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(
Sistema de Ensino Presencial Conectado
SERVIÇO SOCIAL
)
 (
ROBSON Souza da Silva
) (
ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL JUNTO AO BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA (BPC)
)
 (
ITABUNA-BA
2017
)
 (
robson Souza da Silva
)
 (
ATUAÇÃO
 
DO ASSISTENTE SOCIAL JUNTO AO BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA (BPC)
) (
Projeto de pesquisa apresentado ao Curso Serviço social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.
Tutora Orientadora: Giovana 
Neila
 
Cevallo
 
Crosxiati
. 
)
 (
ITABUNA-BA
2017
)
Dedico este trabalho a minha mãe, meu pai e as pessoas que sempre estiveram ao meu lado incentivando e apoiando.
AGRADECIMENTOS
 À Deus por ter me dado saúde e força para superar todas as dificuldades encontradas em minha caminhada.
 À minha família, principalmente minha mãe Vera Lucia e ao meu pai Sebastião Luiz que infelizmente não se encontra presente fisicamente, mas está sempre presente comigo nos meus pensamentos. Aos meus Tutores de todos os semestres no decorrer da graduação, pelo suporte, incentivos e transmissão de conhecimentos.
 Às minhas supervisoras do estágio curricular de campo e acadêmica e minha tutora acadêmica eletrônica supervisora Giovana Neila. E ao meu grande amigo Mattheus Almeida pelo suporte e pela passagem de conhecimentos. 
 E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigado.
SILVA, Robson Souza da. Atuação do Assistente Social junto ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). 2017. Monografia (Graduação em Serviço Social) Sistema de Ensino Presencial Conectado. Universidade Norte do Paraná. Itabuna, 2017. 
	
	RESUMO
A pesquisa discorre acerca do Benefício de Prestação Continuada (BPC) do qual é concedido para as pessoas acima de 65 anos e pessoas com deficiência que não possui meios de prover seu próprio sustento, aonde o mesmo e seus membros da família se encontra em situação de vulnerabilidade social, o BPC vem como um mecanismo de proteção social de transferência de renda, oportunizando consumo básico de alimentação, gasto com saúde, moradia e entre outros gastos e inclusão social. O presente trabalho consiste também em apresentar o contexto histórico do Assistente Social no Brasil e focar no tema BPC como objeto de estudo, sendo apresentadas algumas discussões sobre a atuação do assistente social no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), bem como os desafios enfrentados no seu exercício profissional dentro da instituição e na concessão do benefício BPC. O trabalho relata ainda sobre as políticas sociais e o papel do Serviço Social deste seu surgimento, assim, como a contribuição do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Foram almejados alguns objetivos para essa pesquisa, dentre eles: Identificar os pré-requisitos que dão direito ao Benefício; Apreender a atuação deste profissional na concessão BPC e Analisar os desafios profissionais do Assistente Social no CRAS quanto à aplicação do BPC. Portanto o objetivo maior deste trabalho foi pesquisar na bibliografia recorrente pontos referentes ao Benefício de Prestação Continuada e sua dinâmica frente ao Serviço Social. Este trabalho consiste na pesquisa exploratória que tem como procedimento o levantamento bibliográfico, onde são consultadas várias literaturas relativas ao assunto em estudo, artigos publicados na internet, principalmente em sites de organizações envolvidas no assunto, bem como a constituição federal e a LOAS, dentre outros dados que possibilitaram que este trabalho tomasse forma para ser fundamentado. 
Palavras-chave: BPC, CRAS, Serviço Social, LOAS, SUAS. 
ABSTRACT
The research reports on the Continuous Benefit Benefit (BPC), which is a benefit granted to people over 65 and people with disabilities who do not have the means to provide for themselves, where they and their family members are in a situation of social vulnerability, BPC comes as a social protection mechanism of income transfer, providing basic consumption of food, spending on health, housing and other expenses and social inclusion. The present work also consists of presenting the historical context of the Social Worker in Brazil and focusing on the PCB theme as an object of study, presenting some discussions about the role of the social worker in the Reference Center for Social Assistance (CRAS), as well as the challenges professional practice within the institution and in the granting of the BPC benefit. The paper will also report on social policies and the role of Social Service of this emergence, as well as the contribution of the Single System of Social Assistance (SUAS). Some objectives were sought for this research, among them: Identify the prerequisites that give right to the Benefit; To apprehend the performance of this professional in the BPC grant and Analyze the professional challenges of the Social Worker in CRAS regarding the application of BPC. Therefore, the main objective of this work is to research in the recurrent bibliography points regarding the Continuous Benefit Benefit and its dynamics in relation to Social Work. This work consists of the exploratory research that has as a procedure the bibliographical survey, where several literature related to the subject under study are consulted, articles published on the internet, mainly on websites of organizations involved in the subject, as well as the federal constitution and LOAS, among others data that enabled this work to take shape to be grounded.
Keywords: BPC, CRAS, Serviço Social, LOAS, SUAS.
LISTA DE SIGLAS
BPC – Benefício de Prestação Continuada 
CF/1988 – Constituição Federal de 1988 
CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas
CRAS – Centro de Referência de Assistência Social 
FNAS – Fundo Nacional de Assistência Social 
INPS – Instituto Nacional de Previdência Social 
LOAS – Lei Orgânica da Assistência Social 
PNAS – Política Nacional de Assistência Social 
PAIF – Programa de Atenção Integral às Famílias
SUAS – Sistema Único de Assistência Social 
CEAP - Centro de Estudos e Assessoria Pedagógica
CEAS - Centro de Estudos e Ação Social
CAPs - Caixas de Aposentadoria e Pensão 
IAPs - Institutos de Aposentadoria e Pensões 
ECA - Estatuto da Criança e Adolescente 
PIS – Programa de Integração Social 
CNAS – Conselho Nacional de Assistência Social
FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
MDS - Ministério Desenvolvimento Social e Combate à Fome 
INSS - Instituto Nacional de Seguro Social INSS
CFESS – Conselho Federal de Serviço Social
O poder está dentro de você, na sua mente, pois se acreditar que consegue não haverá obstáculo capaz de impedir o seu sucesso. 
Autor anônimo
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................11
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................15
1 O ASSISTENTE SOCIAL NO CONTEXTO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DO BRASIL......................................................................................................................15
1.1 Contexto histórico do assistente social e o seu papel na contemporaneidade.................................................................................................15
1.2 Políticas sociais e o Serviço Social..................................................................22
1.3 O sistema Único de Assistência Social como instrumento políticas públicas.....................................................................................................................26
2 O BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA COMO POLÍTICA 
SOCIAL......................................................................................................................29
2.1 Surgimento e implementação: Breve histórico...............................................29
2.2 A importância e contribuição do BPCna minimização da desigualdade.............................................................................................................32
2.3 Requisitos para a obtenção do direito ao BPC...............................................35
3 O BPC E O ASSISTENTE SOCIAL........................................................................39
3.1 Atuação do Assistente Social na concessão do BPC....................................39
3.2 Os desafios do Assistente Social no Centro de Referência de 
Assistência Social (CRAS) quanto à aplicação do BPC............................................................................................................................43
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................47
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................51
INTRODUÇÃO
 O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é um recurso importante para suprir as necessidades das pessoas idosas, com deficiência, sem proteção previdenciária e pode contribuir de forma significativa para a melhoria de vida dos beneficiários, desde que haja comprometimento na promoção e no esclarecimento das diretrizes, conceitos e aplicações do BPC.
 No que se refere à sua aplicação o BPC se configura numa realidade que desafia o Assistente Social a todo o momento por permitir o desenvolvimento de uma cultura cotidiana de discussão à cerca do tema com os beneficiários, e da necessidade que tem de os cidadãos desenvolverem uma cultura democrática acerca deste assunto.
 É possível logo perceber que o Benefício de Prestação Continuada, consiste em um dos meios de se concretizar alguns dos objetivos da República Federativa do Brasil, quais sejam construir uma sociedade livre, justa e solidária; erradicar a pobreza e a marginalização; reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos. (artigo 3° da Constituição da República). É um instrumento da Assistência Social, e por ter nascido da Assistência Social torna-se importante remontar uma discussão sobre os aspectos históricos da Assistência no Brasil.
 Em 1993, a Lei orgânica da Assistência Social (LOAS Lei Federal N° 8.742/93) veio regulamentar a Assistência Social de acordo com os princípios fixados pela Constituição, definindo uma estrutura descentralizada e democrática para a Política Nacional de Assistência Social .
 A LOAS vai prever a efetivação dos direitos nela garantidos através de serviços, programas e projetos de forma não contributiva, onde se responsabiliza o Estado por assegurar o acesso de toda a população a política de assistência social, definindo-se a responsabilidade de cada esfera do governo nesta área. Incorpora a concepção de mínimos sociais, exigindo a construção de uma ética em sua defesa, mostrando que a pobreza e a miséria não são solucionadas apenas com a concessão de benefícios. Vai estabelecer a descentralização político-administrativa entre os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, com comando único na realização das suas ações, sendo fundamental a participação da população na formulação das políticas e no controle social. Apesar de ainda haverem fatores que dificultem a compreensão da assistência social como direito. 
 O principal Benefício conquistado com a LOAS foi o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que prevê o pagamento de um salário mínimo mensal a pessoas com deficiência e aos idosos que não possuem meios de prover seu próprio sustento. O financiamento dos benefícios, serviços, programas e projetos previstos na Lei estão condicionados aos recursos da União, Estado e Municípios que compõem o Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS). 
O Benefício de Prestação Continuada - BPC, também conhecido como Benefício Assistencial ou LOAS, foi, então, instituído pela Lei 8.742/93, a chamada Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS.
 O BPC vai corresponder à garantia de direito às pessoas com deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais, de receberem um salário mínimo mensalmente, desde que comprovem o atual estado de incapacidade e da impossibilidade de prover a própria manutenção por meio de outra renda.
O presente trabalho consiste no capitulo I que será abordado sobre o contexto histórico do Serviço Social e o seu papel na atualidade no Brasil, revelando como surgiu a profissão de Assistente Social e seu papel como mediador entre a classe burguesa e proletariados, destacando a importante sobre as políticas sociais no Brasil e sua importância na proteção aos desamparados, após a Constituição Federal de 1988 e a contribuição do serviço social assim como a importância do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) como política publica voltada para a proteção aos usuários que esteja em situação de vulnerabilidade social, criando medidas e garantido a universalização dos direitos sociais.
 No capitulo II será abordado em destaque o surgimento e implementação do Benefício de Prestação Continuada (BPC) como política social e enfatizando um breve histórico que se iniciar como Benefício Assistencial ou LOAS, foi, então, instituído pela Lei 8.742/93, a chamada Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS. Ressaltando, além disto, a importância do BPC e sua contribuição na minimização da desigualdade social que vai corresponder à garantia de direito às pessoas com deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais, de receberem um salário mínimo mensalmente, como esclarecer aos requerentes os requisitos e como requerer ao benefício assistencial que é papel do assistente social nas informações e orientações.
 Já no capitulo III, será relatado à atuação do assistente social para a concessão do Benefício de Prestação Continuada sendo discutido sobre o trabalho nesses espaços, buscando esclarecer e orientar sobre o benefício e como requerer. Por fim abordarem os desafios do profissional de Serviço Social no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) quanto à aplicação do BPC. 
 Atuando nesta esfera encontram-se os Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) que atuam como unidade pública estatal descentralizada da Política Nacional de Assistência Social. Estes centros foram criados em 2004 “com o objetivo prevenir a ocorrência de situações de vulnerabilidades e riscos sociais nos territórios de sua abrangência, por meio do desenvolvimento de potencialidades, do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, e da ampliação do acesso aos direitos de cidadania.” (ORIENTAÇÕES TECNICAS DO CRAS 2009, p.9).
 No CRAS a presença dos assistentes sociais é fundamental e sua intervenção profissional é de grande importância para a instituição, mas principalmente para a vida dos usuários, pois através do seu exercício profissional esses profissionais buscam a garantia dos direitos dos usuários. 
 Os assistentes sociais no seu dia-a-dia de trabalho estão inseridos em uma realidade contraditória onde em meio ao aumento da demanda por serviços sociais há a redução do financiamento das políticas sociais promovidas pelo processo de reforma do Estado. Identifica-se também que seu exercício profissional e suas condições de trabalho estão cada vez mais precarizadas. (CAVALCANTE, PREDES 2010).
 Diante desta realidade o desenvolvimento deste trabalho se depara com o seguinte problema: Diante da atual conjuntura político-econômica quais são os principais desafios do assistente social no exercício de sua profissão quanto à aplicação e dinâmica do BPC no Centro de Referência em Assistência Social? 
 Para responder a esta questão foram traçados alguns objetivos para este trabalho, dentre eles: Identificar os pré-requisitos que dão direito ao Benefício; Apreender a atuação deste profissional na concessão BPC; e Analisar os desafios profissionais do Assistente Social no CRAS quanto à aplicação do BPC.
 Portanto o objetivo geral deste trabalho é evidenciar a grande importância da atuação do AssistenteSocial junto ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). 
 O presente trabalho além de esboçar o trajeto histórico da Assistência Social no Brasil e focar no tema BPC como objeto de estudo, apresentará algumas discussões sobre a atuação do assistente social no CRAS, bem como os desafios enfrentados no seu exercício profissional dentro da instituição.
 Muitos tratam o benefício como aposentadoria, outros nem sequer sabe o significado do BPC, por consequência das privações educacionais e da complexidade do tema, encontram dificuldades para compreenderem e interpretarem acerca do conteúdo do Benefício de Prestação Continuada, enquanto outros muitas vezes desconhecem o assunto. Dentre os usuários do SUAS Sistema Único de Assistência social, nem mesmo muitos que são beneficiários do BPC não possuem um entendimento claro e confundem-no constantemente com aposentadoria. 
Portanto, esta pesquisa pode contribuir para o debate sobre a intervenção profissional dos assistentes sociais no CRAS além de possibilitar que os profissionais que trabalham nesses espaços possam identificar as principais semelhanças e diferenças encontradas no seu dia-a-dia de trabalho, contribuindo para que os mesmos possam pensar individual e coletivamente sobre sua intervenção profissional e para que novas questões possam surgir e soluções possam ser propostas.
 Em relação aos aportes metodológicos, a pesquisa caracteriza-se como pesquisa bibliográfica. Quanto aos métodos da pesquisa, a mesma trata de ser exploratória com caráter qualitativo, buscando aperfeiçoar ideias, contribuindo na formulação de possíveis respostas à problemática levantada no trabalho em foco, numa busca constante por maiores informações acerca do tema.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1. O ASSISTENTE SOCIAL NO CONTEXTO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DO BRASIL
1.1 Contexto histórico do Assistente Social e seu papel na contemporaneidade
 O profissional em Assistente Social surge como uma profissão que nasce como um pacificador e articulado ao projeto de hegemonia do poder burguês, a partir de uma contradição que se introduziu em sua construção, que se iniciou na produção capitalista industrial como uma prática humanitária, reconhecida pelo Estado e favorecida pela Igreja. A partir do crescimento e surgimento do sistema capitalista (que se deu após a queda do sistema Feudalismo), que é definido como um sistema onde todos os meios de produção são de propriedade privada ou se encontra na maioria em meios de produção localizada em mãos privadas.
 O processo de produção capitalista ocorre de atividade social e entre classes sociais. É neste sentido que Carvalho (1980:30) coloca que o modo capitalista de produção “não se trata de produção de objetos materiais, mas de relação social entre pessoas, entre classes sociais que personificam determinadas categorias econômicas”. 
 Segundo Oliveira (2000)
[...] O processo de acumulação capitalista produz o trabalhador disponível para o capital, uma população sempre maior do que as reais necessidades da acumulação. O resultado é a produção de uma classe trabalhadora diversificada na sua forma de inserção na produção, mas que tem em comum o fato de sua sobrevivência depender da venda da sua capacidade de trabalho, o que por sua vez depende das demandas do capital. O resultado é a produção da pobreza, originada nos baixos salários dos que se encontram incluídos no mercado de trabalho formal e as mais diferentes situações de inclusão precarizada ou subordinada[3] para a grande parcela que não consegue existir para o capital.
 Devido ao novo sistema econômico estabelecido pela hegemonia do poder burguês, os proprietários dos meios de produção, visava à concentração de riquezas e disso à necessidade da mão de obra barata e a exploração do proletariado consequentemente, que resultaria na alienação. Segundo Souto; Silva e Santiago, 
[...] a força de trabalho será o ápice para a alienação dos outros indivíduos, pois cada um desempenhará aquilo que conseguirem diante um sistema que lhes oprimirá o tempo todo, por isso o sistema capitalista divide os indivíduo em duas classes diferentes, onde uma irá servir e a outra irá desempenhar o papel apenas de lucrar sempre sem se importar com os interesses dos outros. 
 Com essa contradição imposta pelo sistema capitalista veio à desigualdade e a questão social aos proletariados que era submetido à exploração e miséria devido à produção do capital ser concentrada somente nas mãos dos proprietários dos meios de produção e pelo baixo salário que era insuficiente para oportunizar a digna sobrevivência do trabalhador e de sua família, mesmo os membros da família trabalhassem, incluindo mulheres e crianças não era suficientes para a sobrevivência de suas necessidades básicas. Tais condições no local de trabalho, sem segurança e higiene, trabalho informal, sem direitos para mulheres e crianças e altas jornadas de trabalho. Tal era a situação de exploração e alienação que eram submetidos à absoluta miséria. 
 Esse processo veio ao longo do tempo, consolidando a existência de duas classes sociais distintas e com interesses contraditórios: a classe capitalista, detentora dos meios de produção, e a classe proletária constituída pelos trabalhadores assalariados. 
A população inserida nesse modelo de produção vivencia no seu cotidiano o agravamento dos problemas sociais, diga-se das expressões da “Questão Social” e quaisquer formas de enfrentamento dos trabalhadores frente a esse modelo eram visualizadas pela classe dominante apenas como uma falta de entrosamento e defeito do indivíduo nas relações entre eles e não como um problema estrutural (FALEIROS, 2001).
 Com o crescente aumento da desigualdade, causando o agravamento das diversas expressões da questão social. Para Iamamoto. (2004, p 20). 
O Serviço Social tem na questão social a base de sua fundação como especialização do trabalho. Questão social apreendida como o conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura, que tem sua raiz comum: a produção social cada vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação dos seus frutos mantém-se privada, monopolizada por uma parte da sociedade.
 Devido a toda essa conjuntura causada pelo novo sistema econômico, surgir às manifestações por parte dos proletariados que devido às condições de trabalho que viviam com baixos salários, mercado de trabalho informal, situações de subordinação, alienação e exploração por causa do lucro sempre está sempre em poucas mãos, produzindo assim ao longo da história uma população com demandas de supervivência, acarretando a produção da pobreza. Com o agravamento da “Questão Social” os burgueses, o Estado e a Igreja buscava mecanismo para manter a ordem e obviamente a continuidade do seu poder, visto que,
“a realidade trazida pelo capitalismo estava posta e imposta: ou o trabalhador se mercantilizava, assumindo a condição de mercadoria útil ao capital, ou se coisificava, assumindo o estado de “coisa pública” – res-publica – a que correspondia à perda da cidadania, a “não cidadania” (MARTINELLI, 2005, p 57). 
 Como a organização dos trabalhadores ameaçava com os objetivos da burguesia e a composição do Estado, no sistema capitalista, que se formava de representantes das classes economicamente dominantes, burguesia e proprietários rurais, o Estado partir por repressão para manter a ordem, enquanto a Igreja tinha a missão social de impor a paz política e a de fazer a caridade, claro com o intuito de acalmar os conflitos da população que sofria com a desigualdade. A justificativa dessas instituições era cumprir os seus deveres com os pobres (ESTEVAO, 1985). Assim, a classe dominante propagava aos sujeitos a culpa pela sua própria condição, considerando-os culpados por sua pobreza e seus fracassos (FALEIROS, 2001). 
 Nesse sentido, o próprio Estado, bem como as leis, protegia osinteresses das classes dominantes. A Igreja sempre teve atuação nos governos e, ao mesmo tempo, era uma das entidades que vinha avançando em um trabalho junto às populações mais carentes, pobres e necessitadas de assistência, que tinha como alianças a burguesia e o Estado. 
 Com essa tríplice (A Igreja, A Burguesia e o Estado) se junta em um compacto bloco com a intenção de coibir as manifestações dos trabalhadores. Daí o surgimento da profissão do assistente social como um profissional de articulação e intervenção, além de uma resposta dos grupos dominantes, em especial a Igreja Católica, a latente questão social. 
 Com o aumento da desigualdade e da questão social em alta devido ao novo sistema econômico (Sistema Capitalista) que causava a exploração, pobreza, miséria e alienação aos proletariados fez surgir o Serviço Social em meio a essa contradição imposta para amenizar o agravamento causado pelo sistema capitalista que no inicio se configurou como uma profissão de ajuda aos mais pobres e necessitados, mas ao longo do período, foi construindo seu espaço com discussões teóricas e metodológicas para seu crescimento de suas ações. Alcançando varias transformações ao longo do tempo, além de grandes pensadores e profissionais que influenciaram o Serviço Social, um exemplo clássico e muito importante foi à contribuição de Mary Richmond uma cidadã norte americano para os assistentes sociais na utilização dos métodos científicos. 
 O Serviço Social no Brasil surgiu na década de 1930 com o processo de industrialização e urbanização das classes sociais, trazendo em foco a “questão social”. Para melhor compreensão. 
[...] a história da profissão só pode ser entendida no contexto das relações de classe, onde se expressa seu compromisso social. Historicamente, o Serviço Social tem evidenciado seu compromisso com os interesses das classes do bloco hegemônico do poder, confrontando-se, contraditoriamente, com a clientela que tem se constituído no sujeito de sua ação cotidiana (IAMAMOTO & RAUL apud SILVA & SILVA, 1995, p. 36).
 Neste momento o país viver em turbulência devido a diversos fatores como a Grande Guerra e queda da Bolsa de Nova York em 1929 que ocasionou em impactos econômicos e políticos que sofreu com a queda do preço do café que era seu maior produto de exportação.
 No Brasil o Serviço Social, 
...se institucionaliza e se legitima como um dos recursos mobilizados pelo Estado e pelo empresariado com o suporte da igreja católica na perspectiva de enfrentamento e regulação da questão social nos anos 30. (Conforme, Santana, Welber Gontran de). 
 Conforme a profissão é inscrita na divisão social do trabalho, segundo Marx, é falar nas diversas formas de propriedade, porque a divisão do trabalho se consolida entre quem concede e quem executa o trabalho, entre os donos dos meios de produção e os donos da força de trabalho. Tendo sua origem no contexto contraditório em que processos sociais, políticos e econômicos na consolidação do sistema capitalista monopolista, nascer a relação de subordinação, exploração e alienação entre a classe burguesa e o proletariado. A questão social é gerada pela sociedade capitalista e “a implantação do Serviço Social se dá no decorrer desse processo histórico” (IAMAMOTO; CARVALHO, 2009, p. 127). 
 Neste momento tem as primeiras Escolas do Serviço Social no Brasil, com a criação do Centro de Estudos e Ação Social – CEAS que foi tendo seus primeiros rumos para se torna a 1° escola católica de Serviço Social. A primeira foi fundada em São Paulo em 1936 e a outra no Rio de Janeiro em 1937 ambas com características católicas. Pois, cabe afirmar: 
... no Brasil, a origem da profissão está ligada à ação da igreja e à sua estratégia de adequação às mudanças econômicas e políticas que alteravam a face do país naquele período (CASTRO, 2010, p. 109). 
 Vale ressaltar que o Serviço Social teve grandes correntes filosóficas e sociológicas em sua trajetória de profissionalização que teve contribuição de orientar e fundamentar sua prática, e visão de mundo. Entre elas teve a corrente positivista que se apagava a fé em prol da racionalização que tinha como grande percussor August Comte (1758 – 1857) e outra corrente bem dominante foi o neotomismo que tinha como foco a fé e a razão juntas. Além de outras correntes que influenciaram, são elas: Humanismo, Funcionalismo, Fenomenologia e Marxismo. 
 O Brasil entra numa era de um governo populista e desenvolvimentista, tempo este entendido entre 1930 a 1964. Em um período predominantemente autocrático e ditatorial, mesmo com essa conjuntura se estabelece políticas sociais frente a todo esse processo de industrialização e urbanização que se propagava com desigualdade e exploração. 
 O Serviço Social no Brasil passa por um momento conturbado entre o período de 1964 a 1985, período este da Ditadura Militar onde se tem a quebrar dos direitos individuas, coletivos e sociais, em um momento de muita lutar e intensa movimentação dos assistentes sociais pela dimensão da intervenção profissional. Após esse período devastador temos o grande momento de glória na conquista da nova Constituição Cidadã Brasileira em 1988 que promulgar direitos sociais, políticos, coletivos e deveres do Estado com a sociedade e aos desamparados, porém com pouco menos de dois anos e instalado o período neoliberalismo que seria a contradição de tudo que foi relatado na Constituição Federal de 1988 como, por exemplo, a proteção do Estado aos desamparados. 
 O Serviço Social na contemporânea requer de nós os olhos abertos para o mundo pós – moderno, que evoluir de maneira assustadora o desemprego. Segundo Yazbek. (2002, p.19). 
Para uma análise do Serviço Social na atualidade, é necessário situá-lo no contexto de transformações societárias que caracterizam a sociedade brasileira dos últimos anos – em tempos de globalização. Tempos de em que a economia e o ideário neoliberal intensificam as desigualdades sociais, com suas múltiplas faces. Tempos em que crescem as massas descartáveis, “sobrantes” e à margem dos direitos e dos sistemas de proteção social.
 Podemos observar nesse contexto a violação dos direitos, mais valia (que seria a diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador) e as desigualdades sociais, provocando o surgimento, agravamento das diversas expressões da questão social. Para Iamamoto (2004, p. 20).
O Serviço Social tem na questão social a base de sua fundação como especialização do trabalho. Questão social apreendida como o conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura, que tem sua raiz comum: a produção social cada vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação dos seus frutos mantém-se privada, monopolizada por uma parte da sociedade. 
 
 Com o agravamento da “questão social” perante a fortificação e da crise do capitalismo no mundo, do procedimento de restruturação na atualidade diferentes contornos trazendo novos desafios ao profissional. Na contemporaneidade oferece para o assistente social novos desafios para a intervenção profissional, reivindicando uma redefinição nos parâmetros teóricos, políticos, metodológico e ético. 
 Devido as grandes demandas presentes na sociedade, os profissionais visam novas respostas para o enfrentamento da questão social, enumerando as novas articulações entre o público e o privado. Segundo Yazbek. (2007, p. 26). 
 As transformações societárias dos anos mais recentes encontraram, na sociedade brasileira, um Serviço Social consolidado e maduro, uma profissão com avanços e acúmulos que, ao longo da última década, construiu, através de suas entidades representativas, e com ativa participação da categoria, um projeto ético- político profissional. Exemplo da maturidade alcançada pela profissão foi (como ainda vem sendo) seu protagonismo, através de seus órgãos representativos, nosprocessos de elaboração e implementação da Lei Orgânica da Assistência Social (Lei n.8. 742 / 93 – LOAS) e do estatuto da Criança e do Adolescente ( Lei n. 8.069/ 90 – ECA ), além de outras políticas sociais que vêm implantando sistemas descentralizadores, nos quais o Assistente Social pode ultrapassar a condição de executor para, assumir posições de planejamento e gestão de políticas sócio- / assistenciais ( sem deixar de ser executor final).
 
 A lutar que o Serviço Social teve e vem tendo na consolidação do projeto ético-político que teve grande marco na década de 90. O projeto ético-político na atualidade vem se fortalecendo no decorre do tempo. Uma vitória muito significativa para a profissão ocorreu em 1993, instituindo o novo Código de Ética Profissional do Assistente Social, temos assim. 
-Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo;
-Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda a sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos das classes trabalhadoras;
- Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da participação política e da riqueza social-mente produzida;
- Posicionamento em favor da eqüidade e justiça social, que assegure universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como sua gestão democrática;
-Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e à discussão das diferenças;
-Garantia do pluralismo, por meio do respeito às correntes profissionais democráticas existentes e suas expressões teóricas, e compromisso com o constante aprimoramento intelectual;
-Opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária, sem dominação-exploração de classe, etnia e gênero;
-Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que partilhem dos princípios deste Código e com a luta geral dos trabalhadores;
-Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência profissional;
-Exercício do Serviço Social sem ser discriminado, nem discriminar, por questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, opção sexual, idade e condição física.
 O profissional deve agir com um pensamento critico da realidade social em que atua e é dever do assistente social utilizar o conteúdo expresso no código de ética através de ações praticadas junto a suas demandas. 
 Com a Constituição Federal de 1988 foi amplamente criado políticas sociais e consequentemente campos de atuação para o Serviço Social. Segundo Iamamoto. (2004, p. 123). 
Os assistentes sociais funcionários públicos vêm sofrendo os efeitos deletérios da Reforma do Estado no campo do emprego e da precarização das relações de trabalho, tais como a redução dos concursos públicos, demissão dos funcionários não estáveis, contenção salarial, corrida à aposentadoria, falta de incentivo à carreira, terceirização acompanhada de contratação precária, temporária, com perda de direitos etc.
 Na intervenção do assistente social nas diversas expressões da questão social que se encontra na sociedade brasileira. O Serviço Social vem se formando e adquirindo seu conhecimento como profissão que investiga e intervém na questão social e suas expressões, fazendo uso em seu processo de intervenção de vários instrumentos e técnicas de trabalhos.
1.2 Políticas sociais e o Serviço Social
As políticas sociais começam a ser implantadas no período de 1930 no Brasil, sendo o Estado responsável pelas ações sociais direcionados à classe trabalhadora e a questão social.
 Demo (2002, p. 14) coloca que “[...] política social pode ser contextualizada, de partida, do ponto de vista do Estado, como proposta planejada de enfrentamento das desigualdades sociais”.
 Para Behring e Boschetti (2006, p. 36), política social é “[...] processo e resultado de relações complexas e contraditórias que estabelecem entre o Estado e sociedade civil, no âmbito dos conflitos e lutas de classes que envolvem o processo de produção e reprodução do capitalismo”.
 Por isso, Yazbek e Gomes (2001) coloca que políticas sociais são as respostas do Estado para o enfrentamento das expressões da questão social. A questão social para CARVALHO E IAMAMOTO, (1983, p. 77): 
“A questão social não é senão as expressões do processo de formação e desenvolvimento da classe operária e de seu ingresso no cenário político da sociedade, exigindo seu reconhecimento como classe por parte do empresariado e do Estado”. “É a manifestação, no cotidiano da vida social, da contradição entre o proletariado e a burguesia, a qual passa a exigir outros tipos de intervenção mais além da caridade e repressão”.
 Portando, a questão social é o modo de expressão de contradição e desigualdade imposta pelo sistema capitalista de produção. Visto que a questão social é o objeto de estudo do assistente social. Segundo IAMAMOTO, (1997, p. 14), define o objeto do Serviço Social nos seguintes termos: 
“Os assistentes sociais trabalham com a questão social nas suas mais variadas expressões quotidianas, tais como os indivíduos as experimentam no trabalho, na família, na área habitacional, na saúde, na assistência social pública, etc. Questão social que sendo desigualdade é também rebeldia, por envolver sujeitos que vivenciam as desigualdades e a ela resiste se opõem. É nesta tensão entre produção da desigualdade e produção da rebeldia e da resistência, que trabalham os assistentes sociais, situados nesse terreno movido por interesses sociais distintos, aos quais não é possível abstrair ou deles fugir porque tecem a vida em sociedade. [...]... a questão social, cujas múltiplas expressões são o objeto do trabalho cotidiano do assistente social”.
 Visto que a questão social é o objeto do Serviço Social e consequentemente é promovida pela sociedade capitalista, que busca garantir o desenvolvimento e, na compensação, crescer as relações de desigualdade, a miséria e a pobreza em um conjunto de expressões das desigualdades e equidade sociais. São a partir deste processo que surgir às políticas sócias como enfrentamento as demandas da questão sociais sendo essas políticas relacionadas à mobilização dos trabalhadores, da acumulação do capitalismo e da iniciativa do Estado. E com Faleiros (1991, p. 8), pode – se afirmar que: 
As políticas sociais ora são vistas como mecanismos de manutenção da força de trabalho, ora como conquista dos trabalhadores, ora como arranjos do bloco no poder ou bloco governante, ora como doação das elites dominantes, ora como instrumento de garantia do aumento da riqueza ou dos direitos do cidadão.
 
 É essencial identificar que o Estado tem responsabilidade nas condições de vida e trabalho dos indivíduos, principalmente da classe trabalhadora. 
 No período de 1930 a 1945 aonde se compreendi o tempo de políticas sociais no Brasil e na era “Vargas”, mesmo em um governo autocrático e ditatorial, porém que se estabeleceram políticas sociais frente ao crescimento do processo de industrialização. No início do governo, o presidente estimulou a expansão das Caixas de Aposentadoria e Pensão, as CAPs, que surgiu em 1923 por meio da Lei Eloy Chaves, que garantia benefícios, como o direito, como a aposentadoria em caso de velhice e invalidez. 
 Teve seu funcionamento até 1933, quando foi modificado para a criação dos Institutos de Aposentadoria e Pensões, os IAPs. Essa política previdenciária contribui bastante como mecanismo de intervenção do Estado. Neste mesmo período se criou a Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT (1943), respondendo às solicitações da classe trabalhadora. Para Pereira (2002, p. 125), as políticas sociais no Brasil podem ser consideradas “[...] um sistema de bem – estar periféricos”.Foram concedidas entre outras enumeras direitos sociais destinados às classes menos favorecidas, como meio de intervenção do Estado. Mesmo após o fim do governo da Era Vargas o Brasil passou por um grande outro momento que foi o golpe militar que durou de 1964 a 1985 na ditadura militar que marcava o país sem democracia. No período da ditadura que no decorre se passou cinco presidentes, que cassava os direitos políticos, estimulou a intervenção com repressão e uso da força policial e militar contra quaisquer movimentos sociais, manifestantes de protestos e estudantes contra a ditadura, porém mesmo neste tempo de ditadura o país se criou e consolidaram algumas políticas e direitos sociais aos desamparados quais como a criação do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), PIS/PASEP que tinha como o esperado entre outras políticas sociais a estabilidade do governo. 
 Tivemos nestes períodos um grande aumento da desigualdade social, somada uma enorme crise econômica, que acarretava em mazelas sociais e a expressões da questão social. Diante das mudanças, protestos e abertura política e proteção do Estado aos desamparados devido ao sistema capitalista. Uma nova formulação de uma Constituição era necessária para responder aos interesses da população que mais do nunca precisava de novas mudanças para estabelecer um Estado democrático de direito. 
 Com a criação da Constituição Federal ou a Constituição Cidadã de 1988 teve alguns avanços que vale destacar como o artigo 6° que consagrou acesso aos direitos sociais
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela EC n. 90/2015)
 A importância da Constituição se mostrou conhecida mundialmente pelas suas conquistas graça a população, por meio da organização e mobilização dos movimentos sociais. Com a nova Constituição Federal de 1988 se criou uma nova condição de relação entre o Estado e a sociedade, como é visto do artigo 3°.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional;
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
 As políticas sociais, 
“a Constituição Federal apresentou grandes mudanças em seus princípios e diretrizes, sendo este momento o “divisor de águas” para a constituição da seguridade social, formada pela previdência social, saúde e assistência social. Houve expressivo avanço para os cidadãos, em especial nas políticas de saúde e assistência social”. 
(KERNKAMP; PEREIRA, 2013, p. 101).
 Pela primeira vez na história, a política social teve grande recepção em uma Constituição brasileira. Tendo assim uma maior atuação e campo para o assistente social atuar em um conjunto de direitos básicos, como saúde, educação, assistência social, habitação, entre outros. Um marco importante foi à chamada Tripé da Seguridade Social compondo Previdência, Saúde e a Assistência Social, a quem dela necessita. Sendo impossível trabalhar as políticas separadamente, cabendo à integração entre as demandas, para isso o profissional de serviço social deve romper com a visão endógena. 
 Os anos de 1980 e 1990, segundo Morani e Da hora (2015). 
“foram anos adversos para as políticas sociais e se constituíram em terreno particularmente fértil para a entrada do ideário neoliberal no Brasil, que veio tirando a base dos sistemas de proteção social e redirecionando as intervenções do Estado em relação à questão social”. 
 Em meio a está realidade não devemos descuidar, pois o sistema neoliberal ocasiona o agravamento da crise social, altas taxas de desemprego, configurando-se uma das mais graves expressões da questão social na atualidade, o assistente social enfrentar um enorme desafio no cotidiano profissional de sua pratica. Ainda em relação ao sistema neoliberalismo e tantos violações aos direitos sociais após a Constituição Cidadã, Piana retrata,
”duas décadas depois pode-se afirmar que nunca houve tantos desrespeitos à sociedade brasileira, como hoje, por meio de violações, fraudes e corrupções explícitas do Estado, da classe hegemônica, dos representantes do poder e do povo, na legislação vigente, nos repasses dos recursos financeiros, nas relações de trabalho, com um mercado altamente seletivo e excludente e outros”. (PIANA, 2009, p. 20). 
 Almeida (1996) considera que as políticas sociais são espaços em que se organizam a prestação de serviços a partir de processos de trabalho coletivos nos quais se inserem os assistentes sociais, sejam eles no espaço público ou privado. O Serviço Social como profissão determinada socialmente, inscrita na divisão social e técnica do trabalho, vem sofrendo pela crise capitalista. A política social para Montanõ, (2017, p. 244)
é a “base de sustentação funcional ocupacional do assistente social” ou ainda, o terreno/meio de atuação que define a nossa condição de profissional assalariado, isso significa que não estamos neutros e nem descolados desse contexto de retração e regressão dos direitos. 
 O assistente social tem em seu papel a inserção das políticas sociais a quem dela necessita, buscando garantir e informar seus direitos sociais no âmbito da previdência, saúde e assistência social entendendo a divisão social do trabalho e atuando com todos seus instrumentos e com o Projeto Ético-Político do Serviço Social na atual conjuntura do Brasil e ao Neoliberalismo perante as Políticas Sociais. 
1.3 O Sistema Único de Assistência Social como instrumento de políticas públicas
 A Constituição Federal de 1988 abriu possibilidades para o avanço das políticas sociais na realidade da população brasileira, elevando à assistência social a categoria de política pública de responsabilidade do Estado. Conforme verificamos no artigo 6° da Constituição Federal 88,
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. 
 Reforça que a C.F. de 88 tem um importante marco na seguridade social, principalmente na Assistência Social para a organização e implementação dos direitos sociais e garantias fundamentais do cidadão, além de efetiva tais estatutos como, por exemplo, o ECA – Estatuto da Criança e Adolescente, Estatuto do Idoso, leis especificas para pessoas com deficiência física ou mental, políticas de proteção para as mulheres e políticas públicas para tratar das questões de gêneros, negros, meio ambiente e etc. Ressaltando a responsabilidade do Estado na desigualdade social, equidade e nas expressões da questão social. 
 Nessa nova direção no país se destaca a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) e a Política Nacional de Assistência Social (PANS) como instrumentos de uma nova visão da assistência social no Brasil, ao lado do Sistema Único de Assistência Social que é um modelo de gestão para operacionalizar as ações de assistência social. O SUAS sendo de responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e previsto e regulamentado na lei Federal n° 8. 742, de 7 de dezembro de 1993 da LOAS. 
 SUAS passa a ser um marco importante para sua construção e legitimação no âmbito da assistência social que teve sua aprovação em julho de 2005 pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), por meio da NOB n° 130. Sobre a inserção do SUAS. 
A decisão coletiva de implantação do Sistema Único de Assistência Social, o SUAS, a partir do paradigma da universalização do direito á proteção social fundado na cidadania eabandonando as ideias tutelares e subalternas que (sub) identificam brasileiros como carentes, necessitados, miseráveis, discriminando-os do reconhecimento de ser de direitos (LOPES, 2009, p. 80). 
 O SUAS é uma grande ferramenta gerencial que busca inova na gerência da Política de Assistência Social e contribuem na criação de medidas que assistem e defendem os cidadãos que se encontra em situação de vulnerabilidade social garantindo assim a universalidade dos direitos sociais e o acesso aos serviços socioassistenciais. Estruturado com base em três níveis de gestão: inicial, base e plena. Em relação ao SUAS e sua criação temos.
O SUAS é fruto de um acordo federativo entre as três instâncias de governo (federal, estaduais e municipais) a fim de promover uma gestão descentralizada no que toca o financiamento e monitoramento dos serviços socioassistenciais. Tendo como ponto de partida para sua implementação a Norma Operacional Básica (NOB/SUAS), aprovada pelo CNAS - Resolução n° 130 de 15/10/05. Tem como características principais a proteção social, a defesa de direitos socioassistenciais e a vigilância social, atribuindo a política em questão uma nova lógica de organização das ações, classificadas em níveis de complexidade, considerando as peculiaridades territoriais e regionais. Tal ação visa viabilizar um sistema participativo e descentralizado como forma de materializar a LOAS, tendo como finalidade garantir os princípios previstos pela Política de Assistência Social. (SANTANA; SILVA, DA SILVA. 2013 p. 5). 
 SUAS como um modelo de gestão da assistência social na sua função de organizar de forma o sistema descentralizado e participativo tem como os seguintes objetivos: 
I - consolidar a gestão compartilhada, o cofinanciamento e a cooperação técnica entre os entes federativos que, de modo articulado, operam a proteção social não contributiva;
II - integrar a rede pública e privada de serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social, na forma do art. 6o-C;
III - estabelecer as responsabilidades dos entes federativos na organização, regulação, manutenção e expansão das ações de assistência social;
IV - definir os níveis de gestão, respeitadas as diversidades regionais e municipais;
V - implementar a gestão do trabalho e a educação permanente na assistência social;
VI - estabelecer a gestão integrada de serviços e benefícios; e
VII - afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia de direitos. (LOAS – Lei: n° ° 8.742, de 7 de dezembro de 1993). 
 Conforme visto nos objetivos elencados acima o SUAS tem grandes conquistas e desafios além de vim conquistando ainda mais para pessoas em situação de vulnerabilidade social, uma política pública que vem buscando sua consolidação após a criação pelo MDS em 2004 e atuando em rede com outras políticas públicas para combater a desigualdade e a miséria no Brasil. 
 Sua organização se dar por dois tipos de proteção social.
A primeira é a Proteção Social Básica, destinada à prevenção de riscos sociais e pessoais, por meio da oferta de programas, projetos, serviços e benefícios a indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade social. A segunda é a Proteção Social Especial, destinada a famílias e indivíduos que já se encontram em situação de risco e que tiveram seus direitos violados por ocorrência de abandono, maus-tratos, abuso sexual, uso de drogas, entre outros aspectos. (Secretária de Desenvolvimento Social – SP). 
 Neste sistema que tem a finalidade de gerir as políticas de assistência social numa articulação entre os três entes federativos: Municípios, Estado e União. Tendo cada ente federativo assumindo suas responsabilidades na implementação das políticas de assistência. 
“Trata das condições para a extensão e universalização da proteção social aos brasileiros através da política de assistência social e para a organização, responsabilidade e funcionamento de seus serviços e benefícios nas três instâncias de gestão governamental.” (PNAS 2004, p. 39). 
 Temos o SUAS como política pública que é direito de todos quem dela necessita e dever do Estado e de todos os entes federativos como proteção social.
2. O BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA COMO POLÍTICA SOCIAL
 
2.1 Surgimento e implementação: Breve histórico
 
 O Benefício de Prestação Continuada (BPC) foi intitulado após a Constituição Federal do Brasil após ser aprovada pela Assembleia Nacional Constituinte em 22 de setembro de 1988 e promulgada em 5 de outubro sendo tratado no artigo 203 da Constituição Federal 88. 
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
I – a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II – o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III – a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV – a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;
V – a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. ( CF 88, 96/2017)
 Em 1993 a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) regulamentou o artigo 203 da Constituição. O BPC foi instituído pela C.F. 88 e regulamentado pela Lei Orgânica de Assistência Social, como informa a Cartilha do BPC.
[...] regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social LOAS, Lei nº 8.742, de 7/12/1993; Leis nº 12.435, de 06/07/2011 e nº 12.470, de 31/08/2011, que alteram dispositivos da LOAS; e pelos Decretos nº 6.214/ 2007 e 6.564/2008. O BPC é um benefício da Política de Assistência Social, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS e operacionalizado pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS. (CARTILHA DO BPC)
 A LOAS que dispõe sobre a organização da Assistência Social sendo um direito do cidadão e dever do Estado. Conforme podemos ver no artigo 1° da Lei 8.742, de 7 de dezembro de 1993.
Art. 1º A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas. 
 Identificando a responsabilidade do Estado perante aos cidadãos que se encontra em situação de vulnerabilidade social, desigualdade, miséria e pobreza o BPC como política pública trás junto com a Assistência Social a forma de combate à pobreza no Brasil, Yasbek afirma que a pobreza
[...] a pobreza é a expressão direta das relações sociais vigentes na sociedade e certamente não se reduz às privações materiais. Alcança o plano espiritual, moral e político dos indivíduos submetidos aos problemas da sobrevivência. A pobreza é uma face do descarte de mão-de-obra barata, que faz parte da expansão do capitalismo brasileiro contemporâneo. Expansão do capitalismo que cria uma população sobrante, cria o necessitado, o desamparado e a tensão permanente da instabilidade na luta pela vida de cada dia (YASBEK, 2007, p.63).
 O principal Benefício conquistado com a LOAS foi o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que prevê o pagamento de um salário mínimo mensal a pessoas com deficiência e aos idosos acima de 65 anos que não possuem meios de prover seu próprio sustento trazendo a minimização da desigualdade social e a pobreza no país. 
 A LOAS vai prever a efetivação dos direitos nela garantidos, onde o Estado se responsabilizar por assegurar o acesso dos direitos a toda população que dela necessita e ao conjunto de cada esfera do governo. Constatamos a importância da LOAS conforme YASBEK.
Inegavelmente, a Loas não apenas introduz um novo significado para a assistência social, diferenciando-a do assistencialismo e situando-a como políticade Seguridade Social voltada à extensão da cidadania social dos setores mais vulnerabilizados da população brasileira, mas também aponta a centralidade do Estado na universalização e garantia dos direitos e de acesso aos serviços sociais qualificados, ao mesmo tempo em que propõe o sistema descentralizado e participativo a gestão da assistência social no país, sob a égide da democracia e da cidadania (YASBEK, 1997, p.9 apud COUTO 2006). 
 
 O Benefício de Prestação Continuada (BPC) um direito de viver e envelhecer com dignidade.
BPC quer dizer Benefício de Prestação Continuada. É um benefício da assistência social, integrante do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, pago pelo Governo Federal e assegurado por lei, que permite o acesso de idosos e pessoas com deficiência às condições mínimas de uma vida digna. Já são mais de 2 milhões de pessoas beneficiadas sob a coordenação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. (CARTILHA BPC MDS)
 BPC sendo parte da política de assistência social constitui transferência direta de renda, independente da contribuição. Fazendo parte da tripé da Seguridade Social (da previdência social) onde se entende que todos os benefícios da previdência social só tem acessos a que contribuiu como empregado, o autônomo, o contribuinte individual ou alguém que pagou previdência terá direito, importante se destacar que a previdência somente atende pessoas que efetivamente contribuíram para o Estado brasileiro. Porém o BPC é um benefício da assistência social e em nosso país está prevista na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 em seu Artigo 203, caput, que assim preceitua: “A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à Seguridade Social”. 
 O BPC que teve sua implementação a partir de 1° de janeiro de 1996 e regulamentado pelo Decreto n° 1.744, de 8 dezembro de 1995. Sendo que a implementação do benefício compete ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), como mediador entre o requerente do benefício e o Ministério da Previdência e Assistência Social. 
 Sobre a Implementação do BPC temos, Freitas e Maciel.
Desde a sua implantação o BPC foi operacionalizado estritamente como um direito de uma pecúnia mensal de um salário mínimo. Sua implementação se deu limitado à transferência de renda sem que ocorresse a prestação de serviços socioassistenciais em articulação com as demais políticas setoriais prevista na LOAS. Desarticulado das ações da assistência social e das demais políticas sociais, a transferência de renda tendeu a tornar-se um fim em si mesmo limitando consideravelmente (i) a promoção social dos usuários e suas famílias e (ii) o rompimento das vulnerabilidades que os levaram à condição de assistido. (FREITAS; MACIEL, p. 2) 
 Segundo Freitas e Maciel (p.3),
[...] implantação e implementação do BPC se deu limitado à transferência de renda, sem que ocorresse a prestação de serviços socioassistenciais em articulação com as demais políticas setoriais prevista na LOAS. A implementação do benefício, por estar desarticulada das ações da assistência social e das demais políticas sociais, se deu sem o acompanhamento e o atendimento dos usuários e de seus familiares. Desta forma, não se buscou o rompimento das vulnerabilidades que levaram os mesmos a condição de assistidos. 
 Nota-se que o BPC é um marco importante na política social deste seu surgimento e sua implementação no decorre dos anos, buscando melhorar a vida dos beneficiários que sofrer com as expressões da questão social.
2.2 A importância e a contribuição do BPC na minimização da desigualdade
 O BPC é um benefício da assistência social que consiste na transferência de renda mensal, equivalente a um salário mínimo, destinado a pessoas com deficiência e as pessoas idosas acima de 65 anos. Conforme está previsto no artigo 20° da Lei Orgânica da Assistência Social.
Art. 20.  O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família. (Redação dada pela Lei n° 12.435. de 2011) 
 BPC como proteção social vem para minimizar a desigualdade social que marca a história do Brasil. Para Bering (2007). As expressões mais severas da desigualdade são a pobreza e a miséria. Nas palavras do historiador inglês, Eric Hobsbawm (2007, p. 11): 
“A globalização, acompanhada de mercados livres, atualmente tão em voga, trouxe consigo uma dramática acentuação das desigualdades econômicas e sociais, no interior das nações e entre elas. Não há indícios de que essa polarização não esteja prosseguindo dentro dos países, apesar de uma diminuição geral da pobreza extrema. Este surto de desigualdade, especialmente em condições de extrema instabilidade econômica com as que se criaram com os mercados livres globais desde a década de 1990, está na base das importantes tensões sociais e políticas do novo século O impacto dessa globalização é mais sensível para os que menos se beneficiam dela (...).”
 A desigualdade social, pobreza e a miséria são parte das expressões da questão social. Segundo IAMAMOTO, (O Serviço Social na Contemporaneidade: Trabalho e formação Profissional, 2000 p. 24). 
Questão social apreendida como o conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura, que tem uma raiz comum: a produção social é cada vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação dos seus frutos mantém-se privada, monopolizada por uma parte da sociedade. 
 O BPC vem como um mecanismo que se configura na inclusão social e proteção social de transferência de renda, oportunizando consumo básico de alimentação, gasto com saúde, moradia e entre outros gastos. 
 Conforme aponta Zalamena (2015) 
[...] Evidentemente que os beneficiários consideram o BPC uma “ajuda” bastante significativa para sua sobrevivência, sendo por vezes a única renda mensal da família. O valor recebido é insuficiente para cobrir todos os gastos, mas é extremamente importante côo subsidio a sobrevivência. 
 O Benefício de Prestação Continuada trás a autonomia ao beneficiário a independência social e financeira, participando para a ampliação de sua própria autonomia e cidadania. Tendo como Principal objetivo proteger os requerentes e suas famílias da situação de vulnerabilidade social resultante da pobreza ou desemprego. Outro dado importante do Benefício (BPC) é o impacto que ele causa na vida das pessoas quando diz respeito à proteção social contra a vulnerabilidade social causada pela informalidade no mercado de trabalho tanto para as pessoas com deficiência como as pessoas acima de 65 anos visto que o mercado de trabalho é difícil, segundo Santos (2011, p. 5) são exatamente, “as políticas de inclusão são insuficientes para promover a entrada no mercado de trabalho, seja pelo grau de restrição corporal, seja pela idade ou pouca formação educacional e profissional”. 
 Sobre a informalidade dos beneficiados, Santos, (2011, p. 7). 
[...] O BPC não passa a incentivar a informalidade dos beneficiados, nem dos familiares, para manterem os critérios que configuram o direito ao benefício tanto de renda quanto de incapacidade para o trabalho. Na verdade, o que pode ser verificado é que o BPC se configura em segurança social e econômica, uma vez que as pessoas beneficiadas ou seus familiares já estavam submetidos à situação de informalidade no mercado de trabalho antes do recebimento do benefício.
 Segundo SANTOS, (2011, p. 6) 
[...] o benefício consiste, principalmente, em atender as necessidades mínimas de sobrevivência dos beneficiados, a importância do benefício como proteção social se revela também quando se constata o papel desempenhando pelo BPC na composição dos rendimentos da família.Apesar das dificuldades o BPC está cumprido, em boa medida, seus propósitos na efetivação à população mais pobre. Fazendo que a desigualdade social diminuísse e, melhor ainda, tornando se mais forte com o tempo. 
 O BPC se constitui como política social que mais avançou no sistema de proteção social no combate a pobreza referente aos usuários do benefício e melhorando a qualidade de vida e na auto estima desses beneficiários, representando um importante instrumento para a redução da desigualdade e da miséria na população idosa de 65 anos acima e pessoas com deficiência sendo fundamental para a melhora das condições de vida desses usuários do BPC. 
 Deixando claro sobre a importância de o benefício ser concedido para mais de uma pessoa na mesma família. Segundo Guedes, 2009, p. 3
[...] Se a pessoa é idosa e já existe alguém que recebe o benefício na família, o valor do salário transferido não entra no cálculo da renda familiar. No entanto, se o indivíduo elegível é um deficiente e já existe outro componente da família que é beneficiário (seja este idoso ou deficiente), o benefício entra no cálculo da renda familiar. No caso de falecimento, o BPC não pode ser transferido para outro membro da família, cessando a sua transferência.
 A importância de se ampliar o BPC a toda população idosa carente e a pessoas com deficiência, uma vez que o programa é extremamente útil para suprir as necessidades básicas do usuário no que diz respeito à alimentação, vestuário, saúde e lazer, sem dizer que trás contribuição na economia brasileira.
 Os beneficiários do BPC ganham autonomia, independência com o valor do salário mínimo eles passam a participar muito mais da vida em sociedade e comunidade. 
 Conforme aponta Zalamena (2015)
Sendo assim, os idosos e PPDs encontram no BPC uma garantia de uma fonte, ainda que mínima, de sobrevivência. O BPC muitas vezes é a única renda do grupo familiar do idoso ou da pessoa com deficiência. Com este recurso é possível manter, no caso dos idosos, uma certa autonomia e independência, na medida em que estes conseguem suprir as suas despesas cotidianas. No caso das pessoas com deficiência, através deste recurso é possível, ainda que precariamente, manter a compra de medicamentos, alimentos, gastos com luz, água, etc. assim, é inegável que o BPC é um direito importante e uma estratégia para garantir a sobrevivência das famílias beneficiadas. 
 O Benefício de Prestação Continuada – BPC expressa o mínimo de sobrevivência diante das condições de vulnerabilidade socioeconômica. Para os requerentes e os membros da família o BPC possibilitar a inclusão/integração social na sociedade e participação de sua própria construção da cidadania. 
2.3 Requisitos para a obtenção do direito ao BPC
 O Benefício de Prestação Continuada consiste no benefício de um salário mínimo sem 13° terceiro para os beneficiários, idosos acima de 65 anos ou mais, cuja renda mensal bruta familiar per capita seja inferior a ¼ (um quarto do salário mínimo) e pessoas com deficiências, de qualquer idade que apresenta restrição de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial que podem obstruir sua participação no mercado de trabalho, cuja renda mensal bruta familiar per capita seja inferior a ¼ do salário mínimo. 
 Conforme é apontado no artigo 20° da lei 8.742, de 7 de dezembro de 1993, do Planalto, 2014 p. 8. 
Art. 20.  O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família. (Redação dada pela Lei n° 12.435 de 2011)
§ 2o  Para efeito de concessão do benefício de prestação continuada, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. (Redação dada pela lei n° 13. 146, de 2015) (Vigência)
§ 3o  Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário-mínimo. (Redação dada pela Lei n° 12.435 de 2011) 
 O BPC pode também ser concedido a brasileiros naturalizados, conforme é citado na Cartilha do BPC relata.
[...] Também pode ser beneficiário (a) do BPC o (a) brasileiro (a) naturalizado (a), domiciliado (a) no Brasil, idoso (a) ou com deficiência, observados os critérios estabelecidos na legislação, que não recebe qualquer outro benefício no âmbito da Seguridade Social ou de outro regime, nacional ou estrangeiro, salvo o da assistência médica e no caso de recebimento de pensão especial de natureza indenizatória.
 Destacamos aos usuários que se enquadre na concessão do Benefício do BPC devem procurar o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), a Secretaria Municipal de Assistência Social ou um órgão responsável pela Política de Assistência Social mais próxima de sua localidade para mais informações de como requerer e quais requisitos. 
 O INSS – Instituto Nacional Do Seguro Social é o órgão incumbido pelo recebimento do requerimento e pelo reconhecimento do direito ao BPC, devendo o usuário que deseja dar entrada na concessão do benefício agendar o atendimento na Agência do INSS mais próxima de sua localidade ou pelo telefone 135 da Central de Atendimento da Previdência Social (a ligação é gratuita) e pode ser também agendado pela internet (www.Previdenciasocial. gov.br). 
 Sobre a avaliação do INSS, segundo Penalva; Diniz; Medeiros (2010, p. 4), 
[...] Peritos médicos do INSS realizam testes para avaliar a condição de deficiência dos requerentes. A seleção de beneficiários é feita por avaliação da renda familiar, comprovação de idade, no caso de idosos, e exame médico pericial, no caso de deficientes. A idade é comprovada por meio de documentação, e o principal desafio neste ponto diz respeito à ausência de registro civil de uma parte não desprezível da população brasileira. O sistema de transferências prevê reavaliações sistemáticas a cada dois anos para verificar a persistência dessas condições.
 Para requerer o BPC, conforme apontar Santos, (2011, p. 3).
[...] Para requerer o BPC, a pessoa idosa ou portadora de deficiência deve procurar um dos postos do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), preencher o formulário de solicitação do benefício e de declaração de renda dos membros da família, que não pode ultrapassar 1/4 de renda familiar per capita, comprovar residência e apresentar documentos próprios e da família para avaliar os critérios de renda. A pessoa deficiente será encaminhada para uma avaliação médico-pericial, em que os médicos peritos do INSS verificam, entre outras coisas, a aptidão para a atividade laboral, níveis de dificuldades visuais, auditivas, de locomoção e fala. A pessoa beneficiada passa por uma revisão a cada dois anos e, nessa revisão, a situação social e níveis de vulnerabilidade são também avaliados por meio da avaliação social e visita domiciliar. 
 O BPC possui critérios de acesso bastante seletivos, o que faz com que o benefício seja encaminhado a pessoas em extrema pobreza e desigualdade social. Os beneficiários devem levar os documentos necessários como, por exemplo, o CPF: Cadastro de Pessoa Física, Certidão de Nascimento ou Casamento, Certidão de Reservista no caso para o sexo masculino somente, Carteira de Identidade (RG), Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), o requerente deverá apresentar também o comprovante de residência e os documentos de identificação dos componentes da família. 
 Conforme apontado pela Cartilha do BPC_ MDS previdência, destaca que,
• Certidão de nascimento ou casamento; 
• Documento de identidade, carteira de trabalho ou outro que possa identificarquem é você;
• CPF se tiver;
• Comprovante de residência; 
• Documento legal, no caso de procuração, guarda, tutela ou curatela.
 A Cartilha do BPC_MDS previdência, enfatiza que os documentos necessários referentes a todos os membros da composição da família.
 
• Documento de identidade, carteira de trabalho, CPF, se houver, certidão de nascimento ou casamento ou outros documentos que possam identificar todas as pessoas que fazem parte da família e suas rendas.
 Uma vez identificada os requisitos para a concessão do BPC, foi apontado através das alterações no processo do reconhecimento do direito ao BPC em maio de 2017, a realização de algumas mudanças importantes como a obrigatoriedade dos beneficiários do BPC como também de todos os membros da família a inscrição no CadÚnico para a concessão, manutenção e a revisão do BPC, sendo uns dos requisitos muito importante para o requerimento do benefício e caso o usuário não realize ou deixe de atualizar o CadÚnico, pode ter ser beneficio suspenso.
 Considerando que tais afirmações supracitadas acima são evidenciadas no artigo 12° e parágrafos § 1° e § 2°, conforme o decreto 8.805/2016. 
12 São requisitos para a concessão, a manutenção e a revisão do benefício as inscrições no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF e no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal - CadÚnico.
§ 1º  O beneficiário que não realizar a inscrição ou a atualização no CadÚnico, no prazo estabelecido em convocação a ser realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, terá o seu beneficio suspenso, conforme disciplinado em ato do Ministro de Estado do Desenvolvimento Social e Agrário.
§ 2º  O benefício só será concedido ou mantido para inscrições no CadÚnico que tenham sido realizadas ou atualizadas nos últimos dois anos.” (NR)
 Ao referir-se a tal assunto, após essas mudanças a partir de maio de 2017 o processo fica dividido entre SUAS e INSS, no decreto 8.805 de 7 de julho ressalta no seu parágrafo § 1° do artigo 1°
O Benefício de Prestação Continuada integra a proteção social básica no âmbito do Sistema Único de Assistência Social - SUAS, instituído pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, em consonância com o estabelecido pela Política Nacional de Assistência Social – PNAS. 
 Sendo necessária a parceria para o bom funcionamento em ambos os serviços e logico para a garantia aos direitos do requerente ao BPC. 
 O requerente além da apresentação dos documentos pessoais e da família deve preencher e assinar os formulários, requerimento de benefício assistencial e a declaração sobre a composição do grupo e renda familiar, sendo encontrados esses formulários nas agências da previdência social ou no site do MDS.
 As pessoas em situação de rua seguir os mesmos requisitos para obtenção do BPC, porém em relação ao endereço deve ser levado em conta, como referência, o endereço do serviço da rede socioassistencial ou na falta deste, de pessoas com mais proximidade de relação. 
 Considerando que após o requerente for aprovado e está em todos os requisitos da concessão do benefício, esse receberá uma carta em sua residência vinda do INSS informado se vai receber ou não o BPC e de como receberá.
3. O BPC E O ASSISTENTE SOCIAL
3.1 Atuação do Assistente Social na Concessão do BPC
Destaca-se que a expansão da política de assistência social vem crescendo e consequentemente a inserção de assistentes sociais vem demandando cada vez mais compromisso com a consolidação do Estado democrático dos direitos sociais, universalização da seguridade social e das políticas públicas. 
 Conforme aponta a Cartilha do CFESS (Parâmetros para Atuação dos Assistentes Sociais na Política de Assistência Social, 2011, p. 5)
[...] Desse modo, discutir o trabalho de assistentes sociais nesses espaços é urgente e necessário, na perspectiva de consolidar a política de assistência social como direito, e assegurar as condições técnicas e éticas requeridas para o exercício do trabalho com qualidade.
 Ressalta que o profissional de assistente social, segundo a Cartilha do CFESS (Parâmetros para Atuação dos Assistentes Sociais na Política de Assistência Social, 2011, p. 5) “requer o fortalecimento de uma intervenção profissional crítica, autônoma, ética e politicamente comprometida com a classe trabalhadora e com as organizações populares de defesa de direitos”, sendo definição e procedimentos no exercício do trabalho do assistente social conforme suas competências e atribuições expostas na legislação e resoluções sobre o trabalho. 
 O trabalho do assistente social no âmbito da concessão do benefício de Prestação Continuada (BPC) consiste na orientação aos usuários para o benefício, esclarecendo seus direitos sociais e os meios de exercer os direitos, encaminhamentos, avaliação social para requerentes do BPC, instruções, articulações com a rede de atendimento no qual se destaca a intervenção do assistente social na atual realidade dos usuários do BPC que se encontra em situação de vulnerabilidade social, diante dos instrumentos legais que norteiam a profissão, como por exemplo, a Lei de Regulamentação da Profissão (lei 8.662/93), o Código de Ética do Assistente Social a qual rege as ações do profissional do Serviço Social. 
 Com a Lei 8.213/91 regulamentou os planos de Benefícios da Previdência Social, que acerca do Serviço Social, definiu como competências o artigo 88: 
Art. 88. Compete ao Serviço Social esclarecer junto aos beneficiários seus direitos sociais e os meios de exercê-los e estabelecer conjuntamente com eles o processo de solução dos problemas que emergirem da sua relação com a Previdência Social, tanto no âmbito interno da instituição como na dinâmica da sociedade.
§ 1º Será dada prioridade aos segurados em benefício por incapacidade temporária e atenção especial aos aposentados e pensionistas.
§ 2º Para assegurar o efetivo atendimento dos usuários serão utilizadas intervenção técnica, assistência de natureza jurídica, ajuda material, recursos sociais, intercâmbio com empresas e pesquisa social, inclusive mediante celebração de convênios, acordos ou contratos.
§ 3º O Serviço Social terá como diretriz a participação do beneficiário na implementação e no fortalecimento da política previdenciária, em articulação com as associações e entidades de classe.
§ 4º O Serviço Social, considerando a universalização da Previdência Social, prestará assessoramento técnico aos Estados e Municípios na elaboração e implantação de suas propostas de trabalho.
 Enfatiza que o profissional de Serviço Social se dedica ao planejamento, operacionalização e a viabilização dos serviços sociais para a população. Sendo o responsável pela mediação entre sociedade e a instituição usuária dos serviços e ainda continua sendo procurado pra o preenchimento do formulário para entrega ao INSS, conforme é destacado por Zalamena (2015)
O Serviço Social continua sendo uma grande referência no encaminhamento deste beneficio, sendo ainda procurado para este tipo de preenchimento. Neste encaminhamento cabe ao profissional anexar um “parecer” referenciando a confirmação das condições sócio econômicas do núcleo sócio- familiar da PPD, sob pena de indeferimento pelo INSS.
 A atuação do assistente social no processo de investigação para autorização do BPC é importante para a análise socioeconômica. Compete ao mesmo suceder um parecer dos usuários mediante a utilização do instrumental técnico-operativo, que é a entrevista, porém se o profissional achar que precise e mais informações para seu parecer ou opinião com a certeza absoluta pode o mesmo realizar a visita domiciliar e a pesquisa social, procurando por mais acesso, conhecer as demandas e acarretando a socialização da população requerente. 
 Quando o requerente passar pelos documentos pessoais e da família, preencher o formulário de solicitação e a declaração de renda na concessão do benefício este e sua família da composição

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