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NOTAS HISTÓRICAS 
As primeiras aplicações do concreto leve armado foram durante a 1ª Guerra Mundial, na construção de navios e barcos pela Emergency Fleet Building Corp [ACI 213 (1999)]. Esse concreto, empregando argila expandida como agregado, possuía uma resistência de 34,5 MPa e uma massa específica de 1760 kg/m3 .
Durante a década de 20, dois importantes edifícios foram construídos com concreto leve armado. O Park Plaza Hotel em St. Louis (EUA) e o edifício Southwestern Bell Telephone Building, em Kansas City (EUA) [ACI 213 (1999)].
No começo da década de 30, o concreto leve foi usado na pista superior da ponte “São Francisco – Oakland”, como uma solução econômica para o projeto da ponte. Durante a 2ª Guerra Mundial, a história se repetiu com a construção de 105 navios em concreto leve, com o uso de placas de aço em algumas partes consideradas essenciais [ACI 213 (1999)].
Imediatamente após a 2ª Guerra Mundial, vários estudos foram feitos, proporcionando um grande impulso na determinação das propriedades do concreto feito com diferentes tipos de agregados leves, visando a sua aplicação em peças estruturais, tais como tabuleiros de pontes e pré-moldados.
A Agência Nacional de Habitação dos Estados Unidos patrocinou vários estudos e pesquisas com o uso do concreto feito com agregados leves, e estudos paralelos foram realizados nos laboratórios da “National Bureau of Standards” e no “United States Bureau of Reclamation”, para determinação das propriedades do concreto feito com vários tipos de agregados para concreto leve. 
Estes estudos e o trabalho feito por Richard e Jansen, Washa e Wendt e outros, focaram sua atenção no uso da capacidade estrutural de alguns concretos leves, iniciando um renovado interesse por edifícios de andares múltiplos, pontes e produtos pré-fabricados, no começo da década de 50.
Em Cleveland, foi possível acrescentar 4 andares em um projeto de um edifício cujas fundações já tinham sido executadas, com o uso de concreto estrutural leve e consequente redução do peso da estrutura, não necessitando modificar as fundações. 
Do mesmo modo, após o colapso da ponte de Tacoma Narrows, ela foi substituída por outra estrutura suspensa, projetada para incorporar as lajes da pista de rolamento, com o uso de concreto leve, sem necessidade de modificações nos pilares já existentes [ACI 213 (1999)]. 
Durante os anos 50, as superestruturas de muitos edifícios de vários andares foram projetadas, tirando vantagem do reduzido peso próprio do concreto leve. Como exemplo, podem ser citados os 42 andares do Prudencial Life, em Chicago, com as lajes de piso em concreto leve, e o Staler Hilton Hotel, em Dallas, com 18 andares, todo projetado em concreto estrutural leve [ACI 213 (1999)].
Tais aplicações em concreto leve, com funções estruturais, estimularam várias pesquisas sobre as propriedades do concreto leve por importantes organizações internacionais. Foi acelerada, nesta época, a construção de usinas que fabricavam agregados leves. Atualmente, a produção de agregados leves de alta qualidade é feita em vários países.
TIPOS DE CIMENTO: CARACTERÍSTICAS E ESPECIFICAÇÕES
Há diferentes tipos de cimento que são produzidos no Brasil. Cada um apresenta uma composição diferente de outro de forma a fornecer ao concreto uma característica diferente como maior trabalhabilidade, durabilidade, resistência, etc.
O cimento Portland é um material pulverulento, ou seja, se apresenta em estado de pó fino, constituído de silicatos e aluminatos de cálcio, praticamente sem cal livre. Estes silicatos e aluminatos complexos, ao serem misturados com água, hidratam-se o produzem o endurecimento da massa, oferecendo elevada resistência mecânica. 
Atualmente, o cimento Portland se divide em onze tipologias e especificações:
•CP I – Cimento Portland comum: é um tipo de cimento Portland sem nenhuma adição com exceção do gesso, que é utilizado somente como retardador da pega. Esse tipo de cimento é utilizado geralmente em obras em que não há exposição a ambientes desfavoráveis com a presença por exemplo de sulfatos do solo ou de águas subterrâneas. 
	
Classe de resistência: 25 MPa
	
NBR  5.732 – Cimento Portland comum
•CP I-S – Cimento Portland comum com adição: é um tipo de cimento Portland com as mesmas características do CP-I porém com adição de no máximo 5% de material pozolânico em massa que garante uma menor permeabilidade a este tipo de cimento.
	
Classe de resistência: 25 MPa
	
NBR  5.732 – Cimento Portland comum 
•CP II-E – Cimento Portland composto com escória granulada de alto forno: é um tipo de cimento usado quando há necessidade de que as estruturas tenham um desprendimento de calor moderadamente lento ou que possam ser atacados por sulfatos. O CP II-E é constituído de 94% à 66% de clinquer e gesso e de 6% à 34% de escória granulada de alto forno.
	
Classe de resistência: 25, 32 e 40 MPa.
	
NBR 11.578
•CP II-Z – Cimento Portland composto com pozolana: é um cimento que geralmente é utilizado em obras marítimas, industriais e subterrâneas por conter de 6% a 14% de pozolana garantindo uma maior impermeabilidade e durabilidade ao concreto produzido com este tipo de cimento.
	
Classe de resistência: 25, 32 e 40 MPa
	
NBR 11.578 – Cimento Portland composto
•CP II-F – Cimento Portland composto com fíler: é utilizado para várias aplicações como no preparo de argamassas de assentamento, argamassas de revestimento, estruturas de concreto armado, solo-cimento, pisos e pavimentos de concreto, etc. Este tipo de cimento é um composto constituído de 90% à 94% de clinquer e gesso e de 6% a 10% de material carbonático ou filer.
	
Classe de resistência: 25, 32 e 40 MPa
	
NBR 11.578 – Cimento Portland composto
•CP III – Cimento Portland de alto-forno: é um cimento que pode ser usado tanto na execução de obras de grande porte e agressividade como barragens, esgotos, pavimentação de estradas, pistas de aeroporto, quanto na aplicação de argamassas de assentamento e revestimento, estruturas de concreto armado, concreto protendido, projetado, rolado, dentre outros.
Este tipo de cimento contém adição de 35% a 70% de escória em sua composição o que lhe confere maior impermeabilidade e durabilidade, resistência a sulfatos e à expansão além de baixo calor de hidratação.
	
Classe de resistência: 25, 32 e 40 MPa
	
NBR 5.735 – Cimento Portland de alto-forno
•CP IV – Cimento Portland Pozolânico: Este tipo de cimento é constituído de 15% a 50% de material pozolânico por isso é conhecido como Cimento Portland Pozolânico. O concreto produzido com este cimento, em relação ao concreto feito com Cimento Portland Comum, apresenta maior impermeabilidade, maior durabilidade e maior resistência mecânica à compressão à longo prazo. É geralmente utilizado para grandes volumes de concreto devido ao baixo calor de hidratação e em obras expostas à ação de água corrente e ambientes agressivos devido a sua baixa porosidade.
	
Classe de resistência: 25 e 32 MPa.
	
NBR 5.736 – Cimento Portland pozolânico
•CP V-ARI – Cimento Portland de alta resistência inicial: é um dos tipos de cimentos que não contém adições em sua composição (em casos excepcionais pode conter até 5% de material carbonático). O que o difere do CP I é seu processo de dosagem e produção do clínquer. As alterações nas dosagens de calcário e argila na produção do clínquer garante ao CP V-ARI uma alta resistência inicial do concreto podendo atingir em torno de 26 Mpa de resistência já no primeiro dia de aplicação do concreto. É utilizado em obras tanto de pequeno porte quanto de grande porte em casos em que se torna necessária uma alta resistência inicial para desforma rápida dos elementos de concreto armado.
	
Média de 26 Mpa de resistência
	
NBR 5.733 – Cimento Portland de alta resistência inicial
•CP-RS – Cimento Portland Resistente a Sulfatos: é um tipo de cimento que pode ser utilizado em obras de recuperação estrutural, concreto projeto, concreto armado, concreto protendido, elementos pré moldados de concreto, pavimentosetc. É necessário geralmente quando o concreto está submetido à meios agressivos sulfatados como redes de esgotos, ambientes industriais e água do mar.
	
Classe de resistência: 25, 32 e 40 MPa.
	
NBR 5.737 – Cimentos Portland resistentes a sulfatos
•CP-BC – Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação: é um tipo de cimento que tem por finalidade retardar o desprendimento de calor em peças de grande massa de concreto, evitando o aparecimento de fissuras de origem térmica.
	
Classe de resistência: 25, 32 e 40 MPa.
	
NBR 13.116 – Cimento Portland de baixo calor de hidratação
•CP-B – Cimento Portland Branco: O Cimento Portland Branco pode ser dividido em estrutural, aplicado para fins arquitetônicos com as mesmas características dos outros tipos de cimento porém com a pigmentação branca, e não estrutural, indicado para rejuntamento de cerâmica. A cor branca é obtida através de matérias-primas com baixo teor de manganês e ferro e a utilização do caulim no lugar a argila.
	
Classe de resistência: 25, 32 e 40 MPa (Quando estrutural)
	
NBR 12.989 – Cimento Portland branco
SELO DA QUALIDADE ABCP PARA CIMENTO
O Selo da Qualidade ABCP para Cimento foi criado para avaliar a conformidade dos cimentos com as normas técnicas brasileiras. Toda empresa associada ou não da ABCP que fabricar cimento Portland em conformidade com as especificações brasileiras pertinentes pode solicitar o selo.
Em janeiro de 2019, 61 fábricas de cimento e 149 produtos possuíam o selo, uma garantia real de que a qualidade do produto está sendo atendida e mantida pelo fabricante.
CRITÉRIOS PARA CONCESSÃO
Uma vez que o cliente solicita a concessão do selo para determinado produto, a ABCP inspeciona o laboratório do fabricante, a fim de verificar se há o autocontrole integrado da fábrica. 
Esse autocontrole reporta-se a ensaios diários de cada cimento por meio de procedimentos normalizados (normas ABNT). A validação do autocontrole é efetuada por meio da coleta periódica (trimestral) de amostras de cimento, para a qual é reservada uma porção para a fábrica e outra para a ABCP.
Os ensaios são realizados na ABCP e os resultados, confrontados com os dessa fábrica. Se todos os requisitos de reprodutibilidade entre os dois laboratórios estabelecidos pelas normas da ABNT forem atendidos, passa-se para a avaliação estatística do autocontrole e uma vez evidenciada a conformidade, a fábrica recebe o selo para o produto solicitado.
Selo da Qualidade é o símbolo que atesta a conformidade de um produto com a norma brasileira e que sua fabricação está sob controle contínuo do fabricante. A ABCP participa do PSQ/PBQP-H como Entidade Setorial Nacional Mantenedora e como Entidade Gestora Técnica do Programa de Cimento Portland.
ARGAMASSA: PRINCIPAIS TIPOS E PROPRIEDADES
Argamassa é uma mistura de cimento, agregado miúdo (areias naturais ou de britagem) e água, podendo ainda ser constituídas por polímeros. As argamassas são utilizadas:
a) Na união entre blocos de concreto ou cerâmicos, em alvenaria de vedação ou estrutural;
b) Como revestimento (chapisco, emboço ou “massa-grossa”, reboco ou “massa-fina”);
c) Compondo o substrato para revestimentos (emboço);
d) No rejuntamento de calçadas em pedras naturais (impermeabilizando e conferindo detalhe arquitetônico);
e) No rejuntamento de revestimento cerâmico (quando à base de cimento Portland). Dentre outras aplicações.
PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS
Como um revestimento, as argamassas devem produzir uma camada com as seguintes características:
a) Poder absorver deformações por efeito térmico, higroscópico e diferencial entre componentes.
b) Possuir aderência ao substrato sendo ele rocha, alvenaria, estrutura de concreto armado, etc. Isso vai depender não só da capacidade de absorver deformações acima citada, como da rugosidade do substrato e dos cuidados ao produzir a argamassa.
c) Deve apresentar boa resistência ao impacto e desgaste superficial. Más execuções geram emboços facilmente raspáveis com a mão.
d) Pouca permeabilidade ou nenhuma à água, mas deve permitir a penetração de vapor de água.
NORMAS TÉCNICAS
Consultado o catálogo normativo da Associação Brasileira de Normas Técnicas, tem-se em vigência as seguintes normas sobre argamassas com cimento:
•NBR 7200:1998 – Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Procedimento.
•NBR 14081-1:2012 – Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas. Parte 1: Requisitos.
•NBR 13749:2013 – Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Especificação.
Ainda há uma série de outras normas técnicas que tratam sobre argamassas cimentícias, sendo o foco dessas normas a verificação de requisitos de desempenho das argamassas no estado endurecido.
TIPOS DE CONCRETOS UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Existem diferentes tipos de concreto no mercado e cada um tem uma finalidade diferente. O concreto é um material amplamente utilizado na construção civil, pois possui propriedades que o tornam muito mais viável em relação a outros materiais como o aço.
Podem-se listar vantagens como resistência à água, a obtenção de diversas formas e tamanhos por elementos estruturais feitos de concreto e seu baixo custo podendo, inclusive, ser fabricado no local da obra. 
A mistura de cimento Portland, água, agregado graúdo e miúdo resulta nesse material de construção que se tornou tão essencial na área de engenharia civil, além disso, seu uso remonta vários séculos atrás sendo utilizado até pelos romanos para a construção de seus imponentes edifícios.
Devido ao aumento da complexidade das estruturas que têm sido feitas, em nossa contemporaneidade, deparamo-nos com uma exigência cada vez maior da qualidade do concreto para que este atenda todos os requisitos a fim de que o resultado final de um projeto tenha qualidade e, principalmente, segurança.
Dessa forma, pode-se afirmar que houve a necessidade de se evoluir o concreto comum feito da mistura de cimento Portland para que certos parâmetros fossem eficientes, abaixo alguns tipos de concretos que são amplamente aplicados em projetos de construção.
CONCRETO CONVENCIONAL
O concreto convencional é o tipo de concreto mais utilizado nas obras de construções. No uso deste concreto é necessário o uso de vibrador para que o adensamento seja realizado da forma correta, devido a baixa trabalhabilidade e sua consistência seca. Por outro lado, não se deve utilizar bombas para o lançamento do concreto convencional. Esta etapa deve ser executada com o auxílio de carrinhos de mão, gericas, gruas ou outro meio de transporte manual.
A resistência do concreto convencional varia de 5,0 em 5,0 MPa, a partir de 10,0 até 40,0 MPa e seu abatimento (Slump) varia de 40 a 70 mm.
Concreto convencional
CONCRETO USINADO
O concreto usinado ou dosado em central é aquele produzido com rigoroso controle tecnológico da qualidade do concreto com a quantidade dos materiais constituintes da mistura (cimento, brita, areia, água e aditivos) definidas por meio da necessidade do cliente.
Este tipo de concreto tem como principal vantagem, a garantia por parte do fornecedor quanto à segurança e à obtenção da resistência característica do concreto solicitado para os elementos da obra.
CONCRETO ARMADO
O tipo de concreto mais comum em nosso dia a dia, esse material tem em seu interior barras de aço. A inserção dessas barras se dá ao fato da deficiência do concreto em relação à resistência à tração, pois seu forte é ao esforço de compressão.
O concreto armado é utilizado na maioria das construções, portanto, é um dos mais conhecidos. O responsável pelos cálculos desse material, em questão de projeto, é o calculista, que pode projetar a utilização do concreto de forma a aumentar sua resistência e acarretando a diminuição do volume, dessa forma, melhorando a relação custo-benefício.
CONCRETO PROTENDIDO
A maior razão para a protensão do concreto se dá ao fato de existirem situações em que esse material é submetido a grandes esforços de flexão. Dessa forma, essa técnica se mostrabastante aproveitável também ao seu custo benefício já que, se for feito o correto controle tecnológico, dispensa a manutenção ao longo de sua vida útil. Além disso, é possibilitada a construção de grandes vãos, a utilização do concreto em ambientes agressivos, fabricação de pré-moldados (como as lajes pré-moldadas), reforço de estruturas, entre outros.
A técnica da protensão ocorre com a inserção de cabos de aço de alta resistência (ancoramento) no concreto e são aplicadas tensões de compressão nas partes da seção tracionadas pelas solicitações dos carregamentos. Com a manipulação das tenções internas, obtém-se a contribuição da área total da seção da do elemento estrutural para a inércia da mesma.
CONCRETO ESTRUTURAL LEVE
É feito com base em agregado leve, de modo que sua massa específica é de aproximadamente dois terços da densidade de um concreto feito com agregado natural.
A redução de custos com a utilização desse material é uma de suas vantagens, além da pouca permeabilidade e redução do peso das estruturas. É importante salientar que nesse tipo de concreto o que se busca prioritariamente é a diminuição da massa específica e não resistência.
Dentre os pontos negativos do concreto estrutural leve pode-se destacar a porosidade dos agregados que resulta em maior consumo de água e, consequentemente, diminuição da resistência e misturas de alta fluidez trazendo grande risco de segregação.
Sua maior área de aplicação é na indústria de elementos pré-moldados e painéis pré-fabricados.
CONCRETO DE ALTA RESISTÊNCIA
Como o próprio nome diz, o concreto de alta resistência inicial possui resistência superior ao convencional à compressão como, por exemplo, de 149 Mpa aos 28 dias.
É importante ressaltar a importância do agregado para a rigidez e resistência do concreto, pois a redução da dimensão do agregado graúdo ocasiona o ganho de resistência devido ao fortalecimento da zona de transição (área de contato entre pasta e agregado). Dessa forma, quanto mais alta a resistência a ser alcançada, menor deve ser a dimensão máxima do agregado graúdo. Ao que se refere ao agregado miúdo, a preferência, para a fabricação desse tipo de concreto, é de um módulo de finura elevado.
Um dos pontos negativos do concreto de alta resistência inicial  que devem ser observados é a tendência de grande retração por secagem e fluência devido o consumo de cimento, que normalmente é amenizado com a adição de pozolana.
Sua utilização se destina principalmente em fundações, lajes de piso, pilares e vigas de edifícios altos, porém devido suas características de baixa fluência e alta deformação por retração, tende a fissurar na presença de águas agressivas, aquecimento e resfriamento e congelamento e degelo.
CONCRETO AUTO ADENSÁVEL
A necessidade de se obter um material com alta fluidez sem riscos de exsudação ou segregação deu origem ao concreto auto adensável que pode ser moldado in loco sem o uso de vibradores para se eliminarem os vazios.
Um concreto auto adensável típico possui abatimento superior a 200 mm e pode ser lançado e adensado sem vibração e é utilizado em concretagens submersas e fábricas de pré-moldados.
Seus principais pontos negativos são seu alto custo e alta retração por secagem devido ao alto teor de cimento utilizado pra controlar a viscosidade. Porém, esse efeito pode ser amenizado com a utilização de aditivos como goma hidrolisada, sílica ativa e nanossílica.
CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO (CAD)
De acordo com o U.S. Federal Highway Administration (FHWA):
 “o concreto de alto desempenho (CAD) é um concreto projetado para ser mais durável e, se necessário, mais resistente do que o concreto convencional. Misturas de concreto de alto desempenho são compostas essencialmente pelos mesmos materiais que as misturas de concretos convencionais. Mas as proporções são projetadas ou planejadas para fornecer a resistência e durabilidade necessárias para atender os requisitos ambientais e estruturais do projeto.”
Portanto, podemos considerar um concreto de alto desempenho como aquele que possui um conjunto de características que o tornam superior ao convencional para determinados fins específicos. Como exemplo, podemos citar:
•Adensamento sem segregação;
•Permeabilidade;
•Calor de hidratação;
•Resistência nas primeiras idades.
CONCRETO PESADO PARA BLINDAGEM DE RADIAÇÃO
Apesar de existirem diversos materiais que podem ser utilizados para blindagem de radiação, o concreto mostra-se mais econômico, além de possuir diversas vantagens.
O peso específico desse tipo de concreto varia entre 3360 kg/m³ a 3840 kg/m³, a adição de agregados naturais pesados é um fator preponderante para o aumento de aproximadamente 50% do valor do peso específico em relação ao concreto tradicional.
Os tipos de radiação que normalmente são observados para se fabricar esse tipo de material são os raios X, gama e radiação por nêutrons. Dessa forma, o concreto possui características satisfatórias para atenuação de nêutrons e raios gama.
Um ponto negativo desse tipo de concreto é sua pouca trabalhabilidade, devendo ser bombeado a distâncias pequenas pelo fato de ter tendência a segregar.
CONCRETO
De maneira sucinta, pode-se afirmar que o concreto é uma pedra artificial que emolda a inventividade construtiva do homem, onde este foi capaz de desenvolver um material que depois de endurecido, tem resistência similar às das rochas naturais, e no estado fresco é um composto plástico que possibilita sua modelagem em formas e tamanhos dos mais variados.
Duas características que diferenciam o concreto dos outros materiais são a resistência à água, que diferente dos compostos como aço e madeira o concreto sofre menor deterioração quando exposto à água, tornando viável sua utilização em diversos tipos de obras, e o outro fator bastante diferencial do concreto em relação aos outros materiais é a grande disponibilização de seus elementos constituintes por um preço acessível. 
Segundo a Sociedade Americana de Testes e Materiais (ASTM), o concreto é um material compósito, constitui de um meio aglomerante no qual estão aglutinadas partículas de diferentes origens.
O aglomerante é o cimento em presença de água. Já o agregado é qualquer material granular, como areia, pedregulho, seixos, rocha britada, escória de alto-forno e resíduos de construção e de demolição. Se as partículas de agregado são maiores do que 4,75mm, o agregado é dito graúdo, se forem menores o agregado é o miúdo.
Os aditivos e adições são substâncias químicas adicionadas ao concreto em seu estado fresco que lhe alteram algumas propriedades, adequando-as às necessidades construtivas.
“O concreto é uma mistura homogênea de cimento, agregados miúdos e graúdos, com ou sem a incorporação de componentes minoritários (aditivos químicos e adições), que desenvolve suas propriedades pelo endurecimento da pasta de cimento” (BATTAGIN, 2009).
Para que essa mistura se comporte como descrito acima, está justamente na presença do cimento, o qual é uma mistura finamente moída de compostos inorgânicos calcinados compostos de calcário e argila e quando junto à água solidifica-se devido a reações químicas existentes entre os minerais do cimento e a água, resultando em uma pasta que endurecerá com o tempo.
Dois tipos básicos de cimento existem, aqueles que não endurecem em baixo d’água e quando endurecidos acabam dissolvendo-se lentamente ao ficarem expostos a ela. E aqueles utilizados no concreto por permanecerem estáveis em meio aquoso, solidificando-se e, mantendo suas propriedades sendo assim conhecida como cimento hidráulico, por sua resistência a água.
Existem três classes básicas de classificação em relação ao concreto, obtidas por meio de dosagens da mistura, também, chamados de traços. Há o concreto de densidade normal, concreto leve, pesado. Os concretos podem ser, também, classificados em relação à sua resistência, são eles: Concreto de baixa resistência, que tem menos de 20 MPa (não adequado à finalidade estrutural), o concreto de resistência normal de resistência de 20 a 50 MPa e, também, o concretode alta resistência de 50 MPa.
TIPOS DE CONCRETO
 
Como foi mencionado, a princípio o concreto no seu estado fresco permite ser moldado nas mais diversas formas, texturas e finalidades. Contudo, um concreto com qualidade necessita de diversos cuidados, que vão desde a escolha de materiais, a elaboração do projeto de dosagem (traço) que garanta as propriedades informadas ao cliente, a homogeneização da mistura por meio dos caminhões betoneiras, e sua correta aplicação, o adensamento realizado de forma adequada e a cura correta da estrutura, assim, resultando em um produto de qualidade que atenderá a específicas situações, dependendo das exigências que forem expostas.
Existe uma grande variedade de tipos de concreto, cada um atende a um tipo de exigência nas construções, dentre os principais pode-se citar:
Concreto armado (concreto e armadura) que é o material composto formado por concreto e barras de aço, caso típico dos pilares, onde os dois se unem e resistem as forças de compressão e tração solicitante.
O concreto convencional é usado em obras onde não existe a necessidade da utilização de equipamentos para o bombeamento do concreto. Devido à baixa trabalhabilidade desse concreto, torna-se necessário o uso de equipamentos de vibração para um bom adensamento. Esse bom adensamento é essencial para que se evitem nichos de concretagens, os quais tem interferência direta da durabilidade da estrutura. Esse concreto demanda uma quantidade grande de mão de obra devido a sua aplicação manual (PORTAL DO CONCRETO, 2013).
O concreto bombeável foi desenvolvido para que fosse permitido o lançamento por meio de certos equipamentos como bombas, no qual possui mais teor de argamassa e trabalhabilidade, sendo transportado sob pressão, por meio de tubos rígidos ou mangueiras flexíveis, assim, podendo ser descarregado diretamente ou próximo do ponto onde será aplicado. Portanto, proporcionando uma maior velocidade na execução do serviço e também uma redução da mão de obra na concretagem (SUPREMO CONCRETO, 2013).
O concreto protendido é o refinamento do concreto armado, onde se aplica tensões prévias de compressão nas regiões da peça que serão tracionadas pela ação do carregamento externo. Assim, as tensões de trações são diminuídas ou até anuladas pelas tensões de compressões pré-aplicadas (PORTAL DO CONCRETO, 2013).
Concretos espaciais são todos os excluídos dos itens acima, tal como concretos com slumps distintos, com consumos cimento estabelecidos, com fator /cimento fixados, com a adição de matérias-primas não convencionais, exigência de outras propriedades físicas como resistência a tração e módulo de deformação para cada condição e particularidades de estruturas (SUPREMO CONCRETO, 2013).
O concreto magro tem função de preenchimento ou proteção mecânica, com baixo consumo de ciumento sem função estrutural. É usado em camadas de proteção, envelopamento de tubos, enchimentos de camadas, base de blocos, lastros, contra pisos, etc. (SUPREMO CONCRETO, 2013).
Concreto com o maior teor de argamassa é o aparente, possui baixa exsudação e excelente acabamento superficial. Pode-se incorporar a mistura à utilização de super-plastificantes para elevação do abatimento. Para um bom resultado, deve ter alguns cuidados como, a forma deve ser feita de materiais regulares, liso, livre de emendas, de baixa aderência, tais como metálica, resinadas ou plastificadas. A vedação deve ser feita para que iniba a fuga da argamassa da peça. A escolha de um bom desmoldante, o adensamento e a cura do concreto são de fundamental importância para que a estrutura tenha um bom resultado (PORTAL DO CONCRETO, 2013).
O concreto Extrusado (Meio-fio) tem um elevado teor de argamassa, composto comumente pedrisco. Geralmente é pré-misturado na central, ficando a complementação da quantidade total de água a ser realizada no canteiro de obras, pois a consistência para aplicação do concreto varia conforme a característica de cada extrusora. Este tipo de concreto é fornecido por consumo de cimento (PORTAL DO CONCRETO, 2013).
O concreto auto adensável tem um elevado abatimento (slump), que possui como característica principal o preenchimento de todos os vazios da forma apenas pela ação do seu próprio peso. É um concreto fluído, com alta trabalhabilidade e de fácil aplicação. No geral, são empregados, neste tipo de concreto, os aditivos superplastificantes a base de éter policarboxilatos, proporcionando no fim a obra uma grande redução na mão de obra, eliminação dos nichos de concretagens e racionalização da etapa de concretagem dentro do cronograma executivo (SUPREMO CONCRETO, 2013).
No Concreto Leve sua característica está na redução de peso por meio da utilização de agregados especiais, como argila expandida. Como parâmetro, o concreto de cimento Portland tradicional é utilizado geralmente na regularização de contra pisos e no preenchimento de estruturas anexadas a edificações antigas, onde se deseja reduzir o peso próprio ou evitar sobre cargas nas estruturas (SUPREMO CONCRETO, 2013).
O Concreto Celular, na verdade, trata-se de uma argamassa a qual são introduzidas microbolhas de ar, por meio de espuma líquida que são geradas por um equipamento próprio. Geralmente utilizado na regularização de lajes e contra pisos, podendo, também, ser empregado em paredes estruturais, câmara frigorífica, proteção para impermeabilização, etc. Tendo um ótimo desempenho como isolante térmico ou acústico (SUPREMO CONCRETO, 2013).
O concreto Sem Finos ou Concreto “Cavernoso” tem uma baixa massa específica, e quantidade reduzida de finos em sua composição, este concreto possui como principal característica, além da baixa massa específica, o elevado grau de permeabilidade. Normalmente utilizado para regularização de pisos, paredes e muros de gravidade, filtros biológicos, drenos, etc. (PORTAL DO CONCRETO, 2013).
O Concreto de Alto Desempenho é bem resistente, que além da elevada resistência apresenta maior durabilidade, menor porosidade, maior impermeabilidade, maior coesão e de elevada trabalhabilidade, em função da utilização de superplastificantes. Normalmente recebe adições minerais tais como sílica ativa ou metacaulium. Estas adições minerais reagem com a cal livre originária do processo de hidratação do cimento (PORTAL DO CONCRETO, 2013).
O Concreto para Pavimentos Industriais tem a característica básica de resistência não inferior a 20 Mpa, com consumo mínimo de 350 kg/m³ e abatimento igual a 100 mm. Possui, também, elevado teor de argamassa, baixo índice de exsudação e retratação plástica e pega normal, e em alguns casos recomenda-se o uso de superplastificantes para aumento do abatimento. Ele necessita de uma ótima sub-base, com excelente compactação de substrato, projeto estrutural, tipo de execução, cura do concreto e previsão de juntas de dilatação, podendo os pavimentos ser ou não armados (SUPREMO CONCRETO, 2013).
O concreto de consistência seca, aplicado por espalhamento manual ou mecânico e compactado com rolo vibratório liso e equipamentos usuais de pavimentação é conhecido como Concreto Rolado para Pavimentos. É empregado em sub-base de pavimentos asfálticos ou rígidos, barragens, etc. Este tipo de concreto poderá ser empregado como pavimento definitivo, contudo, o cimento deverá ser aumentado (SUPREMO CONCRETO, 2013).
O Concreto com Fibras é feito de cimento Portland que tem em sua constituição a incorporação de fibras de aço, plástico ou polipropileno, o que reduz a fissuração, elevando a resistência à tração, ao impacto, ao desgaste superficial e à abrasão (SUPREMO CONCRETO, 2013).
E por fim o Concreto Colorido que evita o custo de manutenção de pinturas e substitui o gasto com revestimento por possuir pigmentos em sua constituição. São utilizados para causar um melhor efeito arquitetônico, pois suas cores são uniformes e duráveis. São usados principalmente em estruturas de concreto aparente, pisos, monumentos, defensas e guarda-corpo de pontes (SUPREMO CONCRETO, 2013).
CONCRETO SUSTENTÁVEL
Enquanto o concreto tradicional emprega cimento, areiae pedra, o concreto sustentável substitui 70% da areia natural por areia de fundição (utilizada em moldes nos processos de peças metálicas) e 100% da pedra por escória de aciaria (resíduo que sobra da produção do aço).
As vantagens para o meio ambiente são evitar o descarte inadequado de resíduos sólidos industriais, o que pode causar contaminação de solos e águas subterrâneas, e proporcionar a economia de recursos naturais (PABLOS, 2012).
Enquanto o concreto tradicional é empregado para fins estruturais, o novo produto foi desenvolvido para a fabricação de peças para pavimentação, podendo ser utilizado em guias mobiliários e urbanos e, também, na execução de contrapisos e calçadas.
No ramo da construção civil, apesar da evolução já ocorrida, é notória a crescente industrialização da construção conseguida pelo uso progressivo e consistente de concretos de resistência cada vez mais elevada, ou seja, uso de concretos com maior eficiência. Ressaltando, também, a valiosa contribuição da sustentável indústria de pré-moldados, que consegue fazer bem mais com menos e com resíduo zero e que hoje é uma das áreas produtivas de maior crescimento no país.
Hoje há concretos com resistências mecânicas de 100MPa a 800MPa que praticamente ainda não são explorados por necessitarem uma mudança de postura em relação ao projeto arquitetônico e estrutural, assim como uma significativa adequação das empresas de produção de concreto e de controle.
IMPACTOS AMBIENTAIS E SOLUÇÕES
Com o aumento da construção civil, o uso do concreto tem sido utilizado constantemente, visto que é uma matéria de alta resistência e grande durabilidade. E um dos seus componentes é o cimento que na sua formação há a produção de CO2, assim agravando o aquecimento global.
Outros problemas na qual o concreto está envolvido, são nas ilhas de calor que por retirar a camada vegetativa que naturalmente reflete os raios solares, colocam concreto que tem um poder de absorção, além disso, é um produto impermeável facilitando as enchentes.
Os resíduos industriais não podem sofrer descarte comum, pois são extremamente nocivos ao meio ambiente. Os materiais só podem ser dispostos em aterros específicos e com o valor elevado, cerca de R$ 200,00 a tonelada. Então nota-se o quanto é viável a produção e o uso do concreto sustentável, pois evita o descarte e elimina o custo para as indústrias.
CONFECÇAO DE CONCRETO UTILIZANDO A CINZA DO BAGAÇO DA CANADE- AÇUCAR COMO AGREGADO MIÚDO
O cultivo da cana-de-açúcar é de suma importância, pois se trata de um recurso agrícola natural e renovável e a partir dele se obtém: etanol, açúcar e energia além dos subprodutos: vinhaça, torta de filtro, bagaço, levedura seca e partículas de cinza.
Cerca de 95% de todo o bagaço produzido no Brasil são queimados em caldeiras para geração de vapor gerando, como resíduo, a cinza de bagaço que é constituída, basicamente, de sílica (SiO2).O bagaço in natura é composto, aproximadamente, por 44,5% de fibras lignocelulósicas, 50% de umidade, 2,5% de sólidos solúveis em água e 3% de teor de cinzas. 
O Brasil é o maior produtor de cana de açúcar do mundo, e supera todos os outros na produção de energia, açúcar e álcool nesse ramo. Nessa produção, o bagaço da cana é aproveitado por grande parte das próprias usinas como combustível para suas caldeiras, o qual tem como subproduto as cinzas cujo descarte nem sempre é adequado, sendo simplesmente descartadas na natureza. 
Vários estudiosos vêm fazendo pesquisas referentes a um uso alternativo dessas cinzas, e uma das áreas na qual seu uso se tornou destaque foi na aplicação desta na formulação do concreto, principalmente como substituinte parcial de agregados miúdos na sua constituição 
Esses estudos relacionam o uso em porcentagem correta das cinzas do bagaço de cana em substituição a areia aumenta consideravelmente a resistência final do concreto, podendo assim se tornar um bom substituto parcial ao uso da mesma, além de também poder reduzir o custo de produção por ser mais barato e de fácil acesso em diversas regiões do país. 
O estudo tem como propósito buscar a partir de resultado cientifico provar que o uso da cinza do bagaço da cana-de-açúcar(CBC) atribui maior resistência final ao concreto, assim apresentando formas de se poupar o uso da areia, que apresenta um alto preço de mercado e grande impacto ambiental, enquanto o uso do CBC seria uma forma para amenizar o impacto causado por seu deposito irregular no meio ambiente e a diminuição do impacto causado pela extração da areia. 
MATERIAIS E MÉTODOS 
O trabalho foi desenvolvido por meio de levantamentos na literatura acadêmica relacionados à confecção de concreto utilizando a cinza do bagaço da cana-de-açúcar publicados entre os anos de 2003 e 2014. Essas publicações foram buscadas em vários bancos de dados como Scielo, periódicos capes e backbone. Neste encontramos os equipamentos necessários para a execução de todos os ensaios prescritos pelas normas técnicas brasileiras. 
MATÉRIAS-PRIMAS 
Os agregados utilizados foram adquiridos em lojas de construção própria, sem necessidade de peneiramento pois apresentavam características próprias para a moldagem dos corpos de prova. Foram recolhidos 18 kg da cinza do bagaço de cana-de-açúcar, 1 saco de cimento CPIII, 20 kg de agregado miúdo (areia) e 30kg de agregado graúdo (pedra brita). 
MOLDAGEM DOS CORPOS DE PROVA 
Os constituintes dos corpos de prova, solo, cimento e a cinza do bagaço de cana-de-açúcar foram pesados em uma balança com precisão de 5g e em seguida misturados de acordo com a norma prevista, após sua mistura foram confeccionados em moldes e submergidos em tanques com agua para sua cura. 
RESISTENCIA DO CORPO DE PROVA 
Os corpos de prova foram submetidos a testes de slump e ensaios de resistência à compressão após 7, 21 e 28 dias, realizados de acordo com os procedimentos da NBR 5739. A máquina usada para estes ensaios foi à prensa hidráulica 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Após a adição da cinza nas formulações, os corpos de prova obtiveram resistência acima de 2Mpa, atendendo as exigências da norma. Isso ocorre devido à presença de sílica em sua composição que após passar pelo processo de moagem, adquiri propriedades pozolânicas semelhantes ás desempenhadas pelo cimento Portland. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Diante dos resultados experimentais, constata-se que os corpos de prova com cinza do bagaço de cana-de-açúcar com e sem a cinza se mostram assim uma alternativa viável atendendo assim, aos requisitos mínimos exigidos pelas normas técnicas. Sendo assim podemos afirmar que a substituição em parte do agregado miúdo pela cinza do bagaço da cana-de-açúcar torna-se uma alternativa sustentável, pois com ela pode se diminuir o uso do agregado miúdo (areia) diminuindo assim os impactos ambientais causados pela extração do material.
CONCLUSÃO
Com o surpreendente rápido crescimento do desenvolvimento das construções civis no Brasil e no mundo, julga-se como principal componente para esse âmbito o concreto, pois a facilidade que este material proporciona para trabalhar é fundamental nas construções, tendo uma fácil locomoção, podendo ser aplicado em diversas situações diretamente no local desejado, que se adéqua as necessidades exigidas.
Ele como um material que possui as características de ser facilmente moldado por ser bem maleável antes de seu endurecimento, e também, por possuir grande resistência, é capaz de sustentar facilmente as bases de qualquer construção. O fato de possuir, também, a característica de poder ser pré-moldado nas alvenarias de diferentes formas e tamanho, dando uma maior agilidade para obra, faz com o que o concreto seja cada vez mais indispensável nas construções.
Um material sustentável no século XXI é de ser bem reconhecido e requisitado, pois é de fundamental importância este tipo visto que os impactos ambientais vêm se agravando e é cada vez mais necessário buscar meio de trazer uma boa sustentabilidade. O concreto que já possui essa inovação, substituindo 70% da areia naturalpor de fundição e 100% da pedra por escória de aciaria, merece sim mais investimentos para sua sustentabilidade, pois desta maneira já pode funcionar em pavimentações e diminui os seus impactos ambientais, tanto na poluição como na economia de recursos naturais. 
Contudo, o concreto é um material brilhante e inovador, que proporciona de maneira em geral uma melhor trabalhabilidade para qualquer obra como um todo, onde cada vez mais se é feito concretos que têm maior resistência e que, também é, indispensável para as construções, por sua eficiência em tudo que pra ele é requisitado.
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