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Direito Empresarial

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__.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Atividade Empresarial 
(Art. 966, CC) 
• Econômica - Com o objetivo de ganhar dinheiro; 
• Profissionalismo – Continuidade; 
• Organizada – Quando se aplica os melhores esforços para que o negócio dê 
certo (gestão). 
 A atividade do profissional intelectual não é atividade empresarial, salvo quando a 
atividade constituir elemento de empresa. 
Elemento de Empresa – Um dos motivos que atrai o consumidor. 
 
Empresário - Titular da atividade empresarial. 
• Empresário Individual 
• EIRELI 
• Sociedade Empresária 
 
O sócio nunca será empresário! O sujeito das relações empresariais é a sociedade. 
 
 
Empresário Individual 
(art. 966, CC) 
É a pessoa física que realiza a atividade empresarial. O simples fato de realizar 
a atividade já o torna empresário. 
 
Cuidado! Para ser empresário, não precisa de registro. 
 
O registro é uma obrigação, no entanto, não é um requisito. O registro é um ato 
declaratório, pois não é o registro que constitui a atividade empresarial, ele somente 
regula a atividade. - Art. 967, CC – O local do registro é na Junta Comercial. 
A receita que atribui o CNPJ (código), então embora que se tenha CNPJ, não 
terá personalidade jurídica (art. 44, CC – lista de quem tem personalidade jurídica) que 
precisa ser criada por lei. 
O empresário individual não possui personalidade jurídica. Em uma peça, deve 
ser colocado o nome seguido do CNPJ. 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Ele é titular de um único patrimônio que envolve tanto os bens pessoais, como 
bens empresariais, não há separação patrimonial. Esse patrimônio único responde 
pelas dividas pessoais e pelas dividas empresariais. Ou seja, esse sujeito, empresário 
individual, responde pelo risco integral, possui responsabilidade ilimitada. 
 
• Incapaz - O incapaz pode ser empresário individual? (art. 974-976, CC) 
Em regra, não pode ser, pois o art. 972 do CC diz que o empresário deve ser 
capaz. No entanto, há exceções em que para o incapaz ser empresário individual ele 
pode continuar a empresa, ou seja, não é possível que ele abra um negócio, ele pode 
somente continuar sendo empresário ou receber por meio de herança. Ele também, 
para continuar a empresa, depende de autorização judicial, ou seja, o juiz deve autorizar 
a continuidade da empresa, essa decisão é revogável, pode ser mudada ao longo da 
atividade. E ele também deverá ser representado (absolutamente incapaz) ou assistido 
(relativamente incapaz). 
 
Cuidado! Na prova, é necessário que examinador dê a informação referente a idade, 
ou quanto estar interditada a pessoa. Não basta que diga que estava drogado, em coma, 
preso ou outra situação, deve deixar exposto que a pessoa é interditada e qual a posição 
do juízo quanto a incapacidade. 
 
 
Obs.¹: O art. 974, §2° diz quais bens serão atingidos pelas dívidas da empresa. 
 
 
 
Obs.²: O incapaz pode ser sócio? Art. 974, §3° do CC – Ele só pode entrar na 
sociedade se o capital social dela estiver integralizado (serve como proteção ao 
patrimônio dele) e o incapaz não pode ser administrador e precisa ser 
representado ou assistido. 
 
 
Impedimentos (art. 972, CC) 
Para ser empresário individual, a pessoa deve ser livre de 
impedimentos/proibições. 
• Militar; 
• Magistrado; 
• Falido. 
O impedido que atua como empresário individual, responde pelos atos 
praticados – art. 973, CC. 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
EIRELI 
(art. 980-A, CC) 
Significa Empresa Individual de Responsabilidade Limitada. Possui somente um 
único titular que pode ser pessoa jurídica ou pessoa física. 
É possível que exerça atividade empresarial ou uma atividade não empresarial. 
No art. 980-A diz que pode ter por objeto a cessão de direitos autorais que é uma 
atividade não empresarial, e nesse caso o registro é no Cartório Civil de Pessoas 
Jurídicas e quando empresarial é na Junta Comercial. - Art. 1150, CC. 
Com o registro, há personalidade jurídica (art. 44, CC). Então, há separação 
patrimonial, ou seja, existe um patrimônio do titular e um patrimônio da EIRELI, são 
separados e distintos. 
Para ser constituída, é exigido que se tenha uma capital social mínimo investido 
de 100 salários mínimos e este valor deve estar integralizado, ou seja, deve estar na 
empresa. Esse valor pode ser composto por dinheiro ou bens, não pode por prestação 
de serviços (art. 1055, CC c/c art. 980-A, §6°, CC), 
A EIRELI usa de forma subsidiária as regras de sociedade limitada. 
 
Nome Empresarial (art. 33-34 da Lei 8934/94) 
Só é protegido a partir do registro. No art. 980-A do CC diz que pode ser firma 
(nome da pessoa física titular) ou denominação (nome inventado) e ao final do nome, 
sempre deve ter a terminação EIRELI. 
 
Obs.: 
Uma pessoa deseja realizar uma atividade empresarial: 
• Empresário Individual 
o Responsabilidade Ilimitada; 
o Sem personalidade jurídica; 
o Sem capital social mínimo. 
 
• EIRELI 
o Responsabilidade limitada; 
o Tem personalidade jurídica. 
 
• Sociedade Unipessoal Limitada 
o Art. 1052, CC 
o Responsabilidade Limitada 
o Personalidade Jurídica 
o Sem capital social mínimo 
 
 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Empresário Individual casado que deseja alienar ou onerar bens imóveis - 
Art. 978, CC 
Se o imóvel for somente atingido pela empresa, ou seja, o imóvel onde está o 
estabelecimento, ele poderá onerar, alienar e vender sem a vênia conjugal, então não 
importará o regime de bens que ele seja casado. 
 
Atividade Rural 
Para ser atividade empresarial, terá que cumprir o art. 966 do CC. 
A pessoa física que exerce essa atividade rural tem a faculdade de providenciar 
o seu registro. Somente após efetuar o registro que essa pessoa será considerada 
empresário individual. - Art. 971, CC – Quando a atividade é empresarial, o registro é 
um ato constitutivo, pois só existe empresa a partir do registro. 
 
 
Empresário Individual 
 
Regular Irregular 
Personalidade Jurídica ❌ ❌ 
Desconsideração de PJ ❌ ❌ 
Falência ✅ ✅ 
Pedido de Recuperação de Empresa ✅ ❌ 
Requerer a falência do devedor ✅ ❌ 
Arts. 1, 48 e 97 da Lei 11.101/05 
 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Sociedades 
Sociedade em Comum (art. 986-990, CC) 
É uma sociedade não personificada, ou seja, não tem personalidade jurídica 
porque não tem registro. 
 
Obs.: Situações em que no caso concreto se presume que é sociedade comum: Tem ato 
constitutivo sem registro; não tem ato constitutivo e não tem registro; a sociedade limitada 
não possui registro. 
 
 
• Sociedade Simples – Sociedade não empresária (ex.: sociedade de dentistas, 
médicos e etc., sem registro.). Não pode falir. 
 
• Sociedade Empresária - Pode falir. 
 
Responsabilidade dos Sócios 
Ilimitada - Não tem valor máximo de prejuízo, o prejuízo é o tamanho da 
obrigação assumida. 
Solidária - Entre os sócios, ou seja, uma vez que um sócio seja atingido, ele 
pode, se provar a existência da sociedade, pode trazer responsabilidade para os demais 
sócios. 
Benefício de Ordem – Ordem de cobrança, o credor deve cobrar primeiro a 
sociedade (mesmo sem personalidade jurídica, tem capacidade processual) atingindo o 
patrimônio especial e somente após, se cobra e atinge os sócios. 
 
 
Obs.: Patrimônio Especial - São os bens e as dividas atingidas pela atividade empresarial 
(os bens que os sócios colocaram na sociedade compõe o patrimônio especial). 
 
 
 
Obs.²: Sócio que contratou – Quem realizou um contrato com um terceiro – Responde de 
forma ilimitada, solidária, no entanto, é excluído do benefício de ordem, ou seja, será 
cobrado diretamente. 
 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Sociedade em Conta de Participação 
(art. 991-996, CC) 
 
É uma sociedade não personificada, assim como a sociedade em comum, então 
não tem personalidade jurídica. Há patrimônio especial. Composta por 2 sócios,que 
são: 
Sócio Ostensivo Sócio Participante 
→ Realiza o objeto social; 
→ Contrata com terceiros; 
→ Responde ilimitadamente perante 
terceiros; 
→ Pode ter uma atividade regular ou 
irregular. 
→ Não realiza o objeto social; 
→ Não contrata com terceiros; 
→ Não responde perante terceiros. 
Então os terceiros que não foram 
contratados por ele, não podem 
aciona-los. 
 
Obs.: Caso esse sócio contrate com 
terceiros, ele terá responsabilidade perante 
quem contratou com ele. 
 
 
Falência de um dos sócios (art. 994, CC) 
➢ Sócio Ostensivo 
Nesse caso, a atividade irá parar e o credor quirografário será o credor que tiver 
algo a receber que contratualmente teria que ter sido pago. 
 
➢ Sócio Participante 
Na falência do participante, ou seja, quando por exemplo, ele é ao mesmo tempo 
dono de um estabelecimento, no caso dele falir, a atividade continuará e o contrato da 
sociedade em conta de participação será um contrato bilateral. 
 
 
Dissolução da Sociedade (art. 1033, CC) 
Pode ocorrer em todos os casos previstos no art. 1033 do Código Civil. A ação 
de exigir contas é a ação cabível para resolver os valores a pagar entre os sócios, o art. 
996 (cabimento) e o art. 550 (procedimento) do CC devem estar no preâmbulo da peça. 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Esqueleto da Ação de Exigir Contas 
Cabimento: 
Na dissolução da sociedade em conta de participação e; quando um sócio pede 
ao administrador que preste as contas. 
 
Competência: 
 Foro de eleição (local indicado no contrato) ou a sede do sócio ostensivo (onde 
a atividade está sendo prestada). 
 
(5 linhas) 
Partes: 
• Autor: Sócio Participante 
 
• Réu: Sócio Ostensivo 
 
Peça: Ação de Exigir Contas 
Arts. 996 e 1020, CC e art. 550 e ss., CPC 
(Procedimento Especial) 
 
Fatos: 
Narrativa dos fatos 
 
Mérito 
• Cabimento (e tempestividade quando for o caso); 
 
• Sociedade em Conta de Participação: Explicar com base do art. 
991, CC; 
 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
• Dissolução da Sociedade: Explicar o motivo usando o art. 1033, CC 
como base; 
• Liquidação: Nos termos do art. 996, CC tem que ser apurada por meio 
dessa ação. 
 
Pedido 
Ante o exposto, requer: 
a. a procedência do pedido do autor a fim de condenar o réu a prestar as contas 
no prazo de 15 dias, sob pena de não lhe ser lícito impugná-las se o autor as 
apresentar (art. 550, §5° do CPC); 
 
b. A citação do réu para a apresentação de contas ou oferecimento de contestação 
no prazo de 15 dias (art. 550, caput do CPC); 
 
c. Que as contas sejam apresentadas de forma adequada, especificando receitas, 
despesas, investimentos, se houver, e apurando-se o saldo para que seja 
constituído título executivo (arts. 551 e 552, CPC); 
 
d. A condenação do Réu ao pagamento das custas e honorários advocatícios a 
serem arbitrados por Vossa Excelência (art. 82, §2° do CPC e art. 85 do CPC); 
 
e. A citação do Réu para que apresente defesa ou compareça em audiência de 
conciliação ou mediação a ser oportunamente designada; 
 
f. O interesse pela realização da audiência de conciliação e mediação a ser 
designada nos termos do art. 334 do CPC; 
 
g. Que as intimações sejam enviadas para o escritório do advogado na rua ... 
(endereço completo), conforme o art. 77, V do CPC; 
 
h. A juntada da guia de custas devidamente recolhida em anexo. 
 
Pretende-se provas o alegado por todos os meios em direito admitidos, 
especialmente: (documentos apresentados no problema). 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Sociedade Limitada (LTDA) 
Art. 1053, CC – Arts. 997 e ss., CC – Lei 6404/76 
Em caso de omissão, as regras de sociedade simples serão usadas de forma 
subsidiária que estão nos arts. 997 e ss. do Código Civil. A lei 6404/76 que é a lei de 
S.A. é usada em casos em que o contrato social indicar expressamente que deverá ser 
usada. 
 
Capital Social 
Lastro da empresa, a soma do investimento dos sócios. O art. 1055, CC deverá 
ser usado e no caso de aumento do capital social será usado o art. 1081, CC e no caso 
de redução de capital social, será usado o art. 1082 ao 1084 do CC. 
Na composição do capital social, cada sócio poderá investir dinheiro ou bens. 
Então, prestação de serviços não é permitido, é necessário ter algo que possa ser objeto 
de avaliação. 
Toda vez que for investido um bem, este bem terá que ser avaliado. No art. 1055 
do CC diz que os sócios são solidariamente responsáveis pela exata estimativa dos 
bens. 
 
Responsabilidade dos Sócios 
X LTDA 
Capital Social = 100.000,00 
Comprometer 
(Subscrever) 
Colocar 
(Integralizar) 
Dívida 
 
Sócio A 
 Sócio Remisso 
80 50 30 
Sócio B 
 
20 20 0 
 
O período entre subscrever e integralizar é acordado entre as partes. O valor que 
foi subscrito e não foi integralizado será de responsabilidade solidária dos dois sócios. 
A sociedade pode ingressar com uma ação de cobrança (procedimento comum 
- art. 318 e ss.) contra o sócio que está em dívida com a parte subscrita e não 
integralizada. 
O credor que faça cobrança contra a sociedade, caso a sociedade não pague 
todo o valor, esse credor poderá atingir todos os sócios com o valor máximo do valor 
que foi subscrito e não foi integralizado. 
O sócio remisso é o sócio que não integralizou a cota que subscreveu, ou seja, 
não pagou parte do que se comprometeu, está disposto no art. 1058 do Código Civil, a 
sociedade pode cobrar ou exclui-lo. 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Número Mínimo de Sócios 
• Sociedade LTDA – 2 ou mais sócios. 
 
• Sociedade Unipessoal LTDA 
O contrato é alterado para a composição de um único sócio (art. 1052, CC). 
Todos os artigos de LTDA serão usados, exceto os artigos relativos a 
composição com mais sócios, como artigos de quórum. 
 
Desconsideração da Personalidade Jurídica 
Possui dois objetivos, sendo o de atingir o patrimônio de alguém (pessoa física) 
que não é o devedor (pessoa jurídica) e também de atingir o patrimônio da pessoa 
jurídica que não é devedora além do patrimônio da pessoa física que é a devedora. 
• Credor ➡ Pessoa Jurídica ➡ Pessoa Física 
• Credor ➡ Pessoa Física ➡ Pessoa Jurídica (Desconsideração Inversa) 
 Credor Negocial Credor Não Negocial 
Garantias 
✅Pode exigir garantias, 
 quando analisa quem quer 
dinheiro emprestado. 
❌Não pode exigir garantias. 
Ex.: trabalhador; reparação ao 
meio ambiente; reparação do 
dano ao consumidor. 
Desconsideração 
da PJ 
Difícil 
Teoria Maior 
Fácil 
Teoria Menor 
Requisitos 
p/ Desconsideração 
da PJ 
• Não pagamento; 
• Abuso da PJ 
• Obstáculo ao pagamento 
Ex.: art. 28, §5° CDC 
 
Abuso da Personalidade Jurídica (art. 50, CC) 
• Confusão Patrimonial – Mistura de patrimônios com o objetivo de fraude, 
com o intuito de lesar credores. 
 
• Desvio de Finalidade – Usar a pessoa jurídica de forma indevida com o 
objetivo de lesar credores. 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Estrutura do 
Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica 
Cabimento: Possibilidade de atingir o patrimônio da pessoa jurídica ou dos sócios. 
Precisa dos requisitos do art. 50 do CC. 
Distribuição por Dependência (quando existente um contraditório especifico) 
- Petição Simples. 
Competência: Local onde está o processo principal 
Partes: 
• Autor: Credor 
• Réu: Sócios (desconsideração comum) ou PJ (desconsideração inversa). 
Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica 
Fundamento: Art. 50, CC e art. 133 e ss., CPC 
Fatos: Narrativa do enunciado 
Mérito (art. 50, CC e art. 133 e ss., CPC): 
• Cabimento 
• Requisitos 
• Aplicação da teoria maior 
Pedido – Ante o exposto requer: 
a. Que seja recebido o presente incidente de desconsideração da personalidade 
jurídica, suspendendo-se o processo principal (art. 134, §3° do CPC); 
b. Que seja informado ao distribuidor (art. 134, §4° do CPC);c. A citação dos sócios para que se manifestem no prazo de 15 dias (art. 135 do 
CPC); 
d. Que seja declarada a ineficácia de alienação ou oneração de bens havidos em 
fraude à execução (art. 137 do CPC); 
Provas 
Petição Simples 
Não há valor de causa 
 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Administrador (art. 1060 e ss., CC) 
➢ Pode ser sócio ou terceiro que estará estabelecido no contrato social ou em 
documento separado (documento registrado na Junta Comercial). 
➢ Usa o nome empresarial, ou seja, assina pela empresa. 
➢ Designação/Destituição - Quórum diferente para sócio e não sócio (art. 1060 e 
ss., CC). 
 
Responsabilidade do Administrador 
Em caso de omissão, os artigos 1010 e ss., CC devem ser usados com base no 
art. 1053 do CC que é o artigo ponte ou a lei da sociedade anônima se estiver 
expressamente permitido no contrato. 
Existe a possibilidade de Ação de Reparação de danos/Ação de Indenização 
(procedimento comum) quando ocorre responsabilidade por perdas e danos. 
Cabe perdas e danos quando ele age com culpa, dolo, em benefício próprio, usa 
recursos sem autorização, age contra a vontade dos sócios. 
• Excesso de poderes (art. 1015, CC): Faz algo que não tem poder para fazer. 
→ Se praticar um ato ultra vires: Excesso (art. 1015, §ún., III, CC), a pratica 
do ato além do objeto social. 
Esta prática trás responsabilidade oposta a terceiros, a sociedade não 
pode ser atingida, o administrador responde de forma isolada. 
 
Cessão de Cotas (art. 1057, CC) 
Aplicado somente no caso de omissão do contrato social, se tiver uma regra no 
contrato social, a regra que estiver expressa nele terá que ser explicada seja qual for. 
 
Decisão que depende dos sócios (art. 1071 e ss., CC) 
Deverá ter quóruns específicos presentes nos artigos que devem ser seguidos. 
 
Conselho Fiscal (arts. 1066 e ss., CC) 
É facultativo, se existir terá que seguir as regras do art. 1066 e seguintes do 
Código Civil. 
 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Dissolução Parcial 
Ocorre quando o vínculo entre a sociedade e o sócio deixa de existir. A sociedade 
continua existindo normalmente, no entanto, o vínculo com o sócio deixa de existir 
temporariamente. Pode ocorrer nos casos de morte, retirada e exclusão, podendo ser resolvidas 
essas situações extrajudicialmente e se não resolvidas de forma amigável, pode dar início a uma 
demanda judicial chamada de Ação de Dissolução Parcial com fundamento no art. 599 e ss. Do 
CPC. 
 
Dissolução Parcial por Morte 
(art. 1053, CC – por omissão, usa-se o art. 1028, CC) 
No caso de morte, o normal é que os herdeiros serão ressarcidos, ou seja, a cota 
temporariamente fica sem dono. No entanto, pode existir um acordo diferente entre os 
herdeiros e os sócios sobreviventes ou por definição em contrato social, na omissão, os 
herdeiros serão ressarcidos. 
Procedimento Extrajudicial Procedimento Judicial 
 
Herdeiros levam Atestado de Óbito para a 
sociedade 
⬇ 
Alteração do Contrato 
(tirando o sócio que faleceu) 
⬇ 
Averbação na Junta Comercial 
⬇ 
Apuração dos Haveres 
(aplicar o art. 1031, CC para resolver o 
valor devido e ressarcir os herdeiros). 
 
 
Herdeiros levam Atestado de Óbito para a 
sociedade 
⬇ 
O contrato social não é alterado 
(tirando o sócio que faleceu) 
⬇ 
Ação de Dissolução Parcial c/c com 
Apuração de Haveres 
OU 
Herdeiros levam Atestado de Óbito para a 
sociedade 
⬇ 
O contrato social é alterado 
(tirando o sócio que faleceu) 
⬇ 
Não é feita a apuração de haveres 
⬇ 
Ação de Apuração de Haveres 
(para discutir o valor devido) 
 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Dissolução Parcial por Retirada - Sócio que quer sair da sociedade 
• Hipótese Motivada (art.1077, CC): Existe um motivo indicado na lei, cabe por 
exemplo, quando o sócio não concorda com a alteração do contrato social, nesse 
caso, ele pode pedir a saída da sociedade. Ou, 
 
• Hipótese Imotivada (art. 1029, CC): Não há situação defendida em lei, no 
entanto, o sócio pode alegar a quebra da “affectio societatis” que é o dever de 
colaboração, de fazer o negócio dar certo. O motivo da quebra pode ser um 
desentendimento, falta de confiança, brigas e discussões e etc. 
 
Procedimento Extrajudicial Procedimento Judicial 
 
Notif icação dos Sócios 
(eles devem decidir se querem continuar ou não 
com a sociedade) 
⬇ 
Alteração do contrato social 
(Caso concordem, farão) 
⬇ 
Averbação na Junta Comercial 
(alterar o registro) 
⬇ 
Apuração dos Haveres 
 
 
Notif icação dos Sócios 
(eles devem decidir se querem continuar ou não 
com a sociedade) 
⬇ 
Não alteram o contrato 
⬇ 
Ação de Dissolução Parcial 
OU 
Notif icação dos Sócios 
(eles devem decidir se querem continuar ou não 
com a sociedade) 
⬇ 
Alteração do contrato social 
(Caso concordem, farão) 
⬇ 
Averbação na Junta Comercial 
(alterar o registro) 
⬇ 
Não tem apuração dos haveres 
⬇ 
Ação de Apuração de Haveres 
 
Então, se os sócios são notificados, no entanto, não fazem a alteração do 
contrato social, pois ficam inertes ou até fazem, mas não fazem a averbação na Junta 
Comercial, a Ação de Dissolução Parcial será cabível. Caso a dissolução tenha sido 
feita, mas o ressarcimento não ocorreu, cabe a Ação de Apuração de Haveres. 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Dissolução Parcial por Exclusão 
Deve ser extrajudicial quando todos os requisitos do art. 1085 do CC estiverem 
presentes. Caso não tenha algum requisito, poderá ser de forma judicial. 
Os requisitos do art. 1085 do CC, são: 
▪ Falta grave (nunca é um problema pessoal e sim, um problema 
contra a empresa); 
▪ Previsão no contrato social 
▪ Concordância de sócios com mais da metade do capital social 
 
 
A sociedade deve dar a oportunidade de defesa para o sócio para exclui-lo 
extrajudicialmente, ele deve ter conhecimento da dissolução. 
 
Extrajudicial 
 
Judicial 
 
Cumpre os requisitos do art. 1085, CC. 
Verificar que a exclusão extrajudicial não é 
possível, pois não há os requisitos. 
 
Alteração no contrato social 
⬇ 
Averbação na Junta Comercial 
⬇ 
Apuração dos Haveres 
 
Falta grave 
⬇ 
Ação de Dissolução Parcial cumulada com 
Apuração de Haveres 
 
Alteração no contrato social 
⬇ 
Averbação na Junta Comercial 
⬇ 
Inércia da sociedade 
⬇ 
Ação de Apuração dos Haveres 
 
 
 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Esqueleto de Dissolução Parcial 
 
Quando houver a inércia no caso de retirada, morte ou exclusão. 
 
Competência: Foro de eleição ou sede da empresa 
Autor: Art. 600, CPC Morte – Inventariante ou sucessores 
 Exclusão - Sociedade 
 Retirada - Sócio 
 
Réu: Morte - Sociedade 
 Retirada – Sociedade 
 Exclusão - Sócio que se quer excluir 
 
AÇÃO DE DISSOLUÇÃO PARCIAL... 
→ POR MORTE, art. 1028, cc e art. 599, I, II e ss., CPC 
→ DE RETIRADA, art. 1077, CC ou art. 1029, CC e art. 599, I, II e ss., CPC 
→ DE EXCLUSÃO, art. 1030, CC e art. 599, I, II e ss., CPC 
 
I. DOS FATOS 
II. DO MÉRITO 
⎯ Cabimento 
⎯ Hipótese (1028 ou 1077 ou 1030) 
⎯ Da apuração dos Haveres (como serão apurados, art. 1031 ou 606 do CPC) 
⎯ Pedir para o juiz fixar a data da resolução (art. 605, CPC) 
 
III. DOS PEDIDOS 
a. a procedência do pedido do autor no sentido de determinar a dissolução parcial 
por..., oficiando a Junta Comercial; 
b. que seja fixada a data da resolução, nos termos do art. 605 do CPC; 
c. que sejam apurados os haveres de acordo com o art. 606 do CPC e art. 1031 
do CC; 
d. a citação do Réu, para que, querendo apresente sua contestação no prazo 
legal de 15 dias de acordo com o art. 601 do CPC; 
e. o autor manifesta interesse na audiência de conciliação ou mediação conforme 
o art. 319, VII e art. 334, §5° do CPC; 
f. a condenação as custas e honorários conforme o art. 82, §2° e art. 85 do CPC; 
g. a juntadadas custas iniciais; 
h. que as intimações sejam enviadas ao escritório da rua... (art. 77, V do CPC); 
Provas: Sempre deve ser apresentado o contrato social consolidado. 
Valor da Causa: A parte do sócio e não o capital social total. 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Esqueleto de Apuração de Haveres 
 
Quando houver a inércia no caso de retirada, morte ou exclusão. 
 
Competência: Foro de eleição ou sede da empresa 
 
Autor: Art. 600, CPC 
Morte – Inventariante ou sucessores 
Exclusão - Sociedade 
Retirada - Sócio 
 
Réu: 
Morte - Sociedade 
Retirada – Sociedade 
Exclusão - Sócio que se quer excluir 
 
 
AÇÃO DE APURAÇÃO DE HAVERES 
Art. 599, III e 1031 do CPC 
 
I. DOS FATOS 
II. DO MÉRITO 
− Da apuração dos Haveres (como serão apurados, art. 1031 ou 606 do 
CPC) 
− Pedir para o juiz fixar a data da resolução (art. 605, CPC) 
 
III. DOS PEDIDOS 
a. que seja fixada a data da resolução, nos termos do art. 605 do CPC; 
b. que sejam apurados os haveres de acordo com o art. 606 do CPC e art. 1031 do 
CC; 
c. a citação do Réu, para que, querendo apresente sua contestação no prazo legal 
de 15 dias de acordo com o art. 601 do CPC; 
d. o autor manifesta interesse na audiência de conciliação ou mediação conforme o 
art. 319, VII e art. 334, §5° do CPC; 
e. a condenação as custas e honorários conforme o art. 82, §2° e art. 85 do CPC; 
f. a juntada das custas iniciais; 
g. que as intimações sejam enviadas ao escritório da rua... (art. 77, V do CPC); 
 
Provas: Sempre deve ser apresentado o contrato social consolidado. 
Valor da Causa: A parte do sócio e não o capital social total.
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Registro 
(Arts. 967 a 971, CC/ Lei 8934/94 - Lei de Registro Público das Empresas Mercantis – arts. 4,5 e 34) 
 
O art. 967 do CC diz que todo empresário individual e toda sociedade empresária 
devem se registrar antes do início da sua atividade. Portanto, o registro não é uma 
faculdade e sim, uma obrigação. 
o Obrigatório 
Exceção: O registro será uma faculdade na situação do art. 971 do CC que é o caso do 
empreendedor rural que é a pessoa que exerce a atividade econômica de forma 
organizada na área rural, estes poderão escolher ter registro ou não. 
O registro possui natureza regulatória e não constitutiva, pois a empresa nasce 
no momento em que se abrem as portas com registro ou não. O registro possui duas 
funções que ocorrem no momento do registro, que são: 
o Regularizar a atividade empresarial; 
o Atribuir a ela, personalidade jurídica. 
 
Obs.: O empresário individual (art. 966, CC) ao se registrar irá regularizar sua atividade 
empresarial, mas não terá personalidade jurídica, porque ele continua sendo a pessoa 
física exercendo a atividade empresarial em seu próprio nome. 
 
Empreendedor Rural 
• Faculdade de se registrar 
• Registro com natureza constitutiva 
O empreendedor rural se torna empresário no momento do registro, apenas ele, 
em virtude da natureza facultativa do registro, este registro será constitutivo, ou seja, o 
empreendedor rural só é empresário caso tenha registro e assim, será empresário 
regular. Se o empreendedor rural não tiver registro, ele não é empresário e portanto, 
não é regular também. 
 
Junta Comercial (Estadual) = Registro Público das Empresas Mercantis 
Cada estado da federação e o DF tem uma junta comercial, ao todo, tem 27 
juntas comerciais no Brasil. É um órgão de efetiva execução. 
O empresário individual, EIRELI ou sociedade empresária devem registrar seus 
atos constitutivos na Junta Comercial. 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
D.R.E.I (Departamento de Registro Empresarial e Integração) - Federal 
Existe somente 1 no Brasil. Possui a função de regulamentar a atividade de 
registro por meio da edição de instruções normativas, ou seja, vários pontos em que a 
legislação é omissa ou obscura quanto ao registro, esse órgão regulamenta por meio 
das instruções normativas. É um órgão de supervisão. 
Funções: 
• Regulamentar; 
• Fiscalizar as Juntas Comerciais para saber se estão agindo de forma efetiva e 
correta quanto ao serviço e preceitos legais. 
 
 
Nome Empresarial (art. 1155 a 1168, CC) 
➢ Firma – Empresa Individual ou sociedade que registra com nome civil de um 
titular ou de todos os sócios de forma extensa ou abreviada. 
 
➢ Denominação - Registro com nome fantasia, fictício. 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Estabelecimento Empresarial (art. 1142-1149, CC) 
Nos termos do art. 1142 do Código Civil, estabelecimento empresarial é o 
conjunto de bens corpóreos e incorpóreos reunidos pelo empresário ou pela sociedade 
empresária para o desenvolvimento de sua atividade. O ponto comercial é o prédio, local 
do estabelecimento. 
 Contrato de Trespasse 
(Contrato de Venda do Estabelecimento Empresarial) 
Aviamento: Sobrevalor com base na capacidade de atração de clientela e freguesia 
do estabelecimento. O vendedor que define o preço, não há uma base de cálculo. 
Clausula de Não Restabelecimento = Clausula de Não Concorrência (art. 1147, 
CC) 
Na omissão do contrato de trespasse, o alienante não poderá fazer concorrência 
ao adquirente (comprador) pelo prazo de 5 anos. Essa clausula é tácita, ou não seja, 
não precisa estar expressa no contrato. O comprador pode renunciar essa garantia, ele 
deve renunciar de forma expressa no contrato. No arrendamento do estabelecimento 
comercial, o alienante não poderá fazer concorrência ao adquirente enquanto durar o 
contrato de arrendamento. 
A peça cabível para a situação em que essa clausula é infligida e o art. 1147 é 
desrespeitado, é a Ação de Obrigação de Não Fazer - mérito: art. 1147, CC podendo 
cumular com perdas e danos e requerimento de tutela especifica (art. 497, CPC). 
 
Dívidas (arts. 1142 a 1149, CC): O adquirente assume todas as dividas devidamente 
contabilizadas, ou seja, as dividas presentes nos balanços, livros e etc. O alienante 
continua obrigado as dívidas que já existiam de forma solidária pelo prazo de 1 ano. 
• Dívida Vincenda: Já existe, mas ainda não venceu. O 1 ano será contado a 
partir do efetivo vencimento; 
• Dívidas Vencidas: Será 1 ano contado a partir da publicação do contrato de 
trespasse. Ou seja, o contrato deve ser averbado na Junta Comercial para que 
seja publicado. 
Se não restarem bens suficientes para o pagamento dos credores após o 
trespasse, a eficácia dependerá da concordância de todos os credores, de forma 
expressa ou tácita. O alienante vai notificar os credores e os credores terão 30 dias para 
resposta, se não responderem nesse prazo, terá concordância tácita. 
Contratos: O adquirente sub-roga-se nas relações contratuais, em regra. Exceto os 
contratos de caráter pessoal que podem ser reincididos pela outra parte caso ela não 
queira continuar. 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Propriedade Industrial 
(Lei 9279/96 - L.P.I.) 
É o ramo da propriedade industrial que vida a proteger as criações do intelecto 
humano com finalidade puramente mercantil ou econômica. 
O art. 5° da Lei 9279/96 diz que os bens protegidos pela propriedade industrial 
são bens móveis para efeitos legais e de natureza incorpórea. O registro desses bens 
tem natureza constitutiva, então no momento do registro que se terá um proprietário, o 
registro é no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), é uma autarquia federal, 
possível fazer o registro através da internet (www.i.n.p.i.gov.br). 
 
Bens Móveis 
Incorpóreos 
Patentes 
Marcas 
Desenhos Industriais 
Registro no INPI 
 
 
Patentes 
(art. 6 e ss. - L.P.I) 
Nova tecnologia que é qualquer melhoria funcional em objetos que melhores a 
vida das pessoas, em regra, pode ser patenteada. O INPI só vai conceder a patente, 
após analisar os requisitos da patenteabilidade. 
➢ Espécies: 
o Invenção - Tecnologia totalmente nova. O criador basicamente partiu 
do zero e criou a nova tecnologia.Ex.: Santos Dumont ao patentear o 
avião 14Bis. 
 
o Modelo de Utilidade (art. 9°) – Nova tecnologia que vem para 
aprimorar outra. Melhora uma outra que já existe e que não propriamente 
tenha nascido do zero. Ex.: Air Bus, patenteia novos modelos de aviões. 
 
 
➢ Requisitos da Patenteabilidade (arts. 11 a 15 – LPI) 
o Novidade (art. 11) - É novo, tudo aquilo que não está compreendido no 
estado da técnica. Ou seja, para conseguir uma patente, é necessário 
provar esse requisito que é demonstrar que a tecnologia é nova para os 
técnicos e pesquisadores do assunto, deve ser de desconhecimento para 
quem estuda o assunto. 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Exceções: Arts. 12, 16 e 17 da LPI - Situações nas quais mesmo 
sendo acessível aos técnicos do assunto, é possível pedir a patente. 
 
o Aplicação Industrial (art. 15): Cumpre esse requisito, a invenção e o 
modelo de utilidade que cumpra o “querer” e “poder”. Normalmente a 
indústria não quer produzir por fatores econômicos e nesse caso, a 
criação não cumprirá o requisito da aplicação industrial e outro motivo é 
a indústria não poder por ser uma tecnologia muito avançada que dificulta 
a produção seja por falta de matéria-prima, por exemplo. 
 
o Atividade Inventiva: É necessário provar que a nova tecnologia 
partiu da criatividade e não de mero estado da técnica, ou seja, que 
existiu pesquisa e estudos e não por meio de simples coincidência. 
 
o Ausência de Impedimentos (arts. 10 e 18): O que não podem ser 
patenteados está no art. 18. O art. 10 classifica o que não poderá ser 
considerado invenção ou modelo de utilidade. 
 
 
Procedimento de Registro da Patente (arts. 19 e ss.) 
 
Depósito 
⬇ 
Exame Formal 
(Análise de documentos) 
⬇ 
Exame Material 
(Análise dos requisitos) 
⬇ 
Se o INPI entender que os requisitos foram cumpridos 
⬇ 
Concessão da Carta-Parente 
(Nesse momento se adquire a propriedade da patente) 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Vigência da Patente (art. 40) 
A carta-patente possui vigência estipulada no art. 40 e os prazos são 
improrrogáveis, após o termino do prazo concedido a invenção ou modelo cairão em 
domínio público, ou seja, todos terão o poder de fabricar e desenvolver. O prazo é 
estipulado para a exploração exclusiva do inventor para que ele possa reaver o 
investimento colocado na invenção. Após o prazo estipulado, ao cair em domínio público 
barateia a invenção e modelo. 
Ex.: Viagra até 2011 era vendido a 50 reais, pois era exclusivo do inventor. Após 2011, 
o Viagra começou a ser vendido por 4 reais. O nome Viagra não é usado por todos os 
fabricantes, mas o princípio ativo sim, a composição pode ser usada por todas e 
vendida. 
• Patente de Invenção: Prazo de proteção de 20 anos contados do efetivo 
deposito e não da concessão. Ou seja, a partir da primeira fase do procedimento. 
Prazo mínimo de 10 anos contados da efetiva concessão. 
 
• Patente Modelo de Utilidade: Prazo de proteção de 15 anos contados do 
efetivo depósito. Prazo mínimo de 7 anos contados da efetiva concessão. 
 
Direitos do Titular (art. 41): Direitos de explorar economicamente e exclusivamente 
a patente. 
 
Usuário Anterior (art. 45): Se estiver de boa-fé, terá tratamento diferenciado. 
 
Nulidade de Patente (art. 46) 
Cabe ao interessado que quer requerer junto ao INPI ou ao poder judiciário a 
nulidade de parente de uma terceira pessoa. Ex.: Há um titular da TV 4K, uma empresa 
diversa pede patente da TV 4K e o INPI concede mesmo há tendo um titular anterior. 
O legitimo titular ao ver que há uma patente sendo concedida sem cumprir um 
dos requisitos exigidos, pode requerer a nulidade dessa patente podendo ser 
administrativa (art. 50) junto ao INPI ou judicial (art. 56) por meio da Ação de Nulidade 
de Patente. 
 
Cessão da Patente (art. 58) 
A patente, em regra, é de uso exclusivo do proprietário. Esse proprietário pode 
vender ou alugar a patente. A venda é a cessão da patente que é um contrato previsto 
do art. 58 (mérito). 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Licença de Patente (art. 61) 
Se o titular proprietário não quiser vender, mas querer que outras pessoas usem 
sua tecnologia e continuar no direito, pode licenciar a patente que é chamada de licença 
voluntária. 
 
Licença Compulsória (art. 68 e ss.) 
A licença obrigatória, basicamente uma sanção, se dá mesmo contra a vontade 
do titular da patente podendo ocorrer somente nos casos definidos na lei. Como quando 
o titular não está usando a tecnologia de forma a atender a sociedade em geral ou está 
praticando abuso de poder econômico ou é situação de emergência pública (ex.: um 
laboratório tem patente sobre um medicamente e na situação de surto de uma doença, 
é necessária a produção do medicamento). 
 
Arts. 75, 76, 78 
 
Patente desenvolvida por funcionário (art. 88) 
Se foi desenvolvida no contrato de trabalho que ocorreu no Brasil e o funcionário 
foi contratado para essa finalidade, a patente pertence ao empregador e não ao 
funcionário. 
Se foi desenvolvida no curso do contrato de trabalho, mas o funcionário não foi 
contratado pra isso, mas usou os equipamentos da empresa, a patente pertence a 
ambos. Salvo, estipulação contratual em contrário. 
Se foi desenvolvida fora do ambiente de trabalho, fora do contrato de trabalho e 
não usou os equipamentos da empresa, a patente pertence ao funcionário. 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Marcas 
(Arts. 122 e ss da Lei 9279/96) 
De acordo com o art. 123, há 3 espécies. No entanto, a mais cobrada e 
estudada é a marca de produtos e serviços. 
 
Espécies: 
• Marca de Certificação - Serve para atestar a qualidade de produtos ou 
serviços segundo parâmetro e metodologias criados pela própria entidade 
certificadora. Ex.: IMETRO, MEC. 
 
• Marca Coletiva – Serve para identificar produtos ou serviços oriundos de uma 
coletividade que pode ser uma associação, cooperativa, sociedade empresária 
titular de diversas outras marcas e serviços (ex.: UNILEVER, AMBEV, PSICO). 
 
• Marca de Produto ou Serviço (art. 122) – Todo sinal visualmente 
perceptível utilizado para identificar produto ou serviço e o diferenciar da 
concorrência. Ou seja, a marca é um rótulo colocado em um produto ou serviço 
que o diferencia dos demais. 
Não podem ser registrados como marca, sinais que não sejam 
visualmente perceptíveis. Como por exemplo, os sinais sonoros. O Brasil adota 
uma teoria restritiva. E também não podem ser registrados como marca os sinais 
olfativos, como por exemplo, cheiro de perfumes. Já nos EUA, o conceito é 
abrangente, então qualquer sinal que identifique produto ou serviço pode ser 
registrado como cheiros de perfumes e sons de automóveis. 
 
Requisitos do Registro de Marca (arts. 124 a 126 – LPI) 
• Novidade: 
Necessário que seja uma marca nova, não pode ser registrada uma 
marca idêntica ou semelhante a uma já existente. 
Essa novidade é relativa, ou seja, não pode ser idêntica ou semelhante 
em mesmo ramo. O princípio da especificidade é seguido, em regra, as marcas 
ganham proteção apenas no ramo de atividade que estejam atuando, então, a 
novidade é relativa, a marca precisa ser nova apenas no ramo de atividade em 
que ela é pleiteada no registro. Podem coexistir marcas idênticas desde que 
registradas em classes/ramos de atividades diferentes. 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Exceção (art. 125) - Marca Alto Renome: Marca registrada no INPI que 
além do registro, ganha proteção em todos os ramos de atividade. Para ser uma 
marca de alto renome é necessário que a marca já tenha registro no INPI e seja 
requerido o Alto Renome, o INPI irá analisar se o requisito do conhecimento e 
da confiabilidade da população em geral são cumpridos. Ex.: Natura, Coca-Cola, 
Tintas Coral, Diamante Negro, Kibon e etc. 
 
• Não Colidência com marca notoriamente conhecida (art. 126) 
 A marca de alto renomeé uma marca registrada no Brasil e que ganha 
proteção em todos os ramos de atividade. A marca notoriamente conhecida não 
está registrada no INPI, no Brasil, mas está registrada no País de origem e seja 
notoriamente conhecida lá terá proteção no Brasil no ramo de atividade. 
 
• Ausência de Impedimentos (art. 124): Há 24 situações de impedimento, 
sendo um rol taxativo. 
 
Art. 129 – Direitos da Marca 
Art. 128 – Quem pode requerer o registro? Pode ser pessoa física ou jurídica. 
Art. 130 – A marca sendo uma propriedade, pode ser objeto de cessão ou licença. Só que 
diferente da patente, existe somente a licença voluntária. Ex.: Coca-Cola licencia a marca 
para a loja de roupas. 
 
Prazo de Vigência da Marca (Art. 133) 
As marcas serão protegidas pelo prazo de 10 anos contados da efetiva concessão, 
ou seja, do momento que o INPI concedeu a propriedade da marca. O registro é 
prorrogável por sucessivas vezes, sempre por períodos de 10 anos sem limite de 
prorrogação. Ex.: A marca Coca-Cola está registrada desde o século XIX; Viagra, a 
marca está registrada até hoje, a formula já caiu em domínio público. 
A renovação do registro da marca tem prazo que inicia 1 ano antes de acabar a 
proteção da marca (renovação ordinária). Se não for pedido nesse prazo, o titular pode 
pedir a renovação nos próximos 6 meses após a expiração da marca (renovação 
extraordinária). A taxa de renovação no prazo ordinário é a metade do valor da taxa do 
prazo extraordinário. Após o prazo de 6 meses, a marca cairá em domínio público e terá 
que ser registrada novamente. Ou seja, dentro do prazo de 1 ano antes do termino da 
proteção, a taxa é 1. No prazo de 6 meses após o termino da proteção, a taxa será 2, é 
cobrada uma retribuição maior e extraordinária, nesse prazo. 
Art. 134, 139 – Contrato de Licença,142, 147 – Marcas Coletivas e de Certificação,155 a 164 – 
Procedimento do Registro de Marcas 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
O interessado pode requerer a nulidade da marca caso o INPI conceda marca 
contrária as formalidades e exigências legais, assim como ocorre nas patentes. Essa 
nulidade pode ser administrativa (art. 168) ou judicial (art. 173 - Ação de Nulidade de 
Marca). 
 
 
Desenho Industrial 
(arts. 95 e ss. - LPI) 
Conjunto de linhas e cores de caráter meramente embelezatório aplicados em 
um produto. É um design que é aplicado nos produtos (art. 95). Ele não pode alterar a 
qualidade do produto. 
Requisitos (arts. 96 a 100) 
• Novidade 
• Originalidade 
• Ausência de Impedimentos (art. 100): O que for contrário a moral, aos bons 
costumes não pode ser registrado. 
 
 
Ação de Anulação do Nome Empresarial 
(Fundamento: art. 1167, CC) 
O autor tem o registro do nome empresarial e esse registro ocorreu quando 
registrou a empresa e tem o réu que registrou depois o mesmo nome empresarial no 
mesmo ramo de atividade e no mesmo Estado. 
 
Peças de Propriedade Industrial 
(Lei 9279/96) - Proteção a marca, patente e ao desenho industrial. Se não cabe 
adjudicação, cabe nulidade. 
Adjudicação Nulidade 
Réu: “titular” da marca, patente ou desenho industrial 
Autor: quer a marca, patente ou desenho 
industrial para ele. 
Autor: quer a nulidade do registro. 
Competência: Justiça Federal (o INPI vai fazer parte) 
 Polo Passivo: Réu + INPI 
Nome Empresarial: 
Art. 33-34, Lei 8934/94 
Arts. 1150 e ss., CC 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
 
Ação de Adjudicação de... 
 
Marca: Art. 166, LPI e 173, LPI 
Patente: Art. 49, LPI e art. 56 e ss., LPI 
Desenho Industrial: Art. 116 e 56 e ss., 
LPI 
 
Ação de Nulidade de... 
 
Marca: art. 173 e ss., LPI 
Patente: art. 56 e ss., LPI 
Desenho Industrial: art. 118 e 56 e ss., 
LPI 
Mérito: Titularidade 
Mérito: Vício de requisitos ou vício de 
procedimento 
Liminar (art. 209, §1°, LPI) 
Pedidos: 
1. a procedência do pedido do autor no sentido de adjudicar/declarar a nulidade; 
2. a concessão de liminar no sentido de ...; 
3. a citação 
4. juntada de custas; 
5. a condenação ao ônus de sucumbência; 
6. interesse do autor na audiência de conciliação ou mediação; 
7. endereço das intimações. 
Provas 
1. O réu sempre será titular da marca/patente/desenho industrial 
2. O autor pode ou não ser titular 
Ação de Obrigação de Não Fazer (art. 318 e ss., CPC) 
Ação de Obrigação de Não Fazer c/c Reparação de Danos 
(art. 318 e ss., CPC) 
Ação de Reparação de Danos 
1. O autor é titular 
2. Justiça Estadual 
 
Obs.: Para reparação de danos, além dos arts. específicos de marca, patente e desenho 
industrial, também olhar os arts. 208 e ss. no mérito. 
 
Obs.: Medida de Urgência - Quando se tem um dano de difícil reparação. 
 
 Pedido Agora = Pedido final – Tutela Antecipada 
 Pedido Agora ≠ Pedido final – Tutela Cautelar 
 
 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Ação de Exibição de Livros 
Os livros autenticados pela Junta Comercial são, como regra, sigilosos com base 
no art. 1190 e ss. do CC. É cabível a exibição judicial quando houver um justo motivo, 
ou seja, é possível pedir ao juiz o acesso aos livros. Esse justo motivo pode ser uma 
questão sucessória, societária, falência ou questionamento administrativo. 
 
Esqueleto 
Cabimento: Motivos do art. 1191 do CC. 
Ex.: Ação de dissolução de sociedade em andamento; ação de apuração 
de haveres; reparação de danos contra o administrador. 
Petição Simples - Há processo em curso, não há valor de causa e juntada de custas 
 
Obs.: Pode ocorrer de não ter processo em curso e o cliente precisar da exibição dos livros, 
nesse caso, será uma petição inicial com fundamento no art. 1191, CC e 318 do CPC. Ao 
invés de intimação nos pedidos, será citação. 
 
Competência: Onde está o processo 
Distribuição por Dependência 
Partes: 
• Autor: Quem deseja a apresentação dos livros. 
• Réu: Quem detêm os livros, pode ser a sociedade ou administrador e etc. 
Fundamentação: 
...vem, respeitosamente, ingressar com o pedido de exibição de livros com 
fundamento no art. 396 e ss. do CPC e art. 1191 do CC. 
 
I. Dos fatos 
II. Do mérito 
• Cabimento (art. 1191, CC) 
III. Dos pedidos 
a. a intimação do requerido no prazo de 5 dias para a exibir os livros no 
período de ... sob pena de presunção de veracidade nos termos do art. 
400 do CPC (art. 398, CPC); 
(Modelo no livro) 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Sociedade Anônima 
(Lei 6404/76 - LSA) 
• Empresária (sempre) 
Responsabilidade 
A responsabilidade é limitada, então os acionistas respondem efetivamente 
somente pelas suas ações. Não há solidariedade entre eles. 
 
Nome Empresarial 
É registrada com denominação, ou seja, só pode ser registrada com elemento 
fantasia. 
No entanto, o art. 3°, §1° diz que é possível empregar no nome empresarial, o 
nome do seu sócio fundador em caráter de homenagem. Mesmo com o nome na 
composição, jamais será firma, sempre será denominação. 
 
Sociedade Anônima Aberta 
De capital aberto – Se a S.A negocia os seus valores mobiliários no mercado de 
capital, no mercado de valores mobiliários. (art. 4°) 
 
Sociedade Anônima Fechada 
De capital fechado - Se a S.A não negocia os seus valores mobiliários no 
mercado de capital, no mercado de valores mobiliários. (art. 4°) 
 
Valores Mobiliários Mercado de Valores Mobiliários 
 São títulos, documentos emitidos pela 
S.A., ela emite e tenta vender. A ideia é 
captar recursos para os cofres da S.A. A 
depender da forma como tenta vender, ela é 
aberta ou fechada. 
 Faz corretagem, está regulado também 
pela lei 6385/76 (arts.2, 4, 5, 15, 19, 21 e 
22). Esse mercado que pega os títulos 
colocados à venda e os vende diretamente 
a quem quer comprar. 
• Ações 
• Debêntures 
• Partes Beneficiárias 
• Bônus de Subscrição 
• Bolsa de Valores (B3) 
• Mercado de Balcão (instituições 
financeiras ecorretoras) 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) - Art. 5, Lei 6385/76 
Autarquia Federal. Não atua no mercado de capitais, ela não compra e vende 
valores mobiliários, ela fiscaliza e regulamenta o mercado de capitais. 
 
Valores Mobiliários: 
 
Ações 
(arts. 11 e ss., LSA) 
Conferem ao acionista, o status de sócio, isso porque 100% do capital social da 
S.A. é dividido por ações. Para se tornar sócio de uma S.A., só é possível por meio da 
compra de ações. 
A integralização das ações está disposta no art. 7° e 8°, podendo ser por dinheiro 
ou por qualquer espécie de bens. Quando um acionista integraliza suas ações por bens, 
é necessária uma perícia por 3 peritos ou por empresa especializada. 
Lembre-se, a responsabilidade é limitada e não solidária, o acionista responde 
somente pelo valor de suas ações. 
A composição é 100% de ações, no entanto, há tipos de ações e acionistas. 
 
Espécies de Acionistas 
➢ Acionista Gestor: Tem poder de voto, possuem controle e ingerência. 
➢ Acionista Investidor: O interesse é meramente especulativo, não há 
intenção de ter poder algum. 
 
Espécies de Ações 
➢ Ações Ordinárias: É uma ação comum e confere direitos comuns. Sempre 
confere ao acionista, o direito de voto. Então, quanto mais ações tiver, maior o 
poder de voto. O acionista gestor prefere comprar esse tipo de ação. 
 
➢ Ações Preferenciais: Confere direito de preferência ao acionista. Pode ou não 
ter direito ao voto, na maioria das vezes, esse direito não existe ou é restringido. 
Normalmente, comprada por acionista investidor. Quando não tiver direito de 
Art. 11-15, 17 e 
§7°,18 e 44, LSA 
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Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
voto, o acionista vai ter o direito de partilhar os lucros da S.A. em 1° lugar. 
Cuidado! Ele não terá mais lucros que outro investidor e sim, vai ter direito de 
pegar os lucros antes dos acionistas ordinárias. 
 
Proporção (art. 15, §2°) 
Em regra, não há proporção em relação ao número de ações ordinárias e 
preferenciais na composição do capital social da S.A., no entanto, existe uma restrição 
disposta no art. 15, §2° que diz: “O número de ações preferenciais sem direito a voto ou 
sujeitas a restrição não poderão ultrapassar 50% do total as ações emitidas.”. 
 
Golden Share (art. 17, §7°) 
É uma ação preferencial. O governo pode criar uma ação, chamada de golden 
share, esta deve pertencer ao governo que é o ente desestatizante. Essa ação pode 
atribuir o direito de veto que é o direito de vetar o que for acordado em contrato. Então, 
o governo terá o direito a vetar algo em especifico, com uma ação somente, mesmo que 
as outras ações concordem, se o governo vetar por ter uma ação golden share, não 
ocorrerá. 
 
Ação de Gozo ou Fruição (Art. 44, §1° e §2°) 
Uma ação amortizada, sendo preferencial ou ordinária em que se entende que 
a S.A. já devolveu para o acionista o valor que ele investiu, já abateu. O acionista 
continuará sendo acionista, mas terá uma ação amortizada. Implica dizer que há o 
eventual encerramento da companhia, os acionistas ordinárias e preferencialistas cujas 
as ações não estão amortizadas, possuem direito a receber sua porcentagem das ações 
com base no patrimônio líquido da S.A. Da ação amortizada, como já foi abatido o valor 
investido, receberá somente alguns excessos de valorização ou algo do tipo. 
 
Boletim de Subscrição 
Normalmente, as ações quando derivadas de sociedades consolidadas possuem 
integralização praticamente de imediato. No entanto, as sociedades novas, 
comercializam as ações antes mesmo delas estarem disponíveis no mercado e por essa 
razão, a integralização não ocorre de forma rápida, nessa situação há o boletim de 
subscrição que é um boletim em que o acionista promete que vai comprar as ações da 
companhia. 
Caso quem prometeu, não cumpra na data estipulada, ou seja, não integralize 
as ações, se tornará um sócio remisso. 
 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Sócio Remisso (art. 106 e 107) 
Quem assina o boletim de subscrição, promete integralizar ações e não as 
integraliza no prazo estipulado no boletim. A companhia, assim que verificada a mora 
do acionista remisso, pode exercer as hipóteses do art. 107, inclusive ingressar com 
processo de execução usando o boletim de subscrição como prova. 
 
Ação de Execução 
O título executivo é o boletim de Subscrição (art. 107, I) + aviso de chamada 
(intimação para pagamento). No mérito terá que ser citado o art. 106 também, além do 
art. 107, I. 
 
 
Debêntures 
(arts. 52 e ss.) 
São valores mobiliários por meio dos quais a S.A. capta recursos com o mercado 
de capitais, ou seja, pega dinheiro emprestado com o mercado de capitais. O 
debenturista não é sócio, sócios são somente quem possui ações. O debenturista é um 
credor da S.A. 
Um dos valores mobiliários mais seguros que existe, ao comprar uma debenture, 
a S.A. já estipula na escritura o quanto a taxa de juros que vai ser paga, o prazo de 
pagamento que é chamado de prazo de resgate que é o prazo que a S.A. vai resgatar 
essa debenture e também define a forma do resgate (se vai ser pago em uma única 
parcela ou não, e etc.). É um crédito certo, a sociedade vai ter que pagar. 
Se a S.A. não pagar, com base no art. 784, I do CPC, as debêntures são títulos 
executivos extrajudiciais, então se não for paga, poderá fundamentar uma ação de 
execução. 
 
Garantias (art. 58) 
São garantias que podem ser dadas para garantir o pagamento da debenture, 
podendo ser uma garantia real ou flutuante. Na garantia real, a S.A. determina um bem 
especifico que servirá de pagamento. Já na garantia flutuante, a sociedade da todo o 
patrimônio dela como forma de garantia para os credores. Normalmente, a S.A. costuma 
dar a garantia flutuante, pois o bem da garantia real fica comprometido e não pode ser 
usado sem a concordância dos credores ou se quitar o resgate. 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Na garantia flutuante, a S.A. está livre para negociar seus bens, no entanto, a lei 
exige que se conserve patrimônio suficiente para pagar seus debenturistas, então não 
compromete seu patrimônio. 
Se for sem garantias, se a S.A. não der garantias, essa debenture será 
chamada de créditos quirografários. Além de não dar garantia, a S.A. também pode 
estipular que a debenture é subordinada. 
 
 
Partes Beneficiárias 
(arts. 46 e 47) 
São títulos mobiliários que conferem ao seu titular direito de crédito eventual 
contra a companhia, consistente na participação dos lucros. É um título inseguro. 
A parte beneficiária pode conferir direito a uma porcentagem dos lucros anuais, 
no entanto, há um limite, pois quanto mais a S.A. comprometer seus lucros para pagar 
partes beneficiárias, menor vai ser os lucros partilhados pelos acionistas. A S.A. só pode 
emitir partes beneficiários que comprometam no máximo 1/10 dos seus lucros, no 
sentido de não lesar os direitos dos acionistas (art. 46, §2°). 
É proibido que as S.A. abertas emitam partes beneficiárias (art. 47, §ún.) 
 
 
Bônus de Subscrição 
(arts. 75 a 78) 
São títulos que irão conferir ao seu titular direito de preferência na aquisição de 
novas ações. Ao adquirir um bônus de subscrição, em regra, está adquirindo somente 
um direito de preferência para adquirir novas ações no futuro e caso exerça esse direito, 
terá que pagar por essas novas ações. 
 
A S.A. possui capital social formado, obrigatoriamente dividido por ações. O 
documento que constitui a S.A. é o documento chamado de estatuto social. O valor do 
capital social consta no estatuto social. 
Para integralizar esse capital social constante no estatuto, se emite ações. No 
entanto, pode ser que a S.A. queira majorar o capital social dela, para isso, é necessário 
alteração do estatuto que depende de um procedimento composto por convocação de 
assembleia geral e quórum qualificado de aprovação, eapós da alteração é necessária 
autorização da CVM para a apresentação da majoração do capital social. Então, para 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
aumentar o capital social, é um procedimento complicado que pode ser encurtado quando 
a sociedade consegue ser uma S.A. de Capital Autorizado (art. 168). 
Há a possibilidade de a S.A. quando está se constituindo fixar um valor do capital 
social e já pedir autorização da CVM para poder majorar o capital social fixado. Por 
exemplo, informar a CVM que “o capital social é fixado em 700.000,00” e requerer que seja 
permitido a majoração até 1 milhão de reais. Se a CVM autorizar, já terá a majoração e 
será chamada de sociedade de capital autorizado. 
No momento que essa sociedade quiser de fato majorar, não precisará fazer 
nenhum procedimento, pois já terá autorização para isso. Então vai precisar somente emitir 
novas ações. 
 
Quando a S.A. é de capital autorizado, já gera expectativa no mercado de que 
algum dia irá emitir novas ações. Sendo assim, faz sentido querer comprar bônus de 
subscrição de uma sociedade anônimo de capital autorizado e adquirir o direito de 
preferência na compra de novas ações para que quando esta for emitir, ofereça primeiro 
para quem tem bônus que tem direito de comprar 1 nova ação primeiro que os demais. 
Ao comprar uma ação nova que ainda não foi comprada por ninguém, se paga 
preço de emissão que é o preço que está sendo emitida. No mesmo dia que se vende 
por preço de emissão, é possível vender por valor de mercado. Então quem compra o 
bônus de subscrição paga mais barato e logo na sequência, pode vender no valor de 
mercado. 
Normalmente se compram lotes de bônus de subscrição que dão direito a 
subscrever muitas novas ações. 
Somente a sociedade de capital autorizado que emite bônus de subscrição. 
 
 
Órgãos da S.A. 
→ Assembleia Geral – Deliberativo 
→ Conselho de Administração - Deliberativo 
→ Diretoria – Executivo 
→ Conselho Fiscal - Fiscalizatório 
 
Assembleia Geral (art. 122 e ss.) 
É o órgão máximo dentro da S.A. Todos os acionistas são convocados para 
participar da assembleia geral, seja acionista ordinário seja acionista preferencial, pois 
todos possuem direito de voz. 
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Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Obs.: Direito de voz é diferente de direito de voto. Todos os acionistas possuem direito 
de voz, no entanto, o acionista preferencialista não tem direito a votar e concretizar sua 
opinião, mas pode debater assuntos da assembleia. 
Os assuntos deliberados são matérias que devem ser convocadas e aprovadas 
de forma obrigatória estão dispostos no art. 122. A depender da matéria que vai ser 
deliberada, a assembleia geral pode ser classificada de duas maneiras, sendo: 
• Assembleia Geral Ordinária (A.G.O.): Delibera sobre assuntos comuns, 
como por exemplo, aprovar conta de administrador, ver balanços, administrar 
lucros. As competências estão descritas no art. 132. Deve acontecer 
obrigatoriamente 1 vez por ano, nos 4 meses seguintes ao termino do exercício 
social. 
 
Exercício Social - Espaço de tempo de 12 meses de atividade da empresa, pode começar e 
terminar quando o estatuto da S.A. definir. 
 
• Assembleia Geral Extraordinária (A.G.E.): Só vai ser realizada quando 
acontecer algum assunto extraordinário, ocorre quando é necessário. Tem 
competência residual, vai deliberar tudo que não é competência da assembleia 
geral ordinária, como fusão, incorporação, alteração do estatuto social e etc. 
 
Modo de Convocação 
Independe do tipo de assembleia geral. O correto modo de convocação dos 
acionistas está nos arts. 123 a 125, 135 e 286 e 289. 
• 1° Convocação: Mediante anuncio publicado por 3 vezes no mínimo contendo 
local, data e hora e indicação da matéria. Essa publicação deverá ser no jornal 
de grande circulação e na imprensa oficial. a primeira publicação deve ter 
antecedência mínima, para S.A. aberta, de 15 dias e para S.A. fechada de 8 
dias. 
o Quórum (arts. 125 e 135): A instauração ocorrerá com a presença de 
acionistas que representem pelo menos ¼ do capital social que tem 
direito a voto. No entanto, se for assembleia para alterar o estatuto social, 
é necessário pelo menos a presença de 2/3 dos acionistas que 
representem o capital social com direito a voto. Se não tiver o quórum 
obrigatório, é necessária a 2° convocação. 
 
• 2° Convocação: Será feita 3 publicações de anterioridade mínima de 8 dias para 
S.A. aberta e 5 dias para S.A. fechada. Essa assembleia será instaurada 
independente do quórum presente. 
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Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Ação de Anulação de Assembleia Geral 
Procedimento Comum 
Autor: Acionista 
Réu: S.A. 
Preambulo: Art. 286, LSA 
Da Tempestividade: 2 anos para ajuizar essa ação 
Do Mérito: art. 123 a 125 ou art. 135 ou art. 289 
Dos Pedidos: a) anular a assembleia geral 
 
Conselho de Administração (art. 138 a 142 LSA) 
Órgão deliberativo, cria normas e regras. Decide e delibera sobre estratégias e 
planos de negócios (art. 142). Composto por no mínimo 3 membros, serão eleitos pela 
Assembleia Geral, com mandato de no máximo 3 anos, o estatuto terá estipulado o 
prazo, com direito a reconvenção sem limite. 
Sua existência é obrigatória na S.A. Aberta e na de Capital Autorizado e é de 
existência facultativa na S.A. Fechada. - Art. 138, §2°. 
 
Diretoria (art. 143 e ss.) 
É um órgão de efetiva administração e execução. O conselho de administração 
decide e a diretoria executa. Toda S.A. deve ter no mínimo 2 diretorias. As mais comuns 
são diretoria financeira, diretoria operacional, diretoria de marketing, diretoria jurídica, 
diretoria de expansão e etc. Há S.A. que possui mais de 40 diretorias. 
Os diretores são escolhidos pelo Conselho de Administração. 
 
Deveres e Responsabilidades (art. 153 e ss.) 
São imputados principalmente aos diretores e membros do conselho de 
administração. 
Os administradores não são pessoalmente responsáveis pelos prejuízos que 
causarem, a S.A. não pode cobra-los em regra, mas podem cobra-los quando causarem 
prejuízos agindo com culpa ou dolo, de acordo com o art. 158, por meio de Ação de 
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Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Responsabilidade de Administrador/Diretor. Perante terceiros, sempre a S.A. que vai 
responder. 
A S.A. só pode ingressar com a ação de responsabilidade após aprovação em 
assembleia. Caso a assembleia aprove e a S.A. não entre com a ação, qualquer 
acionista poderá promover a ação se não por proposta no prazo de 3 meses da 
deliberação da assembleia, pela S.A. Se a assembleia rejeitar o ingresso da ação, os 
acionistas que representem 5% pelo menos do capital social, poderão ingressar. 
 
Ação de Responsabilidade de Administrador/Diretor 
 
Preâmbulo: Art. 159, LSA 
 
Autor: 
• S.A. ou; 
• Qualquer acionista (Réu: Diretor ou membro do conselho de administração ou os 
dois) ou; 
• Acionistas que representem pelo menos 5% do capital social 
 
Réu: 
• Diretor 
• Membro do Conselho de Administração (que pode estar cominado com o diretor) 
 
Mérito: Descumprimento de um dos deveres e responsabilidades presentes nos arts. 
153 e ss. da Lei de S.A. 
 
Conselho Fiscal (art. 161 e ss.) 
Órgão de funcionamento facultativo com existência obrigatória. Só funciona 
quando existirem situações que precisam ser investigadas e analisadas, quando houver 
suspeita de irregularidades da S.A. Composto por no mínimo 3 membros e no máximo 
5 membros, estes são eleitos pela Assembleia Geral. 
A função é basicamente fiscalizar a diretoria e o conselho de administração em 
prol dos acionistas. 
 
Arts. 80 e 81 – Como a S.A. pode ser constituída, por subscrição pública ou particular. 
Art. 285 a 287 – Prazos de prescrição das ações de S.A. 
 
 
 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Títulos de Crédito 
Quando houver omissão na lei especial, o código civil será usado de forma 
subsidiária de acordo como art. 903. A lei especial remete para outra lei especial e caso 
ainda exista omissão, o código civil será usado. 
 
Princípios 
➢ Cartularidade: A necessidade de ser apresentado documento. 
Exceções: Art. 889, §3° do CC - Título eletrônico (Lei 13775/18), Duplicata 
Escritural que é a duplicada eletrônica. 
➢ Literalidade: Conteúdo do título de crédito, ou seja, vale o que está escrito no 
título de crédito 
Exceção: Art. 889 e 891 do CC – Se um título de crédito estiver incompleto, 
ou seja, se não conter o que é necessário que está disposto na lei especial, há 
elementos que podem ser supridos quando faltantes. Como por exemplo, a falta da 
data de vencimento será considerada como pagamento a vista; a falta do local de 
emissão fará com que se tenha que considerar o domicilio do emitente; e etc . 
➢ Autonomia: As relações existentes no título de crédito são independentes 
entre si. Ou seja, se tiver vício em uma das relações, este vício não contaminará 
as demais relações. Ex.: Art. 17 do Dec. 57663/66. 
Exceção: Se houver vício de forma (art. 32 do Dec. 57663/66 - Anexo I). 
→ Abstração: Uma espécie de autonomia. É independência do título de 
crédito em relação a sua causa, sua origem. - Art. 888, CC – Se o título 
de crédito for, por exemplo, nulo, não significa que o negócio jurídico será 
nulo, pois o título é independente da sua causa, e vice-versa. 
Vício de Forma - É um vício que atinge o documento de tal forma que, qualquer pessoa teria como 
saber desse vício. Ex.: Cheque que ao invés de ser feito na folha do cheque, foi feito na folha de 
sulf ite.; Ex.²: Não há como ler o valor, pois este está rasurado. 
 
Solidariedade: A garantia sempre será solidária, nunca será subsidiária. Ex.: Art. 
889, §1° do CC. 
 
Transmissão 
O título de crédito surgiu para ser transmitido, para circular. Se no título não tiver 
o nome do credor, o título receberá o nome de “título ao portador”, este só é permitido 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
quando há alguma lei autorizando e só existe para o cheque no valor de até 100 reais. 
A regra é que o título tenha o nome do credor que será chamado de “título nominativo”, 
é a regra para o cheque no valor acima de 100 reais e para qualquer outro tipo de título 
de crédito. 
Sempre é possível que o terceiro de boa-fé complemente a informação do nome 
do credor de acordo com a súmula 387 do STF, nesta súmula, há a possibilidade do 
terceiro de boa-fé completar o título de crédito. 
Se um título for “ao portador”, a transmissão acontecerá pela simples tradição. 
Se o título for nominativo, a transmissão mais comum é por meio de endosso seguido 
da tradição. 
 
Endosso (= Transmissão à ordem) 
Instituto usado para transmitir o título de crédito nominativo, a transmissão é da 
posse e da propriedade. O endosso produz além da transmissão, o efeito de garantir 
(garantia solidária) o título. 
Acontece no verso, na parte de trás do título, o credor original assina e ao assinar 
recebe o nome de endossante que pode colocar acima da assinatura dele, o termo “à 
ordem” pode ser ou não seguido do nome da pessoa que o título será transmitido. A 
pessoa que recebe o título é chamada de endossatário. 
➢ Endosso em Preto: O nome do endossatário foi escrito no título pelo endossante 
em endosso “à ordem”. 
➢ Endosso em Branco: Também pode ser chamado de endosso incompleto. 
Situação em que o endossante coloca “à ordem” e não coloca o nome do 
endossante. 
 
O endossante se torna garantidor, se torna alguém que pode ser cobrado. Salvo, 
ou seja, o endossante não poderá ser acionado, nas seguintes situações em que: 
→ houver “cláusula sem garantia”; 
→ ocorrer após o protesto ou após o prazo do protesto (o prazo de protesto 
é definido em lei especial); 
→ houver cláusula não à ordem. - é uma cessão civil de crédito, então essa 
clausula trás o efeito de não garantir o título. 
 
Obs.: Clausula Proibitiva de Novo Endosso - Quando o endossante coloca essa 
clausula, ele continua transmitindo e garantindo o título para seu endossatário. Mas, se o 
endossatário fizer um novo endosso (endossante), o endossante original que colocou a 
clausula não pode ser cobrado por terceiro. 
 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
 
 
 
 
 
• B pode cobrar A; 
• C pode cobrar B; 
• C não pode cobrar A. 
 
 
Aval 
É uma garantia solidária, não existe garantidor com benefício de ordem. É uma 
garantia dada por terceiro. Pode ser dado na frente ou no verso do título, para ser no 
verso é necessário identificar como aval. O aval é um terceiro que garante o título, então 
o avalista pode ser cobrado. 
Pode ser total ou parcial. O aval parcial é possível na letra de cambio, nota 
promissória (art. 30 do Dec. 57663/66), cheque (art. 29, lei 7357/85) e na cédula de 
crédito bancário (Art. 44 como ponte para o Dec. 57.663/66). Na duplicata não é 
permitido aval parcial, só pode ter aval total de acordo com o art. 987 do CC. 
➢ Aval Simultâneo - São avalistas de forma independente, mas não há data. 
Não dá para saber quem foi primeiro e quem foi depois. São co-avais. 
➢ Aval Sucessivo - São avalistas que se tem um e depois outro, há uma data. 
 
Para cobrar, é necessário cobrar a dívida toda de quem foi avalista primeiro. - 
Súmula 189, STF. 
 
Aceite 
É a assinatura do devedor desde que ocorra após a emissão. Portanto, faz 
sentido quando o título de crédito não é assinado após a emissão. O cheque não tem 
aceite, já que a assinatura ocorre no momento da emissão e se não for assinado, não 
será título, assim como na nota promissória. 
Somente a duplicata e a letra de cambio que necessitam de aceite. Se houver a 
recusa ou a falta do aceite, por alguma razão o devedor não assinar, para suprir a falta 
de aceite é necessário o protesto. 
 
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Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Protesto dos títulos de crédito 
→ Procedimento – Lei 9492/97 
→ Prazo – Lei especial do respectivo título 
→ Efeito do Prazo – Art. 202, CC 
 
O protesto será obrigatório, ou seja, um requisito essencial nas seguintes 
situações: 
• quando é preciso suprir o aceite na duplicata e na letra de cambio; 
• para executar contra endossantes e seus avalistas, salvo para o cheque e a 
cédula de crédito bancário; 
• para pedir a falência do devedor com base no art. 94, I da Lei de Falência 
(11.101/05). 
 
Motivos (art. 21 da Lei 9492/97) 
• Falta de pagamento (todos os títulos); 
• Falta de aceite (duplicata e letra de cambio); 
• Falta de devolução (duplicata). - A falta de devolução da duplicata, permite que 
seja emitida uma 2° via chamada de triplicata. 
 
Prazos para Protesto 
 Prazo 
Consequência/Perda do 
Prazo 
Cheque 30 ou 60 dias, 
(mesmo que o prazo de apresentação) 
Impossibilidade de 
cobrar/executar os 
endossantes, salvo no 
cheque que o que importa é 
ou o protesto ou a 
apresentação tempestiva. 
Letra de Cambio 1 dia contado do vencimento 
Nota Promissória 1 dia 
Duplicata 30 dias contados do vencimento 
 
 
 
 
 
 
 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Procedimento 
 
Apresentação 
(momento em que leva o título para o cartório) 
Real ou Eletrônica 
O credor apresenta ou o endossatário mandatário (alguém que recebeu poderes para 
realizar algum ato – arts. 18 e 19 do Dec. 57663/66). 
⬇ 
Intimação do Devedor 
Possui o prazo de 3 dias para evitar o protesto, fazendo o pagamento do título ou 
pedindo a sustação 
⬇ 
Protesto 
⬇ 
Cancelamento 
 
 
Interrupção do Prazo Prescricional (art. 202, III, CC) 
O protesto interrompe o prazo prescricional que é o prazo que se tem para 
executar o título que está disposto na lei especial. No dia do protesto, o prazo é 
interrompido. Pode ocorrer somente uma vez. A interrupção ocorrerá do efetivo 
momento em que o título foi protestado. 
Cheque 
(art. 59, Lei 7357/85) 
 
6 meses contados do prazo de apresentação 
(art. 33 – 30 ou 60 dias) 
 
Data de emissão+ Prazo de Apresentação + 6 meses 
 
Outros títulos 
 
3 anos contados do vencimento 
 
 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Cessão Civil - É uma transmissão de obrigações. 
 
 
Letra de Câmbio 
(Dec. 57663/66 ➡ Dec. 2044/08 ➡ Código Civil) 
Partes: Sacador, Sacado e Tomador. 
O sacador (dá a ordem) dá ordem ao sacado (devedor) e o sacado paga para 
o tomador (credor). O sacador é um garantidor, ou seja, ele responde de forma 
solidária. 
 
Requisitos Essenciais (art. 1° do Dec. 57663/66): Para ser cobrado, todos os 
requisitos essenciais devem estar presentes. 
 
Aceite: É necessário. A recusa ou a falta de aceite torna essencial o protesto. 
 
Clausula “não aceitável”: O título não precisa ser levado ao aceite. No entanto, 
a apresentação continua sendo essencial. O que não precisa é do aceite, então não terá 
a assinatura do devedor e será necessário o protesto. Essa clausula gera para o credor 
uma não obrigação de levar o título para ser aceito. 
 
Clausula “sem despesas” (art. 46, Dec. 57663/66): O título não precisa do protesto 
para cobrar garantidores. No entanto, será obrigatória a comprovação da apresentação, 
pois como a pessoa não assinou, ela não é devedora principal e para cobrá-la é 
necessário ter certeza de que ela estava ciente. Então a apresentação formal deve ser 
provada, é essencial. 
 
Prazo para Execução do devedor principal (art. 70, Dec. 57663/66): 3 anos do 
vencimento, nesse intervalo se o título for protestado, o prazo é ganho de volta. 
 
 
 
 __.__ 
 
Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
Nota Promissória 
(Dec. 57663/66 - Art. 75 e ss. ➡ Dec. 2044/08 ➡ Código Civil) 
É uma promessa incondicional, ou seja, não pode ter uma condição de 
pagamento. Sempre será uma quantia em dinheiro. 
 
Partes: Sacador e Beneficiário 
O sacador (emitente, devedor principal) paga ao beneficiário (credor). 
 
Requisitos Essenciais (art. 75, Dec. 57663/66) 
Não existe aceite, pois o devedor assina no momento da emissão. 
 
Anexa a Contrato: 
Normalmente é emitida junto com o contrato. Embora esteja junto com ele, ela é 
não causal, ela independe da causa. Existe uma informação nela de que ela é anexa a 
um contrato e está ligada a ele. Nesse caso, ela perde a autonomia, pois está amarrada 
a um contrato, então tanto ela como o contrato devem ser apresentados juntos. 
Se anexa a um contrato de abertura de crédito (contrato que dá limite na conta 
corrente, o cheque especial), ela além de perder a autonomia, perde a força de 
execução, pois esse contrato é um contrato ilíquido já que o valor pode variar em 
questão de minutos. Então, nessa situação, mesmo que esteja no prazo, só é possível 
cobrar a nota promissória por meio de ação monitória (súmulas 233, 247 e 258 do STJ). 
 
Prazo Prescricional (art. 70, Dec. 57663/66) 
O prazo que se tem para ingressar com a ação de execução é de 3 anos 
contados do vencimento. Quando terminar esse prazo, a única ação possível quando a 
nota promissória está prescrita é a ação monitória que tem prazo de 5 anos contados 
do dia seguinte à emissão (súmula 504 do STJ). 
 
 |__________Ação de Execução__ (3 anos) ________| 
 Venc. 16/03/2020 | 16/03/2023 
 Título protestado em 10/03/2022 
 |_______________Ação de Execução (3 anos)___| 
 10/03/2025 
 |________________Ação Monitória (5 anos)_____________________| 
 17/03/2020 17/03/2025 
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Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
As duas ações vão ter prazo correndo simultaneamente, ou seja, serão possíveis 
de serem ingressadas em determinado período, no entanto, a ação mais benéfica para 
o cliente sempre será a ação de execução, então ela é a melhor medida e primeira 
opção por ser o meio processual mais rápido. 
Quando o título é protestado, ele tem o prazo da ação de execução interrompido, 
então ele começará a ser contado novamente. 
 
 
Cheque 
(Lei 7357/85 ➡ Código Civil – art. 903) 
Partes: Emitente, Sacado e Beneficiário 
O emitente (devedor) dá uma ordem para que o sacado (banco) pague uma 
determinada quantia para o beneficiário (credor). 
 
Elementos Essenciais (art. 1° da Lei 7357/85) 
 
Não tem aceite, pois a assinatura do devedor foi feita no momento da emissão. 
 
Prazo Prescricional 
Para ingressar com a ação de execução, o prazo é de 6 meses contados do 
prazo de apresentação que está no art. 33 da Lei do Cheque que será 30 dias (se foi 
emitido e apresentado na mesma cidade - praças iguais) ou 60 dias (emitido e 
apresentado em cidades diferentes - praças diferentes) da emissão. A interrupção 
ocorre somente uma vez. 
 
 
 |________Prazo de Apresentação____|_________Execução____________| 
Emitido em 16/03/2020 +30 dias | +6 meses | | 
(Praças iguais) 15/04/2020 Protesto 15/10/2020 
 | 10/08/2020 
 | |____+6 meses___________| 
 | 10/02/2021 
 |____________________________Ação Monitória – 5 anos_________________________________| 
 17/03/2020 17/03/2025 
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Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
O cheque prescrito pode ser cobrado por ação monitória ou por ação de 
enriquecimento sem causa. Mas a ação monitória é a melhor opção, pois por ser 
procedimento especial é mais rápida. 
 
Ação Monitória (Súmula 503, STJ/ Súmula 299, STJ) - Prazo de 5 anos do dia 
seguinte à emissão. Quando acaba esse prazo, não há mais meios. 
 
Ação de Enriquecimento sem Causa – Prazo de 2 anos contados do fim da 
execução. 
 
Obs.: Art. 53 – Ao perder os prazos, não é possível cobrar mais os endossantes e o 
avalista do endossante também não pode ser cobrado. É possível cobrar o devedor 
principal que aceitou e seu avalista. 
 
 
Duplicata 
(Lei 5474/68 e Dec. 57.663/66 para endosso, pagamento e circulação – Código Civil para aval) 
Título Causal: Tem a causa definida pelo legislador que é a existência da nota fiscal 
ou fatura que pode ser de compra e venda ou de prestação de serviços. 
 
Requisitos Essenciais – Art. 2° da Lei 5474/68 
→ O aceite é obrigatório. 
o Recusa ou falta do aceite são supridas pelo protesto. 
 
Prazo para Protesto: 30 dias do vencimento e quando não for cumprido, o direito 
de acionar os endossantes e seus avalistas é perdido. 
O prazo prescricional é de 3 anos do vencimento. 
 
Execução contra o Devedor 
→ Duplicata com aceite: Necessário juntar a duplicata e a nota fiscal. 
 
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Isabelle Cristina Silva Arruda 
 
→ Duplicata sem aceite: Necessário juntar a duplicata + a nota fiscal + o 
comprovante de entrega (para provar que o negócio aconteceu) + protesto. 
 
Execução contra o Endossante 
→ Duplicata com aceite: Necessário a duplicata + protesto. 
Obs.¹: Não é necessária a nota fiscal. 
 
Obs.²: A duplicata aceita quando circula já é documento suficiente para ser usado na 
cobrança. Se for aceita, no momento que circula, se desvincula da sua causa. 
 
Obs.³: Tudo de Duplicata se aplica para Duplicata Escritural, a única diferença é 
que a duplicata

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