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Alergia Alimentar - Testes

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ALERGIA ALIMENTAR (AA) 
TOP 8 (90% das AA): LV, ovo, amendoim, soja, trigo, nozes e 
castanhas, peixes, frutos do mar. 
- CRIANÇAS: Mais comum leite e ovo. 
- ADULTOS: Mais comum oleaginosas (amendoim, nozes e 
castanhas) e frutos do mar. 
- Excesso de diagnósticos: Confundir intolerância ou 
deficiência enzimática com AA. 
 Restrições desnecessárias: Podem criar uma doença 
 Extremamente rara alergia ao leite iniciar após os 30-40 anos. 
 Alergia ao corante é desprezível 
 Presença de PROTEÍNA é necessária para desencadear alergia 
alimentar 
REAÇÕES ADVERSAS AOS ALIMENTOS: Qualquer resposta nociva 
pela ingestão de um alimento 
1. AA: Imunologicamente mediada – restrição é obrigatória 
- IgE mediada, IgE não mediada ou mista 
- Não é a idade que limita o pedido do exame, mas sim o 
mecanismo da doença: Se é mediado ou não por IgE 
 
2. Reações não imunológicas: 
- Doenças gastrointestinais 
- Intoxicações: Confundem com alergia porque liberam 
histamina 
- Intolerância 
- Alimentos naturalmente alergênicos 
- Reações psicológicas (fobia ao alimento) 
 Não reações não imunológicas não precisamos interromper 
a alimentação. Nas imunes a restrição é obrigatória e total 
 Sintomas restritos e não graves: Não é proibido comer 
EPIDEMIOLOGIA: 
- Prevalência aumentou desde a década de 90. 
- 1/3 dos pais relatam que filhos tem alguma alergia alimentar: 5-
10% tem teste positivo 
- Prevalência de 6-8% das crianças com AA. 
TEORIAS: 
1. HIGIENE: Exposição precoce a patógenos desvia Th2 para Th1 
2. DEPLEÇÃO DO MICROBIOMA: Perda da diversidade da 
microbiota humana 
3. GORDURA: Redução de ômega 3 e aumento de óleos vegetais 
aumenta produção de IgE 
4. ANTIOXIDANTE: Tem efeito protetor inflamatório (mas 
alimentos processados não tem, aumentando risco de alergia) 
5. VITAMINA D: Imunomoduladores 
6. EXPOSIÇÃO ALERGÊNICA DUAL: Ingestão oral ou cutânea 
aumenta risco de alergia (ex.: amendoim por sensibilização 
cutânea pelo “pozinho” que fica no ar) 
7. PROCESSAMENTO ALIMENTAR 
8. PARTO CESARIANO x NORMAL: Bactérias da flora vaginal são 
protetoras 
9. ALEITAMENTO MATERNO: Deve ser exclusivo por pelo menos 
por 4 meses para ter fator protetor. 
10. IBP: Aumento do PH gástrico dificulta a digestão, levando 
proteínas ao intestino. 
HISTÓRIA NATURAL DA AA: 
1 LEITE: 
- Não-IgE tende a ser transitória, mas IgE é persistente. 
- Afeta 2,5% das crianças até 2 anos de idade. 
- Taxa de resolução varia muito: Algumas com 6 meses, 
outras com 30 anos (“melhora com 2 anos”: mentira) 
2 OVO: 
- Alergia piora a dermatite atópica. 
- 4, 26, 48 e 68% das crianças nas idades de 4, 8, 12 e com 16 
anos respectivamente 
FISIOPATOLOGIA: 
- Proteínas intactas são absorvidas e, em geneticamente 
predispostos, o organismo reconhece como antígeno: IgE 
mediada ou não-IgE mediada→linfócitos T 
- A maioria dos indivíduos adquire tolerância e seu sistema imune 
não encara tais proteínas como imunogênicos. 
- Indivíduos geneticamente predisposto: Reconhecerão tais 
proteínas alimentares como antígenos. 
- A apresentação ocorre no TGI: Se a proteína passar intacta pelo 
estômago, chega no intestino e é reconhecida pelas células, 
podendo dar lesão na mucosa→células M captam 
alérgeno→antígeno chega no sangue e se torna imunogênico. 
 PREMATUROS: TGI imaturo, maior chance de desenvolver 
alergias. 
REAÇÕES IGE MEDIADAS 
- Minutos a 2h após. 
- Urticária, angioedema, anafilaxia (sintomas cutâneos, 
respiratórios e abdominais) 
- Urticária Aguda: 
▪ Alergia alimentar é relevante na urticária aguda: 20% 
delas são causadas por alimento. 
▪ A urticária crônica (mais de 6 meses) não é relacionada 
com AA 
SINAIS E SINTOMAS: 
1. Dermato: Prurido, vermelhidão, urticária/angioedema, sudorese 
2. Olhos: Conjuntivite, lacrimejamento, edema periorbitário, 
prurido 
3. Trato respiratório: Espirro, rinorreia, congestão nasal, sensação 
de engasgo, dispneia, edema laríngeo, cianose, sibilo. 
o Manifestação respiratória isolada é RARO ser causa 
de AA 
4. Cardiovascular: Distúrbios de condução, taquicardia, arritmias, 
hipotensão, PCR 
5. TGI: Náusea/vômito, cólica, diarreia 
6. Neurológico: Síncope, convulsão, tontura 
 
SÍNDROME DA ALERGIA ORAL/PÓLEN DE FRUTA: 
- Reação local mediada por IgE 
- Frutas e vegetais crus. 
- Edema em língua/lábio/palato. 
- Sensação de queimação ou prurido em lábios, língua, 
gengivas, palato e orofaringe 
- Associado com alergia ao látex: Abacaxi, kiwi, banana, 
aipim, tomate-melão, maçã aipo, damasco papaia, perâ-
cereja 
- Dificilmente causa anafilaxia (raramente) 
- Algumas proteínas presentes em polens e vegetais 
compartilham semelhanças estruturais e são pan-
alérgenos, com capacidade de estimular a produção de IgE 
específica e o desenvolvimento de reatividade cruzada IgE. 
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- É restrita à orofaringe: Início rápido de edema, hiperemia, 
prurido e sensação de queimação de lábios, língua, pálato e 
garganta. 
▪ Raramente este quadro afeta outros órgãos 
alvo, embora em alguns casos possa ocorrer 
edema de glote e anafilaxia (1 a 2%) 
- Os sintomas costumam ser breves e desencadeados por 
frutas e vegetais frescos. 
- É mais comum em adultos que em crianças. 
- Pólen-Frutas: A expressão desta resposta alérgica requer a 
sensibilização inicial via respiratória aos pólens, que 
contêm proteínas homólogas àquelas encontradas em 
certas frutas (melão, banana, tomate, maçã, kiwi, nozes) e 
vegetais (batata, cenoura, aipo), razão pela qual está 
síndrome também é conhecida como síndrome Pólen-
Fruta. 
▪ Neste caso, os indivíduos que têm esta 
síndrome geralmente possuem história de 
rinite alérgica sazonal (polinose). 
- Este quadro acomete cerca de 40% dos adultos alérgicos a 
pólen. 
- Na faixa etária pediátrica, o leite de vaca e o ovo são 
alimentos desencadeantes comuns. 
- A síndrome de alergia oral também foi descrita com várias 
frutas da subfamília Prunoideae (pêra, cereja, ameixa) e 
castanhas do Pará, provavelmente devido à presença da 
proteína homóloga 9-kDa62. 
- Em geral as proteínas são lábeis e geralmente não induzem 
sintomas após cozimento. 
 
REAÇÕES NÃO-IGE MEDIADAS 
- Todas possuem o leite de vaca como causa mais comum 
- Apenas a proctocolite/proctite não causa déficit pondero-
estrutural 
1. PROCTOCOLITE E PROCTITE INDUZIDAS POR PROTEÍNA 
ALIMENTAR 
- Mais comum. 
- Sangue e muco em fezes de criança sadia (recém-nascido) 
sem fissura anal: Não precisa fazer pesquisa de sangue 
oculto 
- Mãe com foto da fralda com sangue. 
- Primeiros 2 meses de vida: 2-8 semanas. 
- Não há déficit pondero-estrutural. 
- Melhora com a retirada do alimento/proteína causado: 
Criança em aleitamento materno: suspender leite (mais 
comum causador) 
 
 
 
2. SÍNDROME DA ENTEROCOLITE INDUZIDA POR PROTEÍNAS 
ALIMENTARES (FPIES) 
- Os sintomas geralmente aparecem nos primeiros meses de 
vida após a introdução dos alimentos potencialmente 
desencadeadores (leite ou soja) 
- Grave: Criança desidrata → choque. 
- Crianças pálidas e letárgicas 
- Vômito até 2h e diarreia até 6h após alimento com fezes 
aquosas e explosivas. 
- Resolução tardia: 3 anos. 
- Crônico: Vômito crônico e intermitente, desidratação, 
palidez. Quando o alimento implicado faz parte da dieta. 
- Agudo: Sintomas de gastroenterite. Quando o alimento 
causador é ingerido de modo intermitente ou após um 
período de restrição. 
- Podem apresentar anemia, hipoalbuminemia, déficit 
pondero-estrutural, desidratação. 
- DD: Gastroenterite (normalmente primeiro diagnóstico 
feito) 
 Obs.: É difícil ser deficiência de IgA, pois é a última 
imunoglobulina a normatizar (4 anos de idade) 
 A FPIES é considerada a mais grave das hipersensibilidades 
alimentares gastrointestinais não mediadas por IgE 
 Além do leite e da soja, um dos alimentos mais associados 
à FPIES é o arroz, seguido da aveia. Esse é outro diferencial 
do FPIES quando comparado às demais manifestações 
gastrintestinaisinduzidas por proteína alimentar, uma vez 
que o arroz não é considerado um alimento 
potencialmente alergênico 
 É comum a FPIES ser desencadeada por mais de 1 tipo de 
alimento, caracterizando-a muitas vezes como uma reação 
a múltiplas proteínas 
 TTO: Semelhante ao da alergia alimentar, é preciso 
seguir a dieta isenta das proteínas que 
desencadearam a reação. A soja não é indicada para 
crianças com FPIES por ser considerada um dos 
alimentos potencialmente desencadeadores. 
 
 
 
 
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3. ENTEROPATIA INDUZIDA POR PROTEÍNA ALIMENTAR 
- Semelhante a FPIES (vômito, diarreia), mas quadro menos 
florido. 
- Parece com doença celíaca da criança (mas esta tem 
mecanismo autoimune e persiste a vida toda) 
- Enteropatia melhora em volta dos 2 anos 
- Déficit pondero-estrutural 
4. HEMOSSIDEROSE (SÍNDROME DE HEINER) 
- Manifestação de AA mais rara. 
- Pneumonia recorrente com infiltrados pulmonares. 
- Leite de vaca é o mais comum: Podem ser detectados 
anticorpos IgG precipitantes ao leite de vaca 
- Hemossiderose, anemia ferropriva 
- Deficit pondero-estrutural 
- A dosagem de IgG específica não é eficaz em nenhuma 
doença em particular, com exceção da síndrome de Heiner: 
Contudo, as evidências disponíveis não dão suporte à 
eficácia diagnóstica da dosagem de IgG específica em 
nenhuma doença em particular além da hemossiderose 
pulmonar (Síndrome de Heiner) níveis extremamente 
elevados de IgG específica para antígenos alimentares 
mediante emprego de ensaios de precipitinas. 
 PROCTOCOLITE E PROCTITE: É a única das 4 que não apresenta 
déficit pondero estrutural 
REAÇÕES MISTAS 
1. DERMATITE ATÓPICA: 
- 30-40% tem algum tipo de AA 
- AA pode exacerbar a DA 
- É rara a associação entre DA leve e AA 
2. ESOFAGITE EOSINOFILIA: 
- Hipersensibilidade mista (IgE mediada e não-IgE mediada). 
- Descoberta recentemente: Manifesta em qualquer idade 
- CRIANÇAS: Rejeição ao alimento, vômitos, déficit pondero-
estrutural 
- ADULTOS: Disfagia, impactação alimentar, dor abdominal e 
vômitos. Alimento tem dificuldade para descer 
(dismotilidade esofágica): demora até 2h a mais para 
comer. 
- ÚNICA FORMA DE DIAGNÓSTICO: Endoscopia digestiva 
alta (EDA) com biopsia esofágica: >15 eosinófilos/campo 
(sem biopsia não faz diagnóstico) 
- Leite de vaca, ovo, soja, milho, trigo. 
- Caracteriza-se por apresentar processo inflamatório 
eosinofílico nas camadas mucosa, muscular e/ou serosa do 
esôfago. 
- A esofagite eosinofílica alérgica acomete tanto crianças 
(lactentes a adolescentes) como adultos e pode 
representar um subtipo ou variante da gastroenterite 
eosinofílica. 
- Múltiplos alérgenos podem estar envolvidos e os mais 
comuns são leite de vaca, trigo, soja, amendoim e ovo. 
- Sintomas: Refluxo gastroesofágico/esofagite com vômito 
intermitente, irritabilidade, distúrbio do sono, ausência de 
resposta ao tratamento convencional de refluxo 
gastroesofágico e da esofagite. 
- A IgE total sérica encontra-se normal ou apenas levemente 
aumentada e a eosinofilia periférica é pouco comum. 
- A relação entre o alérgeno alimentar causal e os resultados 
positivos ao teste cutâneo de hipersensibilidade imediata 
costuma ser fraca. 
- Os lactentes em geral apresentam boa resposta à retirada 
da proteína desencadeante do quadro e ao emprego de 
fórmulas hidrolisadas, enquanto que crianças menores com 
quadros mais graves podem necessitar de dietas à base de 
aminoácidos para a resolução dos sintomas. 
- CORTICOIDES: Induzem remissão dos sintomas graves, mas 
só excepcionalmente devem ser empregados; os sintomas 
costumam recidivar 
- Testes cutâneos são pouco específicos 
 
3. GASTROENTERITE EOSINOFÍLICA: 
- Mais rara 
- Dor abdominal, diarreia. 
- CRIANÇAS: semelhante a estenose de piloro (EHP). 
- ADULTOS: semelhante a síndrome do intestino irritável (SII). 
- Metade dos pacientes tem doenças alérgicas. 
- DIAGNÓSTICO: Patologista experiente que avalia lâmina e 
verifica que te mais eosinófilos que o normal 
- Níveis elevados de IgE sérica e eosinófilos periféricos 
- Testes cutâneos são pouco específicos. 
 
 
- ESOFAGITE EOSINOFILICA: A IgE total sérica encontra-se normal 
ou apenas levemente aumentada e a eosinofilia periférica é 
pouco comum 
- GASTRITE EOSINOFILICA: Aproximadamente 50% dos pacientes 
têm atopia, níveis elevados de IgE sérica e eosinofilia periférica 
- GASTROENTEROCOLITE EOSINOFILICA: Aproximadamente 70% 
dos pacientes são atópicos e têm níveis séricos elevados de IgE 
total e específica. A eosinofilia periférica pode ser observada em 
50% dos casos 
- Pensar que: Quanto mais pra baixo no sistema digestivo, mais 
importante é a dosagem de IgE e eosinofilia periférica, mas que 
la em cima no esôfago, ela é desprezível 
DIAGNÓSTICO: 
Anamnese: Definir se é IgE, não IgE ou mista 
1. Prick test: IgE; 
2. testes in vitro: IgE; 
3. testes gastroenterológicos: EDA, US, colonoscopia 
4. dietas de eliminação; 
5. testes de provocação (challenges) 
FATORES RELEVANTES A CONSIDERAR: 
- Se sintomas forem locais restritos (não sistêmicos), não é 
AA 
- Urticária e dermatite de contato é a ultima a desaparecer, 
mesmo nos pacientes curados. 
- Lista de alimentos suspeitos e quantidade necessária para 
deflagrar reação; 
- Intervalo entre exposição/sintomas (se for de 24-36h após: 
não é); 
- Sempre que ingerir o alimento deverá ter reação (sintomas) 
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- Via de exposição (oral, inalatória, cutânea). 
- Exercício, medicamento, álcool. 
TESTES ALÉRGICOS: 
- Não confiar só no exame (valor preditivo baixo: 50%) 
1. PRICK TEST: Suspeita de alergia IgE mediada 
- alta sensibilidade e baixa especificidade 
2. TESTE DE CONTATO: Não-IgE medida 
3. Valores de cut-off: 
- abaixo do valor=baixa probabilidade; 
- acima=fortalece diagnóstico. 
- Varia por idade e alimento 
4. Dietas de eliminação com fins diagnósticos: NÃO PARA TTO 
- Data para começar e terminar: Primeiro restringe e depois 
provoca mesmo que tenha melhorado 
- Depois de diagnosticar que faz restrição alimentar para TTO. 
- Indicada quando a história e exames forem inconclusivos. 
5. Food challenges (Provocações): 
- ingerir alimento com acompanhamento médico para 
provocar. 
- A provocação oral é padrão-ouro para AA. 
- Confirma ou excluir AA. 
 
MÉTODOS NÃO VALIDADOS: IgG, provocação intradérmica ou 
sublingual, teste de ativação de linfócitos, cinesiologia, análise de 
cabelo, teste citotóxicos e eletrodérmico 
 INTRADÉRMICO NÃO INDICADO PARA ALIMENTOS E LÁTEX. 
TRATAMENTO: 
- Exclusão alimentar completa. 
- Alguns pacientes têm tolerância a pequenas quantidades de 
leite, ovo: Leite sem lactose ou sem caseína continuam sendo 
alérgicos. 
- Inalação ou exposição cutânea são improváveis de causar 
reações na maioria das AA 
- Manifestações cutâneas sem sistêmicas são desprezíveis 
(fumaça do camarão assando): Considerar apenas se tiver 
sistêmica. 
- 75% das crianças com alergia a proteína do leite de vaca (APLV) 
toleram leite extensamente aquecido (muffins, waffles) 
 
- VACINAS: Atentar as contraindicações. 
o Ovo e leite em vacinas não é contraindicação: Não é por 
ser a base de ovo ou leite que os alérgicos não poderão 
se vacinar. 
o Vacina da gripe em ovo é liberada: Mas a de febre 
amarela é contraindicação relativa, tem que tomar se 
for região endêmica e no hospital. 
- MEDICAÇÕES: remédios com lactose podem ter proteína junto e 
causar reações alérgicas 
- COSMÉTICOS: filtro solar, hidratante e lenço umedecido (leite) 
DESSENSIBILIZAÇÃO/IMUNOTERAPIA ORAL: 
- LV (leite de vaca), ovo e amendoim. 
- IgE mediada refratária ao TTO. 
- A partir dos 5 anos de idade: Pacientes ficam tolerante mas 
não curado 
 
FÓRMULAS: 
1. INFANTIS À BASE DE PROTEÍNA ISOLADA DE SOJA: Aptamil soja, 
Enfamil 
- Não recomendadas para menores de 6 meses. 
- Seguras; 
- Isoflavona: Fitoestrógeno, não indicado para meninos 
- Utilizar nas formas IgE mediada sem comprometimento TGI 
em crianças com+ 6 meses. 
- 10 a 15% das crianças com APVL IgE mediada apresentam 
também reação a soja. 
- Ades não é soja, é a base de soja – não é nutricionalmente 
completo 
2. PROTEÍNAS EXTENSAMENTE HIDROLISADAS: Alergomed. 
- Proteínas usadas são do leite de vaca como as proteínas do 
soro e caseína ou da soja e colágeno. 
- Há fórmulas com e sem lactose: 
▪ Sem lactose usar em crianças com sintomas de TGI 
▪ Com lactose usar apenas em crianças que não tem 
sintomas em TGI. 
3. BASE DE AMINOÁCIDOS: Neocate e Aminomed. 
- Proteínas se encontram como aminoácidos livres. 
- Indicado como 1ª opção em lactentes com alto risco 
anafilático/quadros iniciais mais graves ou que não teve 
sucesso com fórmulas muito hidrolisadas 
LEITE DE OUTROS MAMÍFEROS: Cabra e ovelha não servem 
(parecem com o de vaca) 
LEITE DE ARROZ: Novamil Rice; não serve o leite de arroz do Giassi 
porque tem arsênio (tóxico ao SNC) 
FORMAS HA (PARCIALMENTE HIDROLISADOS): Não servem para tto. 
Existem estudos para prevenção de DA e AA. 
 
MONITORAMENTO DA AA: 
- Pacientes com AA devem ser reavaliados entre 3-6 meses. 
- In vivo, in vitro e exposição acidental: IgE mediada pode ser 
acompanhada por exames. 
- As não-IgE: Teste de provocação volta e meia 
 
PREVENÇÃO DE ALERGIAS: 
- Aleitamento exclusivo materno até 4 meses (Antes disso não 
confere proteção), hidratação da pele, parto vaginal. 
- Introdução precoce a todos os alimentos até 1 ano de vida. 
 Dieta de restrição na gravidez ou suplementação de vitamina D 
não funcionam 
 
 
 
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TESTES ALÉRGICOS 
PRICK TEST (TESTE POR PONTURA) 
- ALERGIAS IGE MEDIADAS são a maioria das alergias 
- RH tipo I: Hipersensibilidade imediata 
- Mesmo com história compatível, faz o teste: tamanho da 
pápula ou valor do exame de sangue servem para avaliar 
melhora ao longo do tempo 
- Rápido (15min), alta sensibilidade e custo efetivo 
- Identificação do possível patógeno. 
 
1. IN VIVO: Resposta rápida, menor custo, tamanho da reação 
mostra sensibilidade, diversos extratos, paciente pode ver a 
reação e compreender 
2. IN VITRO: Mais específico, menor risco, doenças de pele e 
medicamentos não interferem 
 
MECANISMO BIOLÓGICO: 
- Detecta presença de IgE nos mastócitos. 
- TESTE POSITIVO (>IGUAL 3MM): Pápula-eritema 
- Não é preventivo: Paciente precisa já estar sensibilizado 
(ter entrado em contato antes e já ter IgE para aquele 
alérgeno). Ex.: se paciente nunca usou algum medicamento, 
não adianta fazer teste para ver se é alérgico (não é 
preventivo). 
- Mastócitos liberam: histamina, triptase, quimase, 
carboxipeptidase. 
SENSIBILIZAÇÃO X ALERGIA: 
- Sensibilização: Presença de IgE específica 
- Alergia: Sensibilização + sintomas clínicos 
- Teste não avalia alergia, mas sim sensibilização. 
 Testes em alimentos não são tão confiantes (50%), mas em 
inalantes sim (85%) 
INDICAÇÕES: Asma, rinite, conjuntivite, AA, drogas, venenos, látex 
CONTRAINDICADOS: 
- Alto risco de anafilaxia: Asma descontrolada e função 
pulmonar reduzida 
- Pessoas com grandes reações a pequenas doses. 
- Anafilaxia recente, dermografismo, mastocitose cutânea. 
 Idade não é critério para não fazer exame: Os extremos de 
idade têm valores de corte próprios 
CONTROLE NEGATIVO: quando doenças de pele interferem na 
resposta 
- Pápula 3mm – dermog 2mm = 1mm → teste negativo 
- Pápula 7mm- dermog 2mm = 5mm → teste positivo 
CONTROLE POSITIVO: Avalia se não está em uso de medicações que 
interferem no resultado. 
FATORES QUE AFETAM RESULTADO: Suspender medicações 
específicas uns dias antes. 
- Anti-H1 e H2, ctc tópico recente, antidepressivo tricíclicos e 
altas doses de MTX 
FATORES QUE NÃO INTERFEREM: Corticoide oral e nasal. 
TESTE INTRADÉRMICO 
- INDICADO APÓS PRICK NEGATIVO: SEMPRE prosseguir para o 
intradérmico quando se trata de insetos ou drogas 
- Sensibilidade imediata: Avalia reposta a DROGAS E VENENOS DE 
INSETOS 
- Não fazer com alimentos/látex. 
- Avaliar quanto a pápula cresce: Toda injeção dá um pouco de 
pápula. 
 
TESTE DE CONTATO (PATCH TEST) 
- Hipersensibilidade tardia (tipo IV) 
- Investiga dermatite de contato alérgica e esofagite eosinofílica 
 
1. FASE DE SENSIBILIZAÇÃO: Contato com hapteno. Hapteno se 
liga a proteína e é apresentado à célula APC→linfócito T→libera 
células de memória contra a proteína 
2. FASE DE ELICITAÇÃO: Fase simulada no teste 
INDICAÇÕES: 
- Erupção eczematosa persistente com suspeita de DCA 
- Dermatite crônica (mãos, pés, pálpebras) 
- Dermatite eczematosa do trabalho (saúde, cabeleireiros, 
plástico, borracha) 
- Piora de uma dermatite estável 
- Diagnóstico de sensibilização alimentar na esofagite 
eosinofílica. 
MÉTODO: Nas costas, pele íntegra, bateria padrão e bateria de 
cosméticos, forma pápulas ou bolhas 
- Adesivo no tempo 0h: segunda feira 
- 1ª leitura e retirada do adesivo em 48h: quarta-feira 
- 2ª leitura ou tardia em 96h: sexta-feira 
ORIENTAÇÕES PRÉ-TESTE: 
- Corticoide tópico pontentes ou orais devem ser retirados 2 
semanas antes. 
- Evitar exposição solar (reduz sensibilidade da pele). 
- Efeitos de imunossupressão sistêmicos ainda não estão bem 
estabelecidos. 
- Recomenda-se evitar a realização do teste na gestação. 
- O teste não deve ser realizado na vigência de lesões ativas 
(agudas) 
 Não precisa suspender anti-H1 e doses de prednisona até 20mg 
são aceitáveis. 
 
COMPLICAÇÕES: 
- Sensibilização ativa 
- ANGRY BACK: Síndrome da pele excitada – Vários alérgenos 
positivos ao mesmo tempo. Espera paciente melhorar e 
testa cada um dos que deu positivo em locais distantes um 
do outro. 
 
RESULTADOS: 
- NEGATIVO: Provavelmente a substancia envolvida é um irritante 
primário, já que a dermatite acontece sem envolvimento de 
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mecanismo alérgico ou trata-se de outra doença ou existe outra 
substancia que não foi testada nesta bateria. 
- POSITIVO: Indica dermatite alérgica de contato

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