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TECNOLOGIA E INSPEÇÃO DE OVOS e DERIVADOS Prof.ª Simone Duarte Tipos de Produção • Tradicional – Granja de médio porte = média de 200.000/dia • Caipira – Produçao média 6000/dia • Orgânico – Produção média de 3000/dia Sistema de Produção Ovo - Estrutura Casca Gema Albumen (clara) Chalazas Disco germinativo Membrana Vitelina Membrana Interna Câmara de Ar Membrana externa Esquematização das camadas que formam a casca PoroCutícula Matriz esponjosa Protuberâncias Mamilares Membranas Pigmentos da casca: origem genética POROS: 1700 poros Funções: Respiração do embrião Trocas gasosas = perda de umidade. CASCA CLARA OU ALBÚMEN • Composta principalmente por: • Água (88%), • Proteína (10%), • Lípídio (0,03%), • Minerais (0,5%) • Vitaminas do complexo B Principais proteínas da clara Ph - após a postura é 7 e aumenta rapidamente para 9 GEMA • O principal pigmento da gema é a xantofila (verde) e caroteno (milho). • A gema é central ao ovo, sendo mantida pelas calazas. • Composição: • Proteínas principais: ovovitelina e levitina • Lipídeos: triglicerídeos, fosfolipídios e colesterol (principal componente em torno de 33%) • Vitaminas: todas, exceto vitamina C • pH: em torno de 6,0 e pouco se altera quando exposto ao meio Milho CAFÉ et al., 2000 ALIMENTAÇÃO FATORES DE QUALIDADE DE OVOS “IN NATURA” • 1- FATORES DE QUALIDADE EXTERNA • 1.1- PESO • É subjetivo, não indica a qualidade nutricional do ovo, serve para padronizar a comercialização, ou seja, influi na qualidade comercial. FATORES DE QUALIDADE EXTERNA 1.2 – CASCA • Forma: é importante para a padronização das caixas. Os ovos irregulares são mais propensos à quebra durante o transporte. • Textura: lisa, sem deformação, sem manchas. • Espessura: mínima de 0,33 mm. . • Integridade: a casca pode se apresentar íntegra, trincada ou quebrada. – Trincada: quando há fratura da casca, porém as membranas testáceas estão intactas, não há vazamento do conteúdo. – Quebrada: quando a casca e membranas estão rompidas. Ocorre extravasamento do conteúdo. • Limpeza: sem sujidades. Perigo de carrear microrganismos das fezes para o interior do ovo. • Cor: não influencia na qualidade nutricional do ovo. É de fator genético. 2 - FATORES DE QUALIDADE INTERNA • 2.1- CÂMARA DE AR • Tamanho: no ovo velho ocorre perda da umidade para o ambiente, havendo um aumento da câmara. O máximo aceitável para classificação quanto à classe é de 10 mm. • Integridade: a manipulação inadequada pode levar ao rompimento da membrana interna da casca, e a câmara pode ficar solta dentro do ovo, trêmula. A câmara pode também se apresentar deslocada. FATORES DE QUALIDADE INTERNA • 2.2- ALBÚMEN Viscosidade e consistência: • Ovo novo: albúmen consistente sustenta a gema no centro do ovo. • Ovo velho: albúmen se torna fluido, (devido hidrólise alcalina do ácido carbônico em H2O e CO2) 2.2- ALBÚMEN Limpidez e transparência: • Ovo novo: albúmen limpo e transparente. • Ovo velho: com o tempo o albúmen se torna mais turvo, dificultando visualização das estruturas internas, através da ovoscopia. • pH: a hidrólise do ácido carbônico eleva o pH, que no ovo recém-posto varia de 7,5 a 7,9, podendo chegar a 9,7. OVO RECÉM-POSTO OVO VELHO Leva ao envelhecimento: • Perda de água; • Perda das chalazas; • Fluidificação da albumina; * CUTÍCULA OVO NOVO C ➢Coleta ➢Recepção e seleção ➢ Lavagem ➢ Ovoscopia ➢Ácido Peracético/Óleo Mineral ➢ Classificação ➢ Embalagem ➢ Armazenamento ETAPAS do FLUXOGRAMA FREQÜÊNCIA diária Automatizada Recepção, Lavagem e secagem Prof. Simone Duarte Eficiência da lavagem dos ovos 1. Temperatura no maximo 10ºC acima da temperatura dos ovos; 2. Produtos utilizados – não pode usar iodo e nem cloro acima de 50ppm 3. Óleo mineral impermeabilizante 4. Observar a secagem antes da ovoscopia, evitando a recontaminação; Lavagem e secagem Prof. Simone Duarte Prof. Simone Duarte Prof. Simone Duarte Secagem – ar filtrado Prof. Simone Duarte Prof. Simone Duarte Prof. Simone Duarte Prof. Simone Duarte EMBALAGEM ✓ Confere proteção; ✓ Informações legais: Ex: Ovo branco, Tipo 2 (extra),Classe A AUTOMATIZADOMANUAL ESTOCAGEM ● Piso e paredes impermeável; Ventilação e iluminação adequadas; ● 20 dias à temperatura de 8 a 15ºC ou 25 dias sob refrigeração (0 a 1ºC) Básicos - ovo integral, clara, gema Misturas - Partes de ovos + aditivos APRESENTAÇÃO COMERCIAL ✓Pasteurizados ✓Congelados ✓concentrados ✓Desidratados DERIVADOS – líquido e ovo em pó Industria de massas e panificação Cozinha Industrial - merenda escolar Bebidas, sorvetes, temperos e embutidos. Ração animal Cosméticos,vacinas, meio de cultura e produtos medicinais FLUXOGRAMA INDUSTRIAL RECEPÇÃO LAVAGEM OVOCOSPIA QUEBRA FILTRAGEM PADRONIZAÇÃO PASTEURIZAÇÃO EMBALAGEM RESÍDUOS (CASCAS) DESIDRATAÇÃO EMBALAGEM ARMAZENAGEM ARMAZENAGEM Salas climatizadas 12° C QUEBRA MANUAL QUEBRA MANUAL AUTOMATIZADO Pasteurização • Resfriados (0º C/ 7 dias) • Congelados (- 18º C/ 12 meses) TEMPO E TEMPERATURA DE ESTOCAGEM: A INSPEÇÃO DE OVOS UTILIZA COMO BASE LEGAL 2 PRINCIPAIS NORMAS: • RIISPOA DECRETO 9.013/2017 (ART. 218 AO 232) • PORTARIA 01/1990 RIISPOA DECRETO 9.013/2017 • Art. 20. Os estabelecimentos de ovos são classificados em: • I - granja avícola; • § 1º Para os fins deste Decreto, entende-se por granja avícola o estabelecimento destinado à produção, à ovoscopia, à classificação, ao acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à expedição de ovos oriundos, exclusivamente, de produção própria destinada à comercialização direta. • § 2º É permitida à granja avícola a comercialização de ovos para a unidade de beneficiamento de ovos e derivados. RIISPOA DECRETO 9.013/2017 Classificacão • II - unidade de beneficiamento de ovos e derivados. • § 3º Para os fins deste Decreto, entende-se por unidade de beneficiamento de ovos e derivados o estabelecimento destinado à produção, à recepção, à ovoscopia, à classificação, à industrialização, ao acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à expedição de ovos ou de seus derivados. • Art. 222. Os ovos recebidos na unidade de beneficiamento de ovos e seus derivados devem ser provenientes de estabelecimentos avícolas registrados junto ao serviço oficial de saúde animal. • Parágrafo único. As granjas avícolas também devem ser registradas junto ao serviço oficial de saúde animal. • Art. 218. Para os fins do disposto neste Decreto, entende-se por ovos, sem outra especificação, os ovos de galinha em casca. • Art. 219. A inspeção de ovos e derivados a que se refere este Capítulo é aplicável aos ovos de galinha e, no que couber, às demais espécies produtoras de ovos, respeitadas suas particularidades. • Art. 220. Os ovos só podem ser expostos ao consumo humano quando previamente submetidos à inspeção e à classificação previstas neste Decreto e em normas complementares. RIISPOA DECRETO 9.013/2017 RIISPOA DECRETO 9.013/2017 • Art. 223. Os estabelecimentos de ovos e derivados devem executar os seguintes procedimentos, que serão verificados pelo SIF: • I - apreciação geral do estado de limpeza e integridade da casca; • II - exame pela ovoscopia; • III - classificação dos ovos; • IV - verificação das condições de higiene e integridade da embalagem. RIISPOA DECRETO 9.013/2017 • Art. 224. Os ovos destinados ao consumo humano devem ser classificados como ovos de categorias “A” e “B”, de acordo com as suas características qualitativas. • Parágrafo único. A classificação dos ovos por peso deve atender ao RTIQ. RIISPOA DECRETO 9.013/2017 • Art. 225. Ovos da categoria “A” devem apresentar as seguintes características qualitativas: • I - casca e cutícula de forma normal, lisas, limpas, intactas; • II - câmara de ar com altura não superior a 6mm (seis milímetros)e imóvel; • III - gema visível à ovoscopia, somente sob a forma de sombra, com contorno aparente, movendo-se ligeiramente em caso de rotação do ovo, mas regressando à posição central; • IV - clara límpida e translúcida, consistente, sem manchas ou turvação e com as calazas intactas; • V - cicatrícula com desenvolvimento imperceptível. RIISPOA DECRETO 9.013/2017 • Art. 226. Ovos da categoria “B” devem apresentar as seguintes características: • I - serem considerados inócuos, sem que se enquadrem na categoria “A”; • II - apresentarem manchas sanguíneas pequenas e pouco numerosas na clara e na gema; ou • III - serem provenientes de estabelecimentos avícolas de reprodução que não foram submetidos ao processo de incubação. • Parágrafo único. Os ovos da categoria “B” serão destinados exclusivamente à industrialização. • Art. 227. Os ovos limpos trincados ou quebrados que apresentem a membrana testácea intacta devem ser destinados à industrialização tão rapidamente quanto possível. • Art. 228. É proibida a utilização e a lavagem de ovos sujos trincados para a fabricação de derivados de ovos. • Art. 229. Os ovos destinados à produção de seus derivados devem ser previamente lavados antes de serem processados. • Art. 230. Os ovos devem ser armazenados e transportados em condições que minimizem as variações de temperatura. • Art. 231. É proibido o acondicionamento em uma mesma embalagem quando se tratar de: • I - ovos frescos e ovos submetidos a processos de conservação; • II - ovos de espécies diferentes. RIISPOA DECRETO 9.013/2017 Prof. Simone Duarte 1 - INSPEÇÃO EM GERAL (PORTARIA 01/90): É de responsabilidade do SIF garantir que todas as etapas do processamento de ovos (in natura ou industrializado) estejam de acordo com os requisitos básicos tecnológicos. Portanto, a inspeção geral nos estabelecimentos de ovos deve enfatizar todos os elementos a seguir: Prof. Simone Duarte 1 - INSPEÇÃO EM GERAL Prof. Simone Duarte 2 – INSPEÇÃO EM PARTICULAR: • Verificação das condições de embalagem – limpeza, mau cheiro por ovos quebrados ou qualquer outra causa; • Estado de limpeza e integridade da casca – apreciar a partida em conjunto; • O exame pela ovoscopia – avaliar a qualidade do ovo. Prof. Simone Duarte • RESOLUÇÃO 005 DE 05 DE JULHO DE 1991 TIPO PESO (g) UNITÁRIO PESO (g) DÚZIA 1 ( JUMBO ) MIN. 66 792 2 ( EXTRA ) 60 - 65 720 3 ( GRANDE ) 55 - 60 660 4 ( MÉDIO ) 50 - 55 600 5 ( PEQUENO ) 45 - 50 540 6 ( INDUSTRIAL ) ABAIXO DE 45 ABAIXO DE 540 Prof. Simone Duarte CLASSE CASCA CÂMARA DE AR ALBUMÉN GEMA A LIMPA INTEGRA SEM DEFORMAÇÃO FIXA MÁX. 4mm LÍMPIDO TRANSPARENTE CONSISTENTE CALAZAS INTEGRAS TRANSLÚCIDA CONSISTENTE CENTRALIZADA B LIMPA INTEGRA LIGEIRA DEFORMAÇÃO DISCRETAMENE MANCHADA FIXA MÁX. 6mm LÍMPIDO TRANSPARENTE RELATIVAMENTE CONSISTENTE CALAZAS INTEGRAS LIGEIRAMENTE DESCENTRALIZADA E DEFORMADA CONTORNO DEFINIDO C LIMPA INTEGRA DEFEITO DE TEXTURA E CONTORNO MANCHADA SOLTA MÁX. 10mm LIGEIRAMENTE TURVO RELATIVAMENTE CONSISTENTE CALAZAS INTEGRAS D OVO SUJO - NÀO QUEBRADA, COM SUJEIRA OU MATERIAL EXTERNO ADERENTE, MANCHAS MODERADAS. E OVO TRINCADO - COM CASCA QUEBRADA OU RACHADA, MAS CUJAS AS MEMBRANAS DA CASCA ESTEJAM INTACTAS E CUJO CONTEÚDO NÃO VAZE. • RESOLUÇÃO 005 DE 05 DE JULHO DE 1991 Prof. Simone Duarte GRUPO COR BRANCO BRANCA DE COR AVERMELHADA • RESOLUÇÃO 005 DE 05 DE JULHO DE 1991 Destino dos ovos – segundo Portaria 01/90 – capitulo IV • Todos os ovos considerados não comestíveis deverão ser colocadas em um recipiente devidamente identificado e poderão ser utilizados para fabricação de ração animal. • Ovos ou derivados considerados impróprios para o consumo humano serão condenados, podendo ser aproveitados para fins não comestíveis, e neste caso industrializados, a juízo do SIF. Prof. Simone Duarte Zé, fala comigo por favor !!!
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