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Página 1 de 6 ALERGIA ALIMENTAR (AA) TOP 8 (90% das AA): LV, ovo, amendoim, soja, trigo, nozes e castanhas, peixes, frutos do mar. - CRIANÇAS: Mais comum leite e ovo. - ADULTOS: Mais comum oleaginosas (amendoim, nozes e castanhas) e frutos do mar. - Excesso de diagnósticos: Confundir intolerância ou deficiência enzimática com AA. Restrições desnecessárias: Podem criar uma doença Extremamente rara alergia ao leite iniciar após os 30-40 anos. Alergia ao corante é desprezível Presença de PROTEÍNA é necessária para desencadear alergia alimentar REAÇÕES ADVERSAS AOS ALIMENTOS: Qualquer resposta nociva pela ingestão de um alimento 1. AA: Imunologicamente mediada – restrição é obrigatória - IgE mediada, IgE não mediada ou mista - Não é a idade que limita o pedido do exame, mas sim o mecanismo da doença: Se é mediado ou não por IgE 2. Reações não imunológicas: - Doenças gastrointestinais - Intoxicações: Confundem com alergia porque liberam histamina - Intolerância - Alimentos naturalmente alergênicos - Reações psicológicas (fobia ao alimento) Não reações não imunológicas não precisamos interromper a alimentação. Nas imunes a restrição é obrigatória e total Sintomas restritos e não graves: Não é proibido comer EPIDEMIOLOGIA: - Prevalência aumentou desde a década de 90. - 1/3 dos pais relatam que filhos tem alguma alergia alimentar: 5- 10% tem teste positivo - Prevalência de 6-8% das crianças com AA. TEORIAS: 1. HIGIENE: Exposição precoce a patógenos desvia Th2 para Th1 2. DEPLEÇÃO DO MICROBIOMA: Perda da diversidade da microbiota humana 3. GORDURA: Redução de ômega 3 e aumento de óleos vegetais aumenta produção de IgE 4. ANTIOXIDANTE: Tem efeito protetor inflamatório (mas alimentos processados não tem, aumentando risco de alergia) 5. VITAMINA D: Imunomoduladores 6. EXPOSIÇÃO ALERGÊNICA DUAL: Ingestão oral ou cutânea aumenta risco de alergia (ex.: amendoim por sensibilização cutânea pelo “pozinho” que fica no ar) 7. PROCESSAMENTO ALIMENTAR 8. PARTO CESARIANO x NORMAL: Bactérias da flora vaginal são protetoras 9. ALEITAMENTO MATERNO: Deve ser exclusivo por pelo menos por 4 meses para ter fator protetor. 10. IBP: Aumento do PH gástrico dificulta a digestão, levando proteínas ao intestino. HISTÓRIA NATURAL DA AA: 1 LEITE: - Não-IgE tende a ser transitória, mas IgE é persistente. - Afeta 2,5% das crianças até 2 anos de idade. - Taxa de resolução varia muito: Algumas com 6 meses, outras com 30 anos (“melhora com 2 anos”: mentira) 2 OVO: - Alergia piora a dermatite atópica. - 4, 26, 48 e 68% das crianças nas idades de 4, 8, 12 e com 16 anos respectivamente FISIOPATOLOGIA: - Proteínas intactas são absorvidas e, em geneticamente predispostos, o organismo reconhece como antígeno: IgE mediada ou não-IgE mediada→linfócitos T - A maioria dos indivíduos adquire tolerância e seu sistema imune não encara tais proteínas como imunogênicos. - Indivíduos geneticamente predisposto: Reconhecerão tais proteínas alimentares como antígenos. - A apresentação ocorre no TGI: Se a proteína passar intacta pelo estômago, chega no intestino e é reconhecida pelas células, podendo dar lesão na mucosa→células M captam alérgeno→antígeno chega no sangue e se torna imunogênico. PREMATUROS: TGI imaturo, maior chance de desenvolver alergias. REAÇÕES IGE MEDIADAS - Minutos a 2h após. - Urticária, angioedema, anafilaxia (sintomas cutâneos, respiratórios e abdominais) - Urticária Aguda: ▪ Alergia alimentar é relevante na urticária aguda: 20% delas são causadas por alimento. ▪ A urticária crônica (mais de 6 meses) não é relacionada com AA SINAIS E SINTOMAS: 1. Dermato: Prurido, vermelhidão, urticária/angioedema, sudorese 2. Olhos: Conjuntivite, lacrimejamento, edema periorbitário, prurido 3. Trato respiratório: Espirro, rinorreia, congestão nasal, sensação de engasgo, dispneia, edema laríngeo, cianose, sibilo. o Manifestação respiratória isolada é RARO ser causa de AA 4. Cardiovascular: Distúrbios de condução, taquicardia, arritmias, hipotensão, PCR 5. TGI: Náusea/vômito, cólica, diarreia 6. Neurológico: Síncope, convulsão, tontura SÍNDROME DA ALERGIA ORAL/PÓLEN DE FRUTA: - Reação local mediada por IgE - Frutas e vegetais crus. - Edema em língua/lábio/palato. - Sensação de queimação ou prurido em lábios, língua, gengivas, palato e orofaringe - Associado com alergia ao látex: Abacaxi, kiwi, banana, aipim, tomate-melão, maçã aipo, damasco papaia, perâ- cereja - Dificilmente causa anafilaxia (raramente) - Algumas proteínas presentes em polens e vegetais compartilham semelhanças estruturais e são pan- alérgenos, com capacidade de estimular a produção de IgE específica e o desenvolvimento de reatividade cruzada IgE. Página 2 de 6 - É restrita à orofaringe: Início rápido de edema, hiperemia, prurido e sensação de queimação de lábios, língua, pálato e garganta. ▪ Raramente este quadro afeta outros órgãos alvo, embora em alguns casos possa ocorrer edema de glote e anafilaxia (1 a 2%) - Os sintomas costumam ser breves e desencadeados por frutas e vegetais frescos. - É mais comum em adultos que em crianças. - Pólen-Frutas: A expressão desta resposta alérgica requer a sensibilização inicial via respiratória aos pólens, que contêm proteínas homólogas àquelas encontradas em certas frutas (melão, banana, tomate, maçã, kiwi, nozes) e vegetais (batata, cenoura, aipo), razão pela qual está síndrome também é conhecida como síndrome Pólen- Fruta. ▪ Neste caso, os indivíduos que têm esta síndrome geralmente possuem história de rinite alérgica sazonal (polinose). - Este quadro acomete cerca de 40% dos adultos alérgicos a pólen. - Na faixa etária pediátrica, o leite de vaca e o ovo são alimentos desencadeantes comuns. - A síndrome de alergia oral também foi descrita com várias frutas da subfamília Prunoideae (pêra, cereja, ameixa) e castanhas do Pará, provavelmente devido à presença da proteína homóloga 9-kDa62. - Em geral as proteínas são lábeis e geralmente não induzem sintomas após cozimento. REAÇÕES NÃO-IGE MEDIADAS - Todas possuem o leite de vaca como causa mais comum - Apenas a proctocolite/proctite não causa déficit pondero- estrutural 1. PROCTOCOLITE E PROCTITE INDUZIDAS POR PROTEÍNA ALIMENTAR - Mais comum. - Sangue e muco em fezes de criança sadia (recém-nascido) sem fissura anal: Não precisa fazer pesquisa de sangue oculto - Mãe com foto da fralda com sangue. - Primeiros 2 meses de vida: 2-8 semanas. - Não há déficit pondero-estrutural. - Melhora com a retirada do alimento/proteína causado: Criança em aleitamento materno: suspender leite (mais comum causador) 2. SÍNDROME DA ENTEROCOLITE INDUZIDA POR PROTEÍNAS ALIMENTARES (FPIES) - Os sintomas geralmente aparecem nos primeiros meses de vida após a introdução dos alimentos potencialmente desencadeadores (leite ou soja) - Grave: Criança desidrata → choque. - Crianças pálidas e letárgicas - Vômito até 2h e diarreia até 6h após alimento com fezes aquosas e explosivas. - Resolução tardia: 3 anos. - Crônico: Vômito crônico e intermitente, desidratação, palidez. Quando o alimento implicado faz parte da dieta. - Agudo: Sintomas de gastroenterite. Quando o alimento causador é ingerido de modo intermitente ou após um período de restrição. - Podem apresentar anemia, hipoalbuminemia, déficit pondero-estrutural, desidratação. - DD: Gastroenterite (normalmente primeiro diagnóstico feito) Obs.: É difícil ser deficiência de IgA, pois é a última imunoglobulina a normatizar (4 anos de idade) A FPIES é considerada a mais grave das hipersensibilidades alimentares gastrointestinais não mediadas por IgE Além do leite e da soja, um dos alimentos mais associados à FPIES é o arroz, seguido da aveia. Esse é outro diferencial do FPIES quando comparado às demais manifestações gastrintestinaisinduzidas por proteína alimentar, uma vez que o arroz não é considerado um alimento potencialmente alergênico É comum a FPIES ser desencadeada por mais de 1 tipo de alimento, caracterizando-a muitas vezes como uma reação a múltiplas proteínas TTO: Semelhante ao da alergia alimentar, é preciso seguir a dieta isenta das proteínas que desencadearam a reação. A soja não é indicada para crianças com FPIES por ser considerada um dos alimentos potencialmente desencadeadores. Página 3 de 6 3. ENTEROPATIA INDUZIDA POR PROTEÍNA ALIMENTAR - Semelhante a FPIES (vômito, diarreia), mas quadro menos florido. - Parece com doença celíaca da criança (mas esta tem mecanismo autoimune e persiste a vida toda) - Enteropatia melhora em volta dos 2 anos - Déficit pondero-estrutural 4. HEMOSSIDEROSE (SÍNDROME DE HEINER) - Manifestação de AA mais rara. - Pneumonia recorrente com infiltrados pulmonares. - Leite de vaca é o mais comum: Podem ser detectados anticorpos IgG precipitantes ao leite de vaca - Hemossiderose, anemia ferropriva - Deficit pondero-estrutural - A dosagem de IgG específica não é eficaz em nenhuma doença em particular, com exceção da síndrome de Heiner: Contudo, as evidências disponíveis não dão suporte à eficácia diagnóstica da dosagem de IgG específica em nenhuma doença em particular além da hemossiderose pulmonar (Síndrome de Heiner) níveis extremamente elevados de IgG específica para antígenos alimentares mediante emprego de ensaios de precipitinas. PROCTOCOLITE E PROCTITE: É a única das 4 que não apresenta déficit pondero estrutural REAÇÕES MISTAS 1. DERMATITE ATÓPICA: - 30-40% tem algum tipo de AA - AA pode exacerbar a DA - É rara a associação entre DA leve e AA 2. ESOFAGITE EOSINOFILIA: - Hipersensibilidade mista (IgE mediada e não-IgE mediada). - Descoberta recentemente: Manifesta em qualquer idade - CRIANÇAS: Rejeição ao alimento, vômitos, déficit pondero- estrutural - ADULTOS: Disfagia, impactação alimentar, dor abdominal e vômitos. Alimento tem dificuldade para descer (dismotilidade esofágica): demora até 2h a mais para comer. - ÚNICA FORMA DE DIAGNÓSTICO: Endoscopia digestiva alta (EDA) com biopsia esofágica: >15 eosinófilos/campo (sem biopsia não faz diagnóstico) - Leite de vaca, ovo, soja, milho, trigo. - Caracteriza-se por apresentar processo inflamatório eosinofílico nas camadas mucosa, muscular e/ou serosa do esôfago. - A esofagite eosinofílica alérgica acomete tanto crianças (lactentes a adolescentes) como adultos e pode representar um subtipo ou variante da gastroenterite eosinofílica. - Múltiplos alérgenos podem estar envolvidos e os mais comuns são leite de vaca, trigo, soja, amendoim e ovo. - Sintomas: Refluxo gastroesofágico/esofagite com vômito intermitente, irritabilidade, distúrbio do sono, ausência de resposta ao tratamento convencional de refluxo gastroesofágico e da esofagite. - A IgE total sérica encontra-se normal ou apenas levemente aumentada e a eosinofilia periférica é pouco comum. - A relação entre o alérgeno alimentar causal e os resultados positivos ao teste cutâneo de hipersensibilidade imediata costuma ser fraca. - Os lactentes em geral apresentam boa resposta à retirada da proteína desencadeante do quadro e ao emprego de fórmulas hidrolisadas, enquanto que crianças menores com quadros mais graves podem necessitar de dietas à base de aminoácidos para a resolução dos sintomas. - CORTICOIDES: Induzem remissão dos sintomas graves, mas só excepcionalmente devem ser empregados; os sintomas costumam recidivar - Testes cutâneos são pouco específicos 3. GASTROENTERITE EOSINOFÍLICA: - Mais rara - Dor abdominal, diarreia. - CRIANÇAS: semelhante a estenose de piloro (EHP). - ADULTOS: semelhante a síndrome do intestino irritável (SII). - Metade dos pacientes tem doenças alérgicas. - DIAGNÓSTICO: Patologista experiente que avalia lâmina e verifica que te mais eosinófilos que o normal - Níveis elevados de IgE sérica e eosinófilos periféricos - Testes cutâneos são pouco específicos. - ESOFAGITE EOSINOFILICA: A IgE total sérica encontra-se normal ou apenas levemente aumentada e a eosinofilia periférica é pouco comum - GASTRITE EOSINOFILICA: Aproximadamente 50% dos pacientes têm atopia, níveis elevados de IgE sérica e eosinofilia periférica - GASTROENTEROCOLITE EOSINOFILICA: Aproximadamente 70% dos pacientes são atópicos e têm níveis séricos elevados de IgE total e específica. A eosinofilia periférica pode ser observada em 50% dos casos - Pensar que: Quanto mais pra baixo no sistema digestivo, mais importante é a dosagem de IgE e eosinofilia periférica, mas que la em cima no esôfago, ela é desprezível DIAGNÓSTICO: Anamnese: Definir se é IgE, não IgE ou mista 1. Prick test: IgE; 2. testes in vitro: IgE; 3. testes gastroenterológicos: EDA, US, colonoscopia 4. dietas de eliminação; 5. testes de provocação (challenges) FATORES RELEVANTES A CONSIDERAR: - Se sintomas forem locais restritos (não sistêmicos), não é AA - Urticária e dermatite de contato é a ultima a desaparecer, mesmo nos pacientes curados. - Lista de alimentos suspeitos e quantidade necessária para deflagrar reação; - Intervalo entre exposição/sintomas (se for de 24-36h após: não é); - Sempre que ingerir o alimento deverá ter reação (sintomas) Página 4 de 6 - Via de exposição (oral, inalatória, cutânea). - Exercício, medicamento, álcool. TESTES ALÉRGICOS: - Não confiar só no exame (valor preditivo baixo: 50%) 1. PRICK TEST: Suspeita de alergia IgE mediada - alta sensibilidade e baixa especificidade 2. TESTE DE CONTATO: Não-IgE medida 3. Valores de cut-off: - abaixo do valor=baixa probabilidade; - acima=fortalece diagnóstico. - Varia por idade e alimento 4. Dietas de eliminação com fins diagnósticos: NÃO PARA TTO - Data para começar e terminar: Primeiro restringe e depois provoca mesmo que tenha melhorado - Depois de diagnosticar que faz restrição alimentar para TTO. - Indicada quando a história e exames forem inconclusivos. 5. Food challenges (Provocações): - ingerir alimento com acompanhamento médico para provocar. - A provocação oral é padrão-ouro para AA. - Confirma ou excluir AA. MÉTODOS NÃO VALIDADOS: IgG, provocação intradérmica ou sublingual, teste de ativação de linfócitos, cinesiologia, análise de cabelo, teste citotóxicos e eletrodérmico INTRADÉRMICO NÃO INDICADO PARA ALIMENTOS E LÁTEX. TRATAMENTO: - Exclusão alimentar completa. - Alguns pacientes têm tolerância a pequenas quantidades de leite, ovo: Leite sem lactose ou sem caseína continuam sendo alérgicos. - Inalação ou exposição cutânea são improváveis de causar reações na maioria das AA - Manifestações cutâneas sem sistêmicas são desprezíveis (fumaça do camarão assando): Considerar apenas se tiver sistêmica. - 75% das crianças com alergia a proteína do leite de vaca (APLV) toleram leite extensamente aquecido (muffins, waffles) - VACINAS: Atentar as contraindicações. o Ovo e leite em vacinas não é contraindicação: Não é por ser a base de ovo ou leite que os alérgicos não poderão se vacinar. o Vacina da gripe em ovo é liberada: Mas a de febre amarela é contraindicação relativa, tem que tomar se for região endêmica e no hospital. - MEDICAÇÕES: remédios com lactose podem ter proteína junto e causar reações alérgicas - COSMÉTICOS: filtro solar, hidratante e lenço umedecido (leite) DESSENSIBILIZAÇÃO/IMUNOTERAPIA ORAL: - LV (leite de vaca), ovo e amendoim. - IgE mediada refratária ao TTO. - A partir dos 5 anos de idade: Pacientes ficam tolerante mas não curado FÓRMULAS: 1. INFANTIS À BASE DE PROTEÍNA ISOLADA DE SOJA: Aptamil soja, Enfamil - Não recomendadas para menores de 6 meses. - Seguras; - Isoflavona: Fitoestrógeno, não indicado para meninos - Utilizar nas formas IgE mediada sem comprometimento TGI em crianças com+ 6 meses. - 10 a 15% das crianças com APVL IgE mediada apresentam também reação a soja. - Ades não é soja, é a base de soja – não é nutricionalmente completo 2. PROTEÍNAS EXTENSAMENTE HIDROLISADAS: Alergomed. - Proteínas usadas são do leite de vaca como as proteínas do soro e caseína ou da soja e colágeno. - Há fórmulas com e sem lactose: ▪ Sem lactose usar em crianças com sintomas de TGI ▪ Com lactose usar apenas em crianças que não tem sintomas em TGI. 3. BASE DE AMINOÁCIDOS: Neocate e Aminomed. - Proteínas se encontram como aminoácidos livres. - Indicado como 1ª opção em lactentes com alto risco anafilático/quadros iniciais mais graves ou que não teve sucesso com fórmulas muito hidrolisadas LEITE DE OUTROS MAMÍFEROS: Cabra e ovelha não servem (parecem com o de vaca) LEITE DE ARROZ: Novamil Rice; não serve o leite de arroz do Giassi porque tem arsênio (tóxico ao SNC) FORMAS HA (PARCIALMENTE HIDROLISADOS): Não servem para tto. Existem estudos para prevenção de DA e AA. MONITORAMENTO DA AA: - Pacientes com AA devem ser reavaliados entre 3-6 meses. - In vivo, in vitro e exposição acidental: IgE mediada pode ser acompanhada por exames. - As não-IgE: Teste de provocação volta e meia PREVENÇÃO DE ALERGIAS: - Aleitamento exclusivo materno até 4 meses (Antes disso não confere proteção), hidratação da pele, parto vaginal. - Introdução precoce a todos os alimentos até 1 ano de vida. Dieta de restrição na gravidez ou suplementação de vitamina D não funcionam Página 5 de 6 TESTES ALÉRGICOS PRICK TEST (TESTE POR PONTURA) - ALERGIAS IGE MEDIADAS são a maioria das alergias - RH tipo I: Hipersensibilidade imediata - Mesmo com história compatível, faz o teste: tamanho da pápula ou valor do exame de sangue servem para avaliar melhora ao longo do tempo - Rápido (15min), alta sensibilidade e custo efetivo - Identificação do possível patógeno. 1. IN VIVO: Resposta rápida, menor custo, tamanho da reação mostra sensibilidade, diversos extratos, paciente pode ver a reação e compreender 2. IN VITRO: Mais específico, menor risco, doenças de pele e medicamentos não interferem MECANISMO BIOLÓGICO: - Detecta presença de IgE nos mastócitos. - TESTE POSITIVO (>IGUAL 3MM): Pápula-eritema - Não é preventivo: Paciente precisa já estar sensibilizado (ter entrado em contato antes e já ter IgE para aquele alérgeno). Ex.: se paciente nunca usou algum medicamento, não adianta fazer teste para ver se é alérgico (não é preventivo). - Mastócitos liberam: histamina, triptase, quimase, carboxipeptidase. SENSIBILIZAÇÃO X ALERGIA: - Sensibilização: Presença de IgE específica - Alergia: Sensibilização + sintomas clínicos - Teste não avalia alergia, mas sim sensibilização. Testes em alimentos não são tão confiantes (50%), mas em inalantes sim (85%) INDICAÇÕES: Asma, rinite, conjuntivite, AA, drogas, venenos, látex CONTRAINDICADOS: - Alto risco de anafilaxia: Asma descontrolada e função pulmonar reduzida - Pessoas com grandes reações a pequenas doses. - Anafilaxia recente, dermografismo, mastocitose cutânea. Idade não é critério para não fazer exame: Os extremos de idade têm valores de corte próprios CONTROLE NEGATIVO: quando doenças de pele interferem na resposta - Pápula 3mm – dermog 2mm = 1mm → teste negativo - Pápula 7mm- dermog 2mm = 5mm → teste positivo CONTROLE POSITIVO: Avalia se não está em uso de medicações que interferem no resultado. FATORES QUE AFETAM RESULTADO: Suspender medicações específicas uns dias antes. - Anti-H1 e H2, ctc tópico recente, antidepressivo tricíclicos e altas doses de MTX FATORES QUE NÃO INTERFEREM: Corticoide oral e nasal. TESTE INTRADÉRMICO - INDICADO APÓS PRICK NEGATIVO: SEMPRE prosseguir para o intradérmico quando se trata de insetos ou drogas - Sensibilidade imediata: Avalia reposta a DROGAS E VENENOS DE INSETOS - Não fazer com alimentos/látex. - Avaliar quanto a pápula cresce: Toda injeção dá um pouco de pápula. TESTE DE CONTATO (PATCH TEST) - Hipersensibilidade tardia (tipo IV) - Investiga dermatite de contato alérgica e esofagite eosinofílica 1. FASE DE SENSIBILIZAÇÃO: Contato com hapteno. Hapteno se liga a proteína e é apresentado à célula APC→linfócito T→libera células de memória contra a proteína 2. FASE DE ELICITAÇÃO: Fase simulada no teste INDICAÇÕES: - Erupção eczematosa persistente com suspeita de DCA - Dermatite crônica (mãos, pés, pálpebras) - Dermatite eczematosa do trabalho (saúde, cabeleireiros, plástico, borracha) - Piora de uma dermatite estável - Diagnóstico de sensibilização alimentar na esofagite eosinofílica. MÉTODO: Nas costas, pele íntegra, bateria padrão e bateria de cosméticos, forma pápulas ou bolhas - Adesivo no tempo 0h: segunda feira - 1ª leitura e retirada do adesivo em 48h: quarta-feira - 2ª leitura ou tardia em 96h: sexta-feira ORIENTAÇÕES PRÉ-TESTE: - Corticoide tópico pontentes ou orais devem ser retirados 2 semanas antes. - Evitar exposição solar (reduz sensibilidade da pele). - Efeitos de imunossupressão sistêmicos ainda não estão bem estabelecidos. - Recomenda-se evitar a realização do teste na gestação. - O teste não deve ser realizado na vigência de lesões ativas (agudas) Não precisa suspender anti-H1 e doses de prednisona até 20mg são aceitáveis. COMPLICAÇÕES: - Sensibilização ativa - ANGRY BACK: Síndrome da pele excitada – Vários alérgenos positivos ao mesmo tempo. Espera paciente melhorar e testa cada um dos que deu positivo em locais distantes um do outro. RESULTADOS: - NEGATIVO: Provavelmente a substancia envolvida é um irritante primário, já que a dermatite acontece sem envolvimento de Página 6 de 6 mecanismo alérgico ou trata-se de outra doença ou existe outra substancia que não foi testada nesta bateria. - POSITIVO: Indica dermatite alérgica de contato
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