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Anti-inflamatórios Não Esteroidais (AINEs) ● Fármacos que apresentam propriedades analgésicas, antipiréticas e anti-inflamatórias usados no tratamento dos sintomas da inflamação ● tenta impedir um aumento exacerbado de prostaglandinas (responsáveis pelo processo vascular) ● bloqueiam leucotrienos ● inibem cicloxigenase → diminuição de prostaciclina, tromboxano e prostaglandinas que atuam no mecanismo vascular do processo inflamatório ● ácido acetilsalicílico é eficaz para o controle de formação de trombos AÇÃO ANALGÉSICA ● ativa nociceptores periféricos ● A ação analgésica dos AINEs se deve à diminuição de prostaglandinas que sensibilizam nociceptores a mediadores inflamatórios como bradicinina (principal que ativa fibras sensoriais para levar a condução do estímulo doloroso), ILs, histamina ● age na periferia, no local da lesão (diferentemente dos opióides, que tem ação na medula espinhal) ● AÇÃO ANTIPIRÉTICA ● invasão tecidual do organismo → estimulação de produção das prostaglandinas, prostaciclinas, histamina; células residentes como mastócitos, macrófagos, liberando mediadores inflamatórios; interleucinas IL-1, IL-6, TNF-α (citocinas pró inflamatórias) ● aumento de citocinas pró-inflamatórias → chegam no SNC (no hipotálamo) → ocorre aumento da participação de COX2 (induzida) → aumento de produção de prostaglandina E2 → ativa os neurônios → aumento na taxa de disparos dos neurônios, alterando a termorregulação ● os AINEs (que são inibidores de COX) irão inibir prostaglandinas E2, fazendo com que haja controle da termorregulação CLASSIFICAÇÃO ● Atípicos ○ ASPIRINA (ÁCIDO ACETILSALICÍLICO) ■ antiagregante plaquetário ■ bloqueador irreversível da COX 1 (modifica a enzima) ■ inibição de COX 1 na plaqueta → não sintetiza TXA2 → perde seu efeito de agregação plaquetária ■ contraindicação em casos de suspeita de dengue (mexe com a coagulação sanguínea) → aspirina é antiagregante e pode causa hemorragia ■ pode ser utilizado para dor leve a moderada, ■ efeito anti-inflamatório: efeito de 4 a 6 horas; interfere na produção de prostaglandinas, age em lipoxinas (inibe liberação de leucotrieno B4 por neutrófilos, diminuindo o processo inflamatório ■ Efeito analgésico: efeito de 4 a 6 horas ■ efeito antipirético: REDUZ A TEMPERATURA DE FORMA RÁPIDA E EFICAZ ■ Pacientes que fazem uso de AAS: ■ Pessoas que sofreram eventos trombóticos (IAM, AVE (acidente vascular embólico), TEP (tromboembolia pulmonar)) ■ Pacientes com alto risco de trombos (Com fibrilação atrial (comum em idosos), ataque isquêmico transitório) ■ Uso crônico de AAS: quando precisa de cirurgia, suspender o uso 10 dias antes do procedimento ■ Aspirina inibe COX 1 na plaqueta de forma irreversível (porque a plaqueta não tem núcleo) → para de produzir TXA2 (assim como prostaglandinas e prostaciclinas) → diminuição de agregação plaquetária ■ Na célula endotelial há núcleo, o que permite a síntese de novas COX. Dessa forma, o AAS promove aumento de prostaciclinas, ocorrendo a diminuição de agregação plaquetária. ■ prostaciclina tem ação de vasodilatação na célula endotelial ■ prostaciclina sai da célula endotelial para agir na plaqueta ■ nas plaquetas, não há expressão da prostaciclina sintase, por isso não há produção de prostaciclina e tem maior quantidade de Tromboxano sintase ■ na célula endotelial, o tromboxano causa vasoconstrição ■ ■ O trombo vermelho é o acúmulo das hemácias, causado pela agregação plaquetária excessiva. Como a AAS impede a produção de TXA2, as plaquetas não vão se agregar e o trombo vermelho não vai ocorrer. ■ ■ Não indicada para crianças ■ Síndrome de Reye: Disfunção mitocondrial associada a encefalopatia e esteatose hepática microvesicular. Associada a infecções virais. ■ AAS pode causar ainda: Úlceras e hemorragias gástricas, nefrotoxicidade e lesão hepática; exacerbação da asma (5-10%); alergias; Intoxicação (em altas doses – barreira hematoencefálica) ■ Não há antídotos. Somente controle das convulsões e ressuscitação do paciente caso ocorra parada cardiorrespiratória ○ PARACETAMOL ■ Muito utilizado em crianças: para reduzir a febre, para alívio de dor ■ menos efeitos em plaquetas e TGI ■ extremamente hepatotóxico ■ Tratamento na intoxicação por paracetamol: lavagem gástrica com carvão ativado e N-acetilcisteína ■ farmacodinâmica: Efeitos analgésicos e antipiréticos fortes; Efeitos anti-inflamatórios menos pronunciados ■ efeitos indesejáveis: reações cutâneas alérgicas, lesão renal, hepatotoxicidade ■ contraindicações: hipersensibilidade ao fármaco, IR ou comprometimento hepático ■ , ○ DIPIRONA ■ ■ Deficiência de G6PD → não há produção de glutationa nas hemácias, aumentando produção de EROs e morte celular ■ ● Típicos ○ Não Seletivos ■ age tanto em COX1, quanto em COX2 e COX3 ■ efeitos: formação de úlcera péptica (uso de AINEs por tempo prolongado) ■ Efeitos adversos ● ● problemas na coagulação, prolongamento da gravidez, náusea, constipação, vômitos, dispepsia (dificuldade de digestão) ● NIMESULIDA ○ ação anti-inflamatória, antipirética, analgésica ○ mais seletivo para COX2, mínima atividade em COX 1 ○ indicação: inflamação, dor e febre ○ melhor tolerabilidade ○ Seletivos ■ inibição ou só COX 1 ou só COX 2 ■ seletivos da COX 2 ● COX2 induzida, sua expressão aumenta no processo inflamatório ● CELECOXIBE ○ inibem apenas COX 2 ○ tempo de meia vida de 6 a 12 horas ○ efeitos colaterais: formação de trombos, hipertensão, insuficiência renal e cardíaca. ● inibição de COX 2 diminui prostaciclinas e prostaglandinas nos cardiomiócitos → interferem em um canal de potássio que pode dar problemas de arritmia cardíaca ● inibição de COX 2 diminui a produção de prostaciclina (antiagregante plaquetário), favorecendo a formação de trombos pelo aumento da concentração de tromboxano. ● DISTÚRBIOS GASTROINTESTINAIS ● na célula parietal há receptores de histamina (H2) e receptores de prostaglandinas ● A histamina aumenta a concentração de AMPc → promove ativação da bomba de hidrogênio potássio ATPase → leva íons H + para fora da célula, vai para o lúmen do estômago e traz de volta o potássio para a célula. ● prostaglandina inibe AMPc → controle na ativação da bomba de hidrogênio potássio ATPase → aumenta secreção de muco e aumenta a secreção de bicarbonato → controle de acidez da região ● O uso de AINEs diminuem produção de prostaglandina, favorecendo a ação da histamina, aumentando AMPc e aumentando a atividade da bomba hidrogênio potássio ATPase, e, consequentemente, aumentando H+ na mucosa gástrica; Também haverá diminuição de secreção de muco e diminuição da secreção de bicarbonato, deixando o pH ácido, favorecendo lesões na mucosa gástrica ● Uso de fármaco que ajudam na mucosa gástrica: inibidores de bomba de prótons, antagonistas de receptor H2, fármacos que mimetizam a função da prostaglandina EFEITOS RENAIS ● prostaglandina regula a TGI, causa vasodilatação compensatória em relação do efeito da angiotensina II e norepinefrina ● Uso de AINEs HAVERÁ REDUÇÃO DE PROSTAGLANDINAS renais, podendo levar a uma insuficiência renal
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