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__.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Atividade Empresarial (Art. 966, CC) • Econômica - Com o objetivo de ganhar dinheiro; • Profissionalismo – Continuidade; • Organizada – Quando se aplica os melhores esforços para que o negócio dê certo (gestão). A atividade do profissional intelectual não é atividade empresarial, salvo quando a atividade constituir elemento de empresa. Elemento de Empresa – Um dos motivos que atrai o consumidor. Empresário - Titular da atividade empresarial. • Empresário Individual • EIRELI • Sociedade Empresária O sócio nunca será empresário! O sujeito das relações empresariais é a sociedade. Empresário Individual (art. 966, CC) É a pessoa física que realiza a atividade empresarial. O simples fato de realizar a atividade já o torna empresário. Cuidado! Para ser empresário, não precisa de registro. O registro é uma obrigação, no entanto, não é um requisito. O registro é um ato declaratório, pois não é o registro que constitui a atividade empresarial, ele somente regula a atividade. - Art. 967, CC – O local do registro é na Junta Comercial. A receita que atribui o CNPJ (código), então embora que se tenha CNPJ, não terá personalidade jurídica (art. 44, CC – lista de quem tem personalidade jurídica) que precisa ser criada por lei. O empresário individual não possui personalidade jurídica. Em uma peça, deve ser colocado o nome seguido do CNPJ. __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Ele é titular de um único patrimônio que envolve tanto os bens pessoais, como bens empresariais, não há separação patrimonial. Esse patrimônio único responde pelas dividas pessoais e pelas dividas empresariais. Ou seja, esse sujeito, empresário individual, responde pelo risco integral, possui responsabilidade ilimitada. • Incapaz - O incapaz pode ser empresário individual? (art. 974-976, CC) Em regra, não pode ser, pois o art. 972 do CC diz que o empresário deve ser capaz. No entanto, há exceções em que para o incapaz ser empresário individual ele pode continuar a empresa, ou seja, não é possível que ele abra um negócio, ele pode somente continuar sendo empresário ou receber por meio de herança. Ele também, para continuar a empresa, depende de autorização judicial, ou seja, o juiz deve autorizar a continuidade da empresa, essa decisão é revogável, pode ser mudada ao longo da atividade. E ele também deverá ser representado (absolutamente incapaz) ou assistido (relativamente incapaz). Cuidado! Na prova, é necessário que examinador dê a informação referente a idade, ou quanto estar interditada a pessoa. Não basta que diga que estava drogado, em coma, preso ou outra situação, deve deixar exposto que a pessoa é interditada e qual a posição do juízo quanto a incapacidade. Obs.¹: O art. 974, §2° diz quais bens serão atingidos pelas dívidas da empresa. Obs.²: O incapaz pode ser sócio? Art. 974, §3° do CC – Ele só pode entrar na sociedade se o capital social dela estiver integralizado (serve como proteção ao patrimônio dele) e o incapaz não pode ser administrador e precisa ser representado ou assistido. Impedimentos (art. 972, CC) Para ser empresário individual, a pessoa deve ser livre de impedimentos/proibições. • Militar; • Magistrado; • Falido. O impedido que atua como empresário individual, responde pelos atos praticados – art. 973, CC. __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda EIRELI (art. 980-A, CC) Significa Empresa Individual de Responsabilidade Limitada. Possui somente um único titular que pode ser pessoa jurídica ou pessoa física. É possível que exerça atividade empresarial ou uma atividade não empresarial. No art. 980-A diz que pode ter por objeto a cessão de direitos autorais que é uma atividade não empresarial, e nesse caso o registro é no Cartório Civil de Pessoas Jurídicas e quando empresarial é na Junta Comercial. - Art. 1150, CC. Com o registro, há personalidade jurídica (art. 44, CC). Então, há separação patrimonial, ou seja, existe um patrimônio do titular e um patrimônio da EIRELI, são separados e distintos. Para ser constituída, é exigido que se tenha uma capital social mínimo investido de 100 salários mínimos e este valor deve estar integralizado, ou seja, deve estar na empresa. Esse valor pode ser composto por dinheiro ou bens, não pode por prestação de serviços (art. 1055, CC c/c art. 980-A, §6°, CC), A EIRELI usa de forma subsidiária as regras de sociedade limitada. Nome Empresarial (art. 33-34 da Lei 8934/94) Só é protegido a partir do registro. No art. 980-A do CC diz que pode ser firma (nome da pessoa física titular) ou denominação (nome inventado) e ao final do nome, sempre deve ter a terminação EIRELI. Obs.: Uma pessoa deseja realizar uma atividade empresarial: • Empresário Individual o Responsabilidade Ilimitada; o Sem personalidade jurídica; o Sem capital social mínimo. • EIRELI o Responsabilidade limitada; o Tem personalidade jurídica. • Sociedade Unipessoal Limitada o Art. 1052, CC o Responsabilidade Limitada o Personalidade Jurídica o Sem capital social mínimo __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Empresário Individual casado que deseja alienar ou onerar bens imóveis - Art. 978, CC Se o imóvel for somente atingido pela empresa, ou seja, o imóvel onde está o estabelecimento, ele poderá onerar, alienar e vender sem a vênia conjugal, então não importará o regime de bens que ele seja casado. Atividade Rural Para ser atividade empresarial, terá que cumprir o art. 966 do CC. A pessoa física que exerce essa atividade rural tem a faculdade de providenciar o seu registro. Somente após efetuar o registro que essa pessoa será considerada empresário individual. - Art. 971, CC – Quando a atividade é empresarial, o registro é um ato constitutivo, pois só existe empresa a partir do registro. Empresário Individual Regular Irregular Personalidade Jurídica ❌ ❌ Desconsideração de PJ ❌ ❌ Falência ✅ ✅ Pedido de Recuperação de Empresa ✅ ❌ Requerer a falência do devedor ✅ ❌ Arts. 1, 48 e 97 da Lei 11.101/05 __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Sociedades Sociedade em Comum (art. 986-990, CC) É uma sociedade não personificada, ou seja, não tem personalidade jurídica porque não tem registro. Obs.: Situações em que no caso concreto se presume que é sociedade comum: Tem ato constitutivo sem registro; não tem ato constitutivo e não tem registro; a sociedade limitada não possui registro. • Sociedade Simples – Sociedade não empresária (ex.: sociedade de dentistas, médicos e etc., sem registro.). Não pode falir. • Sociedade Empresária - Pode falir. Responsabilidade dos Sócios Ilimitada - Não tem valor máximo de prejuízo, o prejuízo é o tamanho da obrigação assumida. Solidária - Entre os sócios, ou seja, uma vez que um sócio seja atingido, ele pode, se provar a existência da sociedade, pode trazer responsabilidade para os demais sócios. Benefício de Ordem – Ordem de cobrança, o credor deve cobrar primeiro a sociedade (mesmo sem personalidade jurídica, tem capacidade processual) atingindo o patrimônio especial e somente após, se cobra e atinge os sócios. Obs.: Patrimônio Especial - São os bens e as dividas atingidas pela atividade empresarial (os bens que os sócios colocaram na sociedade compõe o patrimônio especial). Obs.²: Sócio que contratou – Quem realizou um contrato com um terceiro – Responde de forma ilimitada, solidária, no entanto, é excluído do benefício de ordem, ou seja, será cobrado diretamente. __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Sociedade em Conta de Participação (art. 991-996, CC) É uma sociedade não personificada, assim como a sociedade em comum, então não tem personalidade jurídica. Há patrimônio especial. Composta por 2 sócios,que são: Sócio Ostensivo Sócio Participante → Realiza o objeto social; → Contrata com terceiros; → Responde ilimitadamente perante terceiros; → Pode ter uma atividade regular ou irregular. → Não realiza o objeto social; → Não contrata com terceiros; → Não responde perante terceiros. Então os terceiros que não foram contratados por ele, não podem aciona-los. Obs.: Caso esse sócio contrate com terceiros, ele terá responsabilidade perante quem contratou com ele. Falência de um dos sócios (art. 994, CC) ➢ Sócio Ostensivo Nesse caso, a atividade irá parar e o credor quirografário será o credor que tiver algo a receber que contratualmente teria que ter sido pago. ➢ Sócio Participante Na falência do participante, ou seja, quando por exemplo, ele é ao mesmo tempo dono de um estabelecimento, no caso dele falir, a atividade continuará e o contrato da sociedade em conta de participação será um contrato bilateral. Dissolução da Sociedade (art. 1033, CC) Pode ocorrer em todos os casos previstos no art. 1033 do Código Civil. A ação de exigir contas é a ação cabível para resolver os valores a pagar entre os sócios, o art. 996 (cabimento) e o art. 550 (procedimento) do CC devem estar no preâmbulo da peça. __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Esqueleto da Ação de Exigir Contas Cabimento: Na dissolução da sociedade em conta de participação e; quando um sócio pede ao administrador que preste as contas. Competência: Foro de eleição (local indicado no contrato) ou a sede do sócio ostensivo (onde a atividade está sendo prestada). (5 linhas) Partes: • Autor: Sócio Participante • Réu: Sócio Ostensivo Peça: Ação de Exigir Contas Arts. 996 e 1020, CC e art. 550 e ss., CPC (Procedimento Especial) Fatos: Narrativa dos fatos Mérito • Cabimento (e tempestividade quando for o caso); • Sociedade em Conta de Participação: Explicar com base do art. 991, CC; __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda • Dissolução da Sociedade: Explicar o motivo usando o art. 1033, CC como base; • Liquidação: Nos termos do art. 996, CC tem que ser apurada por meio dessa ação. Pedido Ante o exposto, requer: a. a procedência do pedido do autor a fim de condenar o réu a prestar as contas no prazo de 15 dias, sob pena de não lhe ser lícito impugná-las se o autor as apresentar (art. 550, §5° do CPC); b. A citação do réu para a apresentação de contas ou oferecimento de contestação no prazo de 15 dias (art. 550, caput do CPC); c. Que as contas sejam apresentadas de forma adequada, especificando receitas, despesas, investimentos, se houver, e apurando-se o saldo para que seja constituído título executivo (arts. 551 e 552, CPC); d. A condenação do Réu ao pagamento das custas e honorários advocatícios a serem arbitrados por Vossa Excelência (art. 82, §2° do CPC e art. 85 do CPC); e. A citação do Réu para que apresente defesa ou compareça em audiência de conciliação ou mediação a ser oportunamente designada; f. O interesse pela realização da audiência de conciliação e mediação a ser designada nos termos do art. 334 do CPC; g. Que as intimações sejam enviadas para o escritório do advogado na rua ... (endereço completo), conforme o art. 77, V do CPC; h. A juntada da guia de custas devidamente recolhida em anexo. Pretende-se provas o alegado por todos os meios em direito admitidos, especialmente: (documentos apresentados no problema). __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Sociedade Limitada (LTDA) Art. 1053, CC – Arts. 997 e ss., CC – Lei 6404/76 Em caso de omissão, as regras de sociedade simples serão usadas de forma subsidiária que estão nos arts. 997 e ss. do Código Civil. A lei 6404/76 que é a lei de S.A. é usada em casos em que o contrato social indicar expressamente que deverá ser usada. Capital Social Lastro da empresa, a soma do investimento dos sócios. O art. 1055, CC deverá ser usado e no caso de aumento do capital social será usado o art. 1081, CC e no caso de redução de capital social, será usado o art. 1082 ao 1084 do CC. Na composição do capital social, cada sócio poderá investir dinheiro ou bens. Então, prestação de serviços não é permitido, é necessário ter algo que possa ser objeto de avaliação. Toda vez que for investido um bem, este bem terá que ser avaliado. No art. 1055 do CC diz que os sócios são solidariamente responsáveis pela exata estimativa dos bens. Responsabilidade dos Sócios X LTDA Capital Social = 100.000,00 Comprometer (Subscrever) Colocar (Integralizar) Dívida Sócio A Sócio Remisso 80 50 30 Sócio B 20 20 0 O período entre subscrever e integralizar é acordado entre as partes. O valor que foi subscrito e não foi integralizado será de responsabilidade solidária dos dois sócios. A sociedade pode ingressar com uma ação de cobrança (procedimento comum - art. 318 e ss.) contra o sócio que está em dívida com a parte subscrita e não integralizada. O credor que faça cobrança contra a sociedade, caso a sociedade não pague todo o valor, esse credor poderá atingir todos os sócios com o valor máximo do valor que foi subscrito e não foi integralizado. O sócio remisso é o sócio que não integralizou a cota que subscreveu, ou seja, não pagou parte do que se comprometeu, está disposto no art. 1058 do Código Civil, a sociedade pode cobrar ou exclui-lo. __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Número Mínimo de Sócios • Sociedade LTDA – 2 ou mais sócios. • Sociedade Unipessoal LTDA O contrato é alterado para a composição de um único sócio (art. 1052, CC). Todos os artigos de LTDA serão usados, exceto os artigos relativos a composição com mais sócios, como artigos de quórum. Desconsideração da Personalidade Jurídica Possui dois objetivos, sendo o de atingir o patrimônio de alguém (pessoa física) que não é o devedor (pessoa jurídica) e também de atingir o patrimônio da pessoa jurídica que não é devedora além do patrimônio da pessoa física que é a devedora. • Credor ➡ Pessoa Jurídica ➡ Pessoa Física • Credor ➡ Pessoa Física ➡ Pessoa Jurídica (Desconsideração Inversa) Credor Negocial Credor Não Negocial Garantias ✅Pode exigir garantias, quando analisa quem quer dinheiro emprestado. ❌Não pode exigir garantias. Ex.: trabalhador; reparação ao meio ambiente; reparação do dano ao consumidor. Desconsideração da PJ Difícil Teoria Maior Fácil Teoria Menor Requisitos p/ Desconsideração da PJ • Não pagamento; • Abuso da PJ • Obstáculo ao pagamento Ex.: art. 28, §5° CDC Abuso da Personalidade Jurídica (art. 50, CC) • Confusão Patrimonial – Mistura de patrimônios com o objetivo de fraude, com o intuito de lesar credores. • Desvio de Finalidade – Usar a pessoa jurídica de forma indevida com o objetivo de lesar credores. __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Estrutura do Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica Cabimento: Possibilidade de atingir o patrimônio da pessoa jurídica ou dos sócios. Precisa dos requisitos do art. 50 do CC. Distribuição por Dependência (quando existente um contraditório especifico) - Petição Simples. Competência: Local onde está o processo principal Partes: • Autor: Credor • Réu: Sócios (desconsideração comum) ou PJ (desconsideração inversa). Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica Fundamento: Art. 50, CC e art. 133 e ss., CPC Fatos: Narrativa do enunciado Mérito (art. 50, CC e art. 133 e ss., CPC): • Cabimento • Requisitos • Aplicação da teoria maior Pedido – Ante o exposto requer: a. Que seja recebido o presente incidente de desconsideração da personalidade jurídica, suspendendo-se o processo principal (art. 134, §3° do CPC); b. Que seja informado ao distribuidor (art. 134, §4° do CPC);c. A citação dos sócios para que se manifestem no prazo de 15 dias (art. 135 do CPC); d. Que seja declarada a ineficácia de alienação ou oneração de bens havidos em fraude à execução (art. 137 do CPC); Provas Petição Simples Não há valor de causa __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Administrador (art. 1060 e ss., CC) ➢ Pode ser sócio ou terceiro que estará estabelecido no contrato social ou em documento separado (documento registrado na Junta Comercial). ➢ Usa o nome empresarial, ou seja, assina pela empresa. ➢ Designação/Destituição - Quórum diferente para sócio e não sócio (art. 1060 e ss., CC). Responsabilidade do Administrador Em caso de omissão, os artigos 1010 e ss., CC devem ser usados com base no art. 1053 do CC que é o artigo ponte ou a lei da sociedade anônima se estiver expressamente permitido no contrato. Existe a possibilidade de Ação de Reparação de danos/Ação de Indenização (procedimento comum) quando ocorre responsabilidade por perdas e danos. Cabe perdas e danos quando ele age com culpa, dolo, em benefício próprio, usa recursos sem autorização, age contra a vontade dos sócios. • Excesso de poderes (art. 1015, CC): Faz algo que não tem poder para fazer. → Se praticar um ato ultra vires: Excesso (art. 1015, §ún., III, CC), a pratica do ato além do objeto social. Esta prática trás responsabilidade oposta a terceiros, a sociedade não pode ser atingida, o administrador responde de forma isolada. Cessão de Cotas (art. 1057, CC) Aplicado somente no caso de omissão do contrato social, se tiver uma regra no contrato social, a regra que estiver expressa nele terá que ser explicada seja qual for. Decisão que depende dos sócios (art. 1071 e ss., CC) Deverá ter quóruns específicos presentes nos artigos que devem ser seguidos. Conselho Fiscal (arts. 1066 e ss., CC) É facultativo, se existir terá que seguir as regras do art. 1066 e seguintes do Código Civil. __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Dissolução Parcial Ocorre quando o vínculo entre a sociedade e o sócio deixa de existir. A sociedade continua existindo normalmente, no entanto, o vínculo com o sócio deixa de existir temporariamente. Pode ocorrer nos casos de morte, retirada e exclusão, podendo ser resolvidas essas situações extrajudicialmente e se não resolvidas de forma amigável, pode dar início a uma demanda judicial chamada de Ação de Dissolução Parcial com fundamento no art. 599 e ss. Do CPC. Dissolução Parcial por Morte (art. 1053, CC – por omissão, usa-se o art. 1028, CC) No caso de morte, o normal é que os herdeiros serão ressarcidos, ou seja, a cota temporariamente fica sem dono. No entanto, pode existir um acordo diferente entre os herdeiros e os sócios sobreviventes ou por definição em contrato social, na omissão, os herdeiros serão ressarcidos. Procedimento Extrajudicial Procedimento Judicial Herdeiros levam Atestado de Óbito para a sociedade ⬇ Alteração do Contrato (tirando o sócio que faleceu) ⬇ Averbação na Junta Comercial ⬇ Apuração dos Haveres (aplicar o art. 1031, CC para resolver o valor devido e ressarcir os herdeiros). Herdeiros levam Atestado de Óbito para a sociedade ⬇ O contrato social não é alterado (tirando o sócio que faleceu) ⬇ Ação de Dissolução Parcial c/c com Apuração de Haveres OU Herdeiros levam Atestado de Óbito para a sociedade ⬇ O contrato social é alterado (tirando o sócio que faleceu) ⬇ Não é feita a apuração de haveres ⬇ Ação de Apuração de Haveres (para discutir o valor devido) __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Dissolução Parcial por Retirada - Sócio que quer sair da sociedade • Hipótese Motivada (art.1077, CC): Existe um motivo indicado na lei, cabe por exemplo, quando o sócio não concorda com a alteração do contrato social, nesse caso, ele pode pedir a saída da sociedade. Ou, • Hipótese Imotivada (art. 1029, CC): Não há situação defendida em lei, no entanto, o sócio pode alegar a quebra da “affectio societatis” que é o dever de colaboração, de fazer o negócio dar certo. O motivo da quebra pode ser um desentendimento, falta de confiança, brigas e discussões e etc. Procedimento Extrajudicial Procedimento Judicial Notif icação dos Sócios (eles devem decidir se querem continuar ou não com a sociedade) ⬇ Alteração do contrato social (Caso concordem, farão) ⬇ Averbação na Junta Comercial (alterar o registro) ⬇ Apuração dos Haveres Notif icação dos Sócios (eles devem decidir se querem continuar ou não com a sociedade) ⬇ Não alteram o contrato ⬇ Ação de Dissolução Parcial OU Notif icação dos Sócios (eles devem decidir se querem continuar ou não com a sociedade) ⬇ Alteração do contrato social (Caso concordem, farão) ⬇ Averbação na Junta Comercial (alterar o registro) ⬇ Não tem apuração dos haveres ⬇ Ação de Apuração de Haveres Então, se os sócios são notificados, no entanto, não fazem a alteração do contrato social, pois ficam inertes ou até fazem, mas não fazem a averbação na Junta Comercial, a Ação de Dissolução Parcial será cabível. Caso a dissolução tenha sido feita, mas o ressarcimento não ocorreu, cabe a Ação de Apuração de Haveres. __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Dissolução Parcial por Exclusão Deve ser extrajudicial quando todos os requisitos do art. 1085 do CC estiverem presentes. Caso não tenha algum requisito, poderá ser de forma judicial. Os requisitos do art. 1085 do CC, são: ▪ Falta grave (nunca é um problema pessoal e sim, um problema contra a empresa); ▪ Previsão no contrato social ▪ Concordância de sócios com mais da metade do capital social A sociedade deve dar a oportunidade de defesa para o sócio para exclui-lo extrajudicialmente, ele deve ter conhecimento da dissolução. Extrajudicial Judicial Cumpre os requisitos do art. 1085, CC. Verificar que a exclusão extrajudicial não é possível, pois não há os requisitos. Alteração no contrato social ⬇ Averbação na Junta Comercial ⬇ Apuração dos Haveres Falta grave ⬇ Ação de Dissolução Parcial cumulada com Apuração de Haveres Alteração no contrato social ⬇ Averbação na Junta Comercial ⬇ Inércia da sociedade ⬇ Ação de Apuração dos Haveres __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Esqueleto de Dissolução Parcial Quando houver a inércia no caso de retirada, morte ou exclusão. Competência: Foro de eleição ou sede da empresa Autor: Art. 600, CPC Morte – Inventariante ou sucessores Exclusão - Sociedade Retirada - Sócio Réu: Morte - Sociedade Retirada – Sociedade Exclusão - Sócio que se quer excluir AÇÃO DE DISSOLUÇÃO PARCIAL... → POR MORTE, art. 1028, cc e art. 599, I, II e ss., CPC → DE RETIRADA, art. 1077, CC ou art. 1029, CC e art. 599, I, II e ss., CPC → DE EXCLUSÃO, art. 1030, CC e art. 599, I, II e ss., CPC I. DOS FATOS II. DO MÉRITO ⎯ Cabimento ⎯ Hipótese (1028 ou 1077 ou 1030) ⎯ Da apuração dos Haveres (como serão apurados, art. 1031 ou 606 do CPC) ⎯ Pedir para o juiz fixar a data da resolução (art. 605, CPC) III. DOS PEDIDOS a. a procedência do pedido do autor no sentido de determinar a dissolução parcial por..., oficiando a Junta Comercial; b. que seja fixada a data da resolução, nos termos do art. 605 do CPC; c. que sejam apurados os haveres de acordo com o art. 606 do CPC e art. 1031 do CC; d. a citação do Réu, para que, querendo apresente sua contestação no prazo legal de 15 dias de acordo com o art. 601 do CPC; e. o autor manifesta interesse na audiência de conciliação ou mediação conforme o art. 319, VII e art. 334, §5° do CPC; f. a condenação as custas e honorários conforme o art. 82, §2° e art. 85 do CPC; g. a juntadadas custas iniciais; h. que as intimações sejam enviadas ao escritório da rua... (art. 77, V do CPC); Provas: Sempre deve ser apresentado o contrato social consolidado. Valor da Causa: A parte do sócio e não o capital social total. __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Esqueleto de Apuração de Haveres Quando houver a inércia no caso de retirada, morte ou exclusão. Competência: Foro de eleição ou sede da empresa Autor: Art. 600, CPC Morte – Inventariante ou sucessores Exclusão - Sociedade Retirada - Sócio Réu: Morte - Sociedade Retirada – Sociedade Exclusão - Sócio que se quer excluir AÇÃO DE APURAÇÃO DE HAVERES Art. 599, III e 1031 do CPC I. DOS FATOS II. DO MÉRITO − Da apuração dos Haveres (como serão apurados, art. 1031 ou 606 do CPC) − Pedir para o juiz fixar a data da resolução (art. 605, CPC) III. DOS PEDIDOS a. que seja fixada a data da resolução, nos termos do art. 605 do CPC; b. que sejam apurados os haveres de acordo com o art. 606 do CPC e art. 1031 do CC; c. a citação do Réu, para que, querendo apresente sua contestação no prazo legal de 15 dias de acordo com o art. 601 do CPC; d. o autor manifesta interesse na audiência de conciliação ou mediação conforme o art. 319, VII e art. 334, §5° do CPC; e. a condenação as custas e honorários conforme o art. 82, §2° e art. 85 do CPC; f. a juntada das custas iniciais; g. que as intimações sejam enviadas ao escritório da rua... (art. 77, V do CPC); Provas: Sempre deve ser apresentado o contrato social consolidado. Valor da Causa: A parte do sócio e não o capital social total. __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Registro (Arts. 967 a 971, CC/ Lei 8934/94 - Lei de Registro Público das Empresas Mercantis – arts. 4,5 e 34) O art. 967 do CC diz que todo empresário individual e toda sociedade empresária devem se registrar antes do início da sua atividade. Portanto, o registro não é uma faculdade e sim, uma obrigação. o Obrigatório Exceção: O registro será uma faculdade na situação do art. 971 do CC que é o caso do empreendedor rural que é a pessoa que exerce a atividade econômica de forma organizada na área rural, estes poderão escolher ter registro ou não. O registro possui natureza regulatória e não constitutiva, pois a empresa nasce no momento em que se abrem as portas com registro ou não. O registro possui duas funções que ocorrem no momento do registro, que são: o Regularizar a atividade empresarial; o Atribuir a ela, personalidade jurídica. Obs.: O empresário individual (art. 966, CC) ao se registrar irá regularizar sua atividade empresarial, mas não terá personalidade jurídica, porque ele continua sendo a pessoa física exercendo a atividade empresarial em seu próprio nome. Empreendedor Rural • Faculdade de se registrar • Registro com natureza constitutiva O empreendedor rural se torna empresário no momento do registro, apenas ele, em virtude da natureza facultativa do registro, este registro será constitutivo, ou seja, o empreendedor rural só é empresário caso tenha registro e assim, será empresário regular. Se o empreendedor rural não tiver registro, ele não é empresário e portanto, não é regular também. Junta Comercial (Estadual) = Registro Público das Empresas Mercantis Cada estado da federação e o DF tem uma junta comercial, ao todo, tem 27 juntas comerciais no Brasil. É um órgão de efetiva execução. O empresário individual, EIRELI ou sociedade empresária devem registrar seus atos constitutivos na Junta Comercial. __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda D.R.E.I (Departamento de Registro Empresarial e Integração) - Federal Existe somente 1 no Brasil. Possui a função de regulamentar a atividade de registro por meio da edição de instruções normativas, ou seja, vários pontos em que a legislação é omissa ou obscura quanto ao registro, esse órgão regulamenta por meio das instruções normativas. É um órgão de supervisão. Funções: • Regulamentar; • Fiscalizar as Juntas Comerciais para saber se estão agindo de forma efetiva e correta quanto ao serviço e preceitos legais. Nome Empresarial (art. 1155 a 1168, CC) ➢ Firma – Empresa Individual ou sociedade que registra com nome civil de um titular ou de todos os sócios de forma extensa ou abreviada. ➢ Denominação - Registro com nome fantasia, fictício. __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Estabelecimento Empresarial (art. 1142-1149, CC) Nos termos do art. 1142 do Código Civil, estabelecimento empresarial é o conjunto de bens corpóreos e incorpóreos reunidos pelo empresário ou pela sociedade empresária para o desenvolvimento de sua atividade. O ponto comercial é o prédio, local do estabelecimento. Contrato de Trespasse (Contrato de Venda do Estabelecimento Empresarial) Aviamento: Sobrevalor com base na capacidade de atração de clientela e freguesia do estabelecimento. O vendedor que define o preço, não há uma base de cálculo. Clausula de Não Restabelecimento = Clausula de Não Concorrência (art. 1147, CC) Na omissão do contrato de trespasse, o alienante não poderá fazer concorrência ao adquirente (comprador) pelo prazo de 5 anos. Essa clausula é tácita, ou não seja, não precisa estar expressa no contrato. O comprador pode renunciar essa garantia, ele deve renunciar de forma expressa no contrato. No arrendamento do estabelecimento comercial, o alienante não poderá fazer concorrência ao adquirente enquanto durar o contrato de arrendamento. A peça cabível para a situação em que essa clausula é infligida e o art. 1147 é desrespeitado, é a Ação de Obrigação de Não Fazer - mérito: art. 1147, CC podendo cumular com perdas e danos e requerimento de tutela especifica (art. 497, CPC). Dívidas (arts. 1142 a 1149, CC): O adquirente assume todas as dividas devidamente contabilizadas, ou seja, as dividas presentes nos balanços, livros e etc. O alienante continua obrigado as dívidas que já existiam de forma solidária pelo prazo de 1 ano. • Dívida Vincenda: Já existe, mas ainda não venceu. O 1 ano será contado a partir do efetivo vencimento; • Dívidas Vencidas: Será 1 ano contado a partir da publicação do contrato de trespasse. Ou seja, o contrato deve ser averbado na Junta Comercial para que seja publicado. Se não restarem bens suficientes para o pagamento dos credores após o trespasse, a eficácia dependerá da concordância de todos os credores, de forma expressa ou tácita. O alienante vai notificar os credores e os credores terão 30 dias para resposta, se não responderem nesse prazo, terá concordância tácita. Contratos: O adquirente sub-roga-se nas relações contratuais, em regra. Exceto os contratos de caráter pessoal que podem ser reincididos pela outra parte caso ela não queira continuar. __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Propriedade Industrial (Lei 9279/96 - L.P.I.) É o ramo da propriedade industrial que vida a proteger as criações do intelecto humano com finalidade puramente mercantil ou econômica. O art. 5° da Lei 9279/96 diz que os bens protegidos pela propriedade industrial são bens móveis para efeitos legais e de natureza incorpórea. O registro desses bens tem natureza constitutiva, então no momento do registro que se terá um proprietário, o registro é no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), é uma autarquia federal, possível fazer o registro através da internet (www.i.n.p.i.gov.br). Bens Móveis Incorpóreos Patentes Marcas Desenhos Industriais Registro no INPI Patentes (art. 6 e ss. - L.P.I) Nova tecnologia que é qualquer melhoria funcional em objetos que melhores a vida das pessoas, em regra, pode ser patenteada. O INPI só vai conceder a patente, após analisar os requisitos da patenteabilidade. ➢ Espécies: o Invenção - Tecnologia totalmente nova. O criador basicamente partiu do zero e criou a nova tecnologia.Ex.: Santos Dumont ao patentear o avião 14Bis. o Modelo de Utilidade (art. 9°) – Nova tecnologia que vem para aprimorar outra. Melhora uma outra que já existe e que não propriamente tenha nascido do zero. Ex.: Air Bus, patenteia novos modelos de aviões. ➢ Requisitos da Patenteabilidade (arts. 11 a 15 – LPI) o Novidade (art. 11) - É novo, tudo aquilo que não está compreendido no estado da técnica. Ou seja, para conseguir uma patente, é necessário provar esse requisito que é demonstrar que a tecnologia é nova para os técnicos e pesquisadores do assunto, deve ser de desconhecimento para quem estuda o assunto. __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Exceções: Arts. 12, 16 e 17 da LPI - Situações nas quais mesmo sendo acessível aos técnicos do assunto, é possível pedir a patente. o Aplicação Industrial (art. 15): Cumpre esse requisito, a invenção e o modelo de utilidade que cumpra o “querer” e “poder”. Normalmente a indústria não quer produzir por fatores econômicos e nesse caso, a criação não cumprirá o requisito da aplicação industrial e outro motivo é a indústria não poder por ser uma tecnologia muito avançada que dificulta a produção seja por falta de matéria-prima, por exemplo. o Atividade Inventiva: É necessário provar que a nova tecnologia partiu da criatividade e não de mero estado da técnica, ou seja, que existiu pesquisa e estudos e não por meio de simples coincidência. o Ausência de Impedimentos (arts. 10 e 18): O que não podem ser patenteados está no art. 18. O art. 10 classifica o que não poderá ser considerado invenção ou modelo de utilidade. Procedimento de Registro da Patente (arts. 19 e ss.) Depósito ⬇ Exame Formal (Análise de documentos) ⬇ Exame Material (Análise dos requisitos) ⬇ Se o INPI entender que os requisitos foram cumpridos ⬇ Concessão da Carta-Parente (Nesse momento se adquire a propriedade da patente) __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Vigência da Patente (art. 40) A carta-patente possui vigência estipulada no art. 40 e os prazos são improrrogáveis, após o termino do prazo concedido a invenção ou modelo cairão em domínio público, ou seja, todos terão o poder de fabricar e desenvolver. O prazo é estipulado para a exploração exclusiva do inventor para que ele possa reaver o investimento colocado na invenção. Após o prazo estipulado, ao cair em domínio público barateia a invenção e modelo. Ex.: Viagra até 2011 era vendido a 50 reais, pois era exclusivo do inventor. Após 2011, o Viagra começou a ser vendido por 4 reais. O nome Viagra não é usado por todos os fabricantes, mas o princípio ativo sim, a composição pode ser usada por todas e vendida. • Patente de Invenção: Prazo de proteção de 20 anos contados do efetivo deposito e não da concessão. Ou seja, a partir da primeira fase do procedimento. Prazo mínimo de 10 anos contados da efetiva concessão. • Patente Modelo de Utilidade: Prazo de proteção de 15 anos contados do efetivo depósito. Prazo mínimo de 7 anos contados da efetiva concessão. Direitos do Titular (art. 41): Direitos de explorar economicamente e exclusivamente a patente. Usuário Anterior (art. 45): Se estiver de boa-fé, terá tratamento diferenciado. Nulidade de Patente (art. 46) Cabe ao interessado que quer requerer junto ao INPI ou ao poder judiciário a nulidade de parente de uma terceira pessoa. Ex.: Há um titular da TV 4K, uma empresa diversa pede patente da TV 4K e o INPI concede mesmo há tendo um titular anterior. O legitimo titular ao ver que há uma patente sendo concedida sem cumprir um dos requisitos exigidos, pode requerer a nulidade dessa patente podendo ser administrativa (art. 50) junto ao INPI ou judicial (art. 56) por meio da Ação de Nulidade de Patente. Cessão da Patente (art. 58) A patente, em regra, é de uso exclusivo do proprietário. Esse proprietário pode vender ou alugar a patente. A venda é a cessão da patente que é um contrato previsto do art. 58 (mérito). __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Licença de Patente (art. 61) Se o titular proprietário não quiser vender, mas querer que outras pessoas usem sua tecnologia e continuar no direito, pode licenciar a patente que é chamada de licença voluntária. Licença Compulsória (art. 68 e ss.) A licença obrigatória, basicamente uma sanção, se dá mesmo contra a vontade do titular da patente podendo ocorrer somente nos casos definidos na lei. Como quando o titular não está usando a tecnologia de forma a atender a sociedade em geral ou está praticando abuso de poder econômico ou é situação de emergência pública (ex.: um laboratório tem patente sobre um medicamente e na situação de surto de uma doença, é necessária a produção do medicamento). Arts. 75, 76, 78 Patente desenvolvida por funcionário (art. 88) Se foi desenvolvida no contrato de trabalho que ocorreu no Brasil e o funcionário foi contratado para essa finalidade, a patente pertence ao empregador e não ao funcionário. Se foi desenvolvida no curso do contrato de trabalho, mas o funcionário não foi contratado pra isso, mas usou os equipamentos da empresa, a patente pertence a ambos. Salvo, estipulação contratual em contrário. Se foi desenvolvida fora do ambiente de trabalho, fora do contrato de trabalho e não usou os equipamentos da empresa, a patente pertence ao funcionário. __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Marcas (Arts. 122 e ss da Lei 9279/96) De acordo com o art. 123, há 3 espécies. No entanto, a mais cobrada e estudada é a marca de produtos e serviços. Espécies: • Marca de Certificação - Serve para atestar a qualidade de produtos ou serviços segundo parâmetro e metodologias criados pela própria entidade certificadora. Ex.: IMETRO, MEC. • Marca Coletiva – Serve para identificar produtos ou serviços oriundos de uma coletividade que pode ser uma associação, cooperativa, sociedade empresária titular de diversas outras marcas e serviços (ex.: UNILEVER, AMBEV, PSICO). • Marca de Produto ou Serviço (art. 122) – Todo sinal visualmente perceptível utilizado para identificar produto ou serviço e o diferenciar da concorrência. Ou seja, a marca é um rótulo colocado em um produto ou serviço que o diferencia dos demais. Não podem ser registrados como marca, sinais que não sejam visualmente perceptíveis. Como por exemplo, os sinais sonoros. O Brasil adota uma teoria restritiva. E também não podem ser registrados como marca os sinais olfativos, como por exemplo, cheiro de perfumes. Já nos EUA, o conceito é abrangente, então qualquer sinal que identifique produto ou serviço pode ser registrado como cheiros de perfumes e sons de automóveis. Requisitos do Registro de Marca (arts. 124 a 126 – LPI) • Novidade: Necessário que seja uma marca nova, não pode ser registrada uma marca idêntica ou semelhante a uma já existente. Essa novidade é relativa, ou seja, não pode ser idêntica ou semelhante em mesmo ramo. O princípio da especificidade é seguido, em regra, as marcas ganham proteção apenas no ramo de atividade que estejam atuando, então, a novidade é relativa, a marca precisa ser nova apenas no ramo de atividade em que ela é pleiteada no registro. Podem coexistir marcas idênticas desde que registradas em classes/ramos de atividades diferentes. __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Exceção (art. 125) - Marca Alto Renome: Marca registrada no INPI que além do registro, ganha proteção em todos os ramos de atividade. Para ser uma marca de alto renome é necessário que a marca já tenha registro no INPI e seja requerido o Alto Renome, o INPI irá analisar se o requisito do conhecimento e da confiabilidade da população em geral são cumpridos. Ex.: Natura, Coca-Cola, Tintas Coral, Diamante Negro, Kibon e etc. • Não Colidência com marca notoriamente conhecida (art. 126) A marca de alto renomeé uma marca registrada no Brasil e que ganha proteção em todos os ramos de atividade. A marca notoriamente conhecida não está registrada no INPI, no Brasil, mas está registrada no País de origem e seja notoriamente conhecida lá terá proteção no Brasil no ramo de atividade. • Ausência de Impedimentos (art. 124): Há 24 situações de impedimento, sendo um rol taxativo. Art. 129 – Direitos da Marca Art. 128 – Quem pode requerer o registro? Pode ser pessoa física ou jurídica. Art. 130 – A marca sendo uma propriedade, pode ser objeto de cessão ou licença. Só que diferente da patente, existe somente a licença voluntária. Ex.: Coca-Cola licencia a marca para a loja de roupas. Prazo de Vigência da Marca (Art. 133) As marcas serão protegidas pelo prazo de 10 anos contados da efetiva concessão, ou seja, do momento que o INPI concedeu a propriedade da marca. O registro é prorrogável por sucessivas vezes, sempre por períodos de 10 anos sem limite de prorrogação. Ex.: A marca Coca-Cola está registrada desde o século XIX; Viagra, a marca está registrada até hoje, a formula já caiu em domínio público. A renovação do registro da marca tem prazo que inicia 1 ano antes de acabar a proteção da marca (renovação ordinária). Se não for pedido nesse prazo, o titular pode pedir a renovação nos próximos 6 meses após a expiração da marca (renovação extraordinária). A taxa de renovação no prazo ordinário é a metade do valor da taxa do prazo extraordinário. Após o prazo de 6 meses, a marca cairá em domínio público e terá que ser registrada novamente. Ou seja, dentro do prazo de 1 ano antes do termino da proteção, a taxa é 1. No prazo de 6 meses após o termino da proteção, a taxa será 2, é cobrada uma retribuição maior e extraordinária, nesse prazo. Art. 134, 139 – Contrato de Licença,142, 147 – Marcas Coletivas e de Certificação,155 a 164 – Procedimento do Registro de Marcas __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda O interessado pode requerer a nulidade da marca caso o INPI conceda marca contrária as formalidades e exigências legais, assim como ocorre nas patentes. Essa nulidade pode ser administrativa (art. 168) ou judicial (art. 173 - Ação de Nulidade de Marca). Desenho Industrial (arts. 95 e ss. - LPI) Conjunto de linhas e cores de caráter meramente embelezatório aplicados em um produto. É um design que é aplicado nos produtos (art. 95). Ele não pode alterar a qualidade do produto. Requisitos (arts. 96 a 100) • Novidade • Originalidade • Ausência de Impedimentos (art. 100): O que for contrário a moral, aos bons costumes não pode ser registrado. Ação de Anulação do Nome Empresarial (Fundamento: art. 1167, CC) O autor tem o registro do nome empresarial e esse registro ocorreu quando registrou a empresa e tem o réu que registrou depois o mesmo nome empresarial no mesmo ramo de atividade e no mesmo Estado. Peças de Propriedade Industrial (Lei 9279/96) - Proteção a marca, patente e ao desenho industrial. Se não cabe adjudicação, cabe nulidade. Adjudicação Nulidade Réu: “titular” da marca, patente ou desenho industrial Autor: quer a marca, patente ou desenho industrial para ele. Autor: quer a nulidade do registro. Competência: Justiça Federal (o INPI vai fazer parte) Polo Passivo: Réu + INPI Nome Empresarial: Art. 33-34, Lei 8934/94 Arts. 1150 e ss., CC __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Ação de Adjudicação de... Marca: Art. 166, LPI e 173, LPI Patente: Art. 49, LPI e art. 56 e ss., LPI Desenho Industrial: Art. 116 e 56 e ss., LPI Ação de Nulidade de... Marca: art. 173 e ss., LPI Patente: art. 56 e ss., LPI Desenho Industrial: art. 118 e 56 e ss., LPI Mérito: Titularidade Mérito: Vício de requisitos ou vício de procedimento Liminar (art. 209, §1°, LPI) Pedidos: 1. a procedência do pedido do autor no sentido de adjudicar/declarar a nulidade; 2. a concessão de liminar no sentido de ...; 3. a citação 4. juntada de custas; 5. a condenação ao ônus de sucumbência; 6. interesse do autor na audiência de conciliação ou mediação; 7. endereço das intimações. Provas 1. O réu sempre será titular da marca/patente/desenho industrial 2. O autor pode ou não ser titular Ação de Obrigação de Não Fazer (art. 318 e ss., CPC) Ação de Obrigação de Não Fazer c/c Reparação de Danos (art. 318 e ss., CPC) Ação de Reparação de Danos 1. O autor é titular 2. Justiça Estadual Obs.: Para reparação de danos, além dos arts. específicos de marca, patente e desenho industrial, também olhar os arts. 208 e ss. no mérito. Obs.: Medida de Urgência - Quando se tem um dano de difícil reparação. Pedido Agora = Pedido final – Tutela Antecipada Pedido Agora ≠ Pedido final – Tutela Cautelar __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Ação de Exibição de Livros Os livros autenticados pela Junta Comercial são, como regra, sigilosos com base no art. 1190 e ss. do CC. É cabível a exibição judicial quando houver um justo motivo, ou seja, é possível pedir ao juiz o acesso aos livros. Esse justo motivo pode ser uma questão sucessória, societária, falência ou questionamento administrativo. Esqueleto Cabimento: Motivos do art. 1191 do CC. Ex.: Ação de dissolução de sociedade em andamento; ação de apuração de haveres; reparação de danos contra o administrador. Petição Simples - Há processo em curso, não há valor de causa e juntada de custas Obs.: Pode ocorrer de não ter processo em curso e o cliente precisar da exibição dos livros, nesse caso, será uma petição inicial com fundamento no art. 1191, CC e 318 do CPC. Ao invés de intimação nos pedidos, será citação. Competência: Onde está o processo Distribuição por Dependência Partes: • Autor: Quem deseja a apresentação dos livros. • Réu: Quem detêm os livros, pode ser a sociedade ou administrador e etc. Fundamentação: ...vem, respeitosamente, ingressar com o pedido de exibição de livros com fundamento no art. 396 e ss. do CPC e art. 1191 do CC. I. Dos fatos II. Do mérito • Cabimento (art. 1191, CC) III. Dos pedidos a. a intimação do requerido no prazo de 5 dias para a exibir os livros no período de ... sob pena de presunção de veracidade nos termos do art. 400 do CPC (art. 398, CPC); (Modelo no livro) __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Sociedade Anônima (Lei 6404/76 - LSA) • Empresária (sempre) Responsabilidade A responsabilidade é limitada, então os acionistas respondem efetivamente somente pelas suas ações. Não há solidariedade entre eles. Nome Empresarial É registrada com denominação, ou seja, só pode ser registrada com elemento fantasia. No entanto, o art. 3°, §1° diz que é possível empregar no nome empresarial, o nome do seu sócio fundador em caráter de homenagem. Mesmo com o nome na composição, jamais será firma, sempre será denominação. Sociedade Anônima Aberta De capital aberto – Se a S.A negocia os seus valores mobiliários no mercado de capital, no mercado de valores mobiliários. (art. 4°) Sociedade Anônima Fechada De capital fechado - Se a S.A não negocia os seus valores mobiliários no mercado de capital, no mercado de valores mobiliários. (art. 4°) Valores Mobiliários Mercado de Valores Mobiliários São títulos, documentos emitidos pela S.A., ela emite e tenta vender. A ideia é captar recursos para os cofres da S.A. A depender da forma como tenta vender, ela é aberta ou fechada. Faz corretagem, está regulado também pela lei 6385/76 (arts.2, 4, 5, 15, 19, 21 e 22). Esse mercado que pega os títulos colocados à venda e os vende diretamente a quem quer comprar. • Ações • Debêntures • Partes Beneficiárias • Bônus de Subscrição • Bolsa de Valores (B3) • Mercado de Balcão (instituições financeiras ecorretoras) __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Comissão de Valores Mobiliários (CVM) - Art. 5, Lei 6385/76 Autarquia Federal. Não atua no mercado de capitais, ela não compra e vende valores mobiliários, ela fiscaliza e regulamenta o mercado de capitais. Valores Mobiliários: Ações (arts. 11 e ss., LSA) Conferem ao acionista, o status de sócio, isso porque 100% do capital social da S.A. é dividido por ações. Para se tornar sócio de uma S.A., só é possível por meio da compra de ações. A integralização das ações está disposta no art. 7° e 8°, podendo ser por dinheiro ou por qualquer espécie de bens. Quando um acionista integraliza suas ações por bens, é necessária uma perícia por 3 peritos ou por empresa especializada. Lembre-se, a responsabilidade é limitada e não solidária, o acionista responde somente pelo valor de suas ações. A composição é 100% de ações, no entanto, há tipos de ações e acionistas. Espécies de Acionistas ➢ Acionista Gestor: Tem poder de voto, possuem controle e ingerência. ➢ Acionista Investidor: O interesse é meramente especulativo, não há intenção de ter poder algum. Espécies de Ações ➢ Ações Ordinárias: É uma ação comum e confere direitos comuns. Sempre confere ao acionista, o direito de voto. Então, quanto mais ações tiver, maior o poder de voto. O acionista gestor prefere comprar esse tipo de ação. ➢ Ações Preferenciais: Confere direito de preferência ao acionista. Pode ou não ter direito ao voto, na maioria das vezes, esse direito não existe ou é restringido. Normalmente, comprada por acionista investidor. Quando não tiver direito de Art. 11-15, 17 e §7°,18 e 44, LSA __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda voto, o acionista vai ter o direito de partilhar os lucros da S.A. em 1° lugar. Cuidado! Ele não terá mais lucros que outro investidor e sim, vai ter direito de pegar os lucros antes dos acionistas ordinárias. Proporção (art. 15, §2°) Em regra, não há proporção em relação ao número de ações ordinárias e preferenciais na composição do capital social da S.A., no entanto, existe uma restrição disposta no art. 15, §2° que diz: “O número de ações preferenciais sem direito a voto ou sujeitas a restrição não poderão ultrapassar 50% do total as ações emitidas.”. Golden Share (art. 17, §7°) É uma ação preferencial. O governo pode criar uma ação, chamada de golden share, esta deve pertencer ao governo que é o ente desestatizante. Essa ação pode atribuir o direito de veto que é o direito de vetar o que for acordado em contrato. Então, o governo terá o direito a vetar algo em especifico, com uma ação somente, mesmo que as outras ações concordem, se o governo vetar por ter uma ação golden share, não ocorrerá. Ação de Gozo ou Fruição (Art. 44, §1° e §2°) Uma ação amortizada, sendo preferencial ou ordinária em que se entende que a S.A. já devolveu para o acionista o valor que ele investiu, já abateu. O acionista continuará sendo acionista, mas terá uma ação amortizada. Implica dizer que há o eventual encerramento da companhia, os acionistas ordinárias e preferencialistas cujas as ações não estão amortizadas, possuem direito a receber sua porcentagem das ações com base no patrimônio líquido da S.A. Da ação amortizada, como já foi abatido o valor investido, receberá somente alguns excessos de valorização ou algo do tipo. Boletim de Subscrição Normalmente, as ações quando derivadas de sociedades consolidadas possuem integralização praticamente de imediato. No entanto, as sociedades novas, comercializam as ações antes mesmo delas estarem disponíveis no mercado e por essa razão, a integralização não ocorre de forma rápida, nessa situação há o boletim de subscrição que é um boletim em que o acionista promete que vai comprar as ações da companhia. Caso quem prometeu, não cumpra na data estipulada, ou seja, não integralize as ações, se tornará um sócio remisso. __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Sócio Remisso (art. 106 e 107) Quem assina o boletim de subscrição, promete integralizar ações e não as integraliza no prazo estipulado no boletim. A companhia, assim que verificada a mora do acionista remisso, pode exercer as hipóteses do art. 107, inclusive ingressar com processo de execução usando o boletim de subscrição como prova. Ação de Execução O título executivo é o boletim de Subscrição (art. 107, I) + aviso de chamada (intimação para pagamento). No mérito terá que ser citado o art. 106 também, além do art. 107, I. Debêntures (arts. 52 e ss.) São valores mobiliários por meio dos quais a S.A. capta recursos com o mercado de capitais, ou seja, pega dinheiro emprestado com o mercado de capitais. O debenturista não é sócio, sócios são somente quem possui ações. O debenturista é um credor da S.A. Um dos valores mobiliários mais seguros que existe, ao comprar uma debenture, a S.A. já estipula na escritura o quanto a taxa de juros que vai ser paga, o prazo de pagamento que é chamado de prazo de resgate que é o prazo que a S.A. vai resgatar essa debenture e também define a forma do resgate (se vai ser pago em uma única parcela ou não, e etc.). É um crédito certo, a sociedade vai ter que pagar. Se a S.A. não pagar, com base no art. 784, I do CPC, as debêntures são títulos executivos extrajudiciais, então se não for paga, poderá fundamentar uma ação de execução. Garantias (art. 58) São garantias que podem ser dadas para garantir o pagamento da debenture, podendo ser uma garantia real ou flutuante. Na garantia real, a S.A. determina um bem especifico que servirá de pagamento. Já na garantia flutuante, a sociedade da todo o patrimônio dela como forma de garantia para os credores. Normalmente, a S.A. costuma dar a garantia flutuante, pois o bem da garantia real fica comprometido e não pode ser usado sem a concordância dos credores ou se quitar o resgate. __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Na garantia flutuante, a S.A. está livre para negociar seus bens, no entanto, a lei exige que se conserve patrimônio suficiente para pagar seus debenturistas, então não compromete seu patrimônio. Se for sem garantias, se a S.A. não der garantias, essa debenture será chamada de créditos quirografários. Além de não dar garantia, a S.A. também pode estipular que a debenture é subordinada. Partes Beneficiárias (arts. 46 e 47) São títulos mobiliários que conferem ao seu titular direito de crédito eventual contra a companhia, consistente na participação dos lucros. É um título inseguro. A parte beneficiária pode conferir direito a uma porcentagem dos lucros anuais, no entanto, há um limite, pois quanto mais a S.A. comprometer seus lucros para pagar partes beneficiárias, menor vai ser os lucros partilhados pelos acionistas. A S.A. só pode emitir partes beneficiários que comprometam no máximo 1/10 dos seus lucros, no sentido de não lesar os direitos dos acionistas (art. 46, §2°). É proibido que as S.A. abertas emitam partes beneficiárias (art. 47, §ún.) Bônus de Subscrição (arts. 75 a 78) São títulos que irão conferir ao seu titular direito de preferência na aquisição de novas ações. Ao adquirir um bônus de subscrição, em regra, está adquirindo somente um direito de preferência para adquirir novas ações no futuro e caso exerça esse direito, terá que pagar por essas novas ações. A S.A. possui capital social formado, obrigatoriamente dividido por ações. O documento que constitui a S.A. é o documento chamado de estatuto social. O valor do capital social consta no estatuto social. Para integralizar esse capital social constante no estatuto, se emite ações. No entanto, pode ser que a S.A. queira majorar o capital social dela, para isso, é necessário alteração do estatuto que depende de um procedimento composto por convocação de assembleia geral e quórum qualificado de aprovação, eapós da alteração é necessária autorização da CVM para a apresentação da majoração do capital social. Então, para __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda aumentar o capital social, é um procedimento complicado que pode ser encurtado quando a sociedade consegue ser uma S.A. de Capital Autorizado (art. 168). Há a possibilidade de a S.A. quando está se constituindo fixar um valor do capital social e já pedir autorização da CVM para poder majorar o capital social fixado. Por exemplo, informar a CVM que “o capital social é fixado em 700.000,00” e requerer que seja permitido a majoração até 1 milhão de reais. Se a CVM autorizar, já terá a majoração e será chamada de sociedade de capital autorizado. No momento que essa sociedade quiser de fato majorar, não precisará fazer nenhum procedimento, pois já terá autorização para isso. Então vai precisar somente emitir novas ações. Quando a S.A. é de capital autorizado, já gera expectativa no mercado de que algum dia irá emitir novas ações. Sendo assim, faz sentido querer comprar bônus de subscrição de uma sociedade anônimo de capital autorizado e adquirir o direito de preferência na compra de novas ações para que quando esta for emitir, ofereça primeiro para quem tem bônus que tem direito de comprar 1 nova ação primeiro que os demais. Ao comprar uma ação nova que ainda não foi comprada por ninguém, se paga preço de emissão que é o preço que está sendo emitida. No mesmo dia que se vende por preço de emissão, é possível vender por valor de mercado. Então quem compra o bônus de subscrição paga mais barato e logo na sequência, pode vender no valor de mercado. Normalmente se compram lotes de bônus de subscrição que dão direito a subscrever muitas novas ações. Somente a sociedade de capital autorizado que emite bônus de subscrição. Órgãos da S.A. → Assembleia Geral – Deliberativo → Conselho de Administração - Deliberativo → Diretoria – Executivo → Conselho Fiscal - Fiscalizatório Assembleia Geral (art. 122 e ss.) É o órgão máximo dentro da S.A. Todos os acionistas são convocados para participar da assembleia geral, seja acionista ordinário seja acionista preferencial, pois todos possuem direito de voz. __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Obs.: Direito de voz é diferente de direito de voto. Todos os acionistas possuem direito de voz, no entanto, o acionista preferencialista não tem direito a votar e concretizar sua opinião, mas pode debater assuntos da assembleia. Os assuntos deliberados são matérias que devem ser convocadas e aprovadas de forma obrigatória estão dispostos no art. 122. A depender da matéria que vai ser deliberada, a assembleia geral pode ser classificada de duas maneiras, sendo: • Assembleia Geral Ordinária (A.G.O.): Delibera sobre assuntos comuns, como por exemplo, aprovar conta de administrador, ver balanços, administrar lucros. As competências estão descritas no art. 132. Deve acontecer obrigatoriamente 1 vez por ano, nos 4 meses seguintes ao termino do exercício social. Exercício Social - Espaço de tempo de 12 meses de atividade da empresa, pode começar e terminar quando o estatuto da S.A. definir. • Assembleia Geral Extraordinária (A.G.E.): Só vai ser realizada quando acontecer algum assunto extraordinário, ocorre quando é necessário. Tem competência residual, vai deliberar tudo que não é competência da assembleia geral ordinária, como fusão, incorporação, alteração do estatuto social e etc. Modo de Convocação Independe do tipo de assembleia geral. O correto modo de convocação dos acionistas está nos arts. 123 a 125, 135 e 286 e 289. • 1° Convocação: Mediante anuncio publicado por 3 vezes no mínimo contendo local, data e hora e indicação da matéria. Essa publicação deverá ser no jornal de grande circulação e na imprensa oficial. a primeira publicação deve ter antecedência mínima, para S.A. aberta, de 15 dias e para S.A. fechada de 8 dias. o Quórum (arts. 125 e 135): A instauração ocorrerá com a presença de acionistas que representem pelo menos ¼ do capital social que tem direito a voto. No entanto, se for assembleia para alterar o estatuto social, é necessário pelo menos a presença de 2/3 dos acionistas que representem o capital social com direito a voto. Se não tiver o quórum obrigatório, é necessária a 2° convocação. • 2° Convocação: Será feita 3 publicações de anterioridade mínima de 8 dias para S.A. aberta e 5 dias para S.A. fechada. Essa assembleia será instaurada independente do quórum presente. __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Ação de Anulação de Assembleia Geral Procedimento Comum Autor: Acionista Réu: S.A. Preambulo: Art. 286, LSA Da Tempestividade: 2 anos para ajuizar essa ação Do Mérito: art. 123 a 125 ou art. 135 ou art. 289 Dos Pedidos: a) anular a assembleia geral Conselho de Administração (art. 138 a 142 LSA) Órgão deliberativo, cria normas e regras. Decide e delibera sobre estratégias e planos de negócios (art. 142). Composto por no mínimo 3 membros, serão eleitos pela Assembleia Geral, com mandato de no máximo 3 anos, o estatuto terá estipulado o prazo, com direito a reconvenção sem limite. Sua existência é obrigatória na S.A. Aberta e na de Capital Autorizado e é de existência facultativa na S.A. Fechada. - Art. 138, §2°. Diretoria (art. 143 e ss.) É um órgão de efetiva administração e execução. O conselho de administração decide e a diretoria executa. Toda S.A. deve ter no mínimo 2 diretorias. As mais comuns são diretoria financeira, diretoria operacional, diretoria de marketing, diretoria jurídica, diretoria de expansão e etc. Há S.A. que possui mais de 40 diretorias. Os diretores são escolhidos pelo Conselho de Administração. Deveres e Responsabilidades (art. 153 e ss.) São imputados principalmente aos diretores e membros do conselho de administração. Os administradores não são pessoalmente responsáveis pelos prejuízos que causarem, a S.A. não pode cobra-los em regra, mas podem cobra-los quando causarem prejuízos agindo com culpa ou dolo, de acordo com o art. 158, por meio de Ação de __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Responsabilidade de Administrador/Diretor. Perante terceiros, sempre a S.A. que vai responder. A S.A. só pode ingressar com a ação de responsabilidade após aprovação em assembleia. Caso a assembleia aprove e a S.A. não entre com a ação, qualquer acionista poderá promover a ação se não por proposta no prazo de 3 meses da deliberação da assembleia, pela S.A. Se a assembleia rejeitar o ingresso da ação, os acionistas que representem 5% pelo menos do capital social, poderão ingressar. Ação de Responsabilidade de Administrador/Diretor Preâmbulo: Art. 159, LSA Autor: • S.A. ou; • Qualquer acionista (Réu: Diretor ou membro do conselho de administração ou os dois) ou; • Acionistas que representem pelo menos 5% do capital social Réu: • Diretor • Membro do Conselho de Administração (que pode estar cominado com o diretor) Mérito: Descumprimento de um dos deveres e responsabilidades presentes nos arts. 153 e ss. da Lei de S.A. Conselho Fiscal (art. 161 e ss.) Órgão de funcionamento facultativo com existência obrigatória. Só funciona quando existirem situações que precisam ser investigadas e analisadas, quando houver suspeita de irregularidades da S.A. Composto por no mínimo 3 membros e no máximo 5 membros, estes são eleitos pela Assembleia Geral. A função é basicamente fiscalizar a diretoria e o conselho de administração em prol dos acionistas. Arts. 80 e 81 – Como a S.A. pode ser constituída, por subscrição pública ou particular. Art. 285 a 287 – Prazos de prescrição das ações de S.A. __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Títulos de Crédito Quando houver omissão na lei especial, o código civil será usado de forma subsidiária de acordo como art. 903. A lei especial remete para outra lei especial e caso ainda exista omissão, o código civil será usado. Princípios ➢ Cartularidade: A necessidade de ser apresentado documento. Exceções: Art. 889, §3° do CC - Título eletrônico (Lei 13775/18), Duplicata Escritural que é a duplicada eletrônica. ➢ Literalidade: Conteúdo do título de crédito, ou seja, vale o que está escrito no título de crédito Exceção: Art. 889 e 891 do CC – Se um título de crédito estiver incompleto, ou seja, se não conter o que é necessário que está disposto na lei especial, há elementos que podem ser supridos quando faltantes. Como por exemplo, a falta da data de vencimento será considerada como pagamento a vista; a falta do local de emissão fará com que se tenha que considerar o domicilio do emitente; e etc . ➢ Autonomia: As relações existentes no título de crédito são independentes entre si. Ou seja, se tiver vício em uma das relações, este vício não contaminará as demais relações. Ex.: Art. 17 do Dec. 57663/66. Exceção: Se houver vício de forma (art. 32 do Dec. 57663/66 - Anexo I). → Abstração: Uma espécie de autonomia. É independência do título de crédito em relação a sua causa, sua origem. - Art. 888, CC – Se o título de crédito for, por exemplo, nulo, não significa que o negócio jurídico será nulo, pois o título é independente da sua causa, e vice-versa. Vício de Forma - É um vício que atinge o documento de tal forma que, qualquer pessoa teria como saber desse vício. Ex.: Cheque que ao invés de ser feito na folha do cheque, foi feito na folha de sulf ite.; Ex.²: Não há como ler o valor, pois este está rasurado. Solidariedade: A garantia sempre será solidária, nunca será subsidiária. Ex.: Art. 889, §1° do CC. Transmissão O título de crédito surgiu para ser transmitido, para circular. Se no título não tiver o nome do credor, o título receberá o nome de “título ao portador”, este só é permitido __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda quando há alguma lei autorizando e só existe para o cheque no valor de até 100 reais. A regra é que o título tenha o nome do credor que será chamado de “título nominativo”, é a regra para o cheque no valor acima de 100 reais e para qualquer outro tipo de título de crédito. Sempre é possível que o terceiro de boa-fé complemente a informação do nome do credor de acordo com a súmula 387 do STF, nesta súmula, há a possibilidade do terceiro de boa-fé completar o título de crédito. Se um título for “ao portador”, a transmissão acontecerá pela simples tradição. Se o título for nominativo, a transmissão mais comum é por meio de endosso seguido da tradição. Endosso (= Transmissão à ordem) Instituto usado para transmitir o título de crédito nominativo, a transmissão é da posse e da propriedade. O endosso produz além da transmissão, o efeito de garantir (garantia solidária) o título. Acontece no verso, na parte de trás do título, o credor original assina e ao assinar recebe o nome de endossante que pode colocar acima da assinatura dele, o termo “à ordem” pode ser ou não seguido do nome da pessoa que o título será transmitido. A pessoa que recebe o título é chamada de endossatário. ➢ Endosso em Preto: O nome do endossatário foi escrito no título pelo endossante em endosso “à ordem”. ➢ Endosso em Branco: Também pode ser chamado de endosso incompleto. Situação em que o endossante coloca “à ordem” e não coloca o nome do endossante. O endossante se torna garantidor, se torna alguém que pode ser cobrado. Salvo, ou seja, o endossante não poderá ser acionado, nas seguintes situações em que: → houver “cláusula sem garantia”; → ocorrer após o protesto ou após o prazo do protesto (o prazo de protesto é definido em lei especial); → houver cláusula não à ordem. - é uma cessão civil de crédito, então essa clausula trás o efeito de não garantir o título. Obs.: Clausula Proibitiva de Novo Endosso - Quando o endossante coloca essa clausula, ele continua transmitindo e garantindo o título para seu endossatário. Mas, se o endossatário fizer um novo endosso (endossante), o endossante original que colocou a clausula não pode ser cobrado por terceiro. __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda • B pode cobrar A; • C pode cobrar B; • C não pode cobrar A. Aval É uma garantia solidária, não existe garantidor com benefício de ordem. É uma garantia dada por terceiro. Pode ser dado na frente ou no verso do título, para ser no verso é necessário identificar como aval. O aval é um terceiro que garante o título, então o avalista pode ser cobrado. Pode ser total ou parcial. O aval parcial é possível na letra de cambio, nota promissória (art. 30 do Dec. 57663/66), cheque (art. 29, lei 7357/85) e na cédula de crédito bancário (Art. 44 como ponte para o Dec. 57.663/66). Na duplicata não é permitido aval parcial, só pode ter aval total de acordo com o art. 987 do CC. ➢ Aval Simultâneo - São avalistas de forma independente, mas não há data. Não dá para saber quem foi primeiro e quem foi depois. São co-avais. ➢ Aval Sucessivo - São avalistas que se tem um e depois outro, há uma data. Para cobrar, é necessário cobrar a dívida toda de quem foi avalista primeiro. - Súmula 189, STF. Aceite É a assinatura do devedor desde que ocorra após a emissão. Portanto, faz sentido quando o título de crédito não é assinado após a emissão. O cheque não tem aceite, já que a assinatura ocorre no momento da emissão e se não for assinado, não será título, assim como na nota promissória. Somente a duplicata e a letra de cambio que necessitam de aceite. Se houver a recusa ou a falta do aceite, por alguma razão o devedor não assinar, para suprir a falta de aceite é necessário o protesto. __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Protesto dos títulos de crédito → Procedimento – Lei 9492/97 → Prazo – Lei especial do respectivo título → Efeito do Prazo – Art. 202, CC O protesto será obrigatório, ou seja, um requisito essencial nas seguintes situações: • quando é preciso suprir o aceite na duplicata e na letra de cambio; • para executar contra endossantes e seus avalistas, salvo para o cheque e a cédula de crédito bancário; • para pedir a falência do devedor com base no art. 94, I da Lei de Falência (11.101/05). Motivos (art. 21 da Lei 9492/97) • Falta de pagamento (todos os títulos); • Falta de aceite (duplicata e letra de cambio); • Falta de devolução (duplicata). - A falta de devolução da duplicata, permite que seja emitida uma 2° via chamada de triplicata. Prazos para Protesto Prazo Consequência/Perda do Prazo Cheque 30 ou 60 dias, (mesmo que o prazo de apresentação) Impossibilidade de cobrar/executar os endossantes, salvo no cheque que o que importa é ou o protesto ou a apresentação tempestiva. Letra de Cambio 1 dia contado do vencimento Nota Promissória 1 dia Duplicata 30 dias contados do vencimento __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Procedimento Apresentação (momento em que leva o título para o cartório) Real ou Eletrônica O credor apresenta ou o endossatário mandatário (alguém que recebeu poderes para realizar algum ato – arts. 18 e 19 do Dec. 57663/66). ⬇ Intimação do Devedor Possui o prazo de 3 dias para evitar o protesto, fazendo o pagamento do título ou pedindo a sustação ⬇ Protesto ⬇ Cancelamento Interrupção do Prazo Prescricional (art. 202, III, CC) O protesto interrompe o prazo prescricional que é o prazo que se tem para executar o título que está disposto na lei especial. No dia do protesto, o prazo é interrompido. Pode ocorrer somente uma vez. A interrupção ocorrerá do efetivo momento em que o título foi protestado. Cheque (art. 59, Lei 7357/85) 6 meses contados do prazo de apresentação (art. 33 – 30 ou 60 dias) Data de emissão+ Prazo de Apresentação + 6 meses Outros títulos 3 anos contados do vencimento __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Cessão Civil - É uma transmissão de obrigações. Letra de Câmbio (Dec. 57663/66 ➡ Dec. 2044/08 ➡ Código Civil) Partes: Sacador, Sacado e Tomador. O sacador (dá a ordem) dá ordem ao sacado (devedor) e o sacado paga para o tomador (credor). O sacador é um garantidor, ou seja, ele responde de forma solidária. Requisitos Essenciais (art. 1° do Dec. 57663/66): Para ser cobrado, todos os requisitos essenciais devem estar presentes. Aceite: É necessário. A recusa ou a falta de aceite torna essencial o protesto. Clausula “não aceitável”: O título não precisa ser levado ao aceite. No entanto, a apresentação continua sendo essencial. O que não precisa é do aceite, então não terá a assinatura do devedor e será necessário o protesto. Essa clausula gera para o credor uma não obrigação de levar o título para ser aceito. Clausula “sem despesas” (art. 46, Dec. 57663/66): O título não precisa do protesto para cobrar garantidores. No entanto, será obrigatória a comprovação da apresentação, pois como a pessoa não assinou, ela não é devedora principal e para cobrá-la é necessário ter certeza de que ela estava ciente. Então a apresentação formal deve ser provada, é essencial. Prazo para Execução do devedor principal (art. 70, Dec. 57663/66): 3 anos do vencimento, nesse intervalo se o título for protestado, o prazo é ganho de volta. __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda Nota Promissória (Dec. 57663/66 - Art. 75 e ss. ➡ Dec. 2044/08 ➡ Código Civil) É uma promessa incondicional, ou seja, não pode ter uma condição de pagamento. Sempre será uma quantia em dinheiro. Partes: Sacador e Beneficiário O sacador (emitente, devedor principal) paga ao beneficiário (credor). Requisitos Essenciais (art. 75, Dec. 57663/66) Não existe aceite, pois o devedor assina no momento da emissão. Anexa a Contrato: Normalmente é emitida junto com o contrato. Embora esteja junto com ele, ela é não causal, ela independe da causa. Existe uma informação nela de que ela é anexa a um contrato e está ligada a ele. Nesse caso, ela perde a autonomia, pois está amarrada a um contrato, então tanto ela como o contrato devem ser apresentados juntos. Se anexa a um contrato de abertura de crédito (contrato que dá limite na conta corrente, o cheque especial), ela além de perder a autonomia, perde a força de execução, pois esse contrato é um contrato ilíquido já que o valor pode variar em questão de minutos. Então, nessa situação, mesmo que esteja no prazo, só é possível cobrar a nota promissória por meio de ação monitória (súmulas 233, 247 e 258 do STJ). Prazo Prescricional (art. 70, Dec. 57663/66) O prazo que se tem para ingressar com a ação de execução é de 3 anos contados do vencimento. Quando terminar esse prazo, a única ação possível quando a nota promissória está prescrita é a ação monitória que tem prazo de 5 anos contados do dia seguinte à emissão (súmula 504 do STJ). |__________Ação de Execução__ (3 anos) ________| Venc. 16/03/2020 | 16/03/2023 Título protestado em 10/03/2022 |_______________Ação de Execução (3 anos)___| 10/03/2025 |________________Ação Monitória (5 anos)_____________________| 17/03/2020 17/03/2025 __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda As duas ações vão ter prazo correndo simultaneamente, ou seja, serão possíveis de serem ingressadas em determinado período, no entanto, a ação mais benéfica para o cliente sempre será a ação de execução, então ela é a melhor medida e primeira opção por ser o meio processual mais rápido. Quando o título é protestado, ele tem o prazo da ação de execução interrompido, então ele começará a ser contado novamente. Cheque (Lei 7357/85 ➡ Código Civil – art. 903) Partes: Emitente, Sacado e Beneficiário O emitente (devedor) dá uma ordem para que o sacado (banco) pague uma determinada quantia para o beneficiário (credor). Elementos Essenciais (art. 1° da Lei 7357/85) Não tem aceite, pois a assinatura do devedor foi feita no momento da emissão. Prazo Prescricional Para ingressar com a ação de execução, o prazo é de 6 meses contados do prazo de apresentação que está no art. 33 da Lei do Cheque que será 30 dias (se foi emitido e apresentado na mesma cidade - praças iguais) ou 60 dias (emitido e apresentado em cidades diferentes - praças diferentes) da emissão. A interrupção ocorre somente uma vez. |________Prazo de Apresentação____|_________Execução____________| Emitido em 16/03/2020 +30 dias | +6 meses | | (Praças iguais) 15/04/2020 Protesto 15/10/2020 | 10/08/2020 | |____+6 meses___________| | 10/02/2021 |____________________________Ação Monitória – 5 anos_________________________________| 17/03/2020 17/03/2025 __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda O cheque prescrito pode ser cobrado por ação monitória ou por ação de enriquecimento sem causa. Mas a ação monitória é a melhor opção, pois por ser procedimento especial é mais rápida. Ação Monitória (Súmula 503, STJ/ Súmula 299, STJ) - Prazo de 5 anos do dia seguinte à emissão. Quando acaba esse prazo, não há mais meios. Ação de Enriquecimento sem Causa – Prazo de 2 anos contados do fim da execução. Obs.: Art. 53 – Ao perder os prazos, não é possível cobrar mais os endossantes e o avalista do endossante também não pode ser cobrado. É possível cobrar o devedor principal que aceitou e seu avalista. Duplicata (Lei 5474/68 e Dec. 57.663/66 para endosso, pagamento e circulação – Código Civil para aval) Título Causal: Tem a causa definida pelo legislador que é a existência da nota fiscal ou fatura que pode ser de compra e venda ou de prestação de serviços. Requisitos Essenciais – Art. 2° da Lei 5474/68 → O aceite é obrigatório. o Recusa ou falta do aceite são supridas pelo protesto. Prazo para Protesto: 30 dias do vencimento e quando não for cumprido, o direito de acionar os endossantes e seus avalistas é perdido. O prazo prescricional é de 3 anos do vencimento. Execução contra o Devedor → Duplicata com aceite: Necessário juntar a duplicata e a nota fiscal. __.__ Isabelle Cristina Silva Arruda → Duplicata sem aceite: Necessário juntar a duplicata + a nota fiscal + o comprovante de entrega (para provar que o negócio aconteceu) + protesto. Execução contra o Endossante → Duplicata com aceite: Necessário a duplicata + protesto. Obs.¹: Não é necessária a nota fiscal. Obs.²: A duplicata aceita quando circula já é documento suficiente para ser usado na cobrança. Se for aceita, no momento que circula, se desvincula da sua causa. Obs.³: Tudo de Duplicata se aplica para Duplicata Escritural, a única diferença é que a duplicata
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