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Anti-inflamatórios não-esteróides AINEs Iangla Araujo http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=3022&m=db “Capacidade do organismo de desencadear uma resposta inflamatória é fundamental à sobrevivência, em vista dos patógenos e lesões ambientais, embora em algumas situações e doenças a resposta inflamatória possa ser exagerada e persistente, sem qualquer benefício aparente” (GOODMAN, 1996) Processo Inflamatório emanu Realçar emanu Realçar Inflamação Representa uma reação do tecido vivo vascularizado a uma agressão local de origem: Externa • infecciosos, térmicos, mecânicos, químicos, radiações Interna • doenças autoimunes (artrite reumatóide), doenças do colágeno (lúpus eritematoso sistêmico) Objetivo: limitar ou eliminar a disseminação do dano e reconstruir os tecidos afetados (cicatrização completa) emanu Realçar emanu Realçar emanu Realçar Lesão celular Mediadores químicos Infiltração celular no tecido lesado Vasodilatação Exsudação (extravasamento) Pressão sobre nociceptores Rubor calor Tumor Dor Sinais flogísticos O processo inflamatório é desencadeado por vários estímulos: agentes infecciosos, isquemia, interações Ag-Ac, lesão térmica, agentes físicos • Fase Transitória Aguda: caracterizada por vasodilatação localizada e da permeabilidade vascular • Fase Subaguda ou Tardia: marcada por infiltração de leucócitos e células fagocitárias • Fase Proliferativa Crônica: degeneração tecidual e fibrose emanu Caret emanu Caret emanu Realçar Mediadores químicos nos processos inflamatórios: Aminas (Histaminas) Lipídios (Prostaglandinas) Peptídeos (Bradicinina) emanu Realçar Mediadores produzidos em quase todos os tecidos do corpo em quantidades muito pequenas. Agem localmente nos tecidos com metabolização rápida. Não circulam no sangue em concentrações significativas. Funções fisiológicas das prostaglandinas • Estimulação da agregação plaquetária (TXA2) • Inibição da agregação plaquetária (PGI) • Relaxamento vascular (PGE2, PGI) • Contração vascular (PGF, TXA) • Contração brônquica (PGF2, LCT, LTD, TXA) • Relaxamento brônquico (PGE) • Proteção da mucosa gástrica (PGE1, PGI) Prostaglandinas emanu Realçar emanu Realçar emanu Realçar emanu Realçar emanu Comentário Não se pode usar aines para asma pois o mesmo age somente na via das cox deixando mais ac araquidonico disponivel para agir na via dos leucotrienos favorecendo a asma Manutenção do fluxo renal e regulação do metabolismo de Na+ e K+ (PGE1, PGI2); Indução da contração uterina (PGE, PGF2); Produção de febre (PGE2); Hiperalgesia por potencialização dos mediadores da dor; Sensibilização das terminações nociceptivas periféricas. emanu Realçar emanu Realçar emanu Comentário Essa ação renal gera aumento da PA AINEs na gravidez Se for necessária, a utilização de um desses fármacos durante a gravidez, o ácido acetilsalicílico em pequenas doses é provavelmente o mais seguro. De qualquer modo, o ácido acetilsalecílico e outros AINEs devem ser interrompidos antes do terceiro trimestre, a fim de evitar complicações como: Prolongamento do trabalho de parto; Maior risco de hemorragia pós-parto; Fechamento prematuro do ducto arterioso e hipertensão pulmonar no feto ou neonato. Portanto, a recomendação é que não sejam utilizados durante o terceiro trimestre A inflamação produz sensibilização do receptores da dor A febre se deve à estimulação do centro termorregulador no hipotálamo, responsável pela regulação do nível em que a temperatura corpórea é mantida Mecanismo de Ação dos AINEs Inibição das ciclooxigenases, sem atingir a lipoxigenase nem outros mediadores da inflamação. emanu Realçar emanu Realçar emanu Máquina de escrever A fosfolipase converte os fosfolipidios de mermbrana em Ac. araquidonico ANTINFLAMATÓRIA - Reduz a síntese dos mediadores da inflamação - Reduz mediadores químicos do sistema da calicreína - Inibe a aderência dos granulócitos - Estabiliza lisossomas - Inibe a migração de leucócitos polimorfonucleares e macrófagos para os sítios onde há inflamação. ANTIPIRÉTICA EFEITO ANTIPIRÉTICO: Reduz a temperatura corporal elevada Bloqueia a produção de prostaglandinas induzida pelos pirogênios Bloqueia a resposta no SNC à interleucina-1 Inibição da ação sensibilizante das PG Inibição da síntese do tromboxano. Inibem a agregação plaquetária e prolongam o tempo de sangramento ANALGÉSICO ANTIPLAQUETÁRIO Ácido Araquidônico COX-1 Prostaglandinas Citoproteção GI Agregação plaquetária Função renal COX-2 Prostaglandinas Inflamação Dor Febre COX-2 Inibição específica fisiológico estímulos inflamatórios As principais diferenças entre as enzimas COX 1 COX 2 Continuamente estimulada no organismo; Constitutiva–sua concentração se mantem estável; Gera as prostaglandinas usadas na manutenção dos processos básicos do organismo; Prostaglandinas estimulam funções tais como, produção de muco na parede do estômago, regulação do ácido gástrico e excreção de água pelos rins. Induzida (normalmente não está presente nas células); Geradas somente em células especiais do pulmão (EXa549); Usadas na sinalização da dor e da inflamação; Produzem prostaglandinas para a resposta inflamatória; Estimulada somente como parte da resposta imune; Produção é estimulada pelas citocinas inflamatórias e pelos fatores de crescimento emanu Comentário Nos rins a cox 2 passa a ser constitutiva ou seja, seletivo ou não o aine vai ser maléfico para esse orgão Usos Terapêuticos Todos são antipiréticos, analgésicos e antiinflamatórios, mas com graus diferentes sobre essas atividades. 1.1. Analgésicos • Dor leve a moderada • Não produz efeitos indesejáveis dos opióides no SNC • Aliviam a dor relacionada à inflamação • PG: sensibilizante das terminações nervosas às ações da bradicinina, histamina, outros mediadores químicos 1.2. Antiinflamatórios • distúrbios músculo-esqueléticos inflamatórios (artrite-reumatóide, osteoartrite, etc) 1.3. Antipiréticos • Febre: ocorre quando o ponto de ajuste do centro termorregulador está alterado • Causa: de prostaglandinas • Antipiréticos: reduzem a temperatura corpórea apenas nos estados febris • Alguns são contra-indicados para uso prolongado pelos efeitos tóxicos (p.ex.: fenilbutazona) 1.4. Dismenorréia Primária • A liberação de PG pelo endométrio durante a menstruação pode causar cólicas fortes. Ulceração e intolerância gastrointestinais - sangramento e anemia Bloqueio da agregação plaquetária - pela inibição da síntese de Tx Inibição da motilidade uterina - pela inibição da síntese de PG - prolongamento da gestação Reações de Hipersensibilidade Efeitos colaterais Síntese de eicosanóides e efeitos dos AINEs Classificação • Inibe a enzima ciclooxigenase • Os AINEs apresentam variáveis seletividade para ( COX-1 e COX-2) • Os glicocorticóides inibem a fosfolipase A2 (são + abrangentes inibem a formação do ác. Araquidônico e portanto compromete a síntes de PGL e leucotrienos) os glicocorticóides também bloqueiam a COX2 Mecanismo de ação- resumo Efeitos adversos 1. As PGL promovem vasodilatação renal, inibem a reabsorção de cloretos e causam aumento da diurese. 2. Com o uso de AINES - que inibem a síntese de PGLs – vamos observar aumento da volemia. Os AINEs exercem poucos efeitos sobre a função renal nos indivíduos normais já que as PGLs exercem um efeito mínimo em indivíduos com o sódio normal, mas são potencialmente perigosos em pacientes com ICC – cirrose – ascite – doença renal - hipovolêmicos Efeitos renais emanu Realçar emanu Realçar Efeitos sobre o TGI OsAINES aumentam cerca de 3x a incidência de efeitos GI graves principalmente: 1. Diarréia - náuseas - vômitos 2. Gastrites / úlceras ( mais importante) 3. SANGRAMENTOS ( pode causar anemia) Os inibidores seletivos da COX 2 causam menos lesões (Pensar no uso de um citoprotetor) 1. Aumento da volemia - por conta de uma ação à nível renal 2. Arritmias, que levou a retirada do mercado do ROFECOXIB. Efeitos cardiovasculares 1. Distúrbios da coagulação - inibem a agregação plaquetária o que prolonga o tempo de sangramento) 2. Anemia por sangramento Efeitos sobre o sangue AAS Inibição irreversível e não seletiva das ciclooxigenases Efeitos farmacológicos: Anti-inflamatórios Analgésicos Antipiréticos Antiplaquetários Intoxicação - Salicilismo - Síndrome de Reye em crianças Contraindicação - Pacientes hemofílicos Substâncias suspeitas de induzir a síndrome de secreção inapropriada do hormônio antidiurético (SIADH), tais como ibuprofeno e indometacina, antidepressivos tricíclicos, inibidores seletivos de recaptação de serotonina, clorpropamida, clorpromazina, clofibrato, fludrocortisona, ureia e carbamazepina podem causar um efeito antidiurético, levando ao risco aumentado de retenção de fluido e hiponatremia. Os anti- inflamatórios não esteroidais (AINEs) podem induzir a retenção de líquidos e hiponatremia. Normal Aspirina Mucosa gástrica Inibidores não-seletivos da COX ACETAMINOFENO • Inibição reversível das ciclooxigenases • Efeitos farmacológicos - analgésicos - antipiréticos • Intoxicação - aguda: lesão hepática fatal dose-dependente - antídoto: N-acetilcisteína Vantagens • Não produz efeitos sobre SCV e respiratório • Não há distúrbio ácido-básico • Não produz irritação, erosão ou sangramento gástrico • Não produz efeitos nas plaquetas NÃO POSSUI AÇÀO ANTI INFLAMATÓRIA APRECIÁVEL porque é um inibidor fraco da COX na presença de peróxidos existentes em concentrações elevadas no foco inflamatório DICLOFENACO Inibição reversível das ciclooxigenases e redução das concentrações intracelulares do ácido araquidônico livre nos leucócitos Efeitos farmacológicos - antiinflamatórios - analgésicos - antipiréticos Apresentações - comprimidos - gel tópico - solução oftálmica - supositório - injetável Diflunisal Etodolac Fenoprofeno Flubiprofeno Ibuprofeno Indometacina Cetoprofeno Cetorolaco Meclofenamato e Ácido Mefenâmico Nabumetona Naproxeno Oxaprozina Fenilbutazona Piroxicam Tenoxicam Tiaprofeno Alguns exemplos de fármacos não seletivos Inibidores Seletivos Desenvolvidos na tentativa de agir apenas nos locais de inflamação Exercem efeitos analgésicos, antipiréticos e antiinflamatórios; Menos efeitos colaterais gastrointestinais Sem impacto sobre agregação plaquetária (que é mediada por COX1) COX 2 é constitutiva nos rins: por isso não são recomendados para pacientes com insuficiência renal Fármacos: - Celocoxib (Celebrex®) - Meloxicam (Movatec®, Meloxil®) - Rofecoxib (Vioxx®) Há evidências de que alguns AINEs não seletivos tenham um menor potencial nefrotóxico que os outros AINEs. Baixas doses de aspirina (40 mg/dia) e de ibuprofeno parecem ser seguras, pois inibem menos a síntese de PG renal. Caso clínico Caso Clinico Paciente, 30 anos, mulher, residente em Salvador portadora de artrite reumatoide em uso de AINES, teve o diagnóstico de úlcera péptica duodenal, confirmado por endoscopia, após investigação de queixas dispépticas. O médico receitou-lhe MISOPROSTOL, um derivado de prostaglandina, em esquema de administração adequada. O restante da história clínica era irrelevante, mais o médico não indagou sobre a possibilidade de gravidez. Relacionar o tratamento com AINES, ao surgimento da úlcera péptica; Justificar o emprego de derivados da prostaglandina na úlcera péptica; Se a paciente fizesse uso de inibidor seletivo da cox-2, estaria isenta do efeito indesejável apresentado. Explicar; Explique porque neste estudo de caso é destacado a informação a seguinte informação: “médico não indagou a possibilidade de gravidez”? Obrigada
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