Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
POLUIÇÃO E SUCESSÃO PROF.MARCO BUENO UNIFICADONET www.unificado.com.br DDT • DDT – iniciais do nome químico “dicloro-difenil- tricloroetano”, inseticida orgânico de síntese, empregado em forma de pó, em fervura ou em aerossol, contra insetos. O DDT se bioacumula na cadeia alimentar, sendo considerado uma substância potencialmente cancerígena. INSETICIDA Biológico • BACILLUS THURINGIENSES BAC- CONTROL PM Registro nº 00458791- Ministério da Agricultura • INDICAÇÕES:SOJA : LAGARTA DA SOJA (Anticarsia gemmatalis) LAGARTA FALSA MEDIDEIRA (Trichoplusia ) • Para colocar em prática o manejo ecológico de parasitas é importante considerar alguns princípios básicos, tais como: a) Todo parasita tem pelo menos um inimigo natural; b) Toda planta suporta um determinado nível de ataque de parasita ou doença; c) Todo agroecossistema pode atingir equilíbrio na natureza; d) Todo controle pode ser seletivo; e) Toda planta com nutrição sadia e equilibrada dificilmente é atacada por parasitas. OBJETIVO Se os inimigos naturais não conseguem extinguir a presa, como funcionam os programas de controle biológico? • A eliminação completa da população da praga não é objetivo dos sistemas de controle biológico. O que se busca, na verdade, é uma redução na população da praga até um nível que seja economicamente aceitável. A idéia central, então, é forçar o sistema inimigo natural-praga a atingir um equilíbrio dinâmico no qual a população da praga esteja em níveis tão baixos que não representem problema. Inseticida biológico: mais segurança e menores custos (19/09/2002) • O inseticida desenvolvido pela Embrapa tem a grande vantagem de controlar algumas lagartas que atuam como pragas na agricultura, como a traça das crucíferas, lagarta do cartucho do milho, lagarta da soja etc., sem causar danos à saúde humana ou ao meio ambiente. A inocuidade do produto se deve ao fato de ter como princípio ativo a bactéria Bacillus thuringiensis, que é específica contra as lagartas. A forma de aplicação é simples: a mesma utilizada com os produtos químicos, através de pulverizadores Embrapa cria inseticida biológico contra a dengue • Sábado, 04 de maio de 2002, 14h30 A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) anunciou a criação de um inseticida biológico capaz de eliminar o mosquito Aedes aegypti sem afetar outros organizamos do meio. • O inseticida biológico contém uma bactéria que age especificamente contra as larvas do inseto, eliminando-as em menos de 24 horas após a ingestão do produto. Tecnologia Cerco aos gafanhotos • Fungo reproduzido em laboratório pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia elimina a praga que atormenta os agricultores desde os tempos bíblicos; o produto já está em condições de ser fabricado comercialmente . Em poucos dias, esse fungo germina, ramifica e solta toxinas, destruindo os órgãos vitais do inseto e amadurecendo até lançar esporos interna ou externamente. A morte do gafanhoto contaminado ocorre em nove dias, e a eficiência desse tipo de controle biológico é de 80% a 90%, comemoram os pesquisadores. Oferta limitada reduz uso de inseticida biológico • Uma das armas de controle biológico mais utilizadas nas lavouras do país é o Baculovirus antitarsia, que combate a lagarta da soja. Nesta safra, o vírus foi pulverizado sobre uma área de cerca de 1,6 milhão de hectares, mais que 10% do total ocupado com a cultura no país. A cobertura não foi ainda maior porque a oferta do inseticida biológico não deu conta da procura. "Em meados de dezembro, os fabricantes já não tinham Baculovirus para atender aos agricultores", afirma o pesquisador Flávio Moscardi, da Embrapa Soja, que desenvolveu essa técnica no começo da década de 80 Coleta de lagartas para fazer o inseticida UFRGS 1997 • 03. A frase abaixo apresenta cinco segmentos sublinhados. Assinale a letra correspondente ao segmento que contém um erro. • A. A sobrevivência de uma floresta pluvial tropical em um solo de baixa fertilidade pode ser • B. explicada pelo acúmulo da maior parte das reservas dos nutrientes ocorrer na biomassa • C. vegetal, e a ciclagem dos elementos essenciais se dar de forma • D. rápida e eficiente, o que permite, no • E. caso de retirada da floresta, o imediato restabelecimento da comunidade anterior, através de uma sucessão secundária. • Resposta certa: (D) • Comentário: O restabelecimento da floresta pluvial tropical, no caso de sua retirada, geralmente, é difícil de ocorrer devido à baixa fertilidade do solo, à perda dos nutrientes presentes na biomassa da mata original e à intensa precipitação nestas regiões, que provoca perdas de elementos essenciais e erosão do solo. A comunidade em mudança: sucessão ecológica • A sucessão ecológica é a seqüência de mudanças pelas quais passa uma comunidade ao longo do tempo. Uma rocha vulcânica nua pode um dia vir a abrigar uma floresta. Essa possibilidade está ligada ao processo de suces-são ecológica, um evento que explica a possibilidade do surgimento gradual de comunidades complexas em ambientes inicialmente inabitados. • Num primeiro estágio, há invasão do meio por organismos pioneiros, de modo geral os liquens, cuja atividade biológica, associada a fatores físicos, altera a composição da rocha e permite a instalação de novos seres, como musgos e samambaias simples. Num segundo estágio, ocorrem substituições graduais de seres vivos por outros, com mudanças completas na composição da comunidade e das características do solo. • Ao longo de muito tempo de alterações freqüentes, pode ser atingido o terceiro estágio, o clímax, caracterizado pela estabilidade e maturidade da comunidade, que pode ser representada por uma floresta. Nesse estágio, a comunidade apresenta biomassa elevada, alta produtividade primária bruta e é grande a taxa respiratória, o que tende a levar a zero a produ-tividade primária líquida. No clímax, praticamente todo o oxigênio produzido na fotossíntese é consumido pela respiração dos seres vivos, nada é exportado. SUCESSÃO ECOLÓGICA • A Comunidade pioneira (ECESE) é constituída por poucas espécies que formam uma cadeia alimentar simples e, por isto, muito vulnerável, instável. • As Comunidades em transição (SÉRIES) surgem à medida que novas espécies passam a fazer parte da comunidade pioneira, aumentando a diversidade e a biomassa. • A Comunidade clímax se estabelece quando ocorre equilíbrio dinâmico natural (HOMEOSTASE) entre todas as populações e o ambiente. ETAPAS DA SUCESSÃO ECOLÓGICA • (matéria orgânica) • terreno mais rico em sais e umidade • chegada de plantas de pequeno • porte (pouco nutrientes e alta taxa reprodutiva) • novas modificações ambientais • chegada de vegetais superiores • chegada de animais • (proteção e alimentação) • comunidade clímax • Região desabitada • (rocha nua- água evapora mais rápido, fixação difícil) • líquens • (chegam pelo vento – pouco exigentes, autótrofos, retêm H2O, • fixadores de N2) – São PIONEIRAS • produção de ácidos (erosão) • e fendas no solo • enriquecimento do solo • com a morte dos pioneiros • Sucessão ecológica: Conjunto de mudanças ordenadas pelas quais passa uma comunidade biológica, rumo ao estágio de clímax. A sucessão ecológica é chamada primária quando ocorre em um local nunca antes habitado e secundária quando ocorre em local anteriormente habitado. ECOSSISTEMAS URBANOS Compostos Sulfurosos • Os Compostos sulfurosos são representados em sua maior parte pelo dióxido de enxofre e pelo gás sulfídrico, encontrado em concentrações variáveis no ar das grandes cidades. O dióxido de enxofre é formado principalmente pela combustão dos derivados de petróleo e do carvão mineral.O dióxido de enxofre provoca problemas no sistema respiratório e é causa de bronquites e distúrbios graves, como o enfisema pulmonar. No ar o dióxido de enxofre pode ser transformadoem trióxido de enxofre, que, para as vias respiratórias, é ainda mais irritante que o primeiro. Os vegetais são sensíveis aos óxido de enxofre: suas folhas amarelecem e, sob altas concentrações de óxido, eles chegam a morrer. SO2 • O SO2 é um gás irritante e seus efeitos são devidos à formação de ácido sulfúrico e ácido sulfuroso ao contato com as mucosas umedecidas em conseqüência de sua rápida combinação com água, quando ocorre reação de oxidação. • A intoxicação aguda resulta da inalação de concentrações elevadas de SO2. A absorção pela mucosa nasal é bastante rápida, e aproximadamente 90% de todo o SO2 inalado são absorvidos na via aérea superior, onde a maioria dos efeitos ocorre. Logo após a absorção, ele é distribuído prontamente pelo organismo, atingindo tecidos e o cérebro. Observa-se irritação intensa da conjuntiva e das mucosas das vias aéreas superiores , ocasionando dificuldade para respirar (dispnéia), desconforto, extremidades arroxeadas (cianose), rapidamente seguidas por distúrbio da consciência. A morte pode resultar do espasmo reflexo da laringe, edema de glote, com conseqüente privação do fluxo de ar para os pulmões, congestão da pequena circulação (pulmões), surgindo edema pulmonar e choque. Dióxido de Enxofre e Chuva Ácida • Dióxido de Enxofre e Chuva Ácida • O Dióxido de enxofre (SO2) é um gás venenoso, proveniente da queima industrial de combustíveis, como o carvão mineral e o óleo diesel, que tem enxofre como impureza. O dióxido de enxofre, juntamente com o óxido de nitrogênio, também liberado pela atividade industrial, provoca bronquite, asma e enfisema pulmonar. Além disso, reagindo com vapor d'água na atmosfera, esses óxidos podem formar ácido sulfúrico e nítrico, que se precipitam com a umidade e formam as chuvas ácidas. Em certos países europeus, onde a produção de energia é baseada na queima de carvão e óleo diesel, as chuvas ácidas têm sido responsáveis por grandes danos à vegetação, além de corroerem construções e monumentos. Na Alemanha e na Holanda, por exemplo, estima-se que 50% das florestas naturais já foram destruídas pelas chuvas ácidas. Chuva ácida • A chuva ácida é uma das principais conseqüências da poluição do ar. As queimas de carvão ou de derivados de petróleo liberam resíduos gasosos, como óxidos de nitrogênio e de enxofre. A reação dessas substâncias com a água forma ácido nítrico e ácido sulfúrico, presentes nas precipitações de chuva ácida. Chuva Ácida • A chuva ácida é um fenômeno que surgiu com a crescente industrialização do mundo, em relação direta com a poluição do ar, manifestando-se com maior intensidade e maior abrangência nos países desenvolvidos. Não obstante, tal fenômeno começa a manifestar-se também em pontos isolados, em países como o Brasil. As emissões de fumaça das usinas termelétricas à base de carvão, das industrias de celulose, das refinarias, dos veículos automotores, assim como qualquer poluente gasoso lançado na atmosfera, contribuem para a formação de chuva ácida. Compostos de enxofre e nitrogênio são os principais componentes desta chuva, que pode se manifestar tanto no local de origem, como a centenas de quilômetros de distância. Ciclo do nitrogênio • O nitrogênio molecular, N2, é um gás biologicamente não- utilizável pela maioria dos seres vivos. Seu ingresso no mundo vivo ocorre graças à atividade dos microrganismos fixadores, as algas azuis e algumas bactérias, que o transformam em amônia. No processo de nitrificação, outras bactérias transformam a amônia em nitritos e nitratos. Compostos Nitrogenados • O dióxido de nitrogênio é o poluente produzido pelas descargas dos motores de automóveis, especialmente os movidos a óleo diesel e gasolina. Os óxido de nitrogênio constituem a névoa seca (smog fotoquímico) que se forma sobre grandes cidades, por ação das radiações solares sobre os gases expelidos pelos veículos automotores. É tóxico para as vias respiratórias, provocando enfisema pulmonar. Reduz a fotossíntese nas plantas e danificada a pintura de carros e outros objetos, pois altera as tintas. Hidrocarbonetos • Poluente: hidrocarboneto. • Principais fontes de emissão: carros a gasolina (53%), veículos a diesel (21%), carros a álcool (19%). • Danos à saúde: os hidrocarbonetos diminuem a capacidade sangüínea de transportar oxigênio e afetam os sistemas cardiovascular e nervoso e os pulmões. Os hidriocarbonetos aromáticos (benzeno, tolueno e xileno) são cancerígenos. Ciclo do carbono • O carbono existente na atmosfera como CO2 entra na composição das moléculas orgânicas dos seres vivos, a partir da fotossíntese. Sua devolução ocorre pela respiração aeróbica, pela decomposição e pela combustão da matéria orgânica. Efeito estufa: cada vez mais quente • O efeito estufa é o aquecimento excessivo da Terra provocado por aumento da taxa de CO2 na atmosfera e conseqüente retenção do calor gerado pela luz do sol que atinge a superfície do planeta. Inversão Térmica • Em condições normais, a temperatura da atmosfera diminui gradativamente com a altitude, o que facilita a dispersão dos poluentes para as camadas mais altas da atmosfera. Em certas épocas do ano, principalmente no inverno, pode ocorrer o fenômeno atmosférico denominado inversão térmica, causado pela interposição de uma camada de ar quente entre camadas de ar frio em certa altitude. Efeito Estufa • Fenômeno natural, causado pela presença de gases na atmosfera , que provoca o aquecimento gradual do planeta. Os gases da atmosfera, sobretudo o carbônico, funcionam como redoma. Retêm na Terra o calor das radiações infravermelhas emitidas pelo Sol e mantêm a temperatura média em torno de 16ºC. Sem os gases, as radiações que chegam à superfície terrestre seriam refletidas para o espaço. A temperatura não passaria de 27ºC negativos e a superfície seria coberta de gelo. A expressão efeito estufa também identifica o aquecimento que tem sido verificado no planeta nas últimas décadas. Pesquisas da agência americana Nasa (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos) indicam que a temperatura global média subiu 0,18ºC desde o início do século. Fotos tiradas pelo satélite meteorológico Nimbus mostram redução da área de gelo nos pólos. Ar + frio Ar + quente Monóxido de carbono • O monóxido de carbono é o poluente que aparece em menor quantidade no ar das grandes cidades. Tem origem, principalmente, na combustão do petróleo e do carvão. Seriam medidas eficientes, no combate ao problema , a regulagem de motores e, principalmente, a diminuição do número de automóveis circulantes. No sangue humano existe a hemoglobina, um pigmento que, nos pulmões, combina-se com o oxigênio e assim é transportado para as células. O monóxido de carbono pode reagir com a hemoglobina, substituindo oxigênio; tal fato que provoca a morte pôr asfixia: muitas pessoas já morreram asfixiadas em garagens fechadas com automóveis em funcionamento. Principais fontes de emissão: Carros a gasolina (49%), carros a álcool (17%), veículos a diesel (28%). Esgotos • As águas tendem a se auto depurar às custas de fenômenos físicos, químicos e biológicos a troco de consumo indireto do oxigênio nelas dissolvido o qual é fundamental para a sobrevivência das espécies aquáticas aeróbias:DBO. Biodegradação • Este processo, chamado biodegradação, pode ser aeróbico ou anaeróbico, conforme utilize ou não o oxigênio dissolvido na água. A medida do oxigênio necessário para a biodegradação aeróbica constitui a demanda bioquímica de oxigênio (DBO). Em condições naturais, o processo aeróbico diminui a quantidade de oxigênio dissolvido, com formação de nutrientes para alguns vegetais, tais como algas. Esses nutrientes, como HCO3-, NO3- e SO2-4, não são poluentes. Mas quando o consumo de oxigênio dissolvido for excessivo, ou seja, quando aumentar o valor da DBO, a degradação dosmateriais orgânicos passará a ser anaeróbica, com formação de substâncias potencialmente poluentes, como metano (CH4), amônia (NH3) e ácido sulfídrico (H2S), produzindo o mau cheiro característico encontrado em rios e lagos muito poluídos. Portanto, um alto valor da DBO permite as seguintes interpretações: • necessidade de grande quantidade de oxigênio dissolvido para atender à degradação aeróbica, com prejuízo para a vida aquática da região. como conseqüência, pode-se prever que havia grande quantidade de materiais orgânicos na água, acima dos níveis naturais. Ou seja, a água está poluída. Eutrofização: a lagoa com indigestão • Eutrofização é um processo em que aumentam os nutrientes disponíveis numa lagoa ou represa. Pode ocorrer naturalmente ou ser conseqüência de poluição orgânica. Numa eutrofização causada por poluição, a seqüência de eventos principais é a seguinte: Eutrofização • Eutrofização: é o aumento da quantidade de nutrientes em meio aquático. Esse fenômeno pode ser provocado pelo lançamento de esgotos, resíduos industriais e fertilizantes agrícolas. Em certas proporções, a eutrofização pode ser benéfica ao ecossistema. Contudo, em excesso acarreta um desequilíbrio ecológico, pois provoca o desenvolvimento descontrolado de algas, em detrimento de outras espécies vivas. Esse fenômeno, conhecido como floração das águas, torna imprestáveis para o uso águas de reservatórios de águas potáveis, lagos e lagoas. • Em alguns casos, toda a superfície é recoberta por um "tapete", formado pelo entrelaçamento de algas filamentosas. Com isso, ocorre a desoxigenação (falta de oxigênio) da água. Pode parecer incoerente, afinal, as algas são seres que produzem o oxigênio durante a fotossíntese. Assim, a quantidade de oxigênio deveria aumentar, e não diminuir. De fato, as algas liberam oxigênio, mas o tapete superficial que elas formam faz com que boa parte desse gás seja liberado para a atmosfera, sem se dissolver na água Poluição por mercúrio • Um problema que vem atingindo proporções preocupantes em certas regiões brasileiras, particularmente na Amazônia, é o da poluição dos rios pelo mercúrio. Esse metal é utilizado pelos garimpeiros para a separação de ouro de minério bruto. Grandes quantidades de mercúrio, lançadas nas águas dos rios que servem para a lavagem do minério, envenenam e matam diversas formas de vida. Peixes envenenados pelo metal, se consumidos pelo homem podem causar sérios danos ao sistema nervoso. Resíduos industriais • Os despejos de resíduos industriais são as principais fontes de contaminação das águas dos rios com metais pesados. Indústrias metalúrgicas, de tintas, de cloro e de plástico PVC (vinil), entre outras, utilizam mercúrio e diversos metais em suas linhas de produção e acabam lançando parte deles nos cursos de água. Outra fonte importante de contaminação do ambiente por metais pesados são os incineradores de lixo urbano e industrial, que provocam a sua volatização e formam cinzas ricas em metais, principalmente mercúrio, chumbo e cádmio. Minamata, Japão, 1956 • No dia 21 de abril, uma criança com disfunções do sistema nervoso dá entrada no Hospital Shin Nihon Chisso. Logo em seguida, no dia 1o de maio, quatro outros pacientes com sintomas similares aparecem no Centro de Saúde Pública de Kumamoto. Esta última acabou sendo a data oficial da descoberta do Mal de Minamata, doença cerebral causada pela ingestão de mercúrio. • Naquele ano, um comitê especialmente designado para investigar a doença (de causas até então desconhecidas) reconheceu o mal em 56 pessoas. A investigação apontou pacientes das vizinhanças da Baía de Minamata, cujas dietas eram centradas em peixes e frutos do mar. Foram encontrados cristais de mercúrio orgânico nos dejetos da indústria química Chisso. O mercúrio era despejado em um rio que desaguava no mar, o principal fornecedor de alimentos às comunidades da região. A fauna marinha foi intoxicada e, através da comida, o metal altamente tóxico chegou aos organismos humanos. Metalurgia • Já o chumbo, o mercúrio, o cádmio, o cromo e o arsênio são metais que não existem naturalmente em nenhum organismo. Tampouco desempenham funções - nutricionais ou bioquímicas - em microorganismos, plantas ou animais. Ou seja: a presença destes metais em organismos vivos é prejudicial em qualquer concentração. Desde que o homem descobriu a metalurgia, a produção destes metais aumentou e seus efeitos tóxicos geraram problemas de saúde permanentes, tanto para seres humanos como para o ecossistema Características dos efeitos sobre a saúde • O mercúrio metálico penetra no corpo humano através da via respiratória e pode causar uma intoxicação aguda, em que predominam os efeitos pulmonares, e uma intoxicação crônica, afetando sistema nervoso e rins (WHO, 1991). No caso do metilmercúrio, a penetração ocorre através da via digestiva e não apresenta o quadro agudo descrito na forma metálica, atingindo de forma insidiosa e crônica, principalmente o sistema nervoso e rins, podendo causar lesões teratogênicas (WHO, 1990). • O mercúrio tende a ser ligeiramente concentrado em sedimentos orgânicos e em rochas como xistos. O calor e o fraturando desprendem o mercúrio e o ciclo inicia novamente. • Certamente estamos consumindo grandes quantidades de sedimentos orgânicos na forma de carvão. O Mercúrio encontrado no carvão em concentrações não muito altas, mas nós queimamos tanto carvão para produção de energia que esta atividade é a fonte maior de poluição por mercúrio. Mais mercúrio também é desprendido da exploração do petróleo e do gás natural. Camada de ozônio • Os raios ultravioleta, presentes na luz solar, causam mutações nos seres vivos, modificando suas moléculas de DNA. No homem, o excesso de ultravioleta pode causar câncer de pele. A camada do gás ozônio (O3), existente na estratosfera, é um eficiente filtro de ultravioleta. O ozônio forma-se pela exposição de moléculas de oxigênio (O2) à radiação solar ou às descargas elétricas. BIOLOGIA UFRGS-2002 • 01. O Protocolo de Kyoto, negociado durante conferência da ONU, em 1997, previa que os países mais industrializados cortariam as emissões de dióxido de carbono até atingirem os níveis de 1990. Os Estados Unidos, que abrigam 4% da população mundial, emitem 36% do dióxido de carbono produzido pela humanidade; os países da União Européia são responsáveis por 24%, e o Japão por 8%. A conferência sobre clima, realizada em Haia, em 2000, fracassou na tentativa de fazer avançar o processo de ratificação do referido Protocolo. • Veja, 01 ago. 2001, e Folha de S. Paulo, 16 set. 2001. • A alta concentração de dióxido de carbono dificulta a dissipação de outros poluentes atmosféricos, entre os quais os compostos químicos listados abaixo, na coluna da esquerda. Os efeitos prejudiciais de quatro desses compostos químicos são apresentados na coluna da direita. • Associe adequadamente as duas colunas. • (1) dióxido de enxofre • (2) chumbo tetra-etila • (3) gás metano • (4) benzopireno • (5) monóxido de carbono • ( ) Forma com as hemácias um composto estável. • ( ) Combina-se com água, produzindo chuva ácida. • ( ) É um hidrocarboneto, com ação cancerígena. • ( ) É um inibidor enzimático. • A seqüência numérica correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é • (A) 4 - 5 - 2 - 3. • (B) 1 - 3 - 2 - 4. • (C) 3 - 2 - 1 - 5. • (D) 5 - 1 - 4 -2. • (E) 3 - 4 - 5 - 1. D Questão 01 – Prova de Biologia – 2002 . Prof. Busato • Os benzopirenos: os benzopirenos formam parte de uma família de compostos nocivos denominados hidrocarbonetos aromático policíclicos. Substâncias que facilitam a combustão do papel que envolve o fumo.Causam o câncer, alterações endócrinas e/ou reprodutivas e também multiplicam o poder alérgico do pólen, além de serem gerados na produção de certos azeites de baixa qualidade. Também sãoformados na combustão de embalagens. Todos os alimentos que sofrem o cozimento, ou outros processos de combustão, como o café, carnes na brasa, assados e os que não sofrem combustão, mas que são embalados em materiais que liberam benzopirenos, como a água engarrafada em recipientes de plástico, possuem o benzopireno. Não existe, e em quase todos os países do mundo, uma legislação que controle a quantidade mínima de benzopirenos . • Monóxido de carbono (CO): é liberado na combustão incompleta de compostos orgânicos (por exemplo, de combustíveis fósseis). É extremamente tóxico. Quando inalado, forma, com as hemoglobinas do sangue, um composto mais estável do que com o gás oxigênio (O2). Assim, as hemoglobinas preferem transportá-lo, ao invés do oxigênio. O indivíduo que o inala acaba morrendo por asfixia. • Dióxido de carbono (CO2): gás liberado na combustão completa de compostos orgânicos e pelas indústrias. Não é um gás tóxico, mas é poluente. É um dos responsáveis pelo chamado “efeito estufa” que provoca o super-aquecimento global. • Dióxido de enxofre (SO2): gás liberados pelas indústrias e pela queima de combustíveis fósseis. • È extremamente tóxico. Combina-se com O2 formando SO3 , que é mais estável. Na atmosfera, quando chove, combina-se com a água da chuva formando H2SO4, ácido sulfúrico, dando origem a chamada “chuva ácida”, muito prejudicial a agricultura e prédios e monumentos históricos. Outros gases. Outros gases, a base de nitrogênio, também são causadores de chuva ácida. • Chumbo tetraetila (IV) (Pb(C2H5)4): é o principal ingrediente do antidetonante que se acrescenta à gasolina, para evitar explosões prematuras nos motores de combustão interna, e é considerado como um agente contaminante do ar. É usado em combustíveis para motores de combustão interna para aumentar o número de octanas e reduzir o ruído do motor. O uso do chumbo tetraetila em gasolina resulta na emissão de compostos de chumbo perigosos para a atmosfera. POLUIÇÃO E SUCESSÃO DDT INSETICIDA Biológico OBJETIVO Se os inimigos naturais não conseguem extinguir a presa, como funcionam os programas de controle biológico? Inseticida biológico: mais segurança e menores custos (19/09/2002) Embrapa cria inseticida biológico contra a dengue TecnologiaCerco aos gafanhotos Oferta limitada reduz uso de inseticida biológico UFRGS 1997 A comunidade em mudança: sucessão ecológica SUCESSÃO ECOLÓGICA ETAPAS DA SUCESSÃO ECOLÓGICA ECOSSISTEMAS URBANOS Compostos Sulfurosos SO2 Dióxido de Enxofre e Chuva Ácida Chuva ácida Chuva Ácida Ciclo do nitrogênio Compostos Nitrogenados Hidrocarbonetos Ciclo do carbono Efeito estufa: cada vez mais quente Inversão Térmica Efeito Estufa Monóxido de carbono Esgotos Biodegradação Eutrofização: a lagoa com indigestão Eutrofização Poluição por mercúrio Resíduos industriais Minamata, Japão, 1956 Metalurgia Características dos efeitos sobre a saúde Camada de ozônio BIOLOGIA UFRGS-2002 Questão 01 – Prova de Biologia – 2002 . Prof. Busato
Compartilhar