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Saúde da criança e do adolescente I-2

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Saúde da criança e do adolescente I: Crescimento e Desenvolvimento infantil.
Enfermagem 5º período
Docente: Camila Ferraz
Parauapebas/PA
2020/01
Objetivos: 
Conhecer sobre o crescimento e desenvolvimento infantil;
Demarcar as fases de crescimento infantil;
Aprender e discernir os cuidados da saúde integral do crescimento e desenvolvimento infantil;
Compreender e avaliar os diferentes tipos de curvas de crescimento humano;
Atividade.
Crescimento Infantil e Desenvolvimento infantil
	O crescimento é uma condição e alteração biológica corporal que ocorre no decorrer da vida humana, devido a multiplicação, ou seja, o aumento das células que compõe o corpo humano.	O fator crescimento é diretamente ligado ao desenvolvimento infantil durante todo o período do ciclo vital, é possível identificar a fase da vida de acordo com a idade cronológica.
	Seguimos de acordo com a tabela abaixo: 
	Fase	Faixa etária aproximada
	I – Período Pré-Natal	Da concepção ao nascimento
	Período zigoto	Concepção a 1ª semana
	Período embrionário 	2ª semana a 8ª semana 
	Período fetal	8ª semana ao nascimento
	II – O Bebê ( Primeira infância)	Do nascimento aos 24 meses 
	Período neonatal	Nascimento ao 1º mês 
	Inicio do período do bebê	1 a 12 meses 
	Restante do período do bebê	12 a 24 meses
	III - Infância ( Segunda e Terceira infância)	2 a 10 anos
	Período entre 2 a 3 anos (primeira infância)	24 a 36 meses 
	Inicio da infância (segunda infância)	3 a 5 anos 
	Meio/final da infância (terceira infância)	6 a 10 anos 
	IV - Adolescência 	10 anos aos 20 anos 
	Pré-Puberdade 	10 a 12 anos (meninas)
11 a 13 anos (meninos)
	Pós-Puberdade	12 a 18 anos (meninas)
14 a 20 anos (meninos)
Período Pré-Natal
	A assistência pré-natal deve englobar tanto os cuidados do monitoramento do feto e da mãe como a avaliação, a intervenção necessárias para a construção de projetos de assistência adaptados a cada realidade. O acompanhamento pré-natal pode representar a vivência positiva desse processo, quanto mais cedo começar, melhor, pois há problemas cujos tratamentos têm melhor resultado nos três primeiros meses como a sífilis podendo ser evitando, diminuindo as chances de complicações para o feto e o recém-nascido. 
	A assistência pré-natal bem estruturada associa-se à redução dos partos prematuros, da frequência do baixo peso ao nascer (os problemas cruciais da saúde pública perinatal, na atualidade), das complicações da hipertensão arterial na gravidez, bem como da transmissão vertical de afecções como HIV e hepatites. 
Testes realizados durante o período neonatal
Teste da orelhinha ou Triagem auditiva neonatal: Deve ser realizada até 48hs após no nascimento, afim de se diagnosticar precocemente possíveis patologias auditivas. Se não foi realizada na maternidade, a triagem auditiva deve ser feita no recém-nascido ainda no período neonatal - antes de 28 dias de vida. 
(Parecer Normativo nº 002/2016 - O Plenário do Conselho Federal de Enfermagem – COFEN).
Teste do pezinho: A triagem que detecta seis doenças genéticas ou congênitas como: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme, fibrose cística, deficiência de biotinidase e hiperplasia adrenal congênita. O exame é simples, e deve ser realizado entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê, no qual é coletado o sangue do pé da criança. Quando essas alterações são identificadas precocemente, as crianças poderão ser tratadas e acompanhadas pelos serviços de referência, garantindo assim que elas se desenvolvam bem e tenham qualidade de vida.
Fenil
7
Teste do Olhinho – Com oftalmoscópio ou qualquer instrumento com fecho de luz, como caneta de luz, o exame busca identificar agravos que levam a opacificação do cristalino, com diagnóstico presuntivos de retinoblastoma, catarata congênita e outros transtornos oculares congênitos e hereditários.
Teste da Linguinha – é realizado durante o exame físico de rotina do recém-nascido, para identificar a presença de anquiloglossia, popularmente conhecida como língua-presa
Teste do Coraçãozinho – Este teste consiste na aferição da oximetria de pulso (quanto oxigênio o sangue está transportando) de forma rotineira em recém-nascidos, entre 24 e 48 horas de vida, antes da alta hospitalar. O objetivo é a detecção precoce das cardiopatias congênitas.
Patologias que podem ser detectadas pelo teste do pezinho
Fenilcetonúria – É um dos erros inatos do metabolismo de herança genética. O defeito metabólico gerado leva ao acúmulo do aminoácido Fenilalanina (FAL) no sangue. Sem o diagnóstico precoce e do tratamento antes dos 3 meses de vida, a criança com Fenilcetonúria apresenta um quadro clínico clássico, caracterizado por atraso global do desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM), deficiência mental, comportamento agitado ou padrão autista, convulsões, alterações eletroencefalográficas e odor característico na urina.
Hipotireoidismo congênito – É uma emergência pediátrica causada pela incapacidade da glândula tireóide do recém-nascido em produzir quantidades adequadas de hormônios tireoidianos, que resulta numa redução generalizada dos processos metabólicos. Sem o diagnóstico e tratamento precoce, a criança terá o crescimento e desenvolvimento mental seriamente comprometidos. O tratamento da doença consiste na reposição dos hormônios tireóideos deficitários, no caso, reposição de levotiroxina sódica (hormônio sintético).
Doença falciforme e outras hemoglobinopatias – A Doença Falciforme (DF) é causada por um defeito na estrutura da Hemoglobina, que leva as hemácias a assumirem forma de lua minguante, quando exposta a determinadas condições como febre alta, baixa tensão de oxigênio, infecções etc. As alterações genéticas na hemoglobina são transmitidas de geração em geração. O paciente afetado apresenta as seguintes alterações clínicas: anemia hemolítica, crises vaso-oclusivas, crises de dor, insuficiência renal progressiva, acidente vascular cerebral, maior susceptibilidade a infecções e sequestro esplênico. O ideal é que o tratamento seja iniciado antes dos quatro meses de vida. As principais medidas preconizadas são: administração de antibióticoterapia profilática (esquema especial de vacinação), suplementação com ácido fólico, além do seguimento clínico especializado.
Fibrose cística – A Fibrose Cística (FC) ou Mucoviscidose, como também é conhecida, é uma das doenças hereditárias consideradas graves e afeta especialmente os pulmões e o pâncreas, num processo obstrutivo causado pelo aumento da viscosidade do muco. Nos pulmões, esse aumento na viscosidade bloqueia as vias aéreas propiciando a proliferação bacteriana, o que leva à infecção crônica, à lesão pulmonar e ao óbito por disfunção respiratória. No pâncreas, quando os ductos estão obstruídos pela secreção espessa, há uma perda de enzimas digestivas, levando à má nutrição. Sintomas mais graves e complicações incluem a desnutrição, o diabetes, a insuficiência hepática e a osteoporose. Dentre os demais sintomas podem estar incluídos: dificuldade de ganho de peso, problemas respiratórios, perda de sal pelo suor, dor abdominal recorrente, icterícia prolongada, pancreatite recorrente, cirrose biliar e retardo no desenvolvimento somático. O tratamento do paciente com Fibrose Cística consiste em acompanhamento médico regular, suporte dietético, utilização de enzimas pancreáticas, suplementação vitamínica (vitaminas A, D, E, K) e fisioterapia respiratória. Quando em presença complicações infecciosas, está indicada a antibióticoterapia de amplo espectro. Além do esquema vacinal habitual, as crianças devem receber também imunização anti-pneumocócica e anti-hemofílicos.
Hiperplasia adrenal congênita – A denominação hiperplasia adrenal congênita (HAC) engloba um conjunto de síndromes transmitidas geneticamente, que se caracterizam por diferentes deficiências enzimáticas na síntese dos esteroides adrenais. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado melhoram o padrão de crescimento podendo normalizá-lo na maior parte dos casos. As manifestações clínicas na HAC dependem da enzimaenvolvida e do grau de deficiência enzimática (total ou parcial). O diagnóstico precoce e o tratamento adequado melhoram o padrão de crescimento podendo normalizá-lo na maior parte dos casos. O tratamento deve ser contínuo ao longo da vida.
Deficiência de biotinidase – A deficiência de biotinidase (DBT) é uma doença metabólica hereditária na qual há um defeito no metabolismo da biotina. Clinicamente, manifesta-se a partir da sétima semana de vida com distúrbios neurológicos e cutâneos tais como crises epiléticas, hipotonia, microcefalia, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, alopecia e dermatite eczematóide. Nos pacientes com diagnóstico tardio observam-se, distúrbios visuais, auditivos assim como atraso motor e de linguagem. O tratamento medicamentoso é muito simples, de baixo custo e consiste na utilização de biotina (vitamina) em doses diárias.
Puericultura
	A primeira consulta de puericultura do recém-nascido sadio deve ser marcada para o 15º dia de vida, a fim de se avaliarem o aleitamento materno e as condições gerais do bebê. Se necessário por exemplo, nos casos de presença de icterícia neonatal, a primeira consulta poderá ocorrer 24 a 48 horas depois da alta da maternidade. Realizar os controles de peso, comprimento, perímetro cefálico e avaliação clínica completa e do desenvolvimento.
Amamentação
	A fim de assegurar uma decisão verdadeiramente informada sobre a alimentação da criança, a educação para a amamentação deve se iniciar no pré-natal e ser voltada a todas as gestantes, não apenas às que já desejam amamentar. 
	Deverão ser abordados os principais aspectos relativos à fisiologia da lactação, os benefícios para a mãe e para o recém nascido, integrados aos aspectos culturais. As ações que promovem o aleitamento materno compreendem: início da Amamentação na primeira meia hora após o parto, alojamento conjunto, sistema de livre demanda, orientações que impeçam o uso de suplementação alimentar desnecessária, uso de bicos artificiais, conhecimento e envolvimento da equipe sobre a amamentação e apoio apropriado no período pós-alta quanto à técnica correta de amamentar.
Colostro: na primeira semana depois do parto, a secreção mamária é um fluido espesso e amarelo chamado colostro. Sua composição é importante para a adaptação fisiológica do recém-nascido à vida extrauterina.
Leite de transição: leite produzido entre a fase de colostro e leite maduro, com mudanças graduais em sua composição. Esta fase se prolonga Desde os sete a dez dias após o parto até duas semanas.
Leite maduro: o leite maduro é a sequência natural do processo de amamentação. É o alimento de primeira escolha para crianças sadias, em função de seus componentes nutricionais, anti-infecciosos, imunológicos e benéficos ao desenvolvimento, com importantes vantagens para O estabelecimento do vínculo mãe-filho.
Período do Bebê (1ª infância)
	Compreende do nascimento aos 02 anos de idade, é caracterizado por um crescimento rápido do peso e altura da criança. O acompanhamento deve consistir no retorno de 03 a 04 vezes ao ano para se obter o controle dos dados colhidos anualmente dentro das curvas do crescimento. 
	Em relação ao bebê, o exame físico busca identificar sinais de gravidade (possível infecção bacteriana, letargia), alterações de pele, aspecto do coto umbilical, padrão de mamadas e presença de reflexos. A maneira como a família organiza o cuidado é fundamental para reverter eventuais problemas e prevenir outros.
Segunda Infância 
	Segunda infância ou intermediária, período de equilíbrio e crescimento uniforme em que o acréscimo anual de peso se mantém no mesmo nível, desde o mínimo limítrofe, até o início de uma nova fase de crescimento acelerado.
Adolescência 
	Adolescência, fase final de crescimento, que se estende mais ou menos dos dez aos vinte anos de idade. O crescimento inicial se acelera, até atingir um máximo de retorno dos 15 anos e tem o declínio rapidamente ate os 20 anos.
Cuidado a saúde integral do crescimento e desenvolvimento infantil
	Ao nascer, o bebê deve receber a Caderneta de Saúde da Criança de preferência ainda na maternidade. O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento faz parte da avaliação integral à saúde da criança, que inclui o registro nesse documento, do peso, da estatura, do desenvolvimento, da vacinação e de intercorrências, o estado nutricional, bem como orientações a mãe/família/cuidador sobre a atenção com a criança (alimentação, higiene, vacinação e estímulos) em todo atendimento.
	A equipe de saúde deve se preparar e se empenhar para esse acompanhamento, incentivando e reforçando os cuidados adequados e identificando os casos de risco, fazendo busca ativa de crianças faltosas ao calendário do crescimento, detectando e abordando adequadamente as alterações na curva de peso e no desenvolvimento neuropsicomotor. 
	O acompanhamento mantém a família vinculada ao serviço e proporciona um espaço de promoção de saúde e de desenvolvimento, e na construção de consciência e de hábitos saudáveis, na prevenção de agravos, além de promover o cuidado e a intervenção em tempo oportuno.
Estágios da maturação do desenvolvimento
	De acordo com a teoria freudiana, a evolução psicossocial da criança ocorre de forma gradual. O prazer experimentado pela obtenção de sensações agradáveis concentra-se em três zonas características, determinando diferentes estágios, que acompanham a sua maturação e desenvolvimento e se constituem a base do relacionamento entre a criança, a mãe e o meio que a circunda:
Estágio Oral: Corresponde aos dois primeiros anos de vida e tem como característica básica à relação da criança com o mundo externo através da boca. A criança experimenta por essa região, além do prazer alimentar, o contato físico e afetivo com a mãe. 
Estágio Anal: Ocorre entre os dois e quatro anos, quando a criança começa a controlar os esfíncteres. Experimenta atividade auto erótica pela retenção e expulsão das fezes, estabelecendo-se também uma relação com o meio.
Estágio Fálico: Quando a criança está entre os quatro e seis anos de idade. Nesta fase, o prazer é centrado no pênis, nos meninos, e no clitóris, nas meninas. Ocorre a relação com uma terceira pessoa, caracterizada pela figura do pai, e o estabelecimento de uma relação edipiana acompanhada de sentimentos diversos de admiração, afeto e hostilidade, que levam à formação do superego, pelo conflito das emoções e interdições decorrentes.
Estágios da maturação do desenvolvimento
Estágio de Latência: Fase de desenvolvimento que se estende dos seis anos até o início da adolescência, por volta dos onze anos. Ocorre uma aparente diminuição do interesse sexual.
A adolescência é um período compreendido entre a puberdade e a vida adulta, por volta dos dezoito aos vinte anos. Sob a influência hormonal, os órgãos genitais maturam, o prazer e o desejo sexual manifestam-se. 
A adolescência é um período de crise: além das modificações físicas, ocorrem também as comportamentais. Surgem os relacionamentos afetivos, o “ficar” e o “namorar”, que podem significar para o adolescente um caminho seguro para o desenvolvimento afetivo e aquisição de autonomia psíquica. Da infância à adolescência, o indivíduo amplia as suas habilidades através de progressos físicos e mentais que levam à maturidade. 
	Dentro das etapas do desenvolvimento de Piaget, enquanto que a fase sensório-motora (zero a dois anos) é caracterizada pela exploração corporal, na fase pré-operatória (dois a seis anos) é iniciado o reconhecimento das diferenças morfológicas e fisiológicas entre os meninos e meninas, importantes na estruturação cognitiva dos modelos masculino e feminino. A identidade sexual é estabelecida em torno dos cinco a seis anos e ocorre quando as diferenças são interiorizadas, levando a organização dos papéis sexuais. 
Curvas do crescimento humano
	As curvas do crescimento humano são importantes medidores quantitativos dos mais variados tipos de crescimento humano, é a somatória dos fenômenos celulares, bioquímicos, biofísicos e morfogêneticos. Dentreeles estão:
O crescimento geral (altura e peso);
O Crescimento neural (SNC);
O crescimento linfoide (imunidade);
O crescimento genital (sistema reprodutor feminino e masculino).
Crescimento Geral: somático Corpo como um todo, dimensões externas (com exceção da cabeça e pescoço), tecido muscular e ósseo, volume sanguíneo, órgãos dos aparelhos respiratório, circulatório e digestivo, rim e baço. Este tipo de crescimento pode ser representado pela curva de peso e estatura, que apresentam aspecto geral de um S, com dois períodos de maior velocidade (zero a dois anos e por ocasião da puberdade).
Crescimento Neural: Cérebro, cerebelo e estruturas afins, aparelho ocular, perímetro cefálico. Este tipo caracteriza-se por uma intensa velocidade nos dois primeiros 
anos de vida.
Crescimento Linfóide: Timo, gânglios linfáticos, amídalas, adenóides, folículos linfóides intestinais. O desenvolvimento máximo das estruturas linfóides ocorre entre os oito e dez anos de idade.
Crescimento Genital: Testículos, ovários, epidídimo, vesículas seminais, próstata, útero e anexos. Estas estruturas permanecem quiescentes durante os primeiros oito a dez anos de vida, para então apresentar um crescimento acelerado, dentro das transformações físicas que correspondem à puberdade.
Curvas do crescimento humano
	Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as curvas do crescimento servem para acompanhar o estado de crescimento e nutrição das crianças, sendo obtidas através do cálculo entre a idade da criança e as demais variáveis, como o peso, altura e o perímetro da cabeça. Tem como objetivo principal comparar, acompanhar e analisar a tendência do crescimento infantil.
	Essas analises são padronizadas, a única variável que sofre alterações é o sexo da criança. Para se construir uma curva de crescimento é necessário fazer o levantamento dos seguintes dados básicos:
Altura;
Peso;
Indicie de Massa Corporal (IMC);
Perímetros. 
Curvas do crescimento humano
Curvas do crescimento humano
Índice de Apgar 
	Também reconhecido popularmente pelos pais como a “nota” que o bebê recebe logo após nascer no quinto minuto entre 7 e 10 é considerado normal. 
	Apgar 4, 5 ou 6 é considerado intermediário e relaciona-se, por exemplo, com prematuridade, medicamentos usados pela mãe, malformação congênita, o que não significa maior risco para disfunção neurológica. 
	Índices de 0 a 3 no quinto minuto relacionam-se a maior risco de mortalidade e leve aumento de risco para paralisia cerebral. 
	No entanto, um baixo índice de Apgar, isoladamente, não prediz disfunção neurológica tardia.
Idade corrigida x idade cronológica 
Corrigida = I. Cronológica – ( 40 – I. Gestacional)
Prematuro de 30 semanas
Idade cronológica 3 meses
Idade corrigida: ?
Problema:
	E.M.S , 7 meses, sexo masculino , trazido para a consulta de puericultura. A o exame físico, ele apresentou: Peso = 11,5 Kg; Estatura = 67 cm; Bom esta do geral, ativo, Eupneico, afebril, hidratado , corado , acianótico e anictérico, choroso ao manuseio. Fontanela anterior plana e normotensa. AP: MV presente , simétrico e sem ruídos adventícios. ACV: ritmo cardíaco regular, em 2 tempos, bulhas normofonéticas, sem sopros. Abdome: flácido, sem visceromegalias palpáveis. Genitália: testículos tópicos, palpáveis. Pele: sem alterações. Aspectos sociais: genitora retornou ao trabalho quando a criança completou 4 meses de vida, por conta disso precisou interromper o AME , substituindo por leite artificial com engrossante. 
	De acordo com a caderneta de saúde da criança , segue abaixo o registro de peso de nascimento e das consultas anteriores: 
PN: 3.1 00g e comprimento ao nascimento: 50 cm 
Consulta de 1 mês d e vida: 3 .8 00g e comprimento: 53 cm 
Consulta de 2 meses de vida : 4 .7 00g e comprimento: 57 cm 
Consulta de 5 meses de vida : 9 kg e comprimento : 63 cm 
Diante deste caso : 
a) Avalie o ganho ponderal desta criança de acordo com o esperado e registre na curva de crescimento 
b) Avalie as possíveis causas para a alteração encontrada 
c) Indique quais as condutas e /ou orientações necessária
Atividades Complementares 
1ª As curvas do crescimento humano são importantes mediadores quantitativos sobre os mais variados tipos de crescimento humano. Cite e classifique os principais tipos de crescimento.
2ª Um dos fatores que determinam o crescimento humano estão diretamente relacionado a idade do individuo, os quais se subdividem em fases do ciclo da vida: pré-natal, primeira infância, segunda e terceira infância e a adolescência. Diante disso cite e descreva as fases da vida.
3ª A respeito dos aspectos nutricionais no crescimento e desenvolvimento infantil. Assinale a alternativa correta: 
Durante o primeiro trimestre gestacional, a saúde do embrião depende da condição materna, ou seja, de suas reservas energéticas e da disponibilidade suficiente de vitaminas e minerais.
 Durante o segundo semestre gestacional os fatores externos maternos não influenciam na condição nutricionais do feto.
No período pós-natal, é um processo de crescimento e desenvolvimento acelerado que precisa ser mantido pela adequada oferta de nutrientes. Nesse caso, o aleitamento materno não é necessário, podendo ser substituído por outros alimentos, sem restrição ou intervenção medica e nutricional.
Durante o restante da infância e a adolescência é preciso garantir uma oferta de calorias e micronutrientes que possibilite aos processos de crescimento e desenvolvimento de uma ocorrência satisfatória. Diante disso é preciso levar em consideração o tipo do crescimento geral que se enquadra em SNC e imunidade.
IMC
Avaliação 
	São fundamentais a utilização e o adequado preenchimento da Caderneta de Saúde da Criança para o registro das principais informações de saúde da criança (Caderneta de Saúde da Criança – Passaporte da Cidadania/MS, 2011). 
	Instrumentos como esse são reconhecidos como facilitadores da comunicação entre pais e profissionais.
Métodos de Avaliativos
	Método representa o modo de agir e dirigir a ação da enfermagem, sendo que ele faz parte do processo de enfermagem. Pode ser definido como um método para sistematizar a assistência de enfermagem, tanto no nível hospitalar, como no ambulatório e no de saúde pública. Ele não pode ser considerado uma modificação apenas no estilo da assistência, mas, principalmente, na forma de se conhecer ou se conceber a enfermagem nos aspectos de ordem legal e técnico-administrativa.
	Neste contexto, é importante que o profissional desenvolva competências para lidar com o objeto de trabalho ao qual se propõe atuar, a fim de transformá-lo através do saber e do fazer. As cinco etapas (métodos assistenciais) para a operacionalização do processo de enfermagem são: 
Investigação; 
Diagnóstico;
Planejamento;
Implementação;
Avaliação.
Investigação
	A investigação ou coleta de dados representa o primeiro passo que ocorre na relação entre o profissional e o cliente e família para a determinação e avaliação da situação de saúde. 
Ele compreende cinco atividades-chave:
	Tipo de investigação/avaliação	Procedência 
	1. Coleta de dados objetivos e subjetivos (anamnese)	Entrevista, exame físico e conhecimentos de exames diagnósticos
	2. Avaliação dos dados coletados 	Verificar se a informação é verdadeira, completa
	3. Organização de informações 	Agrupar com base em uma lógica. Os instrumentos de investigação auxiliam. Existem modelos holísticos para agrupamento dos dados que podem ser usados conforme preferência. Por exemplo: Necessidades Humanas (Maslow), Padrões Funcionais de Saúde (Gordon) e Padrões de resposta Humana.
	4. Reconhecimento padrão e aplicação dos testes colhidos 	Determinar o que é relevante e irrelevante e o que os dados podem sugerir para direcionar a investigação visando entender a informação colhida.
	5. Comunicação e registros dos dados colhidos	Envolve decisão, objetividade, relevância e cuidados éticos e técnico-científico. A padronização de registros e siglas favorece a esta etapa.
Anamnese
	Quando nos reportamos à investigaçãoou coleta de dados sobre a situação, as condições de vida e saúde infantil (atuais e do passado) e família, estamos nos referindo ao histórico de Enfermagem levantado através da entrevista. Diante disso, procura-se avaliar principalmente as condições do nascimento da criança (tipo de parto, local do parto, peso ao nascer, idade gestacional, índice de Apgar, intercorrências clínicas na gestação, no parto, no período neonatal e nos tratamentos realizados) e os antecedentes familiares (as condições de saúde dos pais e dos irmãos, o número de gestações anteriores, o número de irmãos), muitas vezes já conhecidos pelas equipes de atenção básica. 	
	O Exame Físico também representa uma parte da investigação e pode ser realizado na admissão, no cotidiano da internação e na consulta de enfermagem. 
EXAME FÍSICO
	Um exame físico completo deve ser realizado na primeira consulta de puericultura. É o consenso que o exame físico e seus achados devem ser descritos e compartilhados com os pais, como forma de facilitar-lhes a percepção das necessidades do bebê.
	O método céfalo-caudal ou por sistemas podem ser considerados como direcionador do o exame físico, contudo, em qualquer um deles, faz-se necessário habilidades para realizar as técnicas da inspeção, ausculta, palpação, percussão. A entrevista e o exame físico se complementam e esclarecem uma ao outro.
	A investigação ou coleta de dados focalizada são representado pelas informações (subjetivas e objetivas) colhidas para fins de investigar uma determinada situação como, por exemplo, investigar uma queixa de dor
Objetivo x Subjetivo
	
		
	Termos subjetivos 	São dados afirmados pelo paciente (adolescente) ou familiar – o que é afirmado ter/estar sentido: hábitos de alimentação, eliminação, sono, sexualidade, exercício, lazer e outros referidos pelo cliente durante a anamnese.
Ex: “sinto meu coração disparado hoje”
	Termos objetivos 	São dados observados pelo profissional enfermagem – sinais vitais, peso, resultados exames, lesões na pele e mucosa, deambulação, movimentação, alimentação observada, eliminação verificada e outros. As técnicas do exame físico – inspeção, ausculta, palpação e percussão também fazem parte do exame físico.
Ex: pulso radial 150 bpm, regular e forte.
Ausculta cardíaca e pulmonar
	Tópicos do exame físico	Ações específicas
	Peso, comprimento e
perímetro cefálico 	Avalie o comprimento e o perímetro cefálico da criança. Avalie o peso em relação ao peso ideal ao nascer. Consideram-se normais tanto uma perda de peso de até 10% ao nascer quanto a sua recuperação até o 15º dia de vida. O perímetro cefálico com medidas acima ou abaixo de dois desvios-padrão (< -2 ou > +2 escores “z”) pode estar relacionado a doenças neurológicas, como microcefalia (de causa genética ou ambiental) e hidrocefalia, o que exige, portanto, melhor avaliação e encaminhamento.
	Desenvolvimento social
e psicoafetivo	Observe e avalie o relacionamento da mãe/cuidador e dos familiares com o bebê: como respondem às suas manifestações, como interagem com o bebê e se lhe proporcionam situações variadas de estímulo. Os marcos do desenvolvimento segundo a faixa etária são descritos na subseção.
	Estado geral 	Avalie a postura normal do recém-nascido: as extremidades fletidas, as mãos fechadas e o rosto, geralmente, dirigido a um dos lados. Observe o padrão respiratório: a presença de anormalidades, como batimentos de asas do nariz, tiragem intercostal ou diafragmática e sons emitidos. Avalie o estado de vigília do recém-nascido: o estado de alerta, o
sono leve ou profundo e o choro. Identifique sinais de desidratação e/ou hipoglicemia: pouca diurese, má ingestão (a criança não consegue mamar ou vomita tudo o que mama), hipoatividade e letargia. A temperatura axilar normal situa-se entre 36,4ºC e 37,5ºC e não necessita ser medida rotineiramente em crianças assintomáticas, exceto
na presença de fatores de risco, como febre materna durante o parto.
	Face	Pesquise alguma assimetria, malformação, deformidade ou
aparência sindrômica.
	Pele 	Observe a presença de: (a) edema (se for generalizado, pense em doença hemolítica perinatal, iatrogenia por uso de coloides ou cristaloides em excesso, insuficiência cardíaca, sepse; se for localizado, isso sugere trauma de parto); (b) palidez (sangramento, anemia, vasoconstrição periférica ou sinal de arlequim – palidez em um hemicorpo e eritema do lado oposto, por alteração vasomotora e sem repercussão clínica); (c) cianose (se for generalizada, pense em doenças cardiorrespiratórias graves; se for localizada nas extremidades ou na região perioral, pense em hipotermia); (d) icterícia. O profissional deverá estar mais atento caso a icterícia tenha se iniciado nas primeiras 24 horas ou depois do 7º dia de vida, caso tenha duração maior do que uma semana no recém-nascido a termo, duração maior do que duas semanas no prematuro (CANADIAN..., 2008) e se a tonalidade for amarela com matiz intenso ou se a icterícia se espalha pelo corpo, atingindo pernas e braços. Pesquise a possível presença de assaduras, pústulas (impetigo) e bolhas palmo-plantares (sífilis). Esclareça a família quanto à benignidade do eritema tóxico.
	Crânio	Examine as fontanelas: a fontanela anterior mede de 1cm a 4cm, tem forma losangular, fecha-se do 9º ao 18º mês e não deve estar fechada no momento do nascimento. A fontanela posterior é triangular, mede cerca de 0,5cm e fecha-se até o segundo mês. Não devem estar túrgidas, abauladas ou deprimidas. Bossa serossanguínea e cefalematomas (mais delimitados do que a bossa e que involuem mais lentamente) desaparecem espontaneamente
	Pele 	Observe a presença de: 
Edema (se for generalizado, pense em doença hemolítica perinatal, iatrogenia por uso de coloides ou cristaloides em excesso, insuficiência cardíaca, sepse; se for localizado, isso sugere trauma de parto); 
Palidez (sangramento, anemia, vasoconstrição periférica ou sinal de arlequim – palidez em um hemicorpo e eritema do lado oposto, por alteração vasomotora e sem repercussão clínica);
Cianose (se for generalizada, pense em doenças cardiorrespiratórias graves; se for localizada nas extremidades ou na região perioral, pense em hipotermia);
Icterícia. O profissional deverá estar mais atento caso a icterícia tenha se iniciado nas primeiras 24 horas ou depois do 7º dia de vida, caso tenha duração maior do que uma semana no recém-nascido a termo, duração maior do que duas semanas no prematuro e se a tonalidade for amarela com matiz intenso ou se a icterícia se espalha pelo corpo, atingindo pernas e braços. Pesquise a possível presença de assaduras, pústulas (impetigo) e bolhas palmo-plantares (sífilis). Esclareça a família quanto à benignidade do eritema tóxico.

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