Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
COLUNA CERVICAL ANATOMIA ANATOMIA Afecções da Coluna Cervical Preocupação maior = estabilidade São divididas nos grupos: Malformações congênitas Inflamatórias Infecções Tumorais Malformações Congênitas Processo odontóide Aplásico Hipoplásico Número de vértebras cervicais diferente de 7 Normalmente associado a síndromes Malformações Congênitas Síndrome de Down 20-40% apresentam instabilidade atlanto-axial Síndrome de Klippel-Feil Implantação baixa dos cabelos Pescoço curto Associada com costelas anômalas e escoliose congênita Associada a todas doenças em que haja fusão de corpo(s) vertebrais Doença de Morquio Hipoplasia ou aplasia de processo odontóide Displasia espondiloepifisária Ossificação incompleta do proc. odontóide *Ausência de fusão do odontóide com o áxis* Malformações Congênitas CAUSAS INFLAMATÓRIAS Artrite reumatóide Afeta também a coluna cervical Podem ocorrer subluxações e luxações As implicações na Coluna Cervical estão classificadas em grupos: Subluxação atlantoaxial 30% dos casos; mais comum Impactação atlantoaxial Erosão das articulações atlantoaxial e atlato-occipital Migração superior do odontóide 5-32% com doença reumática Subluxação subaxial Artrite nas facetas e flacidez ligamentar Ocorre destruição do disco 10-20% dos pacientes CAUSAS INFLAMATÓRIAS Artrite reumatóide PO = alto índice de óbito Desvios maiores que 9mm artrodese atlantoaxial Acesso – via posterior – risco de compressão medular CAUSAS INFLAMATÓRIAS Síndrome de Grisel Luxação não traumática do atlas Surge como um torcicolo Relaciona-se a uma infecção aguda ou crônica (rinite, faringite - pescoço) Cabeça inclinada para um dos lados e rodada para outro Na palpação o esternocleidomastóide contrário a tensão parece estar com tônus maior – torcicolo paradoxal O torcicolo não é devido ao esternocleidomastóide mas pela rotação de C1 e C2 CAUSAS INFLAMATÓRIAS Síndrome de Grisel Palpação e movimentação dolorosa Diagnóstico difícil – geralmente as crianças são as acometidas RX difícil identificação Quando distância atlas-odontóide Maior que 3mm em adultos e 5mm em crianças = redução e estabilização cirúrgica Há risco de luxação TTO cirúrgico Normalmente trata-se com AINE, relaxante muscular e colar Algumas vezes o posicionamento na mesa de RX já faz a redução. CAUSAS INFLAMATÓRIAS Síndrome de Grisel Seqüência de tratamento Colar cervical (10-15 dias) Acompanhamento radiográfico *Colar com tração mentoniana (2-3 semanas) Acompanhamento radiográfico Gesso (3-4 semanas) Acompanhamento radiográfico Cirurgia Causas Infecciosas Segmento menos afetado da coluna vertebral 4% dos casos 50% TB (manifestação terciária) Micoses e osteomielites (Mycobaterium e + comum Staphylococcus aureus) Deve ser realizado diag. diferencial com tumores Difícil diagnóstico Confirmação por biopsia (céu aberto ou punção) A infecção apresenta via hematogênica Lesa normalmente o corpo da vértebra (60% dos casos) Causas Infecciosas Quadro clínico Dor no pescoço mais aguda nas osteomielites e crônicas nos casos de TB e fungos; A dor algumas vezes é radicular Sintomas gerais de mal estar, calafrios, sudorese e falta de apetite Causas Infecciosas Na osteomielite as alterações radiográficas surgem após 3 a 4 semanas Exames laboratoriais Muitas vezes sinais confusos Com a progressão lesão de ***disco*** (diag. diferencial de tumores) Causas Infecciosas A degeneração pode causar colapso e deformidade TTO – antibiótico, colete, repouso e cirurgia TUMORES São raros tanto os tumores malignos e benignos Os benignos + comum em crianças e adultos com – de 30a Malignos Geralmente metastáticos Sintomas com dor e dor irradiada Diferencia das outras causas por não melhorar com tto conservador e repouso TUMORES Benigno Ressecção e estabilização Enxerto se necessário Maligno + comum de C3-C7 Hemangioma Mieloma + comum do pulmão, mama, próstata, trato gastrointestinal, tireóide e rim. Biópsia (punção e à céu aberto) TUMORES Maligno Indicações cirúrgicas Déficit neurológico Dor sem outros recursos para redução Instabilidade do corpo vertebral Pode-se utilizar endopróteses Pretende-se fornecer qualidade do tempo de sobrevida AFECÇÕES DEGENERATIVAS As alterações degenerativas da coluna cervical são responsáveis por diversos problemas,como p.ex: cervicalgias crônicas,compressões de raízes cervicais e compressões da medula. A partir da terceira década de vida,diversas modificações bioquímicas e anatômicas,precipitadas por vários fatores,provocam a perda da capacidade do disco em distribuir cargas adequadamente. CONTINUAÇÃO É importante lembrar que outros fenômenos da doença degenerativa,como a formação de osteófitos nas facetas articulares e no corpo vertebral, e a instabilidade de alguns dos segmentos da coluna, também podem ser responsáveis por compressão de estruturas nervosas. CERVICALGIA E CERVICOBRAQUIALGIA As afecções degenerativas da CC podem estar associadas a dor cervical,com irradiação para um ou ambos os MMSS. A braquialgia costuma ser causada pela compressão de uma raiz cervical por uma hérnia de disco póstero-lateral e a dor cervical é causada pela irritação do plexo sensitivo raquidiano. A dor irradiada também pode ser causada pelo estreitamento do forame de conjugação,pela hipertrofia facetária e pela formação de osteófitos. QUADRO CLÍNICO A cervicalgia costuma ser insidiosa,sem causa aparente.Em raras situações,tem início de forma súbita, relacionadas a movimentos bruscos do pescoço,longa permanência em uma posição forçada,esforço ou traumatismos. Na maior parte dos casos,melhora nitidamente com repouso e piora movimentação,ou seja, com o aumento da pressão do líquido cerebroespinhal, como na manobra de Valsalva e na compressão das apófises espinhosas. Com frequência há espasmo da musculatura paravertebral. A alteração sensitiva associada à compressão radicular é a irradiação para o membro superior em um dermátomo definido. Em geral, o indivíduo refere parestesias no mesmo território. Ocasionalmente, ocorre hipoestesia no território acometido. Contin...... Pode-se encontrar déficit de força nos músculos inervados pela raiz comprometida. A paralisia da musculatura é rara. Hiporeflexia ou arrereflexia podem ocorrer quando houver alteração dos reflexos. Na presença de exaltação dos reflexos e de reflexos patológicos,deve-se procurar compressão medular ou outra lesão do neurônio motor superior. É importante lembrar que nem toda dor irradiada para o membro superior é causada pela compressão de uma raiz na região cervical. Dentre os diagnósticos diferenciais mais importantes estão as síndromes compressivas dos nervos periféricos,que em geral, podem ser diferenciadas pelo exame físico funcional cuidadoso. TRATAMENTO A maioria dos pacientes com Cervicalgia e Cervicobraquialgia melhora com tratamento medicamentoso e Fisioterapia. O tratamento cirurgico de urgência raramente é indicado. Dentre as indicações de cirurgia de urgência estão os pacientes com radiculopatia rapidamente progressiva. Na maior parte dos casos, o tratamento cirúrgico deve ser considerado após o insucesso do tratamento não-cirúrgico feito de modo adequado por um período mínimo de três meses. MIELOMA CERVICAL Além da compressão das raizes,as alterações degenerativas da coluna cervical,como a herniação central ou póstero-medial do disco, o espessamento do ligamento amarelo e a formação de osteófitos, podem ser responsáveis pelo estreitamento do canal medular. Quando há presença de estenose, a medula pode sofrer lesão pela compressão extrínseca direta ou pela alteração do suprimento sanguíneo medular. Além dos fatores estáticos associados à Mielopatia cervical, a hipermobilidade de um segmento pode causar um fenômeno de compressão dinâmica sobre a medula durante a flexão e extensão. QUADRO CLÍNICO O diagnóstico não é fácil, visto que, na maioria dos casos, a doença apresentainstalação insidiosa, com sintomas leves e evolução lentamente progressiva. A Mielopatia aguda é pouco comum, mas em certas ocasiões, é provocada por hérnia de disco aguda, traumatismo ou movimento cervical brusco. Os sinais e sintomas dependem do local e grau de compressão na medula. Na Mielopatia cervical crônica, os sintomas iniciais mais comuns estão relacionados a distúrbios da motricidade. Com frequência, os indivíduos se queixam de surgimento de dificuldades para executar tarefas simples que necessitam do movimento fino das mãos, como o ato de abotoar a camisa. CONTINUAÇÃO No Membro superior, pode-se identificar hipotrofia da musculatura intrínseca associada. Os pacientes, com freqüência, apresentam redução da agilidade manual. Para certificar-se desse problema,pode-se pedir ao paciente que abra e feche a mão 20 vezes em 10 segundos. Outro sinal que pode ser encontrado é a incapacidade de manter os dedos da mão aduzidos e estendidos sem que o 5ۨ dedo desvie para flexão e abdução TRATAMENTO Diferentemente da dor cervical isolada e das Cervicobraquialgias, a mielopatia cervical não apresenta bons resultados com o tratamento não-cirúrgico, pois a história natural da doença indica uma progressão da mielopatia na maior parte dos pacientes. SINDROMES DOLOROSAS MIOFASCIAIS São muito freqüentes na prática clínica diária, porém são mal avaliadas e mal diagnosticadas. Definição: São manifestações dolorosas mal definidas que acometem músculos e fáscias, com pouca ou nenhuma alteração radiográfica da região comprometida,principalmente com relação às manifestações de dor. Existe um total de 696 músculos e qualquer um desses pode desenvolver Síndrome Miofascial com pontos-gatilho,dor local e remota. CONT....... São inúmeros os sinônimos dessa síndrome= Miofibrosite,miosite reumatóide,fibromiosite e fibromialgia. Atualmente,aceita-se que essas condições dolorosas devem ser denominadas como Síndromes miofasciais e Fibromialgias. A coluna cervical e a lombar são os locais mais acometidos. A nomenclatura recente, aceita dois tipos de síndromes miofasciais. SÍNDROMES DOLOROSAS MIOFASCIAIS GENERALIZADAS São as fibromialgias, não referidas a um grupo muscular específico,de etiologia ainda desconhecida,mas provavelmente sistêmica,sem fatores mecânicos desencadeantes e mantenedores relacionados de forma direta ao quadro doloroso. O diagnóstico é feito por exclusão e a abordagem terapêutica exige o uso de medicamentos, fisioterapia e psicoterapia. SÍNDROMES DOLOROSAS MIOFASCIAIS LOCALIZADAS Referem-se à disfunção de um músculo ou de grupo de músculos, com reconhecimento de fatores etiológicos mecânicos desencadeantes e mantenedores, que respondem ao tratamento local e a correção dos mecanismos etiogênicos QUADRO CLÍNICO O quadro clínico das regiões cervical e lombar está relacionado diretamente a presença de pontos-gatilho miofasciais. Pontos-gatilho= Locais hiperirritáveis localizados nos músculos,nas fascias e tendões. Quando estimulados desencadeiam dor local, dor remota e fenômenos autonômicos. Os pontos gatilhos podem ser latentes e ativos CONT....... Pontos Ativos= Definidos como locais dolorosos percebidos pelo paciente,são os causadores da sintomatologia dolorosa. Pontos Latentes= Não são reconhecidos pelo paciente, a não ser quando estimulados, causam limitações de movimentos,desconforto e fraqueza dos músculos comprometidos. Além disso,podem persistir por anos após uma lesão,são mais freqüentes que os pontos ativos e predispõe à crise dolorosa aguda. CONT..... Os pontos ativos são responsáveis pela dor, porém tanto os ativos quanto os latentes causam disfunção e incapacidade. Os músculos normais não são dolorosos à palpação, não contêm pontos-gatilho,nem regiões contraturadas caracterizadas por bandas de fibras palpáveis, dolorosas e de consistência endurecida RESUMO GERAL A coluna cervical é uma área com alto potencial para lesões graves,o que a torna uma região que precisa ser abordada com cuidado. A história muitas vezes fornece pistas quanto à fonte dos sintomas, à natureza e a localização da estrutura envolvida, a gravidade da condição e às atividades ou posições que parecem agravar ou melhorar o quadro clínico. Os sintomas mais comuns de distúrbios cervicais são dor contínua ou induzida por movimento no pescoço ou no braço, ou ambas, e dor de cabeça suboccipital. Classificação De forma geral, podemos classificar clinicamente os distúrbios cervicais pela localização dos sintomas e pela etiologia de cada condição: Síndrome Cervical Local (SCL)= Manifesta-se com queixas de sintomas no pescoço, resultando de condições primárias ou secundárias ao disco. A SCL primária relacionado ao disco é caracterizada por sintomas que resultam da protrusão,prolapso ou extrusão do disco. A secundária é caracterizada por sintomas que resultam de mudanças graduais na coluna cervical geradas por degradação prévia do DIV. Essas alterações incluem ruptura interna do disco e sinovite ou irritação dasarticulações zigoapofisiais e uncovertebrais. CONT.... Sindrome Cervicobraquial= Esta síndrome inclui sintomas na região cervical local,bem como em uma ou em ambas as extremidades superiores, como resultado da irritação da raiz nervosa através de compressão ou tensão da mesma. Síndrome Cervicocefálica= Caracteriza-se por sintomas na cabeça e no pescoço que incluem tontura,zumbido no ouvido e dor de cabeça. Esses sintomas podem resultar de fontes articulares,ligamentares,neurológicas,orgânicas ou vasculares. CONT..... Síndrome Cervicomedular= Caracteriza-se por sintomas na medula espinhal associados a compressão da medula na coluna cervical (Mielopatia Cervical) OBJETIVOS DE TRATAMENTO ANALGESIA REEDUCAÇÃO POSTURAL REALINHAR VERTEBRAS ALONGAMENTO FORTALECIMENTO RESTABELECER AVDS PREVINIR EVOLUÇÃO DA DEFORMIDADE FISIOTERAPIA – Estratégias de Intervenção Danos cervicais tem as mesmas causas que em quaisquer outras áreas do corpo, isto é, um dano microtraumático ou macrotraumático das estruturas que compõem o complexo articular. O fisioterapeuta deve discutir o diagnóstico,o prognóstico e a intervenção com o paciente. Com base em uma hipótese diagnóstica, a intervenção deve ser precisa e orientada pelos danos,pelas limitações funcionais e pela incapacidade encontrados durante o exame. A intervenção deve objetivar reverter a disfunção e prevenir a recorrência de episódios futuros. TRATAMENTO DA DOR O quadro doloroso e as alterações secundárias musculares,tendíneas e ligamentares são os maiores responsáveis pela incapacidade funcional do paciente. Os agentes físicos podem combater o processo álgico quando corretamente indicados e utilizados. Dentre esses agentes destacam-se a crioterapia, calor superficial e profundo e terapia contra-irritativa bem mensurada e calculada de acordo com os sinais e sintomas. CRIOTERAPIA É a aplicação terapêutica de frio local com base na utilização racional de algumas respostas fisiológicas obtidas. A indicação é nas seguintes condições: Dor, inflamação,espasmos musculares secundários e traumas menores agudos. É agente analgésico por atuar diretamente nas terminações,diminuindo a velocidade de condução,e estimular,de forma competitiva,as fibras amielínicas,agindo nos Mecanismos de Comporta de Melzack e Wall (1982-1989). Além disso,nos processos inflamatórios articulares,o frio por sua ação vasoconstritora,pode reduzir a hiperemia e o edema. Harris Jr e McCroskery(1974) relatam que, nas articulações,o frio atua como fator inibidor da colagenase. Nos músculos,o frio atua reduzindo a velocidade de disparo das fibras IA do fuso muscular,diminuindo assim, o espasmo,que pode ser importante fator algógeno. CONT... CRIOTERAPIA A velocidade de disparo diminui 1,86 m/seg/C. Nas osteoartroses,a criot. Pode ser utilizada como agente analgésico durante as fases de exacerbação do processo inflamatório e também nas fases de dor crônica,dependendo da tolerância do paciente. As técnicasde aplicação variam de acordo com a região acometida: compressas ou bolsas de gelo e em outras regiões até a imersão em água e gelo. A aplicação deve ser de 4 a 6 vezes por dia,o tempo depende da região;apenas em pacientes muito magros os efeitos são obtidos em menos de 10 minutos. (20 a 30m). Nos espasmos musculares,recomenda-se aplicação de vaporizadores de etilclorido ou fluorimetano,em movimentos longitudinais, de 60cm a 1 metro de distância. CALOR É uma das mais antigas modalidades terapêuticas existentes,sua utilização se baseia nos efeitos fisiológicos obtidos e depende da região acometida e do tipo de agente terapêutico empregado. Os principais efeitos fisiológicos do calor são: Aumento da extensibilidade do tecido colágeno por fazer predominar as propriedades viscosas sobre as propriedades elásticas,modificando o comportamento mecânico do tecido. O estiramento tecidual sob aquecimento é realizado com menor força e com menos prejuízos mecânicos que em temperatura normal. O calor diminui a rigidez das articulações e melhora a sintomatologia de rigidez matinal. No uso do calor se provoca a vasodilatação que promove a remoção de catabólitos da região acometida e modifica as condições locais; o mecanismo contra-irritativo age no fechamento das comportas da dor; aumento da ação das endorfinas, diminuição do disparo dos receptores dolorosos e redução dos espasmos musculares pela redução da isquemia relativa do local e da hipóxia residual. A média de disparos das fibras aferentes IA do fuso muscular aumentam com o calor e diminuem com o frio. Porém, nas fibras aferentes secundárias de baixa atividade de disparo,o efeito é contrária:os disparos aumentam com o frio e diminuem com o calor,o que pode ser uma explicação para melhora do espasmo muscular. FISCHER(1981),descreve que a estimulação dos exteroceptores da pele diminuem a atividade gama dos músculos próximos (CELS.RENSHAW),explicando a ação do calor superficial sobre o espasmo muscular. Nos processos inflamatórios articulares,existe dualidade entre a indicação e a contra-indicação do calor. Sabe-se que o calor exacerba a inflamação aguda e pode ser catalizador de algumas enzimas proteolíticas como a colagenase. Nestes casos, optar por ondas mecânicas e formas pulsadas como no ultra-som. As principais contra-indicações expressas do calor são: anestesia,isquemia,coagulopatias hemorrágicas,gestação,neoplasias e processos infecciosos agudos. TERAPIA CONTRA-IRRITATIVA Melzack e Wall (1982), por meio da teoria do portão,mostraram que estímulos que atingem os tratos posteriores da medula podem ser analgésicos. Esses agentes agem pela “hiperestimulação analgésica”, um estímulo sensorial moderado de curta duração é aplicado sobre o corpo, próximo ou distante da região dolorosa, produzindo alterações de intensidade da dor por períodos variáveis. As bases neurofisiológicas desse evento são a estimulação repetida e intensa que ativa poderosos mecanismos inibidores mesencefálicos, os quais bloqueiam os estímulos nociceptivos no corno posterior da medula, que é o sistema de retroalimentação inibidora (Cels. RENSHAW). Os autores, propõem que os estímulos dolorosos produzem traços de memória na medula ou no cérebro que evocam a sensação dolorosa mesmo após a retirada do agente nociceptivo. (Ondas mecânicas ainda é o melhor recurso). FASE AGUDA Nas Síndromes dolorosas agudas de início súbito, são indicados repouso com imobilização e medicamento antiinflamatório não hormonal (AINH) e fisioterapia por crioterapia, com compressas ou bolsas de gelo,4 a 6 vezes ao dia (10 a 20min) explorar o Shunting fisiológico, minorando o processo inflamatório e a velocidade de condução nervosa. Nesta fase podemos ainda utilizar o fechamento da comporta medular aos estímulos dolorosos e aumentam a produção local dos neurotransmissores,inibidores da dor. Incluem-se: Estimulação elétrica transcutânea de intensidade e frequência variáveis no local e no trajeto da raiz comprometida. FASE CRÔNICA As Síndromes dolorosas podem manifestar-se de maneira crônica, com início insidioso e dores inespecíficas, que vão tornando-se progressivamente mais incapacitantes e de difícil remissão com analgésicos e antiinflamatórios convencionais. Nesta fase pode-se usar o calor profundo e as terapias contra-irritativas. Os agentes físicos contra-irritativos indicados são a eletroanalgesia e também a acupuntura. A última tem indicação especial neste tipo de síndrome. O uso de aerossóis congelantes de fluorimetano ou etilclorido sobre os pontos gatilho, cessam a atividade nervosa aferente dolorosa,reduz a resposta muscular reflexa, diminuindo a contratura e reduzindo a dor. A técnica exige a realização de alongamento e vaporização associados. As manipulações vertebrais são procedimentos com lugar no arsenal terapêutico com indicações precisas e seguras. Nas sindromes miofasciais localizadas,com radiografias normais e ausência de osteoporose, a manipulação cervical é indicada. A explicação para essa indicação são o efeito contra-irritativo relacionado ao estiramento do OTG,que causariam o relaxamento abrupto da musculatura estirada (um efeito paradoxal,pois o estiramento excessivo leva ao aumento da atividade intrafusal e da contração muscular) e a correção de disfunções articulares mínimas, responsáveis pela hiperatividade e sobrecarga mecânica muscular, gerando o quadro doloroso. O uso da massagem por deslizamento suave e profundo também traz benefícios neste caso. REEDUCAÇÃO FUNCIONAL A terceira fase do tratamento conservador das algias vertebrais é a correção postural, obtida por meio da Cinesioterapia. A prescrição de exercícios deve ser feita em função do tipo de alteração encontrado. Fase de Recuperação Funcional= O paciente estará apto para iniciar um programa funcional quando suas condições articulares forem satisfatórias. Ele não deve apresentar sinais inflamatórios, as contraturas musculares devem estar ausentes e a amplitude de movimentos preservadas. O paciente pode, ainda,referir dor, porém de origem mecânica,não inflamatória. Critério e bom senso na aplicação.
Compartilhar