Buscar

RESUMO DE NUTRIÇÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

RESUMO DE NUTRIÇÃO
· Alimentação é o processo de fornecimento de alimento ao animal, adaptado às suas preferências e condições fisiológicas.
· Alimento é a substância que ao ser ingerida, fornece nutrientes que contribuem para o ciclo regular da vida, e sobrevivência da espécie a qual se destina.
· Nutrição é a ciência que estuda a relação existente entre os alimentos e sua digestibilidade, biodisponibilidade de nutrientes, as exigências nutricionais dos animais, e os efeitos sobre a saúde e a produtividade.
· Nutrientes são compostos químicos presentes nos alimentos, que são digeridos, absorvidos, e metabolizados para promover a manutenção da vida dos seres vivos.
São classificados em grupos: Água, carboidratos, proteínas, lipídeos, minerais e vitaminas.
· Ração é a quantidade de alimento fornecido e consumido por um animal em um período de 24 horas.
· Digestão compreende processos químicos e físicos responsáveis pela transformação do alimento em seus nutrientes.
· Absorção faz parte dos processos químicos e físicos relacionados com o transporte dos nutrientes pela membrana do intestino e seu transporte até a circulação sanguínea ou linfática.
· Metabolismo é o conjunto de reações catabólicas e anabólicas que permitem o funcionamento normal das células e consequentemente da vida do animal.
Volumosos são normalmente ricos em fibras, formados por compostos não degradáveis pelas enzimas digestivas dos animais (celulose e hemicelulose), necessitam da ação de enzimas produzidas por microorganismos anaeróbicos que vivem em simbiose no sistema digestivo dos herbívoros. São as forragens (gramíneas, leguminosas), forragens conservadas como feno e silagem, capineiras como capim elefante, cana de açúcar, e fontes de fibra não forrageira como resíduos de cultura, palhas, cascas. O feno é de maior consumo do que a silagem, pois a silagem tem maior quantidade de agua e devido aos produtos da fermentação (NH3, acido lático e butirico). A cana de açúcar tem menor consumo, pois ser um alimento rico em fibras em detergente neutro (FDN).
Categoria: As vacas em lactação tem maior exigência, com 3 a 4% de Materia seca por peso vivo (MS/PV); gado de corte tem menor exigência, com 2 a 2,25% de matéria seca por peso vivo (MS/PV).
 
Concentrados apresentam alta densidade, energéticos possuem menos que 20% de proteína bruta, são fontes de energia rica em carboidratos não fibrosos (CNF), como amido, pectina, sacarose. São eles: cevada, aveia, sorgo, milho e trigo. Os concentrados que possuem mais de 20% de proteína bruta, de origem vegetal, animal ou nitrogênio não protéico/uréia (NNP), são eles: farelo de soja, caroço de algodão e farelo de girassol. Os concentrados são grãos, seus componentes principais são a casca, que é a parte fibrosa externa, de baixa digestibilidade, como a palha de milho e a casca de arroz; o farelo, que são as camadas externas do grão, de boa digestibilidade, como o farelo de soja, arroz, trigo e algodão; e o gérmen, que é o embrião da planta, rico em proteína e óleo, como o gérmen de milho.
Os concentrados energéticos são:
· Milho: É o principal ingrediente energético das dietas de não ruminantes e da ração concentrada dos ruminantes. Sua composição é de 8 a 9% de proteína bruta, aproximadamente 10% de FDN, aproximadamente 84% de nutrientes digestíveis totais (NDT), rico em energia, onde mais de 70% do grão é amido; o amido tem 76% de amilopectina (pouco solúvel) e 24% de amilose (+ solúvel). O processamento pode alterar seu valor nutritivo, como a moagem, gelatinização, floculação, laminação. O calor e o vapor alteram a digestibilidade. O custo gera em busca de ingredientes alternativos. Suas formas de utilização são grão inteiro, milho laminado, quirera de milho, germen de milho, milho peletizado, fubá de milho, milho floculado, silagem de milho (volumoso), silagem de grão úmido e farelo de glúten de milho (proteico).
Deve ser armazenado a no máximo 14% de umidade. Em condições inadequadas pode sofrer ataque de fungos, especialmente o aspergillus que causa câncer hepático nos animais. O ataque de insetos e daninhas também reduzem o valor energético do milho.
· Sorgo: Possui alta produtividade, possui maior rendimento por área em relação ao milho devido à rebrota, que vai até 60% do 1º corte. A qualidade nutritiva é de 80% do milho, possui custos competitivos, e tolera melhor a seca do que o milho. É o potencial substituto do milho, com tanino (composto fenólico contido nos grãos que precipita proteínas, reduzindo digestão), possui em sua composição 8 a 12% de PB e 78% de NDT. A moagem melhora o aproveitamento dos nutrientes. Quanto ao teor de tanino, o sorgo é classificado em: baixo – 0 a 0,5%; médio 0,6 a 1,2% e alto acima de 1,2%
· Milheto: É uma alternativa pra substituir o milho na dieta de animais, possui maior PB, é resistente a condições adversas de produção, mas possui ácido fítico que é um fator antinutricional.
· Farelo de trigo: Subproduto da indústria após a obtenção da farinha de trigo, ou seja, da remoção de grande parte do amido. É rico em niacina, tiamina, fosforo e ferro e pobre em caroteno e pigmentantes. Sua composição é de 15% de PB; 44% FDN, o que previne acidose; 72% NDT e 80% do valor nutricional do milho. É limitante para aves e suínos jovens, devido ao alto teor de fibra. 
· Farelo de arroz integral: possui 14% de PB, 34% de FDN, 79% de NDT e 16% de EE (extrato etéreo).
· Farelo de arroz desengordurado: possui 17,77% de PB, e 2,08% de EE. É subproduto do beneficiamento do arroz para o consumo humano.
· Farelo de arroz para não ruminantes: é rico em alguns nutrientes, tem utilização limitada, presença de fatores antinutricionais, altos teores de ácido fítico (o que pode complexar aproximadamente 85% do fosforo); seus teores de fibra podem reduzir a energia do alimento e prejudicar a utilização de todos os outros nutrientes.
· Polpa cítrica: composta de 7,06% PB; 66,74% NDT (rica em proteína), as prensas reduzem a umidade, pré secagem e peletizada e comercializada. A qualidade nutricional e palatabilidade variam. A fermentação da pectina produz acido acético, onde há capacidade baixa de reduzir pH ruminal, em comparação aos ácidos propiônico e lático, resultante da fermentação de fontes ricas em amido como sorgo, milho, mandioca, etc. a polpa cítrica apresenta a possibilidade de fornecer grande quantidade de energia por unidade de tempo sem riscos de acidose ruminal como aqueles verificados com fontes ricas em amido.
· Casca de soja: Produto resultante da extração de óleo e farelo de grão de soja (parte externa ao grão de soja), 80% do valor nutricional do milho, alta FDN (60, 65%). 
· Raspa de mandioca: É obtido pela moagem das raízes, após lavagem e secagem. A raíz é integral, moída medianamente e seca ao sol. O amido tem 83% de amilopectina e 17% de amilose, e alta digestão. Possui também glicosídeo e cianogênico que possui alta toxidez. Sua composição é de 67% NDT e 3,5% PB. A raiz da mandioca apresenta baixos níveis de proteína bruta (2-3%) e fibra, alta concentração de amido e NDT (70%) e possui excelente digestibilidade. Algumas cultivares de mandioca, como as mandiocas bravas, podem envenenar os animais devido à presença de glicosídeos cianogenicos que se transformam em ácido cianídrico, que é altamente tóxico. Deve desidratar ao sol antes do fornecimento aos animais. Tem a linamarina como fator antinutricional.
Os concentrados protéicos são:
· Farelo de soja: Principal ingrediente proteico das dietas de não ruminantes e do concentrado dos ruminantes. É composto de 40 a 50% de proteína bruta, 60% de proteína degradada do rumen, e 40% de proteína não degradada do rumen, 75% NDT e 10% FDN. Proteína de alto valor biológico, rico em lisina.
· Grão de soja: composto de 38% proteína bruta, 78 – 88% de NDT, 10% de FDN, 19 a 20% de Extrato etéreo, de uso limitado, sendo máximo de ate 20% de matéria seca na ração de ruminantes. Contem uréase, que acelera a produção de NH3, possui sojina que é antinutricional para não ruminantes. Deve fazer tratamento térmico.
· Caroçode algodão: é composto de 23% de pb, 77% de ndt, 40% de fdn, 18% EE, com uso também limitado. É uma fibra de boa qualidade, onde a maior parte é línter (praticamente formado por celulose) com alta digestibilidade, possui gossipol que é um pigmento que reduz a espermatogênese. 
· Farelo de algodão: composto de 35% de PB (64% PDR, 36% PNDR), 65% NDT, 43% FDN, 1,6% EE, é um misto de caroço com gordura.
· Torta de algodão: É resultante da semente, após a extração do óleo do caroço do algodão de forma mecânica, é uma das fontes protéicas para bovinos, e tem relatos do uso desde a década de 90. 
· Farelo de glúten de milho 60: Marca protenose, um subproduto da indústria resultante da extração ou remoção do amido do grão de milho. Composto de 55 a 60% de PB, 80% PNDR e 20% PDR, 80% NDT, 8,5% FDN, 1,4% EE.
· Farelo de girassol: é um subproduto da extração do óleo da semente de girassol, composto 1 a 5% de EE, e 28 a 35% de PB. Possui menos lisina que o farelo de soja.
· Farelo de amendoim: vem do esmagamento dos grãos para retirada do óleo, composto de 50% de PB, 10% FDN, 2,8% EE. É arriscado intoxicação devido as aflatoxinas presentes no fungo Aspergillus sp.,
· Resíduo de cervejaria: é subproduto da fabricação de cerveja, composto em média 25% de PB, e 70% de NDT. Contem de 80 a 90% de agua, o que limita seu uso.
· Dried distillers grains solubles (DDGS): é o grão de destilaria seco com solúveis; subproduto da fabricação de etanol do milho; os grãos são derivados do milho utilizado na alimentação animal, podem ser úmidos (WDG) para alimentação a curta distancia; ou secos (DDG) provenientes das usinas que fazem secagem do produto, o que facilita transporte. É de maior valor comercial. Composto 90% de matéria seca, 30 a 35% de PB, 9% de EE. Para suínos recomenda-se principalmente para reprodutoras em gestação.
· Farinha de origem animal: processamento industrial de tecido animal; variável porcentagem de PB, grande variação na composição, proibido na alimentação de ruminantes.
O girassol na alimentação animal: o óleo para a alimentação humana e biodiesel e a torta ou farelo para alimentação animal.
IMPORTANCIA DA AGUA E DOS NUTRIENTES PARA OS ANIMAIS
Um sistema de alimentação eficaz é baseado nos requerimentos nutricionais para cada categoria animal do rebanho.
Princípios nutritivos dos alimentos:
Proteínas - ricos em aminoácidos, são eles os essenciais e os não essenciais.
Os carboidratos são divididos em não fibrosos (açucares solúveis, pectina e amido), de digestão rápida e praticamente completa; e fibrosos (celulose e hemicelulose), de digestão lenta ou indigestível, onde necessitam da ação da mastigação e digestão para passagem do orifício retículo-omasal.
Os Lipídeos são definidos como componentes do alimento que são insolúveis em agua e solúveis em solventes orgânicos (éter, acetona, clorofórmio, benzeno e álcoois); são moléculas orgânicas que resultam da associação entre ácidos graxos e álcool.
As vitaminas são substâncias de natureza orgânica onde suas estruturas são facilmente destruídas pelos agentes químicos ou físicos. O organismo animal não é capaz de sintetizá-las, são indispensáveis à vida dos seres superiores. Divididas em lipossolúveis – A, D, E e K; e hidrossolúveis – Complexo B e vitamina C.
Os Minerais são divididos em macro – Ca, P, Mg, Na, Cl e K; e micro – Zn, Se, Fe, Cu, Mo, Co, Mn e I
A água é o principal componente do organismo animal, faz o controle da temperatura corporal, atua como solvente de transporte de nutrientes para as células, e também de compostos que serão eliminados do organismo. De acordo com a espécie, existem as necessidades diárias de água: bovino de corte consome até 66L de água, vacas leiteiras até 110L, vacas em lactação até 140L, cavalos ate 45L, égua em lactação até 57L, caprinos e ovinos até 15L. o cocho deve ter 70cm por animal, volume de água necessário pode ser estimado considerando-se um consumo por animal por dia equivalente a 12,5% do PV. Estudos indicam que a cada litro de leite produzido, as vacas devem ingerir de 2 a 4L de agua, 1 litro de leite equivale a 87% de agua. Para alcançar elevada produção leiteira, é extremamente necessário que o animal tenha acesso a agua com qualidade e quantidade necessária.
ANATOMOFISIOLOGIA DO TGI
Importancia dos ruminantes -> é eficiente em utilizar alimentos fibrosos: alimentos ricos em celulose e hemicelulose (simbiose com microorganismos); Não competem com o homem pela alimentação.
Função do sistema digestório – fornecer de forma continua os nutrientes, armazenar alimentos para digestão, prepara para a absorção, assimilar produtos da digestão e eliminar os não digeridos.
Digestão é o processo que transforma substâncias complexas em substâncias mais simples; Exemplo: celulose em glicose.
A absorção é a passagem das substancias mais simples do trato gastrintestinal para o sangue, com a finalidade de ser metabolizada
Os tipos de digestão são:
Hidrolítica – animais carnívoros, Estes animais têm relativamente pouca fermentação e dependem de suas próprias enzimas para hidrolisar as macromoléculas. 
Fermentativa – animais herbívoros, em ruminantes ocorre antes do intestino delgado, considerando os 4 compartimentos, necessitando dos microorganismos quando chegam ao rumen, e após isso, ocorre a digestão no intestino delgado.
As glândulas salivares produzem a saliva, que tem ação anti-timpânica (mucina), onde faz a hidratação do alimento, é rica em íons bicarbonato e fosfato, que fazem o tamponamento ruminal. Existe também a presença de Nitrogenio (uréia endógena).
A faringe liga a cavidade bucal ao esôfago
O esôfago é o tubo que liga a faringe ao reticulo-rumen.
O estomago possui 4 compartimentos – pré estomago (reticulo-rumen, que fazem a fermentação microbiana; e o omaso que faz a filtragem de partículas). E o estomago verdadeiro (abomaso, que produz HCl e pepsina, renina) e faz a digestão de proteínas.
Reticulo – favo de mel
omaso – folhoso
rumen – câmara de fermentação
abomaso – glandular 
O intestino delgado é composto de duodeno, jejuno e íleo. Faz a digestão da proteína microbiana, da proteína da dieta (PNDR), digestão de lipídeos, digestão de carboidratos, absorção de açucares, aminoácidos, ácidos graxos e glicerol, além de minerais e vitaminas.
O intestino grosso é composto de ceco, colon e reto. Faz a degradação fermentativa dos carboidratos, proteínas, lipídeos que não são digeridos no rumen e int. delgado, absorve agua e minerais, e faz a excreção dos compostos indigestíveis.
Fígado e pâncreas fazem a liberação de enzimas para a digestão hidrolítica.
Crescimento e desenvolvimento do TGI
Antes de se tornarem ruminantes, os animais quando filhotes, são pré-ruminantes, onde sofrem influencia dietética para o desenvolvimento dos 4 compartimentos. Interessante adicionar feno à dieta com o animal tendo 4 semanas, e aos poucos ir acrescentando grãos, pois ajuda no desenvolvimento. O acido propiônico causa o aumento das papilas ruminais.
Goteira esofágica – é um sulco esofágico, uma depressão da mucosa que se inicia no cárdia e liga diretamente ao abomaso através dos estímulos de sucção. Existem receptores na região posterior da cavidade bucal que quando são estimulados provocam, por via reflexa (impulsos eferentes atingem o tronco cerebral, nervo vago), o encerramento da goteira esofágica. Os músculos da goteira cerram-se, encurvando-a e encurtando-a, levando o leite diretamente para o abomaso e apenas 10% consegue penetrar no rúmen (leite no rúmen). A formação da goteira esofágica é inibida por consumo de forragens, concentrados e com o avanço da idade.
Divisão dos ruminantes quanto aos hábitos alimentares:
· Pastejadores - bovinos, ovinos, e bubalinos
· Seletivos – girafa e veados, possuem estomago de menor tamanho, é menos eficiente na digestão da celulose, possui maior volume das glândulas salivares e fígado, fazem alimentação e ruminação mais frequentes
· Intermediários – caprinos
Habitos alimentares: Animais selecionadores de alimentos concentrados (veado e girafa), não conseguem tolerar grandes quantidadesde fibras em suas dietas, sendo, portanto, limitados a selecionar alimentos concentrados, ou seja, partes de plantas com baixos teores de fibras (flores, frutos e folhas novas). 
Animais classificados como utilizadores de volumosos são aqueles ruminantes aptos a uma melhor utilização dos constituintes fibrosos da parede celular das forragens (ex.: bovinos, ovinos e bubalinos), em virtude da mais lenta velocidade de passagem do alimento pelo trato digestivo.
Animais intermediários (caprinos) são aqueles capazes de uma utilização limitada dos constituintes da parede celular. São animais que apresentam uma alta velocidade de passagem, o que os permite ingerir quantidades suficientes de nutrientes facilmente fermentáveis. Apresentam grande flexibilidade alimentar, e são adaptados tanto para o consumo de gramíneas quanto para o consumo de dicotiledôneas herbáceas, brotos e folhas de árvores e arbustos.
· CAPRINOS – Altamente seletivos; preferem vegetação arbustiva, brotos e leguminosas; Apreciam um grande número de espécies vegetais; Recusam alimentos fermentados e sujos; a manutenção dos cochos deve ser diária; Em geral preferem ervas de folhas largas (arvores e arbustos). Embora caprinos apresentem a habilidade de assumir postura bipedal e até mesmo subir em algumas árvores, a manutenção de um maior número de folhas mais facilmente acessíveis acarretará em menor dispêndio de energia na busca de alimento e maiores ganhos.
· OVINOS – Em geral os ovinos selecionam, de preferência, as ervas de folhas estreitas (gramíneas) e dicotiledôneas herbáceas; Os ovinos lanados, preferem as espécies de porte baixo, enquanto os ovinos deslanados tendem a apresentar um comportamento inverso; Hábitos alimentares vs parasitoses. Caprinos e ovinos possuem o hábito de pastejar em grupo altura do pasto deve permitir a visualização dos outros animais do grupo
· BOVINOS – São pouco seletivos, pastejam em grupos, são animais utilizadores de volumosos por serem adaptados para uma velocidade de passagem mais lenta e, consequentemente, aptos para uma melhor utilização dos constituintes fibrosos da parede celular vegetal.
ANATOMOFISIOLOGIA DO TGI DE NÃO RUMINANTES
São divididos entre fermentação pré gástrica (ovinos, caprinos, bovinos e bubalinos), e fermentação pós gástrica (equinos, coelhos, suínos, cães, gatos, aves e homem).
O trato gastrintestinal é um grande tubo com dilatações ao longo do seu trajeto, composto por mucosa (contato direto com alimentos), submucosa (suporte e controle das atividades da mucosa), muscular circular e longitudinal (faz a compressão e mistura, bem como ondas peristálticas), e serosa (faz o suporte e revestimento). Nele ocorre as principais alterações nos alimentos para digestão e absorção de nutrientes. 
A digestão é a hidrolise (quebra) dos alimentos e compostos nutricionais a um tamanho/solubilidade que sejam eficientes para permitir a absorção e a utilização pelo organismo.
A absorção é a passagem de pequenas moléculas do lúmen intestinal para a corrente sanguínea ou sistema linfático.
Anatomofisiologia comparada: 
Coelhos e equinos usam os dentes e lábios para apreensão do alimento – herbívoros; os cães e gatos os dentes caninos (em caso de liquido, usam a língua em formato de concha) – carnívoros; suínos usam os dentes e lábios inferiores e as aves usam o bico de acordo com o tipo de alimento (em caso de liquido, preenchem o bico e levantam a cabeça, para ingerir pela gravidade) – onívoros. 
· A mastigação tem por objetivo aumentar a superfície de exposição do alimento para melhorar a ação das enzimas (as aves possuem a moela para essa função). A saliva é responsável pela formação do bolo alimentar, facilitando a deglutição, tem ação antimicrobiana, serve de revestimento para proteção mecânica, tampão para ruminantes, sendo composta de diversas substancias, principalmente agua. Em equinos a secreção da gl. Parótida não é continua, em aves domesticas somente secreção mucosa, em suínos e homens a secreção serosa é muito importante, e em cães, gatos e ruminantes não há amilase salivar. As glândulas salivares são: parótida, mandibular e sublingual.
· OBS: o coelho adulto come de 20 a 40x por dia, essa ingestão permanente é o que mantem a digestão regular e eficiente, a salivação ocorre por amilase salivar, e como são cecótrofos (durante a noite, ingerem as próprias fezes antes de caírem ao chão, para melhor aproveitamento de alguns nutrientes, proteínas e vitaminas do complexo B, que não foram aproveitados pelo seu organismo).
· O esôfago faz a descida do alimento através de ondas peristálticas, o papo tem a função de armazenar e umidificar o alimento. 
· O estômago dos mamíferos é rico em HCl (qtd varia em função do alimento, do individuo e da quantidade de saliva, tem por função principal solubilizar minerais, ativar pepsinogênio, agir como antisséptico contra microorganismos do alimento e determinar a secreção de secretina, que é o hormônio que promove a liberação do suco pancreático que contem ions de bicarbonato, a secreção desse hormônio inibe a secreção de HCl), pepsinogênio-pepsina (é secretada como pepsinogenio, que é sua forma inativa, degrada as proteínas em polipeptideos), proteolíticas (que são baixas ao nascimento devido à imunidade passiva, tendo o colostro como maior inibidor de tripsina) e renina (que é mais abundante em lactentes, pois coagula a caseína – leite), o tempo de permanência do alimento no estômago é curto. A lipase gástrica hidrolisa gorduras de baixo ponto de fusão e já emulsionadas, a lipase pancreática é mais efetiva na digestão de gorduras. 
A secreção gástrica possui três fases: a cefálica (feita pelo sistema parassimpático – nervo vago); a gástrica (o alimento chega no estômago e ativa a secreção devido ao seu volume – mecânico - e à sua composição – química), e a fase intestinal (quando o alimento chega ao duodeno e inibe a secreção gástrica)
Em aves o proventriculo é como o estomago de mamíferos, e a moela é o estomago mecânico, muscular, que não faz secreção enzimática, e possui ação semelhante aos dentes.
O estomago de coelho adulto tem pH de 1-2, e em lactentes sobe para 5,5 a 6,0, o que torna susceptível a colonização de microorganismos e corre maior risco de diarreia; quem faz as secreções estomacais são o HCl, o pepsinogenio e o muco. Possuem túnica muscular pouco desenvolvida, e pouco contrátil, coelhos não vomitam, e o estomago nunca está vazio. 
· O intestino delgado tem importante porção relacionada à digestão enzimática e a absorção dos nutrientes. Dividido em: duodeno, jejuno e íleo. O jejuno é a maior porção, seguido pelo duodeno e por fim o íleo. O pâncreas é intimamente relacionado com o duodeno. A maior parte da digestão e absorção ocorre no intestino delgado para os animais que não requerem excessiva fermentação do alimento. Faz a digestão final dos carboidratos, lipídeos e proteínas, e faz a absorção. Os cães dependem do intestino delgado para sua nutrição. 
O suco pancreático possui pH alcalino e é responsável pela presença de quase todas as enzimas necessárias para degradação completa dos alimentos. 
As outras enzimas são as enzimas proteolíticas: Endopeptidases (rompem parte interna da cadeia polipeptídica); Exopeptidases (rompem parte externa da cadeia polipeptídica); Tripsinogênio: Ativada por Enteroquinase (Tripsina); Quimiotripsinogênio: ativada por Tripsina (Quimiotripsina); Procarboxipeptidases (A e B); Carboxipeptidases (A e B). 
o ID faz a lipase e amilase pancreática, a lipase desdobra os lipídeos em di e monoglicerídios ou ácidos graxos e álcoois, e a amilase tem ação semelhante à amilase salivar, porém mais tempo para atuar, e é alta em não ruminantes, exceto equinos. 
A secreção biliar tem a função de desdobrar gorduras (ativa a lipase pancreática em 3 a 4 vezes), também é alcalinizante (secreta HCO3), produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar, formada por sais biliares, fosfolipídios, colesterol, bilirrubina, íons.
A secreção intestinal ocorre pelas enzimas da mucosa (Sacarase, Maltase, Lactase, Oligo-1,6- glicosidase,Aminopeptidases, Dipeptidases), são enzimas que estão associadas com as vilosidades intestinais, é neste local que oligossacarídeos e pequenos peptídeos são transformados em monossacarídeos e aminoácidos e nesta área também ocorre disgestão de produtos da descamação.
Os órgãos anexos são: o fígado – que possui várias funções como: emulsificação de gordura no lúmen intestinal (através da produção da bile), conversão de amônia em ureia (ruminantes), detoxificação de drogas e toxinas, atua na síntese da bile que é secretada no intestino via ducto biliar, dentre outras; o pâncreas, que é dividido em porção endócrina, com a produção de glucagon, insulina e somastatina, que regulam o metabolismo dos nutrientes. E a porção exócrina está relacionada à produção e liberação enzimática (amilase - digestão do amido completa (exceto
cavalo, lipase e proteases) para a digestão do bolo alimentar; a vesícula biliar, que é ausente em equinos, e rudimentar em coelhos, que serve de armazenamento da bile até a sua secreção no intestino; e a bile, que é constituída por ácidos biliares e pigmentos, com importante papel na absorção de gorduras e vitaminas, os pigmentos biliares do coelho são principalmente constituídos de biliverdina (como aves e anfíbios) enquanto que a maioria dos mamíferos excreta bilirrubina.
· O intestino grosso é composto de ceco, cólon e reto. Suas principais funções são a absorção de água, alguns minerais e vitaminas, e eletrólitos e a fermentação dos compostos não digeridos, o que será realizado pela microbiota presente nesta porção. O desenvolvimento do IG varia de acordo com a dieta; A fermentação ocorre no IG de todos os animais -> mais disseminado no ceco e no cólon de animais herbívoros. Em suínos o ceco e parte do colon são saculados; em aves o ceco é duplo e bem desenvolvido; em equinos e ruminantes a fermentação ocorre no ceco; e em coelhos o ceco se relaciona com a junção \ ileocecocólica, bastante importante na fisiologia do ceco e do cólon. Como funciona: Após a digestão dos nutrientes no intestino delgado, os resíduos passam através da válvula ileal e seguem parte ao cólon proximal e parte ao ceco. O ceco proximal: realiza movimentos antiperistálticos e contrações no seu início e fim, as quais impulsionam a parte do material ao ceco. Em contrações rápidas (desde a base do apêndice até a junção ileocecocólica e vice-versa): o ceco mistura continuamente seu conteúdo. Partículas maiores e com pouco líquido fluírem para o cólon proximal, e partículas menores, microrganismos e grande parte dos líquidos seguem para o ceco. As fezes duras: são constituídas pelas partículas maiores e modeladas por contrações do cólon distal, e sua eliminação sempre precede contrações simples e amplas do ceco e cólon proximal, com rápida movimentação das fezes através do cólon distal e reto. Cecotrofos: são produzidos depois que o conteúdo cecal foi submetido por algumas horas à ação bacteriana. Sua produção inicia-se em resposta à passagem completa de ingesta pela válvula ileal. O fusus coli é responsável pela separação das fezes duras e moles. Após a separação de partículas: o material cecal permanece durante algumas horas (fermentação) incorporação de nutrientes como: proteínas, vitaminas do complexo B e vitamina K, bem como AGVs. Antes de sua eliminação, as fezes moles são cobertas por uma camada de muco. Eliminação dos cecotrófos ocorre posteriormente à eliminação total das fezes duras. Os cecotrófos são tomados diretamente do ânus e deglutidos íntegros, sem ocorrência de mastigação. 
O trato gastrintestinal de cães e gatos são curtos e simples, desde que com alimentos de alto valor energético, por exemplo a fibra, que tem papel importante no deslocamento do bolo alimentar. Os suínos fazem digestão hidrolítica e fermentativa, Animais confinados não aproveitam a capacidade de digestão fermentativa. Suínos Adultos: até 30% da fibra da ração no ceco ou cólon. Em aves existe ausência de dentição Sementes com tegumento duro podem ser moídas na moela. Esôfago: Pré e Pós papo. E em equinos a digestão fermentativa é importante mas menos eficiente que a dos ruminantes. Digestão por fermentação no ceco (grande e desenvolvido) Ácidos Graxos Voláteis (AGVs)- acético, propiônico e butírico Necessitam mais tempo se alimentando.

Continue navegando