D Exames Complementares: RxT: Parcial: coração aumentado de volume, às custas das câmaras esquerdas ou ainda do AD. Total: cardiomegalia, com aumento do AD e artéria pulmonar proeminente, além de hiperfluxo pulmonar. 283 284 03/02/2020 143 Profª: Emmanuela Medeiros Defeito do Septo Atrioventricular Cardiopatia com Shunt E-D Exames Complementares: ECG: Parcial: intervalo P-R geralmente prolongado,
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